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TEORIA E
PRÁTICA
DESPORTIVA I-
LAZER E
RECREAÇÃO
TEORIA E PRÁTICA
DESPORTIVA I-
LAZER E RECREAÇÃO
PROFª. ME. TATIANE PACHECO DE MATTOS
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Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
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TEORIA E PRÁTICA
DESPORTIVA I - LAZER
E RECREAÇÃO
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
5
Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a
seguir:
FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas
quais você precisa ficar atento.
VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.
FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.
GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: LAZER E RECREAÇÃO
UNIDADE 2
LAZER E RECREAÇÃO NO CONTEXTO DO DESENVOLVIMENTO
2.1 Introdução .......................................................................................................................................................................................................................................................................................26
2.2 O Lúdico No Desenvolvimento Humano ....................................................................................................................................................................................................................26
2.3 A Relação Entre A Escola E O Lazer ................................................................................................................................................................................................................................28
2.4 A Recreação Com Brinquedos E Brincadeiras .......................................................................................................................................................................................................30
2.5 O Lazer E A Recreação No Processo De Socialização .........................................................................................................................................................................................33
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................37
UNIDADE 3
AS DIVERSAS TEORIAS DO JOGO
3.1 Introdução ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................41
3.2 O Papel Do Jogo E Do Lazer Na Inclusão Social .....................................................................................................................................................................................................41
3.3 O Jogo Sob As Perspectivas De Froebel .....................................................................................................................................................................................................................44
3.4 O Jogo Sob As Perspectivas De Bruner .......................................................................................................................................................................................................................45
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................48
UNIDADE 4
OS TIPOS DE JOGOS E PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO
4.1 Princípios da gestão ambiental nas empresas .......................................................................................................................................................................................................53
4.2 Jogos Artísticos: Artes Plásticas, Teatro E Música .................................................................................................................................................................................................53
4.3 Jogos Desportivos ......................................................................................................................................................................................................................................................................56
4.4 Jogos Expressivos: Dança .....................................................................................................................................................................................................................................................57
4.5 O Jogo No Processo De Socialização ............................................................................................................................................................................................................................59
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................61
UNIDADE 5
LAZER E RECREAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
5.1 Introdução .........................................................................................................................................................................................................................................................................................65
5.2 O Lazer E A Recreação Na Trajetória Da Educação Física ...............................................................................................................................................................................65
5.3 Lazer E Recreação: Espaços Públicos E Privados E Equipamentos ..........................................................................................................................................................67
5.4 Lazer E Meio Ambiente ...........................................................................................................................................................................................................................................................70
5.5 Quem É O Profissional Habilitado? ................................................................................................................................................................................................................................73
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................76
UNIDADE 6
PLANEJAR E AVALIAR: AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM EVENTO
UNIDADE 2
Conheceremos o quanto o lúdico está implicado ao desenvolvimento humano, aos
brinquedos e as brincadeiras em uma relação recíproca. Além disso, veremos como
o lazer e a recreação são importantes para o processo de socialização
UNIDADE 3
Vamos identificar o papel do jogo e do lazer na inclusão social, bem como os seus
respectivos desafios no ambiente escolar, trazendo as teorias de Froebel e Bruner, e
não obstante, o ambiente não escolar revelando a dimensão do lazer.
UNIDADE 4
Conheceremos sobre alguns tipos de jogos, entre eles, os jogos artísticos, os jogos
desportivos, os jogos expressivos que envolve a dança. Em seguida vamos analisar
pela perspectiva piagetiana a relação do jogo com o processo de socialização.
UNIDADE 5
Abordaremos como o lazer e a recreação vão ao encontro do componente curricular
da educação física; apontaremos, ainda, para os campos profissionais nos espaços
públicos e privados, trazendo a discussão do meio ambiente e o respectivo perfil
profissional.
UNIDADE 6
Anunciamos as etapas e fases do planejamento, bem como o seu processo avaliativo
sob a perspectiva de sucesso na programação e satisfação dos participantes. Em
seguida, apresentamos possibilidades práticas de atividades como fio condutor
para trabalho profissional.
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FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA: LAZER E
RECREAÇÃO
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1.1 INTRODUÇÃO
Para que possamos apresentar definições sobre o lazer, recreação e ludicidade, é
extremamente, necessário termos a compreensão de que são termos subjetivos, e que
apesar dos termos propiciarem o entendimento de que são sinônimos, vamos verificar a
partir do contexto histórico que possuem aspectos singulares, inclusive, de como ambos
se relacionam com a dimensão social, a partir das políticas públicas, com maior destaque
para o lazer, citado muitas vezes no rol legislativo.
Esta nova perspectiva social trouxe grande impacto na sociedade, o que favoreceu
uma nova ordem de para o modus vivendi da população. Como herança deste percurso,
desfrutamos, ainda, hoje, dos clubes e associações (inclusive, as cristãs) que oferecem
atividades culturais e esportivas. Segundo Silva, Pimentel e Schwartz (2021, p. 32)
“ampliaram-se as perspectivas de entretenimento, em que a fruição artística e o teatro
ganharam notoriedade”. Outra herança é a ideia de o lazer vincular-se ao simples prazer
sentido na realização de algo, ou simplesmente, o ócio, desde que seja indissociável do
prazer.
Neste mesmo sentido, Daniachi (2020, p. 10) colabora com a ideia de que
a concepção de lazer vem sendo aprimorada em consonância as mudanças na
sociedade, “sobretudo, no entendimento da relação trabalho x descanso”. No contexto
do aprimoramento, Ribeiro (2014) acrescenta que é necessário que a atividade possua
determinadas características para serem consideradas lazer. São elas: caráter liberatório
11
(não tem cunho obrigatório implicado à atividade); caráter desinteressado o único fim é
a satisfação); caráter hedonístico (estado de prazer); caráter pessoal (escolhas conforme
a personalidade).
A partir desta exposição acerca do lazer, qual definição você apresentaria para
este termo? Para te ajudar na elaboração (autoral) deste conceito, veja a percepção de
Silva, Pimentel e Schwartz (2021, p. 33): “É o fenômeno sociocultural moderno, o qual
foi sistematizado na atualidade, conforme a reorganização do tempo destinado ao
trabalho”.
Lembre-se que esta reorganização do tempo, culturalmente, busca priorizar o
trabalho, como se tivéssemos uma hierarquia a cumprir. Sendo assim, pense de como
você usa o seu tempo? Você também tem o hábito de hierarquizar o trabalho e o lazer?
Após pensar sobre a sua relação de trabalho e lazer, vamos dar continuidade,
priorizando o conceito de recreação, e para que você não confunda recreação com lazer,
fique atento a esta leitura.
Silva, Pimentel e Schwartz (2021, p. 36) quando trabalham com o termo recreação,
tendem a trazer uma informação datada. Ou seja, eles consideram que:
FIQUE ATENTO
Não esqueça que o cenário europeu está no palco dos estudos quando trazemos as dis-
cussões sobre o lazer e a Revolução industrial. Lembre-se que no Brasil, o impacto destas
discussões chegou em tempo posterior.
VAMOS PENSAR?
Reflita sobre as sociedades dos séculos passados e liste as atividades de lazer que as mu-
lheres e homens participavam. O que podemos concluir após a lista? Acerca do que estu-
damos... que tal fazer uma reflexão sobre a política romana intitulada de pão e circo?
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BUSQUE POR MAIS
Leia mais sobre a dimensão histórica do lazer e da recreação com Silva, Pimen-
tel e Schwart (2021), no link: https://bit.ly/3M7WKyn. Acesso em: 10 mar. 2021.
Em Ribeiro (2014) sobre as diferenças entre lazer e recreação pelo link: https://
bit.ly/39HIhuI. Acesso em: 10 mar. 2021.
GLOSSÁRIO
Compreende-se por modus vivendi a “maneira de viver; modo de se portar na vida, de
conviver, de sobreviver” (MODUS VIVENDI, 2022).
FIQUE ATENTO
O sistema capitalista substitui o sistema feudal, contudo, o capitalismo ganhou mais es-
paço com a Revolução Industrial, reconstruindo as relações de trabalho.
VAMOS PENSAR?
É preciso ficar atento sobre o lazer e o é lazer-mercadoria, pois constituem interesses distin-
tos. O lazer-mercadoria é uma grande tendência que fomenta o constante consumo. Qual
lazer você tem adotado?
Confira as diretrizes para uma política global do lazer em Camargo (2011) pelo
link: https://bit.ly/3l2MN9C. Acesso em: 20 mar. 2021.
Veja em Melo (2012) sobre os interesses culturais do lazer, pelo link: https://bit.
ly/3Nd6hEm. Acesso em: 20 mar. 2021.
GLOSSÁRIO
Organização Não-Governamental é um “órgão social sem fins lucrativos, que não visan-
do lucro nem ligado ao governo, é composto por um grupo independente que se dedica
às ações sociais ou solidárias”
Fazendo a leitura atenciosa dos artigos, supracitados, temos o lazer como direito
social, e que o salário-mínimo deve atender a nove necessidades, incluindo o lazer, onde
estas necessidades devem ser garantidas em prol da promoção social pela família,
sociedade e Estado. Agora, vamos pensar sobre estas informações... O trabalhador deve
ter acesso ao lazer mediante o salário recebido, que atualmente, o mínimo é de R$
1.212,00 (GOV.BR, 2022, documento online), mas deve ter a garantia deste, também, a
partir de iniciativas outras.
