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REVISTA MAÇÔNICA
ACÁCIA 22
Queridos e amados IIr (Publicação sobre a
22ª Região Maçônica da GLESP)
Quero começar esse editorial
agradecendo primeiramente ao
GADU, por nos ter Publicação Mensal
abençoado com uma eleição ANO 1 – Nº 05 – MAIO 2019
tranquila, onde se foi possível viver
em harmonia, respeitando os Administração
Joaquim Domingues Filho
direitos individuais de cada um.
(L547)
Agradecer aos Delegados Distritais
que, mais uma vez, provaram Conselho
estarem comprometidos com a causa de nossa região, de Cláudio Sérgio Foltran (L184)
nossa instituição e com a maçonaria universal, pois seus Paulo da Costa Caseiro (L512)
desempenho, foram perfeitos. E mais uma vez tivemos um
Paulo Fernando de Souza (L547)
pleito cheio de paz e harmonia.
Alberto Zacarias (L 300)
Francisco Assis Javarini (L595)
Agradecer aos IIr que fizeram a sua escolha e exerceram o Alessandro Zahotei (L605)
seu direito e dever de votar mediante sua crença. Sabemos
que a unanimidade não é o melhor caminho e vejo que os
IIr provaram isso e fizeram a sua escolha, que recaiu sobre Editor, Jornalista Responsável e
a chapa 01, elegendo o Ir João José Xavier para nos iniciativa.
conduzir neste pleito, por três anos vindouros. Wagner Tomás Barba (L376)
MTB 67.820/SP
Em tempo real e concomitante, também realizamos as
eleições de nossas vinte e duas Lojas, onde fizemos a escolha
de um MM que irá conduzir a Loja que frequentamos
por um ano. Sei o quanto são difíceis essas escolhas, pois
como o próprio nome diz: escolha. Escolher não é o ATENÇÃO:
suficiente pois temos que continuar a dar o nosso quinhão de Os Artigos assinados são de
contribuição, exercendo e praticando a nossa resiliência. responsabilidade de seu autor e
não refletem, necessariamente, o
Confiante de que fizemos a melhor escolha, concito a nos pensamento do Editor,
juntar em prol de uma região ainda mais forte e que, de Administração ou conselho.
alguma forma, por mais indelével que seja, contribuirmos
para uma ordem mais justa e mais fraterna, e que nossas
ações possam refletir fora de nossa instituição. REVISTA GRATUITA

E-Mail:
Joaquim Domingues Filho revista.acacia22@gmail.com
22ª Região Maçônica
Delegado Regional
GLESP

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Editorial 02
A letra “G” Maçônica e a
Kabbalah (Capa) 04
Ir Omar Télles (L 329)

Controle da Mente 12
Ir Vinicius Figueiredo de Jesus (L 865)

Marca 15
Ir João Guilherme Milani Gobo (L 575)

As Nove Virtudes Morais 17


Ir Waldemar Martins Bueno de Oliveira (L 547)

Mural de Negócios 21

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A LETRA “G” MAÇÔNICA
E A KABBALAH
Ir Omar Télles (L 329)
Or de Vargem Grande Paulista

Adaptação do Tratado “A Letra “G” Maçônica” de Paul Foster Case

Nas antigas constituições maçônicas é expressamente declarado que


Maçonaria e geometria são uma coisa só. Também não é segredo algum que a letra G é um
símbolo para a Divindade. Acontece que God é o nome, em inglês, do Grande Arquiteto
do Universo. Mas isso não quer dizer que, por G ser a primeira letra de “God “, que esta é
a única ligação entre o símbolo e a Divindade.

“É de se lamentar “, escreve Albert Mackey, na sua Enciclopédia


Maçônica, “que a letra G, como símbolo, tenha sido admitida no sistema maçônico. Seu
uso, como uma inicial, necessariamente a confina ao idioma inglês dos tempos modernos.
Um símbolo requereria dispor das características necessárias, tanto de universalidade
quanto de antiguidade.”

Nem delta – Delta Sagrado - nem yod – primeira letra do


tetragrammaton -, são mais universais do que G; são apenas um pouco mais antigas. As
letras em inglês são as letras do alfabeto romano, e letras romanas são simplesmente letras
gregas modificadas, ao passo que o grego e o hebraico são adaptações de um alfabeto de
origem semita, provavelmente fenício.

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Além disso, o simbolismo principal da letra G se refere à geometria, da
qual a letra é a inicial, enquanto o seu homólogo grego, gama, é a inicial do nome grego
para a mesma ciência. Nem o yod hebraico nem o delta grego tem qualquer ligação direta
com esta ciência, de modo que substituir qualquer um deles pelo G maçônico seria privar o
ofício de uma importante referência simbólica para a própria base de seu sistema esotérico
de instrução. Mais uma vez, o G é o equivalente em inglês da letra hebraica, Gimel e, em
hebraico rabínico, Gimel é a inicial de uma palavra que é uma adaptação hebraica do
substantivo grego geometria. Assim, a letra G é realmente a inicial de geometria nas três
línguas mais importantes para a Maçonaria. Porque o hebraico do Antigo Testamento, o
grego de Euclides, Pitágoras e do Novo Testamento – e o inglês em que todos os rituais
maçônicos regulares foram lançados na época do renascimento de 1717 – a partir dos quais
todas as instruções maçônicas regulares nas línguas de outras nações têm sido traduzidas –
são certamente as línguas através das quais os mistérios do ofício foram transmitidos desde
tempos imemoriais.

