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Livre-se de oito situações de raiva na dieta

Publicado em 12 de julho de 2011 por admin

Fazer dieta para emagrecer pode tirar qualquer um do sério – e com


razão! Deixar de lado uma saborosa sobremesa de chocolate para comer uma singela maçã
parece ser pouco agradável. Segundo um recente estudo da Universidade de Califórnia (EUA),
essa troca de opções contra a vontade da pessoa exige um esforço de autocontrole, que é
justamente o responsável por um sentimento nada agradável: a raiva.

Os pesquisadores avaliaram o sentimento dos participantes ao terem de fazer escolhas, como


entre um chocolate e uma maçã. Os resultados indicaram que a necessidade de se controlar na
dieta – escolhendo a maçã, nesse caso – desgasta a pessoa, que fica menos propensa a usar o
autocontrole novamente e torna ainda mais difícil controlar o comportamento agressivo.

A boa notícia é que esse dilema pode ter saída. Os autores do experimento sugerem evitar
momentos em que seja preciso usar esse autocontrole para escolher uma comida mais
saudável. Confira quais são essas situações mais comuns e saiba como revertê-las.

“Perder o entusiasmo causa rugas na alma”. Começo com esta frase que, para mim, tem
muitos significados. Rugas, rítides, pregas, sulcos, flacidez, enfim envelhecer é o que tememos.
Mas, envelhecer é um processo natural pelo qual todos nós passamos, a cada dia, a cada hora
e a cada minuto. Apesar disso, lutamos incansavelmente contra a natureza, buscando nos
manter jovens eternamente. E, o que significa nos “mantermos jovens”?

1. Situação: geladeira cheia de guloseimas. Você abre e sempre se depara com alimentos
deliciosos, mas que comprometem a dieta. Por isso, tem de se controlar para não consumi-los.
Isso pode facilmente te deixar de mau humor e aumentar as chances de sair da linha,
principalmente nos momentos de fome ou de pressa, como explica a nutricionista Fernanda de
Oliveira, do Hospital São Camilo: “Quando estamos com pressa para comer, nem pensamos na
qualidade, mas sim no tempo. Já se ficamos horas sem nos alimentar, a fome é tanta que
sempre exageramos”.

2. Alternativa: sabe aquela conhecida expressão “o que os olhos não veem, o coração não
sente”? Adapte-a à dieta: não deixe os alimentos pouco saudáveis à vista para não passar
vontade toda hora. “Faz toda a diferença criar estratégias que dificultem o acesso ou o
consumo de alimentos, pois isso é uma ferramenta que ajuda e facilita o autocontrole”, conta
a nutricionista especialista em psicologia do emagrecimento, Vanessa Leite.

1. Situação: as tentações do supermercado. Com tantos produtos apetitosos nas prateleiras,


você provavelmente irá se segurar para não esticar o braço e colocá-los no carrinho. Se estiver
com fome, então, parece que dá vontade de comprar tudo! Quanto maior essa vontade, maior
a frustração em ter que controlá-la.

2. Alternativa: tenha na mão uma lista do que vai comprar, não passe pelos corredores que
têm as gôndolas mais tentadoras e, o mais importante, jamais vá ao supermercado com fome.

A nutricionista Noadia Lobão, de São Paulo, aconselha ir às compras só depois das refeições.
“Quando estamos saciados, escolhemos opções mais saudáveis”, justifica. Outra sugestão é ir
logo após praticar algum exercício físico. “Depois da atividade física, nosso corpo libera
substâncias que dão sensação de bem estar, fazendo com que as escolhas sejam por alimentos
mais saudáveis”, completa a profissional.

1. Situação: vontade de comer um alimento tendo em vista seu prazer imediato. Você deseja
aquela sensação de bem-estar que apenas um bom pedaço de doce pode te oferecer, mas isso
vai contra o seu cardápio da dieta. E não adianta: parece que comer uma opção mais saudável
não dará o mesmo prazer.

2. Alternativa: mude essa forma de pensar sobre os alimentos, ou seja, não busque apenas a
gratificação imediata, mas sim os benefícios em longo prazo.

A nutricionista Noadia Lobão explica que, quando entendemos que certos alimentos fazem
mal ao organismo, ficamos mais responsáveis e passamos a evitar essas opções, mesmo
inconscientemente. “As pessoas evitam atravessar a rua quando o sinal está vermelho, certo?
Ao sabermos que corremos perigo, nos tornamos mais cautelosos”, completa.

Por isso, procure compreender o que está por trás desses alimentos prazerosos, o que eles
escondem. Isso pode fazer você mudar suas vontades.

1. Situação: banir do cardápio um alimento que goste muito. Você se proíbe de levar à boca
chocolate, refrigerante ou qualquer alimento que você adorava e costumava comer sempre.
Com certeza, sentirá falta dele durante a dieta e vai passar vontade.