Com o salário mencionado, o lazer acaba não ocupando espaço na vida das
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pessoas, neste sentido, contamos com ações públicas. Veja na Figura 2, temos o Projeto
“Bike Itaú”, que faz parte das iniciativas de responsabilidade social e sustentabilidade.
São bicicletas que ficam disponíveis em estações das 7 às 22 horas, para aluguel com
valores populares (a partir de R$ 3,00) (ITAÚ, 2020, documento online).
Veja que os Artigos são uma releitura dos que já discutimos, anteriormente, além
disso, traz consigo, uma ação de inclusão os beneficiando com descontos em eventos
e prioridades de acesso, quando promovidos pelas entidades. Não menos importante,
veja, ainda, o que diz o Estatuto da Juventude (BRASIL, 2013, documento online):
Art. 23. É assegurado aos jovens de até 29 (vinte e nove)
anos pertencentes a famílias de baixa renda e aos es-
tudantes, na forma do regulamento, o acesso a salas
de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais e
circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e en-
tretenimento, em todo o território nacional, promovidos
por quaisquer entidades e realizados em estabeleci-
mentos públicos ou particulares, mediante pagamento
da metade do preço do ingresso cobrado do público em
geral.
Art. 29. A política pública de desporto e lazer destinada
ao jovem deverá considerar:
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I - a realização de diagnóstico e estudos estatísticos ofi-
ciais acerca da educação física e dos desportos e dos
equipamentos de lazer no Brasil;
IV - a oferta de equipamentos comunitários que permi-
tam a prática desportiva, cultural e de lazer.
FIQUE ATENTO
As crianças e adolescentes privados de liberdade têm o lazer garantido nos espaços dis-
postos nas unidades de internação para menores infratores.
VAMOS PENSAR?
Faça um mapeamento da cidade em que você mora, elencando os espaços que são ou po-
dem ser utilizados para o lazer da comunidade. Avalie e reflita se há variedades e se atende
de forma satisfatória a região.
( ) O Estado brasileiro instituiu o lazer como direito social em 1935, através da promulgação
da Constituição Federal.
( ) A partir da Constituição Federal, o esporte e o lazer como direitos passaram a se inserir
no âmbito das responsabilidades do Estado.
( ) O lazer ligado ao aspecto tempo considera as atividades desenvolvidas no tempo
liberado do trabalho, ou no tempo livre ou disponível, não só das obrigações profissionais,
mas também das familiares, sociais e religiosas.
a) V- V- V.
b) V- F- F.
c) F- V- F.
d) F- F- F.
e) F- V- V.
2. (FUNDEP- 2021- Adaptado). O lazer é entendido por muitas pessoas como “válvula de
escape” para as tensões do cotidiano, melhora da autoestima, busca do autocuidado e
do equilíbrio emocional. Considerando esse contexto, avalie as seguintes afirmativas e a
relação proposta entre elas.
I. O lazer foi construído pela cultura corporal, criada e sistematizada pelo homem, sendo
atualizada e ressignificada. É um de seus papéis considerar e respeitar os princípios
culturais de cada sociedade, para não tornar a atividade descontextualizada.
PORTANTO
II. O lazer deve ser referenciado como um direito social, historicamente construído, e
intimamente vinculado aos aspectos de tempo e vivenciados como influência da
cultura e ações fundadas no lúdico.
I. Ser encarada pelo participante como um fim em si mesma, sem que se esperem
benefícios ou resultados específicos de rendimento.
II. Levar o praticante a estágios psicológicos negativos, pelo caráter individualista, por
estar sempre ligada ao individualismo.
III. Propiciar aos praticantes estímulos para o exercício e desenvolvimento da criatividade
até sua plenitude.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, III, apenas.
e) I, II e III.
5. Para Ribeiro (2014, p. 31) “a recreação tem sua origem nos Estados Unidos, no século
XIX, por meio de duas influências”:
a. recreacionismo; b. playgrounds.
a) a, a, a, b
b) a, a, b, b
c) b, a, b, b
d) b, a, a, b
e) b, b, a, b
6. A Lei nº 8.069 de 1990 institui o lazer como direito dos sujeitos considerados Crianças
e dos Adolescentes. Neste sentido, avalie as afirmativas abaixo, com V para verdadeiro e
F para falso, em seguida, e marque a alternativa correta.
a) V- V- V
b) V- F- F
c) F- V- F
d) V- F- V
e) F- F- F
(a) Artigo 6º (b) Artigo 7º (c) Artigo 217º (d) Artigo 227º
a) F- V- V- V
b) V- V- F- F
c) V- F-V- V
d) F- F- F- F
e) V-V- V- V
(A) o caráter liberatório revela que não há obrigatoriedade implicado à tal atividade.
(B) o caráter desinteressado é o ato de o profissional respeitar as pessoas que não querem
participar das atividades.
(C) o caráter pessoal se refere às escolhas que a pessoa faz.
a) A, B, C
b) C
c) A, C
d) A, B
e) B
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LAZER E
RECREAÇÃO NO
CONTEXTO DO
DESENVOLVIMENTO
26
2.1 INTRODUÇÃO
O lúdico é um conceito que por vezes tem disso contestado, justamente, pelo fato
de não ser considerado importante para algumas pessoas, como discutimos na Unidade
acima, acerca de uma “pseudohierarquia” entre trabalho e lazer. Além disso, não era bem
visto nas escolas que preconizavam o controle e a disciplina. Pensando nisso, é preciso
apresentar algumas definições sobre o termo, para refletirmos sobre seu impacto no
desenvolvimento humano.
Segundo Silva, Pimentel e Schwartz (2021, 139), “o lúdico é um elemento ligado
ao divertimento, sendo manifestado de diferentes formas, como no jogo, na arte ou na
brincadeira”. Avançando mais, Haetinger e Haetinger (2012, p. 5) compreendem que
“atividades lúdicas são aquelas que promovem a imaginação, e principalmente, as
transformações do sujeito em relação ao seu processo de aprendizagem”.
Neste sentido, é possível perceber uma possível disruptura entre o lúdico e corpo,
uma vez que interpretamos que não é possível desvincular o lúdico do corpo, por quê: A
mente é conectada com os movimentos que o corpo faz seja nos jogos ou brincadeiras,
assim, temos uma relação de reciprocidade entre eles. O corpo, matéria, está conectado
às nossas emoções, a mente. Temos então um único plano, uma única dimensão.
Logo, o lúdico está imbricado ao desenvolvimento físico, social, cognitivo e afetivo,
sendo estes aspectos dos elementos para o desenvolvimento humano. Tal perspectiva
chamou a atenção de importantes pesquisadores, como Jean Piaget e Lev Vygostky, os
quais construíram suas teorias baseadas nos métodos científicos, como observação e
análise.
Silva (2020, p. 9) relatam que os estudos de Jean Piaget e Lev Vygostky “contribuíram
de maneira expressiva para a compreensão do processo ensino-aprendizagem no
contexto da ludicidade”. Contudo, os autores defendem aspectos diferentes no processo
de desenvolvimento.
Veja o que Silva (2020, p. 9) ressalta :
Uma das diferenças entre as discussões de Piaget e Vy-
gotsky é o ponto de partida muito particular de cada
um. Piaget tem como princípio aspectos estruturais li-
gados a questões atreladas a uma visão biologista de
desenvolvimento. Vygostky, por sua vez, constrói sua
proposta partindo da cultura, da interação social e da
dimensão histórica do desenvolvimento mental.
Temos aqui, o lúdico sendo considerado nas duas teorias, no entanto, há maior
destaque na teoria vygostiana. É como se o lúdico fosse meio de adquirir habilidades
e competências, além disso, é pelo lúdico, brincadeiras e jogos, que a criança retrata
27
o mundo adulto. Todavia, Piaget considera que é por meio destas atividades que as
crianças constroem o mundo que querem. Mas atenção, mesmo com focos distintos,
não é possível negar o desenvolvimento social, metal e físico nas duas teorias dos
desenvolvimento humano.
FIQUE ATENTO
Apesar das teorias de Piaget e Vygostky apresentarem defesas distintas, elas não se so-
brepõem, pois elas têm alto grau de reconhecimento internacional.
VAMOS PENSAR?
Reflita sobre o seu período escolar e avalie a presença do lúdico na escola, nas brincadeiras
de rua e demais espaços. Foi significativa?
GLOSSÁRIO
Pseudo “é um termo de origem grega, a partir de pseudes / pseúdos, que significa lite-
ralmente “mentira” ou “falsidade”” (PSEUDO, 2022).
28
2.3 A RELAÇÃO ENTRE A ESCOLA E O LAZER
Vimos que o lazer possui quatro relevantes características elencadas por Ribeiro
(2014): é importante que não haja nenhuma tipo de obrigação vinculada à atividade de
lazer, onde a satisfação é fim exclusivo, gerando o estado de prazer, logo, é deve ser uma
atividade de cunho pessoal e subjetiva. Diante disso, como relacioná-lo com o espaço
escolar, tendo em vista que a escola é um ambiente com regras, obrigações e horários a
cumprir?
