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Recomendações nutricionais e Intolerância à lactose, Matcha é a nova Superfood? Qual é a relação entre
suplementação para esportes de qual é o manejo A importância da Nutrição inflamação, memória e
Endurance. Influência do ciclo nutricional correto? para nossa saúde Ocular? capacidade cognitiva? O
menstrual e anticoncepcionais Melatonina, alimentação e que é alimentação afetiva?
no esporte feminino. seus benefícios.
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Por sua visão direcionada à prática clínica, o conteúdo programático foi elaborado de
maneira que, ao final de cada módulo, o aluno tenha condições de aplicar o que aprendeu.
Nossa preocupação é apresentar experiências práticas, embasadas no que há de mais
relevante na literatura, para que o profissional tenha mais segurança e melhores resultados
em seus atendimentos.
Para o corpo docente, reunimos os maiores nomes do país, em cada uma das especialidades,
defendendo que a interdisciplinaridade que é essencial para cuidar do indivíduo como um
todo. Potencialize seu atendimento e aprenda a desenvolver estratégias personalizadas e
eficazes para seus pacientes, conquistando uma carreira de sucesso no consultório.
Fico muito feliz por se interessar em nossa Pós Graduação e espero ver você em nossa próxima
turma.
Obrigado!
Rodolfo Peres
Coordenador da Pós Graduação em Nutrição Esportiva e Estética.
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JORNADA DO CURSO
Indrodução à Nutrição Esportiva e Estética Nutrição Estética Dermatológica
Bioenergética Nutrição na Hipertrofia
Fisiologia do Exercicio Nutrição na Definição Muscular
Metabolismo de macronutrientes Nutrição Aplicada no Endurance
Metabolismo de micronutrientes Nutrição em Esportes Coletivos
Medicina do Esporte Nutrição em Esportes de Luta
Fisiologia Hormonal Nutrição Materno-Infantil
Interpretação de Exames Laboratoriais Nutrição Esportiva para Grupos Especiais (diabéticos,
Sistema Imune / Modulação Intestinal cardiopatas, hipertensos e idosos)
Farmacologia Hormonal Considerações de Treinamento e Nutrição no Tratamento da
Avaliação Nutricional Obesidade
Interação do Exercício com diferentes estratégias Nutricionais Nutrição Vegetariana
Genômica Nutricional Prescrição Nutricional
Suplementação alimentar no Exercício Gastronomia na Nutrição Esportiva
Hidratação Nutrição Esportiva na Indústria de Suplementação Alimentar
Fitoterapia no Esporte Prevenção e Tratamento de Lesões
Nutrição e Comportamento Alimentar Nutrição no Crossfit
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João Pinheiro
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Cognição e Inflamação 30
Ácido Araquidônico 41
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Feito isso, as despesas devem ser divididas pelo Não é preciso ser um expert em administração
número médio de pacientes. Se as suas despesas para fazer um controle de caixa simples, mas,
somarem R$ 5 mil por mês, e você atender 30 mesmo que você se sinta seguro para fazer tudo
pessoas nesse período, cada consulta terá um custo sozinho, contrate um contador. É ele quem vai te
aproximado de R$ 167. Sobre esse valor base, explicar quais impostos incidem sobre uma nota
acrescente a margem de lucro. Seguindo o mesmo fiscal de prestação de serviço, como emitir um
exemplo, se você cobrar R$ 300 pela consulta, no recibo, como fazer o recolhimento dos impostos, se
fim do mês, terá um lucro líquido aproximado de R$ é melhor atender como autônomo ou como pessoa
5 mil. jurídica, enfim, para cobrar um valor adequado e
Uma decisão muito acertada é reservar parte do não ter problemas fiscais no futuro, regularize seu
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Muitos nutricionistas oferecem, além da consulta garanti (a mim mesmo) que faria um trabalho
propriamente dita, serviços adicionais, como a melhor do que o dela, comecei cobrando R$ 35,
avaliação de bioempedância, e isso pode aumentar com direito a uma consulta retorno, em até quatro
o valor total da consulta. Uma solução encontrada semanas. Não, você não leu errado. Era só isso
por muitos profissionais é separar cada uma das mesmo! Estamos falando de 2004 e a nutrição não
despesas ou avaliações. Dessa forma, poderá ser tinha a mesma visibilidade e valorização que tem
cobrado um valor maior ou menor, dependendo hoje. Com o passar do tempo, o número de
dos serviços utilizados pelo paciente. A grande pacientes foi aumentando e pude cobrar um pouco
vantagem desse tipo de cobrança é que é possível mais. Quando o preço da consulta chegou a R$ 80,
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Adicionalmente, ao segmentar o consumo de Estudos mostram que uma dieta rica em gordura e
carboidratos em momentos antes, durante e após o pobre em carboidratos limita a capacidade do atleta
exercício, têm-se os seguintes achados (Figura 1). de competir e treinar em altas intensidades.
Entretanto, a restrição severa de gorduras, abaixo
de 20%, pode prejudicar a captação de algumas
vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K) (5).
HIDRATAÇÃO
Com certeza, a hidratação é um dos principais
fatores que devem ser levados em consideração em
Figura 1. Consumo de carboidratos antes, durante e após o exercício
atletas de endurance (6). O ACSM verificou que a
de endurance. Adaptado Vitale et al. 2019.
percepção de sede não pode ser usada para
Proteínas
fornecer restauração completa do estado de
A recomendação diária de proteínas para
hidratação do organismo. É necessário que o atleta
praticantes de esportes de resistência é de 1,4 g/kg,
sempre beba água em intervalos regulares e em
sendo 0,3 g/kg a cada 3-5 horas, por meio de
quantidades adequadas (6). Beber água antes de
alimentos e suplementos (quando necessários),
sentir sede é uma estratégia adotada por muitos
com uma quantidade adequada de aminoácidos
atletas, mas é necessário atentar-se à hiper
essenciais, com ênfase para a leucina. É necessário
hidratação, já que ela pode causar hiponatremia (6).
atentar-se à recomendação de proteína em
As recomendações atuais preconizam que a
diferentes momentos do exercício (Figura 2) (4).
ingestão de água seja de aproximadamente 400 a
800 ml por hora de exercício (1). Porém, deve-se
fazer ajustes de acordo com as especificidades do
atleta, como a quantidade de suor, teor de sódio na
urina, temperatura corporal, intensidade do
Figura 2. Suplementação de proteínas antes, durante e após os
exercício, peso corporal, função renal, temperatura
exercícios de endurance. Adaptado Vitale et al. 2019.
do ambiente de treino, entre outras. Por fim, após
Gorduras
os exercícios, a hidratação deve ser 150% acima do
A ingestão inadequada e excessiva de gordura em
valor perdido (6).
praticantes de endurance pode prejudicar a
performance, visto que pode causar desconfortos
gastrointestinais durante o exercício (5).
