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Seminário de anatomia 1° período

Fibrilação
Atrial
Grupo 1: Maria Luíza Melo, Ana Luíza Del Fraro, Clara Modesto, Luiza Cipriani e
Ana Carolina de Carvalho.
Introdução
- A mais comum na prática clínica;
- Faixas etárias mais avançadas;
- Repercussões clínicas:
. Fenômenos tromboembólicos
. Hospitalizações
. Maior taxa de mortalidade
- Mecanismo fisiopatológico complexo;
- Preditores: hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e doença valvar;
- Vários outros fatores;
- Mudanças na qualidade de vida apontam para uma redução na recorrência de
fibrilação atrial;
- Abordagem terapêutica compreende
quatro pilares:
Mudança de hábitos de vida e
tratamento rigoroso de fatores de
risco;
Prevenção de eventos
tromboembólicos;
Controle da frequência;
Controle do ritmo.
- Equipes multiprofissionais.
Etiologia
- O que causa a fibrilação atrial?
- Primeiramente, é preciso entender o que
é a fibrilação atrial;
- Etiologia da FA compreende diversos
fatores:
hemodinâmicos
eletrofisiológicos
estruturais;
autonômicos (moduladores);
- Propriedades elétricas do miocárdio;
- Remodelamento elétrico;
- Focos ectópicos;
- Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Diagnóstico
- Pacientes portadores de FA podem apresentar palpitações, dispnéia, desconforto torácico, fadiga,
tonteira, sudorese fria e síncope, na dependência da resposta ventricular cardíaca.
- O exame físico é marcado por um ritmo cardíaco irregular, ausência de onda A no pulso venoso e,
eventualmente, por uma dissociação da frequência cardíaca entre pulso e precórdio.
- Contudo, o diagnóstico é confirmado através da realização do eletrocardiograma.
1 - Investigação basal (mínima) - Inclui os procedimentos mínimos necessários para o diagnóstico.

. Avaliação clínica - Aproximadamente 60% dos casos de FA são diagnosticados por meio da
história clínica.

. Eletrocardiograma de repouso (ECG) - É o exame essencial para o diagnóstico da FA.


Pacientes com a forma paroxística ou persistente, frequentemente apresentam durante ritmo
sinusal, ao ECG, onda P com aspecto bimodal, caracterizando aumento da duração ou amplitude
da despolarização atrial.

. Radiografia do tórax - O estudo radiológico do tórax é particularmente importante para a


avaliação da circulação pulmonar e as dimensões do átrio esquerdo.

. Ecocardiograma transtorácico (ETT) - É considerado exame obrigatório na investigação


clínica de qualquer paciente com história de FA. É capaz de avaliar a estrutura anatômica e
funcional dos átrios e septo interatrial, a anatomia e função das valvas cardíacas, em particular a
mitral e a função sistólica do ventrículo esquerdo.
2 - Investigação complementar: Inclui os procedimentos necessários para complementação
diagnóstica em situações específicas.

. Holter 24h - O ECG contínuo de 24h pode contribuir muito na avaliação dos sintomas e na
documentação do início e término dos episódios de FA. Também permite a análise da frequência
ventricular média.

. Ecocardiograma transesofágico (ETE) - O ETE tem demonstrado muitas vantagens sobre o ETT,
na avaliação de pacientes com FA.

. Eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR) - A medida da duração total da onda P, por meio
do registro do ECGAR, apresenta importância diagnóstica do grau de distensão da câmara atrial.

. Estudo eletrofisiológico (EEF) - É útil no esclarecimento diagnóstico de pacientes com relato de


palpitações nãodocumentadas, podendo, ainda, afastar a presença de outras arritmias.
Tratamento
Controle da frequência cardíaca:
Mudanças dos hábitos de vida:
- Betabloqueadores
- Tabagismo e etilismo;
- Bloqueadores dos canais de cálcio
- Prática de atividades físicas;
- Digoxina
- Bom padrão de sono

OU
Tratamento dos fatores de risco:

- Controle da dislipidemia, diabetes e


Controle do ritmo cardíaco:
hipertensão arterial
- Ablação por cateter
- Antiarrítmicos
Prevenção de eventos
- Cardioversão química ou elétrica
tromboembólicos:
- Uso de anticoagulantes
Prognóstico
- A fibrilação atrial está relacionada com o alto risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC),
isquêmico ou hemorrágico, aumentando 5x a taxa de ocorrência, além de mortalidade.

- A FA é uma preditora significativa de morte por todas as causas na presença de insuficiência


renal, câncer e doença pulmonar obstrutiva crônica.

- O prognóstico da FA está intimamente relacionado a marcadores de risco, cujo reconhecimento


implica na orientação terapêutica profilática das complicações, aumentando a sobrevida e
melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
- Um paciente diagnosticado com fibrilação atrial pode precisar fazer mudanças no estilo de vida
que melhoram a saúde geral do seu coração, especialmente para prevenir ou tratar doenças
como a pressão arterial alta e doenças cardíacas:

Seguir uma dieta saudável para o coração, pobre em sal e gorduras e rica em frutas, vegetais e
grãos integrais.
Exercitar-se regularmente, de preferência todos os dias.
Parar de fumar.
Manter um peso saudável.
Manter a pressão arterial e os níveis de colesterol sob controle. Fazer mudanças de estilo de
vida e tomar medicamentos prescritos para corrigir a pressão arterial elevada (hipertensão) ou
colesterol alto.
Beber álcool com moderação ou evitar.
Manter cuidados de acompanhamento. Tomar o medicamento receitado pelo médico e fazer
visitas regulares ao consultório médico é essencial para o tratamento da fibrilação atrial.

.
- A fibrilação atrial, se não tratada, pode levar a complicações graves de saúde, resultando
inclusive na morte do indivíduo, são elas:

Desmaio (síncope), em caso de a fibrilação atrial mantiver o pulso muito rápido ou muito lento

Insuficiência cardíaca

Derrame (AVC), em caso de os coágulos sanguíneos se soltarem e viajarem para o cérebro.


Referências
Scanavacca, Mauricio e Wu, Tan ChenClinical Management of Patients with First-Episode Atrial Fibrillation
Detected in the Acute Phase of Myocardial Infarction. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2019,
v. 113, n. 5. https://doi.org/10.36660/abc.20190733.

Cintra, Fatima Dumas e Figueiredo, Marcio Jansen de OliveiraFibrilação Atrial (Parte 1): Fisiopatologia, Fatores
de Risco e Bases Terapêuticas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2021, v. 116, n. 1.
https://doi.org/10.36660/abc.20200485.

FAVRETTO, Giovanni Enrico Dias et al. Estudo de casos de fibrilação atrial do Hospital Universitário da
Universidade Federal de Santa Catarina. 2009.

LORGA FILHO, Adalberto et al. Diretriz de fibrilação atrial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 81, p. 2-
24, 2003.

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