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Língua Portuguesa
Caderno do Professor
Março - 2023
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Professores de Matemática
Alan Alves Ferreira
Alexsander Costa Sampaio
Tayssa Tieni Vieira de Souza
Silvio Coelho da Silva
Revisão
Alessandra Oliveira de Almeida
Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Maria Aparecida Oliveira Paula
Colega Professor(a),
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DIALOGANDO COM O(A) PROFESSOR(A)
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Professor(a), nestas atividades, o trabalho com os descritores prioriza os mais críticos nos resultados
das avaliações: D7 - Identificar a tese de um texto. / D8 - Estabelecer relação entre a tese e os
argumentos oferecidos para sustentá-la. / D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,
identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
Considerando que o desenvolvimento dessas habilidades perpassa pelo “todo e partes do texto”,
compreendemos que outros descritores precisam ser trabalhados, pois outras habilidades precisam ser
retomadas durante o processo de ensino-aprendizagem. Se o “texto é um tecido” de palavras, informações,
ideias, dentre outros elementos (fios textuais entrelaçados), assim também deve ser visto o trabalho com o
desenvolvimento das habilidades. Ainda que o foco atente para os descritores críticos, é fundamental,
considerar outros descritores, bem como os “conhecimentos necessários” para alcançar um resultado efetivo
no ensino-aprendizagem.
Durante o desenvolvimento das aulas, professor(a), sugerimos que você leia atentamente o texto
junto com os estudantes, percebendo o sentido e a intencionalidade do autor ao discutir o assunto abordado.
O texto não pode ser meramente um pretexto para trabalhar as características do gênero ou para ensinar a
gramática, menosprezando tema, os diversos sentidos (elementos textuais em sua profundidade).
Ressaltamos que esta proposta parte do texto como centralidade do ensino, na perspectiva enunciativo-
discursiva, e a análise linguística está articulada ao texto, permitindo a reflexão acerca de cada processo e
do uso.
Veja o texto como um todo, bem como as suas partes e particularidades. Nesse sentido, assevera
Antunes (2006), é importante analisar o texto, realizando a decomposição de seu todo e de suas partes,
apreendendo seus aspectos globais até chegar ao entendimento do texto como um todo; estudar sua natureza,
funções, relações, entre outros aspectos e, assim, orientar o estudante a refletir sobre o tema em estudo.
Professor(a), nesta primeira aula, sugerimos que você promova uma conversa com os estudantes
estimulando-os a pensarem a respeito da relevância do tema estudado. A sua mediação durante esse
momento é de suma necessidade. Promover a prática da oralidade durante as aulas possibilita, além de
despertar nos estudantes o interesse pela temática, uma possível reflexão sobre o uso das redes sociais.
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da mesma faixa etária. Entre garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem de depressão por baixa autoestima,
insatisfação com sua aparência e por dormir sete horas ou menos por noite. Os pesquisadores analisaram os
processos que poderiam estar ligados ao uso de mídias sociais e depressão e descobriram que 40% das
meninas e 25% dos meninos tinham experiência de assédio on-line ou cyberbullying. O levantamento ainda
aponta que 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais
mostraram sinais de depressão mais graves. Para completar esta relação, no final do ano passado a
Universidade da Pensilvânia comprovou, pela primeira vez, uma conexão da redução do bem-estar com o
uso do Facebook, Snapchat e o Instagram.
O professor Joel Rennó Júnior, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP
(FMUSP) e Diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital
das Clínicas (HC), ressalta que o fenômeno das redes sociais é algo recente e com poucas conclusões, mas
que já existe ligação entre quadros propícios à depressão e internet. “Há uma relação importante do perfil
de personalidade do adolescente, seu gênero — o feminino sendo mais afetado — e o tempo de exposição.
É o conjunto de fatores que torna o adolescente mais vulnerável ao quadro de depressão.”