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CONCLUSÃO
Muitos suplementos e recomendações foram
apresentados neste artigo. O carboidrato, a
hidratação e o sódio, principalmente, são pontos
que devemos levar em consideração quando nosso
paciente é praticante de esportes resistência.
Atenção à falta de proteína e ao excesso de lipídeos,
pois esses fatores podem atrapalhar o rendimento
do seu cliente. Os demais nutrientes e as
estratégias supramencionadas, quando bem
aplicadas, podem contribuir para o sucesso do seu
paciente (1).
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menstrual
CICLO
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EDITORA PLENITUDE 23
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Conclusão
Como pudemos ver, apesar dos efeitos potenciais
das variações nos hormônios, como estrogênio e
progesterona, durante o ciclo menstrual ou ao
tomar anticoncepcionais, as evidências atuais não
mostram consistentemente quaisquer efeitos
significativos no desempenho. Isso não significa
que o ciclo menstrual não deva ser controlado. Na
verdade, isso será importante para analisar sua
regularidade e identificar situações potencialmente
estressantes que o afetam. Além disso, o que a
maioria dos estudos tem em comum é a
heterogeneidade observada entre os diferentes
participantes. Portanto, embora não tenham
ocorrido efeitos significativos, de forma geral, a
individualização do treinamento e da competição
deve ser priorizada para adequar os estímulos a
cada atleta, de acordo com suas condições em um
determinado momento.
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superfood
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vitamina C é um poderoso antioxidante exógeno. através dos principais compostos bioativos do chá
Matcha e COVID-19
Em um dos poucos estudos, Ohgitani et al. (26)
demonstraram que o chá verde matcha pode ter
atividade antiviral (inativando o SARS-CoV-2),
resultado promissor, mas requer pesquisas mais
detalhadas.
Conclusão
O chá verde em pó japonês matcha, possui grandes
quantidades de substâncias com efeitos
antioxidantes e anti-inflamatórios. Seus benefícios
são promissores para a prevenção de doenças
neurológicas e carcinogênicas, e para recuperação
pós-cirúrgica, dentre outras. Pesquisas sobre
efeitos do consumo do chá matcha e seus
componentes individuais ainda são necessárias.
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A camada pigmentar também armazena grandes A mácula se encontra perto da fóvea, uma leve
quantidades de vitamina A. Essa vitamina A se depressão na retina que possui a maior densidade
difunde livremente pelas membranas celulares dos de células cone do olho, responsáveis pela visão de
segmentos externos dos bastonetes e cones, que cores. Essa alta densidade de cones faz com que a
estão imersos, eles próprios, no pigmento. mácula seja o ponto do olho onde enxergamos com
a maior clareza e definição (6).
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A zeaxantina é resultante do metabolismo O autor ainda ensina qual deve ser a conduta que
secundário de muitos vegetais pode ser agrupada pacientes com retinopatia diabética de fundo
no grupo dos carotenóides, que incluem também precisam ter, para um ótimo controle da diabete, e
os carotenos. De fato, a zeaxantina é resultante da dos fatores associados como hipertensão e anemia.
oxidação de carotenos (8). “A luteína é um dos A vasta literatura aponta a retinopatia diabética
poucos carotenoides xantofila encontrados em alta como uma das causas mais comuns de cegueira,
concentração na mácula da retina humana. A estando muito associada ao diabetes
biodisponibilidade de luteína e zeaxantina no tecido descompensado. Por isso o papel da nutrição,
ocular depende de sua absorção dos alimentos promovendo um adequado equilíbrio energético e
sendo afetada por vários fatores, incluindo: nutrientes essenciais ao controle do diabetes, não
a natureza da matriz alimentar (forma natural pode ser negligenciado, a fim de assegurar o não
ou suplementação); agravamento, que pode culminar na cegueira em
a quantidade e a natureza da gordura dietética, virtude dessa patologia.
que promove a circulação dos carotenoides;
Sabemos que dos fatores apresentados a nutrição
(presença de fosfolipídios;
pode interferir positivamente no controle do
presença de fibras alimentares;
diabetes mellitus, da hipertensão arterial e na
propriedades dos carotenoides dietéticos.
obesidade, tendo em vista a influência da
A luteína e zeaxantina, conhecidas como pigmento alimentação e nutrientes chave para o controle
macular, além de terem propriedades antioxidantes dessas condições clínicas.
atuam como filtro contra os efeitos fototóxicos de No diabetes é preciso atentar aos níveis de
luz azul. E, por fim, o ômega 3 e três derivados de magnésio, tendo em vista seu papel no
cadeia comprida (ácido eicosapentaenoico (EPA), metabolismo dos carboidratos. Esse mineral pode
ácido docosapentaenóico (DPA) e ácido docosa- influenciar a liberação e a atividade dos hormônios
hexaenóico (DHA), têm funções estruturais e de que auxiliam no controle dos níveis de glicose no
proteção importantes na retina. sangue, níveis reduzidos de magnésio no sangue
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(quadro abaixo) apresenta como tratamento não quantidade de luz que passa para atingir a retina,
Também citada por Kanski, a anemia é também associadas a catarata são: idade > 50 anos,
condição clínica importante a ser considerada na tabagismo, diabetes mellitus (DM), exposição à luz
conduta. Portanto, convém acompanhar esse ultravioleta (UVB), miopia e uso de corticoides (14).
