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PROFESSOR
FELIPE ALMEIDA
FELIPE ALMEIDA
@nutrifelipealmeida
Nutricionista.
Professor de pós graduação.
Especialista em Bioquíquimica e fisiologia,
Neurociência e Comportamento.
Dono da plataforma Nutriflix.
1
1. COMO ERAM OS ESTUDOS?
CONTROLADOS? PATROCINADOS?
3. HOUVE REPETIBILIDADE EM
BOAS REVISTAS?
4. DIETA CONTROLADA?
SUMÁRIO
CAFEÍNA 1
CREATINA 07
BETA-ALANINA 22
L-CARNITINA 36
TERMOGÊNICOS 51
MULTIVITAMÍNICOS 121
CAFEÍNA
1
CAFEÍNA
Encontrada em grãos de café, folhas de chá, chocolate, grãos de cacau
e nozes-de-cola.
1 xícara de café (infusão) de 150ml contem de 20 a 50mg de cafeína.
1 xicara de café expresso de 150ml, cerca de 100mg de cafeína.
240ml de chá-verde: média de 30mg de cafeína.
Age como estimulante.
Antagonista de receptores da adenosina, que promove sono e
diminuição de alerta.
Ref: IOC consensus statement (2018); National Soft Drink Association (1997)
2
OBSERVAÇÕES
3
4
CAFEÍNA: CONCLUSÃO
Estudos com 9mg/kg x 6mg/kg de cafeína não mostraram
superioridade com as doses mais alta.
OBSERVAÇÕES
5
OBSERVAÇÕES
6
CREATINA
7
CREATINA
8
CREATINA: VIA ENERGÉTICA
MUSCLE CONTRACTION
OBSERVAÇÕES
9
CREATINA: É POSSÍVEL APENAS NA ALIMENTAÇÃO?
CREATINA: APLICABILIDADE
10
GRUPO A:
6 DIAS DE SATURAÇÃO (20g/ dia)
GRUPO B:
6 DIAS DE SATURAÇÃO (20g/ dia) + 28 dias de
manutenção (2g/ dia)
11
CREATINA: ETIL ESTER X MONOHIDRATADA X EFERVESCENTE:
HÁ DIFERENÇAS?
12
CREATINA: RISCOS NO USO?
Não há evidências de que a suplementação de creatina
prejudique a função renal em sujeitos saudáveis, quando
consumida na dosagem preconizada.
OBSERVAÇÕES
13
CREATINA: RISCOS NO USO?
14
15
Aqui, adultos com mais de 50 anos de
idade, sendo 38 mulheres com pós
menopausa foram divididos em grupos
creatina antes do treino (CR-B), creatina
após o treino (CR-A) e placebo (PLA).
Eram todos não habituados ao
treinamento e sem uso anterior de 12
semanas do estudo de creatina.
16
Dos 64 participantes alocados, 39 completaram o estudo, sem diferença entre os
grupos na baseline. 30 eram considerados não-sarcopênicos na baseline (>7,26 kg/m²
de massa muscular esquelética para homens e >5,5 kg/m² para mulheres). 6
mulheres e 3 homens eram sarcopênicos. Após o final do estudo, apenas 3 pacientes,
todas mulheres, permaneceram sarcopênicas.
OBSERVAÇÕES
17
OBSERVAÇÕES
18
Ambos grupos aumentaram a força nos testes de 1 RM no leg press e supino,
sem diferença entre os grupos. Já o aumento de força pelo teste de handgrip
não apresentou diferenças significativas. Não houve diferenças entre o total
de volume de treino e lipidograma entre os grupos. A composição corporal
também não alterou de maneira significativa entre os grupos.
19
CREATINA: CONCLUSÕES
Suplemento seguro em indivíduos saudáveis.
OBSERVAÇÕES
20
OBSERVAÇÕES
21
BETA-ALANINA
22
BETA-ALANINA
23
BETA-ALANINA
OBSERVAÇÕES
24
25
BETA-ALANINA
Efeitos colaterais como parestesia (dormência nas extremidades
dos membros, como dedos das mãos) pela dessensibilização dos
neurônios envolvidos.
OBSERVAÇÕES
26
BCAAS
Os aminoácidos de cadeia ramificada (AACRs ou BCAAs- Branched-
Chain Amino Acids) são a Leucina, Isoleucina e Valina, que fazem parte
dos aminoácidos essenciais para o corpo humano (Aqueles que
precisam ser ingeridos no dia a dia, pois não há síntese endógena
deles).
OBSERVAÇÕES
27
BCAA: FADIGA E PERFORMANCE
Um estudo comparou a
ingestão de 50g de
aminoácidos com 20g de BCAA
ou placebo na performance
durante a corrida de 100km,
dano muscular e função renal
em 28 ultramaratonistas
28
BCAA: FADIGA E PERFORMANCE
29
BCAA: TEORIA DO TRIPTOFANO
OBSERVAÇÕES
30
31
BCAA: DOR MUSCULAR TARDIA E SÍNTESE PROTEICA
Wolfe, Robert R. "Branched-chain amino acids and muscle protein synthesis in humans: myth or reality?." Journal of the International Society of Sports Nutrition 14.1 (2017): 30
Branched-chain amino acids and muscle protein synthesis in humans: myth or reality? Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2017 14:30
32
33
BCAAS – CONTROVÉRSIAS NOS ESTUDOS
Estudos geralmente comparam BCAA com dextrose e medem síntese
proteica.
