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PÓS GRADUAÇÃO
Didática e metodologia
do ensino superior
Curso de Pós- Graduação
Coordenação Pedagógica - IBRA
Sumário
1 Introdução 04
2 Didática 07
2.1 Objeto de estudo da Didática 10
2.2 Componentes 10
2.3 As tendências pedagógicas 11
6 A avaliação da aprendizagem 32
8 Referência Bibliográficas 37
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
1 Introdução
Fonte: https://jornal.usp.br/universidade/acoes-para-comunidade/alunos-levarao-conhecimento-do-centrinho-
-para-alem-das-salas-de-aula/
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Introdução
Fonte: https://jornal.usp.br/universidade/acoes-para-comunidade/alunos-levarao-conhecimento-do-centrinho-
-para-alem-das-salas-de-aula/
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
¹ Prefaciando o livro Didática no Cotidiano: uma visão cibernética da arte de educar de Maria Célia Araujo.
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
tonia e empatia, é preciso esse diálogo mos nos comunicar com o universo, com
inicial, essa comunicação tática. o absoluto!
Depois as várias posições vão sendo
conscientizadas e sendo introduzidas nor- Mas o que tudo isso tem a ver com
mas de comunicação explícita para os didática? Conceituando a didática, acre-
três subgrupos, tornando-os positivos. ditamos que tudo fará mais sentido. Eis
Enfim é um processo de amadureci- algumas de suas definições:
mento sair da comunicação tática e partir
para a comunicação real. 1. processo de transferência de conhe-
Explicitada um pouco da importân- cimentos.
cia da comunicação, podemos partir para
pontuar que esse processo acaba sendo 2. maneira de transferir cultura.
um meio do professor também se auto
conhecer e assim, passar confiança aos 3. conjunto de processos ou técnicas
alunos. para maior rendimento do educando.
Nesse contexto, a didática é uma
prática cotidiana que busca cultivar no 4. doutrina do ensino e do método.
professor e nos alunos algumas dinâmicas
específicas: 5. direção de aprendizagem.
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
2 Didática
Para Libâneo (1994), um dos prin- participação do povo nas lutas sociais.
cipais expoentes dessa teoria, o que O quadro 1 , nos deixa analisar cla-
importa é que os conhecimentos siste- ramente as contradições existentes entre
matizados sejam confrontados com as as diferentes concepções de educação e
experiências socioculturais e com a vida modo como tais concepções manifesta-
concreta dos alunos, de forma a assegurar ram concretamente nas práticas pedagó-
o acesso aos conhecimentos sistematiza- gicas brasileiras.
dos a todos como condição para a efetiva
QUADRO 1
TENDÊNCIAS
TRADICIONAL MODERNA TECNICISTA CRÍTICA
CORRENTES
Centro da Programador/
Professor facilitador Mediador
educação instrutor
Síntese de
Receptador
Aluno Ser ativo Ser direcionado múltiplas
passivo
determinações
Centro que
Reflete as
programa os
Trazer a vida para contradições de
Voltada para o conteúdos de
Escola o interior da escola ensino, articulados
futuro ensino de acordo
com a realidade do
com o mercado de
aluno.
trabalho
Conteúdo
Sistematizar os
Privilegia o programático,
conteúdos de
Privilegia o processo atividade tendo em vista
Conteúdo ensino, articulados
conteúdo (ensino- operacionalizar os
com a realidade do
aprendizagem) objetivos
aluno
comportamentais
Resolve o
Fundamental – Emerge do problema da
Conteúdo relevante
Disciplina impõe a interesse do disciplina pelo
em termos sociais
autoridade aluno(motivação) tratamento
individualizado
Deve ser
Módulos Garantir um
organizado para
Deve ser instrucionais (para conteúdo elaborado
garantir o
Ensino inculcado garantir o ritmo de no processo da
processo de
aprendizagem do prática histórico-
ensino-
aluno) social dos homens
aprendizagem
Organizado Organizado
Organizado pelo
segundo o segundo objetivos Organizado
Objetivos professor
interesse dos institucionais e coletivamente
alunos comportamentais
De acordo com as
Metodologia Expositiva Dinâmica de grupo Estudo dirigido condições objetivas
da escola
Orientação para
Avaliação Memória Criatividade Auto avaliação
resolver o problema
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Fonte: https://www.unitpac.com.br/noticias/2019/3/13/didatica-no-ensino-superior-capacitacao-docente
