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MECÂNICA DOS
SOLOS I
Prof. Esp. Clélio Rodrigo Paiva Rafael
2
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
5
Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:
FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas
quais você precisa ficar atento.
VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.
FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.
GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.
7
SUMÁRIO
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS
UNIDADE 2
ÍNDICES FÍSICOS DE SOLOS
2.1 Relações de peso-volume .......................................................................................................................................................................................................................................................23
2.2 Limites de Atterberg e compacidade relativa..........................................................................................................................................................................................................27
2.3 TProspecção do subsolo e amostragem ......................................................................................................................................................................................................................31
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................35
UNIDADE 3
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
3.1 Por que classificar um solo?..................................................................................................................................................................................................................................................40
3.2 Sistema de classificação unificada (S.U.C.S.)..............................................................................................................................................................................................................41
3.3 Sistema de classificação rodoviária (TRB)...................................................................................................................................................................................................................44
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................47
UNIDADE 4
TENSÕES NO SOLO
4.1 Transmissão De Esforços No Solo......................................................................................................................................................................................................................................52
4.2 Tensões Devido Ao Peso Próprio.......................................................................................................................................................................................................................................54
4.3 Tensões Geostáticas...................................................................................................................................................................................................................................................................56
4.4 Tipos De Tensões Atuantes Nos Solos...........................................................................................................................................................................................................................59
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................61
UNIDADE 5
COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS
5.1 Compressibilidade .......................................................................................................................................................................................................................................................................65
5.2 Adensamento ................................................................................................................................................................................................................................................................................69
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................72
UNIDADE 6
FLUXO DE ÁGUA NO SOLO
6.1 Aspectos E Conceitos Da Água No Solo .......................................................................................................................................................................................................................76
6.2 Fluxo Unidimensional ..............................................................................................................................................................................................................................................................77
FIXANDO O CONTEÚDO..................................................................................................................................................................................................................................................................83
disso, abordaremos métodos para identificação dos tipos de solos com base em
ensaios visuais e táteis e ensaios granulométricos.
UNIDADE 2
Notadamente, essa unidade é o carro-chefe de toda a disciplina, pois através
das relações entre volume e peso, estrutura e plasticidade dos solos podemos
compreender os fenômenos de compactação do solo, das tensões geostáticas
e consequentemente de sua resistência e os fenômenos de recalque e, dessa
forma, conseguir suporte para melhor solução em termos de viabilidade de uso de
determinado tipo de solo para construção civil.
UNIDADE 3
Os solos podem ser classificados de diversas maneiras, nas quais são consideradas
variáveis de acordo com a finalidade que se pretende utilizar o solo. Nessa unidade,
iremos estudar alguns dos principais sistemas de classificação dos solos, sendo um
com metodologia focada para obras rodoviárias e outro para obras de barragens.
UNIDADE 4
Nessa unidade, iremos falar a respeito das tensões às quais os solos estão submetidos.
Veremos que as tensões são transmitidas entre as partículas sólidas do solo, podendo
ainda ter uma fração resistida pela água presente nos vazios do solo. Além disso,
iremos abordar, matematicamente, o efeito do peso das partículas sólidas e da água
sobre o solo.
UNIDADE 5
Sendo o solo um material trifásico, formado por partículas sólidas, ar e água, torna-se
de fundamental importância o estudo de como cada uma dessas fases influenciam
no maciço de terra. Nessa unidade, iremos estudar como a expulsão de água e ar dos
vazios do solo influenciam na variação do seu volume, considerando que a expulsão
pode acontecer de forma rápida (compressibilidade) ou lenta (adensamento).
UNIDADE 6
A água pode estar presente no solo de maneira estática ou em deslocamento.
Quando ocorre o deslocamento da água no interior do solo, chamamos de percolação.
Nessa unidade, iremos aprender a respeito dos aspectos teóricos relacionados ao
movimento da água no solo, bem como os mecanismos e formulações matemáticas
que mensuram a percolação em números através de propriedades geométricas
desenvolvidas por Darcy, conhecida como Lei de Darcy.
9
INTRODUÇÃO À MECÂNICA
DOS SOLOS
10
1.1 INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS
Figura1: Uso de solo como elemento principal em obras: (a) Estradas; (b) terraplanagem; (c) aterro sanitário; (d) contenção (e)
barragem de terra (f) túnel
Fonte: Disponível em (a) https://bityli.com/YfCflX (b) https://bityli.com/AQPxqH (c) https://bityli.com/PZxvHpC (d) https://bityli.
com/HwxMpX (e) https://bityli.com/BjEzty (f) https://bityli.com/cwRiOp. Acessos em 04 jan. 2022
A Mecânica dos Solos, no seu início, tentou explicar o comportamento dos solos
com modelos matemáticos propostos por Coulomb, Rankine e Vauban, além de outros
físicos e matemáticos dos séculos XVII e XVIII. Esses autores admitiam que os solos eram
massas homogêneas e realizavam estudos mais voltados ao ponto de vista matemático
do que físico.
No final do século XIX e já adentrando o século XX, foi possível ter uma definição mais
ampla da Mecânica dos Solos, pois, até então, esse termo ainda não havia sido formado.
Após grandes deslizamentos de terras em obras de engenharia, mais notadamente
as construções do Canal do Panamá, Canal de Kiel (Alemanha), rupturas de barragens
estadunidenses e os escorregamentos de taludes na construção de ferrovias na Suécia,
surgem equipes e comissões técnicas para compreender os motivos pelos quais esses
desastres ocorriam.
Contudo a Mecânica dos Solos surgiu, do ponto de vista da academia, com o
lançamento da publicação de Erdbaumechanik (Mecânica dos Solos), de Karl Terzaghi
(Figura 2), no ano de 1925 e, portanto, ele é considerado o pai da Mecânica dos Solos.
11
Figura 2: Rarl Terzaghi (1883 – 1963) – O pai da Mecânica dos solos e seus alunos.
Fonte: Disponível em: https://bityli.com/nqIomb. Acesso em 04 jan. 2022
Apesar de ser uma ciência jovem, a Mecânica dos Solos ainda se encontra em
desenvolvimento e com isso surgem muitos trabalhos e pesquisas aplicados em
diferentes tipos de solos, sendo importantes para que se tenha uma interpretação e uso
adequado conforme as características do tipo de solo. O surgimento de novas pesquisas
em solos diferentes dos europeus e estadunidenses foi importante como um atingimento
maior dessa ciência aos outros continentes, sobretudo no nosso caso (América do Sul),
que temos solos bem específicos pelo processo de intemperismo majorado pelo clima e
necessitávamos, portanto, de estudos que contemplassem suas características.
𝛾𝑠 − 𝛾𝑤 2
𝑣= .𝐷
18𝜂
Onde:
𝑣 = velocidade
𝛾𝑠
= peso específico dos sólidos
𝛾𝑤
= peso específico da água
𝜂
= viscosidade da água
D = diâmetro das partículas do solo.