Síntese proteica não significa Hipertrofia nem menor catabolismo.
Falta de descrição da dieta.
Indivíduos não treinados.
Quando há o aporte proteico adequado, o excesso de aminoácidos é
oxidado.
Os últimos consensos publicados pela Internation Society of Sports
Nutrition e pelo IOC mostram que o uso do BCAA na prática esportiva
carece de mais evidências.
OBSERVAÇÕES
34
OBSERVAÇÕES
35
L-CARNITINA
36
L-CARNITINA
37
L-CARNITINA
OBSERVAÇÕES
38
39
L-CARNITINA: ESTUDOS E CONCLUSÕES
A maioria dos estudos mostra que a suplementação de carnitina não
altera a concentração de carnitina no músculo, não altera o
metabolismo oxidativo, não altera performance no exercício e não
ajuda na perda de peso em individuos obesos, com sobrepeso ou
mesmo treinados.
Ref: ISSN exercise & sports nutrition review update: research & recommendations
ZMA
O ZMA é a junção de zinco, magnésio e vitamina B6. O suplemento
promete anabolismo, aumento de testosterona de IGF-1.
40
41
GLUTAMINA
42
OBSERVAÇÕES
43
OBSERVAÇÕES
44
DIETA
GLICOSE PROTEÍNAS
(CARBOIDRATOS)
CICLO DE ALFA-
GLUTAMINA
KREBS CETOGLUTARATO
OBSERVAÇÕES
45
46
1kj = 4,18 kcal
47
48
CONCLUSÕES
A suplementação de Glutamina não se mostrou eficaz em pessoas
saudáveis.
49
OBSERVAÇÕES
50
TERMOGÊNICOS
51
ANALISANDO
A atividade simpaticomimética, como o próprio nome diz, visa imitar o
sistema simpático, aumentando a liberação de noradrenalina, sua
interação com receptores Beta e, assim levar a oxidação de gordura e
termogênese dentro da célula. Vamos às considerações da imagem:
•As catequinas, por sua vez, degradam a molécula COMT (Catecol-O Metil Transferase)
que degrada noradrenalina, aumentando assim a atividade da nora.
•Por último, temos a Forskolina, que estimula adenilato ciclase, enzima chave na
conversão de ATP em AMPc, facilitando a oxidação de gordura e termogênese.
52
ANALISANDO
Temos alguns problemas pensando apenas em vias e algumas perguntas devem ser feitas antes.
53
OBSERVAÇÕES
54
Os efeitos da cafeína parecem ser
variáveis de pessoa para pessoa e,
obviamente de dose, no aumento do
gasto energético. Aqui temos uma
revisão, onde a ingestão de 400mg por
dia (próxima do limite aceitável de
420mg/dia para alguém de 70 quilos, ou
seja, 6mg/kg) levou ao aumento do
gasto em cerca de 250 kilojoule, próximo
de 60 calorias. Doses mais altas como o
tripo, aumentam para quase 170 kcal por
dia, no entanto não são seguras. Porém, o
efeito da cafeína é sinérgico com outros
compostos, como e epigalatocatequina
galato, presente no chá verde. As
mesmas 420mg de cafeína junto a
500mg de EGCG aumentaram o gasto
diário para cerca de 120 kcal.
OBSERVAÇÕES
55
56
57
58
OBSERVAÇÕES
59
DESENHO DO ESTUDO
6 homens e 3 mulheres, com média de 27 anos, eutroficos, com ao
menos 3 anos de experiência em treinamento, foram randomizados
de maneira duplo cega, controlada e crossover em suplementação
com Proteína hidrolisada do peixe (FPH), Whey protein hidrolisado
(WPH) ou placebo. As amostras de sangue foram coletadas antes da
ingestão, 30, 60, 90, 120 e 180 minutos após a ingestão.
60
61
RESULTADOS
62
CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES
63
RESULTADOS
64
OBSERVAÇÕES
65
DESENHO DO ESTUDO
Ao lado e abaixo, os 9 artigos incluídos, todos com humanos,
randomizados, com efeitos agudos crônicos (semanas meses)
avaliando EE e RQ. Foi utilizado o critério PICO (Population,
intervention, Comparison, Outcome), que avalia Público (pacientes
com IMC maior ou menor que 25kg/m²), Intervenção
(suplementação com capsaicina ou capsinóides), Comparison
(neste caso, o grupo placebo) e desfecho (gasto energético e
coeficiente respiratório).
66
RESULTADOS
Dos 9 estudos aqui avaliados, 6 eram com participantes com IMC
acima de 25 e 4 dos 9, eram com participantes com IMC abaixo de
25kg/m². 7 estudos eram com dados sobre gasto energético e
também 7 estudos avaliaram RQ. A maioria dos estudos não
mostrou diferença entre os grupos tratamento e controle, apesar de
uma leve tendência de aumento de EE. A analise final dos estudos
demonstrou um aumento de 58,58 kcal por dia. Considerando os
estudos com efeito maior, ou seja, aqueles com participantes de IMC
acima de 25kg/m², o efeito do aumento no de foi de 70 kcal/dia. É
importante ressaltar que o intervalo de confiança foi grande, com a
linha horizontal passando muitas vezes o número 0 da linha vertical,
diminuindo assim a confiança nestes dados.