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
comprometido com seu tempo sua civi- elaborar trabalhos individuais dos mais
lização e sua comunidade. diferentes tipos, aprender com situações
simuladas e com atividades em locais pró-
prios de trabalho e em situações comuni-
3.2 Características, classifica- tárias.
ção e desafios do professor
• Desenvolver atitudes e valores.
Encontramo-nos, aqui, no aspecto mais
Dentre as características necessárias
delicado da aprendizagem de um profis-
ao professor do ensino superior encon-
sional. É seu coração, em geral, o menos
tramos em Gil (2009) algumas que mere-
trabalhado pela universidade. Seu cora-
cem ser destacadas.
ção porque, enquanto esse aspecto não for
trabalhado, modificações significativas de
• Desenvolver-se no aspecto afeti-
aprendizagem também não acontecerão.
vo-emocional. Crescente conhecimen-
to de si mesmo, dos diferentes recursos
É preciso levar em conta os efeitos,
que possui, dos limites existentes, das po-
as consequências das ações e não, em de-
tencialidades a serem otimizadas. Para trimentos de certas ações éticas, elaborar,
as faculdades e universidades, admitir por exemplo, um projeto de engenharia
essa dimensão de aprendizagem significa que vá causar efeitos negativos sobre de-
abrir espaços para que sejam expressos e terminada população. Nesse contexto, o
trabalhados a atenção, o respeito, a coope- professor deve se portar como sujeito
ração, a competitividade, a solidariedade, político e social e repassar noções de
a segurança pessoal - superando as inse- ética aos seus alunos.
guranças próprias de cada idade e de cada Valores como democracia, partici-
estágio – a valorização da singularidade pação na sociedade, compromisso com
e das mudanças que venham a ocorrer, sua evolução, localização no tempo e es-
e um relacionamento cada vez mais ade- paço de sua civilização, ética em suas mais
quado com o ambiente externo. abrangentes concepções (tanto em rela-
ção a valores pessoais como a valores
• Desenvolver certas habilidade. profissionais, grupais e políticos) preci-
Relacionar conhecimentos e informa- sam ser aprendidos em nossos cursos de
ções, organizar, generalizar, argumentar, ensino superior.
deduzir, induzir. Aprender a trabalhar em Com o surgimento de novos espaços
equipe, comunicar-se com os colegas e de produção de conhecimento e maior
com pessoas de fora de seu ambiente uni- facilidade de acesso a ele por meio dos
versitário e presentes em seu ambiente recursos da informática e da telemática,
de trabalho profissional, fazer relatórios, com o avanço tecnológico em velocida-
realizar pesquisas, usar o computador, de não vista anteriormente, com a atual
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
fora da universidade, suas transforma- podem de certa forma ser prevista repre-
ções, evoluções e mudanças, atento para senta um ponto muito importante em fa-
as novas formas de participação, as novas vor do professor.
conquistas, os novos valores emergentes e Mas o que mais lhe interessa é co-
as novas descobertas (MASETTO, 2005). nhecer cada estudante, suas característi-
Aqui vai uma dica para aqueles que cas sociais, traços de personali-
sonham com a docência em alguma das dade, interesses, expectativas, aspirações,
muitas e excelentes universidades fe- temores, conhecimentos, habilidades e
derais espalhadas pelo Brasil: pesquisa, competências.