indicador através dos marcadores apropriados no Os mesmos autores ainda apresentam como
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COGNIÇÃO
e Inflamação
EDITORA PLENITUDE 37
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Sabe-se que a inflamação parece estar Pautado em tais conjecturas, torna-se factível a
intimamente associada aos processos de declínio relação entre a dieta e o prognóstico cognitivo, pois
cognitivo, bem como na etiopatogenia da Doença já se sabe que a qualidade da alimentação do
de Alzheimer (DA) (13), uma vez que as moléculas indivíduo é inerente ao seu perfil inflamatório (14).
inflamatórias podem ultrapassar a barreira Afim de reiterar tal relação, Chou et al (2019),
hematoencefálica (2). conduziram um estudo de coorte prospectivo com
Um modelo animal, proposto por Constantinescu 435 idosos, acima de 65 anos, durante dois anos,
et al (2011), demonstrou a inflamação como um onde definiu-se a qualidade da dieta baseada no
agente desmielinizante, através da ação de Th1 e consumo de grãos, vegetais (classificados em 5
das células T auxiliares Th17 (4). Outros autores subgrupos), proteínas de origem animal, proteína
demonstram a correlação em humanos de ambos de soja, frutas, fritura, embutidos e álcool, e a
os sexos entre os níveis de Il6 e PCR, e a associação capacidade cognitiva foi avaliada através de testes
negativa entre cognição e função executiva (7). neurofisiológicos (3).
Gong et al (2010), em seu modelo experimental Seus achados confirmaram a associação de que
animal, também fornecem respaldo para a uma dieta mais anti-inflamatória, reduz a
discussão, cujo experimento consistiu em uma propensão ao declínio cognitivo e queda no
única injeção intracerebroventricular contendo Il5 domínio da atenção, além do mais, ressalta que o
e LPS em ratos machos, sendo capaz de provocar consumo variado de vegetais, grãos, frutas e
danos aos neurônios piramidais CA1 do hipocampo, proteínas também parece estar associado a essa
além de ruptura das membranas mitocondriais (6). redução.
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Desse modo, o estudo propõe o balanço dietético Estudos apontam que a Bacopa é capaz de inibir
como fator adjuvante na prevenção do declínio liberação de Il6 e TNF-α de monócitos, de modo
cognitivo e das funções de memória, trazendo a que se pode apontá-la como forte candidata na
alimentação como uma promissora estratégia na prevenção e tratamento de doenças que envolvem
prevenção da demência (3). o sistema nervoso central, como distúrbios
A fitoterapia também entra como forte aliada na psiquiátricos e patologias neurodegenerativas (19).
EDITORA PLENITUDE 39
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Conclusão
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Os ritmos circadianos são processos de ROR (RORα, RORꞵ) e pelos repressores REVERB
horas. Esse sistema governa o padrão rítmico de alterada de qualquer desses genes, pode alterar os
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A SIRT1 é uma proteína desacetilase dependente de Além da redução na expectativa de vida, esses
NAD + que ativa a transcrição de BMAL1 e CLOCK animais apresentaram vários sintomas de
no SCN e outros osciladores periféricos. No envelhecimento precoce, como sarcopenia,
entanto, em camundongos idosos, os níveis de catarata e declínio nas funções de tecidos
SIRT1 são reduzidos, resultando em anormalidades (KONDRATOV et al., 2006). Descobertas
circadianas e menor atividade, em comparação semelhantes foram observadas em camundongos
com animais mais jovens, demonstrando que a knouckout para Rer-erbα (MAYEUF-LOUCHART
longevidade é afetada pela fisiologia nutricional. et al., 2017).
Curiosamente, algumas das alterações circadianas Diante da importância do ritmo circadiano à nossa
associadas a um SCN senescente são revertidas por saúde, conhecimentos mais profundos, sobre como
uma superexpressão de SIRT1 (RAMSEY et al., 2010). nossos relógios biológicos se alteram com o
A prática regular de exercícios físicos ao longo da envelhecimento, podem criar oportunidades para
vida, desacelera o processo de envelhecimento e melhorar a saúde da população mundial que está
auxilia paralelamente na manutenção de um envelhecendo acentuadamente. Embora adicionar
sistema circadiano mais forte (ABILIO et al., 2020). A “anos à vida” seja relevante, o mesmo deve ser feito
deleção de BMAIL1 em todo corpo ou apenas no em paralelo à adição de “vida aos anos”, uma vez
músculo esquelético, induz ao envelhecimento que envelhecer bem, tanto fisicamente como
precoce com o desenvolvimento de sarcopenia e mentalmente, é essencial para uma melhor
redução do metabolismo, demonstrando a longevidade.
importância dos relógios biológicos na manutenção
da massa muscular (CHATTERJEE; MA, 2016).
EDITORA PLENITUDE 45
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EDITORA PLENITUDE 46
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O corpo depende do ARA para a inflamação, uma mais velhos demonstrou melhorar ganhos de força
EDITORA PLENITUDE 47
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Independentemente do resultado, essa pesquisa A fase 2 desse estudo foi um experimento de oito
indica claramente um papel das prostaglandinas dias, envolvendo ratos alimentados uma vez por
derivadas de ARA na resposta adaptativa ao dia, com 1,2 mililitros de água da torneira ou 44
exercício. miligramas de ARA dissolvido em 1 mililitro de água
da torneira. Essa dose de ARA é aproximadamente
Estudo
igual à usada na fase 1 com base. Após oito dias, os
Um ensaio clínico duplo-cego, randomizado,
ratos foram submetidos à estimulação elétrica de
controlado por placebo de oito semanas
uma de suas patas traseiras para simular estímulo
envolvendo 30 homens jovens saudáveis, com um
de treinamento de força agudo.
mínimo de dois anos de experiência em
treinamento de força. Cada participante foi Descobertas
designado aleatoriamente para consumir dois géis A suplementação com ARA levou a aumentos
contendo 1,5 gramas no total de ARA ou placebo significativamente maiores na massa corporal
(óleo de milho). As instruções foram dadas para magra, 1RM no supino e potência de saída do que o
manter os hábitos alimentares usuais e consumir os placebo. O experimento com ratos mostrou que o
géis cerca de 45 minutos antes das sessões de ARA levou a uma redução significativa na ativação
treinamento, ou sempre que conveniente em dias de AMPK e GSK-3β quando o ARA foi combinado
sem treinamento. A adesão por meio da contagem com exercício, em comparação com os outros
de comprimidos foi superior a 99% em ambos os grupos. Outros marcadores de anabolismo e
grupos. O programa de treinamento de força catabolismo não foram afetados pelo tratamento
supervisionado foi realizado três vezes por semana com ARA, embora tenham sido afetados pelo
em dias alternados. exercício.