67
RESULTADOS
O suplementos de capsacina e capsiato reduziram de maneira
significativa o RQ, demonstrando maior oxidação de gordura. Os
participantes com IMC maior que 25 kg/m² diminuíram de maneira
mais significativa o RQ. No entanto, percebam que o intervalo de
confiança (linha horizontal de cada estudo) também passa por zero,
demonstrando pouca confiança nos resultados apresentados.
Também é válido lembrar que oxidar mais gordura não significa
maior potencial de emagrecimento, apenas alteração de substrato
energético.
OBSERVAÇÕES
68
RESULTADOS
Vamos agora avaliar os estudos de curta duração (até um dia) e os
de longa duração, descritos como L na primeira coluna. Foi visto que
o aumento do gasto energético foi maior nas análises de estudos
mais curtos e agudos, chegando a cerca de 175 kcal por dia. Nos
estudos com longa duração, o efeito foi menor e próximo a zero.
OBSERVAÇÕES
69
RESULTADOS
As capsaicinas e capsinóides podem ser estratégias úteis e seguras
na manejo do peso. No entanto, muitos dos resultados eram
controversos e nulos, principalmente aqueles com participantes de
IMC <25m²/kg, apesar da aparente segurança. Outros estudos
também demonstraram segurança na pressão arterial durante 4
semanas.
70
INTRODUÇÃO E DESENHO DO ESTUDO
Problemas ou disfunções sexuais afetam humor, bem-estar e
relações pessoais. Ocorrem em 20 a 30% dos homens e 40 a 45%
das mulheres de acordo com um estudo epidemiológico. No sexo
másculo, o mais comum é a disfunção erétil e baixo desejo sexual.
Já nas mulheres, é comum também o baixo desejo sexual.
71
INTRODUÇÃO E DESENHO DO ESTUDO
A pesquisa foi conduzida em abril de 2010, avaliando as bases de
dados: Medline, AMED, CINAHL, EMBASE, PsycInfo, the Cochrane
Central Register of Controlled Trials and the Cochrane Database of
Systematic Review, DARE, entre outras.
72
RESULTADOS
Quatro estudos que atendiam aos critérios foram incluídos na meta-
análise. Um dos estudos eram dois grupos, sendo um com 2,4g de
maca e outro com placebo. Este foi realizado com 50 pacientes com
disfunção erétil. Outro estudo utilizou doses de 1,5g e de 3,0g de
Maca, mais o grupo placebo, desta vez em 57 homens saudáveis.
Ambos por 12 semanas.
OBSERVAÇÕES
73
RESULTADOS
O primeiro estudo, com 50 homens com disfunção erétil demonstrou
efeitos positivos no Índice Internacional de Disfunção Erétil. O estudo
com as mulheres na pós menopausa também demonstrou efeitos
positivos no uso de 3,5g da erva. Já o estudo com 57 homens
saudáveis também demonstrou efeitos positivos no uso após 8
semanas, sendo que na semana, não. O último estudo, menor, não
encontrou benefícios nos 8 ciclistas avaliados.
OBSERVAÇÕES
74
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES
O estudo com duas doses de maca peruana não demonstrou de
maneira clara as diferenças entre os grupos, avaliando apenas a
média dos resultados com maca x placebo. Já o estudo com as
mulheres pós menopausa falhou em realizar um washout entre os
dois grupos, considerando que foi um estudo crossover (grupo
placebo e grupo maca revezam entre si com e sem o uso da
substância para aumentar poder estatístico).
OBSERVAÇÕES
75
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES
A dose ideal também não foi descrita, já que o estudo comparando
duas doses não reportou de maneira clara as diferenças nos efeitos
entre elas. Os estudos são limitados e sofrem com a falta de
reprodutibilidade de doses e grupos avaliados, sendo bastante
discrepantes entre si.
76
QUANTIDADE DE NITRATO CONSUMIDA
O nitrato (NO3) e o nitrito (NO2) formam o óxido nítrico (NO) através
da enzima óxido nítrico sintase (NOS), principalmente em
ambientes de hipóxia, prevenindo uma maior vasoconstrição.
77
METABOLISMO DO NITRATO
O efeito do nitrito é devido a sua conversão para óxido nítrico. Seu
efeito dilatador, principalmente sob hipóxia, regula a entrega de
oxigênio para os tecidos. Em situações de baixo NO, a conversão de
nitrito para NO aumenta. Caso contrário, predomina a via nitrito de
volta para nitrato.
78
NITRATO E REDUÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
O uso de nitrato de potássio demonstrou também redução de
pressão arterial, de maneira similar ao suco de beterraba. O efeito
foi pelo aumento de GMPc, indicador de atividade de NO. O uso de
nitrato se demonstrou seguro em pessoas normotensas, não
causando hipotensão.
79
OBSERVAÇÕES
80
ABSORÇÃO E DEGRADAÇÃO DE NITRATO
A absorção do nitrato dietético é principalmente pelo trato
gastrointestinal, com a biodisponibilidade do nitrato do espinafre
cozido, alface crua e beterraba cozida em cerca de 100%, com pico
de nitrato no plasma em cerca de 1 hora após o consumo. Já a
biodisponibilidade do nitrito é de 95 a 98% e seu pico cerca de 3
horas após a ingestão oral de nitrato. Apenas uma pequena fração
atinge o intestino grosso, sendo 1% excretado nas fezes.
