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Classificação: Restrita

Grupo de Acesso: Equipe de Ensino / Alunos

DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA


NATUREZA DO TRABALHO: TEXTO INFORMATIVO Valor: 0,0 pontos
ASSUNTO(S): INTRODUÇÃO CLÍNICA MÉDICA Nota:____________
PROFESSOR (A): NAIARA FERREIRA ______
ALUNO (A): ____________________________________________________________________________ N.º: ________
CURSO: Técnico em ENFERMAGEM Módulo: II TURMA: NOTURNO DATA: 2021

Orientações:
 Desligue o celular e mantenha-o na bolsa.
 Leia a prova com atenção.
 Responda à caneta com tinta azul ou preta; respostas a lápis não têm direito a revisão.
 Em situação de uso e intenção de uso de recursos fraudulentos (cola, registros) durante a aplicação da avaliação, a
mesma será recolhida, o aluno terá sua nota anulada (zero) e não terá direito a segunda chamada.

UNIDADE VI - SISTEMA ENDÓCRINO

Sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios.Freqüentemente o sistema
endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos reguladores bastante precisos.
O sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo,
enquanto que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação.
Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto com o sistema nervoso atua na coordenação e
regulação das funções corporais.Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema
endócrino são: a hipófise, o hipotálamo, a tiróide, as supra-renais, o pâncreas, as gônadas (os
ovários e os testículos) e o tecido adiposo.
Efeitos gerais da ação hormonal
1. Regular a taxa metabólica global e o armazenamento, conversão e liberação de
energia;
2. Regular o equilíbrio hidroeletrolítico;
3. Iniciar as respostas de adequação aos estressores;
4. Regular o crescimento e o desenvolvimento;
5. Regular os processos de reprodução.
Vários exames de sangue estão disponíveis para avaliar a função endócrina, podendo
medir a quantidade de hormônio secretada por determinada glândula endócrina, determinar o
funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide, medir a taxa de funcionamento da glândula
endócrina ou determinar a presença de substâncias patológicas. Os exames radiológicos e de
imagem também permitem uma avaliação dos distúrbios endócrinos ao medirem a função e a
estrutura das glândulas.

Distúrbios Endócrinos
Distúrbios da Glândula Tireóide
A glândula tireóide afeta a taxa metabólica de todos os tecidos, incluindo a velocidade das
reações químicas, o volume de oxigênio consumido e a quantidade de calor produzido. O efeito
de estimulação se faz por meio da produção e distribuição de dois hormônios: levotiroxina (T4) e
triiodotironina (T3).

HIPOTIREOIDISMO – condição que se origina de quantidades inadequadas do hormônio


tireoidiano na corrente sanguínea.
Existem vários fatores desencandeantes, entre eles: doença auto-imune, uso de iodo
radioativo, tireoidectomia, deficiência dietética de iodo, tireoidite subaguda, terapia com lítio,
tratamento excessivo com agentes antitireoidianos. Suas principais manifestações clínicas
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incluem: fadiga, letargia, ganho de peso, mãos e pés frios, redução da capacidade de
concentração, constipação grave, diminuição da libido, dores ou fraqueza muscular, entre outros.

Avaliação Diagnóstica
Baixos níveis de T3 e T4; elevação do nível sérico de colesterol, bradicardia e alterações
no traçado de ECG.

Intervenções de Enfermagem
 Monitorar sinais vitais com freqüência;
 Monitorar o traçado de ECG;
 Impedir a ocorrência de calafrios para evitar o aumento do metabolismo que por sua vez,
impõe sobrecarga ao coração;
 Evitar técnicas de aquecimento rápido (administração EV aquecidos, cobertores par
hipotermia), visto que o aumento resultante na necessidade de oxigênio e a vasodilatção
periférica podem agravar a insuficiência cardíaca;
 Administrar todos os medicamentos prescritos;

HIPERTIREOIDISMO – esse distúrbio hipermetabólico caracteriza-se por quantidades excessivas


de hormônio tireoidiano na corrente sanguínea.
Mais comum em mulheres do que em homens é uma disfunção que pode surgir após um
choque emocional, pode ser também auto-imune recebendo o nome de Doença de Graves.
É caracterizado por hipertrofia e hiperplasia da glândula tireóide, acompanhado por
aumento da vascularização e do fluxo sanguíneo, bem como de aumento de tamanho da
glândula.
A maioria das manifestações clínicas resulta do aumento do metabolismo, da produção
excessiva de calor, do aumento da atividade neuromuscular e cardiovascular e da hiperatividade
do sistema nervoso simpático.