Antes e cerca de 48 horas após a última sessão de O experimento com ratos revelou inúmeras
treinamento, os participantes foram avaliados mudanças significativas, desde a linha de base nas
quanto à composição corporal por meio de vias de sinalização anabólica e catabólica, síntese de
varredura DXA, espessura do músculo vasto lateral proteínas musculares, expressão de genes
(um músculo do quadríceps), força muscular (um inflamatórios e expressão de genes no tecido
rep-max supino e leg press) e potência muscular muscular. No entanto, apenas dois deles foram
(teste de Wingate em cicloergômetro). significativamente diferentes entre os grupos ARA e
controle.
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EDITORA PLENITUDE 49
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EDITORA PLENITUDE 50
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Receita
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INGREDIENTES
PASSO A PASSO
O VÍDEO DA RECEITA
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AUTISTMO
EDITORA PLENITUDE 52
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que pode causar problemas como obstipação e significativa a influência do exercício em pessoas
EDITORA PLENITUDE 53
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vitaminas B6, C, K, cálcio, ferro, zinco, potássio e N- A incorporação de ácidos graxos e colesterol na
metil-nicotinamida, parecem estar diretamente corrente sanguínea é fundamental para
ligados à severidade do autismo, portanto, uma proporcionar um desenvolvimento adequado do
suplementação se mostra favorável para a redução tecido cerebral (25).
dos seus sintomas e as suas comorbidades (8).
EDITORA PLENITUDE 54
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Crianças com autismo apresentam níveis séricos Também tem sido reportado um aumento de
inferiores de ácidos graxos polinsaturados, se anticorpos IgA contra a caseína e a gliadina
comparado com crianças sem autismo. Após serem (proteína constituinte do glúten), com libertação de
submetidas a um período de suplementação, citocinas inflamatórias que promovem a inflamação
grande parte das crianças manifestou melhoras da mucosa intestinal (27,30,31).
significativas no seu comportamento, melhorando Em um estudo publicado recentemente (8), em que
a concentração, contato visual, linguagem e na foram analisados 387 questionários aplicados a pais
capacidade motora (36). e/ou cuidadores de crianças autistas, concluiu que
Restrição de Caseína e Glúten as crianças que manifestavam sintomas
O glúten é uma proteína ergástica amorfa, presente gastrointestinais e alergias alimentares obtiveram
na semente de vários cereais (trigo, cevada, aveia, grandes melhorias através da implementação de
centeio, malte) ajustada ao amido. Representa 80% uma dieta isenta de glúten e caseína, não só nos
das proteínas do trigo e é formado de gliadina e sintomas, mas também nos comportamentos
glutenina (9). É responsável pela elasticidade da sociais. O que parece ainda suscitar bastantes
massa da farinha, o que admite sua fermentação, dúvidas é qual critério aplicar para definir que
assim como a relação elástica esponjosa dos pães e subgrupos de autistas responderão melhor à
bolos. No organismo humano acomete e afeta as implementação da dieta, de acordo com os
vilosidades do intestino delgado e danifica a sintomas gastrointestinais e imunológicos
absorção de muitos alimentos. A caseína é uma apresentados (32,33).
proteína do leite e seus derivados, combinada com Uma importante característica apresentada por
grupos fosfatos de resíduos de serina e treonina alguns autistas é a restrição alimentar. Muitas
esterificados com grupos fosfatos, podendo crianças com autismo são extremamente seletivas
também ser chamados fosfopeptídeos (9). em relação ao que comem e, em alguns casos, os
Tem sido crescente a convicção de que o glúten e a alimentos derivados do leite e do trigo são dos mais
caseína são dificilmente digeridos por indivíduos apreciados, representando uma dificuldade a mais
com autismo, formando moléculas designadas na intervenção. Essa característica não pode ser
exorfinas. Estas moléculas são capazes de esquecida, pois pode comprometer o correto
atravessar a barreira hematoencefálica, que podem cumprimento da dieta, resultando em carências
causar efeitos ao nível do sistema nervoso central devido à ingestão alimentar reduzida (6).
(27, 28).
EDITORA PLENITUDE 55
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Conclusão
EDITORA PLENITUDE 56
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EDITORA PLENITUDE
SOP
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57
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“cisto”. Inúmeras tentativas em busca de uma VALENTINA, BERTOLDO, 2019). A etiologia ainda
denominação mais coerente foram realizadas. não é totalmente conhecida, porém, sabe-se ser
foram dadas por aqueles que defendem que a alimentação e estilo de vida são fortes fatores de
grande parte da síndrome é causada pelo impacto, que deram origem aos diferentes
BERTOLDO, 2019).
EDITORA PLENITUDE 58
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Com relação aos critérios de classificação, sobre BERTOLDO, 2019; RICARDO et al, 2006;
qual deve-se adotar para o fechamento do quadro ROTTERDAM ESHRE / ASRM, 2004).