Recorremos a Haetinger e Haetinger (2012, p. 17) para compreender esta dimensão:
Decerto os estudantes têm raros momentos de tempo livre, pois sabemos que
a escola é uma instituição que zela por um programa dentro de uma estrutura pouco
flexível. Mas está entre as suas boas práticas, trabalhar com orientações para que os
estudantes façam escolhas de qualidade no momento do tempo livre, de forma que
possa impactar, positivamente, no bem-estar e convívio social (HAETINGER; HAETINGER,
2012).
Pensando, agora, sobre o lazer dentro das instituições educacionais, poderíamos
citar os intervalos. Mas, somente, os intervalos? Que outro momento de lazer uma
instituição educacional pode e deve ofertar? Para problematizar estas questões é
necessário que seja divulgada a Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE), do decênio
2014 -2024 (BRASIL, 2014, documento online):
O atual PNE tende a “oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% (vinte e
cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica” (BRASIL, 2014, p. 10).
O interesse desta carga horária aumentadas visa o (BRASIL, 2014, p 28, documento
online)
desenvolvimento de atividades de acompanhamento
pedagógico, experimentação e investigação científi-
ca, cultura e artes, esporte e lazer, cultura digital, edu-
cação econômica, comunicação e uso de mídias, meio
ambiente, direitos humanos, práticas de prevenção aos
agravos à saúde, promoção da saúde e da alimentação
saudável, entre outras atividades.
Vimos então, que a escola é mais que um aparelho de disciplina e controle; além
de se assemelhar às estruturas de um trabalho. Nela, ou em seus respectivos espaços
parceiros, devem ser dinamizadas as atividades que buscam promover o lazer com/para
os alunos. Uma possibilidade é o trabalho com Projetos, onde toda a comunidade escolar
29
possa participar da construção, principalmente, os estudantes, sujeitos protagonistas da
educação escolar.
É possível que ainda haja dúvidas sobre a relevância do lazer no referido PNE,
sendo assim, recorremos a Tenório, et al (2019, p. 3):
FIQUE ATENTO
Educação integral é diferente de educação em tempo integral. Segundo Barbosa (2018,
p. 101), “um trata da formação integral do sujeito e pode ocorrer em tempo parcial ou in-
tegral e outro se configura na ampliação da jornada escolar”.
VAMOS PENSAR?
Vimos que a escola deve educar para o lazer, bem como promovê-lo. Vamos ao seguinte
exercício reflexivo: Pense sobre a seguinte situação hipotética: A secretaria de esporte de
determinado estado te convida para elaborar um Projeto com duração de 4 meses em 4
escolas polos da rede, atendendo aos alunos do Ensino Médio, pelo entendimento que o
lazer é um direito social e necessário. Reflita sobre a situação hipotética e pense nos meca-
nismos, recursos e fundamentações para que possa ser apresentado.
FIQUE ATENTO
É importante ter atenção durante a comunicação com os idosos, para não os infantilizar,
lembrar sempre que são adultos.
33
VAMOS PENSAR?
Considere a seguinte situação hipotética: Você foi contratado por instituição que acolhe
idosos para realizar atividades recreativas em um dia por semana, pelo período de 3 horas.
O coordenador da instituição, preocupado com os idosos cadeirantes, lhe pedi a progra-
mação do seu primeiro dia de trabalho. Agora, faça os seguintes exercícios, pense sobre os
pontos discutidos e elabore esta programação. Depois volte nela e veja se esquece de algo
ou se equivocou.
Ainda sobre as brincadeiras, veja mais em Batista (2021) com o link: https://bit.
ly/38ndD9L. Acesso em: 15 mar. 2021 .
GLOSSÁRIO
Utilizamos o termo adultização quando caracterizamos as crianças como pequenos
adultos (SANTOS, 2014, p. 1). Lalação é sinônimo de balbuciação. São os sons que a crian-
ça emite antes da fala (LALAÇÃO, 2022).
Nesta seção vamos discutir mais sobre o lazer e a recreação sob a perspectiva
da socialização, e para tanto, é necessário ter sólida compreensão sobre o respectivo
conceito. Então, recorremos o entendimento de Johnson (1997, p. 212) que demarca a
socialização como “processo através do qual indivíduos são preparados para participar
de sistemas sociais”, e isso é implicado a dois pontos: “com o que participamos e como
participamos”.
Na mesma direção, para Brenner (2011) “em sentido mais amplo, a socialização
ocorre por processos e mecanismos que permitem a uma pessoa a desenvolver relações
sociais, se adaptar e se interagir à vida social” (p. 38).
Tanto Johnson (1997) como Brenner (2011) tendem a destacar a participação dos
34
sujeitos, envolvendo interação. Johnson (1997) vai um pouco além, problematizando com
o que interagimos e como interagimos. Estes pontos levantados pelo autor são muito
relevantes, para evitar situações em que atividade dinamizada coloque os sujeitos em
um estado de passividade.
Interpretamos, assim, e acrescentamos que a socialização é um processo de
interação, e que pode ocorrer espontaneamente, como podemos perceber no caso
dos menos tímidos, bem como pode ocorrer por indução, sendo este o caso em que
observamos a timidez por parte dos sujeitos. Em contribuição, Loro (2018) reconhece
esta indução como intervenção colaborativa do adulto.
É bem comum ficarmos um pouco tímidos ao chegarmos em um ambiente novo,
onde somos recebidos por desconhecidos. Isso tanto pode ocorrer no primeiro dia de
aula, como em um encontro de trilha agenciado por terceiros. Nestas situações é típica
a realização de dinâmicas que possam “quebrar o gelo”, ou seja, atividades que possam
propiciar a interação entre os envolvidos.
Pelos exemplos mencionados, entendemos que o processo de socialização
acontece em diferentes ambientes, onde podemos citar também a própria casa, (sendo
ela a nossa primeira instituição social), a igreja, o shopping, um evento e até mesmo as
praças públicas da cidade.
Decerto há pessoas que optam por atividades individuais em lugar das coletivas,
como é o caso de alguns possíveis conhecidos seus, pessoas que gostam mais de fazer
caminhadas e corridas sozinhas, sendo este o campo do lazer físico-esportivas, mas, há
outro grupo que opta pelo contrário e prefere vivenciar experiências de forma coletiva.
No decorrer do texto vamos trazer um recorte mais voltado para este segundo grupo,
tendo em vista o tema da socialização, ocorrendo o mesmo para a recreação.
Podemos considerar que as opções de lazer são infinitas, justamente, pelo
entendimento que o lazer é extremamente subjetivo, mas vamos trazer algumas opções
aqui, com o objetivo de colaborar para o seu cardápio de atividades que podem ser
utilizadas ou até mesmo induzir outras para o seu exercício profissional.
No Quadro 2 reunimos opções de lazer no Estado do Rio de Janeiro, promovidas
pelo Instituto Educação em Movimento (IEM, 2022, documento online).
Sabemos por meio de Jean Piaget e Lev Vygostky que construímos a nossa
personalidade no período da infância, pela vivência e experiência que nos são ofertadas,
bem como os valores e normais que nos são apresentadas (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2002), e por este caminho, a recreação cumpre um importante papel em nossa vida,
pois teremos inscrições desta fase para toda a nossa vida. Logo, não é possível entender
a recreação como dispensável.
O segundo ponto é implicado ao anterior, pois não significa que na vida adulta
(aqui também nos referimos ao grupo de idosos) a recreação seja dispensável, isso
porque, já sabemos que o desenvolvimento humano é contínuo, seja cognitivo, motor ou
afetivo, como por exemplos respectivos temos o nosso estágio responsável que exige de
nós que nossa mente resolva situações percebidas com praticidade e responsabilidade;
na dimensão das qualidades física, ao longo do tempo perdemos força, velocidade,
flexibilidade, equilíbrio, etc.; na dimensão afetiva estamos buscando a nossa inteligência
emocional (SILVA, 2010).
Diante do exposto, a recreação é tão necessária para criança quanto para p adulto.
Para ilustrar, trouxemos a Figura 6 que representa uma brincadeira popular chamada de
“pique bandeira” ou também conhecida como “bandeirinha arreou”.
FIQUE ATENTO
Lembrando que estas terminologias das brincadeiras populares são de acordo com a
regionalidade, e por especificidade, algumas regras podem ser um pouco ou completa-
mente diferentes.
VAMOS PENSAR?
Uma professora de educação física que atua na região periférica e com alunos da classe
popular, foi convidada para ministrar uma aula em uma escola privada com alunos da eli-
te social. Para aquecimento entregou a bola a uma equipe e deu partida no jogo intitulado
como “queimada”. Mas os alunos não se moviam e não compreenderam a proposta. O que
você acha que pode ter gerado este desconforto?
Para ter ideias sobre eventos, veja o capítulo 1 em Mallen (2013) pelo link: https://
bit.ly/3ac0JvU. Acesso em: 20 mar. 2021.
37
FIXANDO O CONTEÚDO
a) pelo lazer
b) contra o lazer
c) rejeitando o lazer
d) para o lazer
e) sem o lazer
a) Fisiologia do exercício.
