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IESMT – Instituto de Ensino Superior de

Mato Grosso
TEMA: Insuficiência Cardíaca Crônica

Acadêmica: Juliana Oliveira Ribeiro Taques.


Caso Clínico

 Paciente A. S., 67 anos procedente de Várzea Grande, aposentada,


deu entrada no Pronto Socorro Municipal e Hospital de Várzea Grande/MT no dia
13.01.2014, apresentando dispneia e fadiga, relata tomar medicação para a
hipertensão, no Pronto Socorro foi diagnosticado ICC. Realizado Cateterismo no dia
31/01/14. Paciente apresenta-se edemaciado, após internação cliente relata: cansaço
ao esforço, dificuldade para respirar, sono prejudicado pela falta de ar, sente dor nos
MMII por causa do inchaço. Ao exame físico paciente/cliente encontra-se cooperativo,
consciente e comunicativo higienizada, aceita dieta oferecida (dieta hipossódica,
laxativa e restrição de liquido 800ml/dia), eliminações fisiológicas presentes SIC, Faz
uso de oxigênio cateter nasal SOS e cabeceira elevada 45º CPM.
 SSVV: P.A: 100/70 MMHg, FR: 18 irpm, FC: 86 bpm, T: 36,4° C
1. Patologia/Etiologia/Fisiopatologia

Na ICC, o coração em falência não consegue mais bombear de modo


eficiente o sangue levado até ele pela circulação venosa. Existem dois tipos de
ICC insuficiência cardíaca sistólica (músculo cardíaco enfraquecido), já a
insuficiência cardíaca diastólica (músculo cardíaco rígido e inelástico) é a
menos comum pois dificulta o enchimento do ventrículo.
A IC resulta de várias condições cardiovasculares, incluindo a
hipertenção crônica, doença da artéria coronária e doença valvular, a disfunção
miocárdica significativa ocorre antes que o paciente experimente os sinais e
sintomas da IC, como falta de ar, edema ou fadiga
2. Fatores de risco

Algumas pessoas estão mais sujeitas que outras a desenvolverem


insuficiência cardíaca. Ninguém pode prever com certeza quem irá
desenvolvê-la, mas existem fatores de risco conhecidos. Estar ciente dos
fatores de risco e visitar um médico para obter a prevenção são boas
estratégias para se tratar a insuficiência cardíaca. Os fatores de risco da
insuficiência cardíaca incluem:
 Pressão arterial alta (hipertensão);
 Ataque cardíaco (infarto do miocárdio);
 Válvulas cardíacas anormais;
 Aumento do coração;
 Histórico familiar de doença cardíaca;
 Diabetes.
3. Sinais e Sintomas

São os principais sinais e sintomas da ICC, onde a equipe deve ficar


atento para que possa realizar um cuidado apropriado à referente patologia, são
eles:
 - Pele pálida e cianótica;
 - Edema dependente (com aumento de pressão venosa);
 - Tolerância diminuída à atividade;
 - Confusão inexplicada ou alteração do estado mental;
 - Taquicardia;
 - Distensão venosa jugular aumentada;
 - tonteira;
 - Vertigem;
 - Náuseas
 -Frequência urinária diminuída durante o dia;
 -Dispneia de esforço
 -Tosse aos esforços
4.Medidas Preventivas

 Com o correto controle da hipertensão arterial sistêmica e do diabetes


mellitus, associado à normalização dos valores de colesterol, o combate ao
etilismo, tabagismo, obesidade e demais fatores de risco cardiovasculares em
muito contribuem para a diminuição do aparecimento da IC.
5.Exames para fins diagnosticos

 Um ECOCARDIOGRAMA é usualmente realizado para confirmar o diagnostico

da IC que pode ajudar a identificar o tipo e a gravidade da insuficiência


cardíaca, também é feito uma radiografia de tórax e um eletrocardiograma
(ECG);
 OS exames laboratoriais é pedido no inicio da investigação e os resultados

desses exames laboratoriais ajudam na determinação da causa subjacente da


IC;
 Teste de esforço e o cateterismo cardíaco.
6. Terapia Farmacológica/ Prescrição Médica

 -Furosemida 40mg – 1comp VO x dia (diurético com potencial de ação rápida / efeitos adversos: náuseas,

cefaleia, confusão e fraqueza);

 -Dipirona 40gotas VO 6/6hrs (analgésico e antipirético / efeitos adversos: coceira, ardor e inchaço);

 -Plasil 1amp+AD 1amp EV SOS (antiemé e antinauseante / efeitos adversos: Tonturas, confusões,

diarreia, alucinações);

 -Inalação com AD 5ml+ atrovent 20gotas 8/8hrs (broncodilatador / efeitos adversos: constipação,

retenção urinária e tontura);

 -Captopril 25mg SL se PA sist. >160 ou diast.>100 (tratamento para hipertenção / efeitos adversos:

palidez, dores no peito, palpitações e visão turva);

 -Prednisona 5mg VO as 8hrs (anti-inflamatório e antialérgico / efeitos adversos: cefaleia, acne, cansaço e

transpiração);

 -Lactulose 10ml VO 12/12hrs (laxativo / efeitos adversos: distensão abdominal, flatulência, aumento da

sede e desconforto);
6. Terapia Farmacológica/ Prescrição Médica

 -Aspirina prevent 100mg VO após o almoço (anti-inflamatório / efeitos adversos: dor

abdominal, azia, tontura e Hemorragia gastrintestinal oculta ou evidente);