EDITORA PLENITUDE 59
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Com base no consenso de Rotterdam (FIGURA-2, Tendo em mente que os biomarcadores servem
a), três são as características possíveis de serem como complemento do diagnóstico do
apresentadas num quadro de SOP, a anovulação hiperandrogenismo, eles não devem ser tomados
(oligo-ovulação), o hiperandrogenismo e o ovário como único critério de diagnóstico, sendo, em
policístico (TRACY et al., 2016; VALENTINA, todos os casos, indispensável o exame clínico visual
BERTOLDO 2019). Quando caracterizamos a (e.g., escore de Freeiman-Gallwey (FIGURA-5) feito
anovulação (oligo-ovulação), como sendo uma pelo especialista (AZZIZ, R et al, 1991; ZUUEREN,
disfunção menstrual, podemos notar que 75% das 2015). Dentre essas características físicas alteradas
mulheres com SOP apresentam os sintomas de pelo hiperandrogenismo, se encontram a alopecia
forma evidente, e 20% delas apresentam oligo- androgênica (5%), acne (15-25%) e hirsutismo (e.g.,
ovulação subclínica, ou seja, menstruação crescimento anormal de pelos faciais) (AZZIZ, R et
aparentemente normal (AZZIZ, R et al, 1991). O al, 1991). O terceiro critério são os achados em
próximo critério de diagnóstico é a ultrassonografia transvaginal de área, cujo
hiperandrogenemia, que é presente em 60-80% diagnóstico requer a presença de um volume
das mulheres com SOP (AZZIZ, R et al, 1991). ovariano ≥10 ml (critério preferido quando se usa
Caracterizando-se pelo aumento nos níveis de frequências de transdutor <8 mHz) e / ou 25
testosterona, indicado por marcadores bioquímicos folículos por ovário (critério preferido quando se
específicos. usa transdutores com frequências ≥8 mHz)
Utiliza-se com mais frequência os níveis de (MORREALE, 2018). Podemos notar que a
testosterona livre, por se prestarem a dar resistência à insulina e obesidade não são critérios
hiperandrogenismo, quando comparado a presentes nos quadros de SOP (AZZIZ, R et al, 1991).
testosterona total, que nesse caso, pouco pode Por fim, a SOP é um diagnóstico de exclusão, como
contribuir (AZZIZ, R et al, 1991). Alguns indivíduos já dito, em que patologias específicas devem ser
(10%) podem não apresentar níveis elevados de excluídas antes do fechamento do quadro clínico
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Mesmo que isolados, cada um desses critérios tem Morreale e Millán (2007), propuseram a hipótese de
consequências clínicas importantes na qualidade que um ciclo vicioso se estabeleceria na medida em
de vida da mulher, e devem ser tratados que o excesso androgênico favoreceria o excesso
individualmente, caso o diagnóstico da SOP não de tecido adiposo abdominal e visceral, induzindo
seja possível. A presença dos três critérios, ou seja, o resistência à insulina e hiperinsulinismo
fenótipo clássico da síndrome, é fortemente compensatório, o que por sua vez facilitaria a
associado com resistência à insulina, que não faz secreção de andrógenos pelos ovários e glândulas
parte dos critérios de diagnóstico, porém, tem adrenais em mulheres com SOP, que pode ser
grande impacto na gravidade e tratamento da SOP. corroborado por vários estudos até o momento
(FIGURA-2, b) (AZZIZ, R et al, 1991). (MOGHETTI et al, 2013).
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SOP e Riscos para Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) Segundo Morreale (2007), todos os pacientes
e Doença Cardiovascular (DCV). compartilham de excesso androgênico, no entanto,
Dado o grande impacto na saúde da mulher, a SOP o que diferencia o grau dessa anormalidade
está muito além de ser tratada como um problema androgênica na influência da SOP, é a coexistência
de fertilidade ou simplesmente estético. de adiposidade abdominal, adiposidade visceral
e/ou resistência à insulina.
Mulheres com SOP são conhecidas por serem um
grupo de risco para DM2 e DCV (SHARMA, Dietoterápica.
NESTLER, 2006). A taxa de incidência é de 5 a 10 Já é de grande compreensão que um dos fatores
vezes maior para o surgimento de DM2 em agravantes para o quadro de SOP e do
mulheres com SOP, do que em mulheres saudáveis desenvolvimento da síndrome metabólica, é o
(EHRMANN et al, 1999; LEGRO et al, 1999). excesso de adiposidade (ZUUEREN, 2015). Segundo
a Diretriz Internacional Baseada em Evidência para
A oligomenorréia, caracterizada em situações de 8
Avaliação no Tratamento da SOP, a perda de peso
ou menos ciclos menstruais por ano, sendo um
vem a ser um dos pilares fundamentais no
fator preditivo para DCV e DM2, na qual as chances
tratamento da SOP (ZUUEREN, 2015).
são aumentadas em 1,5-1,9 e 2 vezes,
respectivamente (SHARMA, NESTLER, 2006). Segundo DESAI et al (2016), uma grande discussão
Mulheres com oligomenorréia tem 80% de se estabelece em torno de qual seria a conduta
chances de serem diagnosticadas com SOP. dietoterápica mais adequada, visando a melhora
dos sinais e sintomas relatados na SOP em conjunto
Portanto, apenas a classificação e diagnóstico da
com a perda de peso quando necessária.
SOP, sem que haja uma individualização das
manifestações clínicas, não é ideal. Como vemos, as Um padrão dietético que é há tempos reconhecido
consequências de um diagnóstico de SOP, como promotor de saúde, é a dieta do
juntamente com obesidade, são totalmente mediterrâneo. O padrão dietético do mediterrâneo
diversas de um diagnóstico com obesidade ou (DM) ganha destaque pelo seu alto consumo de
complicações metabólicas, porém, com ambos os gorduras insaturadas, carboidratos de baixo índice
pacientes atendendo aos critérios de classificação glicêmico, fibras, vitaminas, minerais, moderada
da SOP (MORREALE, 2018). quantidade de proteína animal e alimentos com
propriedades antioxidante e anti-inflamatórios
(WILLETT, 1995).
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Mulheres magras com SOP, parecem ter uma Figura 10. A cronobiologia levou ao surgimento da ciência da crononutrição,
campo de pesquisa em ascensão, na qual o principal objetivo é estudar como o
forma de resistência à insulina intrínseca da doença horário e o tipo de nutriente pode influenciar, tanto na melhora da qualidade de
vida como no surgimento de doenças. Na figura podemos observar o controle
e ainda muito mal compreendida, que é adicional a
dos sistemas endócrinos, comportamental, autônomo e temperatura corporal
resistência insulínica imposta pelo excesso de peso pelo ritmo circadiano. O ritmo circadiano pode influenciar na metabolização de
nutrientes e surgimento de certas doenças metabólicas. Sinais externos como a
(SHARMA, NESTLER, 2006).
luz ou escuridão, influenciam via trato retino-hipotalâmico na secreção de
Dado o estudo acima, o planejamento alimentar de melatonina e cortisol. Estes sinais centrais (clock genes - NSQ), por sua vez, estão
em compasso com relógios periféricos, localizados em cada órgão do corpo
acordo com o ritmo de sono e vigília, adotado por (“pequenos reloginhos em cada órgão”). (HICKIE IB, 2013).
