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A paixão por futebol aproxima as pessoas de modo instantâneo. Gente que nunca tinha se
visto antes ao se encontrar num mesmo ambiente e começar a discutir o assunto descobre
afinidades imediatas, ou contrariedades eternas, num clima de intimidade que não costuma ser
visto em nenhum outro assunto – ou melhor, só comparável às paixões pelos personagens das
telenovelas.
O esporte era tido como “preparação para a vida”. Hoje sabemos que ele faz parte da vida,
pela importância que as paixões clubísticas têm na vida das pessoas. Hoje elas são a própria vida
concreta e não meramente simbólica. O volume de negócios assumiu proporções comerciais
inéditas, movimentando um mercado sempre crescente e cada vez mais diversificado de produtos
temáticos, que vão além dos materiais esportivos e envolvem as marcas dos clubes em vários
outros produtos.
No futebol “clássico”, pense nas décadas entre os anos 50 até 80, o assunto central era o
talento, Pelé e Garrincha como símbolos maiores dessa época. Depois disso ficou claro que
esquemas táticos, preparação física e o dito “espírito de grupo” eram tão importantes quanto o
talento individual. Cada vez se soma mais fatores a isso, como o marketing clubístico, que gera
capacidade de investir no futebol.
Da era do talento, passamos à era dos grandes eventos e dos grandes negócios, inclusive
dos direitos de transmissão pela TV e do direito de imagem, do amor ao clube passamos ao
clube-empresa. E como em toda a cadeia de negócios capitalistas, quanto maior a complexidade
dos negócios, mais ela se presta ao monopólio.
A paixão pelo futebol se defronta, agora, com o pragmatismo do “mercado”, o que não chega
a ser uma novidade, mas um acirramento do monopólio. Digamos que um time com folha salarial
de 150 mil enfrente um de 10 milhões. Numa hipótese em que o time menor estivesse vencendo
por 2×0, digamos, quando chegasse ao segundo tempo ele sofreria no mínimo a marcação de 2
pênaltis e uma expulsão, se o jogo fosse decisivo. Parece exagero? Não só aconteceu (com o
Cruzeiro no Campeonato Gaúcho de 2015) como também surgiram “comentaristas de arbitragem”
para justificar as marcações. Os negócios não podem parar, mas o futebol perde com isso. Citei o
Cruzeiro, poderia ser outro, o caso do Brasil de Pelotas em 2014, mas o que está em jogo é uma
paixão maior, pelo futebol.
03. O autor faz um apanhado histórico acerca do futebol no país. Identifique as opiniões do
autor do texto a respeito desse tema.
a) Ele fala da época em que o esporte era tido como “preparação para a vida”.
b) Ele fala da época do futebol clássico em que Pelé e Garrincha eram os símbolos do futebol
nacional
c) Ele fala da época dos grandes eventos e dos grandes negócios inclusive dos direitos de
transmissão pela TV e do direito de imagem, e do amor aos clubes.
d) Nenhuma alternativa está correta.
04. Associe cada parágrafo do texto ao tipo de argumento empregado pelo autor?
(A) Época do esporte preparação para a vida
(B) Fatos do passado do futebol
(C) Fase do futebol-talento
(D) Fase dos grandes eventos futebolísticos em marketing dos times
( ) 5º parágrafo
( ) 2º parágrafo
( ) 4º parágrafo
( ) 3º parágrafo
a) A – B – C – D
b) B – C – A – D
c) C – B – D – A
d) D – A – C - B
05. Como o autor define a era do talento no futebol?
a) Foi entre os anos 50 e 80 em que Pelé e Garrincha eram ídolos do esporte.
b) O período em que os clubes Flamengo e Corinthians recebem mais dinheiro, pois são os
maiores times de futebol do país.
c) A era dos grandes eventos e dos grandes negócios envolvendo grandes times e jogadores de
futebol.
d) A era em que o futebol era tido como a preparação para vida.
06. O autor afirma que o futebol evoluiu. Segundo ele, como o futebol é tratado hoje em
dia?
a) Como um esporte que atrai a atenção de todo um país, principalmente nos jogos de Copa do
Mundo, já que é o país que possui mais títulos de campeão mundial
b) Como um clube-empresa em que se ganha dinheiro explorando vários aspectos do time e do
esporte.
c) Como uma paixão nacional que atrai e aproxima as pessoas de modo instantâneo.
d) Como uma modalidade esportiva que atrai muitas pessoas e contribui para que as mesmas se
aproximem e fortaleça seus laços de amizade.
07. Relacione o uso das aspas nos trechos do texto com suas respectivas justificativa:
a) O esporte era tido como “preparação para a vida”.
b) No futebol “clássico”...
c) ... com o pragmatismo do “mercado”...
d) ... surgiram “comentaristas de arbitragem” para justificar as marcações...
( ) IRONIA (INSINUANDO O USO DO DINHEIRO PARA INFLUENCIAR RESULTADOS DAS
PARTIDAS)
( ) IRONIA (INSINUANDO QUE O ESPORTE PREPARA AS PESSOAS QUE O PRATICAM
PARA SE VIVER MELHOR)
( ) IRONIA (IRONIZANDO OS COMENTARISTAS ESPORTIVOS QUE DEFENDEM A
ARBITRAGEM QUE FAVORECE OS TIMES DE MAIOR INFLUÊNCIA)
( ) NOME ANTIGO DADO AO FUTEBOL. (REFERÊNCIA AO PASSADO)
a) A – B – C – D
b) D – C – B – A
c) C – A – B – D
d) C – A – D – B
08. Ao escrever seu artigo, o autor faz alguns comentários e se dirige ao leitor. Retire do
texto lido dois exemplos em que esse fato acontece.
a) “parece exagero?”
b) Para convencer o leitor de uma dada opinião, é preciso apresentar argumentos que devem ser
justificados.
d) O texto lido apresenta uma opinião sem o fanatismo futebolístico tão comum entre os
torcedores
i) A linguagem que se usa no Debate geralmente é caracterizada pela norma padrão. Entretanto,
em algumas ocorrências poderá haver variações em função do grau de intimidade entre os
participantes, da faixa etária e do nível cultural referente aos mesmos.
a) VVVFFFFVVV
b) FFFVVVVFFF
c) FFFFFVVVVV
d) VFVFVFVFVF
10. Faça a correspondência entre o nome dos elementos estruturais do gênero Artigo de
Opinião citados na primeira coluna e os trechos do texto lido colocados na segunda
coluna:
2 - Conclusão. ( ) “Os negócios não podem parar, mas o futebol perde com isso.”
4 - Dados históricos. ( ) “No futebol “clássico”, pense nas décadas entre os anos 50 até
80, o assunto central era o talento, Pelé e Garrincha como símbolos maiores dessa época.”
6 - Comparação. ( ) “Da era do talento, passamos à era dos grandes eventos e dos
grandes negócios, inclusive dos direitos de transmissão pela TV e do direito de imagem, do amor
ao clube passamos ao clube-empresa.”
a) 654321
b) 456213
c) 123456
d) 321654