81
ABSORÇÃO E DEGRADAÇÃO DE NITRATO
Outra parte da redução de nitrato para nitrito ocorre pelas
circulação enterosalivar. Quando o nitrito alcança o estômago,
reage com o ácido gástrico, produzindo óxido nítrico, responsáveis
pelos principais efeitos, via nitrito redutases, que são seletivamente
ativadas durante condições de hipóxia. Dentre elas, é possível citar a
atividade das globinas desoxigenadas, como hemoglobina,
mioglobina, citoglobina e neuroglobina, além da xantina
oxidoredutase, aldeído oxidase, aldeído desidrogenase 2, eNOS,
citocromo p450 e da cadeia de transferência de elétrons.
82
CONCLUSÃO
O nitrito também pode melhorar dilatação pulmonar e assim
diminuir hipertensão. Muitos dos efeitos parecem ser devido ao
efeito sinérgico com outros nutrientes como polifenóis, epicatequina
galato, quercetina, procianidina, oleuropeina, acido clorogênico,
epicatequinas, catequinas, entre outros, ajudando na conversão de
nitrito para NO.
OBSERVAÇÕES
83
CONCLUSÃO
Uma das controvérsias sobre o nitrito é justamente seu potencial
efeito carcinogênico, através da formação de dimetilnitrosamina,
causando formação de câncer em ratos. As N nitrosaminas também
são formadas, através da conversão de nitrito na circulação
enterosalivar. No entanto, os estudos em humanos e revisões da
FAO/OMS falharam em estabelecer um link definitivo entre o nitrato
dietético e o risco de desenvolvimento de câncer. De maneira
oposta, as pesquisas com o consumo de vegetais mostra efeitos de
diminuição de risco, sendo a recomendação de ao menos 400g de
vegetais e frutas variados. Já a carne processada, também rica em
nitrito e aminas, teve seu consumo ligado a câncer de próstata,
estômago, renal e bexiga. No entanto, a força das associações são
fracas e não devem ser vistas como conclusivas, considerando que
o maior consumo de carne processada também é ligado ao baixo
consumo de frutas e vegetais.
84
ESTATINAS E MIALGIA
Doenças cardiovasculares são a causa número um de mortes nos
Estados Unidos, afetando 1 a cada 3 adultos. Reduzir o colesterol LDL
em 40mg/dl pelo estilo de vida ou intervenções farmacológicas
reduz eventos cardiovasculares em 22%.
85
OBSERVAÇÕES
86
ESTATINAS E MIALGIA
As estatinas alteram o metabolismo lipídico inibindo a enzima HMG-
coa Redutase, enzima chave na síntese de colesterol. Este caminho
metabólico também produz Coq10. Disfunções mitocondriais
também podem causar SAMS. Biopsias em alguns poucos pacientes
demonstraram disfunção mitocondrial, com maior gordura
intramuscular, fibras oxidativas com formatos irregulares e
diminuição da capacidade oxidativa.
O conteúdo de citrato
sintase, enzima que inicia o
caminho do ciclo de Krebs,
aumentou em 13% nos
indivíduos que iniciaram
treinamento e reduziu em
4,5% nos que também
iniciaram, mas utilizaram
estatina, além de não
demonstrarem aumento nos
complexos mitocondriais
presentes na cadeia de
transferência de elétrons.
87
COENZIMA Q10 E ESTATINAS
As concentrações de Coq10 diminuem no sangue nos usuários de
estatina. Tal efeito parece ser dependente da redução de LDL e VLDL,
já que não há redução de Coq10 quando se ajustam os valores para
redução de LDL. No entanto, a importância biológica desta redução
no sangue não é clara.
88
COENZIMA Q10 E ESTATINAS
Num último estudo, indivíduos utilizaram 20mg por dia de
sinvastatina durante 8 semanas ou placebo. Após, um washout de 4
semanas com ambos os grupos sem tratamento algum, e depois
inversão do grupo placebo com grupo sinvastatina, de maneira
crossover. Dos 120 participantes, 43 demonstraram dor muscular
durante sinvastatina sem experimentar isso no placebo. 17,5% dos
participantes não demonstraram sintomas no grupo sinvastatina ou
placebo, talvez pela dose mais baixa da medicação, e 29,2% dos
participantes demonstraram dores musculares no grupo placebo e
não no grupo sinvastatina. Por fim, 17.5% dos participantes
relataram mialgia nos dois grupos.
89
COENZIMA Q10 E ESTATINAS
Para avaliar se a estatina é a causa, pode se interromper o uso.
Falha na resolução da mialgia em dois a três meses em pacientes
com CK normal significa que não foi a estatina a causa. Um dos
possíveis manejos para SAMS é utilizar doses menores de estatinas
com ezetimbe. O uso de arroz vermelho, que contêm naturalmente
lovastatina, pode ajudar já que é visto como um ‘produto natural’.
No entanto, é uma medida menos efetiva que o uso de fármacos,
dado que a variabilidade de lovastatina pode ser bem significativa.
90
OBSERVAÇÕES
91
OBSERVAÇÕES
92
5 de 7 estudos anteriores mostraram resultados positivos, no
entanto 1 não era duplo cego, outros não foram publicados em
jornais peer review, e também com diversos compostos junto com a
Garcinia.