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antioxidante e anti-inflamatório, regulação dos * Mulheres com SOP geralmente apresentam deficiência,
independente de obesidade.
hormônios sexuais, melhora da sensibilidade a
insulina e do perfil lipídico. G) Vitamina B12:
* Dosagens sugeridas: 500mcg a 1 mg de metilcobalamina/dia.
(SHURRAB, ARRAFA, 2020).
Alimentos/ suplementos na prática clínica:
* Necessidade de avaliação laboratorial: níveis ótimos acima de
* Dosagem sugerida: 150 ml, 2x/dia por 30 dias. * Hipovitaminose devido ao uso de hipoglicemiantes orais, e.g.,
metformina
* Possível melhora nos níveis de hirsutismo (GRANT, 2010).
* Possíveis colaterais: acne
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Conclusão O SUMÁRIO
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É verdade que a intolerância à lactose é prevalente, dos carboidratos presentes no leite e seus
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outros alimentos e distribuída ao longo do dia (2). pode ser melhorada pela manipulação da
microbiota intestinal, através da ingestão de
No geral, os sintomas mais reconhecidos pelos
prebióticos. De maneira individualizada e
indivíduos são gastrointestinais, náusea, cólica,
acompanhada por um profissional, os prebióticos
flatulência, diarreia, inchaço, dor abdominal, dentre
pode auxiliar em uma melhora na composição
outros. Normalmente, esses sintomas se iniciam
bacteriana e alívio dos sintomas (10).
por volta de 30 minutos até 2 horas após o
consumo de algum alimento contendo lactose (3).
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Conclusão
Vimos que estratégias nutricionais são essenciais
para indivíduos com intolerância à lactose, bem
como o correto manejo nutricional, visando
redução da carga de lactose, tempo de
esvaziamento gástrico e/ou tempo de trânsito
intestinal, o aumento da atividade láctica e a
compensação da flora intestinal através das
formulações para uma maior tolerância. Todas as
alternativas devem ser acompanhadas por um
profissional, para o correto manejo clínico,
permitindo assim que o indivíduo consiga ter uma
vida melhor, mais saudável e cobrindo todas as
recomendações diárias de micronutrientes para
evitar possíveis deficiências.
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Afetiva
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A comida é uma maneira de criar e expressar as Tal aspecto simbólico está intimamente
relações entre os indivíduos. Quando o alimento é relacionado ao potencial do alimento em despertar
consumido em uma refeição coletiva, fica evidente memórias afetivas, como os pratos típicos de
a relação dos indivíduos entre si e com o mundo família, que evocam emoções, remetendo a lugares
exterior, estabelecida por todo o curso da vida. e pessoas queridas. Atrelada aos sentidos, uma
Diversos momentos da nossa existência são refeição desperta sensações gustativas, olfativas e
marcados pela presença de alimentos, e o visuais, mas, para além dos cinco sentidos, uma
componente afetivo orienta a escala de receita tem potencial de fazer aflorar sabores
preferências e símbolos alimentares, como a esquecidos e trazer à tona lembranças carregadas
comida de ocasiões especiais, na demonstração de de sentimentos. O sabor é um disparador de
afeto, no presentear pessoas com alimentos, nos memórias que muitas vezes funciona como uma
ritos de passagem, como batizados, aniversários, forma de matar saudades de casa, das pessoas, da
casamentos, formaturas. infância ou de outros tempos mais felizes. Essa
dimensão afetiva está presente especialmente em
pratos considerados marcantes na vida de um
indivíduo (Calvo, 1982).
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Quando usamos a expressão “alimento para alma”, As comidas e as memórias são interligadas numa
não é apenas metaforicamente que a invocamos. complexa associação de ideias e emoções,
Comemos para suprir necessidades nutricionais, conscientes ou inconscientes, capazes de
mas também para atender demandas afetivas. A transportar o indivíduo para um momento, um
afetividade tem lugar importante na alimentação de lugar, uma casa, uma cozinha e/ou para todo um
todas as pessoas. Mia couto, escritor contexto afetivo-relacional. Não é por acaso que o
moçambicano, nos lembra que “cozinhar não é gosto e o cheiro são privilegiados na capacidade de
serviço, é um modo de amar os outros” (2009, p. nos transportarem ao passado: o paladar e o olfato
126). Nessa fala, o autor nos aponta o quão são os sentidos com ligação direta ao hipocampo,
carregado de afetividade está o ato de preparar o parte do cérebro que constitui o substrato
alimento e também de apreciá-lo, pois trata-se do neuroquímico da memória.
outro sentir-se amado também. Entre vários aspetos passíveis de serem abordados
Mintz (2001) diz que os hábitos alimentares podem no âmbito da dimensão psicológica e afetiva da
mudar de acordo com o nosso crescimento, mas escolha alimentar, destaca-se, ainda, a função do
que a memória do aprendizado alimentar prazer que a comida pode ter na vida dos
permanece em nossa consciência por toda a vida. indivíduos. As escolhas alimentares desempenham
Esse simbolismo é vinculado à comida na medida um papel importante para o bem-estar dos
em que o alimento atua como elemento indivíduos em geral e, em particular, para
fundamental para a conexão do indivíduo com suas populações cujas vulnerabilidades reduzem as suas
memórias afetivas, e elas implicam lembranças fontes de prazer e satisfação, fazendo com que as
capazes de fazer surgir emoções. Além da comida, pessoas depositem imensa importância na comida,
outros fatores podem desencadear essas transformando-a em uma fonte ainda maior de
lembranças, como cheiros, sons e lugares. Tudo o prazer.
que nos estimule sensorialmente, gerando uma Entre vários aspetos passíveis de serem abordados
percepção involuntária de um momento no âmbito da dimensão psicológica e afetiva da
importante da vida, guarda esse potencial. Não é escolha alimentar, destaca-se, ainda, a função do
preciso se forçar a lembrar da situação. A memória prazer que a comida pode ter na vida dos
involuntária intervém e tenta fazer a sensação indivíduos.
antiga “se superpor, se acoplar à sensação atual”
(Deleuze, 1987, p. 20).
