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FARMACOLOGIA DOS ESTEROIDES ANABÓLICOS

ANDROGÊNICOS NA PERFORMANCE ESPORTIVA


Professor: MSc. Felipe Moreira dos Santos Pereira
Farmacologia Esportiva e Nutrição
Sobre o Professor
• Graduado em Farmácia pela UNIGRANRIO (2011)

• Mestre em Ciências pelo PPG em Pesquisa Translacional em Fármacos e


Medicamentos na Área de Farmacologia Aplicada
Farmanguinhos/FIOCRUZ)

• Membro do GTT em Cannabis – CRF/RJ @felipemoreira_nutrifarma

• Graduado em Nutrição pela UNIGAMA

• Sócio-proprietário de Drogaria

• Consultório Farmacêutico – Farmacologia Esportiva e Nutrição


Programação
- MÓDULO 1: Introdutório
• Aula 1: EAAs e o Farmacêutico Esportivo

• Aula 2: Utilização de EAAs para aumento de performance.

• Aula 3: Fisiologia da Testosterona: Produção e deficiências.

- MÓDULO 2: Uso e Abuso dos EAAs.


• Aula 4: Perfil dos EAAs.

• Aula 5: Uso suprafisiológico dos EAAs

• Aula 6: Avaliação e acompanhamento do paciente usuário de EAAs.


Esteroides Anabólicos Androgênicos e o
Farmacêutico Esportivo
AULA 1
Programação

• Testosterona
• Perfil dos usuários
• Mercado
• Atuação do Farmacêutico
Esteroides Anabólicos Androgênicos
• Estrutura química
(núcleo esteroide)

• Construção de
Músculo Esquelético

• Androgenismo
Efeitos Fisiológicos da Testosterona
 Funções da Testosterona Durante o Desenvolvimento Fetal
 Efeito da Testosterona na Descida dos Testículos.
 Desenvolvimento das Características Sexuais Adultas Primárias e Secundárias
 Efeito na Distribuição dos Pelos Corporais.
 Padrão da Calvície Masculina.
 Efeito na Voz
 Aumenta a Espessura da Pele e Pode Contribuir para o Desenvolvimento de Acne
 Aumenta a Formação de Proteínas e o Desenvolvimento Muscular.
 Aumenta a Matriz Óssea e Induz a Retenção de Cálcio
 Aumenta a Taxa Metabólica Basal
 Aumenta as Hemácias
Efeito no Equilíbrio Hídrico e Eletrolítico.
Testosterona

• Reposição no hipogonadismo (TRH)

• Disfunção erétil

• Caquexia em doenças crônicas


(Câncer/HIV)

• Anemia Aplásica/DRC

• Sarcopenia em idosos

• Osteoporose
ABUSO => Força Músculo
Perfil dos Usuários
• Médicos
• Nutricionistas
PREVALÊNCIA
• Farmacêuticos

• 3,3% no Mundo
- Homens: 6,4%
- Mulheres: 1,6%
Perfil dos Usuários
2019
 Pesquisa observacional
transversal
 100 academias de curitiba
 5.773 indivíduos

• 3,3% no
 83,2%
Mundoñ usavam  Usuários antigos e atuais: 16,9%
 9,1% usaram Homens; 6,5% Mulheres.
- Homens: 6,4%anteriormente
 3,4% usavam  2,6 homens p/cada Mulher
- Mulheres: 1,6%  3,3 de 30-40 anos e 2,8 de 18-29
 4,3% pretendiam usar
anos para cada 1 com mais de 45
anos.
Aumento Recente na mídia e redes de academias
Perfil dos Usuários
Atletas Profissionais e amadores
 Desempenho Esportivo
 Força, resistência e recuperação
 Síntese proteica e massa muscular
 Estética corporal
 Danos hepáticos
 Problemas Cardiovasculares
 Comportamentais e psicológicos
 Acne, queda de cabelo, hirsutismo,
voz grave, clitoromegalia e etc.
Proibidos em competições esportivas (COI e WADA)
Mercado “Fitness”

 Academias
(pilates, dança, luta)
 Estética
 Esportes
 Vestuário
 Suplementos
 Alimentação
 Farmácias
(Manipulação, principalmente)
Mercado “Fitness”

 2016: 10º maior mercado Fitness no Mundo


 2019: 3º, faturamento de $2,1 Bi
 Periodo desafiador na Pandemia: 2 Anos de queda.
 2022: 2º maior mercado Fitness do Mundo. Faturamento 18% maior
em relação à 2019.
35 mil academias com 9,6 Mi de usuários (menos de 5% da população)
Mais sedentário da América Latina e 5º no mundo (OMS). 47% de sedentários (IBGE)

Aumento da conscientização
Mudanças no Perfil
Mercado para o Farmacêutico
Mercado para o Farmacêutico
Mercado para o Farmacêutico
Mercado para o Farmacêutico
Mercado para o Farmacêutico
Mercado para o Farmacêutico

Aumento da Performance Toxicologia


 Suplementação alimentar  Interação Medicamentosa
 Fitoterápicos e nutracêuticos  Dopping
Estratégias composição Corporal  Atletas profissionais em competições
 Trabalho multiprofissional oficiais (COI; WADA)
 Uso Racional de Fármacos (polifarmácia)
(Redução de Danos)

* Necessidade de aprofundar conhecimento fisiológico, bioquímico e Nutricional.