93
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OBSERVAÇÕES
95
OBSERVAÇÕES
96
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OBSERVAÇÕES
98
OBSERVAÇÕES
99
2000 kcal para 1550 kcal
100
101
OBSERVAÇÕES
102
OBSERVAÇÕES
103
CITRULINA
MALAT
104
CITRULINA MALATO
105
OBSERVAÇÕES
106
OBSERVAÇÕES
107
108
109
110
111
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113
OBSERVAÇÕES
114
OBSERVAÇÕES
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116
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OBSERVAÇÕES
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MULTIVITAMÍNICOS
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OBSERVAÇÕES
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126
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OBSERVAÇÕES
128
INTRODUÇÃO:
Sabemos que a ingestão excessiva de álcool tem diversos efeitos
deletérios para a saúde. Mas pouco é falado sobre os efeitos na
síntese proteica e se há formas de atenuar tais efeitos com a
ingestão de álcool.
129
DESENHO DO ESTUDO
8 homens fisicamente ativos e saudáveis, com média de 21 anos de
idade, 80 kg, habituados ao treinamento foram randomizados de
maneira crossover. Eles realizaram treinos de resistência e aeróbico
e foram divididos em grupos de ingestão pós treino álcool +
carboidrato (ALCCHO), álcool proteína (ALCPRO) ou apenas proteína
(PRO) em três ocasiões separadas por duas semanas, considerando
que o estudo era crossover e que todos realizaram os três testes.
130
OBSERVAÇÕES
131
RESULTADOS
A concentração de álcool atingiu o pico 4h após o treino, com
valores ainda maiores no grupo ALCCHO do que no grupo ALCPRO, e
permaneceram elevados após 8h.
132
133
134
135
Não explica randomização
136
RESULTADOS PROMISSORES MAS NÃO HOUVE CONTROLE DE DIETA E
TREINAMENTO, NÃO FOI INDICADO COMO FOI FEITA A RANDOMIZAÇÃO E
FOI PUBLICADO EM ESTUDA DE BAIXO FATOR DE IMPACTO.
137
138
139
OBSERVAÇÕES
140
141
142
INTRODUÇÃO:
A p-sinefrina é uma feniletilamina derivada de frutas da família
Rutaceae, como a laranja amarga (Citrus aurantium), laranja verde,
laranja azeda, entre outras. Eu seu status natural, a p-sinefrina é um
dos principais fitoquímicos destas laranjas, presente nas
quantidades de 0,1% a 0,35%. Nos extratos secos das frutas, a
quantidade aumenta para cerca de 3%. No entanto, o total de p-
sinefrina pode ser aumentado de maneira artificial pela indústria,
chegando a uma concentração de 19% nos suplementos dietéticos.
143
FORMAS E MECANISMO DE AÇÃO
A sinefrina existe em três diferentes formas isômeras: p-sinefrina,
m-sinefrina e o-sinefrina. A m-sinefrina e o o-sinefrina não ocorrem
de maneira natural nas plantas e extratos. A isoforma m-epinefrina,
também chamada de fenilefrina, é considerada a forma mais
potente, agindo de maneira agonista com os receptores agonistas
a1 adrenérgicos. A forma o-sinefrina não possui efeitos
farmacológicos em humanos e não é encontrada em suplementos
dietéticos. Já a p-sinefrina não é associada com eventos deletérios
e cardiovasculares. As formas naturais e sintéticas de p-sinefrina
também são diferentes entre si quando comparadas suas ligações.
Na forma suplementar, é mais comum a utilização da p-sinefrina
sintetética. A eficácia da suplementação pode ser reduzida quando
comparada com os extratos naturais da planta com o mesmo total
de p-sinefrina.
145
FORMAS E MECANISMO DE AÇÃO
A ativação do receptor Beta adrenérgico pode aumentar a utilização
de gordura, principalmente no músculo esquelético durante o
exercício moderado. A afinidade é maior para os receptores Beta 3,
presentes tanto no músculo quanto no tecido adiposo.
Considerando os receptores beta 1 e beta 2, a afinidade da sinefrina
é menor, sendo por exemplo 40 mil vezes menos que a
noradrenalina e 1000 vezes menor para os receptores a1 e a2. Tal
falta de afinidade para os receptores citados explica o porquê da p-
sinefrina não afeta o batimento cardíaco e pressão arterial.
146
FORMAS E MECANISMO DE AÇÃO
É necessário considerar que o aumento de oxidação de gordura
acompanha uma redução na oxidação de carboidrato o que
supostamente pode ajudar a poupar glicogênio durante o exercício.
Porém, precisamos lembrar que a oxidação mais significativa de gordura
pode inibir a liberação de glicogênio como energia através da atuação
da PDK4 (piruvato desidrogenase cinase 4), enzima que limita a
transformação de piruvato em acetil coa, inibindo o efeito do glicogênio
fornecer energia via glicólise e ciclo de Krebs. Os dados da p-sinefrina
reduzir utilização de glicogênio são meramente especulativos.
147
CONCLUSÃO
Como já informado, o uso da p-sinefrina é seguro em humanos e
confirmado em estudos com animais nas doses de até 1g/kg dia.