Porém, as redes sociais, por si só, não são culpadas pelos quadros depressivos. Rennó Júnior entende
que a questão está no tempo gasto e no isolamento que elas provocam na rotina dos jovens, além da fase
vivenciada. “Isso acaba combinando, muitas vezes, com algumas características da adolescência. No caso
das meninas, muitas têm baixa autoestima, distorção de imagem corporal, ansiedade e são meninas que
sofrem assédio on-line.” Neste ponto, o especialista enfatiza: “As pessoas se mascaram, criam outra
identidade até para atrair crianças e adolescentes. É algo muito sério. Muitas vezes as meninas expõem fotos
— de forma ingênua — para outras meninas, para o namorado, e é aí que vem a difamação e a calúnia. Em
adolescentes vulneráveis, isso pode causar grandes estragos psíquicos”. É necessário o uso de ações públicas
conjuntas para traçar estratégias que solucionem o problema, segundo o professor do Departamento de
Psiquiatria.
Professor (a), nesta atividade aproveite para levar os estudantes a pensarem sobre a importância da
fonte do texto produzido, ou seja, onde ele foi produzido e veiculado. É uma necessidade reconhecer que
uma fonte confiável é fundamental para trazer confiabilidade às informações e ao texto produzido. Em
muitos casos, é preciso fazer a curadoria das informações, principalmente, quando há a pretensão
compartilhá-las ou utilizá-las como referência para alguma produção. No caso do texto lido, é importante
observar que ele foi produzido por um profissional do jornal da USP, que é um jornal conhecido e bem-
conceituado, o que garante uma maior segurança aos leitores quanto à veracidade das informações. Assim
sendo, esta atividade é importante para que o estudante compreenda que todos somos responsáveis por
aquilo que produzimos e/ou compartilhamos nas nossas redes sociais. Não podemos dizer/postar qualquer
coisa e muito menos compartilhar informações que não são verdadeiras e/ou que ferem os direitos humanos.
Essa atividade foi elaborada considerando: “Ler textos/gêneros, principalmente, os argumentativos
reconhecendo os elementos constitutivos desses gêneros.” (Conhecimento necessário- quadro inicial). Essa
atividade e as seguintes dialogam também com a habilidade do documento curricular: (EM13LP02)
Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, considerando
a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e
recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão
temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações.
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1. Quem é o autor desse texto e onde o texto foi veiculado (publicado)?
O texto foi escrito por Pedro Ezequiel e publicado no site da Universidade Estadual de São Paulo - USP.
Professor(a), é fundamental que o estudante compreenda que todo texto é produzido com uma
finalidade, isto é, com um objetivo. No caso de textos publicitários, por exemplo, cujo objetivo é disseminar
uma ideia ou vender um produto/serviço, o público-alvo são as pessoas da sociedade que se interessam pelo
produto. Essa atividade foi elaborada considerando: “Ler textos/gêneros, principalmente, os argumentativos
reconhecendo os elementos constitutivos desses gêneros.” (Conhecimento necessário- quadro inicial).
Professor (a), a discussão sobre o tema é importante para que os estudantes exercitem, de forma
consciente e crítica, a capacidade de argumentação, uma habilidade que, como tantas outras, deve ser
ensinada no espaço escolar. Para tanto, faça um levantamento, junto com os estudantes, das
palavras/expressões/ideias-chave que remetem ao tema, bem como outros elementos textuais. Esse
exercício, além de ser necessário durante a leitura e interpretação, contribui para que os estudantes
encontrem caminhos para além de entender, comprovarem olhando para o texto, qual é o tema ou qual é a
tese, as informações secundárias, dentre outros aspectos textuais. Essa atividade dialoga diretamente com o
D6 - Identificar o tema de um texto. Foi elaborada com base no (Conhecimento necessário): “Identificar
e compreender o tema, bem como a relação de estruturas próprias de textos argumentativos (pensamento
lógico/pensamento abstrato).”
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gêneros.”