Mercado para o Farmacêutico

Página 157
Farmacêuticos no Topo do cenário
Farmacêuticos no Topo do cenário
Farmacêuticos no Topo do cenário
E se não assumirmos nosso papel...
Uso de EAAs para aumento de Performance
AULA 2
Programação

• Contexto Histórico, descoberta e síntese da Testosterona e EAAs


• Início do uso e do abuso nos esportes
• Controle e Doping
O que tem a ver com “Game of Thrones”?...

 China: 1300 a.C. – 1912 (fim do período


imperial

 Fins sócio-culturais e político

 Guarda de haréns, cargos administrativo


e políticos influentes

 Tropas de elite em Países Islâmicos

 Religioso (Castidade; Corais)


Carlo Farinelli (1705–1782) or Domenico Annibaldi (1705–1779).
Início na organoterapia...

 Desde a antiguidade para sintomas de


hipogonadismo

 Caio Plínio segundo (23 d.C. – 79 d.C.)

 1920 – TestiFortan*; OKASA (extrato de


testículos + ioimbina)
Início na organoterapia...
 Charles E. Brown-Séquard (1847–1894)

 The Lancet - 1889

 Auto-injeção subcutânea de 1mL contendo:


parte de sangue de veia testicular, uma parte de
sêmen e uma parte de extrato testicular de cães
e porquinhos-da-índia

“Uma mudança radical ocorreu em mim. Eu havia recuperado pelo menos toda a força que
possuía há muitos anos. Consegui fazer experimentos por várias horas. Depois do jantar,
consegui escrever um artigo sobre um assunto difícil. Meus membros, testados com um
dinamômetro, ganharam 6 a 7 kg de força. O jato de urina e o poder de defecar tornaram-
se mais fortes”
Início da Endocrinologia e Andrologia

 Inibidores de fosfodiesterases

 Efeito placebo (Injeção nunca foi comercializada)

 Charlatanismo

 Impulsionou a jovem endocrinologia a buscar pelos hormônios reais


Avanços científicos

1677
Avanços científicos – Anos 30

 Descoberta do Núcleo Esteroide

 Isolado 15mg de Androsterona (1931) (Butenandt)

 Extração e isolamento de 10mg de testosterona de


100kg de testículos de Touro (1935-Ernest Laqueur)

 Síntese da Testosterona (Butenandt and Hanisch;


Ruzicka and Wettstein)
Síntese da Testosterona e Nobel

Schering
CIBA
Testosterona e EAAs
 Uso Terapêutico Inicial (hipogonadismo;
anemias)
 Pellets; Propionato (1935)

 17α-metil-testosterona Oral
(1935, hepatotóxico, obsoleto em 1980)

 Dec. 50 e 60 busca por modificações químicas


que ^anabolismo. (EAAs)

 Undecanoato oral (1970; via linfa)

 Preparações em gel (1970) para manter níveis


fisiológicos
Doping Nos Esportes

Mais rápidos, maiores, mais


fortes: uma história do doping
nos esportes
Este conteúdo foi publicado em Medscape.com, em 28 de julho de 2016.
Mais rápidos, maiores, mais fortes

 Estimulantes: Conhaque,
vinho, cogumelos, sementes
de gergelim.

 Órgãos de animais e
humanos.

Sec. III D.C.


Atletas Gregos e Gladiadores
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 Motivação das tropas com eventos
esportivos.

 Após a guerra, as anfetaminas foram


integradas em todos os tipos de esporte.

 “Metedrina venceu a Batalha da Grã-


Bretanha".

Segunda Guerra Mundial


Anfetaminas
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 1950: soviéticos testaram
suplementos de Testosterona na
equipe Olímpica

 A partir de 1974 a República


Demcrática da Alemanha criou a
política mandatória de dopping para
atletas a partir de 10 anos.

Guerra Fria  Em 1978, atletas da Alemanha


Acima, a australiana estrela das pistas Raelene Boyle é oriental de todos os esportes, exceto
vencida por Renate Stecher da Alemanha Oriental vela, recebiam esteróides
(esquerda) na final dos 200 metros nos jogos olímpicos de
1972 em Munique. anabolizantes.
Mais rápidos, maiores, mais fortes

 Explodiu o uso de estimulantes após


a segunda Guerra.

 Em 1960, o ciclista dinamarquês


Knud Enemark Jensen desmaiou
durante a prova de tempo de 100 km
em equipe na Olimpíada de Roma e
morreu mais tarde no hospital. A
Ciclismo autópsia revelou que ele havia
"Você nunca se perder de um pelotão (conjunto de utilizado anfetaminas e o
ciclistas) em uma grande corrida. Basta seguir a trilha
de seringas vazias e embalagens de comprimidos“. vasodilatador Ronicol.
Ciclista britânico Jock Andrews
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 1998: um carro repleto de substâncias
para melhorar o desempenho pertencente
à equipe francesa Festina foi encontrado
antes da corrida. Todos os nove ciclistas da
Festina confessaram ter usado
eritropoetina (EPO)

 O americano Floyd Landis inicialmente


venceu o Tour de France de 2006, mas
O Tour de France depois de sua vitória no estágio 17, sua
Floyd Landis, vencedor do Tour de France de
urina foi duas vezes positiva para
2006, durante o interrogatório na Pepperdine
University, em 2007, no qual ele foi acusado testosterona sintética proibida e ele foi
de doping. desclassificado.
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 Em 2005, depois de vencer seu sétimo Tour de
France, ele foi acusado de doping;

 Em 2012, ele perdeu todos seus títulos do Tour


de France desde 1998. No ano seguinte,
Armstrong admitiu o doping em uma entrevista
na televisão à apresentadora Oprah Winfrey.