38
b) Capacidades físicas.
c) Ginásticas.
d) Lutas.
e) Dança.
5. É uma brincadeira popular que consiste em pular sobre um traçado riscado no chão
que, por sua vez, pode apresentar inúmeras variações. Conhecida mais como amarelinha,
tem as seguintes etapas:
( ) Em seguida, ignorando-a, ela terá que pular com um pé só nas casas isoladas e com
os dois nas duplas, até chegar ao céu, onde pisará com os dois pés, antes de retornar da
forma semelhante até as casas 2-3.
( ) A criança deve jogar uma pedrinha dentro dos limites da casa de número 1.
( ) Ao retornar para o jogo, ela recomeça a atividade a partir da casa seguinte.
( ) Ela terá que apanhar a pedrinha sem perder o equilíbrio.
a) 2, 1, 4, 3
b) 2, 3, 4, 1
c) 1, 2, 3, 4
d) 4, 2, 1, 3
e) 3, 1, 4, 2
a) Na escola o lazer ainda encontra resistência, por isso ainda não devemos trabalhar,
evitando conflitos com a comunidade escolar.
b) Apenas as atividades físico-esportivas e atividades intelectuais devem ser trabalhadas
na escola, durante as aulas de educação física.
c) As atividades físico-esportivas, atividades artísticas, atividades manuais, atividades
intelectuais podem ser trabalhadas apenas nas escolas em horários vagos.
d) As atividades físico-esportivas, atividades artísticas, atividades manuais são exclusivas
do desenvolvimento da secretaria de esporte.
e) As atividades físico-esportivas, atividades artísticas, atividades manuais, atividades
intelectuais, contribuem para uma proposta tanto a nível de secretaria de educação
como a nível de secretaria de esporte.
8. Há pessoas que optam por atividades individuais, pois sentem-se mais à vontade,
o que não está errado, entendo que o lazer tem cunho subjetivo. Há ainda as pessoas
que optam pelas atividades coletivas. Marque a alternativa que representa exemplos
respectivos do lazer individual e coletivo.
AS DIVERSAS TEORIAS
DO JOGO
41
3.1 INTRODUÇÃO
Mas a autora faz uma demarcação no ao definir o conceito de jogo, pois nela “há
regras externas que orientam as ações de cada jogador. Tais ações dependem, também,
da estratégia do adversário. Entretanto, nunca se tem a certeza do lance que será́ dado
em cada passo do jogo” (KISHIMOTO, 2016, p. 1).
Todavia, o caráter subjetivo e cultural vai encaminhar entendimentos distintos
sobre o jogo, ainda mais que temos um grande abismo entre a cultura oriental e ocidental.
Neste sentido há muita complexidade em definir o jogo com absoluta precisão.
Acerca dos jogos na escola, este também recebera duras críticas num tempo
pretérito, justamente, pela concepção que a escola deveria disciplinar. O pensamento
do jogo como ferramenta de aprendizagem é instituído recentemente, com os avanços
das pesquisas na educação, onde tivemos a contribuição de precursores como Froebel
e Bruner, que serão vistos mais adiante.
No ambiente escolar o jogo educativo se populariza e pode se revelar em dois
sentidos apontados por Kishimoto (2016, p. 23).
1. sentido amplo: como material ou situação que permi-
te a livre exploração em recintos organizados pelo pro-
fessor, visando ao desenvolvimento geral da criança; e
2. sentido restrito: como material ou situação que exige
ações orientadas com vistas à aquisição ou ao treino de
conteúdo específicos ou de habilidades intelectuais.
FIQUE ATENTO
A Norma ABNT NBR 9050 “trata sobre Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos e estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados
quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edi-
ficações às condições” (CAU, 2020).
VAMOS PENSAR?
Que tal refletir um pouco mais sobre as atividades inclusivas e as atividades adaptadas?
Uma deve sobrepor à outra? Elas se complementam? Quando optar por elas? Algumas
delas podem gerar exclusão?
Veja no link: https://bit.ly/38IG4yW. Acesso em: 20 mar. 2021. Como Tardin (2018)
construiu um jogo pensando na inclusão.
FIQUE ATENTO
A teoria froebeliana foca no trabalho educativo, contudo, em grande medida dialoga
com as perspectivas de Jean Piaget.
VAMOS PENSAR?
Considerando os conceitos trabalhados, reflita sobre quais características os ambientes de
aprendizagem, devem ter, pensando na estimulação da criança.
FIQUE ATENTO
A ideia que Bruner traz de conhecimentos gerais para os conhecimentos mais especia-
lizados, segue um percurso de currículo intitulado de currículo espiral, “que consiste no
princípio de que a criança compreende os conteúdos transmitidos através de graus cada
vez mais complexos” (CRESPO, 2016, p. 41).
VAMOS PENSAR?
Os conceitos não devem ser fragmentos em nossa prática, é preciso trazê-los para a nossa
realidade. Pensando nisso, reflita sobre situações utilizando o jogo que contribuem para o
processo de investigação pela criança.
a) a inclusão significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas que é
a escola que deve se adequar às condições e à disposição do aluno.
b) a existência de leis e/ou declarações é capaz de reverter as representações e as práticas
arraigadas de segregação entre pessoas com e sem deficiência.
c) os cursos de formação para docentes são o único meio possível para promover o
reconhecimento do processo de inclusão dentro da educação física escolar.
d) a inclusão deve implicar exclusivamente um ensino individualizado para alunos com
algum tipo de deficiência, tanto dentro quanto fora das salas de aula.
e) a inclusão é um processo natural no cotidiano.
a) Formativos e éticos.
b) Econômicos e culturais.
c) Socioculturais.
d) Socioafetivos.
e) Éticos
a) Bruner / a brincadeira
b) Froebel / o brinquedo
c) Froebel / o jogo
d) Bruner / o brinquedo
e) Froebel / a recreação
Respectivamente temos:
a) V-F-V-V-F
b) V-V-F-F-V
c) F-V-V-V-F
d) V-V-F-V-F
e) F-V-V-F-F
6. Bruner defende em sua teoria que a criança capta as relações entre os fatos, em
seguida, adquiri outras novas informações, transformando-as e transferindo-as para
novas situações. Esta compreensão do desenvolvimento cognitivo pode ser vista em
circunstância em que as ocasiões exigem o raciocínio e a resolução de problemas.
50
Considerando os itens, abaixo, marque a alternativa que caracteriza a etapa de
desenvolvimento cognitivo infantil de 3 a 9 anos de idade.
a) II, apenas
b) III, apenas
c) I e II, apenas
d) I e III, apenas
e) I, II e III
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013 (adaptado).
8. (ENADE- 2017).
No ano de 2009, os legisladores da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, por meio de políticas nacionais de inclusão escolar, instituíram as Diretrizes
51
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na educação básica, com
base no documento final da Declaração de Salamanca (1994), em que governantes e
delegados, representando 88 governos e 25 organizações internacionais, em assembleia,
reafirmam a estrutura de ação em educação especial a seguir.
“O princípio que orienta esta estrutura é o que escolas, deveriam acomodar todas as
crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças em
situação de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade,
crianças pertencentes minoria linguística, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos
em desvantagem ou marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes
desafios aos sistemas escolares. No contexto dessa estrutura, o termo “necessidades
especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais
especiais se originam em função de deficiência ou dificuldades de aprendizagem”.
Com base nas Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado
na educação básica e na Declaração de Salamanca (1994), conclui-se que, nas aulas
inclusivas, o professor deve:
OS TIPOS DE JOGOS
E PROCESSO DE
SOCIALIZAÇÃO
53
4.1 INTRODUÇÃO
Nesta Unidade vamos conhecer sobre alguns tipos de jogos, entre eles, os jogos
artísticos, que envolvem artes plásticas, teatro e música; os jogos desportivos; os jogos
expressivos que envolvem a dança. Em seguida vamos analisar por perspectivas
piagetiana, como o jogo está implicado ao nosso processo de socialização.
FIQUE ATENTO
“Palavra Cantada” é formada pela dupla Sandra Peres e Paulo Tatit que reúnem um re-
pertório autoral onde misturam músicas e brincadeiras.
VAMOS PENSAR?
Pense um pouco mais sobre a questão do improviso nos jogos teatrais. De que forma é pos-
sível tratar o improviso para que não seja entendido com algo descompromissado?
Veja e Takatsu (2015) uma breve síntese sobre a música e teatro no link: https://
bit.ly/3Lwt3WJ. Acesso em: 25 mar. 2021.
É preciso explicarmos que impulsionados pela falta de consenso entre autores, bem
como a aproximação no significado dos termos, construímos esta seção considerando
o jogo desportivo e esportivo no mesmo sentido semântico. Sendo assim, adotaremos
para a padronização, o termo anunciado no título.
Acerca dos jogos desportivos inferimos que estes tencionam uma reflexão sobre a
forma que são conduzidos, e apontamos isso pelo fato de propiciarem a competição e a
exclusão, caso não estejam vinculados à proposta de função social.