Professor(a), a sugestão é que você oriente os estudantes a dividirem oralmente o texto lido nestas três
partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) e justifiquem essa divisão. Parece um exercício muito
claro e simples, mas é uma atividade que contribui para que o estudante além de pensar na estrutura retome
partes do texto para compreender o todo, até mesmo elementos necessários à construção do texto em estudo.
E nesse momento, é essencial, o trabalho analítico e reflexivo do professor sobre o gênero, ou seja, é uma
oportunidade de reforçar uma aprendizagem retomando aspectos do texto que estão dentro dessas divisões
e que contribuem com a construção de sentidos do texto. A escolha do gênero artigo de opinião no
desenvolvimento do ensino-aprendizagem de língua portuguesa é muito importante, porque contribui com
a criação de identidades sociais que se constituem nos discursos estabelecendo práticas sociais. A atividade
6 também retoma o conhecimento necessário: “Ler textos/gêneros, principalmente, os argumentativos
reconhecendo os elementos constitutivos desses gêneros.”
6. Com base em seus conhecimentos sobre esse gênero, quais são os elementos constitutivos, desse texto,
que comprovam que ele é um artigo de opinião?
O texto possui a predominância da estrutura dissertativa-argumentativa, ou seja, introdução,
desenvolvimento e conclusão. É um artigo de opinião, porque apresenta um tema formulado a partir de uma
questão polêmica, de interesse social, uma contextualização, um posicionamento diante do tema (tese), uma
argumentação e contra-argumentação sobre as ideias defendidas e uma conclusão.
Professor(a), na continuidade da aula, a sugestão é que você retome o texto e o que foi discutido na 1ª
e na 2ª aula “Mau uso de redes sociais agrava sinais depressivos nos jovens” e enriqueça as suas aulas
com outros textos/gêneros.
Professor(a), a sugestão é que você conte aos estudantes que a palavra “tese” vem do grego “thesis” e
significa “proposição”. É a defesa de um ponto de vista que tem sustentação em argumentos definidos e
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consistentes.
Sendo assim, a tese é um posicionamento crítico, o que significa dizer que o estudante não deve se
ater a ideias do senso comum. É muito importante, para isto, demonstrar autoria, ser crítico e reflexivo ao
expor sua opinião.
Disponível em: https://blog.imaginie.com.br/o-que-e-tese-na-redacao/ acesso em: 24, fev. 2023.(Adaptado)
É importante para o estudante compreender que, no artigo de opinião, o autor defende uma tese, ou
seja, a sua opinião/ponto de vista sobre o tema. Para isso, professor(a) a sugestão é construir junto com
os estudantes um conceito de tese e elabore um possível caminho para encontrá-la. Relembre também que,
após construir uma tese, são levantados argumentos para defendê-la. Construir esse caminho reflexivo é
importante na leitura/interpretação e produção do texto dissertativo-argumentativos. A atividade 8 foi
elaborada considerando o conhecimento necessário: “Compreender que a tese é uma proposição teórica de
intenção persuasiva, apoiada em argumentos consistentes sobre o assunto abordado.
Professor(a), retome essa tese no texto e mostre aos estudantes que essa “tese” aparece costurada a
uma contextualização “Na era do troco likes, me segue que eu sigo de volta e muitas retuitadas,”.
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D7 – Identificar a tese de um texto.
Professor(a), esclareça ao estudante que a tese é sempre sustentada pelos argumentos utilizados pelo
articulista. Portanto, as palavras/expressões/afirmações-chave que comprovam também retomam essa
defesa, contribuem para mostrar a veracidade dos argumentos (tipos), uma vez que todo esse processo
perpassa pela construção de estratégias de argumentação. Nesse texto, os tipos de argumentos utilizados
pelo autor são, em sua maioria, argumentos de autoridade. A primeira afirmação, por exemplo, foi uma
afirmação feita pela Universidade de Londres, a segunda, pelos pesquisadores da Universidade de Londres,
outras, por um professor muito bem-conceituado (professor Joel Rennó Júnior, do Departamento de
Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP), e assim por diante. Argumentos assim fogem do senso
comum e conferem veracidade à tese. Esta atividade é importante para auxiliar o estudante a identificar
argumentos em textos dissertativos-argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, editorial
etc.), manifestando concordância ou discordância.
