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1
Priscila Chaves Panta
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
1ª edição
Ipatinga – MG
2023
2
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FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um
com uma função específica, mostradas a seguir:
5
SUMÁRIO
01
1.1 FLUIDO ......................................................................................................................... 11
1.2 DENSIDADE.................................................................................................................. 13
1.3 PRESSÃO ...................................................................................................................... 14
1.4 VAZÃO ......................................................................................................................... 17
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................... 21
02
2.1 ESTÁTICA DOS FLUIDOS ........................................................................................ 24
2.1.1 Variação da pressão com profundidade em um fluido .........................24
2.1.2 Princípio de pascal ............................................................................................27
2.2 APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DE PASCAL ............................................................. 28
2.3 RELAÇÃO ENTRE FORÇAS EM UM SISTEMA HIDRÁULICO ................................... 29
2.3.1 Pressão absoluta ...........................................................................................30
2.3.2 Princípio de arquimedes ..............................................................................33
2.4 DENSIDADE E PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES.......................................................... 36
2.5 DINÂMICA DOS FLUIDOS NÃOVISCOSOS .......................................................... 37
2.5.1 Equação de bernoulli ...................................................................................37
2.6 DEMONSTRANDO A EQUAÇÃO DE BERNOULLI .................................................. 39
2.7 EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA FLUIDOS ESTÁTICOS ........................................ 40
2.8 PRINCÍPIO DE BERNOULLI - EQUAÇÃO DE BERNOULLI EM PROFUNDIDADE
CONSTANTE........................................................................................................... 41
2.9 VISCOSIDADE E RESISTÊNCIA............................................................................... 41
2.9.1 Viscosidade ....................................................................................................41
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 43
03
3.1 ESCOAMENTO....................................................................................................... 46
3.1.1 Fluxo incompressível na dinâmica do fluido ............................................47
3.2 ESCOAMENTO NÃOVISCOSO INCOMPRESSÍVEL ............................................... 49
3.3 ESCOAMENTO VISCOSO INCOMPRESSÍVEL ....................................................... 50
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 53
04
4.1 MEDIDA E CONTROLE DE FLUIDOS ....................................................................... 56
4.2 ESCOAMENTO: LAMINAR ..................................................................................... 60
4.2.1 Fluxo laminar confinado aos tubos — lei de poiseuille ..........................60
4.2.2 Fluxo e resistência como causas de quedas de pressão ......................62
4.3 ESCOAMENTO: TURBULENTO ................................................................................ 63
4.3.1 Movimento de um objeto em um fluido viscoso.....................................65
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 70
05
5.1 PERDA DE CARGA ................................................................................................ 74
5.2 TRANSFERÊNCIA DE CALOR: CONDUÇÃO .......................................................... 76
5.3 TRANSFERÊNCIA DE CALOR: CONVECÇÃO ....................................................... 78
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 81
6
UNIDADE TRANSFERÊNCIA DE MASSA .................................................................... 85
06
6.1 TROCADORES DE CALOR ..................................................................................... 85
6.2 TRANSFERÊNCIA DE MASSA ................................................................................. 85
6.2.1 Transferência de massa: difusão ................................................................87
6.2.2 Transferência de massa: convecção........................................................87
FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 89
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 94
7
8
CONFIRA NO LIVRO
9
PRINCÍPIOS BÁSICOS DOS UNIDADE
FENÔMENOS DE TRANSPORTE
01
Os Fenômenos de Transporte têm importantes aplicações tanto transporte de
fluidos quanto na quantificação da dissipação de calor. Tais conceitos mostram
melhorias em diversos processos de fabricação. Para iniciar o estudo de Fenômenos
de Transporte são necessários alguns conceitos básicos utilizados para compreensão
de todo mecanismo. De forma introdutória, serão vistos alguns conceitos que
proporcionem suporte ao estudo de Fenômenos de Transporte.
Os princípios físicos fundamentais utilizados no desenvolvimento dos
Fenômenos de Transporte foram desenvolvidos e formulados através de muitas
observações realizadas servindo como base para novas descobertas. Neste
contexto, as aplicações de Fenômenos de Transporte dentro da Engenharia são
inúmeras, as quais pode-se destacar:
Na Engenharia Civil e Arquitetura constituem a base do estudo de hidráulica e
hidrologia tendo aplicações no conforto térmico em edificações;
Na Engenharia Sanitária e Ambiental estão ligadas à poluição ambiental, pois
são uma ferramenta importante no estudo da difusão de poluentes no ar, na
água e no solo;
Na Engenharia Química constituem a base das operações unitárias;
Na Engenharia Mecânica encontram-se nos processos de usinagem, nos
processos de tratamento térmico, no cálculo das máquinas hidráulicas;
Na Engenharia Aeronáutica são importantes no desenvolvimento na
aerodinâmica;
Na Engenharia de Produção são utilizadas na otimização de processos
produtivos e de transporte de fluidos, por intermédio do conhecimento dos
fenômenos de troca de calor e da movimentação de fluidos ao longo das
tubulações.
Com isso, dada a importância dos Fenômenos de Transporte, percebe-se a
importância dos conteúdos e informações técnicas para aplicações nas diversas
áreas da Engenharia.
10
1.1 FLUIDO
Figura 1: Os estados conhecidos como as fases da matéria são descritos como (a) sólido, (b)
líquido, (c) gás ou (d) plasma
11
contato próximo. A água é um exemplo de líquido. A água pode fluir,
mas também permanece em um recipiente aberto por causa das
forças entre seus átomos. (c) Os átomos em um gás são separados por
distâncias consideravelmente maiores do que o tamanho dos próprios
átomos, e eles se movem livremente. Um gás deve ser mantido em um
recipiente fechado para evitar que ele saia livremente. (d) Um plasma
é composto de elétrons, prótons e íons que, como os gases, são
espaçados a certas distâncias e se movem livremente.
Os átomos em sólidos estão em contato próximo, com forças entre eles que
permitem que os átomos vibrem, mas não mudem de posição com átomos vizinhos
(essas forças podem ser pensadas como molas que podem ser esticadas ou
compactadas, mas não facilmente quebradas.) Assim, um sólido resiste a todos os
tipos de estresse. Um sólido não pode ser facilmente deformado porque os átomos
que compõem o sólido não são capazes de se mover livremente. Os sólidos também
resistem à compressão, porque seus átomos fazem parte de uma estrutura de rede
na qual os átomos estão a uma distância relativamente fixa. Sob compressão, os
átomos seriam forçados um ao outro (ÇENGEL, 2007).
Em contraste, os líquidos se deformam facilmente quando estressados e não
voltam à sua forma original, uma vez que, a força é removida porque os átomos são
livres para deslizar e mudar de “vizinhos” — ou seja, eles fluem (por isso, são um tipo
de fluido), com as moléculas mantidas juntas por sua atração mútua. Quando um
líquido é colocado em um recipiente sem tampa, ele permanece no recipiente
(desde que o recipiente não tenha furos abaixo da superfície do líquido). Como os
átomos estão bem embalados, líquidos, como sólidos, resistem à compressão (BRAGA
FILHO, 2006).
Átomos em gases e partículas carregadas em plasmas são separados por
distâncias que são grandes em comparação com o tamanho das partículas. As
forças entre as partículas, portanto, são muito fracas, exceto quando colidem umas
com as outras. Gases e plasmas, portanto, não só fluem (e , portanto, são
considerados fluidos), mas são relativamente fáceis de comprimir porque há muito
espaço e pouca força entre as partículas. Quando colocados em um recipiente
aberto, gases ao contrário dos líquidos, escaparão. A maior distinção é que os gases
são facilmente comprimidos, enquanto os líquidos não são. Plasmas são difíceis de
conter porque têm muita energia. Ao discutir como as substâncias fluem, geralmente,
gases e líquidos são chamados simplesmente como fluidos, e a distinção entre eles
ocorre apenas quando se comportam de forma diferente (INCROPERA et al., 2007).