Nesta mesma direção, concordamos com Haetinger e Haetinger (2012, p. 27) ao
conceberem que “os jogos desportivos entre crianças devem valorizar as atividades
físicas, motoras e emocionais, e não a competição, sob a pena de serem excludentes e
não inclusores”.
Partindo desta ideia podemos sistematizá-los como um tipo de jogo que gera
competição entre os participantes, os quais estão sob um conjunto de regras a serem
respeitadas, onde se busca alcançar o melhor resultado no placar. Em contribuição, Koch
(2005) ressalta o controle e o direcionamento, como elementos importantes no jogo.
Tais características devem receber demasiada atenção, justamente, para que o caráter
excludente por habilidade, gênero ou outros, não sejam privilegiados, e sim, haja a
valorização e o reconhecimento da socialização. Como exemplos de jogos desportivos,
podemos citar inúmeros, contudo, apontamos os mais populares de nível nacional e
internacional, sendo o futebol, o handebol e o vôlei (os coletivos), e a corrida e o ciclismo
(os individuais).
Tantos os coletivos quantos os individuais estão subordinados a um regulamento,
para que os participantes tenham condições igualitárias em jogo. Gostaríamos de citar,
ainda, o jogo pré-desportivo na educação física. Segundo Goulart (2018), este tipo de
jogo antecede o desportivo para promover o aprendizado do mesmo e a sua condução
se difere bastante, a exemplos, o tempo de duração e demais regras são adaptadas e o
perfil é mais recreativo.
FIQUE ATENTO
Abordamos o jogo desportivo em uma perspectiva social e inclusiva, mas devemos ter
explícito, que em competições de alto rendimento, o caráter excludente é uma caracte-
rística necessária.
VAMOS PENSAR?
Reflita sobre a seguinte situação hipotética: Você foi convidado a estar desenvolvendo uma
equipe juvenil de handebol na comunidade da cidade, sendo que os interessados em par-
ticipar da equipe não têm conhecimentos prévios sobre o desporto. Quais jogos pré-des-
portivos você poderá estar trabalhando para que se desenvolva as habilidade necessário
no basquete?
57
BUSQUE POR MAIS
Aprofunde a leitura sobre os esportes de invasão mais populares, como futsal,
futebol, basquete e handebol em Micaliski (2020) no link: https://bit.ly/3wsLZ4f.
Acesso em: 25 mar. 2021.
Veja em Koch (2005) sobre os pequenos jogos esportivos pelo link: https://bit.
ly/3sLTAsy. Acesso em: 25 mar. 2021.
Para abordarmos os jogos expressivos, que tratam sobre a dança, trazemos a cena
uma discussão sucinta sobre o corpo, que ainda segue sendo motivo de muita polemica
na sociedade.
Com uma ideia cristã de corpo sagrado herdada da Idade Média, somos
repreendidos, principalmente o corpo feminino, pelo fato de usarmos o corpo como
linguagem para expressarmos as nossas sensações e emoções, como por exemplo, em
situações como saltar de alegria, o corpo se movimenta quase que involuntariamente,
isso por conta das nossas emoções expressadas.
E com a dança não ocorre de maneira tão distinta, tendo em vista que ela faz parte
da nossa primeira infância, e que no decorrer dos anos, criamos limitações para o corpo e
por consequência, para a comunicação por conta das repressões e preconceitos sociais,
sendo que tais limitações seguem se reverberando ao longo do nosso desenvolvimento,
e não apenas na forma física. Takatsu (2015, p. 60) ressalta que “quando alguém tem mais
conhecimento sobre seus movimentos e seu corpo, tem uma autoestima mais elevada”.
Além disso, reiteramos que concordamos com Marques (2012) ao considerar a
dança um signo, ou seja, uma forma de linguagem. Esta forma de comunicação quando
trabalhada de forma lúdica, favorece a descoberta de nossas potencialidades, como
por exemplo, a amplitude articular. Não obstante, em uma dimensão mais psicológica,
nos revela que podemos conduzir a nossa própria história.. Sendo assim, veja que a
dança tem um campo de atuação muita maior que o entendimento de um corpo como
máquina.
Queremos destacar que a dança não se esgota em decorar passos de forma
irrefletida e mecânica. Trazemos à tona as perspectivas da arte e da linguagem como
importante propulsores da expressividade, a qual podamos ao longa da nossa vida
(MARQUES, 2014). Em contribuição Haetinger e Haetinger (2012, p. 26) considerarem
que todos os jogos podem ser considerados expressivos, contudo, afunilam os olhares
para os jogos onde têm a expressão a principal habilidade, tais como as atividades que
envolvem a expressão corporal, ritmos e movimentos.
Para melhor compreensão, vaja a Figura 10 e a respectiva análise.
58
A Figura acima demonstra passos da dança de rua conhecida como break, que,
comumente, é usada nas disputas de passinhos. Os movimentos da dança exploram a
amplitude do corpo descobrindo e explorando as potencialidades deste corpo, dando
a liberdade de criar, além de apresentar a sua subjetividade, a história e a cultura da
população de periferia, que em muitas situações trazem na música e no movimento,
denúncias de descasos nas periferias urbanas.
FIQUE ATENTO
A Disputa de passinho são batalhas onde os oponentes fazem coreografias que acom-
panham um ritmo musical acelerado, “contorcendo todo o corpo, abaixando e subindo,
enquanto as mãos são responsáveis por movimentos que se comunicam, seja com o
oponente na batalha, seja com o público” (OTEMPO, 2014, documento online).
VAMOS PENSAR?
A dança sempre é muito polêmica e sofre muitas repressões sociais quando envolve o
corpo masculino. Pense em alternativas que possam trabalhar a questão do preconceito
diante da afirmativa.
Podemos perceber que o que vimos sobre os jogos nesta Unidade, nos leva ao
entendimento de que estes são importantes ferramentas para o processo de socialização,
pelo fato de oferecerem espaços para trocas e compartilhamentos. Sendo assim, a
socialização ocorre por um processo de construção.
Para melhor explicar este caminho percorrido, vamos dialogar com a teoria do
interacionista Jean Piaget com base no Quadro 4. Veja:
FIQUE ATENTO
Jean Piaget é considerado um teórico interacionista porque defende a dimensão orgâ-
nica do sujeito, visto a sequência de estágios a ser percorrido, bem como a influência do
ambiente.
VAMOS PENSAR?
Considerando que é comum interagirmos com o bebê enquanto ele ainda está no útero
materno, é possível reconhecer que a socialização ocorre ainda na vida uterina? Reflita
sobre isso e pesquise argumentos que concordam ou que refutam tal ideia.
1. (SEDF / QUADRIX- 2017- Adaptado). Os jogos escolares servem para a fraternidade! Para
a socialização dos participantes! Para a prática salutar das atividades gimnodesportivas!
Para a Educação, enfim... — Seu Diretor, a sua escola participa dos Jogos Escolares? —
Claro! Somos uma instituição educacional. — E quais foram os resultados educacionais
da participação do seu colégio? — Duas medalhas de ouro, cinco de prata, três
terceiros lugares, e o nosso time de basquete tava massacrando o inimigo quando foi
desclassificado por um juiz ladrão. — Ah!!! V. Bracht. Esporte na escola e esporte de
rendimento. In. Movimento. Porto Alegre/RS, v. 6, n.º 12, 2000, p. 14-24. Considerando o
diálogo e as tensões é correto afirmar que:
I. Através dos jogos a criança pode estimular o desenvolvimento do seu raciocínio lógico,
da cooperação, criatividade, coordenação, imaginação e socialização.
II. Os jogos podem oportunizar aos alunos aprenderem a respeitar regras, discutir,
inventar, criar e transformar o mundo onde estão inseridos.
III. O jogo não pode se constituir em uma atividade organizada por um sistema de regras.
62
Está (ão) CORRETA (S):
Primeira coluna:
1- jogos artísticos
2- jogos expressivos
3- jogos desportivos
Segunda coluna:
( ) uma forma de linguagem que, quando trabalhada de forma lúdica, permite às
crianças a descoberta de suas potencialidades de movimento, permitindo que se torne,
também, protagonista de sua história.
( ) são jogos dramáticos, peças, dramatizações, improvisações teatrais, fantoches,
mímicas, teatro de sombra etc.
( ) os jogos desportivos entre crianças devem valorizar as atividades físicas, motoras e
emocionais, e não a competição, sob a pena de serem excludentes e não inclusores.
a) 1, 2, 3
b) 2, 1, 3
c) 1, 3, 2
d) 3, 2, 1
e) 3, 1, 2
63
6. Sendo os jogos as atividades que promovem interação, as suas variações vão depender
dos objetivos e da forma em que são conduzidos. Marque a alternativa que corresponde
aos jogos artísticos envolvendo artes plásticas.
a) esculturas e dobraduras
b) paródias e recortes
c) futsal adaptado e maquetes
d) pintura de quadro e teatro de sombras
e) dramatizações e fantoches
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I, II e III.
64
LAZER E RECREAÇÃO
NO CONTEXTO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA
65
5.1 INTRODUÇÃO
FIQUE ATENTO
Consideramos o uso da palavra “redemocratização” devido ao período de censura que o
Brasil viveu no Regime Militar. Entendemos que o processo democrático foi interrompido
na década de 1960 e retomado apenas após a saída dos militares do poder.