Para desenvolver essa atividade com os estudantes considere os conhecimentos necessários: “Perceber
que a tese, isto é, o ponto de vista está ligado, explicitamente e/ ou implicitamente ao tema, e aparece
desenvolvido e retomado na progressão textual. É possível ver no texto, essas necessárias retomadas por
meio de expressões/palavras-chave que mostram aspectos da defesa (tese/ponto de vista).”
10. Destaque, no texto, palavras-chave, expressões e/ou afirmações que comprovam a tese do texto.
Espera-se que o estudante destaque afirmações como:
- “...adolescentes do sexo feminino apresentam duas vezes mais chances de terem depressão ao
utilizar redes sociais do que homens da mesma faixa etária. Entre garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem
de depressão...”
“...depressão e descobriram que 40% das meninas...”
“...fenômeno das redes sociais...”
” já existe ligação entre quadros propícios à depressão e internet.”
“o feminino sendo mais afetado — ... o adolescente mais vulnerável ao quadro de depressão.”
“No caso das meninas, muitas têm baixa autoestima, distorção de imagem corporal, ansiedade e são meninas
que sofrem assédio on-line.”
“... quadros depressivos...”
.”.. No caso das meninas, muitas têm baixa autoestima, distorção de imagem corporal, ansiedade e são
meninas que sofrem assédio on-line.”
Professor(a), essa atividade é um caminho reflexivo para chegar ao descritor (D7) e, também passa
pelo descritor (D14) – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. Mais uma vez podemos perceber
como um descritor precisa de outros, as habilidades estão articuladas, assim como os elementos textuais.
Assim, nessa atividade podem ser acionados o conhecimento necessário: “Distinguir fato de opinião,
especialmente em textos argumentativos, considerando a predominância do fato ou predominância a
opinião.”
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Professor(a), essa atividade estabelece relação com o conhecimento necessário do quadro inicial:
“Compreender que “argumentar” é explicitar um raciocínio, uma comprovação, ou indício do qual pode ser
tirado uma dedução ou consequência (argumentar é esclarecer motivos, razões, as causas que levam uma
opinião a ser aceita pelo interlocutor/leitor).”
13. Quanto tempo você permanece diante do WhatsApp, YouTube, Instagram, TikTok, dentre outras redes
sociais, diariamente? Você acredita que utiliza bem suas redes sociais? Justifique.
Resposta orientada pelo professor(a).
Professor, auxilie os estudantes durante a reflexão sobre seus próprios hábitos quanto a utilização
das redes sociais. Para tanto, retome a temática conversem sobre esse questionamento. Estimule-os a lerem
o mundo, as situações vividas por todos, principalmente, os jovens e a relação que estabelecem com a
tecnologia. Até onde é positivo e negativo? Será que há excesso no uso das redes sociais? O uso constante
da internet não está prejudicando os momentos de estudo? Essas são algumas perguntas que poderão nortear
uma excelente resposta a essa atividade.
Reconhecer e analisar junto com os estudantes (retomando a análise do texto), os tipos de argumentos
utilizados em textos dissertativos-argumentativos e a possibilidade das retomadas propositais desses
argumentos na progressão textual, visando reforçar a persuasão é um excelente exercício para o estudante
fortalecer a sua capacidade de argumentação. Essa atividade dialoga indiretamente com o D8 – Estabelecer
relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
A elaboração dessa atividade busca atentar para que sejam trabalhados com os estudantes os
conhecimentos necessários: “Reconhecer tipos de argumentos (de provas concretas, autoridade, princípio,
explicação, causa/consequência entre outros) em textos argumentativos.” / “Reconhecer e analisar os tipos
de argumentos utilizados em textos dissertativos-argumentativos (E a possibilidade das retomadas
propositais desses argumentos na progressão textual, visando reforçar a persuasão).” A atividade também
suscita o trabalho com a habilidade do DCGO-EM (EM13LP04) Estabelecer relações de
interdiscursividade e intertextualidade para explicitar, sustentar e conferir consistência a
posicionamentos e para construir e corroborar explicações e relatos, fazendo uso de citações e
paráfrases devidamente marcadas.