2. “Os solos representam uma importante fonte de material para obras de engenharia,
principalmente nos climas tropicais e equatoriais, onde os perfis atingem grandes
espessuras. Estabilidade e resistência mecânica são propriedades geotécnicas
fundamentais para que um solo tenha qualidade, seja para utilização como material de
construção, seja como substrato para obras. Os solos podem ser empregados diretamente
em obras como materiais de construção, necessitando em geral de compactação ou
desinfecção para torná-los mais resistentes e mais estáveis às variações possíveis de
estado, principalmente frente à ação de água.”
TEIXEIRA, W. et al., Decifrando a Terra. In: TOLEDO, M; OLIVEIRA, S.; MELFI, A. Da rocha ao solo: intemperismo e
pedogênese.2edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 (adaptado).
Baseado no texto acima, assinale a alternativa que contenha construções onde foram
utilizados apenas solos.
a)I e II
b)I e III
c)I e IV
d)II e III
e)III e IV
Qual é a sequência que representa o produto dos processos descritos nesse ciclo
petrogênico?
19
1 2 3 4 5
a) magma rocha solo solo residual rocha sedimentar
magmática coluvionar
b) magma rocha solo residual solo coluvionar rocha
magmática metamórfica
c) magma rocha solo residual sedimentos rocha
magmática metamórfica
d) magma rocha ígnea solo residual sedimentos rocha sedimentar
e) rocha magmática rocha ígnea solo sedimentos rocha
coluvionar metamórfica
a)as curvas de distribuição granulométricas dos solos A e B foram obtidas por meio de
ensaio de sedimentação.
b)a distribuição granulométrica do solo D foi obtida por meio do peneiramento.
c)o solo A tem permeabilidade superior ao solo D.
d)a distribuição granulométrica do solo B foi obtida por meio de sedimentação.
e)a curva de distribuição granulométrica do solo C possui 10% de argila.
A sequência correta é:
a)F, V, V, V.
b)V, F, V, V.
c)V, V, F, F.
d)V, V, V, F.
e)F, F, F, V.
22
ÍNDICES FÍSICOS
DE SOLOS
23
2.1 RELAÇÕES DE PESO-VOLUME
• Teor de umidade (w): também chamado de teor de água, é a relação entre o peso
da água e o peso dos sólidos em um certo volume de solo e sua fórmula pode ser
expressa conforme a Equação 2:
𝑃𝑤
𝑤= . 100%
𝑃𝑠
Onde,
W= teor de umidade;
Pw= peso da água e
Ps= peso do solo seco
𝑃𝑡
𝛾𝑁 =
𝑉𝑡
Onde,
𝛾𝑁
= peso específico natural (kN/m³);
𝑃𝑡 = peso total (kN) e
𝑉𝑡 = volume total (m³).
FIQUE ATENTO
O peso específico natural do solo, como o próprio nome sugere, se trata da medida
considerando o solo in situ, ou seja, no ambiente natural.
O peso específico natural pode ser determinado por moldagem de corpo de prova
e método da balança hidrostática, com uso de parafina.
Peso específico dos sólidos ( 𝛾𝑆 ): também conhecido como peso específico dos
grãos e peso específico das partículas, é uma relação entre o peso das partículas sólidas
e o seu volume. O seu valor é determinado pelo ensaio do picnômetro, que tem como
referência o princípio de Arquimedes.
𝑃𝑠
𝛾𝑠 =
𝑉𝑠
Onde,
𝛾𝑆 = peso específico das partículas sólidas (kN/m³);
25
𝑃𝑠 = peso de sólidos (kN);
𝑉𝑠 = volume de sólidos (m³).
𝑃𝑠
𝛾𝑑 =
𝑉𝑇
Onde,
𝛾𝑑
= peso específico aparente seco (kN/m³);
𝑃𝑠 = peso de sólidos (kN);
𝑉𝑡 = volume total (m³).
Peso específico saturado ( 𝛾𝑠𝑎𝑡 ): nesse caso, supõe-se que o solo esteja totalmente
saturado e sem variação de volume, é comum valores em torno de 20 kN.m-3. A Equação
6 é utilizada para determinação do peso específico saturado do solo.
𝑃𝑠𝑎𝑡
𝛾𝑠𝑎𝑡 =
𝑉𝑡
Onde,
𝛾𝑠𝑎𝑡
= peso específico saturado (kN/m³);
𝑃𝑠 = peso do solo saturado (kN);
𝑉𝑡 = volume total (m³).
𝑃𝑤
𝛾𝑤 =
𝑉𝑤
26
Onde,
𝛾𝑤 = peso específico da água (kN/m³);
𝑃𝑤 = peso de água (kN) e
𝑉𝑤 = volume de água (kN).
𝛾𝑠𝑢𝑏 = 𝛾𝑁 − 𝛾𝑤
Onde,
𝛾𝑠𝑢𝑏 = peso específico submerso (kN/m³);
𝛾𝑛 = peso específico natural (kN/m³);
𝛾𝑤 = peso específico da água (kN/m³)
𝑉𝑣
𝑒=
𝑉𝑠
Onde,
𝑒 = índice de vazios;
𝑉𝑣 = volume de vazios (m³);
𝑉𝑠 = volume de sólidos (m³).
𝑉𝑣
𝜂= 𝑥 100
𝑉𝑇
Onde,
η = porosidade (%);
𝑉𝑣 = volume de vazios (m³);
𝑉𝑡 = volume total (m³).
Grau de saturação (S): é definido como a quantidade de água que ocupa o vazio
dos solos. Pode ser expresso pela relação entre o volume de água e o volume de vazios.
𝑉𝑤
𝑆= . 100%
𝑉𝑣
Onde,
S= grau de saturação (%);
𝑉𝑤 = volume de água (m³);
𝑉𝑣 = volume de vazios (m³).
27
Os índices físicos, que são determinados em laboratório, são: teor de umidade,
peso específico natural e peso específico dos sólidos. A partir desses índices, os outros
índices são calculados a partir dos determinados em laboratório.
Com os índices descritos e através da Figura 8, podemos fazer mais correlações
entre os pesos e volumes, como as que se seguem no Quadro 1 abaixo:
Figura 11: Ensaio de limite de plasticidade (LP): a) Aparelho Casagrande com amostra de solo; (b) Gráfico do resultado do LL
Fonte: Disponível em: (a) https://bityli.com/CDzTYd. Acesso em 10 jan. 2022. (b) Arquivo pessoal do autor (2022)
FIQUE ATENTO
A umidade relacionada ao eixo Y (Figura 10) corresponde à encontrada em teste de es-
tufa (geralmente) de cada amostra retirada do Casagrande, e que, a partir da inserção
dos dados em gráfico, traça-se a linha de tendência, a qual se retira o equivalente a 25
golpes.