Quando chegamos à letra G como um


símbolo da divindade, há uma plausibilidade superficial para a
afirmação de que o yod hebraico seria preferível. Pois é
verdade que yod é a primeira letra do tetragrammaton,
traduzido como Jeová na Bíblia em inglês. O argumento em
favor de yod seria mais convincente se todos os rituais
maçônicos concordassem que o G fosse colocado no Oriente porque é a inicial da palavra
Deus. Algumas explicações americanas modernas só fazem dizer apenas isso. Mas uma
explicação mais antiga, e que nós julgamos melhor, sobre o símbolo, é simplesmente que
ele denota a Divindade.

G, no entanto, é a inicial de God. Seu equivalente grego é a inicial de Gaia, a


mãe terra, a mais velha nascida do Caos, e cujo nome é a raiz do substantivo geometria.
Gimel, o correspondente hebraico para G, é a inicial de gadol, majestade e de gebur, forte,
palavras usadas para designar a divindade ao longo dos escritos sagrados hebraicos.
Por outro lado, o G, de gamma, seu equivalente grego, não apenas é a inicial de Gaia, a mãe
terra, e de geometria, a ciência pela qual seus poderes são medidos, mas tem ainda uma
outra alusão maçônica. A forma da letra gamma é G, obviamente, nem mais nem menos do
que o esquadro de um pedreiro.

A partir do equivalente hebraico de G, no entanto, se descobrem os


significados mais importantes deste antigo símbolo. Quando consideramos o significado
esotérico de gimel, veremos não só que é a inicial de um termo rabínico emprestado
diretamente do substantivo grego geometria, e não só que é a inicial de duas palavras
hebraicas frequentemente aplicadas a Deus, mas também que a letra gimel em si é
considerada pelos sábios de Israel como sendo o sinal alfabético da sabedoria sagrada que
está assentada sobre a ciência da geometria.

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Para deixar isso claro devemos
lembrar aos nossos leitores que, ao longo de seus
rituais e instruções, a Maçonaria carrega as marcas de
ter sido desenvolvida em sua forma atual por pessoas
que tinham alguma familiaridade com o sistema
hebraico de filosofia oculta conhecido como Cabala.
Assim, Mackey nos diz que os nomes das três colunas
que sustentam a loja (sabedoria, força e beleza), e a
atribuição maçônica da terceira destas colunas ao
Segundo Vigilante e a Hiram Abif, provavelmente
derivaram da Cabala. Estas colunas, e os seus nomes,
foram tirados diretamente de um diagrama cabalístico
conhecido como a Árvore da Vida. O diagrama é
formado por dez círculos, ligados por vinte e duas
linhas. Os círculos representam dez aspectos ou fases
da emanação divina, são numerados de 1 a 10, e são
chamados sefirotes, ou enumerações. Diz-se que as vinte e duas linhas que ligam estes dez
círculos um ao outro representam as letras do alfabeto hebraico e as forças correspondentes
a essas letras. A árvore inteira, com seus dez números e vinte e duas letras, representa os
trinta e dois caminhos da sabedoria. Os cabalistas a consideram tão importante que a
declaram ser a chave para todas as coisas.

Os cabalistas também dizem que esta árvore contém três colunas. A que
fica à direita do observador, que consiste nas sefirotes de número 2,4 e 7, é denominada a
“coluna da misericórdia”, após a quarta sefirote, chesed, misericórdia. A coluna do lado
esquerdo da árvore é chamada de “coluna da força”, após a quinta sefirote, geburah, o
substantivo hebraico mais frequentemente usado para força. Esta coluna é composta por
três sefirotes, de números 3, 5 e 8. A terceira coluna está a meio caminho entre as outras
duas e é composta pelas sefirotes números 1, 6, 9 e 10. Os cabalistas a chamam de “coluna
da brandura”, porque dizem que é o equilíbrio entre as outras duas.

Este recurso entrou em uso entre os hebreus e os gregos, porque,


quando a Bíblia foi composta, nenhuma nação conhecia os algarismos arábicos. Assim, eles
empregavam as letras de seus alfabetos para representar números. As primeiras nove letras
do alfabeto hebraico são os dígitos de 1 a 9, sendo as nove seguintes as dezenas de 10 a 90.
As últimas quatro letras representam as centenas de 100 a 400. Para cinco formas especiais,
conhecidas como kaph final, mem final, nun final, peh final e tzaddi final – que são sempre
utilizadas quando qualquer destas letras vem no final de uma palavra hebraica – eles
atribuíram as centenas de 500 a 900. Os milhares eram indicados escrevendo-se a letra em
tamanho maior do que as demais. Os gregos usaram um recurso semelhante, mas como seu
alfabeto contém apenas vinte e quatro letras, o número mais alto representado por um
único caractere era 800, o que corresponde ao ômega. O alfabeto grego moderno também
não tem um caractere para o número 6, mas os gregos o indicavam através de um caractere
antigo conhecido como digamma, ou duplo gamma, que tinha o valor de 6 porque a própria
gamma é 3, de modo que uma gamma dupla seria duas vezes 3, ou 6.

