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SUMÁRIO
1. O que é ciência
2. O que é Prá2ca Baseada em Evidências
3. O mito do “Comigo funciona” e da individualidade
biológica
4. Mitos das dietas low carb
5. Mitos do Jejum intermitente
6. Mitos sobre as gorduras
7. Mitos sobre o vegetarianismo
8. Mitos sobre o glúten
9. Mitos sobre a lactose e caseína
10. Mitos sobre dietas para doenças autoimunes
11. Mitos sobre suplementos alimentares
12. Como reconhecer o charlatanismo
Escolhi começar este e-book falando sobre ciência porque vejo que as
pessoas cada vez mais procuram aquilo que é embasado cientificamente,
principalmente quando falamos sobre a área da saúde, porém ainda possuem
dificuldades para entender o que realmente significa a ciência.
“Cada estudo diz uma coisa”, “Uma hora pode, outra não pode”. “O ovo
era vilão e agora é mocinho”. Todas estas frases são comuns nas redes sociais,
justamente porque profissionais discordam entre si sobre o que é de fato
científico ou extrapolação, e porque a própria mídia acaba contribuindo para o
compartilhamento de desinformações com manchetes duvidosas e notícias
pouco esclarecedoras quanto ao que de fato os estudos estão afirmando ou não.
Por exemplo, eu observo que quem consome ovo tem mais massa
muscular do que quem não consome. Esta observação sozinha não define que
ovo aumenta a massa muscular pois há diversos fatores de confusão. Quem
consome mais ovos pode agir assim justamente por realizar um treinamento com
pesos, por ter lido que ovos são ótimas fontes de proteínas e ajudam na dieta ou
Logo, saber interpretar o que realmente o estudo está dizendo, qual sua
relevância, como ele pode mudar ou não a prática clínica, é de fundamental
importância. Para isso, precisamos entender que há diferentes tipos de estudos,
sendo eles específicos para cada área e tendo relevâncias distintas. Vamos
pegar o exemplo da Soja e hormônios sexuais, como testosterona. Para quem
não sabe, a soja contém fitoestrógenos, moléculas que possuem conformação
química semelhante ao estrogênio, gerando a hipótese de que ela poderia alterar
hormônios sexuais. Para isso, temos estudos in vitro, ou seja, fora de um
organismo vivo, com métodos laboratoriais em que esses fitoestrógenos são
isolados e assim, os cientistas avaliam a capacidade de ligação destes
compostos com determinados receptores. Agora, para fins didáticos, vamos
dizer que sim, os fitoestrógenos realmente se ligam a receptores estrogênicos.
Será que isso é suficiente para dizer que a soja tem realmente um efeito
hormonal semelhante à de um estradiol?
Até aqui o leitor já deve ter percebido que fazer ciência não é tão simples
e que é uma ferramenta excelente, mas que possui limitações tanto
metodológicas quanto interpretativas. É sobre isso que iremos falar no próximo
capítulo, aprendendo a interpretar a parte básica das evidências cientificas e
como podemos usá-las a nosso favor, mesmo com todas as inerentes limitações
que podem acontecer.
GLASSER, Stephen P.; HOWARD, George. Clinical trial design issues: at least 10 things you
should look for in clinical trials. The Journal of Clinical Pharmacology, v. 46, n. 10, p. 1106-
1115, 2006.
MURAD, M. Hassan et al. New evidence pyramid. BMJ Evidence-Based Medicine, v. 21, n. 4,
p. 125-127, 2016.
Muitos imaginam que a evidência de alto nível é aquela que está no topo da
pirâmide de evidências cientificas, como na imagem abaixo:
Percebam que os grupos não são exatamente iguais, mas sim parecidos
nas métricas que podem influenciar na análise de interesse (uso de metformina
e controle glicêmico). Se um dos grupos fosse muito discrepante, por exemplo,
na glicemia em jejum ou hemoglobina glicada, os resultados poderiam ter maior
influência devido a diferença entre os grupos significativa do que propriamente
sobre o uso do fármaco.