12
1.2 DENSIDADE
Este velho enigma brinca com a distinção entre massa e densidade. Uma tonelada é uma
tonelada, é claro; mas tijolos têm densidade muito maior do que penas, e por isso estamos
tentados a pensar neles como mais pesados (ÇENGEL, 2007).
Figura 2: Uma tonelada de penas e uma tonelada de tijolos têm a mesma massa, mas as
penas fazem uma pilha muito maior (maior volume) porque têm uma densidade muito
menor
13
massa de 1000 𝑚𝐿 de água, que possui um volume de 1000 𝑐𝑚3 (Incropera et al.,
2007).
Como você pode observar na Tabela 1.1, a densidade de um objeto pode
ajudar a identificar sua composição. A densidade do ouro, por exemplo, é cerca de
2,5 vezes a densidade do ferro, que é cerca de 2,5 vezes a densidade do alumínio. A
densidade também revela algo sobre a fase da matéria e sua subestrutura (ÇENGEL,
2007).
1.3 PRESSÃO
14
Libras por polegada quadrada (𝑙𝑏/𝑖𝑛2 𝑜𝑢 𝑝𝑠𝑖) ainda são às vezes usadas como
medida de pressão dos pneus, e milímetros de mercúrio (𝑚𝑚𝐻𝑔) ainda são
frequentemente usados na medição da pressão arterial. A pressão é definida para
todos os estados de matéria, mas é particularmente importante quando se discute
fluidos (Livi, 2004). Uma determinada força pode ter um efeito significativamente
diferente dependendo da área sobre a qual a força é exercida, conforme mostrado
na Figura 3.
Figura 3: (a) Há uma pessoa sendo “cutucada” com o dedo e uma força com efeito
duradouro. (b) Em contraste, a mesma força aplicada a uma área do tamanho da
extremidade afiada de uma agulha é grande o suficiente para perfurar a pele
15
Figura 4: A pressão dentro do pneu exerce forças perpendiculares em todas as superfícies
que ele contata. As flechas dão direções representativas e magnitudes das forças exercidas
em vários pontos
Figura 5: A pressão é exercida em todos os lados deste nadador, uma vez que, a água fluiria
para o espaço que ele ocupa se ele não estivesse lá
16
1.4 VAZÃO
Figura 6: A taxa de fluxo é o volume de tempo de fluido por unidade que passa por um
ponto através da área A
17
velocidade da água, maior a vazão do rio. Mas a vazão também depende do
tamanho do rio. Uma rápida corrente montanhosa carrega muito menos água do
que o rio Amazonas no Brasil, por exemplo (Roma, 2006). A relação precisa entre a
𝑄 = 𝐴. 𝑣̅ , (1.4)
onde 𝐴 é a área transversal e 𝑣̅ é a velocidade média. Esta equação parece
lógica o suficiente. A relação nos diz que a vazão é diretamente proporcional tanto
à magnitude da velocidade média (doravante referida como velocidade) quanto
ao tamanho de um rio, tubulação ou outro conduíte. Quanto maior o conduíte, maior
sua área transversal. A Figura 1.6 ilustra como essa relação é obtida. O cilindro
sombreado tem um volume
𝑉 = 𝐴. 𝑑, (1.5)
que passa do ponto P em um tempo 𝑡. Dividindo ambos os lados dessa relação
por 𝑡 obtém-se
𝑉
= 𝐴. 𝑑/𝑡. (1.6)
𝑡
𝑄 = 𝐴. 𝑣̅ .
18
fluido é mostrado para fluir através do tubo cilíndrico em direção à direita ao longo
do eixo do tubo. Uma área sombreada é marcada no cilindro mais amplo à
esquerda. Uma seção transversal está marcada como 𝐴 (Incropera et al., 2007). A
área sombreada em tubo estreito é maior do que a do tubo mais amplo para mostrar
que quando um tubo se estreita, o mesmo volume ocupa um comprimento maior
(Roma, 2006).
19
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra os princípios
básicos da mecânica dos fluidos. Disponível em: https://shre.ink/ara7. Acesso em 10 mar.
2022.
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura do Material Didática Mecânica dos Fluidos da COOPE -
UFRJ. Disponível em: https://shre.ink/ara1. Acesso em 05 mar. 2022.
20
FIXANDO O CONTEÚDO
21
b) 74 x 106 Pa
c) 76 x 106 Pa
d) 65 x 105 Pa
e) 7,5 x 106 Pa
22
d) 1,27 m∙s-1
e) 1,41 m∙s-1
23
ESTÁTICA E DINÂMICA DOS UNIDADE
FLUIDOS
24
Considere o recipiente na Figura 2.1. Seu fundo suporta o peso do fluido nele.
Vamos calcular a pressão exercida na parte inferior pelo peso do fluido. Essa pressão
é o peso do fluido 𝑚. 𝑔 dividido pela área 𝐴 apoiando-o (a área do fundo do
recipiente):
𝐹 𝑚. 𝑔
𝑝= = (2.1)
𝐴 𝐴
Podemos encontrar a massa do fluido a partir de seu volume e densidade:
𝑚 = 𝜌. 𝑉 (2.2)
O volume do fluido 𝑉 está relacionado com as dimensões do recipiente. E
𝑉 = 𝐴. ℎ (2.3)
onde 𝐴 é a área transversal e ℎ é a profundidade. Combinando as duas últimas
equações obtém-se
𝑚 = 𝜌. 𝐴. ℎ (2.4)
ao inserir essa relação na expressão de pressão, obtém-se
(𝜌𝐴ℎ)𝑔
𝑝= (2.5)
𝐴
e reorganizando os rendimentos das variáveis tem-se que
𝑝 = 𝜌. 𝑔. ℎ (2.6)
este valor é a pressão devido ao peso de um fluido. Mesmo que o recipiente
não estivesse lá, o fluido circundante ainda exerceria essa pressão, mantendo o fluido
estático. Assim, a equação 𝑝 = 𝜌. 𝑔. ℎ representa a pressão devido ao peso de
qualquer fluido de densidade média 𝜌 a qualquer profundidade ℎ abaixo de sua
superfície. Para líquidos, que são quase incompressíveis, esta equação se mantém
em grandes profundidades. Para gases, que são bastante compressíveis, pode-se
aplicar esta equação desde que as mudanças de densidade sejam pequenas sobre
a profundidade considerada (Incropera et al., 2007). A Figura 2.1 mostra essa
situação.
25
Figura 8: A parte inferior deste recipiente suporta todo o peso do fluido contido nele. Os
lados verticais não podem exercer uma força ascendente sobre o fluido
Figura 9: A barragem deve suportar a força exercida contra ela pela água que retém. Esta
força é pequena em comparação com o peso da água atrás da represa
26
pressão atmosférica na superfície da Terra varia um pouco devido ao fluxo em larga
escala da atmosfera induzido pela rotação da Terra (Roma, 2006). No entanto, a
pressão média no nível do mar é dada pela pressão atmosférica padrão 𝑃𝑎𝑡𝑚 ,
medida para ser
𝑁
1 𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 (𝑎𝑡𝑚) = 𝑝𝑎𝑡𝑚 = 1,01 × 105 = 101 𝑘𝑃𝑎. (2.7)
𝑚2
Essa relação significa que, em média, no nível do mar, uma coluna de ar acima
de 1,0 𝑚2 da superfície da Terra tem um peso de 1,01 × 105 𝑁, equivalente a 1 𝑎𝑡𝑚.