2. Alternativa: quem disse que você não pode consumi-lo? “É possível comer qualquer
alimento, desde que na quantidade certa”, conta a nutricionista Vanessa Leite. Opte,
principalmente, por alimentos que auxiliam a produção de serotonina, elemento que
proporciona uma sensação de bem-estar. A nutricionista Noadia indica chocolate amargo e
carboidratos integrais.

No entanto, lembre-se de não abusar! Tente focar nos ganhos futuros da dieta. “Pense sempre
que, quanto maior o sacrifício, maior será a recompensa!”, lembra Vanessa.

1. Situação: “comer com moderação” não entra na sua cabeça. Parece que consumir apenas
dois quadradinhos de chocolate, por exemplo, só aumenta sua vontade de atacar a barra
inteira! Com isso, você passa o dia todo com uma sensação de “fome” que, na verdade, é só
vontade de comer, mas isso te desgasta.

2. Alternativa: nesses momentos de vontade, consuma alimentos saudáveis que aumentam a


sensação de saciedade. A nutricionista Fernanda recomenda as fibras, que retardam o
esvaziamento gástrico, encontradas em frutas, vegetais, leguminosas e grãos.
Proteínas, carboidratos complexos e gordura insaturada também são boas opções. Anote as
sugestões das nutricionistas: iogurte light, sanduíche de pão integral, peito de peru, barra de
proteína, castanhas, nozes, amêndoas, macadâmia, avelãs e amendoim.

Além disso, a nutricionista Vanessa Leite indica uma técnica da psicologia do emagrecimento,
que diferencia a fome da gula: “Diga para você mesmo que, se daqui 15 minutos a vontade de
comer determinado alimento continuar, ele será ingerido. Nesse meio tempo, provavelmente
você irá perceber que não precisa desse alimento e que era apenas uma vontade
momentânea”.
1. Situação: acompanhar familiares e amigos. Eles podem ter péssimos hábitos alimentares,
comer fora o tempo todo: fast food, cerveja, churrasco, pizza e tudo quanto é guloseima que
você deveria passar longe. Vê-los comendo essas opções é tentador e você tem de se controlar
demais! Ao mesmo tempo, não quer deixar de estar ao lado deles nas refeições.

2. Alternativa: primeiro de tudo, procure o apoio dessas pessoas. Eles querem o seu bem e
irão compreender se você disser que está preocupado com a saúde. Em segundo, dê a você o
mérito de comer a mesma coisa que eles uma vez na semana. “É interessante ter uma refeição
livre na semana, que ajuda a dieta fisiologicamente – por estimular o metabolismo – e
psicologicamente, já que a pessoa não fica restringida”, diz a nutricionista Vanessa.

A nutricionista Noadia também lembra que, para não exagerar nesses momentos, vale aquela
dica de consumir fibras, proteínas e gorduras boas antes de investir nas opções menos
saudáveis. Dessa forma, você ficará saciado mais rápido e comerá menos.

1. Situação: dietas muito restritivas, como só com sopas e shakes ou sem nenhum carboidrato.
Você perde a conta de quantos alimentos tem vontade de comer por limitar sua alimentação a
poucas opções. “Essas dietas podem deixar a pessoa com raiva e com outros sentimentos
negativos, uma vez que haverá carência de nutrientes”, afirma a nutricionista Vanessa.

2. Alternativa: a melhor dieta é a balanceada, com todos os nutrientes necessários nas


quantidades certas. “É claro que funciona você comer só salada, sopa ou líquidos durante uma
semana. Vai perder peso rápido, sim. Mas, e depois? Não vai conseguir comer isso o resto da
vida. É aí que vem o problema de voltar à vida normal, engordar tudo de novo e cair no ‘efeito
sanfona’”, adverte a nutricionista Fernanda.

Segundo ela, dietas muito limitativas fazem a pessoa emagrecer sem saúde e perder a
autoestima e a disposição. “O ideal é fazer uma reeducação alimentar, pois haverá escolhas
melhores com a quantidade necessária para o nosso corpo trabalhar”, completa.

1. Situação: não conseguir resultados imediatos. Olhar a balança e não ver mudanças rápidas
pode te deixar irritado. De que vale o sacrifício? “Isso pode até fazer a pessoa desistir da
jornada”, diz a nutricionista Vanessa.

2. Alternativa: seja persistente. Procure esquecer um pouco a balança e tenha calma. Se você
está fazendo uma dieta correta e praticando exercícios físicos, a diferença irá aparecer. A
resposta varia de acordo como o metabolismo de cada pessoa, mas Vanessa explica que o mais
comum é ter resultados mais rápidos no início, devido ao impacto da mudança de
comportamento alimentar. “No entanto, após essa fase inicial, também é possível emagrecer
rápido, desde que sejam usadas ferramentas que acelerem o metabolismo”, diz a nutricionista.

Por: Noádia Lobão

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