Agora fica mais fácil para o leitor perceber como a ciência não é perfeita
e como raramente um único estudo nos garante certeza sobre algo. Isso explica
a fatídica ideia de que “Toda hora os cientistas mudam de opinião”. Na verdade,
não há um consenso científico diferente a cada mês sobre algo e sim estudos
que podem discordar entre si, seja pelo método ou pela qualidade, além do apelo
da mídia em manchetes sensacionalistas que mais confundem o leitor do que
realmente ajudam.
ALMEIDA, Carlos Podalirio Borges de; GOULART, Bárbara Niegia Garcia de. Como minimizar
vieses em revisões sistemáticas de estudos observacionais. Revista Cefac, v. 19, p. 551-555,
2017.
HORN, Susan D.; GASSAWAY, Julie. Practice-based evidence study design for comparative
effectiveness research. Medical care, p. S50-S57, 2007.
RANGAMANI, Grama et al. Collaborative methods for training evidence-based practice: The triad
model. Contemporary Issues in Communication Science and Disorders, v. 43, n. Spring, p.
139-153, 2016.
Porém, não é porque todo mundo faz ou porque sempre foi feito assim
que está correto. Por dezenas e dezenas de anos, o consumo do testículo de boi
era usado como forma para aumentar a libido, performance nas lutas e
desenvolvimento muscular. “Todo mundo fez” durante muito tempo. Entretanto,
sabemos claramente hoje que isto é uma pseudociência. Sabemos por que os
métodos mais atuais de pesquisas cientificas nos permitem observar, hipotetizar,
testar e tentar replicar os achados. Ou seja, por mais que a ciência tenha falhas,
as falhas são auto corrigíveis.
A mesma pessoa acima que se beneficiou com a dieta low carb, direta e
indiretamente, pode buscar mais informações sobre a dieta, encontrando grupos
de pessoas que igualmente se beneficiaram, fortalecendo a crença de que a
dieta é realmente superior. Isso vale também para o padrão oposto, como
seguidores de dietas veganas ou low fat extremas, buscando validar suas
hipóteses. Como pode uma dieta ser tão boa para alguns e uma outra dieta,
praticamente oposta, ser tão boa para outros? Entraria aqui a ideia da
“individualidade biológica”.
AGUINIS, Herman; GOTTFREDSON, Ryan K.; JOO, Harry. Best-practice recommendations for
defining, identifying, and handling outliers. Organizational research methods, v. 16, n. 2, p. 270-
301, 2013.
KIM, Claire et al. How to identify, incorporate and report patient preferences in clinical guidelines:
a scoping review. Health Expectations, v. 23, n. 5, p. 1028-1036, 2020.
Este será até aqui o capítulo mais complexo deste ebook justamente por
dietas low carb serem as mais repletas de mitos. Em meados de 2016 no
Instagram ganhei bastante fama ao combater falácias sobre a dieta low carb e
sobre o consumo de carboidratos. Na minha clínica, percebi que muitas pessoas
passaram a me procurar por suas más experiências com a dieta e por pensarem
que eu sou contra este padrão de consumo alimentar. Consigo entender os
motivos que levaram à experiencias ruins e porque pensavam que eu era contra
a dieta, contudo esta é uma dieta que possui sim aplicabilidade quando bem
empregada e, antes de começar a quebrar mitos sobre, e importante entender
as funções de alguns hormônios chaves como a insulina e, após, a aplicabilidade
da dieta low carb. Começaremos pela insulina, a dita vilã do emagrecimento
pelos fanáticos da low carb.
Não necessariamente.
Isso significa que todas as dietas são iguais e que basta haver déficit
calórico? A resposta é não. As repercussões metabólicas são diferentes, bem
como a adesão, acesso e validação dos resultados por cada individuo variam
consideravelmente.
