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À G∴ D∴G∴ A∴ D∴U∴

A∴ R∴ L∴ S∴
Acácia Sagrada nº. 01
Trabalho de Aprendiz Maçom
Do confronto ao Equilíbrio
(Número dois e três)
Nome do obreiro: Ir∴ Glauber S. Coelho
Or∴ São Paulo
19 de outubro de 2022
E∴ V∴ (Era Vulgar)

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Índice

Introdução ............................................................................................. 3
Números zero e um ............................................................................... 3
Número dois........................................................................................... 3
Número três............................................................................................ 3
Conclusão …........................................................................................... 5
Referências Bibliográficas....................................................................... 6

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Introdução
Como bem sabemos, os números possuem grande importância em todas as vidas do
globo, seja para o mundo profano para medir distâncias, valores e tempo, como para o
mundo de luz do Maçom, que nos conduz espiritualmente e nos traz conhecimento de
naturezas místicas. E antes de adentrar nos números dois e três que é o foco principal
deste trabalho, passaremos resumidamente pelos números iniciais.
Números zero e um
ZERO, apresentado por um círculo, é a representação do infinito na sua forma
mais simples e a inércia no poder divino, “Zero é o símbolo esotérico que representa,
Deus, Criador incriado, a Causa sem Causa, de onde tudo se origina e que ainda é
imanifestado, paira no Espaço Absoluto” (Castro, Boanerges B, 2002). UM, se apresenta
como um círculo com um ponto no centro, sendo este ponto uma representação do
G∴A∴D∴U∴ mostrando que o infinito agora possui limitações, e então começa o agir do
verbo, a criação.

Número dois
Agora, com o número DOIS, inicia a criação da dualidade, designado a separação
da unidade. Simbolizado por um círculo com uma reta saindo do centro, formando um
raio. Este número é o da confusão, contradição, do confronto, como por exemplo o bem
e o mal, luz e trevas, frio e calor e também, do justo e profano; deste modo, devemos ter
cautela ao se aprofundar neste número e na sua essência, e devemos levar isso com
seriedade, pois não me esqueço de uma vez onde o V∴M∴ Valdir Pereira mencionou
alertando que não existe nenhum problema alguém ficar anos como A∴M∴, mas ao se
tornar um Com∴, devesse agilizar o processo para se elevar para o terceiro grau, o de
M∴M∴, evitando cair nestes contrastes ideológicos por onde irá caminhar.
Este dualismo como mencionado é perigoso, mas dela saíra ensinamentos que nos
tornarão sábios, além do que, viver seria monótono se não surgissem momentos
alternativos (Da Camino, Rizzardo. 2010), e um belo exemplo que é dado pelo Da Camino
é a história de Jó da Bíblia, que mesmo passando por diversas aprovações, perdendo
filhos, fazenda, bens, dinheiro e a mulher, não murmurou e aguardou o momento em que
voltaria a ser feliz.

Número três
O número TRÊS, simbolizado por um triângulo equilátero, possui um papel
importante na maçonaria, sendo um dos símbolos principais da ordem, que nos
acompanha em diversos lugares, tais como no YOD no centro da loja (Delta Sagrado),
em nossas assinaturas maçônicas, número dos AA∴M∴. Aqui a unidade (UM) com a
dualidade (DOIS) são unidos criando um equilíbrio (TRÊS), uma nova “unidade” (Castro,
Boanerges B. 2010. Pag. 13). E como forma de apresentar a importância deste símbolo,
o Tenório D’Albuquerque, em sua obra “O que é a Maçonaria” à página 165, diz:
O Triângulo Maçônico é o triângulo dos Pentáculos cabalísticos,
o Triângulo de Salomão dos ocultistas, o Infinito da altura ligado
às duas pontas do Oriente e do Ocidente, o triângulo indivisível,
isto é, o temário do Verbo, 'origem do dogma da Trindade' para
os magistas e cabalistas. É, afinal, hum 'Supremo mistério' da
Cabala: 'imagem fabricante do Absoluto', 'um tempo

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emblemático da Força Criadora e da Matéria Cósmica', o
'símbolo maçônico do Livre Pensamento'; pela significação
literal, é simples delta ou triângulo; pela significação figurada, é
o Equilíbrio, a Perfeição; pela significação esotérica, é energia da
Cabala, Trindade na Mística e Deus na Teurgia.

E o equilíbrio do número TRÊS é visto em toda a criação, como exemplo, os três


reinos da natureza: mineral, vegetal e animal; representa o físico, psíquico e anímico;
cabeça, tronco e ventre; na lei da causa: ação, reação e efeito; vontade, ideia e ação; para
os cristãos o Pai, Filho e Espírito Santo; para o Egípcios Osíris, Ísis e Hórus e a lista
continua (Fossá, André. 2022). E para finalizar, segue um trecho sobre o número TRÊS:
Da união da Unidade com a Dualidade (um + dois) nasce o
número perfeito, também chamado de Terceiro Princípio,
Ternário, Trindade de Todas as Religiões, Deus Manifestado. É
o número da Forma, pois nada existe sem ter três dimensões
(comprimento, largura e altura) e também o número do Amor,
por representar o mistério do produto da união do Activo e do
Passivo, que gera o Filho. Representa também a Divindade no
seu tríplice aspecto: Força, Beleza e Sabedoria (Conte, Carlos
Brasílio. 2010)

Sendo um número que representa o equilíbrio, união e perfeição, devemos


agregá-lo na nossa rotina, não que os outros números sejam menos importantes, mas o
TRÊS nos impulsionará para chegarmos vitoriosos ao nosso alvo, que é a liberdade,
igualdade e fraternidade.

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Conclusão

Destarte, devemos guardar em nossa memória a representatividade dos números


em nossas vidas, e como iremos aplicá-las no nosso cotidiano. Com o número “dois”,
venhamos trazer a esperança da luz em nossos momentos de trevas, do amor em
momentos de ódio, da alegria em momentos de raiva; e como maçons, tenhamos em
mente o poder do número “três” para que o equilíbrio divino do G ∴A∴D∴U∴ seja feita
parte das nossas vidas juntamente com a energia positiva que ela nos traz.

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Referências Bibliográficas

CASTRO, Boanerges B. Simbolismo dos números na Maçonaria. São Paulo: Livraria


Maçônica Paulo Fuchs, 2002;

CONTE, Carlos Brasílio. Pitágoras – Ciência e Magia na Antiga Grécia. 4a Edição.


São Paulo: Madras, 2010.

DA CAMINO, Rizzardo. Dicionário Maçónico. 3a Edição. São Paulo: Ed. Madras,


2010;

FOSSÁ, André. Os números 1, 2, 3 e 4. Freemason, 2020. Disponível em:


<https://www.freemason.pt/os-numeros-1-2-3-e-4/#O_numero_3>. Acesso em: 03
de outubro de 2022.

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