𝐼𝑃 − 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃
IP Descrição
0 Sem plasticidade
1–5 Plasticidade leve
5 – 10 Plasticidade baixa
10 – 20 Plasticidade média
20 – 40 Plasticidade alta
> 40 Plasticidade muito alta
Quadro 1: Índice de Plasticidade conforme a sua descrição.
Fonte: Classificação do IP, conforme Burmister (1949).
30
Ainda sobre a consistência do solo, existe outro parâmetro que pode ser utilizado
também como avaliador do comportamento do solo, que é a atividade de argila (A) e
o índice de consistência (IC). A atividade de argila (A) se refere à relação do índice de
plasticidade com o teor da fração argila de um solo. Quanto maior a atividade de argila
de um solo, maiores os problemas relacionados à capacidade de retenção de água e de
troca de cátions.
𝐼𝑃
𝐴=
% 𝑑𝑒 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎
O índice de consistência, por sua vez, mede a consistência do solo em seu estado
natural. Isto é, conhecer a posição relativa da umidade (w) aos limites de mudança
de estado do solo. Esse índice (IC) é mais representativo em comportamento de solo
sedimentares e aplicado em solos remoldados e saturados e pode ser expresso conforme
a equação:
𝐿𝐿 − 𝑤 𝐿𝐿 − 𝑤
𝐼𝐶 = ou 𝐼𝐶 =
𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 𝐼𝑃
Onde,
IC= índice de consistência;
IP= índice de plasticidade;
LL= limite de liquidez (%);
LP = limite de plasticidade (%); e W = umidade natural (%) (teor de umidade do
solo, ou umidade que se encontra a amostra).
𝑒𝑚á𝑥 − 𝑒𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙
𝐶𝑅 = x 100
𝑒𝑚á𝑥 − 𝑒𝑚í𝑛
Onde,
CR= compacidade relativa (%);
emáx = índice de vazios máximo;
emin = índice de vazios mínimo; e
enatural = índice de vazios natural (em relação ao “in-situ”).
Classificação CR
Areia fofa < 0,33
Areia de compacidade média 0,33 – 0,66
Areia compacta > 0,66
Quadro 2: Classificação das areias conforme a compacidade relativa.
Fonte: CAPUTO e CAPUTO (2022).
Note que quanto maior o valor da Compacidade Relativa, menor o índice de vazios
do solo e consequentemente mais compacto é o estado dele.
A NBR – 6484 (ABNT, 2020) é a norma que trata de um dos métodos mais simples
de reconhecimento do terreno, também conhecido como sondagem: perfuração e
amostragem. A sondagem consiste na abertura de um furo no solo feito com um trado
manual (trado holandês, trado de rosca, calador e trado de caneco), conforme a Figura 12.
Esses trados alcançam uma profundidade de 3 a 5 m, são utilizados principalmente para
classificação de perfil de solo e para trabalhos de exploração de solo para pavimentação
e reduzidas estruturas. As amostras retiradas podem ser deformadas ou indeformadas
para ensaios laboratoriais como peso específico natural, peso específico das partículas,
umidade, granulometria, limites de Atterberg, compactação, cisalhamento e
adensamento.
32
Figura 13: Método SPT: (a) Equipamento para ensaio de reconhecimento à percussão
(b) Amostragem sendo executada em campo.
Fonte: (a) Higashi, 2006; (b) Arquivo pessoal do autor. (2022)
33
VAMOS PENSAR?
Você consegue realizar a leitura do relatório de sondagem SPT mostrado na Figura 14?
Vamos fazer isso juntos? Esse relatório é chamado de Perfil Geotécnico e é feito, indivi-
dualmente, um para cada furo. O Perfil Geotécnico é organizado por colunas, onde to-
das elas são em função da profundidade. Tomando como exemplo a profundidade de 3
metros, é possível retirar as seguintes informações desse relatório: (i) o solo se encontra a
10cm do lençol freático; (ii) a perfuração (avanço) foi feita com Trado Concha (TC) até um
metro, Trado Hélice (TH) até o nível de água e trépano através de circulação de água (CA),
a partir do lençol freático; (iii) é a cota final da camada de areia fina pouco siltosa e cota
de superfície da camada de areia fina siltosa; (iv) o índice de resistência NSPT inicial e fi-
nal é de 2; (v) foi preciso 1 batida para penetrar os primeiros 15cm, 1 para descer mais 15cm
e 1 para atingir 45cm e por isso a resistência NSPT é igual a 2 (soma da quantidade de
batidas para penetrar os últimos 30cm). Agora que analisamos juntos o Perfil Geotécnico
(Figura 14) em uma profundidade de 3 metros, continue sua reflexão fazendo a análise
em outras profundidades.
34
Para amostragem de rochas (testemunho), utilizam-se de brocas de diamante,
por meio de sondas rotativas (Figura 15).
a) (1) LC; (2) LP; (3) LL; (4) IL; (5) IC e (6) IP
b) (1) LC; (2) LP; (3) LL; (4) IL; (5) IP e (6) IC
c) (1) LC; (2) LL; (3) LP; (4) IC; (5) IP e (6) IL
d) (1) LC; (2) LL; (3) LP; (4) IC x IP; (5) IL x IP e (6) IP
e) (1) LC; (2) LP; (3) LL; (4) IL x IP; (5) IC x IP e (6) IP
2. Uma área foi aprovada para a construção de prédios residenciais e foram coletadas
amostras de solo de forma a caracterizar o terreno. O solo foi considerado argiloso e com
as seguintes características:
a) 15,98 kN.m-3
b) 17,31 kN.m-3
c) 19,85 kN.m-3
d) 21,13 kN.m-3
e) 23,46 kN.m-3
36
3. (Adaptado de ENADE/2010) A amostragem de solo é considerada uma das etapas mais
importantes para a realização de construções civis, tanto como base quanto para uso do
material de solo ou rocha. Embora seja uma etapa simples, é uma operação significativa,
pois uma pequena quantidade de solo coletada deverá representar os atributos físico-
químicos de uma grande área.
Considerando a importância da etapa de amostragem de solo em um programa de
sondagem para realização de grandes obras, avalie as afirmativas abaixo:
a) I, II e III
b) I e IV
c) I, II e IV
d) II e III
e) II e IV
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
37
5. O futebol é um dos esportes mais difundido e praticado no Brasil. Um dos grandes
escritores da literatura brasileira, Mário de Andrade, cria uma palavra no romance
Macunaíma, que chamou de “futebóleres”, ou seja, os brasileiros que praticam o futebol.
A presença do futebol é tão marcante nacionalmente que em qualquer lugar, uma aldeia,
uma vila e até mesmo na penitenciária, o campo de futebol se faz presente. Entretanto,
nem sempre se tem manutenção por parte dos responsáveis.