Numa revisão recente que publicou sobre diversos eventos adversos
com o uso de suplementos alimentares, os autores encontraram que
a p-sinefrina não foi associada a eventos colaterais. Outros estudos
também não mostraram alterar batimento cardíaco, contagem de
células sanguíneas, eletrocardiograma, dores de cabeça,
desconforto gastrointestinal, dores musculares insônia e pressão
arterial, em indivíduos saudáveis. É importante assegurar a
autenticidade e qualidade dos suplementos dietéticos,
especialmente nos que contêm fórmulas com multi-ingredientes,
podendo aumentar riscos para efeitos colaterais.
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OBSERVAÇÕES
149
150
151
152
OBSERVAÇÕES
153
154
OBSERVAÇÕES
155
156
157
CONCLUSÃO
158
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO:
A manutenção da perda de peso é desafiadora tanto por
adaptações metabólicas que reduzem o gasto energético (de
maneira fisiológica e comportamental) e também pela dificuldade
de aderir a intervenções no estilo de vida.
159
INTRODUÇÃO:
O uso nas doses de 2,4 mg foi avaliado no estudo Semaglutide
Treatment Effect in People With Obesity (STEP) em 3 fases. Aqui, na
fase 4, vemos o efeito da retirada ou manutenção do fármaco após
20 semanas de uso, considerando composição corporal,
lipidograma, glicograma e outros escores.
160
DESENHO DO ESTUDO
O estudo durou 68 semanas no total, foi randomizado, duplo cego
controlado, conduzido em 10 países e com adultos com sobrepeso e
comorbidades ou obesidade sem diabetes. Após 20 semanas de
uso, os participantes foram randomizados a continuarem a usar a
semaglutida nas doses de 2,4mg ou usarem placebo, numa
randomização 2:1 com mais participantes no grupo do fármaco.
Assim, os efeitos da retirada ou manutenção foram avaliados por 48
semanas, totalizando as 68 do estudo. Participantes que não
conseguiram manter a dose de 2,4mg por semana receberam as
doses de 1,7mg e a tentativa de aumento subsequente em ao menos
uma vez.
161
162
RESULTADOS
803 participantes foram randomizados na semana 20 do uso para
então continuar o fármaco (n=535) ou utilizar placebo (n=268),
sendo que 98% completaram o estudo. Quase 90% dos participantes
no grupo semaglutida continuou a usar a dose de 2,4mg, enquanto
poucos baixaram para 1,7mg ou menos. A maioria dos participantes
era mulher, idade média de 46 anos, caucasianas, peso de 107kg e
circunferência de cintura de 115,3 cm na semana zero. 64,8% tinham
ao menos uma comorbidade, sendo as mais comuns dislipidemia e
hipertensão.
RESULTADOS
Entre os participantes que usavam medicamentos anti-hipertensivos na
semana 20, uma maior proporção diminuiu o uso ou interrompeu no grupo
placebo. A proporção de pacientes alcançando uma perda de 5% de peso
ou mais, 10% ou mais, 15% ou mais, 20% ou mais no grupo semaglutida foi
de 88,7%, 79%, 63,7% e 39,6%. Quase 40% dos estudados atingirem uma
perda de 20% do peso ou mais é fantástico e diminui significativamente o
risco para doenças crônicas não transmissíveis ligadas a obesidade. No
grupo placebo, os resultados respectivos para as mesmas taxas de perda
de peso foram 47,6%, 20,4%, 9,2% e 4,8%, demonstrando a importância da
cronicidade do tratamento.
163
RESULTADOS
83,3% dos participantes relataram efeitos colaterais sendo
gastrointestinais responsáveis por 71,4%. No período de randomizado
após semana 20, 81,3% relatou efeitos colaterais no grupo
semaglutida e 75% no grupo placebo, sendo colaterais
gastrointestinais os mais frequentes. A maioria destes foi leve para
moderado, permitindo a continuação do tratamento em grande
parte dos estuados. 2,4 e 2,2% dos participantes no grupo
semaglutida e placebo, respectivamente, pararam o tratamento por
efeitos colaterais. Houve uma morte em cada grupo não
relacionada ao tratamento. Houve mais colelitíase no grupo placebo
do que no grupo semaglutida (3,7% e 2,8%, respectivamente).
164
CONCLUSÃO
No geral, podemos ver claramente que os efeitos da semaglutida
dura mais do que vinte semanas conforme o uso, chegando próximo
do platô na semana 60, mas ainda assim mantendo os resultados. A
perda total foi de 17,4% do peso, sendo resultados fantásticos para
pacientes que realmente se beneficiam. Já os resultados do grupo
placebo deixam claro que o tratamento é crônico e são consistentes
com os achados de retiradas de outros fármacos para tratar
obesidade como lorcaserina e orlistat, demonstrando reganho
significativo e provavelmente maior do que o avaliado aqui,
considerando que a curva de reganho permanece subindo após a
semana 68.
165
CONCLUSÃO
É importante ressaltar que a semaglutida, embora seja um ótimo
fármaco para obesidade, não deve ser usada sem
acompanhamento ou em pacientes sem perfil de risco. A retirada
leva ao aumento de fome, seja por parar o uso, mas também pela
perda de gordura (e até massa muscular a depender da dieta,
treinamento e individuo), potencializando o reganho. Logo,
mudanças no estilo de vida que sejam sustentáveis são
fundamentais para diminuir o reganho associado a retirada.