 Como burlava os testes:


• Fugia e se escondia
Lance Armstrong • Infusão de soro para mascarar valores
foi o número um do mundo em 1996, o sanguíneos das drogas
mesmo ano em que ele se recuperou de um • Injetava pequenas doses venosas de EPO e não
tumor de testículo. subcutâneas, isso gerava teste negativo.
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 Em 1988: Vitória nos 100m, record mundial e
estanozolol na urina.

 Medalha de ouro e título mundial foi para Carl


Lewis, o segundo colocado.

Em 2003, foi revelado que Lewis também havia


testado positivo, mas que a quantidade
encontrada não foi considerada dopping e ele
manteve o título.
O Maior Escândalo da História
Ben Johnson em ação durante as Olimpíadas
de 1988, vencendo a corrida de 100 metros
“Espera aí, eu achava que essas pessoas eram
rasos antes de perder a medalha e o recorde
por uso ilegal de drogas. examinadas!”
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 International Association of Athletics
Federations (IAAF), o órgão mundial que regula o
atletismo, impediu a equipe russa de competir nas
Olimpíadas do Rio de Janeiro por conta de um programa
secreto do governo da Rússia, que forneceu esteroides
para seus atletas nas Olimpíadas de Inverno de 2014 em
Sochi e ter encoberto as provas da fraude.

 Foto: Pódio da corrida de 50km em Sochi (2014)

 o COI decidiu que federações individuais de cada


Equipe Russa no RIO 2016 esporte decidisse a participação da Rússia na RIO 2016.
Equipe de atletismo foi impedida de participar Muitas federações permitiram a participação.
das Olimpíadas do Rio em 2016
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 Dr. John Bosley Ziegler, médico da equipe de
levantamento de peso dos EUA nos anos 1950 e 1960.
Descobriu o segredo dos soviéticos: Testosterona.

 Dr. Ziegler trabalhou com a CIBA Pharmaceutical


Company para desenvolver um esteroide anabolizante,
a metandrostenolona (Dianabol), que foi posto à venda
em 1960.

 Na foto: uma das estrelas da equipe de "Doc" Ziegler,


o levantador de peso Ike Berger (esquerda), na
Olimpíada de Tóquio, em 1964. Com um peso corporal
Esteroides Anabólicos Androgênicos de 59 quilos, seu resultado nos jogos de 1964 fez com
que ele fosse considerado o homem mais forte do
Sucesso da equipe soviética de levantamento mundo quilo por quilo.
de peso na década de 50
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 Logo, os esteroides estavam sendo amplamente
usados por atletas em todos os esportes de força.

 Na metade dos anos 1960, a maioria dos melhores


atletas de lançamento de peso, disco, dardos e martelo
usavam esteroides.

 Em 1968, velocistas, corredores de salto e corredores


de média distância juntaram-se a eles.

 No campo de treinamento pré-olímpico de 1968,


Popularização dos EAAs estimava-se que um terço da equipe de atletismo dos
EUA tenha usado esteroides.
Acima, Arnold Schwarzenegger, ex-Mr. Olympia
e Mr. Universo. Ele admitiu uso de esteroides em "Eu não acho que seja possível para um atleta do peso competir
uma entrevista em 1977. internacionalmente sem usar esteroides anabolizantes"[. Médico
da equipe de levantamento de peso dos EUA.
Mais rápidos, maiores, mais fortes
 "Se você treinar naturalmente por cem anos, usando
o máximo de sua força e capacidade física, ainda assim
você nunca vai chegar ao lugar que pode alcançar com
algumas dessas drogas".

 "O que podemos fazer a respeito disso?


Absolutamente nada“

"Os exames de doping estão cheios de lacunas. O


dinheiro em jogo é enorme. Os fãs não se importam. ”

Desafios Antidoping
Acima, o jogador do New York Jets, LaRon "Charles E. Yesalis III, professor emérito de saúde e
Landry, que pesa 102 kg e pode levantar 229 desenvolvimento humano na Pennsylvania State University e autor
kg, e é um considerado um dos "menores" de Anabolic Steroids in Sport and Exercise e ex-consultor do Comitê
jogadores dos grandes clubes de futebol Olímpico dos Estados Unidos, do US Office of National Drug
americano dos Estados Unidos. Control Policy, e da National Collegiate Athletic Association, dentre
outros.
Controle Antidoping
International Association of Athletics Federations
(IAAF)

1976
Desenvolvimento do 2009
radioimunoensaio 1999 WADA publica as
1928 Criação da World diretrizes do
IAAF proíbe o uso de Eaas entram para a lista de Anti-Doping passaporte
estimulantes substâncias proibidas Agency (WADA) Biológico do Atleta