Um campo de futebol, no padrão FIFA, com dimensões de 110 m x 75 m, irá receber
uma partida de futebol durante a noite, mas não possui sistema de irrigação e nem de
drenagem. Os funcionários desejam conhecer a quantidade de água que deverá ser
lançada sobre o campo, de forma homogênea. Sabe-se que o peso específico natural
do solo arenoso na profundidade de 10 cm é igual a 11,3 kN/m3. Para uma partida sem
poeiras e sem lamas, a umidade deve estar em torno de 18%. Qual a quantidade de água
aproximadamente, em m³, que deverá ser distribuída no campo?
a) 97,3 m³
b) 101,5 m³
c) 142,21 m³
d) 190,80 m³
e) 203,00 m³
6. Os índices físicos dos solos são utilizados para identificar o estado em que o solo se
encontra. Esses índices correlacionam os pesos e os volumes das fases do solo – ar, água e
sólido. Um dos índices que é muito utilizado em Mecânica dos Solos é a relação existente
entre o volume de vazios e o volume total da amostra. Esse índice é:
a) índice de vazios
b) teor de umidade
c) porosidade
d) peso específico submerso
e) peso específico das partículas
7. Os ensaios geotécnicos são importantes para caracterizar o solo e a partir dos resultados
fazer inferências e/ou concluir sobre o comportamento do maciço terroso, como a
umidade do solo, adensamento e compactação. Sobre esses parâmetros, apresenta-se
uma figura que retrata o ensaio de:
a) Granulometria
b) Limite de Liquidez
c) Limite de Plasticidade
d) Teor de umidade
e) Peso específico natural
38
8. Em um ensaio de determinação da umidade natural, pelo método da estufa, três
partes de uma amostra foram previamente pesadas e colocadas na estufa a 105ºC. Após
24 horas, as amostras foram deixadas em cima da bancada para esfriar. Elas foram
pesadas algumas horas depois, quando as cápsulas estavam frias. No dia seguinte, a
massa seca foi determinada novamente, porém apresentou uma pequena variação.
Sobre o procedimento adotado para a amostra, podemos dizer que a consequência do
resultado é:
CLASSIFICAÇÃO DOS
SOLOS
40
3.1 POR QUE CLASSIFICAR UM SOLO?
FIQUE ATENTO
Os primeiros métodos de classificação de solos carregavam em comum a simplicidade e
tinham um viés técnico, ou seja, a princípio, os métodos tinham especificidades práticas
para problemas locais. Mais tarde, buscou-se nas características da classificação geoló-
gica, ou seja, conforme a rocha de origem e seus tipos de solo, podendo ser residuais ou
transportados.
Letra* Definição
G pedregulho
S areia
M silte
C argila
O solo orgânico
W bem graduado
P mal graduado
H alta compressibilidade
42
L baixa compressibilidade
Pt turfas
* As letras simbolizam as iniciais das palavras
inglesas: G de gravel; S de sand; C de clay; W
de well graded; P de poorly graded e M do
termo sueco mo, que se traduz como silte
Quadro 3: Terminologia do sistema Unificado.
Fonte: Elaborado pelo autor (2022).
• Solos grossos: são pedregulhos e areias (grossa, média e fina) em que mais de
50% em peso dos grãos ficam retidos na peneira nº 200, ou seja, os grãos aqui
retidos são maiores que 0,074 mm.
• Solos finos: são siltes e argilas em que mais de 50% em peso dos grãos passam na
peneira nº 200 (< 0,074 mm).
• Turfas: solos com características fortemente orgânicas e bem compressíveis.
𝐷60
𝐶𝑈 =
𝐷10
Onde,
Cu = coeficiente de não uniformidade;
D60 = diâmetro onde 60% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele
(mm); e
D10 = diâmetro onde 10% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele
(mm).
O CU serve para assinalar a variação granulométrica do solo. Quanto mais uniforme
a granulometria do solo, mais os grãos do solo tendem a ter o mesmo tamanho. Assim,
os solos que apresentam CU até 5 são considerados solos uniformes, já valões de CU
entre 5 e 15 são considerados solos medianamente uniformes e os solos desuniformes
são aqueles que apresentam CU acima de 15.
'
• Coeficiente de curvatura (CC): é a relação entre os diâmetros correspondentes
a 30% elevado ao quadrado e o produto dos diâmetros correspondentes a 60% e
10%.
43
(𝐷30)2
𝐶𝐶 =
𝐷60 . 𝐷10
Onde,
Cc = coeficiente de curvatura;
D30 = diâmetro onde 30% do solo, em peso, possui diâmetros menores que
ele (mm);
D60 = diâmetro onde 60% do solo, em peso, possui diâmetros menores que
ele (mm); e
D10 = diâmetro onde 10% do solo, em peso, possui diâmetros menores que
ele (mm).
Pelo gráfico de plasticidade, observa-se que, para além das características principais,
o solo é caracterizado por apresentar respectivamente alta e baixa compressibilidade,
essa característica é definida através do limite de liquidez (LL = 50%).
Os solos turfosos caracterizam-se pela alta presença de matéria orgânica, cores
escuras (entre marrom e preto), apresentam um odor orgânico, textura mais fibrosa, solo
encharcado (S > 100%), além disso, apresentam alta compressibilidade, baixa resistência
ao cisalhamento e elevado índice de vazios.
Contudo, com as informações dos solos grossos e dos solos finos, podemos utilizar
a Figura 18 para auxiliar na classificação dos solos, segundo a S.U.C.S.
44
VAMOS PENSAR?
Você consegue imaginar uma aplicação prática do Sistema de Classificação Unificado?
Embora ele tenha sido desenvolvido para aplicação em obras de aeroportos, o sistema é
amplamente empregado por engenheiros geotécnicos, tendo como um dos seus princi-
pais exemplos o uso em grandes obras de terra, como barragens.
Solo - obra 84 71 64 41 14
a) I.
b) II.
c) III.
d) II e III.
e) I e III.
TENSÕES NOS
SOLOS
52
4.1 TRANSMISSÃO DE ESFORÇOS NO SOLO
Todo ponto que constitui uma massa de solo está submetido a esforços, que
podem ser decorrentes do peso próprio ou devido à ação de forças externas, como um
carregamento na superfície do solo. É de fundamental importância a compreensão
das tensões que atuam nos solos e como elas se comportam para que possam ser
desenvolvidos todos os tipos de obras geotécnicas.
Sendo o solo um sistema trifásico formado por partículas sólidas, ar e água
(Figura 20), parte dos esforços é transmitida pelos grãos e, de acordo com as condições
de saturação do solo, parte é suportada pela água. Com isso, no caso de não haver a
presença de água (solos secos), os esforços são totalmente transmitidos pelos grãos, que
é o que chamamos de tensão efetiva.