 -Digoxina 0,25mg – ½ comp VO x dia (tratamentos de problemas cardíacos / efeitos

adversos: diarreia, arritmia, visão turva, transtornos do SNC e vômitos);

 -Cardizem 30mg VO 8/8hrs (tratamento de angina / efeitos adversos: palpitação, dor

torácica, edema, câimbras, febre e aumento de peso);

 -Rocefin 1gr + AD 10ml –EV 12/12hrs (antibiótico / efeitos adversos: fezes amolecidas,

diarreia, vômitos e alterações hematológicas);

 -Seki xpe 1med VO 12/12hrs (suspensão / efeitos adversos: boca seca e sonolência);

 -Omeprazol 20mg – 1caps VO ao dia (efeitos adversos: insônia, flatulência, náuseas,

cefaleia e tontura).
7. Tratamentos alternativos

Tratar o paciente com IC inclui a educação e o aconselhamento para


ele e sua família sobre questões gerais. É importante que o paciente e a
família compreendam a natureza da IC e a importância de sua participação no
regime de tratamento. As recomendações sobre o estilo de vida incluem a
restrição do sódio na dieta; prevenção da ingesta excessiva de liquido, álcool e
tabaco; redução do peso quando indicada; e exercício regular. O paciente deve
saber com reconhecer os sinais e sintomas que precisam ser relatados ao
profissional de saúde.
8. Tratamento médico

 Os objetivos específicos do tratamento médico incluem os seguintes:

 Eliminar ou reduzir quaisquer fatores etiológicos contribuintes, principalmente aqueles

que podem ser reversíveis (p.ex.,fibrilação atrial, ingesta excessiva de álcool);

 Reduzir a carga de trabalho sobre o coração reduzindo a pós-carga e pré-carga;

 Otimizar todos o regimes terapêuticos;

 Evitar as exacerbações da IC;

 “As opções de tratamento variam de acordo com a gravidade da condição do paciente e

podem incluir as alterações no estilo de vida básico, o controle farmacológico IV e oral, o

oxigênio suplementar, o implante de dispositivos de assistência e as condutas cirúrgicas,

inclusive o transplante cardíaco”.


9. Levantamento de Dados

 Fadiga

 Padrão de sono prejudicado

 Mobilidade física prejudicada

 Dor nos MMII

 Dispneia

 Edemaciada
10;11;12 Diagnósticos, Metas e implementações.

1º Diagnóstico:
-Intolerância à atividade caracterizado pela dispneia aos esforços relacionado ao
desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio.
META: Apresentará tolerância à atividade
Implementações :
 -Orientar paciente/cliente a alternativa entre repouso e atividade;

 -Encorajar o cliente a realização de atividade regula;

 -Verificar antes, no decorrer e imediatamente depois de uma atividade os SSVV do

paciente;
 -Elaborar atividades que possam ser realizados no leito;

 -Informar sobre as limitações na realização de atividades


10;11;12 Diagnósticos, Metas e implementações

2º Diagnóstico:
 -Padrão respiratório ineficaz caracterizado a dispneia evidenciado pela fadiga.

META: Melhora no padrão respiratório..

Implementações :
 -Manter cabeceira elevada;

 -Atentar para presença de cianose periférica;

 -Verificar saturação de oxigênio;

 -Ofertar oxigênio terapia C.P.M.;

 -Orientar paciente a ficar calmo;


10;11;12 Diagnósticos, Metas e implementações

3º Diagnóstico:
Volume de líquidos excessivo caracterizado pelo edema evidenciado por
ingesta excessiva de sódio
META: Apresentará volume de liquido adequado.
Implementações:
 -Ofertar dieta hipossódica;

 -Administrar diuréticos C.P.M;

 -Realizar balanço hidrico;

 -Ofertar somente 800ml/dia de líquidos ao paciente C.P.M.;

 -Orientar e Sanar duvidas ao paciente sobre a restrição de líquidos.


10;11;12 Diagnósticos, Metas e implementações

4º Diagnóstico:

-Dor aguda caracterizado por relato verbal de dor relacionado pelo edema.

META: Elimar dor.

Implementações:

 -Administrar analgésico C.P.M.;

 -Verificar a eficácia da medicação;

 -Realizar uma avaliação da dor quanto à localização, intensidade e duração.

 -Aplicar compressas frias ou mornas;

 -Encorajar para uma melhor posição que alivia a dor;


10;11;12 Diagnósticos, Metas e implementações

5º Diagnóstico:

-Padrão de sono prejudicado caracterizado por relatos de dificuldade para dormir evidenciado

pela dispneia.

META: Apresentará melhora no padrão de sono.

Implementações:

 -Ofertar Oxigenio terapia C.P.M.;

 -Explicar para o paciente e a família as causas dos transtornos do sono/repouso e as

maneiras possíveis de evitá-los;

 -Manter o quarto levemente fresco;

 -Criar um ambiente tranquilo e favorecedor ao sono;

 -Estimular a repousar sempre com a cabeceira da cama elevada;


13. Evolução

 Várzea Grande, 30 de Março de 2014. Paciente encontra-se na


enfermaria 5, da clinica médica; Lúcida, consciente, comunicativa,
higienizada, aceitando dieta oferecida, sono e repouso preservado,
medicada, apresentando tosse seca, encontra-se menos edemaciada,
eliminações fisiológicas presentes SIC, dispneia aos esforços devido sua
patologia, segue aguardando na clinica médica para a realização da
cirurgia de troca valvular. SSVV: P.A: 100 X 80 MMHg, FR: 19 irpm FC: 85
bpm, T: 36,1° C.

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