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RESENHA CRÍTICA

GARATTONI, Bruno; SZKLARZ, Eduardo. Como a comida controla o cérebro.


Revista Superinteressante. São Paulo, n. 425, p. 20, mar. 2021. Disponível
em: <https://super.abril.com.br/especiais/como-a-comida-controla-o-cerebro>.
Acesso em: 05/06/2021.

1. CREDENCIAIS DOS AUTORES:

Eduardo Szklarz é jornalista e mestre em relações internacionais, editor


e colaborador em diversas publicações latino-americanas, além de tradutor de
inglês e espanhol para editoras e fundações nacionais. Bruno Garattoni
também é jornalista, foi repórter no jornal O Estado de São Paulo, atualmente é
editor da revista Superinteressante e contém dez premiações de jornalismo até
o momento.

2. RESUMO DA OBRA

Em um primeiro momento, os autores explicam de forma resumida de


que maneira o cérebro influência no processo digestivo e vice-versa. Estudos
recentes revelam que um hormônio chamado uroguanilina (substância
responsável por identificar quando a pessoa já está saciada e seu consumo de
calorias já é o suficiente) quando não está presente no organismo, faz com que
o indivíduo não tenha controle sobre sua fome, sem conseguir identificar que
não é mais necessário continuar comendo, o que pode causar obesidade.
Testes com camundongos mostraram que quando a ingestão de comida é
frequente e muito superior ao necessário para o corpo, o organismo para de
produzir a uroguanilina, gerando um ciclo de exageros.
Outro estudo também mostrou que alimentos ultraprocessados
prejudicam a produção hormonal, causando mudanças na fome em que a
pessoa sente, enquanto que alimentos in natura geraram efeitos positivos e
diminuem a fome. Aquilo que comemos influencia os mecanismos que
controlam nosso apetite, a obesidade é um círculo vicioso difícil de ser
quebrado. Além disso, os estudos comprovam que açúcar e sal em excesso
são muito ruins para o corpo, alterando a fisiologia do cérebro, podendo ser
causadores de doenças físicas e distúrbios como depressão e ansiedade, sem
falar que são tão viciantes quanto drogas como cocaína.
Os autores procuram deixar claro no texto a relação que existe entre a
comida e a resposta do corpo a elas. Quanto mais se ingerir alimentos
saudáveis, maior é a sensação de saciedade, o desejo por esse tipo de
alimento e menor é a fome, ou seja, saudável cria a necessidade do saudável.
Da mesma forma ocorre com alimentos com altas taxas de calorias, o seu
consumo elevado aumenta a vontade por comidas do tipo, diminui a
sensibilidade do corpo de perceber quando já está saciado, aumentando o
apetite e impedindo que o corpo libere substâncias que são importantes para
reduzir quantidades ou sentir vontade de coisas mais saudáveis. Outro ponto
que os autores deixam claro é o vício que pode surgir com o consumo de
alguns alimentos além daquilo que é necessário, tornando cada vez mais difícil
reduzir a quantidade, pelo contrário, faz com que a pessoa procure mais e mais
para ter o efeito desejado.
A meu ver, trata-se de um ciclo muito perigoso, porque além de trazer
grandes riscos à saúde, faz com que a pessoa se torne dependente do
processo. Com esses estudos, percebo que a obesidade é mais grave do que
parece e não é caso de “vontade própria” como muitos pensam. Acredito que
para quebrar com esses ciclos precisa ter acompanhamento com profissionais
da área, aos poucos trocar alimentos que são danosos e ir colocando coisas
saudáveis, para gerar o ciclo contrário em que a pessoa vai desenvolvendo a
vontade por esse tipo de alimento. É uma luta contra o próprio corpo, e como o
próprio texto coloca, quando nos alimentamos de forma saudável o cérebro
tende a responder de forma mais positiva, aumentando a motivação por
exemplo, o que é muito relevante para quem deseja perder peso.
Entendo com tudo isso que a melhor forma de deixar alguns vícios e
alimentos ruins de lado, é dar espaço para alimentos saudáveis e deixar que
eles mesmos façam com que o nosso corpo os desejem, aos poucos não
sentiremos falta daquilo que antes não nos imaginaríamos sem. O começo
pode ser difícil e contra a nossa vontade, mas com o tempo aprendemos a
gostar do que faz bem.
Indico a leitura dessa obra, tem fatos bem curiosos sobre como
funcionamos, sobre como a comida age no nosso corpo e como pode nos
afetar. Fica clara o que os autores têm a intenção de mostrar com o texto. Os
estudos que eles trazem são muito interessantes e demonstram que existe
solução, não aponta somente as coisas negativas, deixando a quem lê
esperança e ânimo.

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