Figura 10: A pressão atmosférica no nível do mar é média de 1,01 × 105 𝑃𝑎 (equivalente a
1 𝑎𝑡𝑚), uma vez que, a coluna de ar sobre este 1 𝑚2 , estendendo-se até o topo da
atmosfera, pesa de 1,01 × 105 𝑁
A pressão é definida como força por área de unidade. A pressão pode ser
aumentada em um fluido empurrando diretamente sobre o fluido? Sim, mas é muito
mais fácil se o fluido estiver fechado. O coração, por exemplo, aumenta a pressão
27
arterial empurrando diretamente sobre o sangue em um sistema fechado (válvulas
fechadas em uma câmara). Se você tentar empurrar um fluido em um sistema
aberto, como um rio, o fluido flui para longe. Um fluido fechado não pode fluir e,
assim, a pressão é mais facilmente aumentada por uma força aplicada (ÇENGEL,
2007).
O que acontece com uma pressão em um fluido fechado? Uma vez que, os
átomos em um fluido são livres para se mover, eles transmitem a pressão para todas
as partes do fluido e para as paredes do recipiente. Notavelmente, a pressão é
transmitida sem diminuir (LIVI, 2004). Este fenômeno é chamado de princípio de
Pascal, porque foi claramente declarado pelo filósofo e cientista francês Blaise Pascal
(1623-1662): Uma mudança de pressão aplicada a um fluido fechado é transmitida
sem alteração para todas as porções do fluido e para as paredes de seu recipiente
(BRAGA FILHO, 2006).
28
Figura 11: Um sistema hidráulico típico com dois cilindros cheios de fluido, tampado com
pistões e conectado por um tubo chamado linha hidráulica
Para obter uma relação entre as forças do simples sistema hidráulico mostrado
na figura acimada, aplicando o princípio de Pascal. Note primeiro que os dois pistões
do sistema estão na mesma altura e, por isso, não haverá diferença de pressão
devido a uma diferença de profundidade. Agora, a pressão devido à atuação da 𝐹1
na área 𝐴1 é simplesmente 𝑝1 = 𝐹1 /𝐴1, conforme definido por 𝑝 = 𝐹. 𝐴. De acordo com
o princípio de Pascal, essa pressão é transmitida sem diminuir todo o fluido e para
todas as paredes do recipiente. Assim, uma pressão 𝑃2 é sentida no outro pistão que
é igual a 𝑝1 . Isso é 𝑝1 = 𝑝2 . Como 𝑝2 = 𝐹2 . 𝐴2 , vemos que 𝐹1 . 𝐴1 = 𝐹2 . 𝐴2 (LIVI, 2004).
Esta equação relaciona as razões de força para área em qualquer sistema
hidráulico, desde que os pistões estejam na mesma altura vertical e que o atrito no
sistema seja insignificante. Sistemas hidráulicos podem aumentar ou diminuir a força
aplicada a eles. Para aumentar a força, a pressão é aplicada a uma área maior. Por
29
exemplo, se uma força de 100 N é aplicada ao cilindro esquerdo na Figura 2.4 e a
direita tem uma área cinco vezes maior, então a força fora é 500 N. Sistemas
hidráulicos são análogos a alavancas simples, mas eles têm a vantagem de que a
pressão pode ser enviada através de linhas tortuosamente curvadas para vários
lugares ao mesmo tempo (LIVI, 2004).
Por razões que exploraremos mais tarde, na maioria dos casos a pressão
absoluta nos fluidos não pode ser negativa. Os fluidos empurram ao invés de puxar,
então a menor pressão absoluta é zero. Assim, a menor pressão de bitola possível é
𝑝𝑔 = −𝑝𝑎𝑡𝑚 (isso torna 𝑝𝑎𝑏𝑠 zero). Não há limite teórico para o tamanho da pressão de
30
um medidor (LIVI, 2004).
Há uma série de dispositivos para medir a pressão, os quais utilizam o princípio
de Pascal. Uma classe inteira de medidores usa a propriedade que a pressão devido
ao peso de um fluido é dada por 𝑝 = 𝜌. 𝑔. ℎ. Considere o tubo em forma de U
mostrado na Figura 2.5, o qual é chamado de manômetro. Na Figura 2.5(a), ambos
os lados do tubo estão abertos para a atmosfera. A pressão atmosférica, portanto,
empurra para baixo em cada lado igualmente para que seu efeito seja cancelado.
Se o fluido for mais profundo de um lado, há uma pressão maior no lado mais
profundo e o fluido flui para longe desse lado até que as profundidades sejam iguais
(ROMA, 2006).
Vamos examinar como um manômetro é usado para medir a pressão.
Suponha que um lado do tubo U esteja conectado a alguma fonte de pressão 𝑝𝑎𝑏𝑠 ,
como o balão de brinquedo na Figura 2.5(b) ou o pote de amendoim embalado a
vácuo mostrado na Figura 2.5(c). A pressão é transmitida sem diminuir para o
manômetro, e os níveis de fluido não são mais iguais. Na Figura 2.5(b), 𝑝𝑎𝑏𝑠 é maior
que a pressão atmosférica, enquanto na Figura 2.5(c), 𝑝𝑎𝑏𝑠 é menor que a pressão
atmosférica. Em ambos os casos, 𝑝𝑎𝑏𝑠 difere da pressão atmosférica por uma
quantidade 𝜌. 𝑔. ℎ, onde 𝜌 é a densidade do fluido no manômetro. Na Figura 2.5(b),
𝑝𝑎𝑏𝑠 pode suportar uma coluna de fluido de altura ℎ e, por isso, deve exercer uma
pressão 𝜌. 𝑔. ℎ maior do que a pressão atmosférica (a pressão do medidor 𝑝𝑔 é
positiva). Na Figura a seguir, a pressão atmosférica pode suportar uma coluna de
fluido de altura ℎ e, assim, 𝑝𝑎𝑏𝑠 é menor do que a pressão atmosférica por uma
quantidade 𝜌. 𝑔. ℎ (a pressão do medidor 𝑝𝑔 é negativa). Um manômetro com um
lado aberto à atmosfera é um dispositivo ideal para medir pressões de medidor. A
pressão do medidor é 𝑝𝑔 = 𝜌. 𝑔. ℎ e é encontrada medindo ℎ (ROMA, 2006).
Os manômetros de tubo aberto têm tubos em forma de U e uma extremidade
está sempre aberta. Quando aberto à atmosfera, o fluido em ambas as extremidades
será o mesmo, como na primeira figura. Quando a pressão que ocorre em uma
extremidade é maior, o nível de fluido vai cair nessa extremidade, como na segunda
figura. Se a pressão em uma extremidade for menor, então a altura da coluna de
fluidos desse lado aumentará, como na terceira figura.
31
Figura 12: Um manômetro de tubo aberto tem um lado aberto para a atmosfera
32
Figura 13: Um barômetro de mercúrio mede a pressão atmosférica
33
Figura 14: (a) Mesmo os objetos que afundam, como esta âncora, são parcialmente
suportados pela água quando submersos. (b) Os submarinos possuem densidade ajustável
para que possam flutuar ou afundar conforme desejado. (c) Balões cheios de hélio puxam
para cima em suas cordas, demonstrando o efeito flutuante do ar
34
Figura 15: A pressão devido ao peso de um fluido
Figura 16: (a) Um objeto submerso em um fluido experimenta um empuxo E. Se o E for maior
que o peso do objeto, o objeto subirá. Se E for menor que o peso do objeto (P_obj), o objeto
afundará. (b) Se o objeto for removido, ele será substituído por fluido com peso do líquido
deslocado (P_LD).