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pelo ciclo claro/escuro, e sua síntese ocorre a medicamento, a melatonina deve ser prescrita por
derivado da serotonina, tendo como principal ela pode ser perigosa ou exigir uma atenção maior
função a promoção do sono e controle do ritmo (3). Os pacientes suscetíveis à depressão podem ser
circadiano em humanos (1). um dos grupos que não se beneficiariam com o uso
dessa substância, já que alguns estudos sugerem
Por muito tempo acreditou-se que a melatonina
que a melatonina poderia induzir ou aprofundá-la
era um hormônio exclusivo da glândula pineal dos
(3). Devemos também nos atentar aos casos de
animais, mas, com o passar dos anos, foi possível
pacientes com risco cardiovascular, pois eles
identificar a melatonina em insetos, fungos e
podem desenvolver uma vasoconstrição e elevação
bactérias e até em plantas comestíveis. Vários
dos níveis de pressão arterial (3). Já seus benefícios
estudos relatam que o consumo de alimentos ricos
são cientificamente comprovados para promover o
em melatonina é capaz de aumentar
sono, reduzir a insônia e as manifestações clínicas
significativamente a concentração de melatonina
do jet lag (dissincronose) (3).
sérica, passando a ser considerado nutracêutico (2).
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Como a melatonina pode influenciar os atletas? Existem vários alimentos que contêm melatonina,
O sono inadequado pode afetar negativamente o porém, a sua concentração nos alimentos varia
organismo, comprometendo o metabolismo dos muito, de espécie para espécie, podendo também
carboidratos, o apetite, a ingestão de energia e a ser distribuída de forma desigual em um animal ou
síntese de proteínas, gerando assim um impacto planta por causa das diferentes características
desfavorável no estado nutricional, metabólico e dinâmicas biofísicas nos órgãos (7). O que também
endócrino de um atleta, como também seu pode influenciar no teor de melatonina é o
desempenho e recuperação (4, 5). Com o ciclo de ambiente onde as plantas são cultivadas, incluindo
carboidratos afetado, ocorre uma diminuição nos temperatura, duração da exposição a luz solar,
estoques de glicogênio pelo fígado e músculo, processo de amadurecimento e tratamento
afetando a reserva de energia que seria utilizada agroquímico (7).
durante o exercício físico (6). A privação do sono As fontes dietéticas de melatonina, de origem
mostrou ainda um aumento do hormônio de animal, podem ser encontradas em ovos e peixes,
estresse circulante, além de aumentar o sendo detectada também no leite materno e nos
catabolismo e reduzir o anabolismo, impactando na leites fornecidos por outros animais (7, 8). Nos
taxa de reparo muscular, por isso o sono é visto cereais foi constatado no trigo, cevada e aveia, mas,
como fundamental na recuperação pós-exercício segundo um estudo, no pão encontramos
ou na redução da fadiga. (5). concentrações mais altas no miolo do que na crosta
Antes de iniciar o uso de suplementos para a (9, 10). Nas frutas podemos perceber altas taxas nas
melhora do sono devemos, primeiramente, uvas (11), cerejas (12) e morangos (13). No grupo dos
melhorar a alimentação desses atletas, pois existem vegetais o tomate (13) e o pimentão (7) seriam os
estratégias nutricionais capazes de atuar nos mais benéficos, podendo ser encontrada também
neurotransmissores que impactam positivamente o nos cogumelos (7). Já nas leguminosas e sementes
sono (5, 7). Além dos alimentos ricos em podemos observar altas doses de melatonina na
melatonina, devemos nos atentar ao consumo de mostarda branca e preta (7). O processo de
alimentos ricos em triptofano, pois eles aumentam germinação de leguminosas também se mostrou
a síntese de serotonina que, por sua vez, é eficaz nos aumentos dos seus níveis de melatonina.
convertida em melatonina (4). O triptofano tem sua Um estudo mostrou que sementes de soja
fonte dietética encontrada no leite, peru, frango, germinadas tiveram um aumento de 400%, em
peixe, ovos, semente de abóbora, feijão, amendoim, relação às sojas cruas (14, 15).
queijo e vegetais de folhas verdes (4).
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Nas sementes de feijão foi observado um aumento Foi realizado um estudo com cerejas azedas, que
11 vezes maior do que nas sementes cruas (14, 15). As apresentaram em sua composição uma variedade
oleaginosas apresentaram teores de melatonina, e de compostos fenólicos, com propriedades
as que se sobressaíram foram as nozes e o pistache antioxidantes e anti-inflamatórias (4). Outro estudo
(16). recente mostrou que a administração de duas
Alguns estudos mostram que uma alimentação porções de 30ml no dia foi capaz de aumentar os
adequada, com atenção especial para os alimentos níveis de melatonina circulante, melhorando o
que contêm vitaminas do complexo B e magnésio tempo e a qualidade do sono em adultos saudáveis,
podem ser um fator chave para o aumento da aumentando o tempo na cama desses pacientes,
concentração de melatonina nos níveis sanguíneos bem como a duração total do sono, melhoria da
(4). A vitamina B12 auxilia na secreção de eficiência do sono total e redução significativa do
melatonina, enquanto a B6 está envolvida na cochilo diurno (12).