1974 Realizado os 1988 Início do 2003


primeiros testes para monitoramento Criação do
detecção de EAAs antidoping fora das World Anti-
competições Doping Code
(WADC)
Controle Antidoping
Controle Antidoping
Controle Antidoping
Controle Antidoping
Controle Antidoping
PORTARIA 344

 Autorizações e Licenças
 Comércio
 Transporte
 Prescrição
 Receita
 Escrituração
 Guarda
 Balanços
 Embalagens
 Controle e Fiscalização
Regulamentação de Venda no Brasil
Fortalecimento do Underground?
Fortalecimento do Underground?
Fisiologia da Testosterona
AULA 3
Programação

• Produção; Transporte; Regulação da produção


• Hipogonadismo Primário e Secundário
• Intervenções não-farmacológicas
TESTOSTERONA: PRODUÇÃO,
TRANSPORTE E REGULAÇÃO
Produção – Células Intersticiais de Leydig

 Testosterona, DHT e Androstenediona

 Células de Leydig – 20% massa testicular

 produz 95% da testosterona masculina

6–7 mg/dia

 Conversão local em DHT e E2


Biossíntese
Produção nos estágios da vida

HCG
(Gonadotrofina Coriônica Humana)
Transporte

Distribuição estimada
para concentrações
fisiológicas (A) e
Suprafisiológicas (B)

 Albumina
 CBG – Globulina Ligadora de Corticoides
 SHBG – Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais
Transporte

Afinidade 100x < SHBG Única forma ativa?

 Albumina
 CBG – Globulina Ligadora de Corticoides
 SHBG – Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais
 Alfa-1-Glicoproteína ácida ou Orosomucóide
Transporte Intracelular

a) Hipótese do hormônio
livre
b) Dependente de Megalina
(endocitose)
Transporte Intracelular

c) Sistema receptor SHBG-


Testosterona
d) Interações dependentes de
ligantes esteroides
Regulação
A) Homem B) Mulher

 Início no Hipotálamo
 GnRH – Hormônio Liberador
de Gonadotrofinas
 Pulsátil

 LH – Hormônio Luteinizante
 FSH – Hormônio Folículo
Estimulante
HIPOGONADISMO
Testículos, componentes e funções
Dupla função testicular Inibinas – Inibe FSH
Componentes: (reduz com a idade)
Células de Leydig
(intersticiais) Ativinas – Estimula
Túbulos seminíferos secreção de FSH
Células de sertoli e
germinativas Túbulos seminíferos:
-30Mi de
espermatozóides/dia
Produção de
Testosterona
Androgênio atua como
feedback negativo
Hipogonadismo Primário
Orgânica ou clássica
Hipogonadismo Hipergonadotrófico (primário)
• Congênita: síndrome de Klinefelter e outras
anormalidades cromossômicas, distrofia
miotônica, defeitos na biossíntese de
testosterona e etc
• Adquirida: varicocele, trauma, torção,
cirurgia, quimioterapia, irradiação

Funcional
• Envelhecimento
• Induzido por drogas: cetoconazol,
aminoglutetimida, mitotano, metirapona
• Doenças sistêmicas crônicas
• Falência de órgãos
• Excesso de glicocorticóides: iatrogênico,
síndrome de Cushing
• Abuso de álcool
Hipogonadismo Secundário
Hipogonadismo Hipogonadotrófico (secundário)
Orgânico ou clássico
• Congênita: síndrome de Kallmann, hipogonadismo
hipogonadotrófico idiopático, hemocromatose
• Adquirida: Traumatismo cranioencefálico,
irradiação/cirurgia craniana ou hipofisária,
adenomas hipofisários, tumores hipotalâmicos;
excesso de ferro

Funcional
• Doença aguda ou crítica
• Induzida por drogas: opioides, glicocorticóides,
andrógenos/esteróides anabólicos androgênicos,
=
análogos de GnRH, acetato de ciproterona, drogas
psicotrópicas que causam hiperprolactinemia
• Desnutrição, exercício excessivo
• HIV/AIDS
• Abuso de canabinóides
• Obesidade, DM2, comorbidades, apneia do sono
Quando fazer a reposição?

 Reposição de TESTOSTERONA? Individualizar casos.


 Baixos níveis de TESTOSTERONA: <280-300 ng/dL
testosterona total e <5-9ng/dL de testosterona livre +
sintomas clínicos significativos
 Doenças associadas a serem investigadas

 Excluir hipogonadismo orgânico


 Investigar se drogas/substâncias que
interferem no eixo hipotálamo-hipófise
podem ser reduzidas/retiradas
 Corrigir comorbidades subjacentes
Recomendar estilo de vida ou outro
tratamento para obesidade
Intervenções Não-Farmacológicas
INTERVENÇÕES

Retirada de Fármacos?