Uma vez que, este peso é suportado pelo fluido circundante, o empuxo deve
igualar o peso do fluido deslocado. Ou seja, 𝐸 = 𝑃𝐿𝐷 , é uma declaração do princípio
35
de Arquimedes (ÇENGEL, 2007).
O espaço que ocupava é preenchido por fluido com um peso 𝑃𝐿𝐷 . Este peso
é suportado pelo fluido circundante e, assim, a empuxo deve ser igual a 𝑃𝐿𝐷 , o peso
do fluido deslocado pelo objeto. É um tributo à genialidade do matemático grego e
inventor Arquimedes (287 a.C. - 212 a.C.) que ele declarou este princípio muito antes
dos conceitos de força serem bem estabelecidos. Dito em palavras, o princípio de
Arquimedes é o seguinte: A empuxo em um objeto é igual ao peso do fluido
deslocado. Em forma de equação, o princípio de Arquimedes é
𝐸 = 𝑃𝐿𝐷 , (2.8)
Onde 𝐸 é o empuxo e 𝑃𝐿𝐷 é o peso do fluido deslocado pelo objeto. O princípio
de arquimedes é válido, em geral, para qualquer objeto em qualquer fluido, seja
parcial ou totalmente submerso (LIVI, 2004).
36
se cancelam e a equação será dada por
𝜌𝑜𝑏𝑗
𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑎 = ⁄𝜌𝑙í𝑞 . (2.11)
Figura 17: O navio descarregado tem uma densidade menor (a) e está submerso em
comparação com o mesmo navio carregado (b)
Trata-se de muitas situações em que os fluidos são estáticos. Mas por sua
própria definição, os fluidos fluem. Vários exemplos são facilmente lembrados, tais
como: uma coluna de fumaça sobe de um incêndio em um acampamento, fluxos
de água de uma mangueira de incêndio, curso do sangue em suas veias. Por que a
fumaça sobe enrola e torce? Como um bocal aumenta a velocidade da água
emergindo de uma mangueira? Como o corpo regula o fluxo sanguíneo? A física dos
fluidos em movimento — dinâmica fluida — nos permite responder a essas e muitas
outras perguntas (BRAGA FILHO, 2006).
Quando um fluido flui para um canal mais estreito, sua velocidade aumenta.
Isso significa que sua energia cinética também aumenta. De onde vem essa
mudança na energia cinética? O aumento da energia cinética vem do trabalho
líquido feito no fluido para empurrá-lo para dentro do canal e do trabalho feito no
fluido pela força gravitacional, se o fluido mudar a posição vertical. Lembre-se do
teorema trabalho-energia,
37
1 1
𝑊𝑛𝑒𝑡 = 𝑚. 𝑣 2 − 𝑚. 𝑣0 2 , (2.12)
2 2
Há uma diferença de pressão quando o canal se estreita. Essa diferença de
pressão resulta em uma força líquida no fluido. O trabalho líquido realizado aumenta
a energia cinética do fluido. Como resultado, a pressão diminuirá em um fluido em
movimento rápido, se o fluido estiver ou não confinado a um tubo (LIVI, 2004).
Um exemplo prático que ocorre no cotidiano é quando um caminhão passa
na rodovia, o seu carro tende a se desestabilizar, pois a alta velocidade do ar entre
o carro e o caminhão cria uma região de menor pressão, e os veículos são
empurrados por uma maior pressão do lado de fora. Esse efeito foi observado em
meados de meados de 1800, quando foi constatado que os trens que passavam em
direções opostas inclinavam-se precariamente em direção um ao outro (ÇENGEL,
2007).
A figura a seguir demonstra uma visão aérea de um carro passando por um
caminhão em uma rodovia em direção à esquerda. O ar que passa pelos veículos é
mostrado usando linhas ao longo do comprimento de ambos os veículos. As linhas
que representam o movimento do ar têm uma velocidade 𝑣1 fora da área entre os
veículos e velocidade 𝑣2 entre os veículos. 𝑣2 é mostrado ser maior do que 𝑣1 com a
ajuda de uma seta mais longa em direção à direita (LIVI, 2004).
A pressão entre o carro e o caminhão é representada por 𝑝𝑖 e a pressão nas
outras extremidades de ambos os veículos é representada como 𝑝𝑜 . A pressão 𝑝𝑖 é
mostrada ser menor que 𝑝𝑜 por comprimento mais curto da seta. A direção de 𝑝𝑖 é
mostrada como empurrando o carro e o caminhão separados e a direção de 𝑝𝑜 é
mostrada como empurrando o carro e o caminhão em direção um ao outro (Roma,
2006).
38
Figura 18: Uma visão aérea de um carro passando por um caminhão em uma rodovia
39
Note que o segundo e o terceiro termos são a energia cinética e o potencial com 𝑚
substituído por 𝜌. Na verdade, cada termo na equação tem unidades de energia por
unidade de volume (LIVI, 2004). Pode-se provar isso para o segundo mandato
substituindo 𝜌 = 𝑚/𝑉 nele e reunindo termos:
1
1 𝑚. 𝑣 2 𝐾. 𝐸
2
𝜌. 𝑣 = 2 = . (2.15)
2 𝑉 𝑉
Então 1/2𝜌𝑣 2 é a energia cinética por unidade de volume. Fazendo a mesma
substituição no terceiro termo na equação, encontramos
𝑚. 𝑔. ℎ 𝑃. 𝐸𝑔
𝜌𝑔ℎ = = , (2.16)
𝑉 𝑉
Então 𝜌𝑔ℎ é a energia potencial gravitacional por unidade de volume. Note
que a pressão 𝑝 tem unidades de energia por unidade de volume. Desde 𝑝 = 𝐹/𝐴,
suas unidades são 𝑁/𝑚2. Se multiplicarmos por m/m, obtemos 𝑁 ⋅ 𝑚/𝑚3 = 𝐽/𝑚3, ou
energia por unidade de volume. A equação de bernoulli , de fato, é apenas uma
conveniente declaração de conservação de energia para um fluido incompressível
na ausência de atrito (ÇENGEL, 2007).
A forma geral da equação de bernoulli tem três termos, e é amplamente
aplicável. Para entendê-la melhor, analisaremos uma série de situações específicas
que simplificam e ilustram seu uso e significado (ÇENGEL, 2007).
40
fluxo de fluidos, ela inclui muito do que foi estudado para fluidos estáticos (Çengel,
2007).
2.9.1 Viscosidade
41
𝜇
𝜈= (2.19)
𝜌
A viscosidade é o principal meio pelo qual a energia é dissipada pelo
movimento do fluido, tipicamente dada pelo calor. A unidade física SI de
viscosidade dinâmica (símbolo grego: 𝜇) é o pascal.segundo (Pa·s), que é idêntico
a 1 kg•m-1•s-1 (MUNSON, 2004).
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra um breve
embasamento sobre Dinâmica dos Fluidos. Disponível em: https://shre.ink/aQhh. Acesso
em 03 abr. 2022.
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura do Material Didático Mecânica dos Fluido – Colégio Técnico
Industrial de Santa Maria. Disponível em: https://shre.ink/aQhg. Acesso em 05 mar. 2022.