Professor(a), a sugestão é que você converse com os estudantes sobre estratégias de argumentação,
como exemplos, fatos comprováveis, pesquisas, citação direta e/ou indireta, alusões entre outras, refletindo
que essas estratégias utilizadas na elaboração dos tipos de argumentos se relacionam com a
“intertextualidade e interdiscursividade.”
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14. Na sua opinião, os argumentos utilizados pelo autor para defender o tema foram pertinentes? Justifique.
Resposta orientada pelo professor(a).
Professor(a), é importante que o estudante compreenda que cada texto cumpre uma função social, ou
seja, cumpre um objetivo específico. Identificar a finalidade/função social de textos de opinião deve ser
reforçado, trabalhado repetidamente. Para elaborar essa atividade foi considerado o conhecimento
necessário: “Identificar a finalidade/função social de textos de opinião, especialmente, os argumentativos.”
Professor(a), é importante que o estudante compreenda que a leitura atenta e analítica possibilita uma boa
compreensão do todo do texto e de suas partes. Uma leitura desatenta pode trazer uma compreensão
equivocada e provocar erros na interpretação. É preciso atentar-se à temática, à tese, aos argumentos, a cada
afirmação, nessa atividade, para não chegar a conclusões erradas. Os estudantes precisam entender o “texto”
como um “tecido”, uma palavra, expressão, ideia, construção estão ligadas umas nas outras. Para tanto, a
sugestão é considerar o conhecimento necessário do quadro inicial: “Ler e reconhecer, em textos
dissertativos-argumentativos, as razões oferecidas em defesa do posicionamento e/ou ponto de vista/tese.”
Professor(a), atividades como identificar a opinião, no texto, ou distinguir fato e opinião relativa ao
fato, observando o juízo de valor que é atribuído ao fato analisado, são atividades importantes para a
compreensão das variadas habilidades e da compreensão do texto como um todo. Outras atividades podem
ser realizadas com esse fim, esta é apenas uma sugestão. Nessa atividade, a sugestão é com o conhecimento
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necessário: “Distinguir fato de opinião, especialmente em textos argumentativos, considerando a
predominância do fato ou predominância a opinião.”
17. Entre as citações, a seguir, em qual delas está uma opinião do autor?
A) “... a depressão é que está se conectando aos jovens que mais usam as redes sociais, principalmente as
garotas.”
B) “... adolescentes do sexo feminino apresentam duas vezes mais chances de terem depressão ao
utilizar redes sociais do que homens da mesma faixa etária.”
C) “Entre garotas de 14 anos, cerca de 75% sofrem de depressão por baixa autoestima, insatisfação com
sua aparência e por dormir sete horas ou menos por noite.”
D) “... 12% dos usuários considerados moderados e 38% dos que fazem uso intenso de mídias sociais
mostraram sinais de depressão mais graves.”
E) “...uma conexão da redução do bem-estar com o uso do Facebook, Snapchat e o Instagram.”
Alternativa A.
18. Em, “Porém, as redes sociais, por si só, não são culpadas pelos quadros depressivos. Rennó Júnior
entende que a questão está no tempo gasto e no isolamento que elas provocam na rotina dos jovens, além
da fase vivenciada.” A palavra destacada retoma as/a
A) questão.
B) ligação.
C) culpadas.
D) conclusões.
E) redes sociais.
Alternativa E.