Ide V, Vanderschueren D, Antonio L. Treatment of Men with Central Hypogonadism: Alternatives for Testosterone Replacement Therapy. Int J Mol Sci. 2020 Dec 22;22(1):21.
IDADE, OBESIDADE E COMORBIDADES

 O avançar da idade
diminui níveis de
testosterona
significativamente.
 Estudo prospectivo de
coorte entre os anos 1995 à  Aumento de 4 – 5
2004 kg/m2 no IMC reduz o
 1667 homens de 40-70 equivalente a 10 anos
anos de idade de envelhecimento
(comorbidades).
OBESIDADE
 2736 homens de 40-79 anos
de idade
 Multicêntrico; Europeu
 Avaliados a cada 3 – 5 anos
OBESIDADE
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Oxidantes
X
Antioxidantes

Skoracka K, Eder P, Łykowska-Szuber L, Dobrowolska A, Krela-Kaźmierczak I. Diet and Nutritional Factors in Male (In)fertility-Underestimated Factors. J Clin
Med. 2020 May 9;9(5):1400.
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
Vitamina D

Nutritional Factors in Male (In)fertility-Underestimated Factors. J Clin Med. 2020 May


Skoracka K, Eder P, Łykowska-Szuber L, Dobrowolska A, Krela-Kaźmierczak I. Diet and
Canguven O, Talib RA, El Ansari
W, et al. Vitamin D treatment
improves levels of sexual
hormones, metabolic
parameters and erectile
function in middle-aged vitamin
D deficient men. Aging Male.
2017 Mar;20(1): 9-16.

9;9(5):1400.
TestoBooster; Pré-hormônios
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Boro

Naghii MR, Mofid M, Asgari AR, Hedayati M, Daneshpour MS. Comparative effects of daily and weekly boron supplementation on plasma steroid hormones and
proinflammatory cytokines. J Trace Elem Med Biol. 2011 Jan;25(1):54-8. doi: 10.1016/j.jtemb.2010.10.001. Epub 2010 Dec 3. PMID: 21129941.
DOI: 10.1210/jcem-56-6-1278 ESTRESSE, SONO E CORTISOL

Ritmicidade Circadiana nos níveis de Testosterona


Liu PY, Reddy RT. Sleep, testosterone and cortisol
balance, and ageing men. Rev Endocr Metab Disord.
2022 Dec;23(6):1323-1339. doi: 10.1007/s11154-022-
09755-4.
ESTRESSE, SONO E CORTISOL

suplementos.
 Melhora do sono
 Controle do estresse

 Hábitos, alimentação,
TRIBULUS???
Quando fazer a reposição?

 Quando esgotarem
os tratamentos não-
farmacológicos

 Exames acusarem
testosterona baixa +
Sinais clínicos
Perfil dos EAAs
AULA 4
Programação

• Mecanismos de ação
• Relação Estrutura X Atividade
• EAAs derivados da Testosterona, DHT e 19-NorTEST
MECANISMO DE AÇÃO DOS
HORMÔNIOS ANDROGÊNICOS
• Efeitos genômicos e não genômicos
Efeitos genômicos

 Horas – Dias
1) Via clássica
2) RA de membrana
interage com
domínio SH3 da
tirosina quinase
3) Andrógeno +
SHBG se liga no
receptor de
SHBG – atividade
da Proteina
Quinase A.
Efeitos genômicos
Tecido reprodutor
PSA
Probasin
Tecido Muscular
Síntese proteica
Retenção nitrogênio
Tamanho e força

Tecido Ósseo
Síntese de fator de crescimento
Proliferação celular
Eritropoese

 AR – Receptor Androgênico
 5αR – 5-alfa-Redutase
 DHT – Di-hidrotestosterona
 E2 – Estradiol
 ARE – Elemento de Resposta Androgênica
 3α- Androstenediol
Efeitos Não Genômicos
Segundos - minutos

1) mAR - ativação dos canais de cálcio do tipo L –


Calmodulina (CAM)
2) mAR - levando à modulação da atividade da
proteína G e subsequente ativação da fosfolipase C
(PLC)
3) 3α Diol pode interagir com o receptor GABAA e
levar a aumentos no cálcio intracelular e, portanto,
no potencial de membrana.
4) Testosterona e metabólitos podem interagir com os
fosfolipídios na bicamada da membrana para alterar
a flexibilidade da membrana e subsequentemente
alterar a função da ATPase de sódio/potássio e
ATPase de cálcio.

Ações androgênicas não genômicas por meio de alterações nas concentrações de íons
intracelulares e na fluidez da membrana.
Efeitos Não Genômicos

• Oscilação de Ca+ ativada pela liberação de Ca+ • Maior ativação do receptor androgênico de membrana
mediado pelo receptor de trifosfato de inositol • Ativação sustentada de sinal de cálcio
• Desativados por mecanismos de extrusão • Atividade de caspases dependentes de mitocôndria –
• Aumento de Neuritos (filamentos de neurônios): Apoptose.
Neuroplasticidade

Mini Rev Med Chem. 2011 May;11(5):390-8.


TESTOSTERONA

OUTROS EFEITOS CÉLULAS MESENQUIMAIS


AR AR PLURIPOTENTES
• Efeito anti-

FIBRA MUSCULAR
inflamatório • Diferenciação em
MIONÚCLEOS CÉLULAS SATÉLITES
• ↑ sensibilidade linhagem miogênica
Transcrição de genes alvos • Proliferação
insulina • Diferenciação
• Melhora função
endotelial
• Melhora sensibilidade • Aumento de • Diminui a
IGF-1 expressão de
de barroceptores • Repressão miostatina
• Melhora perfusão sistema UPS
muscular

• Aumento de síntese proteica • Formação de novos miotubos


muscular • Aumento do numero de
• Redução catabolismo proteico mionúcleos

AUMENTO DA MASSA MUSCULAR E


FORÇA Slide cedido por:
AUMENTO DA CAPACIDADE EXERCÍCIO @dr.manoelmoura
Efeitos Genômicos e Não Genômicos
RELAÇÃO ESTRUTURA X ATIVIDADE
Relação Anabólica-Androgênica dos EAAs
Kicman AT. Pharmacology of anabolic steroids. Br J Pharmacol. 2008

Efeito Anabólico/Miotrófico
- Ligação do EAA ao RA no tecido
muscular esquelético
Jun;154(3):502-21.