42
FIXANDO O CONTEÚDO
43
IV. Quando a pressão de água a ser medida é relativamente alta, um piezômetro
pode ser inadequado e um manômetro deve então ser usado.
A sequência correta é:
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II estão incorretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
e) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
44
cm³/s, valor que é constante ao longo do tempo. A velocidade média neste conduto
será, em m/s, igual a:
a) 0,06
b) 0,12
c) 6,0
d) 8,0
e) 12,0
a) 2 h2/h1
b) 1+ h2/h1
c) 1+ h1/h2
d) (1+ h2 +h1)/2
e) 1+ h2.h1
45
ESCOAMENTO INCOMPREENSÍVEL UNIDADE
3.1 ESCOAMENTO 03
O escoamento ou fluxo de um fluido é qualquer substância que flui ou se
deforma sob estresse aplicado de cisalhamento. As substâncias que possui a
tendência de fluir também são chamadas de fluido (LIVI, 2004).
O escoamento pode ser dado como um fluxo incompressível, e é uma
subdivisão principal da mecânica dos fluidos. Ele inclui dentro de sua limites muitos
problemas e fenômenos que são encontrados na engenharia e na natureza. Os fluxos
de gases, assim como os líquidos, são frequentemente incompressíveis. Leigos são
geralmente surpresos ao saber que o padrão do fluxo de ar pode ser semelhante ao
da água. Do ponto de vista termodinâmico, gases e líquidos têm características bem
diferentes. Sabe-se que os líquidos são frequentemente modelados como fluidos
incompressíveis. No entanto, fluido incompressível é um termo termodinâmico,
enquanto o fluxo incompressível é um termo da mecânica dos fluidos. Assim, pode-
se ter um fluxo incompressível de um fluido compressível (ÇENGEL, 2007).
O principal critério para o fluxo incompressível é que o número de Mach seja
baixo (𝑀 → 0). Esta é uma condição necessária. Além disso, outras condições
relativas à transferência de calor devem ser satisfeitas. Existem várias situações
diferentes de transferência de calor sob as quais o fluxo incompressível pode ocorrer.
Nesta unidade será feito um estudo detalhado dessas situações (BRAGA FILHO, 2006).
Então, serão verificadas algumas características gerais tais que:
A dinâmica dos fluidos é frequentemente diferenciada em fluxos compressíveis
e incompressíveis, cada um dos quais pode ser viscoso ou nãoviscoso.
O fluxo incompressível reduz a equação de continuidade para conservação
da massa a uma equação sem divergências, e isso simplifica muito as
equações de Navier-Stokes.
O fluxo compressível é mais complexo, e um par de equações deve ser
resolvido para determinar o campo de velocidade de fluxo, bem como a
densidade no espaço e no tempo.
46
3.1.1 Fluxo Incompressível na Dinâmica do Fluido
47
O fluxo de fluidos compressíveis é definido como o fluxo em que a densidade não é
constante, o que significa que a densidade do fluido muda de ponto a ponto.
ρ≠constante
ρ=constante
48
(BRAGA FILHO, 2006).
49
Figura 20: Fluxo nãoviscoso sobre um cilindro
50
Figura 21: Fluxo viscoso sobre um aerofólio
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra um breve
embasamento sobre Escoamento Incompressível. Disponível em: https://shre.ink/aRcq.
Acesso em 06 abr. 2021.
51
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura do material sobre Escoamento Incompressível. Disponível
em: https://shre.ink/aRV0. Acesso em 05 abr. 2022.
52
FIXANDO O CONTEÚDO
53
4. (ADAPTADA - BAHIAGÁS - IESES – 2015) Para aplicação da Equação de Bernoulli é
necessário a existência de um fluido ideal. Uma característica de um fluido ideal é:
a) Temperatura acima de 25 graus celsius.
b) Temperatura abaixo de 25 graus celsius.
c) Ausência de entropia.
d) Ausência de entalpia.
e) A viscosidade nula.
54
7. (ADAPTADA - FUNDATEC - 2021 - GHC-RS - ENGENHARIA QUÍMICA) Um engenheiro
químico verificou o escoamento de uma tubulação de gás e precisa calcular a
massa específica desse gás na seção (2). Considere o processo isotérmico, com
pressão de 3,5.105 N.m-2 e temperatura de 27°C na seção (1) e pressão de 2,5.105 N.m-
2 na seção (2). Dados: k = 1,4 e R = 4.122 m2.s-2.K-1 . Assinale a alternativa que
corresponde à massa específica do gás na seção (2).
a) 0,11 kg.m-3.
b) 0,20 kg.m-3.
c) 0,28 kg.m-3.
d) 2,25 kg.m-3.
e) 3,14 kg.m-3.
A potência da turbina é:
a) 1,0 kW.
b) 3,0 kW.
c) 2,5 kW.
d) 2,0 kW.
e) 1,8 kW.
55
ESCOAMENTO LAMINAR E UNIDADE
TURBULENTO
56
Figura 23: A fotografia de fumaça sobe suavemente por um tempo e, então, começa a
formar redemoinhos
57
irregular perto da área da obstrução. A velocidade é 𝑣 ocorre na parte superior, bem
como na parte inferior do fluido (MUNSON, 2004).
Figura 24: (a) O fluxo laminar ocorre em camadas sem se misturar. Observe que a
viscosidade causa arrasto entre camadas, bem como com a superfície fixa (b) Uma
obstrução no vaso produz turbulência
58
Figura 25: O gráfico mostra fluxo laminar do fluido entre duas placas da área A. A placa
inferior está fixa
Quando a placa superior é empurrada para a direita, ela arrasta o fluido junto
com ele.
Uma força 𝐹 é necessária para manter a placa superior na Figura 4.3
movendo-se a uma velocidade constante 𝑣, e experimentos mostraram que essa
força depende de quatro fatores.
𝐹 é diretamente proporcional a 𝑣 (até que a velocidade seja tão alta que a
turbulência ocorra — então uma força muito maior é necessária, e tem uma
dependência mais complexa de 𝑣).
𝐹 é proporcional à área 𝐴 da placa. Esta relação parece razoável, já que 𝐴 é
diretamente proporcional à quantidade de fluido que está sendo movido.
𝐹 é inversamente proporcional à distância entre as placas 𝐿; 𝐿 é como um
braço de alavanca, e quanto maior o braço da alavanca, menos força é
necessária.
𝐹 é diretamente proporcional ao coeficiente de viscosidade, 𝜂. Quanto maior
a viscosidade, maior a força necessária.
Essas dependências são combinadas na equação
𝑣. 𝐴
𝐹=𝜂 , (4.1)
𝐿
o que nos dá uma definição de trabalho de viscosidade fluida 𝜂. Resolver para
𝜂 dá
59
𝐹. 𝐿
𝜂= , (4.2)
𝑣. 𝐴
que define a viscosidade em termos de como ela é medida. A unidade SI de
𝑚 𝑁
viscosidade é 𝑁 ⋅ 𝑚 = (𝑚2 ) . 𝑠 ou 𝑃𝑎 ⋅ 𝑠.
[( ).𝑠2 ]
𝑠
60
4.4, é dada por
8 𝜂. 𝑙
𝑅= . (4.4)
𝜋. 𝑟 4
Esta equação é chamada de lei de Poiseuille para resistência em homenagem
ao cientista francês J. L. Poiseuille (1799-1869), que a derivava na tentativa de
compreender o fluxo de sangue, o qual é um fluido muitas vezes turbulento (BRAGA
FILHO, 2006).