Avaliação Diagnóstica
1. níveis elevados de T3 e T4;
2. captação aumentada da T3 sérica em resina.

Intervenções de Enfermagem
 Oferecer alimentos hipercalóricos e líquidos compatíveis com a necessidade do cliente;
 Restringir o consumo de chá, café e álcool.
 Administrar medicamentos prescritos e monitorar infusões EV;
 Monitorar peso;
 Examinar freqüentemente a pele;
 Verificar tugor cutâneo, as mucosas e as veias do pescoço para sinais de aumento ou
diminuição da volemia.

Distúrbios das Glândulas Supra-Renais


A medula supra-renal, que é, a porção interna da glândula, não é necessária para manter a
vida, mas permite ao indivíduo lidar com o estresse. Ela secreta dois hormônios: a epinefrina
(adrenalina), atua aumentando a contratilidade e excitabilidade do músculo cardíaco, com
conseqüente aumento do débito cardíaco; facilita o fluxo sanguíneo para o músculo, cérebro e
vísceras. A norepinefrina (noradrenalina) atua primariamente aumentando a resistência vascular
periférica e levando a uma elevação da pressão arterial e sistólica.

Aldosteronismo Primário

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O aldosteronismo primário refere-se à secreção excessiv da aldosterno pelo córtex supra-


renal. A secreção excessiva de aldosterona resulta na conservação de sódio e excreção de
potássio, principalmente nos túbulos renais, mas também nas glândulas sudoríparas, salivares e
no trato GI.
O aldosteronismo secundário ocorre em associação com a insuficiência cardíaca,
disfunção renal ou cirrose hepática.
Seus principais sinais e sintomas incluem: hipertensão, grande queda nos níveis
sanguíneos de potássio (hipocalcemia), resultando em fraqueza muscular e incapacidade dos rins
de acidificar ou de concentra a urina, levando ao volume excessivo de urina (poliúria).
As principais complicações acontecem a longo prazo com hipertensão sem tratamento –
acidente vascular cerebral, insuficiência renal, insuficiência cardíaca.

Intervenções de Enfermagem
 Balanço hídrico;
 Dieta hipossódica conforme prescrição;
 Monitorização da PA;
 Investigar presença de edema em MMII e incentivar a atividade, mudança de decúbito e
elevação periódica dos pés.

Síndrome de Cushing
A síndrome de CUSHING é uma condição em que os níveis plasmáticos de cortisol estão
elevados.Os hormônios secretados pelo córtex supra-renal são: glicocorticóides,
mineralocorticóides e androgênios. O excesso de glicocorticóides pode provocar: ganho de peso
ou obesidade, face redonda, pele frágil, osteoporose, distúrbios mentais, entre outros. Já o
excesso de androgênio provoca masculinização nas mulheres com aumento excessivo de pelos
na face, atrofia das mamas, aumento do clitóris, perda da libido. O aumento do
mineralocorticóides induz a hipertensão, hipernatremia, hipocalcemia, ganho de peso, edema.

Intervenções de Enfermagem
 Avaliar freqüentemente a pele e tomando precauções para que não apareça lesões;
 Mudança de decúbito e proteção das proeminências ósseas;
 Fornecer alimentos com baixo teor de sódio;
 Balanço hídrico, peso diariamente;
 Estimula-lo ao auto-cuidado;
 Incentivar o uso de alimentos ricos em potássio;
 Estar atento para qualquer evidência de depressão;
 Encaminhar ao psicólogo quando necessário.

A insuficiência adrenocorticol ocorre com a secreção imprópria dos hormônios do córtex


supra-renal, principalmente os glicocorticóides e mineralocorticóides.