Efeito Androgênico
-Ligação do EAA ao RA em outros
tecidos: Pele, couro cabeludo, cordas
vocais, genitálias e etc
5X+
Não foi possível encontrar o esteróide com efeitos anabólicos puros nos músculos ou ossos para tratar a caquexia,
osteoporose ou baixa estatura, ou efeito eritropoiético puro para o tratamento da anemia sem androgenização.
Modificações Estruturais
Remoção do grupo A esterificação confere atividade de
Introdução de ligação dupla metil angular depósito ( administração I.M.)
Ligação do grupo Éster = Ácido + Alcool
metil
Anexo de vários
grupos em C-2 A ligação do grupo 17 α-alquil
confere atividade oral

Fixação do anel pirazol ao


anel A

Ligação do grupo 7 α-metil

Ligação do grupo cloro ou


hidroxila
Kicman AT, Gower DB. Anabolic steroids in sport: biochemical, clinical and analytical perspectives. Ann Clin Biochem. 2003 Jul;40(Pt 4):321-56.
Esteroides Anabólicos Androgênicos (EAAs)

Propionato de T Enantato de T Cipionato de T


MetilTestosterona

Estanozolol Decanoato de
Boldenona Metandrostenolona
(DHT) Nandrolona
(Dianabol)
(19-NOR-Testosterona)
DERIVADOS DA TESTOSTERONA
• Ésteres e vias
 Aumento das enzimas
hepáticas. Colestase e
pelisose (Lorimer et al.
1965, Westaby et al. 1977)

 Longo período→
carcioma
hepatocelular
(Goodman and Laden
1977)

 German Endocrine
Society→ declara
metiltestosterona
obsoleta
TESTOSTERONA PROPIONATO
TESTOSTERONA PROPIONATO
TESTOSTERONA ENANTATO
TESTOSTERONA ENANTATO
TESTOSTERONA CIPIONATO
TESTOSTERONA CIPIONATO
TESTOSTERONA BLEND
TESTOSTERONA UNDECANOATO
BOLDENONA
BOLDENONA
BOLDENONA
BOLDENONA
BOLDENONA
METANDROSTENOLONA
DIANABOL
DIANABOL
DIANABOL
DIANABOL
CLORODEHIDROMETIL TESTOSTERONA
TURINABOL
FLUOXIMESTERONA
HALOTESTIN
DERIVADOS DA
DIHIDROTESTOSTERONA
METENOLONA
PRIMOBOLAN - ORAL
PRIMOBOLAN - INJETÁVEL
STANOZOLOL- ORAL
STANOZOLOL- INJETÁVEL
STANOZOLOL
STANOZOLOL E COLÁGENO
OXANDROLONA
OXANDROLONA
OXIMETOLONA (HEMOGENIN)
HEMOGENIN
HEMOGENIN
MESTEROLONA
PROVIRON
DROSTANOLONA (MASTERON)
MASTERON
MASTERON
19-NorTEST
NANDROLONA
NANDROLONA
NANDROLONA
TREMBOLONA
TREMBOLONA
Uso Terapêutico x Suprafisiológico
AULA 5
Programação

• Terapia de Reposição Hormonal (TRH)


• Uso Terapêutico na Performance Física
• Uso Suprafisiológico (supraterapêutico) Para Aumento da
Performance

Terapia de Reposição Hormonal
(TRH)
•Para quem? Quando? Como?
Para quem??

Níveis de Testosterona < 300 ng/dL (10.4 nmol/L)

3 exames diferentes
Quando??
Quando??

 Câncer de próstata conhecido (localmente avançado ou metastático)


 Câncer de mama
 Nódulo/induração da próstata ou PSA > 4 ng/mL ou PSA > 3 ng/mL e alto risco de câncer
de próstata sem avaliação urológica adicional
 Sintomas graves do trato urinário inferior (STUI) com Pontuação Internacional de
Sintomas da Próstata
 Hematócrito > 50%
 Apneia grave do sono não tratada
 Insuficiência cardíaca grave não controlada ou mal controlada
 Desejo ativo de fertilidade
Como??
Manter concentrações de Testosterona entre:

300 ng/dL (10.4 nmol/L) -------------- 1000 ng/dL (35 nmol/L)


GEL

200 mg /quinzena ou 100 mg/semana 1000 mg a cada 10–12 weeks


Cipionato/Enantato
Cipionato e Enantato
Blend
(1)

Blend (1)
X
Cipionato /Enantato (2) (2)

100mg a cada 10 dias


Undecanoato

Undecilato (1000 mg)


Gel

Gel
de
Testosterona
Uso Terapêutico
na Performance Física
ESTUDO
 VO2 máx.
 Massa Magra
 Massa de Gordura
 Força LegPress
 80 homens hipogonádicos
 Randomizado e controlado por placebo
 12 semanas com texto gel 50mg/dia.
 GRUPOS:
• Testosterona + Treinamento
• Testosterona sem treinamento
• Placebo + treinamento
• Palcebo sem treinamento
Testosterona e LH
Performance
Uso Suprafisiológico Para Aumento
da Performance Física
Maiores Doses, Maiores Resultados????
Considerações