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Disponível em: https://aspin.com.br/wp-content/uploads/2022/09/1-1.jpg Acesso em 02 de fev. de 2023.
Dizem que o jornal impresso está com seus dias contados por conta da preferência de público pela
internet. O jornalismo online começou a fazer parte da vida das pessoas há pelo menos dez anos e a partir
daí começou a ganhar mais a confiança das pessoas por causa do imediatismo que está presente nas notícias
e que não é possível no jornalismo tradicional impresso.
Com a popularização da Internet e a expansão do ciberespaço, os veículos passaram a migrar para a
web. Não resta dúvida que o jornal impresso está ligado a uma série de pequenos prazeres para algumas
pessoas, como, por exemplo, tomar o café da manhã abrindo lentamente as páginas de um jornal, selecionar
as notícias que quer ler sem uma ordem de importância, comentar sobre as novidades do futebol, ver qual
filme está passando nos cinemas, ficar com os dedos pretos devido a tinta, isto é um ritual que muitas pessoas
ainda gostam de fazer e por isso não abrem mão de seu exemplar impresso.
As mídias tradicionais sempre tiveram um tipo de interação, seja nas seções de cartas dos leitores ou
telefones das rádios para se comunicarem, porém é no jornalismo online que esta interação vem ganhando
força e espaço pelo fato dos comentários em tempo real. Muitos veículos impressos estão migrando para o
ambiente virtual, colocando conteúdos exclusivos para a rede, uma vez que perceberam a necessidade de
abastecer este ambiente com notícias de “furo de redação” e não mais com apenas uma cópia da notícia do
meio impresso.
É impossível reunir tudo o que os leitores querem saber em um jornal que deve ser entregue às seis da
manhã, por isso a instantaneidade, que permite o acesso imediato às notícias é entregue ao leitor de forma
online.
Outro fato é que a internet possibilita abrir as portas do mundo para o leitor de qualquer lugar do
planeta por isto a mídia impressa vem perdendo leitores a cada dia. Estamos no meio de uma revolução da
informação onde ninguém mais quer recortar uma notícia e guardar ela em uma pasta, hoje em dia está tudo
muito mais virtual, você tem acesso à matéria online e transforma ela em uma imagem, assim consegue
mostrar a todos via e-mail ou redes sociais.
Disponível em https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/a-batalha-entre-jornalismo-tradicional-x-jornalismo-.htm Acesso em 14 de fev. 2023.
(adaptado)
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e/ou implícita). Reconhecer o tema é um dos principais caminhos para chegar à tese do texto. Outro aspecto,
é identificar e compreender as estratégias discursivas que são evidenciadas na construção dos argumentos,
uma vez que são esses argumentos que sustentam a tese, isto é, a defesa. Partindo dessa reflexão é possível
observar que para chegar à habilidade que está no descritor D7 - Identificar a tese de um texto. - é
necessário considerar o todo e as partes do texto. Sem saber por exemplo, qual é o tema do texto, não é
possível identificar a tese, pois explicitamente ou implicitamente a “tese” dialoga com o tema.
Reconhecer os tipos de argumentos também auxilia, porque eles são elaborados para
sustentar/comprovar a defesa da tese. Portanto, um elemento textual está interligado a outro na costura do
texto. Essa atividade dialoga diretamente com o D7 e também com a habilidade do DCGO-EM
(EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos, os movimentos
argumentativos (sustentação, refutação/contra-argumentação e negociação) e os argumentos
utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e posicionar-se criticamente diante da
questão discutida e/ou dos argumentos utilizados, recorrendo aos mecanismos linguísticos
necessários.
Professor(a), identificar a finalidade/função social de textos de opinião deve ser reforçado, trabalhado
repetidamente. É importante que o estudante compreenda que cada texto cumpre uma função social, ou seja,
cumpre um objetivo específico. Para elaborar essa atividade foi considerado o conhecimento necessário:
“Identificar a finalidade/função social de textos de opinião, especialmente, os argumentativos.”