síntese de serotonina a partir do triptofano. A Já outro estudo avaliou que a suplementação com
niacina (B3) pode ser sintetizada endogenamente a suco de cereja em atletas de maratona, após o
partir do triptofano, através da via da quinurenina, exercício, pode ajudar na sua recuperação, tendo
sendo necessário consumir uma quantidade uma evolução mais rápida da força de extensão
suficiente de niacina para inibir a atividade de 2,3- isométrica do joelho basal, podendo diminuir a
dioxigenase, o que provocará um efeito poupador resposta ao dano muscular secundário. Esse estudo
de triptofano, aumentando sua disponibilidade para avaliou também a capacidade antioxidante dessa
síntese de serotonina e melatonina (4). O folato (B9) suplementação, já que nos grupos que
e a piridoxina (B6) participam da conversão de suplementaram com suco de cereja azedo manteve
triptofano em serotonina (4). essa atividade elevada em 24 horas pós corrida, o
Estudos relatam que o magnésio aumentaria a que não aconteceu com o grupo de intervenção (4,
secreção de melatonina, promovendo o início do 17, 18, 19).
sono, atuando como um antagonista do GABA, que Na recuperação, os atletas podem sofrer com dor
é um neurotransmissor inibitório do sistema muscular de início tardio, que leva à redução da
nervoso central, reduzindo a atividade dos qualidade do sono. A suplementação do suco de
neurônios em várias regiões do cérebro (4). O cereja azeda, nas dosagens de 30ml, duas vezes ao
magnésio tem sua função também na produção da dia, por 7 dias, se mostrou benéfica nas atividades
enzima N-acetiltransferase que converte 5-HT em de sprint intermitente, sendo capaz de reduzir a
N-acetil-5-hidroxitriptamina, podendo ser queda pós-exercício no desempenho funcional (19).
convertida em melatonina (4).
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Pesquisadores sugerem que isso pode ser benéfico Sugere-se que o conteúdo de serotonina pode
durante os períodos de treinamento de pré- contribuir para melhora do sono, enquanto as altas
temporada, e nos casos de treinamento duplo, concentrações de antioxidantes podem suprimir a
onde os atletas são obrigados a produzir expressão de radicais livres e citocinas
desempenhos múltiplos em curto espaço de tempo inflamatórias (4). O alto teor de folato no kiwi
(4, 19). Nesse contexto, foi sugerido que a também contribui para a melhora do sono. Mesmo
melatonina pode ser sintetizada na mitocôndria, que o consumo de folato seja facilmente
tornando-a, juntamente com seus metabólitos, encontrado na dieta, ele acaba sendo destruído
disponível para proteger o músculo contra o muitas vezes pelo cozimento ou processamento, o
estresse oxidativo, aumentando também os efeitos que não ocorre com o kiwi, já que normalmente é
protetores da glutationa, vitamina C e trolox (que é consumido em sua forma crua (4).
um análogo solúvel em água da vitamina E), através Conclusão
da regeneração por processo de transferência de
Podemos concluir que um profissional de saúde
elétrons (4).
capacitado pode levar seu paciente a ter uma
Existem relatos que o kiwi contém uma gama de alimentação balanceada, sem a necessidade de
nutrientes capaz de beneficiar o sono, a saúde e a suplementação de melatonina. Se houver
recuperação, já que apresenta uma capacidade comprometimento do paciente com a dieta e o
antioxidante, conteúdo enzimático, polifenólico e cuidado com a forma de preparo dos alimentos, ele
fitoquímico (4). Os nutrientes presentes neles poderá atingir os valores recomendados de
incluem serotonina, vitamina C, vitamina E, triptofano, vitaminas do complexo B, e o magnésio,
vitamina K, vitamina B9, antocianinas, carotenóides, minimizando as perdas nutricionais. O profissional
betacaroteno, luteína, potássio, cobre e fibras (4). pode ajustar também a higiene do sono,
Com esse composto de nutrientes, foi sugerido que maximizando sua qualidade e a quantidade,
ele pode atuar sinergicamente, afetando vários alertando para a importância de evitar ambientes
processos fisiológicos e metabólicos, como muito claros, uso de celular, televisão, aparelhos
melhora da saúde do trato gastrointestinal e função eletrônicos luminosos, atividades excessivas
intestinal (4). Um estudo foi capaz de demonstrar próximo ao horário de deitar, e bebidas que
que o consumo de dois kiwis, uma hora antes de contenham cafeína, cola, refrigerante e guaraná,
dormir, por quatro semanas, melhorou após às 17 horas.
significativamente a duração total do sono e a
eficiência do sono (4).
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EDITORA PLENITUDE 84
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Empreendedorismo
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Já algumas decisões, são mais complexas e necessitam de uma melhor análise. Para tal,
usamos o pensamento de segunda ordem.
Quando você olha além do imediato e do óbvio, toma decisões melhores que lhe darão
uma chance muito maior de um resultado positivo a longo prazo.
Se você decide algo rápido e errado, pode gerar ainda mais problemas .
Nossas decisões são afetadas pelo nosso modelo mental , pela nossa forma de pensar,
então quanto mais modelos mentais você tiver, melhor. Para tal, se faz de extrema
importância conviver com pessoas de pensamentos diferentes.
* Pergunte muito
* Envolva terceiros
* Pense a longo prazo
* Pense na cascata de reações
* Pense como as coisas envolvidas interagem
* Não descarte opções rapidamente
* Pratique essa forma de concluir as coisas
Outro modelo que uso bastante, é o de decisões reversíveis ou irreversíveis. Ele é bem
simples de entender: se uma decisão é reversível, você pode pensar um pouco menos,
porém se ela é irreversível, exige mais tempo e reflexão para tomada de decisão.
Quanto mais modelos mentais você tiver, mais ferramentas poderá usar na tomada de
decisões. Tente aprender e observar pessoas de visões diferentes , e tire sua própria
conclusão.
Com o tempo, você vai saber discernir fatos importantes e relevantes, e tomar as
melhores decisões . Muitas vezes estamos diante de pontos de inflexão, que podem definir
sua vida, positivamente ou negativamente.
Preste atenção!
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GRADUAÇÃO
NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
UE
CLIQ
ENTRE NA
LISTA DE
INTERESSE!
COORDENADOR:
RODOLFO
PERES
Pessoas inteligentes aprendem com tudo e todos, pessoas medianas
aprendem com suas experiências, pessoas estúpidas já tem todas as
respostas.
Tadashi Kadomoto