 Incremento do físico e performance


 Características individuais→ escolha de EAA
 ↓ Minimizar efeitos adversos
 EAA se ligam ao mesmo receptor
 Anabolismo vs. Androgênismo
 Diferentes combinações, diferentes resultados
 Perfil estrogênico: maior ou menor ganho?
Considerações

 Maior dose, maior colateral


 Iniciantes ≠ intermediários ≠ avançado
 Dose alta maior efeito cosmético?
 Maior dose, maior alteração endócrina→ crash hormonal
 Melhores resultados de 6-8 semanas
 Uso prolongado?
Testosterone dose-response relationships in healthy young men
(Bhasin, 2001)
Padrões de Uso (Ciclos)

 BLAST AND CRUISE


• Atletas Profissionais?

 Ciclo + TPC
• Atletas Amadores
• Usuários Recreacionais

 Ciclo + TRT
• Atletas Amadores
• Usuários Recreacionais
Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA TESTOSTERONA TESTOSTERONA
SEM1 200MG SEM1 250MG SEM1 400MG
SEM2 200MG SEM2 250MG SEM2 400MG
SEM3 200MG SEM3 250MG SEM3 400MG
SEM4 200MG SEM4 250MG SEM4 400MG
SEM5 200MG SEM5 250MG SEM5 400MG
SEM6 200MG SEM6 250MG SEM6 400MG
SEM7 200MG SEM7 250MG SEM7 400MG
SEM8 200MG SEM8 250MG SEM8 400MG

TESTOSTERONA ENANTATO, CIPIONATO, BLEND OU PROPIONATO


Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA DIANABOL TESTOSTERONA DIANABOL
SEM1 200MG 10MG/DIA SEM1 200MG 20MG/DIA
SEM2 200MG 10MG/DIA SEM2 200MG 20MG/DIA
SEM3 200MG 10MG/DIA SEM3 200MG 20MG/DIA
SEM4 200MG 10MG/DIA SEM4 200MG 20MG/DIA
SEM5 200MG 10MG/DIA SEM5 200MG 20MG/DIA
SEM6 200MG 10MG/DIA SEM6 200MG 20MG/DIA
SEM7 200MG 10MG/DIA SEM7 200MG 20MG/DIA
SEM8 200MG 10MG/DIA SEM8 200MG 20MG/DIA
TOTAL 270MG/SEM EAA TOTAL 340MG/SEM EAA

TESTOSTERONA ENANTATO, CIPIONATO, BLEND OU PROPIONATO


Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA HEMOGENIN TESTOSTERONA HEMOGENIN
SEM1 200MG 50MG/DIA SEM1 250-300MG 50MG/DIA
SEM2 200MG 50MG/DIA SEM2 250-300MG 50MG/DIA
SEM3 200MG 50MG/DIA SEM3 250-300MG 50MG/DIA
SEM4 200MG 50MG/DIA SEM4 250-300MG 50MG/DIA
SEM5 200MG 50MG/DIA SEM5 250-300MG 50MG/DIA
SEM6 200MG 50MG/DIA SEM6 250-300MG 50MG/DIA
SEM7 200MG 50MG/DIA SEM7 250-300MG 50MG/DIA
SEM8 200MG 50MG/DIA SEM8 250-300MG 50MG/DIA
SEM9 200MG 50MG/DIA SEM9 250-300MG 50MG/DIA
SEM10 200MG 50MG/DIA SEM10 250-300MG 50MG/DIA
TOTAL 550MG/SEM EAA TOTAL 600MG-650/SEM EAA
Estrutura de Ciclos

TOTAL 300-400MG/SEM EAA TOTAL 350-450/SEM EAA


Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA NANDROLONA DIANABOL
SEM1 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM2 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM3 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM4 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM5 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM6 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM7 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM8 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM9 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM10 200MG 100MG 10M-20G/DIA
TOTAL 370-440MG/SEM EAA
Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA NANDROLONA STANOZOLOL
SEM1 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM2 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM3 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM4 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM5 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM6 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM7 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM8 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM9 200MG 100MG 10M-20G/DIA
SEM10 200MG 100MG 10M-20G/DIA
TOTAL 370-440MG/SEM EAA
Estrutura de Ciclos
TESTOSTERONA TREMBOLONA MASTERON
SEM1 300MG 100MG 200G/DIA
SEM2 300MG 100MG 200G/DIA
SEM3 300MG 100MG 200G/DIA
SEM4 300MG 100MG 200G/DIA
SEM5 300MG 100MG 200G/DIA
SEM6 300MG 100MG 200G/DIA
SEM7 300MG 100MG 200G/DIA
SEM8 300MG 100MG 200G/DIA
SEM9 300MG 100MG 200G/DIA
SEM10 300MG 100MG 200G/DIA
TOTAL 600MG/SEM EAA
Considerações

 Combinações de fármacos de acordo com a necessidade


individual
 Polifarmácia??
Efeitos Colaterais – Controle e Intervenções
AULA 6
Programação