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Assim, se descobrir, que muitos nomes da Divindade no Antigo Testamento, incluindo o
Inefável Nome, Jeová, são múltiplos do número 13. No Novo Testamento e nos escritos
cristãos gnósticos, o número 37 ocorre repetidamente como um múltiplo dos nomes e
epítetos de Jesus Cristo.

O exemplo mais conhecido do uso do sistema de números-letras é do


Apocalipse 13, onde lemos: “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e
servos, lhes seja posto um sinal na sua mão
direita, ou nas suas testas, para que ninguém
possa comprar ou vender, se não aquele
que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o
número do seu nome. Aqui há sabedoria.
Aquele que tem entendimento, calcule o
número da besta; porque é o número de
um homem, e o seu número é 666.”. Nesta
passagem, o número 666 é escrito com três
caracteres, a letra, chi, para 600, a letra, xi,
para 60, e o digamma, para 6. Na opinião
dos melhores estudiosos da Bíblia, diz a
Encyclopaedia Britannica, o significado principal deste número, o que quer que ele quisesse
dizer além disso, tem a ver com o imperador romano Nero, cujo nome foi escrito no
hebraico rabínico desse período como Neron Kaiser, que soma 666.

A gematria permitiu que os escritores de ambas as seções da Bíblia,


Antigo e Novo Testamento, escondessem fórmulas geométricas e medidas por meio de
palavras e frases ou indicassem palavras pelo que aparenta ser meras medidas. Ambos os
recursos foram empregados.

Como um exemplo disso, considere o Santo dos Santos, onde a Arca da


Aliança era mantida. As descrições indicam que era uma sala cúbica. No Tabernáculo ela
média dez côvados de comprimento, largura e altura. No templo de Salomão media vinte
côvados em cada direção. Portanto, a estrutura hebraica antiga – que assume tanta
importância na tradição maçônica, onde se diz que era o ponto de encontro da Loja dos
Mestres mítica, composta pelo Rei Salomão, Hiram, rei de Tiro, e Hiram Abif – tinha a
forma de um cubo.

Para os hebreus, o sanctum sanctorum era a morada real da Presença


Divina ou Shekinah, que repousava sobre o propiciatório da Arca da Aliança. Como a Arca
estava colocada no Santo dos Santos, a posição do propiciatório coincidia com o centro
oculto da sala cúbica. Assim, o lugar da Divina Presença estava no centro, ou no meio. Um
cubo é um sólido, limitado por seis faces iguais e doze linhas iguais. As linhas formam
ângulos retos, horizontais e perpendiculares, e eles se encontram em oito pontos externos.
Assim, os números necessários para definir um cubo são 6, 8 e 12, cuja soma é 26, o valor
numérico do Nome Inefável Jeová,

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Uma dessas palavras é, achad, “um”, que designa a noção fundamental
da Divindade enfatizada em todo o Antigo Testamento. A unidade de Deus é a grande
contribuição do judaísmo para a filosofia religiosa da humanidade, e até hoje os filhos de
Israel usam achad como um nome divino.

A segunda palavra hebraica que soma 13 é ahebah, “Amor”. Podemos


muito bem supor que ela estivesse na mente do patrono maçônico, São João, que também
era o autor tradicional da Revelação, da qual tiramos a nossa referência ao número da besta.
O Evangelho de São João dá evidência interna de que foi escrito por uma pessoa
familiarizada com a doutrina helênica do Logos, desenvolvido por Fílon, o Judeu. Esta
doutrina tem raízes na filosofia matemática dos pitagóricos e platônicos. Assim, não é
desproposital supor que, tendo isso em mente, João tenha escrito “Deus é amor”. Porque,
assim como o “amor” e “um” são palavras do mesmo valor, 13, dizer que “Deus é amor” é
cabalisticamente equivalente à doutrina fundamental do judaísmo, Jeová achad, “Deus é
um.”

Como exemplo de uso maçônico da gematria, podemos tomar a


referência, no grau de Aprendiz, para as substâncias giz, carvão e argila. A Enciclopédia de
Mackey, e os monitores oficiais, dão uma explicação mais detalhada destas três substâncias
dizendo que significam liberdade, fervor e zelo. Os nomes hebraicos para essas substâncias
são, gheer, pecham, ve-teet. O valor total das palavras é 375, exatamente a numeração de
Shelomoh, a grafia hebraica de Salomão. Tomada por si só, pode parecer que é apenas
uma coincidência interessante. Quando nos lembramos de que Salomão é o padrão
maçônico de sabedoria, torna-se mais impressionante. Porque isso tanto significa afirmar
que esses três símbolos das qualificações de um Aprendiz são, por assim dizer, as matérias-
primas que fazem um Salomão, como são os fundamentos cuja combinação adequada
resulta na verdadeira sabedoria.