Porém, aqui falamos sobre o excesso calórico. Devemos lembrar que este
desvio de energia ingerida para gordura acumulada é fruto do excesso de
calorias frente ao gasto, não da ação da insulina por si. O excesso de gorduras
num cenário de excesso de calorias também favorece o acúmulo e ganho de
tecido adiposo.
Quando há uma resistência a insulina, a dieta low carb pode sim ser útil,
embora não seja a única opção, demonstra efeitos superiores na perda de peso
total quando comparada com outras dietas, pelo menos a curto prazo. Antes de
continuarmos quebrando alguns mitos, vamos então falar sobre a aplicabilidade
da dieta low carb.
Aumenta Inibe
Por fim, na dieta low carb há maior perda de peso inicial. Esta perda não
significa perda apenas de gordura, mas também da massa livre de gordura na
forma principalmente de água e glicogênio. O musculo parece então menor, mas
essa diminuição é principalmente pela diminuição do glicogênio e da água
acoplada, não necessariamente do conteúdo de fibras musculares. Porém, a
perda de peso inicial pode ser um fator de adesão para os pacientes contanto
que eles entendam que a perda não é principalmente de gordura e que as
expectativas para os meses seguintes devem ser readequadas, já que não há
uma perda constante de água por todo o seguimento da dieta (até por questões
Diversos estudos com a dieta low carb comparam ela com a dieta usual,
ou seja, a dieta que alguns pacientes já realizam de maneira costumeira.
Sabemos bem que, pela prevalência de obesidade e maior incidência ao longo
dos anos, quão problemática tem sido a alimentação usual da maioria das
pessoas no quesito de ganhar peso, gordura e aumentar riscos
cardiovasculares. Logo, esta é uma comparação injusta pois não está olhando o
efeito isolado da dieta low carb comparando com outra dieta e sim o efeito da
mudança do estilo de vida alimentar completo. Tal mudança poderia ser feita com
outras dietas, como a low fat, a vegetariana, a mediterrânea, entre outras.
O ideal então para avaliar se a low carb é mais vantajosa do que outra
dieta, como a low fat, é comparar as duas dietas, não apenas comparar as
mudanças do estilo de vida habitual para a low carb. Diversos estudos também
fazem tais comparações, mas também tem pontos que precisamos nos atentar.
Um desses pontos é que o consumo alimentar na dieta low carb é “ad libitum”,
ou seja, é à vontade. Logo, não estou comparando uma low carb com uma low
fat de maneira equivalente em calorias (isocalóricas) e sim uma low carb sem
controle de calorias com uma low fat. Sendo assim, qualquer resultado pode ser
mais relevante pelas variações calóricas do que pela substituição de
carboidratos por gorduras.
Voltando aos erros comuns de estudos low carb, vamos avaliar agora a
questão proteica. Sabemos que a proteína tem maior potencial saciêtogenico e
de manter a massa muscular, principalmente em déficit calórico, que é o padrão
de estudos que a maioria dos trabalhos utilizam quando avaliam dietas low carb.
Um problema comum na comparação de low carb com low fat é também não
fazer a equivalência proteica. Por exemplo, o grupo low carb consumir cerca de
25% da dieta na forma de proteína, comparando com apenas 15% do grupo low
fat. Numa dieta de 1500 calorias, temos na low carb 375 kcal como proteínas
enquanto na low fat apenas 225 kcal. É uma comparação injusta e que
estabelece vantagem para a low carb no contexto de déficit calórico pensando
em saciedade e manutenção da massa muscular. Para compararmos low carb
com low fat, ou seja, carboidratos com gorduras, precisamos equalizar outras
variáveis importantes da dieta, como total calórico ou total de déficit calórico
frente ao gasto e ingestão de proteínas. Caso contrário, não estaremos
comparando carboidratos com gorduras e sim recomendações de dietas
diferentes que podem ter maior ou menor vantagem por outros fatores que não
esses dois macronutrientes.