ESTUDO AVALIADO
OBSERVAÇÕES
166
INTRODUÇÃO
Diabetes tipo 2 é uma condição metabólica caracterizada pela
hiperglicemia que requer medicações conforme seu progresso. Em
certas condições, o uso de insulina, bem como de agonistas de
receptores GLP1 (liraglutida, semaglutida) é importante para
controlar a glicemia, embora o primeiro aumente o risco de
hipoglicemia.
167
DESENHO DO ESTUDO
Neste estudo, a tirzepatida foi testada nas doses de 5, 10 e 15mg,
seno comparada com a insulina de uma dose ao dia (10 U) em
pacientes com diabetes tipo 2 e controle glicêmico inadequado,
mesmo utilizando metformina e inibidores de SGLT2.
OBSERVAÇÕES
168
169
RESULTADOS
O risco de hipoglicemia também foi menor no grupo tirzepatida
(glicemia menor que 54 mg/dl ocorreu em 7% do grupo insulina e 1
a 2% dos grupos tirzepatida).
OBSERVAÇÕES
170
171
RESULTADOS
Na semana 52, a redução de pressão sistólica e diastólica foi maior
nos grupos tirzepatida, justamente pela maior perda de peso
(redução entre -4,9 a -6,6 mm/hg e -1,9 a -2,5 mm/hg,
respectivamente). Os valores das enzimas ALT e AST também foram
menores nos grupos tirzepatida.
OBSERVAÇÕES
172
173
CONCLUSÃO
Este estudo, SURPASS-3, foi o primeiro a avaliar a eficácia da
tirzepatida, um agonista de receptores GLP 1 e GIP, com a insulina,
em pacientes diabéticos tipo 2, mostrando vantagem para todas as
3 doses na hemoglobina glicada, peso, IMC e circunferência de
cintura. A redução de glicemia em jejum foi vista já nas primeiras
duas semanas, mostrando que a dose inicial de 2,5mg por semana
pode ser eficaz para reduzir hiperglicemia.
174
CONCLUSÃO
Este estudo, SURPASS-3, foi o primeiro a avaliar a eficácia da
tirzepatida, um agonista de receptores GLP 1 e GIP, com a insulina,
em pacientes diabéticos tipo 2, mostrando vantagem para todas as
3 doses na hemoglobina glicada, peso, IMC e circunferência de
cintura. A redução de glicemia em jejum foi vista já nas primeiras
duas semanas, mostrando que a dose inicial de 2,5mg por semana
pode ser eficaz para reduzir hiperglicemia.
ESTUDO AVALIADO
175
INTRODUÇÃO
A perda de peso de ao menos 5%, conforme explicado anteriormente,
melhora fatores de riscos cardiovasculares e previne diabetes tipo 2,
além de ajudar nas condições associadas a obesidade como
osteoartrite e doença hepática gordura não alcoolica. Para algumas
complicações, a perda de mais de 10% é recomendada, como asma,
apneia do sono e remissão de diabetes tipo 2, quando recente.
176
DESENHO DO ESTUDO
Este estudo do e-book busca avaliar a segurança, tolerabilidade,
farmacocinética e farmacodinâmica de seis doses de cagrilintide
(0,16, 0,30, 0,60, 1,2, 2,4 e 4,5mg) por semana, concomitante com a
semaglutida em todos os grupos na dose de 2,4mg.
177
RESULTADOS
Os autores também apontam que o patrocinador não teve
envolvimento no desenho do estudo, manejo, coleta, interpretação e
relato dos dados.
178
OBSERVAÇÕES
179
CONCLUSÃO
Resumidamente, o tratamento com cagrilintide combinado com
semaglutida foi bem tolerado, o que era o principal ponto de pesquisa.
Os efeitos gastrointestinais foram mais relacionados a semaglutida,
considerando os resultados no grupo placebo. A adição de cagrlintide
foi associada a maior risco para náusea e vômitos, porém eventos
considerados leves para moderados.
180
ESTUDO AVALIADO
INTRODUÇÃO
Embora a obesidade e doenças associadas sejam problemas graves
e globais, apenas 61% dos indivíduos com sobrepeso e obesidade
completam os programas de mudanças no estilo de vida.
181
INTRODUÇÃO
Aqui temos um estudo de revisão sistemática e meta análise
pesquisando estudos controlados randomizados nas bases de dados
Pubmed, Embase e Cochrane Library. Os estudos foram todos com
indivíduos adultos, com sobrepeso e obesidade, comparando as
drogas citadas acima entre si ou com placebo ou modificações no
estilo de vida, durando no mínimo doze semanas e sem indivíduos
com transtornos psiquiátricos.
182
CONCLUSÃO
Os agonistas de receptores GLP-1 foram mais eficazes. Já na
avaliação de LDL, 76 estudos com mais de 22 mil adultos foram
avaliados e o orslitat demonstrou grande efeito comparando com as
modificações de estilo de vida. Os agonistas de receptores GLP-1 e a
fentermina com topiramato foram os mais efetivos na redução de
pressão sistólica em 57 estudos com mais de 30 mil adultos.