Outra razão para acreditar que a “geometria” maçônica poderia incluir o


sistema número-letra de escrita e interpretação das Escrituras, decorre do fato de que na
[antiga especulativa] Maçonaria a Bíblia é chamada de tábua de traçar. Assim Mackey
escreve:

“No ritual maçônico, o maçom especulativo é lembrado de que,


como o artista operativo ergue seu edifício temporal em conformidade
com as normas e projetos previstos na tábua de traçar pelo trabalhador
mestre, assim então ele deve erguer o edifício espiritual, cujo material é
um padrão que obedece as normas e projetos, preceitos e mandamentos
previstos pelo Grande Arquiteto do Universo nos grandes livros da
natureza e da revelação que constituem a tábua de traçar espiritual de
todo maçom.”

Assim, pelas óbvias implicações da doutrina maçônica, a “geometria” da


Maçonaria especulativa deve ser entendida como sendo uma chave para a compreensão
correta das palavras da Bíblia. Isto é precisamente o que os cabalistas querem dizer com

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gematria, que se usa para deixar claro o significado esotérico da letra hebraica Guimel,
correspondendo ao G.

Como palavras hebraicas, esses nomes-letra têm valores próprios,


distintos dos números representados pelos caracteres individuais. Assim, o nome, guimel,
tem o valor de 73, que é a soma dos números de seus três caracteres. O número
representado pela letra única para a qual esse nome é dado, é apenas 3. O nome gimel
significa “camelo”.

Todo o trabalho do Ofício, de fato, pode ser resumido pela palavra


“viagem”, da qual o camelo é um símbolo. Maçons, quando falam de si, dizem que estão
em viagem para o Oriente, em busca de Luz. Sua busca é, portanto, indicada como sendo
uma busca por origens e causas. Já o Ocidente é o lugar do sol ao fim do dia. Assim,
representa o fim de um ciclo de trabalho ou manifestação. E, no final de tal ciclo, está o
produto do referido ciclo, a coisa ou forma produzida pelo dia de trabalho. Daí que o
Ocidente seja a direção que simboliza as coisas e formas produzidas pelo trabalho do
Grande Arquiteto no universo. Viajar do Ocidente para o Oriente é, portanto, passar das
formas e aparências para as suas causas ocultas, e, por meio destas causas, voltar à Causa
Primeira, ao princípio mestre cuja localização simbólica está no Oriente.
Mas voltemos à nossa letra Gimel.

Seu nome vem do verbo gawmal, escrito com os mesmos três caracteres,
mas com diferentes pontos de vogal. Este verbo significa: (1) pôr fim ou limite a algo, daí
amadurecer, dar de acordo com o mérito, recompensar, retribuir, beneficiar.

O valor de numérico de guimel, o caractere que leva esse nome, é 3.


Este é o mais significativo de todos os números venerados pelos maçons. Mackey diz: “Em
todos os Ritos, qualquer que seja o número de graduações sobrepostas, está a base dos três
graus simbólicos. Há, em todos os graus, três agentes principais, três colunas, três luzes
maiores e três luzes menores, três joias móveis e três imóveis, três princípios fundamentais,
três ferramentas de trabalho de um Companheiro, três ordens de arquitetura principais, três
sentidos humanos principais, três Grão-Mestres Antigos. Na verdade, em todo o sistema, o
número três é apresentado como um símbolo destacado. Tanto é verdade que todos os
outros números místicos dependem dele, porque cada um é um múltiplo de três, seu
quadrado, seu cubo ou derivados deles. Mas nada no significado maçônico do ternário é
mais interessante do que em sua conexão com o Delta sagrado, o símbolo da Divindade.”
Esse Delta Sagrado é o triângulo equilátero, composto por três linhas iguais e três ângulos
iguais. Conforme diz o mesmo autor: “Não há símbolo mais importante em seu significado,
mais variado em sua aplicação ou mais amplamente difundido em todo o sistema da
Maçonaria, do que o triângulo. Além disso, ele é não apenas um símbolo da divindade, mas
também de importância fundamental na geometria. A primeira proposição de Euclides, que
é venerado como um dos fundadores da Maçonaria, diz respeito à construção de um
triângulo equilátero, por meio da intersecção de dois círculos de raio igual…”

Assim, o diagrama mestre da Cabala, a “Chave Para Todas as Coisas”,


tem o mesmo fundamento geométrico do Delta, o mais relevante de todos os símbolos

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maçônicos. E o Delta está associado ao místico número 3, e pelo caractere hebraico guimel,
que corresponde ao G. Os três caracteres que compõem a letra-nome guimel são, guimel
(3), mem (40), elamed (30), de modo que o valor da palavra é 73. Esta é também a
numeração de chokmah, sabedoria, título da segunda sefirote da Árvore da Vida, da mesma
forma que é o número do verbo gawmal, que se refere aos salários do Mestre Maçom.

Se somarmos os dígitos 3 e 7, seguindo uma prática comum cabalística, a


soma é 10. Esse número não é de grande importância na Maçonaria, que deriva a maior
parte de seus números místicos do 3. A tradição maçônica, no entanto, chama Pitágoras de
“nosso antigo irmão” e no sistema pitagórico o número 10 era venerado como um símbolo
da perfeição e consumação de todas as coisas.