extensão e ensino são os três caminhos Nenhum professor imagina ser
oferecidos aos seus professores, tecnolo- possível conhecer tudo o que deseja so-
gia, liberdade de atuação, recursos tecno- bre os estudantes. A identificação de algu-
lógicos, qualidade de vida e de trabalho, mas dessas características, como os traços
mas para o ingresso hoje é preciso Dou- de personalidade, envolve a aplicação de
torado, em alguns raríssimos casos, se técnicas de análise psicológica, que são
aceita o Mestrado, mas que tenham sido complexas, demoradas e requerem o
concluídos em instituições sérias. Lem- concurso de especialistas, o que a torna
brem-se disso caso o objetivo futuro seja o inviável na prática. Mas, mediante a uti-
ingresso em Instituições Superior de En- lização de alguns instrumentos, torna-se
sino Federal! possível identificar algumas de suas carac-
terísticas mais relevantes em relação ao
ensino. Ele pode verificar, por exemplo:
o nível de conhecimentos prévios dos es-
tudantes sobre a disciplina, o nível de in-
teresse, a importância que lhe é atribuída,
as dificuldades percebidas, a imagem que
os estudantes têm do curso e do profes-
sor, o nível de satisfação com as aulas etc.
O conhecimento de algumas dessas
características é importante para promo-
Fonte: https://www.provafacilnaweb.com.br/blog/co-
mo-melhorar-a-construcao-de-conhecimento-em- ver a chamada avaliação diagnóstica,
-sala-de-aula/ que tem por finalidade determinar, des-
crever, classificar e valorar aspectos do
3.3 Características e classifica- comportamento do estudante que são
ção dos estudantes do ensino relevantes para a aprendizagem. Essa
superior avaliação diagnóstica visa primeiramen-
te determinar em que medida os estu-
Reconhecer que os estudantes são dantes dominam os objetivos do curso.
diferentes entre si e que estas diferenças Visa também classificar os estudantes de
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Muito difícil ( )
Difícil ( )
Fácil ( )
Muito fácil ( )
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Fonte: https://www.leadstrat.com/blog/tuesdays-master-facilitation-tip-the-8-core-practices-of-facilitative-lea-
ders/adult-analyzing-brainstorming-1483907-1/
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
co, pois estabelece um compromisso com ção, para os diferentes cursos e asseguram
a formação de um cidadão para um às instituições de Ensino Superior ampla
tipo de sociedade. Tem também caráter liberdade na composição da carga horá-
pedagógico, pois define os propósitos e a ria a ser cumprida para a integralização
forma de efetivação das ações educativas dos currículos, assim como na especifica-
da escola. ção das unidades de estudos a serem mi-
O planejamento institucional é de- nistradas.
senvolvido no âmbito das Instituições de Elas indicam os tópicos ou campos
ensino Superior e por exigência do Minis- de estudo e demais experiências de en-
tério da Educação devem elaborar a cada sino-aprendizagem que comporão os
cinco anos o seu Plano de Desenvolvi- currículos, mas evitam ao máximo fixa-
mento Institucional. Esse é o documento ção de conteúdos específicos com cargas
que identifica a instituição no que diz res- horárias predeterminadas, que não po-
peito à sua filosofia de trabalho, à missão derão exceder 50% da carga horária total
a que se propõe, às diretrizes pedagógicas dos cursos (GIL, 2009).
que orientam suas ações, à sua estrutura
organizacional e às atividades acadêmi-
cas que desenvolve e / ou que pretende 4.4 Planejamento do ensino
desenvolver (GIL, 2009).
O planejamento de ensino é o que se
4.3 Planejamento curricular desenvolve no nível mais concreto e está
a cargo principalmente dos professores.
Em consonância com o planeja- Ele é alicerçado no planejamento curri-
mento institucional, desenvolve-se o pla- cular e visa ao direcionamento sistemá-
nejamento curricular. Ele tem como ob- tico das atividades a serem desenvolvidas
jetivo organizar o conjunto de ações que dentro e fora da sala de aula com vistas a
precisam ser desenvolvidas no âmbito facilitar o aprendizado dos estudantes.
de cada curso com vistas a favorecer ao O professor universitário ao assumir
máximo o processo ensino-aprendiza- uma disciplina, precisa tomar uma série
gem. Ele se constitui numa tarefa contí- de decisões. Decidir acerca dos objeti-
nua e multidisciplinar que orienta a ação vos a serem alcançados pelos alunos, do
educativa da instituição universitária. conteúdo programático adequado para o
Sua preocupação básica é com a previsão alcance desses objetivos, das estratégias e
das atividades que o estudante realiza sob dos recursos que vai adotar para facilitar a
a orientação da escola com vistas a atingir aprendizagem, dos critérios de avaliação,
os fins pretendidos (GIL, 2009). etc. (GIL, 2009).