BRAY, George A.; SIRI-TARINO, Patty W. The role of macronutrient content in the diet for weight
management. Endocrinology and Metabolism Clinics, v. 45, n. 3, p. 581-604, 2016.
BREHM, Bonnie J. et al. A randomized trial comparing a very low carbohydrate diet and a calorie-
restricted low fat diet on body weight and cardiovascular risk factors in healthy women. The
Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v. 88, n. 4, p. 1617-1623, 2003.
HALL, Kevin D. et al. Calorie for calorie, dietary fat restriction results in more body fat loss than
carbohydrate restriction in people with obesity. Cell metabolism, v. 22, n. 3, p. 427-436, 2015.
HALL, Kevin D. et al. Ultra-processed diets cause excess calorie intake and weight gain: an
inpatient randomized controlled trial of ad libitum food intake. Cell metabolism, v. 30, n. 1, p. 67-
77. e3, 2019.
HU, Tian et al. Effects of low-carbohydrate diets versus low-fat diets on metabolic risk factors: a
meta-analysis of randomized controlled clinical trials. American journal of epidemiology, v.
176, n. suppl_7, p. S44-S54, 2012.
Vocês já devem ter visto notícias como as acima. Elas não condizem com
a realidade. A pesquisa de um dos vencedores do prêmio Nobel de 2016,
Yoshinori Oshumi, foi feita em leveduras, ou seja, tipo de fungos, entendendo
Então por que tanta gente defende que o jejum emagrece mais?
Simplesmente porque eles relacionam menores períodos de estímulo de insulina
ao longo do dia. Se eu fico sem comer do café até o jantar, eu mal sinalizei a
secreção da insulina durante o dia. Como a insulina medeia a captação de
energia também para o tecido adiposo, é visto de uma maneira rasa que se
secretamos menos dela então emagreceremos mais. Porém o dia do paciente B
Logo, a insulina fica mais baixa ao longo do dia justamente porque não há
calorias, porém aumenta muito quando há a ingestão noturna. Ambos os casos
irão emagrecer, porém o Paciente A irá emagrecer mais entre as refeições e
ganhar um pouco de gordura ao se alimentar, enquanto o paciente B irá
emagrecer mais ao longo do dia e ganhar mais gordura à noite. Para fins
didáticos, vamos pensar que cada um tem 100 triglicerídeos (TG- forma como a
gordura se acumula no tecido adiposo) e como funciona a dinâmica do
emagrecimento entre os dois pacientes.
100-110-90-100-80-90-70-90-80-60.
100-30-60-80-60.
Não há evidências suficientes para afirmarmos isso. Mais do que isso, não
sabemos quantificar o quanto o jejum intermitente sem restrição calórica, caso
funcione, seja útil nestes aspectos. Exemplo: vamos falar que ficar em jejum
realmente aumenta a longevidade, mas para isso você precisa começar desde
os 5 anos de vida até os 70, aumentando a sua longevidade em possivelmente
3 meses. Será que vale a pena? Tudo isso ainda é muito vago na literatura,
portanto afirmar que o jejum aumenta a longevidade é errado pela incerteza e
pela imprecisão.
AKSUNGAR, Fehime Benli et al. Comparison of intermittent fasting versus caloric restriction in
obese subjects: a two year follow-up. The journal of nutrition, health & aging, v. 21, p. 681-
685, 2017.
CARTER, Sharayah; CLIFTON, Peter M.; KEOGH, Jennifer B. Effect of intermittent compared
with continuous energy restricted diet on glycemic control in patients with type 2 diabetes: a
randomized noninferiority trial. JAMA network open, v. 1, n. 3, p. e180756-e180756, 2018.
RODWELL, Victor W. et al. Bioquímica Ilustrada de Harper-31. McGraw Hill Brasil, 2021.
SUTTON, Elizabeth F. et al. Early time-restricted feeding improves insulin sensitivity, blood
pressure, and oxidative stress even without weight loss in men with prediabetes. Cell
metabolism, v. 27, n. 6, p. 1212-1221. e3, 2018.