Outra importante variável no estudo das tensões do solo é o conceito de área. Como
a transmissão das forças acontece no contato entre os grãos, a área a ser analisada deveria
ser na interface das partículas, como ilustrado pela linha “Ac” da Figura 23. Entretanto,
devido às partículas do solo apresentarem diversos tipos de formatos e tamanhos, é
viável desenvolver modelos matemáticos que representem todos os tipos de solos. Com
isso, a fins de estudos, é considerada a adoção de um plano horizontal A (Figura 23) que
passa pelos grãos e pelos vazios que podem estar compostos por ar e/ou água
• Tensão normal ( σ ): razão do somatório das forças normais ao plano pela área total
que engloba as partículas onde os contatos acontecem, expressa pela equação:
𝛴𝑁
σ= 𝐴
Onde,
σ = tensão efetiva;
N= força normal ao plano; e
A= área do plano.
• Tensão cisalhante ( τ ): razão do somatório das forças tangenciais pela área total
que engloba as partículas onde os contatos acontecem, expressa pela equação:
𝛴𝑇
τ= 𝐴
Onde,
τ = tensão cisalhante;
τ = força tangencial ao plano; e
A= área do plano
As tensões devido ao peso próprio do solo são tensões horizontais, que, como
o próprio nome sugere, surgem devido ao peso das partículas do solo. Essas tensões
possuem valores consideráveis e, portanto, não podem ser desprezadas.
Em solos com superfície horizontal, a tensão atuante em um plano horizontal a
uma determinada profundidade pode ser considerada como normal ao plano. Nesse
caso, não existe tensão de cisalhamento, pois as componentes das forças tangenciais
se contrapõem e consequentemente anulam a resultante. Nesse caso, quando não
existe a presença de água, o peso das partículas do solo resulta em uma tensão vertical
que é calculada a partir do peso da camada de solo em uma determinada distância da
superfície (profundidade), como mostrado na equação e ilustrado na Figura 24.
𝛾𝑛 ∗ 𝑉
𝜎𝑣 = = 𝛾𝑛. 𝑧
𝐴
Quando se trata de um solo estratificado, isto é, com mais de uma camada, a tensão
vertical total é calculada a partir do somatório do efeito do peso de todas as camadas,
como mostrado na Figura 25.
Como visto na Figura 25, cada camada de solo tem a sua contribuição individual,
pois pode tratar se de solos diferentes como argilas ou siltes, possuindo, assim, pesos
específicos diferentes. Além disso, a altura de cada camada também é diferente.
VAMOS PENSAR?
O peso específico tratado nas equações de tensões é sempre o mesmo? Bem, se tratando
de um maciço de terra formado por um mesmo tipo de solo, é possível que isso seja ver-
dade, desde que não exista água no solo. O que acontece é que existem diversos tipos de
solos, portanto, cada tipo possui o seu próprio peso específico. Além disso, existe a varia-
bilidade devido à condição de saturação dos solos. Quando é realizado uma análise em
um solo saturado, o peso específico encontrado será o do solo nessa condição, porém, as
formulações consideram o peso específico do solo seco. Desse modo, é disponibilizado o
valor do peso específico saturado e é necessário subtrair a parcela da água (isso acontece
em diversas questões de cálculo de tensões).
56
4.3 TENSÕES GEOSTÁTICAS
As primeiras tensões submetidas aos solos surgem devido ao peso próprio do maciço.
Devido às características dos solos serem extremamente diferentes e por apresentarem
grande heterogeneidade e topografias irregulares, os cálculos, considerando essas
condições (estado de tensões), podem ser consideravelmente complexos. Ainda assim,
existem condições em que os esforços decorrentes do peso próprio do solo resultam em
estados de tensões simplificados (Figura 26) (ORTIGÃO, 2007).
𝜎𝑣 = 𝛾. 𝑧
58
Onde,
σv = tensão vertical;
γ = peso específico do solo e
z = profundidade do ponto analisado (altura da camada de solo acima do ponto).
𝜎𝑣 = 𝛴 𝛾i . 𝑧i
Onde,
σv = tensão vertical;
γ = peso específico do solo e
z = profundidade do ponto analisado (altura da camada de solo acima do ponto).
Outro caso é quando o solo está sob a presença de água e essa água se encontra
em estado estático, ou seja, não existe o fluxo da água no interior do solo. Nesse caso, a
tensão suportada pela água é chamada de poropressão (u) e é calculada considerando
o peso específico da água e a altura da coluna d’água, conforme a Equação 22 (CAPUTO,
2022).
𝑢 = 𝛾𝑤. ℎ𝑤
Onde,
u= poropressão (pressão resistida pela água);
γw = peso específico da água e
hw = altura da coluna d’água.
𝜎ℎ = 𝑘0. 𝜎𝑣
59
Onde,
σh= tensão horizontal;
K0= coeficiente de empuxo no repouso.
σv= tensão vertical.
Um maciço de terra está sujeito à ação de diversos tipos de tensões oriundas dos
esforços existentes nos mais diversos tipos de situações. Dentre elas, pode-se citar a
tensão normal, a tensão efetiva e a pressão neutra, que estudaremos nessa seção.
Como já abordado neste capítulo, nos estudos geotécnicos, as tensões são
calculadas considerando um plano que intercepta não só as partículas sólidas dos solos
(grãos), mas também os seus vazios. Outra observação importante é que parte da tensão
normal que o solo está submetido é transmitida aos grãos, e a outra parte é suportada
pela água. Além disso, a tensão cisalhante atua somente nos grãos, pois a água não
resiste a esse tipo de tensão. Então, como base nisso, é possível definir as tensões como:
𝜎 = 𝜎′ + 𝜇
Onde,
σ = tensão normal;
σ' = tensão efetiva; e
μ = pressão neutra ou poropressão.
𝜎′ = 𝜎 − 𝜇
Onde,
σ' = tensão efetiva;
σ = tensão normal; e
μ = pressão neutra ou poropressão.
• Pressão neutra (μ): parcela da tensão normal que é suportada pela água presente
no solo. Ela existe quando o solo está submerso e não há fluxo de água (drenagem).
60
𝜇 = 𝛾𝑤 𝑥 𝑧𝑤
Onde,
μ = pressão neutra ou poropressão;
γw = peso específico da água; e
zw = altura da coluna d’água.
FIQUE ATENTO
Somente em casos muito específicos, em que os níveis de tensões são muito elevados, a deformação do solo
pode ser afetada pela variação de volume dos grãos, que acontece quando as elevadas tensões quebram as
partículas sólidas do solo
61
FIXANDO O CONTEÚDO
1. É de fundamental importância a compreensão das tensões que atuam nos solos e
como elas se comportam para que possam ser desenvolvidos todos os tipos de obras
geotécnicas. Em relação à transmissão de tensões no solo, assinale a alternativa correta.
a) Independente da situação, são as partículas sólidas, ou seja, os grãos dos solos que
recebem todos os esforços que o maciço está submetido.
b) Todos os esforços aplicados nos solos são transmitidos para a água contida nos espaços
vazios dos solos.
c) Parte dos esforços submetidos aos maciços de solos são transmitidos pelos grãos e
outra parte é suportada pela água.
d) Todos os esforços aplicados nos solos são transmitidos para o ar contido nos espaços
vazios dos solos.
e) Quando o solo está seco, isto é, não existe água em seus vazios, os esforços são
transmitidos aos grãos e ao ar presente nos vazios do solo.