VAMOS PENSAR?
Busque na sua memória as cenas das aulas de educação física enquanto aluno do ensino
fundamental e ensino médio. Você consegue correlacionar as aulas com as abordagens
apontadas? Agora, enquanto profissional, que abordagem, ou quais, você considera mais
apropriada para o contexto social de hoje?
Veja sobre o lazer nas brincadeiras e jogos no capítulo 4, com Silva, Pimentel e
SCHWARTZ (2021), no link: https://bit.ly/3Ns67cq. Acesso em: 25 mar. 2021.
O lazer e a recreação não são exclusividades dos ambientes escolares, vamos ver
nesta seção uma série de alternativas de ambientes que podem ser utilizados para estas
práticas, sendo eles de caráter público e de caráter privado.
Para o entendimento de espaço público recorremos as considerações apresentadas
por Bovo Martins (2016 apontado por CASTRO, 2002), que anuncia o espaço público como
um produto de uso social, e propõe que o acesso é correlacionado a livre circulação de
forma gratuita. Diferente do espaço privado, onde a livre circulação é restrita, pelo fato
do espaço em questão ter uma visão voltada para os rendimentos e lucros.
68
A utilização de espaços públicos para lazer é uma alternativa, contudo, devemos
estar preparados para lidar com questões como de manutenção e conservação. Como
menciona Santana e Alves (2014), a administração destes espaços pertence às esferas
de governo, no entanto, inferimos que cabe aos usuários zelar por sua preservação.
Temos como exemplos de opções de lazer em espaços públicos como praças, quadras e
parques, ondem podemos realizar piqueniques, andar de bicicleta, até mesmo patinar.
Dependendo da estrutura física do espaço, há incontáveis possibilidades. Veja na Figura
11 um destes exemplos.
Dentre os exemplos apresentados acima pela autora, inferimos que alguns destes
citados, são vistos também em espaços com acesso público, como é o exemplo da
brinquedoteca e livrarias. Isso ocorre pela iniciativa das ONGs por meio de projetos que
buscam atuar nas demandas em que o Estado não está presente.
Concluímos assim que tantos os espaços públicos, os espaços privados, quantos
os espaços administrados pelas ONGs, são ambientes que oferecem lazer e recreação
promovendo a socialização.
FIQUE ATENTO
Entende-se por esfera de governo: municipal, estadual e federal.
VAMOS PENSAR?
Veja sobre as novas tendências e protocolos da recreação hoteleira pós pande-
mia, disponível em: https://bit.ly/3PKEduv. Acesso em: 25 mar. 2021. E reflita sobre
as adaptações do profissional neste novos tempos. Você acha que está prepara-
do para estes novos desafios?
70
BUSQUE POR MAIS
Veja em Cavallari (2011) a recreação hoteleira no link: https://bit.ly/38y85JP.
Acesso em: 25 mar. 2021.
Consideramos esta seção uma das mais importantes neste livro didático, isso
porque, há uma memória justa, coletiva e legal de que o meio ambiente precisa ser
preservado. Sobre esta assertiva não temos dúvidas, no entanto, reiteramos que é
possível que haja a interação entre o ser humano e o meio ambiente em uma proposta
de lazer, de modo que se possa contemplá-lo seguindo condutas éticas.
Quando nos referimos às condutas éticas, queremos apontar as considerações de
Marinho (2004, p. 12):
O empenho pela ética, pelo respeito às diferentes for-
mas de vida, o incentivo pela autonomia, pela solidarie-
dade e pela democracia são algumas das metas cultiva-
das e almejadas tanto pelo lazer quanto pela educação
ambiental. Infelizmente, a educação formal deixa suas
funções a desejar uma vez que parece se ater apenas
a um ensino teórico massivo ou a práticas esvaziadas
de conteúdos e, nesse processo, com o sentido de su-
peração, a educação para o lazer e a educação ambien-
tal têm ambas como finalidade a formação de sujeitos
conscientes, sensíveis e críticos no que se refere ao tem-
po livre e à natureza.
Nesta concepção temos o meio ambiente e o lazer a favor da formação para a prática
do cidadão. A interação entre ser humano e natureza contribui de maneira significativa
para “o despertar de uma sensibilidade e de uma responsabilidade ambiental coletiva,
contribuindo, até mesmo, para impulsionar o estabelecimento de políticas em níveis
local e global” (MARINHO, 2004, p. 12).
Destacamos que a vida agitada decorrente das demandas que queremos abraçar
nos levou cada vez mais para os centros das cidades, onde somos cercados de arranhas
céus, comércio e indústrias, contudo, atualmente, buscamos mais por áreas verdes
71
quando não estamos envolvidos nestas demandas estando, assim, mais perto do meio
ambiente. Tal comportamento pode ter sido impulsionado pelas macro ações que
envolvem o turismo.
A Medida Provisória nº 1.795, de 31 de dezembro de 1998 dispõe sobre a organização
dos Ministérios da República e podemos ver duas pastas listadas no Artigo 13º, inciso VIII,
que intitula Ministério do Esporte e Turismo. De igual forma está a Medida Provisória
nº 2.216-37, de 31 de agosto de 2001 (BRASIL, 1998, documento online; BRASIL, 2001,
documento online).
As Medidas tomaram força de Lei, onde o Ministério do Esporte que foi fundando em
1995, em 1998 passa ter em sua administrar o campo do turismo. Somente no ano de 2003
o Esporte e o Turismo se desvincularam, tendo cada um as suas pastas independentes
(BRASIL, 2003, documento online). Mesmo que por um período relativamente curto
de trabalho híbrido, heranças foram deixadas, e quando abordamos o lazer e o meio
ambiente, temos uma linha tênue que nos separa do campo do turismo.
Acerca disso, temos atividades realizadas em eventos que são construídos com
parcerias de secretarias e departamentos. Ribeiro (2014, 76) considera que quando a
cidade consegue sediar eventos ou etapas de eventos a partir da organização das suas
secretarias, a economia da cidade é movimentada, pois “atraem turistas que ocupam
os meios de hospedagem, gastam nos restaurantes, nos bares, compram passeios etc.”.
Como exemplo a autora cita eventos como o “Circuito Adventure Camp, corrida de
aventura nacional e no Campeonato Brasileiro de Rafting”.
Seguindo esta direção, apresentamos a Figura 12 que representa uma experiência
exitosa envolvendo o departamento de agricultura e meio ambiente e turismo.
Aqui, o meio ambiente está sendo palco para a interação dos alunos que são
oportunizados a novas descobertas e envolve um elemento fundamental, o “produto
cultural vinculado com o lazer/entretenimento e/ ou o cuidado com o corpo e a saúde”
(BRASIL, 2014, p. 213, documento online).
Ainda em tempo, é preciso considerar uma série de indicadores para a realização
de atividades na interação com o meio ambiente, com segurança (BRASIL, 2014,
documento online). Segundo Daniach (2020, p. 84) é necessária verificar previamente “o
clima, vegetação, habitantes do local” entre outros indicadores que veremos na unidade
que se refere ao planejamento. Assim, concluímos que é possível a interação do ser
humano e meio ambiente para a prática do lazer e que também é possível recorrer a
parcerias de outras secretarias para a promoção deste campo.
FIQUE ATENTO
Em 2019 a Lei nº 13.844 tornou o Ministério do Esporte extinto, passando a sua administra-
ção para o Ministério da Cidadania, com a Secretaria Especial do Esporte.
73
VAMOS PENSAR?
Reflita sobre a corresponsabilidade de cada um acerca do meio ambiente e, pense sobre
quais possibilidades de projetos de lazer podem ser submetidos às secretarias da sua cida-
de. Mas antes, que tal fazer um mapeamento de pontos que podem ser explorados?
Leia sobre o meio ambiente e a qualidade em Busato (2020) pelo link: https://
bit.ly/3PvuvvN. Acesso em: 25 mar. 2021.
FIQUE ATENTO
Para a habilitação profissional é necessário que além do curso de graduação em educa-
ção física, o profissional esteja devidamente registrado no Conselho Regional de Educa-
ção Física (CREF). É importante lembrar que o profissional de turismo pode atuar nestas
dimensões, contudo, as propostas que envolvem esportes são exclusivas do profissional
de educação física.
75
VAMOS PENSAR?
O trabalho com a recreação e o lazer decerto sofreu grande impacto com a pandemia do
COVID-19. Pense sobre possíveis estratégias que podem colaborar com as alternativas para
o profissional neste campo de trabalho.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
a) V- V- V.
b) F- F- V.
c) V- F- V.
d) V- V- F.
e) F- F- F.
3. A prática do lazer ocorre nos espaços públicos e privados e tais espaços podem
apresentar equipados conforme o espaço e finalidades, inclusive, aqueles que são
específicos de lazer. A partir disso, considere as coluna.