Fílon, o Judeu, embora não fosse um cabalista, estava familiarizado com


muitos dogmas da filosofia pitagórica. Com relação à década, ou ao número 10, ele escreve:
“Qualquer pessoa pode admirar racionalmente a década
pelo fato de que ela contém em si uma natureza que é, ao
mesmo tempo, desprovida de intervalos e capaz de contê-
los. Pois o que é delimitado por dois pontos é uma linha;
e o que tem duas dimensões ou intervalos é uma
superfície, a linha que está sendo ampliada pela adição de
largura; e o que tem três intervalos é um sólido,
comprimento e largura tomando para si a adição de
profundidade. E com estas três naturezas há o conteúdo;
porque elas não geraram intervalos ou dimensões além
destas três. E os números de arquétipos que são os
modelos destas três são, do ponto, a unidade, da linha, o número dois, das superfícies o
número três, e do sólido o número quatro, com a combinação dos quais, isto é, de um,
dois, três e quatro, completa-se a década”.

Aqui Fílon nos diz que 10 é o resumo aritmético de tudo o que pode ser
encontrado em qualquer lugar na natureza. Além disso, ele faz sua demonstração por meio
da geometria, usando termos que devem ser familiares a todo Maçom.

Assim, o número 10, representando o que cabalistas chamam de


essência do número 73, que é o número de chokmah, sabedoria, de chasah, confiar, e da
letra-nome, Gimel, simboliza a natureza essencial de toda a empreitada maçônica. É, além
disso, o número da letra hebraica yod, de modo que podemos dizer que a letra-nome
Gimel é apenas um véu para o yod que o irmão Mackey prefere em lugar da letra G.
Yod, além disso, é a letra inicial de, Jeová (mas note-se aqui que no idioma inglesa primeira
sílaba de Jeová é pronunciada exatamente como o som da letra G ao se dizer o alfabeto. Do
mesmo modo, a primeira letra do Nome Inefável, yod, é atribuída na Cabala a chokmah,
provavelmente porque chokmah também é conhecida como ab, o pai, uma sefirote
masculina.

Como mostramos, as letras correspondentes a G tem o valor de 3. Mas,


em inglês, G é a sétima letra. Assim, ele representa tanto a força tripla quanto as sete etapas

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de sua sublimação. Por isso, corresponde tanto aos dígitos de 73, significando chokmah,
sabedoria desenvolvida a partir da confiança, e constituindo gawmal, a recompensa, que é o
salário do Mestre para aqueles que viajam para o Oriente no camelo (Gimel) do esforço
sério, como à única letra em Inglês que pode representar tanto 3 quanto 7, e que combina
em si os dois números significativos cuja soma é 10, o valor do yod hebraico. Assim, parece-
nos ser um símbolo maçônico perfeito.

Quem pode deixar de ver a aplicação direta dessas ideias na Maçonaria?


O trabalho do Ofício é projetado para trazer o homem de seu grosseiro estado de
ignorância para os mais altos limites possíveis de realização humana. É um processo de
construção espiritual por meio do qual um homem pode incorporar ao seu caráter
qualidades que distinguem um ser humano amadurecido e perfeito.

BIBLIOGRAFIA. -
Paul Foster Case (1884-1954), Autor
S.K. Jerez – Traductor
Biblioteca maçônica

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CONTROLE DA MENTE
Ir Vinícius Figueiredo de Jesus (L 865)
Or de Barueri

Em realidade, pode ser considerado que todo ser humano vive em dois
mundos completamente diferentes, a saber:

O da Realidade Exterior, e
O da Realidade Interior, Imaginação e Sentimentos.

Todos os famosos Gênios conhecidos da humanidade, viveram


intensamente nesse mundo interior, onde encontraram a verdadeira inspiração, Realização
e Felicidade, e assim, conseguiram transmitir seu real estado de espírito àqueles que se
interessaram.

Ao homem comum é difícil encontrar satisfação com as imensuráveis


belezas desse Mundo Interior, devido a uma espécie de pobreza de sua comuníssima Vida
Interna – de seu Eu interior, pois a grande maioria não os cultiva, e muitos os desconhecem
inteiramente. No entanto a Beleza e a Felicidade que encontram no mundo exterior, nada
mais é do que o Reflexo de sua felicidade interior, apesar de não reconhecê-la, porque as
pessoas são felizes pelos pensamentos e sentimentos que se relacionam com todas as coisas,
e “não” de como todos os acontecimentos do cotidiano da vida, já que todas as pessoas
encaram os fatos segundo as manifestações de seu próprio estado de ânimo interior ou seja
suas emoções.

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O indivíduo que tenha o próprio mundo interior pleno de imagens
débeis e ideias tristes sente-se muito angustiado e deprimido mesmo em situações e lugares
alegres, e contrariamente, as pessoas detentoras de Imagens fortes e Ideias Alegres,
certamente encontram naquele mesmo ambiente prazer e alegria, porque em resumo:

Praticamente tudo na vida depende do Estado de Ânimo


Interior de cada um.