2. Todo ponto que constitui uma massa de solo está submetido a esforços, que podem
ser decorrentes do peso próprio ou devido à ação de forças externas, como um
carregamento na superfície do solo. Esses esforços são transmitidos ao solo de acordo
com a constituição dele. Diante disso, analise as afirmativas abaixo.
I. A transmissão das tensões entre as partículas sólidas do solo é simples, pois independe
do tipo de mineral que constitui o solo;
II. Em solos siltosos e arenosos, que são formados por partículas maiores, as tensões são
transmitidas pelo contato direto entre as partículas;
III. Em solos argilosos, a transmissão das tensões pode acontecer pela água adsorvida na
superfície dos grãos.
4. As tensões devido ao ________ do solo são tensões que, como o próprio nome sugere,
surgem devido ao peso das partículas do solo. Essas tensões possuem valores ________
e, portanto, ________ ser desprezadas. Assinale a alternativa que preenche corretamente
as lacunas.
5. Nos solos com superfície horizontal, a tensão atuante em um plano horizontal a uma
determinada profundidade pode ser considerada como normal ao plano. Em relação
às tensões atuantes nessa situação (solo de superfície horizontal), julgue as afirmativas
abaixo em V (verdadeiro) ou F (falso).
I. A tensão vertical é calculada pelo peso específico do solo multiplicado pela profundidade
do ponto que se deseja analisar;
II. A tensão vertical é calculada pelo somatório do peso de cada camada, onde são
utilizados pesos específicos próprios para cada tipo de solo;
III. Existindo água no solo, é preciso se atentar à utilização do peso específico natural e
não o peso específico saturado do solo.
8. Um maciço de terra está sujeito à ação de diversos tipos de tensões oriundas dos
esforços existentes nos mais diversos tipos de situações. Dentre elas, pode-se citar
a tensão normal, a tensão efetiva e pressão neutra. Sobre essas tensões, analise as
afirmativas abaixo.
I. A tensão normal se trata da tensão onde parte é resistida pelas partículas sólidas do
solo e parte é suportada pela água existente em seus vazios;
II. A poropressão é a parcela da tensão normal que efetivamente é transmitida para as
partículas sólidas do solo (grãos);
III. A tensão efetiva é a parcela da tensão normal que é suportada pela água presente no
solo;
IV. Quando não existe a presença de água no solo, a tensão efetiva e a tensão normal são
iguais.
COMPRESSIBILIDADE E
ADENSAMENTO DOS
SOLOS
65
5.1 COMPRESSIBILIDADE
Você já deve ter ouvido falar sobre recalque e adensamento do solo, mas talvez não
tenha entendido o porquê que esses fenômenos indesejados acontecem. Nesta unidade
nós iremos conversar sobre os principais aspectos e conceitos desses fenômenos que
são de suma importância para a construção civil.
De maneira simples e direta, a compressão do solo se trata da variação do seu
volume, especialmente quando o solo é submetido a agentes externos. O solo, por sua
vez, é um sistema formado por partículas sólidas e espaços vazios, no qual esses espaços
podem estar de maneira parcial ou total preenchido por água. Portanto, em síntese, o solo
é um material trifásico composto por partículas sólidas, ar e água e a compressibilidade
é a variação de volume do solo.
Comumente, a compressão de um solo é causada devido à aplicação de cargas
sob ele, como fundações, aterros e construções. Desse modo, o volume do solo pode
variar devido à:
FIQUE ATENTO
Somente em casos muito específicos, em que os níveis de tensões são muito elevados, a deformação do solo
pode ser afetada pela variação de volume dos grãos, que acontece quando as elevadas tensões quebram as
partículas sólidas do solo.
• Tipos de solo
Os solos podem ser classificados em solos arenosos, não coesivos e solos argilosos
(coesivos). A compressibilidade dos solos granulares, chamados de areias (solos não
coesivos), acontece de forma rápida, pois esse tipo de solo é altamente permeável e
facilita a drenagem da água. A interação nesse tipo de solo acontece com a transmissão
dos esforços entre as partículas (Figura 30) (BRAZ, 2018).
• Níveis de tensões
O nível das tensões que são aplicadas no solo afeta a compressibilidade dele por
causar a movimentação relativa entre as partículas ou ainda quando a carga excessiva
resulta na quebra das partículas sólidas do solo (grãos). Isso acontece, por exemplo,
quando um solo com estrutura fofa (alto índice de vazios) é submetido a uma tensão de
compressão, as partículas tendem a se posicionar em estruturas cada vez mais densas
(diminuindo o índice de vazios) e com isso a compressibilidade do solo vai diminuindo
(XAVIER, 2018).
68
Na medida que o nível de tensão continua a aumentar, as partículas que já estão em
estado denso (muito próxima uma das outras) têm as tensões intergranulares (tensões
entre os grãos) aumentada, o que ocasiona o fraturamento ou esmagamento dos grãos
e com isso a compressibilidade do solo aumenta sensivelmente. Esse comportamento é
ilustrado no gráfico da Figura 34 abaixo.
Embora seja possível que os grãos do solo sejam quebrados, a maioria das obras
de engenharia não atingem níveis para que isso aconteça.
• Grau de saturação
O grau de saturação de um solo interfere na compressibilidade dele a partir da
variação do seu volume em decorrência da saída ou entrada de água em seus vazios.
Comumente, ao sofrer tensões, a água do solo saturado é expulsa, diminuindo o seu
volume. No caso de solos não saturados, a variação do volume acontece devido à presença
de ar, como o ar possui alta compressibilidade, essa condição pode interferir de maneira
significativa nas deformações totais sofridas pelo solo (XAVIER, 2018).
VAMOS PENSAR?
A compressibilidade e o adensamento são fenômenos iguais que caracterizam a variação
de volume dos solos? Bom, é certo dizer que tanto a compressibilidade quanto o adensa-
mento mensuram a variação de volume dos solos, porém, utilizam princípios diferentes
para isso, o que tornam esses fenômenos diferentes. A principal diferença é que na com-
pressibilidade a variação do volume do solo não depende do tempo para acontecer, isto é,
ela acontece de maneira rápida quando o solo é submetido a tensões. Já o adensamento
é um processo lento, ou seja, vai acontecendo ao longo do tempo, sendo, portanto, depen-
dente do tempo.
A Figura 35 mostra que inicialmente não existe aplicação de carga, logo, o sistema
está em equilíbrio (sem sofrer deformações), análogo a um solo que não está submetido
a sobrecargas. Quando passa a surgir tensão de sobrecarga, ela é, inicialmente, suportada
totalmente pela água, pois o orifício está fechado e não tem como a água sair. Com a
abertura do orifício, devido à água ser incompressível, ela tende a ser expulsa, porém,
como a abertura de passagem é pequena, ela flui lentamente (isso representa os solos
argilosos que são permeáveis e dificultam a saída da água).