Mais um argumento dos que defendem esta razão é que as enzimas que
convertem ômega 3 nos metabolitos mais ativos, EPA e DHA, também convertem
ômega 6 na forma menos ativa para a mais ativa, o ácido araquidônico. Logo,
um excesso de ômega 6 iria atrapalhar a formação de EPA e DHA pelo maior
uso destas enzimas (chamadas de delta desaturases). Este é um raciocínio
puramente mecanicista e se baseia em valores relativos, mas não absolutos. É
bem diferente uma dieta com 50g de ômega 6 e 10g de ômega 3 do que uma
dieta com 5g de ômega 6 e 1g de ômega 3. Se basear apenas na razão de 5:1
faz com que a gente esqueça os valores absolutos da dieta. Ainda, não se sabe
até que ponto essa competição enzimática na metabolização de ambos é
relevante. O que se sabe é que quem consome mais ômega 6 e menos
saturadas tem mais benefícios clínicos, e um destes benefícios que é a redução
de LDL-c, não é visto com o consumo de ômega 3. As evidências que sustentam
tal razão se baseiam em estudos mais preliminares. Embora seja prudente
consumir fontes de ômega 3 pelo contexto saudável que elas trazem, não
significa que precisemos calcular a razão com o ômega 6. Ambas as gorduras
trazem benefícios e são, em geral, mais benéficas e menos maléficas que as
gorduras saturadas e trans.
Também é dito que óleos vegetais não tropicas, como soja, canola e milho,
são venenosos por inflamarem o corpo. Até aqui, eu espero que já tenha sido
bem claro sobre quão vago é a fala sobre inflamar/desinflamar nas mídias e
redes sociais. Os estudos com o consumo controlado de óleo de soja e canola,
por exemplo, demonstram efeitos positivos em marcadores glicêmicos, lipídicos
e até inflamatórios. Há mitos sobre o óleo de canola ser venenoso por ser rico
em ácido erúcico (repercussões sistêmicas?). Estes mitos não têm fundamentos
pois o ácido erúcico está presente em quantidades mínimas no óleo e não há
Por fim, o ômega 9 não é alvo de tantos mitos ou falácias. Uma delas que
já refletimos muito é sobre os efeitos anti-inflamatórios e creio que, até este
ponto, esteja bem claro que não podemos nos basear em estudos mecanicistas
para determinar a conduta. Outro mito, ainda que pouco falado, é sobre o efeito
sacietógeno do ômega 9, ou ácido oleico. Tal efeito é visto principalmente em
animais, porém em humanos não temos dados robustos. Não podemos afirmar
que o consumo de 100 kcal de azeite gere mais saciedade do que 100 kcal de
óleo de soja, por exemplo. Independente disso, não é recomendável consumir
um excesso de óleos vegetais em dietas para emagrecimento, mesmo que sejam
low carb/ high fat, justamente pelo baixo potencial de saciedade e densidade
calórica elevada.
Para encerrar este capítulo, vamos falar de um dos mitos mais debatidos
atualmente: manteiga x margarina.
Este debate ganhou fama nos últimos anos nas redes sociais, gerando
argumentos adequados e inadequados para ambos os lados. Quem defende a
manteiga, defende por ser mais “natural”, se baseando na lista de ingredientes.
As margarinas atuais possuem uma lista de ingredientes maior do que da
manteiga, sendo considerada mais “artificial”. Já debatemos aqui sobre a falácia
naturalista, mas vamos continuar o raciocínio falando sobre lista de ingredientes.
FEGERS-WUSTROW, Isabel et al. Comparison of American and European guidelines for primary
prevention of cardiovascular disease: JACC guideline comparison. Journal of the American
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FUEHRLEIN, Brian S. et al. Differential metabolic effects of saturated versus polyunsaturated fats
in ketogenic diets. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v. 89, n. 4, p. 1641-
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GAGLIARDI, Ana Carolina Moron et al. Effects of margarines and butter consumption on lipid
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