ESTUDO AVALIADO
184
INTRODUÇÃO
Baixos níveis de testosterona, comuns em homens com obesidade,
são associados ao aumento de incidência de diabetes tipo 2. Foi visto,
por exemplo uma incidência maior em homens com testosterona
menor que 461 ng/dl. Dietas que levam a perda de peso
demonstraram maior prevenção de pré diabetes se tornar diabetes
tipo 2, além de melhorar o metabolismo glicídico de diabéticos tipo 2.
A perda de peso em pacientes com obesidade também ajuda a
reverter testosterona, contanto que ela não seja por desordens do
eixo hipotálamo-hipófise-testicular. Esta ação é justamente por
diminuir tecido adiposo, reduzindo a expressão da enzima
aromatase, que converte testosterona em estradiol.
185
186
DESENHO DO ESTUDO
Critérios de exclusão incluíram riscos para eventos cardiovasculares,
arritmia, pressão arterial elevada, histórico familiar de trombofilia,
hematócrito acima de 50%, função anormal do fígado ou renal, e
diabetes tipo 2 ou histórico não recente de diabetes tipo 2.
187
OBSERVAÇÕES
188
RESULTADOS
A medicação para diabetes foi iniciada por 3% dos participantes do
grupo placebo e por 4% do grupo testosterona. Após dois anos, o
aumento de glicose após o teste de tolerância era mais que 200
mg/dl em 21% dos participantes do grupo placebo e em apenas 12%
do grupo testosterona, mostrando uma redução de risco relativo de
41%.
Após dois anos, houve uma redução média de glicemia após o teste
de tolerância a glicose no grupo placebo de - 17mg/dl. No grupo
testosterona, esta redução foi mais significativa, sendo de -30,6
mg/dl. Não foi vista diferença significativa na aderência ao estilo de
vida entre os grupos. Uma alta proporção de pacientes no grupo
testosterona demonstrou glicemia normalizada após o teste oral de
glicose nos dois anos do estudo, mas a hemoglobina glicada foi
similar entre os grupos, com 8% dos participantes de cada grupo
tendo este marcador acima de 6,5% ou igual.
189
RESULTADOS
Comparado ao grupo placebo, o grupo testosterona demonstrou
maior diminuição de glicemia em jejum, circunferência de cintura,
massa gorda, gordura abdominal e aumento de massa muscular e
força no teste de dinamômetro. O grupo testosterona também
demonstrou melhora na função erétil e desejo sexual e não houve
diferença entre os grupos nos sintomas de trato urinário, pressão
arterial e alanina aminotransferase.
CONCLUSÃO
O estudo foi muito interessante por ser de longa duração, ter baixa
desistência e trabalhar com um número significativo de participantes,
ter a administração do medicamento por enfermeiras na clínica e
continuar acompanhando pacientes que desistiram durante o
protocolo. Obviamente, não pode ser extrapolado para pacientes
com hipogonadismo ou diabetes já diagnosticada.
190
CONCLUSÃO
A magnitude da testosterona de prevenir diabetes tipo 2 foi maior do
que visto para a metformina na prevenção, porém aqui houve
também mudanças no estilo de vida. A metformina demonstrou
benefícios cardiovasculares, diferente do uso de testosterona que
permanece controverso nos estudos com reposição.
ESTUDO AVALIADO
191
INTRODUÇÃO
O estudo que trago no ebook é bem antigo, tendo quase 30 anos,
porém um clássico para os que gostam de estudar sobre esteroides
anabólicos androgênicos. Já havia o claro conhecimento de que a
testosterona aumentava retenção de nitrogênio, mas ainda não se
sabia o real impacto de doses suprafisiológicas de maneira mais
controlada. Muitos estudos não avaliavam a ingestão energética,
proteica e o estímulo feito pelo exercício físico.
192
DESENHO DO ESTUDO
O protocolo teve 4 semanas de período de controle, 10 semanas de
período de tratamento e 16 semanas de recuperação e
acompanhamento. Durante as 4 primeiras, os sujeitos não podiam
realizar exercícios de força ou aeróbico extenuante. 3 desistiram
durante a fase de tratamento.
193
RESULTADOS
A acne se desenvolveu em três homens utilizando testosterona e um
no grupo placebo. Dois recebendo testosterona reportaram
sensibilidade mamária. Os valores de enzimas relacionadas ao
fígado, hemoglobina e hematócrito não mudaram de maneira
significativa. Houve uma tendência de aumento de hemoglobina nos
grupos testostera, mas não significativa.
194
RESULTADOS
O uso de testosterona diminuiu de maneira significativa os valores de
LH e FSH, deixando próximo de zero os dois marcadores, além de
reduzir significativamente os valores de SHBG.
195
RESULTADOS
massa livre de gordura não alterou de maneira significativa no
A
grupo placebo sem exercício. Seu aumento foi significativo no grupo
exercício com placebo e ainda mais significativo nos grupos
testosterona, principalmente quando houve exercício físico.
OBSERVAÇÕES
196
CONCLUSÃO:
Suplementos podem ser úteis mas:
Precisamos considerar doses, horário, para quem, quando, em
qual situação, e qual o tamanho do efeito (custo x benefício).
Para avaliarmos estudos científicos, precisamos fazer as mesmas
perguntas.
Suplementos são úteis mas NENHUM SUPLEMENTO CORRIGE UMA
DIETA RUIM
197
OBSERVAÇÕES
198
A maior e mais completa escola para
Personal Trainers do Brasil.