Com isso, parte do diagrama Figura 26 (a) mostra um fluxo de fluido através de
um meio não viscoso retangular. A velocidade do fluido é mostrada como sendo a
mesma através do tubo representado como o mesmo comprimento de setas verticais
subindo. A Figura 26 (b) mostra o diagrama com um fluxo de fluido através de um
meio viscoso retangular. A velocidade do fluido nas paredes é zero, aumentando
constantemente ao máximo no centro do tubo representado como uma onda como
variação para o comprimento das setas verticais ascendentes. A Figura 26 (c) mostra
um queimador Bunsen em chamas (LIVI, 2004).
Figura 26: (a) Se o fluxo de fluido em um tubo tiver resistência insignificante, a velocidade é a
mesma em todo o tubo. (b) Quando um fluido viscoso flui através de um tubo, sua
velocidade nas paredes é zero, aumentando constantemente ao máximo no centro do
tubo. (c) A forma da chama do queimador Bunsen deve-se ao perfil de velocidade através
do tubo
61
Vamos examinar a expressão de Poiseuille para 𝑅, o qual verifica-se que a
resistência é diretamente proporcional tanto à viscosidade do fluido 𝜂 quanto ao
comprimento 𝑙 de um tubo. Afinal, ambos afetam diretamente a quantidade de
atrito encontrado — quanto maior for, maior a resistência e menor o fluxo. O raio 𝑟 de
um tubo afeta a resistência, o que novamente faz sentido, pois quanto maior o raio,
maior o fluxo (todos os outros fatores permanecem os mesmos). Mas é surpreendente
que 𝑟 seja elevado a quarta potência na lei de Poiseuille. Este expoente significa que
qualquer mudança no raio de um tubo tem um efeito muito grande sobre a
resistência. Por exemplo, dobrar o raio de um tubo diminui a resistência por um fator
𝑝2 −𝑝1 8ηl
de 24 = 16. Juntos, 𝑄 = 𝑅
e 𝑅 = π𝑟4 chegam na seguinte expressão para a taxa de
fluxo:
(𝑝2 − 𝑝1 ). π𝑟 4
𝑄= . (4.5)
8ηl
Esta equação descreve o fluxo laminar através de um tubo e é chamada de
lei de Poiseuille para o fluxo laminar (LIVI, 2004).
Você deve ter notado que a pressão da água em sua casa pode ser menor
do que o normal em dias quentes de verão, quando há mais uso. Esta queda de
pressão ocorre na rede de água antes de chegar à sua casa. Considere o fluxo
através da rede de água como ilustrado na Figura 4.5. Assim, pode-se compreender
por que a pressão 𝑝1 diminui durante momentos de uso intenso reorganizando
𝑝2 −𝑝1
𝑄= para 𝑝2 − 𝑝1 = 𝑅. 𝑄, (4.6)
𝑅
62
Figura 27: Durante os tempos de uso intenso há uma queda significativa de pressão em uma
rede de água, e p_1 fornecido aos usuários é significativamente menor do que p_2 criado
nas obras de água. Se o fluxo for muito pequeno, então a queda de pressão é insignificante,
e p_1≈p_2
63
pode causar turbulência devido à irregularidade do bloqueio, bem como à
complexidade do sangue como fluido. A turbulência no sistema circulatório é
ruidosa e, às vezes, pode ser detectada com um estetoscópio, como ao medir a
pressão diastólica na artéria braquial parcialmente colapsada do braço superior.
A figura mostra uma seção retangular de um vaso sanguíneo. O fluxo
sanguíneo é mostrado na direção da direita. O vaso sanguíneo é mostrado ser mais
amplo em uma extremidade e estreito em direção ao extremo oposto. O fluxo é
mostrado como laminar como mostrado por linhas paralelas horizontais. A
velocidade é 𝑣1 na seção mais ampla do vaso sanguíneo. A junção onde o tubo
reduz a velocidade é 𝑣2 . Nas regiões onde os vasos sanguíneos são estreitos, o fluxo
se mostra turbulento como mostrado por flechas curvas. A velocidade é dada por
𝑣3 em direção à direita. O comprimento das setas que retratam as velocidades
representa que 𝑣3 é maior que 𝑣2 maior que 𝑣1 (Roma, 2006).
Figura 28: O fluxo é laminar na maior parte deste vaso sanguíneo e turbulento na parte
estreitada, onde a velocidade é alta. Na região de transição, o fluxo pode oscilar
caoticamente entre o fluxo laminar e o fluxo turbulento
64
um 𝑁𝑅 abaixo de cerca de 2000, o fluxo é laminar. Para 𝑁𝑅 acima de cerca de 3000,
o fluxo é turbulento. Para valores de 𝑁𝑅 entre cerca de 2000 e 3000, o fluxo é instável
— ou seja, pode ser laminar, mas pequenas obstruções e rugosidade superficial
podem torná-lo turbulento, podendo oscilar aleatoriamente entre ser laminar e
turbulento. O fluxo sanguíneo pela maior parte do corpo é um fluxo laminar. A
exceção está na aorta, onde a velocidade do fluxo sanguíneo sobe acima de um
valor crítico de 35 m/s e se torna turbulenta (Roma, 2006).
65
arrasto viscoso é proporcional à velocidade, enquanto para um 𝑁′𝑅 entre 10 e 106,
a força de arrasto é proporcional à velocidade ao quadrado. Para 𝑁′𝑅 maior que
106, a força de arrasto aumenta dramaticamente e se comporta com maior
complexidade. Para o fluxo laminar em torno de uma esfera, 𝐹𝑣 é proporcional à
viscosidade fluida 𝜂, o tamanho característico do objeto 𝐿 e sua velocidade 𝑣 (LIVI,
2004). Tudo isso faz sentido — quanto maior a viscosidade do fluido e maior o objeto
e, por consequência, maior o força de arrasto. Lembre-se da lei de Stoke 𝐹𝑠 = 6𝜋 𝑅𝜂𝑣.
Para o caso especial de uma pequena esfera de raio 𝑅 movendo-se lentamente em
um fluido de viscosidade 𝜂, a força de arrasto 𝐹𝑠 é dada por
𝐹𝑠 = 6𝜋 𝑅𝜂𝑣. (4.9)
Parte da figura mostra uma esfera se movendo em um fluido. As linhas fluidas
são exibidas para demonstrar o movimento em direção à esquerda. Existe também
uma força viscosa na esfera em direção à esquerda dada por 𝐹𝑉 , como
demonstrado pela seta. O fluxo na imagem exemplifica a laminar por linhas de
dobra lineares. Na Figura (b) uma esfera se move com maior velocidade em um
fluido. As linhas fluidas se movem em direção à esquerda. A força de arrasto na
esfera também ocorre em direção à esquerda dada por 𝐹′𝑉 , como demonstra a
seta. O fluxo mostra como laminar acima e abaixo da esfera exemplificado através
de linhas lineares de fluxo e turbulentas à esquerda da esfera exibidas por linhas de
fluxo encaracoladas. Na Figura (c) mostra uma esfera ainda se movendo com maior
velocidade em um fluido. As linhas fluidas demonstram o movimento em direção à
esquerda nas bordas do fluxo para longe da esfera. A força de arrasto na esfera
também ocorre na direção à esquerda dada por 𝐹′′𝑉 , como mostrado pela seta
(BRAGA FILHO, 2006).