As Diretrizes Curriculares são defi- Todas essas decisões, bem como os
nidas pelo Conselho Nacional de Educa- meios necessários para sua viabilização
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Fonte: https://unsplash.com/search/photos/challenge-classroom
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
5.1 Função
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Fonte: https://www.aarquiteta.com.br/blog/3-pilares-do-ensino-superior-arquitetura/
Segundo Bloom (1972 apud Gil, As ações no nível afetivo envolvem: Re-
2009) os objetivos de aprendizagem po- ceptividade | Resposta | valoriza-
dem ser classificados em três domínios: ção | organização | caracterização
cognitivo, afetivo e psicomotor. por um valor ou complexo de va-
O nível cognitivo refere-se aos ob- lores.
jetivos relacionados a conhecimentos,
informações ou capacidades intelectuais, O nível psicomotor envolve os ob-
sendo o domínio a que se dá maior jetivos que enfatizam o trabalho de na-
atenção nos cursos universtários. tureza neuromuscular.
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
6 A avaliação da aprendizagem
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
6 A avaliação da aprendizagem
Dissemos acima que nossa inten- 10. A avaliação fornece feedback para o
ção era argumentar a favor da avalia- professor.
ção, mas até agora só colocamos as con-
sequências negativas... Vamos aos nossos 11.A avaliação serve para avaliar a ação do
argumentos em defesa da avaliação que professor e da própria instituição.
poderiam se resumir na fala de Hoffmann Fazendo parte do processo ensino-
(2001) “elas são fundamentais para ga- -aprendizagem e sendo contínua, os seus
rantir o direito de aprender, servem para resultados podem ser úteis para in-
emancipar e para promover”. Segundo Gil formar aos professores acerca do quanto
(2009). o ensino oferecido tem sido eficaz, con-
tribuindo para a redefinição e o orde-
1. A avaliação pode ser feita com alto namento dos conteúdos e adequação das
grau de cientificidade. estratégias para facilitar a aprendizagem.
As avaliações deveriam abranger os
2. A aprendizagem pode ser mensurada diferentes domínios da aprendizagem e
com razoável grau de precisão. ser integradas, múltiplas e diversi-
ficadas, ministradas em clima favorável,
3. O processo de avaliação fornece da- corrigidas com cuidado e devolvidas rapi-
dos necessários à melhoria da aprendi- damente favorecendo a ansiedade do alu-
zagem e do ensino. no e tirando as dúvidas o quanto antes.
Por fim, não podemos nos esquecer
4. A avaliação inclui muito mais proce- que a autoavaliação e a avaliação do pro-
dimentos além do rotineiro exame es- fessor são extremamente importantes
crito. nesse processo democrático.
5. A avaliação envolve todo o processo
de aprendizagem.
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
Fonte: https://blog.edukasyon.ph/career-conversations/public-or-private-schools-where-should-i-teach/attach-
ment/chairs-chalk-chalkboard-159844/
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DIDÁTICA E METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR
8 Referência Bibliográficas
BEHRENS, Marilda Aparecida. A formação pe- LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cor-
dagógica e os desafios do mundo moderno. In: tez, 1994.
MASETTO, Marcos T (org.) Docência na uni-
versidade. 7 ed. Campinas: Papirus, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didática: velhos e novos
temas. 2002.
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Rio de Janeiro: DP&A, Vol.I e II, 2000.
CUNHA, Maria Isabel. A aula universitária como
espaço de construção. In: Caderno de Educação, MASETTO, Marcos T (org.) Docência na uni-
nº 07, Pelotas. 1996. versidade. 7 ed. Campinas: Papirus, 2005.
37
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(33) 3062-9299 | 0800 590 1234