Para uma pessoa deprimida, coisas


belas e alegres sempre podem parecer tristes e
aborrecidas, causado pela tristeza reinante em seu
interior, sente-se satisfeito, alegre e feliz, mesmo em
situações e ambientes tristes e carregados de
negativismo, já que seu estado interior o impedirá de
dar-se conta da tristeza que o rodeia, assim, tal
capacidade é adquirida através de exercícios constantes da capacitação do necessário
Controle da Mente.

Seria praticamente conceitual pensar-se que:

Jamais alguém recobrará a Saúde pensando na


enfermidade.
Nem alcançará a perfeição pensando em imperfeições e
Nem harmonizará sua vida pensando ou praticando
discordâncias.

Muitas pessoas por não conhecerem e não cultivarem esta vida interior,
procuram encontrar motivos de felicidade nas coisas do mundo exterior. Dessa forma,
como todos conhecem a Força Criadora da imaginação, e sabendo que o homem pode ser,
em seu mundo interior, tão feliz quanto deseje, para ser conseguido esse estágio de
felicidade, deve-se eliminar da própria mente todas as ideias tristes e depressivas, que
empobrecem o espírito, e impedem de ver e sentir os numerosos fatores que contribuem
para a verdadeira felicidade.

Tão poderosas são as influências da mente sobre o corpo, que o


indivíduo esclarecido a este respeito, terá o máximo cuidado em livrá-la de estados e
condições que o conduziram à depressão e insegurança. Qualquer pessoa deve sempre estar
ciente que Se é senhor de si mesmo, e assim, confirmar a própria superioridade,
resolutamente, por exemplo sobre as doenças físicas, e nunca se deixar abater por
pensamentos inferiores e negativos.

O professor Montalvão esclarece que:

Seria praticamente conceitual pensar-se que:

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“...dia virá em que uma ciência superior ensinará as crianças,
desde pequeninas, a levantarem uma barreira contra as enfermidades,
por meio de Exercício Mental e Pensamentos Elevados. As crianças
serão ensinadas a rechaçar todos os Pensamentos de Morte, toda
imagem de Enfermidade, e as Emoções Nocivas como o Ódio, a
Vingança, a Inveja e o Egoísmo. ”

Desta forma, as crianças serão ensinadas que os pensamentos Saudáveis


são tão necessários à vida, quanto o ar é para a respiração. Os médicos num futuro não
muito longínquo, não mais curaram seus pacientes com remédios, mas o farão através do
Polimento da Mente, através dos vários Preceitos Positivos. Já as mães neste momento
futuro, deverão ensinar seus filhos a acalmar a febre prejudicial da ira, da Inveja e do
egoísmo, pelo cultivo incessante da mente SÃ.

Finalmente, deve-se incansavelmente:

Controlar a Mente em todos os momentos preocupantes e


difíceis.

Para assim evitar a Perda do Próprio Controle em qualquer situação.


Para tanto, se deve exercitar a Mente sempre que possível, mesmo quando a situação não se
apresente de todo favorável, incessantemente no rumo:

De Pensamentos Nobres, Elevados e Retos com a Verdade,


nunca se furtando de dirigi-los ao GADU!

14
MARCA
Ir João Guilherme Milani Gobo (L 575)
Or de Osasco

Originalmente, as marcas utilizadas pelos pedreiros medievais possuíam


diferentes propósitos e estavam atreladas, em linhas gerais, a um meio de comunicação
entre aqueles que trabalhavam na construção, notadamente entre os assentadores e aqueles
que labutavam nas bancadas. Uma mesma pedra poderia conter vários sinais como a
designação do indivíduo, o local da colocação na construção e a origem da pedreira. No
entanto, na Inglaterra, não foram encontrados indícios de uma regulamentação pertinente
ao procedimento com tais traços distintivos. O mais antigo sistema a indicar uma possível
ordenação foi encontrado nos Estatutos de William Schaw, na Escócia,
em 1598. Há apenas uma única citação anterior, datada de 1462,
encontrada na Alemanha, mais precisamente, na cidade de Torgau,
onde é possível ler a expressão “ehrenzeichen”, que significa tão
somente: sinal de distinção, sem maiores explanações.

No que tange mais especificamente ao Grau da


Marca, suas origens são obscuras, mas sabe-se, graças ao trabalho de
incansáveis historiadores, que a lenda mais antiga encontrada está
atrelada ao Arco Real. Originalmente havia dois rituais e o registro
mais antigo da pratica do Grau na Inglaterra, até o momento, data de
1723.

Há também o registro do Avançamento de Thomas


Dunckerley em 1769 e as anotações de Thomas Smith Webb de 1769.
A denominação obviamente foi inspirada na prática dos stonemasons,
embora não exista ainda nenhum documento histórico que ateste que a atual maçonaria da
Marca seja descendente direta de seu antepassado operativo.

15
Em 1856, fruto das mudanças políticas e sociais que permearam o século
XIX e também para atender às consequências geradas pelo artigo 2° do Act of Union que
proporcionou o surgimento da Grande Loja Unida da Inglaterra – GLUE, em 1813, foi
fundada a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca da Inglaterra – GLMMMI,
atualmente chefiada por S.A.R Michael of Kent. Hoje em dia, esta instituição é considerada
uma das principais e mais respeitáveis organizações maçônicas em atividade, especialmente
no que tange à notável atividade caritativa.