77
(1) Equipamentos especializados
(2) Equipamentos polivalentes
(3) Equipamentos turísticos
a) 1, 3, 2
b) 3, 2, 1
c) 1, 2, 3
d) 3,1, 2
e) 2, 1, 3
a) Do prazer e divertimento.
b) Do autocuidado e da empatia.
c) Da participação, cooperação e do respeito mútuo.
d) Da eficiência, produtividade e perseverança.
e) Da consciência ambiental e da inclusão dos mais fracos na sociedade.
a) A Educação Física Militarista não estava preocupada com a saúde pública, pois
entendia que tal questão não podia ser discutida independentemente do levantamento
da problemática forjada pela atual organização econômico-social e política do país.
b) A Educação Física Militarista era a caracterização da competição e da superação
individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna,
voltada, então, para o culto do atleta-herói.
78
c) Na Educação Física Militarista a concepção que vai questionar da sociedade a
necessidade de encarar a Educação Física como uma prática capaz de promover saúde
ou de disciplinar a juventude, mas de encarar a Educação Física como uma prática
eminentemente educativa, respeitando suas peculiaridades culturais, físico-morfológica
e psicológicas.
d) A Educação Física Militarista não se resume numa prática militar de preparo físico.
É, acima disso, uma concepção que visava impor a toda a sociedade padrões de
comportamento estereotipados, frutos da conduta disciplinar própria ao regime da
época.
e) A educação militarista tinha como princípio a sua prática sob a perspectiva da cultura
corporal. .
PLANEJAR E AVALIAR:
AÇÕES NECESSÁRIAS
PARA UM EVENTO
81
6.1 INTRODUÇÃO
Nesta Unidade vamos anunciar as etapas e fases do planejamento, bem como o
seu processo avaliativo sob a perspectiva de sucesso na programação e satisfação dos
participantes. Em seguida, apresentamos possibilidades de programações com atividades
recreativas que podem servir de fio condutor no respectivo trabalho profissional.
Vimos na Unidade anterior alguns exemplos de atividades que podem ser realizadas
no campo da recreação e lazer, pelo profissional de educação física, entretanto, devemos
atentar para a importante medida de planejar. Mas afinal, você sabe o que e porque
devemos planejar?
Vamos partir de um passeio hipotético em família, aonde todos irão de carro
para o Litoral de outro Estado, e para diminuir as chances de imprevistos, e garantir
que o passeio seja proveitoso, você resolve fazer um check list. Entre os itens elencados
temos: a revisão do carro; o mapeamento dos postos de combustíveis; as reservas de
hospedagem; a compra de itens para consumo; a separação dos itens de higiene e de
materiais de praia, a consulta sobre o clima da região neste período, entre outro.
Perceba que para a programação em família acontecer, é necessário que ocorra
uma sequência de ações: Fazer a revisão do carro demonstra preocupação com a
segurança; mapear os postos de combustíveis no percurso da viagem, demonstra
preocupação com a pane seca; como também, consultar o clima da região previamente,
demonstra interesse em aproveitar dias de praia. Todos os itens são importantes e
fizeram-se presentes no planejamento, de maneira que a viagem para o Litoral possa
acontecer.
Assim, o planejamento se materializa em nosso cotidiano, entre conversas e ações
realizamos uma viagem em família. Agora, direcionando nossos olhares para o campo
mais técnico, veja como o planejamento contribui no sentido para além do controle de
processos, o qual também é importante, tendo em vista principalmente a questão da
segurança sobre o evento ou projeto que se pretende desenvolver.
O ato de planejarmos revela que temos perspectivas futuras, sejam metas ou
objetivos. Qualquer atividade deve ter explícita as razões de sua execução, ou seja, qual
o objetivo da proposta?
Nas palavras de Ribeiro (2014, p. 83)
Planejar é antecipar o futuro, diz respeito a pensar nos
meios para alcançar os objetivos e metas em um futu-
ro próximo ou distante. Planejar é, também, dar impor-
tância na interação do “antes” (planejar), “durante” (exe-
cutar) e o “depois” (avaliação).» entendimento de como
montar propostas e projetos para diversas instituições;
» procurar, na medida do possível, ser critico quanto às
injustiças sociais e tentar minimizá-las, principalmente
em relação ao lazer, uma vez que todos nós temos direi-
to ao lazer.
FIQUE ATENTO
O ato de planejar não quer dizer que temos que nos prender aos objetivos apenas com
finalidades de desenvolver alguma habilidade ou competência. Não se trata apenas dis-
so, pois a leitura até o momento revela que o lazer pelo lazer, pelo prazer é válido e ne-
cessário.
VAMOS PENSAR?
Leia a seguinte situação hipotética. Um diretor de uma conceituada empresa multinacio-
nal lhe contrata para fazer um evento de aventura na natureza durante o sábado e no do-
mingo com os funcionários como parte de um projeto de lazer, e na etapa de diagnóstico,
você percebe que a instituição tem em seu quadro de colaboradores quatro cadeirantes.
Considerando o Quadro 5 pense nas possibilidades de programação para serem apresen-
tadas ao diretor da empresa.
Veja em Ribeiro (2014) mais sobre planejamento no capítulo 4 pelo link: https://
bit.ly/3yT8jWq. Acesso em: 25 mar. 2021.
84
6.3 PARA QUÊ AVALIAR?
Seção A
1 Faixa etária
( ) menos de 10 anos ()10 a 20 anos ( )21 a 30 anos ()31 a 40 anos () 41 a 50
anos ( ) 51 a 60 anos ( ) acima de 60 anos
2 Gênero
( ) feminino ( ) masculino
3 Sexo
() feminino () masculino
4 Costuma frequentar esse espaço de lazer?
() sempre () às vezes () durante a semana () finais de semana () férias
Seção B
6. Como ficou sabendo da programação (evento)?
() faixa () cartaz ()panfleto () rádio () TV () jornal () internet () amigos ou
parentes () outro: ______________________
Seção C
7. Opinião geral sobre o evento:
10. Sugestões de outras atividades de lazer (ou evento) para este espaço
85
FIQUE ATENTO
Para que a avaliação seja o mais fidedigna possível, é recomendamos que o instrumento
de coleta de dados preserve-se como anônimo, pois assim, os participantes podem ficar
mais a vontade para relatar algum incoveniente ou desconforto.
86
VAMOS PENSAR?
A avaliação feita pelos participantes, em algum momento, pode nos deixar desapontados,
contudo, reflita como ela pode nos revelar nossos pontos cegos, que são aqueles que nos
impede de alavancar na carreira.
Diagnóstico do público
Dia das Crianças é uma programação voltada para crianças de 6 a 12 anos, filhos dos funcionários da
empresa. Poderão participar todos os filhos dos funcionários da empresa X e do clube, nessa faixa
etária. Serão crianças de classes sociais diversas, uma vez que participarão filhos de funcionários de
qualquer função, da produção à diretoria. Estão previstas 200 crianças.
Objetivos da programação
• Comemorar o Dia das Crianças;
• Proporcionar diversão aos filhos de funcionários;
• Promover a sociabilização entre os funcionários e seus familiares.
Levantamento e análise dos recursos (físicos, humanos materiais)
87
• Físicos: os coordenadores do evento já conhecem bem os espaços do clube e resolveram que serão
utilizados os seguintes espaços para o desenvolvimento do Dia das Crianças: pátio coberto, lago,
teatro e a varanda do restaurante.
• Humanos: está prevista a contratação de 15 animadores de uma empresa de recreação e os coor-
denadores do evento serão “Joao Paulo” e “Mariana”, professores de educação física que atuam na
secretaria de esportes do clube.
• Materiais: para os animadores: apito, boné, prancheta e camiseta. Para as atividades: microfone e
aparelho de som, CDs, dinheiro de papel, cadeiras (uma por participante), bexigas (um pacote), pul-
seiras de identificação, lembranças para as crianças, lanches (dois kits de lanches por pessoa, com
sanduíche, um suco e um doce).
• Financeiros: o coordenador deverá consultar a Secretaria de Esportes para conhecer o quanto de
recursos haverá para desenvolver o evento.
Período
Trata-se de uma programação eventual com duração de 8 horas, em 12/10.
Proposta da programação
9:00 - 9:30: chegada ao clube 9:30 - 10:30: boas-vindas, café da manhã no pátio e divisão das equipes
10:30 - 11:30: gincana das Solicitações (todo o clube)
11:30 - 12:30: passeio de pedalinho e caiaques (lago)
12:30 - 13:30: almoço (restaurante) 13:30 - 14:00: descanso com rodas cantadas (varanda do restauran-
te)
14:00 - 15:00: “caça ao corrupto” (todo o clube)
15:00 - 16:00: jogos cooperativos (pátio)
16:00 - 16:30: lanche (área externa do pátio) 16:30 - 17:30: apresentações artísticas (mágico, malabares
no teatro)
17:30: encerramento, entrega de lembranças aos participantes e avaliação (teatro)
Divulgação
O evento será divulgado por meio de faixas na entrada do clube, e-mail aos associados e pelo site do
clube e, ainda, oralmente por meio de convites dos professores aos funcionários.
Implantação da programação
8:00: o coordenador se encontra no clube para checar todas os materiais, chegada dos animadores,
confirmação dos lanches e
do restaurante.
8:30: checagem de todas as atividades e onde cada animador ficará: dois animadores acompanha-
rão cada equipe. Os coordenadores ficarão no microfone para instruir as crianças quanto às ativida-
des, pontuação etc. E aproveitam este tempo anterior ao início da festa para confirmar a programa-
ção com os animadores.