Com isso, ao passar o tempo, com a aplicação contínua da tensão, a água vai sendo
eliminada e a tensão vai passando a ser suportada pela mola (que representa o solo) até
que a água seja totalmente expulsa e a tensão passe a ser suportada totalmente pela
mola, fazendo com que a mola sofra deformações ao longo do processo até que alcance
um novo equilíbrio, que representa um solo totalmente adensado (100%), ou seja, a água
presente em seus vazios foi totalmente expulsa.
No solo acontece um processo análogo a esse. Quando existe o surgimento de uma
pressão no solo, é a água presente em seus vazios que suporta a carga. Isso faz com que a
pressão neutra (pressão da água) aumente até se igualar ao valor da sobrecarga aplicada.
Quando isso acontece, o aumento da pressão neutra é chamado de sobrepressão. Nesse
momento, não existe deformação no solo, porque só podem ser causadas por tensões
efetivas (OLIVEIRA, 2019).
A partir do momento que a água já não pode mais ficar em equilíbrio com o
meio, ela tende a percolar, seguindo a direção de maior permeabilidade do solo. Com a
saída da água, existe a redução da resistência da poropressão, aumentando, portanto,
a tensão efetiva que, por sua vez, começa a causar deformação no solo. Esse processo
acontece até que toda a água seja eliminada do solo (dissipando o valor da poropressão)
e consequentemente a tensão aplicada tenha se transformado em tensão efetiva
(OLIVEIRA, 2019).
A partir da analogia mecânica para o adensamento foi então formulado a Teoria do
Adensamento de Terzaghi, que de forma simplificada se baseia nas seguintes hipóteses:
2. O solo é um sistema formado por partículas sólidas e espaços vazios, onde esses
espaços podem estar completos por ar ou água. Ou seja, em síntese, o solo é um material
trifásico composto por partículas sólidas, ar e água, sujeito à compressibilidade, que é a
variação do seu volume. Nesse contexto, analise as afirmativas a respeito das causas de
deformações no solo.
I. A compressão de um solo pode ser causada devido à aplicação de cargas sob ele, como
fundações, aterros e construções;
II. A deformação do solo pode ser causada pela compressão da água presente em seus
vazios;
III. É comum que obras da construção civil ocasionem a quebra das partículas sólidas do
solo, fazendo com que ele sofra consideráveis perdas de volume.
4. Os solos são compressíveis quando em sua estrutura ainda existe a presença de ar e água
nos vazios, que podem ser expulsos devido à carga aplicada no solo e consequentemente
diminui o volume dele, sendo esse fenômeno chamado de recalque. Nesse contexto,
julgue as afirmativas abaixo em (V) verdadeiro ou (F) falso.
( ) Existem condições onde apoiar fundações sobre solos compressíveis é tão desfavorável
que se utiliza métodos construtivos mais onerosos, com fundações profundas.
( ) Quando se pretende construir sobre solos deformáveis (compressíveis), não se faz
necessário realizar estudos e análises, pois esse solos possuem elevadas resistências.
( ) A compressibilidade dos solos é influenciada por fatores como o tipo de solo, a
estrutura do solo, os níveis de tensões ao qual o solo está submetido e o grau de saturação.
( ) Comumente, as obras de engenharia não oferecem cargas suficientes para a quebra
das partículas sólidas do solo e por isso a compressibilidade acontece em função da
expulsão de água e ar.
a) F, V, F, F
b) V, F, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, V, V
e) V, F, F, V
a) Poropressão
b) Compressibilidade
c) Tensão efetiva
d) Tensão de cisalhamento
e) Adensamento
8. Para o estudo do adensamento dos solos, Terzaghi propôs uma analogia mecânica
que ele utilizou para a formulação da Teoria do Adensamento. Assinale a alternativa que
contenha corretos exemplos de características da teoria do adensamento de Terzaghi.
FLUXO DE ÁGUA
NO SOLO
76
6.1 ASPECTOS E CONCEITOS DA ÁGUA NO SOLO
Como vimos nos capítulos anteriores, é comum a presença da água nos solos. Essa
água pode estar em estado hidrostático ou em movimento. O estudo de como a água se
movimenta no interior dos solos é de fundamental importância para evitar problemas
práticos de engenharia como recalques e colapsos dos solos.
A ocorrência dos deslocamentos da água no interior de um maciço de terra é
conhecida como percolação da água. A percolação é traduzida na movimentação
subterrânea da água no solo, que acontece especialmente em solos saturados ou
próximo ao nível de saturação (DOS SANTOS, 2013).
De acordo com Pinto (2006), estudar a percolação da água nos solos é importante
devido a esse fenômeno intervir em inúmeros problemas de engenharia, que podem ser
agrupados em três tipos:
O que acontece é que a maior parte dos vazios do solo é ocupado por água e
quando essa água está sujeita a uma diferença de potencial, acontece o seu deslocamento
no interior do solo. Desse modo, o movimento da água acontece por meio da energia
potencial que é constituída pelos potenciais de (DOS SANTOS, 2013):
• Gravidade: onde a água se movimenta das cotas mais elevadas para as mais
baixas;
• Pressão: no qual a água se movimenta do local de maior pressão para o de menor
pressão;
• Térmico: em que o movimento é da posição de temperatura mais elevada para o
de menor temperatura; e
• Químico: onde a água se desloca da zona de maior concentração de sais para a
de menor.
VAMOS PENSAR?
O movimento da água acontece a partir de um potencial mais elevado para um de me-
nor potencial? Podemos dizer que sim, a tendência natural é que a água flua do ponto
que possui maior energia para o de menor, para que assim possa entrar em equilíbrio e
o movimento cessar.
De modo geral, a água percola com maior facilidade em solos granulares. Isso,
porque os solos finos (especialmente argilosos) são menos permeáveis devido às forças
de superfície das partículas serem maiores. Além disso, nos solos finos, a pressão de
77
água é elevada pela atração das partículas, fazendo com que a água fique adsorvida
entre as partículas do solo. Esse acontecimento gera um tipo de resistência para o solo,
que é chamada de coesão verdadeira (ORTIGÃO, 2007). Esse assunto será estudado em
Mecânica dos Solos II.
Outros conceitos importantes para o estudo do movimento da água no solo são os
de linha de fluxo ou linha de corrente e o de linha equipotencial (Figura 36).
FIQUE ATENTO
Quando o fluxo da água acontece sempre em uma mesma direção, como é visto nos casos dos permeâme-
tros, chama-se de fluxo unidimensional.
ℎ
𝑄=𝑘 𝐴
𝐿
Onde,
Q= vazão;
K= coeficiente de permeabilidade, em que cada tipo de solo possui uma;
h= carga hidráulica;
L= trajetória de percolação ou altura do solo; e
A= área do permeâmetro.