Os primeiros indícios da prática do Grau da Marca em terras brasileiras


remontam à 1936 e a primeira Loja oficialmente consagrada foi a Saint Paul’s Lodge of
Mark Master Mason n° 961, em 27 de abril de 1937, na cidade de São Paulo. O surgimento
de outras Lojas culminou em 1954 com a formação da Grande Loja Distrital de Mestres
Maçons da Marca – Brasil. Na data de 19 de janeiro de 2005, por sua vez, foi fundada a
Grande Loja de Mestres Maçons da Marca do Brasil, ligada ao Grande Oriente do Brasil –
GOB. Não muito tempo depois, em 09 de dezembro de 2006, é fundada a Grande Loja de
Mestres Maçons da Marca do Estado de São Paulo, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica
do Estado de São Paulo – GLESP, devido ao esforço de valorosos Irmãos em promover a
maçonaria da Marca no seio da Grande Loja.

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AS NOVE VIRTUDES
MORAIS
Ir Waldemar Martins Bueno de Oliveira (L 547)
Or de Osasco

"1- CORAGEM: Bem, coragem é mais que uma


Virtude, é um principio. Dela se deriva o Valor, o
Auto - Sacrifício, a Honra e a Verdadeira
Espiritualidade. Se você não procurar ter coragem,
não enfrentara nem conhecera seus próprios limites.
Com Coragem e força, não só você conhecera
realmente seus limites, mas com o tempo você
poderá rompe-los e conhecer limites ainda maiores e
poder caminhar para a perfeição e o Infinito. O Pior
inimigo a se enfrentar não é externo, ele esta dentro
de você. É mais fácil você enfrentar mil soldados
inimigos do que enfrentar Seu próprio lado obscuro e confrontar sua Verdadeira Natureza.
Portanto Coragem é algo a se praticar externamente e internamente. Você só deve
retroceder em uma batalha, seja ela de que natureza for, quando sua morte ou derrota não
for construtiva para nada. Afinal "um Homem morto não é útil para ninguém." e "um sábio
sabe as batalhas que realmente valem a pena ser disputadas." Ou seja, Coragem sim, mesmo
que para enfrentar a Morte, mas Coragem sempre com Sabedoria.

2- VERDADE: A Verdade aqui também não é apenas


uma Virtude, mas um Princípio. Em sua natureza
Absoluta, Ela é o Principio de Tudo. Ela pode ser
entendida como Honestidade, mas não é apenas isto.
Dela se deriva a Honestidade, Justiça, Honra e
Espiritualidade. Um Homem não deve procurar ser
Honesto e Honrado para agradar a Deus, e sim para melhorar seu padrão e modo de Vida,
e com isto, conquistar o respeito das pessoas a sua volta. Se você não for honesto, as pessoas
tenderão a não confiar em sua palavra, não importa o quão gostem de você. Você não teria
credito em nenhuma parte, afora que muitos não perderiam seu tempo em respeita-lo.

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3- HONRA: Existe um provérbio Japonês muito
usado pelos Samurais que diz. "Honra não é
Orgulho. É Consciência do que se Tem." Muitas
pessoas confundem honra com orgulho ou
dignidade pessoal. Quanto ao orgulho, ele em si
não é Honra, mas você pode ter Orgulho de Sua
Honra de uma maneira positiva, sem que isso
pareça arrogância. Dignidade pessoal? Honra
também não é isto diretamente, embora ações honradas gerem por si só a Dignidade
pessoal. Se você não age com Honra, você é indigno e obviamente (por uma questão de
semântica) você não possui dignidade pessoal. Honra é jogar limpo (Fair-Play). A Virtude
da Honra é formada pelos Princípios de Verdade e Coragem. Verdade para admitir suas
verdadeiras responsabilidades e Coragem para assumi-las.

4- FIDELIDADE: Ou Lealdade, se
preferirem. Fidelidade não é apenas dar
exclusividade sexual ao seu parceiro amoroso
como assim já foi especulado. Você pode não
dar exclusividade e ainda por cima ser fiel. Se
você seguir todos estes princípios, você estará
sendo fiel a eles. Você pode ser fiel a uma
causa, pátria, pessoa ou religião. O Ocidente
tem a mania de rotular tipos de amor. Você
ama seu pai? Você ama sua Mãe? Você ama a flor a qual aspiras o seu perfume? Você ama
seu namorado, ou namorada? Se a resposta for sim para todas, e a resposta for correta,
saiba que o amor que você sente por todos estes itens citados é do mesmo tipo. Quando
você ama, você quer o bem do que você ama, mesmo que em detrimento do seu. Se você
ama um garoto ou garota, você quer que ele seja feliz contigo, sem você ou não só com
você. Se você ama uma rosa, como você agiria? Você aspiraria seu perfume, se deliciaria
com ele, regaria a roseira e adubaria seu solo ou você limitaria seu tempo de vida ainda mais
cortando a pelo caule e colocando a em um vaso para enfeitar a sua sala para só você e
quem você quiser, aspirar seu perfume e apreciar sua beleza até que ela definhe e morra?
Porém, se o acordo do relacionamento foi de exclusividade, ai sim você não estaria sendo
fiel a algo se você não desse exclusividade ao seu parceiro ou parceira. Agir corretamente de
acordo com os princípios, sem se desviar deles é fidelidade, portanto, se você agir com
coragem, verdade, honra e disciplina, você estaria sendo Fiel.