66
Figura 29: (a) O movimento desta esfera para a direita é equivalente ao fluxo de fluidos para
a esquerda. Nesta, o fluxo é laminar com 〖N'〗_R menor que 1. Há uma força, chamada
força de arrasto F_V, à esquerda na bola devido à viscosidade do fluido. (b) Em uma
velocidade mais alta, o fluxo torna-se parcialmente turbulento, criando uma esteira e
começando onde as linhas de fluxo se separam da superfície. A pressão na esteira é menor
do que na frente da esfera, porque a velocidade do fluido é menor, criando uma força
líquida para o〖F'〗_V esquerdo que é significativamente maior do que para o fluxo laminar.
Neste o 〖N'〗_R é maior que 10. (c) Em velocidades são muito mais altas, onde 〖N'〗_R é
maior que 106, o fluxo torna-se turbulento em toda a superfície e atrás da esfera. A força de
arrasto aumenta dramaticamente
67
um paraquedista cai mais lentamente com membros espalhados do que quando
eles estão em uma posição de ponta cabeça primeiro com as mãos ao seu lado e
pernas juntas e estendidas (ÇENGEL, 2007).
A figura mostra as forças agindo em um objeto em forma oval caindo através
de um fluido viscoso. Uma visão ampliada do objeto é mostrada em direção à
esquerda para analisar as forças em detalhes. O peso do objeto 𝑃 age verticalmente
para baixo. A força de arrasto 𝐹𝑉 e a empuxo 𝐸 atuam verticalmente para cima. O
comprimento do objeto é dado por 𝐿. A densidade do objeto é dada por 𝜌𝑜𝑏𝑗 e
densidade do fluido por 𝜌𝑙𝑖𝑞 .
Figura 30: Há três forças agindo sobre um objeto caindo através de um fluido viscoso: seu
peso P, a força de arrasto F_v e o empuxo E
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra a
Classificação do Fluido e Tipos de Escoamento. Disponível em: https://shre.ink/aT9t.
Acesso em: 10 abr. 2022.
68
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura do material sobre Escoamento Laminar e Turbulento.
Disponível em: https://shre.ink/aT9C. Acesso em: 05 abr. 2022.
69
FIXANDO O CONTEÚDO
70
b) O escoamento da água na tubulação está ocorrendo no sentido de “A para B”,
sendo a diferença de pressão entre os pontos A e B da tubulação igual a 33320
Pa.
c) O escoamento da água na tubulação está ocorrendo no sentido de “B para A”,
sendo a diferença de pressão entre os pontos A e B da tubulação igual a 33320
Pa.
d) O escoamento da água na tubulação está ocorrendo no sentido de “B para A”,
sendo a diferença de pressão entre os pontos A e B da tubulação igual a 30870
Pa.
e) O escoamento da água na tubulação está ocorrendo no sentido de “A para B”,
sendo a diferença de pressão entre os pontos A e B da tubulação igual a 35770
Pa.
71
a) 8,45 m/s e 10,05 m/s
b) 12,45 m/s e 1,15 m/s
c) 6,78 m/s e 2,14 m/s
d) 1,36 m/s e 5,25 m/s
e) 2,34 m/s e 3,14 m/s
72
d) tem um comportamento monotônico, aumentando na medida em que a vazão
aumenta.
e) diminui com o aumento da rugosidade relativa, caso o escoamento seja
turbulento com um número de Reynolds fixo.
73
TRANSFERÊNCIA DE CALOR UNIDADE
74
temperatura acima do zero absoluto. O calor transferido entre o queimador
elétrico de um fogão e o fundo de uma panela é transferido por condução.
II. Convecção é a transferência de calor pelo movimento macroscópico de um
fluido. Esse tipo de transferência ocorre em um forno de ar forçado e em
sistemas meteorológicos, por exemplo.
75
Em uma lareira, a transferência de calor ocorre pelos três métodos: condução,
convecção e radiação. A radiação é responsável pela maior parte do calor
transferido para a sala. A transferência de calor também ocorre através da
condução para a sala, mas a uma taxa muito mais lenta. A transferência de calor
por convecção também ocorre através do ar frio entrando na sala ao redor das
janelas e do ar quente saindo da sala subindo a chaminé.
Examina-se esses métodos em alguns detalhes nos três módulos seguintes.
Cada método tem características únicas, mas todos os três têm uma coisa em
comum: eles transferem calor apenas por causa de uma diferença de temperatura.
Seus pés se sentem frios enquanto você anda descalço pelo tapete da sala
de estar e, em seguida, pisar no chão de azulejos da cozinha. Este resultado é
intrigante, já que o tapete e o piso de ladrilhos estão ambos na mesma temperatura.
A sensação diferente que você sente é explicada pelas diferentes taxas de
transferência de calor: a perda de calor durante o mesmo intervalo de tempo é maior
para a pele em contato com os azulejos do que com o tapete, de modo que a
queda de temperatura é maior nos azulejos (ÇENGEL, 2007).
Alguns materiais conduzem energia térmica mais rápido que outros. Em geral,
bons condutores de eletricidade (metais como cobre, alumínio, ouro e prata)
também são bons condutores de calor, enquanto isolantes de eletricidade (madeira,
plástico e borracha) são maus condutores de calor (MUNSON, 2004).
Se duas moléculas colidem, ocorre uma transferência de energia da molécula
com maior energia cinética para a molécula com menor energia cinética. O efeito
cumulativo de todas as colisões resulta em um fluxo líquido de calor do corpo quente
para o corpo mais frio. O fluxo de calor depende, portanto, da diferença de
temperatura 𝛥𝑇 = 𝑇𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 − 𝑇𝑓𝑟𝑖𝑎 . Portanto, você terá uma queimadura mais severa de
água fervente do que de água quente da torneira. Por outro lado, se as temperaturas
forem as mesmas, a taxa líquida de transferência de calor tende para zero, e o
equilíbrio é alcançado. Devido ao fato de que o número de colisões aumenta com
o aumento da área, a condução do calor depende da área transversal. Se você
tocar uma parede fria com a palma da mão, sua mão esfria mais rápido do que se
você apenas tocá-la com a ponta do dedo (LIVI, 2004).
76
Um terceiro fator no mecanismo de condução é a espessura do material
através do qual o calor se transfere. A figura abaixo mostra uma laje de material com
temperaturas diferentes em ambos os lados. Suponha que o 𝑇2 seja maior que o 𝑇1 ,
de modo que o calor seja transferido da esquerda para a direita. A transferência de
calor do lado esquerdo para o lado direito é realizada por uma série de colisões
moleculares. Quanto mais grosso o material, mais tempo leva para transferir a mesma
quantidade de calor. Este modelo explica por que roupas grossas são mais quentes
do que roupas finas nos invernos, e por que os mamíferos árticos se protegem com
gordura grossa (ÇENGEL, 2007).
A figura a seguir mostra dois blocos retangulares são mostrados com o direito
rotulado 𝑇1 e o esquerdo rotulado 𝑇2 . Os blocos são colocados em uma superfície a
uma distância 𝑑 um do outro, de modo que seu maior rosto enfrenta o bloco oposto.
O bloco 𝑇1 está frio e o bloco 𝑇2 está quente. Os blocos são conectados entre si com
um bloco retangular condutor de condutividade térmica 𝑘 e área transversal 𝐴. Uma
linha ondulada rotulada 𝑄 está dentro do bloco de condução e aponta do bloco
quente para o bloco frio (BRAGA FILHO, 2006).
A condução térmica ocorre através de qualquer material, sendo representado
por uma barra retangular. A temperatura do material é 𝑇2 à esquerda e 𝑇1 à direita,
onde a 𝑇2 é maior que a 𝑇1 . A taxa de transferência de calor por condução é
diretamente proporcional à área da superfície 𝐴, à diferença de temperatura 𝑇2 −
𝑇1 e à condutividade da substância 𝑘. A taxa de transferência de calor é
inversamente proporcional à espessura 𝑑.