79
Nesse contexto, a relação entre a carga hidráulica (h) e a trajetória de percolação
(L) é denominada de gradiente hidráulico (i). Assim, a equação citada anteriormente
pode assumir a formulação da equação (BARNES, 2016).
𝑄 = 𝑘. 𝑖. 𝐴
Onde,
Q= vazão;
K= coeficiente de permeabilidade, em que cada tipo de solo possui uma;
i= gradiente hidráulico; e
A= área do permeâmetro.
𝑄
= 𝑣 = 𝑘. 𝑖
𝐴
Onde,
Q= vazão;
A= área do permeâmetro;
v= velocidade de percolação;
k= coeficiente de permeabilidade, em que cada tipo de solo possui uma; e
i= gradiente hidráulico.
𝑚 −7
𝑚
𝑘 = 0,00000025 = 2,4 𝑥 10
𝑠 𝑠
Note que na equação acima o foco deve ser maior no número do expoente,
que nesse caso é o -7, pois será o maior influenciador do valor de k (coeficiente de
permeabilidade).
80
Quando menor for o índice de vazios do solo e consequentemente quanto menor
forem as partículas sólidas do solo, menor será o coeficiente de permeabilidade (k), como
pode ser visto na Figura 38.
De modo geral, os solos dos tipos siltosos, arenosos e argilosos se enquadram na Lei
de Darcy, em que as características da parte sólida que influenciam na permeabilidade
são (DOS SANTOS, 2013):
O coeficiente (k) pode ser determinado de maneira indireta por meio da correlação
estatística de Hazen, que é válido para areias com Coeficiente de Não Uniformidade
(CNU) < 5, expresso pela Equação 31 (BARNES, 2016).
2 𝑐𝑚
𝑘= 𝑐. 𝐷𝑒
𝑠
Onde,
k= coeficiente de permeabilidade;
c= coeficiente variável entre 90 e 120, sendo comumente igual a 100; e
De= diâmetro efetivo do solo em centímetros.
Figura 39: Permeâmetros. (a) permeâmetro de carga constante. (b) permeâmetro de carga
variável.
Fonte: PINTO (2006).
No caso dos solos do tipo pedregulho ou areias grossas, o fluxo acaba sendo
turbulento e consequentemente a velocidade é elevada e, portanto, a Lei de Darcy não
é válida (PINTO, 2006).
82
BUSQUE POR MAIS
Estudamos nesse capítulo a respeito da ação no solo unidimensional. Agora você
pode aprofundar seus conhecimentos estudando sobre fluxos bidimensionais e
redes de fluxo através do tópico 7.3 Fluxo bidimensional, do livro Análise dos Solos
disponível em: https://bityli.com/GnlPMh. Acesso em 24 jun. 2022.
83
FIXANDO O CONTEÚDO
1. A presença da água nos solos pode ocorrer em estado hidrostático ou em movimento.
O estudo de como a água se movimenta no interior dos solos é de fundamental
importância para evitar problemas práticos de engenharia como recalques e colapsos
dos solos. Analise as afirmativas sobre o fluxo d’água nos solos.
2. Estudar a percolação da água nos solos é importante devido a esse fenômeno intervir
em inúmeros problemas de engenharia. Desse modo, assinale a alternativa correta em
relação à aplicação do estudo da percolação da água nos solos.
a) Não pode ser utilizado em cálculo de vazões, pois não é possível estimar, por exemplo,
a quantidade de água que se infiltra em uma escavação.
b) É utilizado em análises de recalques em condições hidrostáticas, ou seja, quando a
água do solo está em estado de equilíbrio.
c) Contribui na análise de estudos de estabilidade, onde considera que a resistência do
solo não depende da tensão efetiva.
d) A percolação é utilizada para compreender a diminuição da tensão efetiva devido à
saída da água do solo.
e) A percolação contribui em análises de recalques, onde, comumente, o recalque
acontece devido à expulsão da água dos vazios do solo.
3. A maior parte dos vazios do solo é ocupado por água e quando essa água está sujeita
a uma diferença de potencial, acontece o seu deslocamento no interior do solo. Ou seja,
o movimento da água acontece por meio da energia potencial. Assinale a alternativa
correta em relação aos tipos de energia potencial que influenciam o movimento da
água nos solos.
a) A gravidade influencia fazendo com que água se desloque das cotas mais baixas para
as mais elevadas.
b) A diferença de pressão no solo faz com que a água se movimente dos pontos de
pressão nula para os de maior pressão.
c) O potencial de temperatura faz com que a água flua dos locais de maior temperatura
84
para os de menor.
d) A diferença de concentração de sais faz com que a água se desloque dos pontos de
menor concentração para os de menor.
e) A gravidade faz com que a água se movimente saindo dos poros maiores do solo para
os menores.
4. A tendência natural é que a água escoe do ponto que possui maior energia para o
de menor, para que assim possa entrar em equilíbrio e o movimento cessar. Sobre o
movimento da água nos solos, julgue as sentenças em V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A água percola com maior facilidade em solos granulares, pois os solos finos são mais
permeáveis devido às forças de superfície das partículas serem maiores.
( ) Nos solos finos, a pressão de água é elevada pela atração das partículas, fazendo com
que a água fique adsorvida entre as partículas do solo e tenha um movimento lento.
( ) A adsorção da água nos solos granulares gera um tipo de resistência para o solo que
é chamada de coesão verdadeira.
a) Linha de corrente
b) Fluxo unidimensional
c) Rede de fluxo
d) Linha equipotencial
e) Fluxo bidimensional
I. O estudo de Darcy foi realizado utilizando um permeâmetro com uma amostra de solo
e água contidas em seu interior;
II. No estudo de Darcy, a altura “z” do permeâmetro se trata da carga hidráulica, ou seja,
a água que irá percolar;
III. Darcy definiu a altura “L” como a trajetória de percolação da água, se tratando da
altura da camada de solo.
UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 C QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 C
UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 C
UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 C
87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria de
Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de
Pesquisas Rodoviárias. Manual de Pavimentação. 3ª edição. Rio de Janeiro, 2006.
CAPUTO, H. P.; CAPUTO, A. N. Mecânica dos Solos: Teoria e Aplicações. Grupo GEN,
2022. 9788521638032. Disponível em: https://bityli.com/mPWJJc. Acesso em: 24 jun. 2022.
DOS SANTOS, P. R. C.; DAIBERT, João D. Análise dos Solos. Editora Saraiva, 2013.
9788536518589. Disponível em: https://bityli.com/uoiiNif. Acesso em: 23 jun. 2022.
LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. 2ª edição. São Paulo: Oficina de Textos,
2013.
ORTIGÃO, J.A.R. Introdução à mecânica dos solos dos estados críticos. 3 ed. [S.L.]:
TERRATEK, 2007.
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 3° edição. São Paulo:
Oficina de Textos, 2006.
graduacaoead.faculdadeunica.com.br