Medida pode ser avaliada como positiva por contribuir para reduzir a dificuldade no acesso às
terapias
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A medida pode ser avaliada como positiva por contribuir para reduzir a dificuldade no acesso às
terapias. Outro inegável ganho é a garantia de segurança jurídica para os profissionais já habitualmente
praticantes destes atendimentos, poupando aos clientes o esforço da mobilidade.
O texto enviado pelo Congresso inclui também enfermeiros e psicólogos, alterando os padrões de
relacionamento com clientes, a tal a ponto de influir positivamente na redução de filas de espera.
Entre as vantagens, pode-se relacionar a instantaneidade na prestação do serviço, graças à
oportunidade de verificar algum sintoma ou vestígio de enfermidade, ampliando as chances de cura.
Para que atendam aos seus propósitos, no entanto, os atendimentos remotos precisam contar com o
suporte necessário e que inclui oferta de treinamento adicional dos profissionais envolvidos, garantia de
continuidade do atendimento ao paciente, de sigilo de seus dados e de acesso à internet de qualidade para
que restrições tecnológicas não sejam impedimento à modalidade.
Imagem e texto disponíveis em https://atarde.com.br/opiniao/editorial-saude-e-tecnologia-1215344 / Acesso em 16 de fev. de 2023.
21. No terceiro parágrafo do texto, o editorialista retoma a ideia apresentada no título do texto. Qual foi a
intenção?
A) Levar o(a) leitor(a) a refletir sobre as medidas de proteção.
B) Informar ao(à) leitor(a) sobre os profissionais que atendem no telessaúde.
C) Provocar uma ideia de possibilidade, pois utiliza a locução verbal “pode ser”.
D) Expor opinião, uma vez que, logo em seguida, já busca uma construção argumentativa.
E) Refletir sobre os problemas que o atendimento remoto poderá trazer ao paciente.
Alternativa D.
Professor(a), nessa atividade, é importante retomar as partes que organizam o todo do texto, levar o(a)
estudante a refletir sobre os processos de construção linguística e semânticas como também a compreender
as estratégias de argumentação em textos dissertativos-argumentativos (exemplos, dados estatísticos,
citação direta e indireta, analogias etc.). Nessa atividade, recorremos ao D8 - Estabelece uma relação entre
a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la, além de trabalhar as habilidades voltadas para o
processo de construção textual no DCGO-EM (EM13LP08) Analisar elementos e aspectos da sintaxe do
Português, como a ordem dos constituintes da sentença (e os efeitos que causam sua inversão), a
estrutura dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coordenação e subordinação (e os
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efeitos de seus usos) e a sintaxe de concordância e de regência, de modo a potencializar os processos
de compreensão e produção de textos e a possibilitar escolhas adequadas à situação comunicativa.
22. No trecho “O texto enviado pelo Congresso inclui também enfermeiros e psicólogos, alterando os
padrões de relacionamento com clientes, a tal a ponto de influir positivamente na redução de filas de
espera”, a parte destacada no trecho foi construída com o objetivo de
A) enfatizar a necessidade de se contratar mais enfermeiros e psicólogos para atender online.
B) destacar que apenas os enfermeiros e psicólogos não estarão no atendimento online.
C) demonstrar que o atendimento online é ineficiente e que não havia enfermeiros para o trabalho remoto.
D) defender a opinião acerca do atendimento online, que além de acrescentar profissionais, vislumbra
reduzir as filas de espera.
E) relatar fatos de formas positivas e negativas acerca dos atendimentos online na Pandemia da Coviid-19.
Alternativa D.
Professor(a), nessa atividade, é importante que o(a) estudante compreenda o posicionamento do autor
e reflita sobre a ideia por ele apontada e defendida. Nesse processo será identificado o posicionamento do
autor acerca do teleatendimento por profissionais da saúde e que, já se tem um trabalho bom, no entanto,
ainda com falhas. Chamar a atenção dos(as) estudantes para esse processo argumentativo é o que o autor
expõe o que é bom e também o que precisa reformular, isso ele faz sem contradições de posicionamento.