Diabetes Mellitus

Considerações Gerais
Diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do
açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo porém quando
em excesso, pode trazer várias complicações à saúde.
Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração,
derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, dentre
outras complicações.
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Embora ainda não haja uma cura definitiva para a/o diabetes (a palavra tanto pode ser
feminina como masculina), há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma
regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador.
Diabetes mellitus tipo 1 esta aparece quando o Sistema imunológico do doente ataca as
células beta do pâncreas. A causa desta confusão ainda não foi definida, apesar de parecer estar
associada a casos de constipações e outras doenças. O tipo de alimentação, o estilo de vida, etc.
não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes.
Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de
insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes ou
idiopáticos. Este tipo de diabetes se conhecia como diabetes mellitus insulino-dependente ou
diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela
devem receber injeções diárias de insulina. A quantidade de injeções diárias é variável em função
do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina
produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação lenta é
ministrada ao acordar e ao dormir (alguns tipos de insulina de ação lenta, porém, são ministradas
apenas uma vez por dia) ; a de ação rápida é indicada logo antes de grandes refeições. Para
controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e
o exercício.
É um distúrbio metabólico caracterizado por qualquer tipo de resistência à insulina. Esta
patologia está aumentando rapidamente no mundo desenvolvido, e existem evidências de que
este padrão será seguido no resto do mundo nos próximos anos. Em geral os pacientes são
obesos, e a doença ocorre na vida adulta.
O paciente portador Diabetes Mellitus 2, geralmente é tratado a base de dietas,
principalmente com a retirada de grande parte dos carboidratos ingeridos, este, substrato inicial
da glicose(C6H12O6). Diabetes Mellitus 2 não tem cura, resta apenas a administração, esta, que
deve ser feita de forma rigorosa ou poderá trazer danos sérios ao paciente.
A diabetes gestacional também envolve uma combinação de secreção e responsividade de
insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se
desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê.
Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da
mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2
mais tardiamente na vida. Os riscos fetais/neonatais associados à DMG incluem anomalias
congênitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de músculos
esqueléticos. A insulina fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante fetal e pode causar
problemas respiratórios. A hiperbilirrubinemia pode causar a destruição de hemácias. Em muitos
casos, a morte perinatal pode ocorrer, mais comumente como um resultado da má perfusão
placentária devido a um prejuízo vascular.

Exames Diagnósticos
Os exames laboratoriais incluem os utilizados para estabelecer o diagnóstico, bem como
medidas para monitorizar o controle da glicose em curto e longo prazos. Glicemia em jejum,
determinada depois de um jejum de pelo menos 8 h, para avaliar os níveis circulantes de glicose;
teste pós-prandial, geralmente realizado 2 h após uma refeição bem balanceada, para avaliar o
metabolismo da glicose; e glicose aleatória, determinada a qualquer momento, sem jejum.

Intervenções de Enfermagem
 Orientar o paciente que para obtenção dos resultados esperados é necessário seguir a
dieta e os medicamentos que estão prescritos em seus horários corretos;
 Ensinar o paciente a técnica de administração de insulina ou realiza-la conformes
prescrição;
 Explicar os principais sinais de hipoglicemia;
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 Providenciar uma identificação no caso do paciente ser insulino dependente;


 Explicar sobre a conservação de insulina que deve ser feita em local limpo e seguro, longe
da luz solar e do calor.
 Orientar sobre métodos preventivos para possível lesão cutânea explicando o porquê;
 Providenciar local adequado para descarte de materiais perfuro-cortantes;
 Encaminhar o cliente para um nutricionista e fazer o acompanhamento dos resultados.

O que é necessário é orientar o usuário a realizar a assepsia dos frascos e do


local, aspirar primeiro a Insulina Regular para depois a NPH, pois fazendo o contrário, os cristais
da NPH podem entrar no frasco da Regular, reduzindo a sua atividade (3).

Redução ou desaparecimento do tecido subcutâneo, formando depressões nos locais de


aplicação da insulina, é chamada de HIPOLIPOTROFIA ou lipoatrofia. Se você fizer aplicações
nestas regiões com depressões, existe o risco de aplicar a insulina no músculo, o que significa
absorção mais rápida da insulina, podendo causar HIPOGLICEMIA logo após a aplicação
e HIPERGLICEMIA tardia.

A elevação com endurecimento do tecido formando nódulos nos locais de aplicação, é chamada
de HIPERLIPOTROFIA. Se você fizer aplicações nestes nódulos há saída de uma parte da
insulina aplicada e a parte que permanece no tecido é absorvida irregularmente, provocando o
aumento da GLICEMIA. Nestes nódulos há uma diminuição da sensibilidade, fazendo com que
muitas pessoas prefiram utilizar somente estas regiões, traumatizando mais o tecido.

Dependendo do local de aplicação a velocidade com que a insulina é absorvida pelo organismo
muda, de acordo com a seguinte ordem:
 
• Abdômen (mais rápida)
• Braços
• Pernas
• Nádegas (mais lenta)

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