9:30: boas-vindas, colocação de uma pulseira de identificação para as equipes. Café́ da manhã̃.
10:30: início da gincana após divisão das equipes e explicação dos coordenadores. A gincana das soli-
citações solicita aos participantes que tragam objetos: o maior calçado, a menor folha, um objeto de
time de futebol, o RG de um funcionário do clube etc. Estas tarefas estarão listadas na programação
do coordenador, que pedirá estes objetos às equipes pelo microfone. Os animadores ajudarão na
organização da equipe e conferência dos pontos. Em seguida à contagem dos pontos, o coordena-
dor avisa no microfone qual a equipe ganhadora. Depois avisam as crianças que a próxima atividade
é no lago do clube. Todos se dirigem para o lago, acompanhados dos animadores e coordenadores.
Funcionários do clube os esperam com os coletes. Após experimentarem o passeio, todos se dirigem
ao restaurante. Animadores os acompanham e os auxiliam na organização das crianças nas mesas.
Os coordenadores avisam que após o almoço vão se encontrar na varanda do restaurante. Após as
rodas cantadas todos se dirigem ao pátio onde será explicada a atividade da caça ao corrupto, uma
caça em que as equipes procurarão os animadores escondidos pelo clube, que farão o papel de
“bandido”.
88
As equipes deverão entregá-los para os coordenadores que são os “policiais federais” e receber uma
“recompensa em dinheiro (de papel)”. Ganha a equipe que ficar mais rica e não aceitar o suborno
dos bandidos. Ao final da atividade, o coordenador diz ao microfone qual a equipe ganhadora. Como
esta atividade é competitiva e cansativa, agora o coordenador os convida para participar de alguns
jogos cooperativos, ali mesmo no pátio, à sombra e com menos movimentação do que a atividade
anterior. Após os jogos, o lanche é oferecido também no pátio. Depois o coordenador os convida
para se dirigir ao teatro onde terão as últimas atividades, como apresentação de mágica e mala-
bares. Após 50 minutos de apresentação, o coordenador avisa às crianças que o Dia das Crianças
terminou e todos ganharão, das mãos dos animadores, uma pequena lembrança. O coordenador
aproveita para fazer uma avaliação com os participantes e cita as atividades para que eles aplaudam,
para checar as que eles mais gostaram. Também disponibiliza o microfone para alguma criança que
queira falar sobre a comemoração. Após receberem a lembrança, as crianças são dispensadas e vão
esperar por seus responsáveis que já aguardam fora do pátio. O coordenador pede então que os
animadores fiquem mais 15 minutos para realizar uma avaliação.
Avaliação da programação
Uma reunião com os animadores após o evento permitiu que os coordenadores tivessem uma me-
lhor visão a respeito do evento. As atividades aconteceram como previstas e alguns incidentes como
alguns tombos de crianças na gincana e na caça ao corrupto foram identificados. Concluíram que
a programação foi eficaz e eficiente. A reunião foi curta, pois todos estavam cansados. No seguinte
dia útil, os coordenadores, juntos, digitaram um relatório em que apresentaram os resultados do
evento: número de participantes, a participação dos animadores, a questão dos objetivos alcança-
dos, os materiais, lanches e lembranças que foram suficientes. Este relatório foi entregue ao Diretor
de Esportes do clube, bem como as fotos do evento. Também foi entregue ao jornalista responsável
pela confecção do jornal do clube. Vamos relembrar que a avaliação faz parte do planejamento, é
o “depois” e não deve ser esquecida. Nessa fase, os coordenadores checam se houve o pagamento
dos lanches oferecidos, assim como dos profissionais contratados, como o mágico e a pessoa que
apresentou os malabares. Muitas vezes, essas pessoas recebem o pagamento logo após a atividade;
nesse caso, se dirigiriam à secretaria do clube e, após, assinariam um recibo. O coordenador precisa
checar todos esses detalhes e, se for o caso, incluir no relatório do evento. Por isso, é importante que
um checklist (lista) com os detalhes dessas tarefas esteja pronto antes da programação, para que
não seja esquecido nenhum detalhe.
Quadro 8: Programação para o Dia das Crianças
Fonte: Adaptado de RIBEIRO, (2014, p. 95)
Diagnóstico do público
Estudantes do gênero masculino e feminino de 12 a 17 anos de idade, matriculados na
escola contratante, com previsão de 50 inscrições.
Objetivos da programação
• Oportunizar a interação com o meio ambiente;
• Promover a sociabilização entre os participantes.
• Oferecer aprendizagem cultural, artística e crítica.
Levantamento e análise dos recursos (físicos, humanos materiais)
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• Físicos: campos abertos, ginásio coberto, quadra de tênis, enfermaria, lavanderias,
refeitório, salão de jogos, salão de beleza, sala multidisciplinar, 26 unidades de chalés,
lago, piscina infantil e sem olímpica, haras, casa central, vestiário feminino e masculi-
no, auditório, autódromo.
• Humanos: 30 animadores, entre psicólogos, enfermeiros, médicos, turismólogo, mú-
sico, pedagogos, seguranças, psicopedagogo, e os coordenadores do acampamento,
sendo professores de educação física.
• Materiais: em anexo.
• Financeiros: os coordenadores receberão suporte financeiro da instituição de ensino,
após planilha de custos entregue.
Período
10 a 20 de janeiro (período compreendido nas férias escolares)
Proposta da programação
1º dia:
Manhã: Recepção dos estudantes e apresentação do espaço.
Pausa: 12h 14h
Tarde: Caminhada e atividades aquáticas
Pausa: 16h30 17h30
Noite: Sessão de vídeo
Janta seguido de recolhimento: 21h
2º dia:
Manhã: Café da manhã e trilha na natureza
Pausa: 12h 14h
Tarde: Atividades no salão de jogos
Pausa: 1630h 17h30
Noite: Oficina de artesanato
Janta seguido de recolhimento: 21h
3º dia:
Manhã: Café da manhã e atividades de quadra
Pausa: 12h 14h
Tarde: Atividade no lago (pedalinho e pesca)
Pausa: 1630h 17h30
Noite: Rodízio de pizza e caraoquê
Janta seguido de recolhimento: 21h
4º dia:
Manhã: Café da manhã e atividades de campo
Pausa: 12h 14h
Tarde: Atividade no haras e atividades aquáticas
Pausa: 1630h 17h30
Noite: Encontro em volta da fogueira
Janta seguido de recolhimento: 21h
90
5º dia:
Manhã: Café da manhã e atividades livres
Pausa: 12h 14h
Tarde: Atividade no auditória[o (peça teatral)
Pausa: 1630h 17h30
Noite: Sessão de vídeo
Janta seguido de recolhimento: 21h
6º dia:
Manhã: Café da manhã e atividades no autódromo
Pausa: 12h 14h
Tarde: Atividade livre na piscina
Pausa: 1630h 17h30
Noite: Bingo
Janta seguido de recolhimento: 21h
7º dia:
Manhã: Café da manhã e atividades livres
Pausa: 12h 13h
Saída: 14h
Divulgação
O evento será divulgado pela instituição escolar
Avaliação
A avaliação é realizada após a finalização de cada dia, mediante o uso do aplicativo
que permite usar o número de estrelas (entre 1 e 5), habilitando para o registro de con-
siderações por escrito.
Quadro 9: Proposta de animação para acampamento de férias
Fonte: Adaptado de STOPPA (2013, p. 15-16)
FIQUE ATENTO
Há situações em que o participante opta em não participar de determina atividade. No
intuito de evitar que o participante se sinta deslocado, procure reunir atividades alterna-
tivas.
91
VAMOS PENSAR?
Leia a seguinte situação hipotética. A Secretaria de Esporte e Lazer da sua cidade lhe con-
vida implantar o evento intitulado a Semana da Criança no Parque de Eventos durante 4
dias na semana. A previsão é de atender de 13 às 17 h, aproximadamente, 250 crianças ao
dia, então você considera a possibilidade de trabalhar com estações e circuitos. Tomando
a situação hipotética, reflita sobre o desafio e elabore uma proposta de programação exe-
quível, utilizando o modelo do Quadro 8 ou 9.
a) I, II, III, IV
93
b) I, II, III
c) I, IV
d) II, III, IV
e) I, III, IV
a) I- v, II- v, III-v
b) I- v, II- f, III- f
c) I- f, II- f, III-f
d) I- v, II-v, III- f
e) I- f, II- v, III- f
a) Antecipar / participantes
b) Antecipar / objetivos
c) Determinar / pontos positivos
d) Postergar / participantes
e) Adiantar / profissionais
(1) Planejamento
(2) Avaliação
a) 1 – 2 – 1 – 2 - 1
b) 2 – 2 – 1 – 2 - 1
c) 1 – 2 – 2 – 2 - 2
d) 2 – 2 – 1 – 1 - 1
e) 1 – 1 – 2 – 2 – 1
a) Flexibilidade
b) Adaptabilidade
c) Alternativo
d) Inconstante
e) Dispensável
95
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 C
UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 B
QUESTÃO 6 D QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 E
UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 A
96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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graduacaoead.faculdadeunica.com.br