• Introdução
• Alopécia
• Acne
• Riscos Cardiovasculares
• Ginecomastia
• Terapia Pós-Ciclo (TPC) e Terapia Fora do Ciclo (OCT)
INTRODUÇÃO

 Condições Individuais
Exames
 Doses e Tempo de exposição
 Sintomas Clínicos
 Intervenções (prevenir ou combater?
 Polifarmácia? Redução de Doses?
 TPC + OCT?
 Encaminhamento
ALOPÉCIA
Alopécia de Padrão Masculino

DHT

TGFβ 1; IL-1α; TNF-α


Alopécia Androgenética

TGFβ 1; IL-1α; TNF-α

X
Miniaturização dos fios e queda.
Intervenções

Vitaminas e Minerais

Colina
Biotina
N-acetilcisteína
Pantotenato de cálcio
Niacina, Vitamina B3
Piridoxina, Vitamina B6
Vitamina C revestida
Cistina
Zinco quelado

Serenoa Repens = Saw Palmetto


Pumpkin seed Oil = Óleo de Semente de abóbora
LLLT – Terapia a Laser de baixa intensidade
ACNE
Acne

Andrógenos, ligantes de receptores ativados por proliferadores de peroxissoma (PPARs), neuropeptídeos reguladores com atividade
hormonal e não hormonal e fatores ambientais levam à hiperseborreia, hiperproliferação epitelial no ducto seboglandularis e
acroinfundíbulo e à expressão de quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias , que estimulam o desenvolvimento de comedões e
lesões inflamatórias.
Intervenções

PRIMEIRO:

-Avaliar redução de doses


- Higiene da pele
- Avaliar fatores nutricionais
- Avaliar uso Fármacos Tópicos
- Avaliar uso Fármacos Orais

10 dias
Fatores Nutricionias
Suplementos Clínica Características
Lesões monomórficas, pápulopústulas
faciais e pápulas disseminadas encontradas Relatado com suplementos de B12 em altas
Vit B6/B12
no pescoço, ombros, braços, tórax e/ou doses e da combinação de B12 com B1, B2 ou B6
costas
Pústulas inflamatórias monomórficas,
Pode ser encontrado em suplementos
envolvimento facial e superior do tronco e
Iodo vitamínicos e minerais, bem como em
podem assemelhar-se à acne desencadeada
suplementos de algas marinhas
por esteróides
Suplementos concentrados de soro de leite
Acne papulonodular no tronco. Alguns
Whey Protein usados por fisiculturistas têm o mesmo teor de
relatos incluíram acne facial, outros não
soro de leite que 6 a 12 litros de leite

89,1% dos “suplementos de construção


Esteróides anabólicos
Acne fulminante, acne conglobata ou acne muscular” adulterados contaminados com
androgênicos
papulopustulosa com queda de cabelo e/ou ingredientes semelhantes a esteróides ou
(suplementos para
hirsutismo de padrão masculino esteróides sintéticos, de acordo com o banco de
construção muscular)
dados de Suplementos Tainted da FDA
Retinóides Tópicos
Fitoterápicos Tópicos
Antibacterianos tópicos
Outros
• Ação anti-inflamatória
• Redução de sebo

Orais
Espironolactona;
Finasterida; Contraceptivos
orais anti-androgênico

Isotretinoína (Roacutam) –
Risco hepático
Riscos cardiovasculares
Riscos Cardiovasculares

Eritrocitose
Masculino Feminino
HEMATÓCRITO
Adultos: 39,2 - 49,0% Adultos: 35,1 - 44,1%

Dislipidemia

LDL-c

HDL-c  Hipertensão
 Risco tromboembolítico
 Risco de Aterosclerose
Riscos Cardiovasculares
Riscos Cardiovasculares

2015

Homens que testaram positivo para uso de EAAs aumentaram o risco de


mortalidade e morbidade em 2X, comparado aos que não usaram EAAs.
Riscos Cardiovasculares

Hipertrofia do Ventriculo Esquerdo


Redução da fração de ejeção
 Aumento Átrio Esquerdo

EAAS? Estimulantes?
Exercício físico?

Normal Uso de EAAs


Intervenções

-Redução de Doses/Suspensão do uso


- Flebotomia
- Acompanhamento com Cardiologista Esportivo
Ginecomastia
Ginecomastia

 Purberdade
 Qualquer grau palpável na mama
 Preocupação estética
 Multifatorial (genética, medicamentos)
 Uso de EAAs
 Ação da Aromatase
 Estrogênio e/ou Prolactina
Ginecomastia
TERAPIA PÓS-CICLO (TPC)
• Deficiência de Testosterona
• Infertilidade
• Disfunção erétil
Pré e Pós-Ciclo

 Exames (alterações comparativas)


 EAAs: doses e tempo de exposição
 Início da TPC
 OCT (Off Cycle Therapy)
TPC
OCT – Fitos e Minerais

LIBÍDO:

• Tribullus
• Maca
• Long Jack
• Feno Grego
OCT – Suplementos Alimentares

 Recuperação do eixo hormonal


 Manutenção parcial dos ganhos
 Evitar Crash Hormonal
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Saúde como prioridade


 Uso Racional
 Abordagem Multiprofissional
 Crescer em conhecimento
OBRIGADO!
@crf.rj fb.com/CRFRJ

@felipemoreira_nutrifarma

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