77
Por fim, a taxa de transferência de calor depende das propriedades materiais
descritas pelo coeficiente de condutividade térmica. Todos os quatro fatores estão
incluídos em uma equação simples que foi deduzida e confirmada a partir de
experimentos. A taxa de transferência de calor do condutor através de uma barra
de material, como da Figura 5.2, é dada por
𝑄 𝑘𝐴(𝑇2 − 𝑇1 )
= , (5.1)
𝑡 𝑑
onde 𝑄/𝑡 é a taxa de transferência de calor em watts ou quilocalorias por
segundo, 𝑘 é a condutividade térmica do material, 𝐴 e 𝑑 são sua área de superfície
e espessura, como mostrado na Figura 5.2, e (𝑇2 − 𝑇1 ) é a diferença de temperatura
em toda a barra (LIVI, 2004).
Uma combinação de material e espessura é frequentemente manipulada
para desenvolver bons isolantes — quanto menor a condutividade 𝑘 e maior a
espessura 𝑑, melhor. A razão de 𝑑/𝑘 será, portanto, grande para um bom isolante. A
razão 𝑑/𝑘 é chamada de fator 𝑅. A taxa de transferência de calor condutiva é
inversamente proporcional a 𝑅. Quanto maior o valor de 𝑅, melhor o isolamento (LIVI,
2004).
78
esquerdo. O ar quente do forno está subindo e é mostrado com a ajuda de setas
para cima ao longo da parede esquerda, que são rotuladas de ar quente que sobe.
As setas então se tornam horizontais e passam logo abaixo do teto para a parede
direita. As setas então curvam para baixo, tornam-se azuis, e passam pela parede
direita e são rotuladas de ar resfriado. Finalmente, as setas azuis se curvam e passam
pelo chão para retornar ao forno (LIVI, 2004).
79
Figura 34: Convecção natural (2)
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra um breve
embasamento sobre Perda de Carga. Disponível em: https://shre.ink/aT5T. Acesso em 10
mar. 2022.
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura da Monografia sobre Perda de Carga. Disponível em:
https://shre.ink/aT5T. Acesso em: 20 jan. 2023.
80
FIXANDO O CONTEÚDO
81
e) 200 cal.m⁻²
82
c) 0,12
d) 0,015
e) 0,5
83
IV. Variação de densidade do líquido.
São verdadeiras as afirmativas
a) I e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) II, III e IV.
84
TRANSFERÊNCIA DE MASSA UNIDADE
85
externa agindo sobre uma espécie e o gradiente de temperatura. Uma alternativa
formulação de difusão em misturas multicomponentes, ou seja, o Maxwell-Stefan
relações têm sido discutido e comparado com a formulação do generalizado
(ROMA, 2006).
Por transferência em massa que é uma das operações da unidade em
engenharia química queremos dizer o movimento de uma espécie química em uma
mistura de fluidos causada por alguma forma de "condução força". Por exemplo,
dissolvendo os cristais de KMnO4 em água não agitada a cor se espalhará por toda
a garrafa movendo-se de uma região de alta concentração para uma região de
baixa concentração. Massa de um modo geral transferência inclui não apenas
difusão molecular, mas também transporte de massa por convecção e agitação
simples, embora o mecanismo desses processos seja muito mais complexo (BRAGA
FILHO, 2006).
É importante estar cientes do fato de que o transporte em massa pode ser
encontrado em todos os lugares na natureza em forma de vários fenômenos na
atmosfera, nos oceanos, na vida sistemas, bem como na indústria. É um processo de
mistura espontânea visando homogeneização da mistura de fluidos (BRAGA FILHO,
2006).
A gama de aplicação do fenômeno da transferência de massa é
extremamente ampla, não apenas nos processos da indústria química, mas também
na indústria petroquímica e em Refinarias. Recentemente, também tem sido
frequentemente utilizado no campo da biotecnologia como bem como nos
processos de proteção ambiental (INCROPERA et al., 2007).
A preparação de reagentes para sínteses químicas, separação de produtos
da mistura de reação e purificação de gases e líquidos estão todas associadas à
transferência de massa. Tais operações de unidade como absorção, retificação,
extração e adsorção, em que a transferência em massa desempenha o papel
dominante forma a base dos processos de separação e purificação do fluido
misturas. Em uma série de processos industriais a troca de matéria é acompanhada
por transferência de calor (BRAGA FILHO, 2006).
Muitas vezes, como em condensação, evaporação e sublimação estes dois
fenômenos estão ocorrendo simultaneamente. O processo catalítico heterogêneo
tem também a ser mencionado, em que a difusão nos poros do catalisador
desempenha um crucial papel. Quando o processo de transferência de massa
86
ocorre em uma sequência de outros fenômenos (como nas reações catalíticas) é o
passo mais lento, pode constituir o mecanismo de controle da taxa global do
processo (ÇENGEL, 2007).
87
concentrações. Este processo é gerado pela agitação ou por correntes e
redemoinhos do fluxo turbulento. No entanto, a transferência em massa entre as
correntes recém-adjacentes de rendimentos fluidos por meio de difusão que mistura
as porções dos fluidos.
Neste ponto vale a pena citar a declaração de Maxwell: "Transferência em
massa é devido em parte ao movimento de tradução e em parte para o de
agitação". Em outras palavras, pode-se dizer que qualquer fluxo de massa pode
incluir convecção e difusão, porque em muitos casos a convecção pode ser gerada
por difusão (ÇENGEL, 2007).
Como sugestão uma revisão do que foi trabalhado, o vídeo a seguir mostra um breve
embasamento sobre Transferência de Massa. Disponível em: https://shre.ink/a8rH. Acesso
em 10 abr. 2022.
Para complementação do que foi estudado e para pesquisa futura das próximas
unidades, é sugerida a leitura do Artigo sobre Transferência de Calor e Massa. Disponível
em: https://shre.ink/a8rm. Acesso em 25 abr. 2022.
88
FIXANDO O CONTEÚDO
89
c) 20
d) -20
e) -30
90
6. (Adaptada - CESGRANRIO - 2018 - Transpetro - Engenheiro Júnior - Processamento
(Químico)) Um engenheiro precisa selecionar um trocador de calor de escoamento
em passe único capaz de resfriar óleo de máquina de 70 oC para 50 oC e com carga
térmica de projeto igual a 150 kW. Outra exigência do projeto é que a temperatura
do fluido de resfriamento (água) deve variar de 20 oC até 40 oC.
Considerando-se as possibilidades de adoção de um trocador de contracorrente,
qual a área de superfície de transferência de calor desse trocador?
Dado Coeficiente de transferência de calor global médio igual a 100 W/(m2.oC).
a) 45 m2
b) 50 m2
c) 55 m2
d) 65 m2
e) 70 m2
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vazão que consiste na redução de diâmetro, e um manômetro em U, contendo
mercúrio, foi acoplado nas duas regiões da tubulação, sendo um dos braços do
manômetro instalado na região de diâmetro normal e, o outro, na região de diâmetro
reduzido. Considerando que a massa específica da água, do mercúrio e do óleo
sejam iguais a 1.000 kg/m3, 13.600 kg/m3 e 850 kg/m3
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RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 C
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 E QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 B
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 B
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REFERÊNCIAS
MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F.; OKIISHI, T. H. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos. São
Paulo: Blucher, 2004.
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