Nesse caso, há um diálogo da atividade com o D8 - Estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la, como também identificar os elementos que reforçam, sustentam ou
confirmam uma determinada tese/ponto de vista. O descritor dialoga indiretamente com a habilidade do
DCGO-EM /BNCC (EM13LP05) Analisar, em textos argumentativos, os posicionamentos assumidos,
os movimentos argumentativos (sustentação, refutação/ contra-argumentação e negociação) e os
argumentos utilizados para sustentá-los, para avaliar sua força e eficácia, e posicionar-se criticamente
diante da questão discutida e/ou dos argumentos utilizados, recorrendo aos mecanismos linguísticos
necessários.
23. Ao apontar o que ainda precisa ser feito para atender os propósitos de atendimento online como “oferta
de treinamento adicional dos profissionais envolvidos, garantia de continuidade do atendimento ao paciente,
de sigilo de seus dados e de acesso à internet”, o autor
A) se posiciona contrário ao atendimento online pelos profissionais de qualquer área, alegando que não são
preparados.
B) se coloca disposto a divulgar tudo que é certo ou errado no telessaúde, uma vez que o jornal precisa
observar as mudanças.
C) é a favor do trabalho remoto, menos aqueles direcionados aos profissionais da saúde, pois há necessidade
do contato presencial.
D) é a favor de qualquer tipo de trabalho com teleatendimento alegando que todos são iguais e podem
melhorar no atendimento.
E) é favorável à implantação permanente do telessaúde, desde que haja uma reformulação no processo que
ainda considera com algumas falhas.
Alternativa E.
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AULA 4 - TIPO DE NARRADOR E TIPO DE DISCURSO
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos
lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
[...]
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e nas matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia
que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta.
Banhava-lhe o corpo, a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia
silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.
[...]
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Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra;
sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não
algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste
das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue
borbulham na face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro
aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da
ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei. Porém a virgem lançou de si o arco e a
uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápido e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema
quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:
− Quebras comigo a flecha da paz?
− Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem dos meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que
nunca viram outro guerreiro como tu?
− Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm
os meus.
− Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de
Araquém, pai de Iracema.
[...]
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Ciranda Cultural, [s.d], pp. 5- 7.
Professor(a), nessa atividade, além de todo o trabalho de leitura e interpretação com o texto, sugerimos
refletir sobre o conhecimento necessário: “Reconhecer nas narrativas os tipos de discurso, como o direto,
indireto e o indireto livre.”
25. No trecho:
“O guerreiro falou:
− Quebras comigo a flecha da paz?
− Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem dos meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que
nunca viram outro guerreiro como tu?
− Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm
os meus.
− Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de
Araquém, pai de Iracema.”
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Nesse trecho predomina o “discurso direto”, uma vez que as personagens conversam entre si, o discurso é
marcado pelo uso do travessão, apresenta a elocução marcada em especial pelo verbo “falou.”
Professor(a), essa atividade dialoga diretamente com o D2 - Estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto. E
estabelece relação também com o conhecimento necessário: “Reconhecer nas narrativas os recursos coesivos
que constroem a passagem do tempo e articulam as partes do texto, as escolhas lexicais entre outros aspectos.” O
descritor (D2) também dialoga com a habilidade do documento curricular DCGO-EM (GO-EMLP06A)
Empregar os recursos linguísticos de coesão (preposições, conjunções, pronomes, advérbios,
analisando textos de diferentes gêneros discursivos para permitir a produção crítica de relações
lógico-discursivas em vários tipos de possibilidades textuais.
26. No trecho: “Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não
deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é
guerreiro e não algum mau espírito da floresta.” Os termos destacados retomam a/as
A) virgem
B) folhagem
C) sombra
D) terra
E) nação
Alternativa A.
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