5- DISCIPLINA: (JUSTIÇA) O Universo provém do caos,


portanto o caos é o elemento gerador da existência.
Entretanto, se só houvesse o caos, o universo seria apenas um
elemento em constante mudança, sem nada a ser criado ou
estabilizado. Para tanto, para se contrapor ao caos, existe a
Ordem que é o elemento estabilizador. Porém, se houver
Ordem demais, acaba se gerando outro problema que é a
estagnação. Para tanto, também há o principio da Entropia ou destruição, que elimina os
excessos dos dois e "destroi o velho para que o novo possa nascer". É claro que destruição

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em excesso também não é nada interessante. Nem preciso explicar o porque, não?
Equilibrar estas três forças seria Disciplina em uma visão cósmica, mas o que interessa e a
Disciplina em um plano mais relativo e terreno. No nosso caso, Liberdade (caos) é
interessante, liberdade absoluta, ainda mais, mas não podemos esquecer que vivemos em
sociedade e para uma convivência salutar, é necessário limitar a liberdade de um aonde
começa a liberdade de outro. Para tanto, é preciso se estabelecer regras ou Lei (Ordem). E
quando estas são quebradas, é necessário usar de uma força disciplinar, destrutiva, quando
preciso, para voltar a estabelecer a harmonia e a Justiça.

6- HOSPITALIDADE: "Fogo é preciso para o recém -


chegado, para aqueles joelhos que estão congelados até
as juntas; Comida e roupas limpas um homem (aqui
entenda se também as mulheres) que cruzou as colinas
necessita." Assim, Você estará praticando Verdade,
Coragem, fidelidade (pois você convidou, senão ele(a)
não seria seu hospede), Justiça (igualmente, porque
você o convidou e ele(a) cruzou colinas para te ver.) e
como na virtude da Disciplina, para acrescentar algo
que de a esta virtude sua individualidade, eu acrescentaria Compaixão que é baseada no
Princípio do Amor. Mas Hospitalidade não é apenas Compaixão. Existem certas regras de
hospitalidade as quais devem ser seguidas.

7- LABORIOSIDADE: Esta em si já gera as duas


próximas Virtudes. Trabalhar com Labor significa
produzir. O oposto desta Virtude justamente com a
próxima seria o Parasitismo que é viver à custa dos
outros, sem ao menos tentar colaborar com algo. Você
trabalhar duro para ganhar o seu pão e poder assim,
usufruir dele e dos seus frutos. Para tanto é necessário Coragem, Perseverança e Sabedoria,
pois com tantos aproveitadores neste mundo, a Sabedoria é necessária para se atingir a
prosperidade.

8- INDEPÊNDENCIA: (AUTO CONFIANÇA) O


termo original em inglês é "Self - Reliance" e quer dizer
ambas as coisas. Mas a essência desta Virtude é a
Liberdade e o desejo por ela de uma forma honrada. Se
você age com liberdade mas parasita alguém sem sequer
colaborar com nada para esta pessoa, você não estará
praticando esta virtude. No sentido de Auto Confiança, se
você confiar em deus e não confiar em si próprio, não
serás capaz de nada. Vivemos em um país de
predominância Cristã e estamos acostumados a ver muitas pessoas viver a mediocridade de
confiar em um suposto deus absoluto e responsabiliza-lo por tudo que da certo nas suas
vidas se esquecendo de todas as ações acertadas que tomaram, esquecem que são um
elemento de mudança do mundo de muita importância. Também responsabilizam um
suposto diabo por suas atitudes errôneas fazendo assim o ato de lavar as mãos ou se

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omitindo de suas responsabilidades consigo próprios, com suas famílias e a sociedade. Esta
virtude é justamente o oposto disso. Você e mais ninguém, é responsável por suas ações. E
se você é independente, tens todo direito a sua Liberdade, portanto podemos interpretar
essa virtude como Liberdade com um senso de auto responsabilidade por seus atos.

9- PERSEVERANÇA: (Paciência) O que


comentar sobre essa virtude que não foi
comentado na nota sobre a Virtude e Principio
da Coragem? Praticar perseverança é ter a
coragem para enfrentar seus próprios limites e
ir até o fim para se estabelecer e realizar suas
metas. De certo não se pode atingir o topo de
uma montanha com apenas um salto. Mas
passo a passo, e um de cada vez, você pode
atingir o topo da montanha, e quando atingi-lo, deve se lembrar que cada um dos pequenos
passos dentre as centenas deles que você precisou dar para atingir este topo, foi igualmente
importante, com exceção do primeiro passo. O primeiro foi o mais importante de todos,
pois foi sua iniciativa e perseverança que o levara até lá."

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