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NUTRIÇÃO
ESPORTIVA
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NUTRIÇÃO
ESPORTIVA
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MODULO I
MODULO II
5 NUTRIENTES X EXERCÍCIOS
5.1 CARBOIDRATOS
5.2 ÍNDICE GLICÊMICO
5.3 LIPÍDEOS
5.4 PROTEÍNAS
5.5 VITAMINAS
5.6 MINERAIS
5.7 ÁGUA
5.7.1 Água e Eletrólitos
5.7.2 Desidratação
5.7.3 Termorregulação
MÓDULO III
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9 REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA
9.1 ÁGUA PURA
9.2 BEBIDAS CONTENDO SÓDIO
9.3 BEBIDAS CONTENDO CARBOIDRATOS E ELETRÓLITOS
ANEXO I
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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E pela deglutição voluntária que o bolo alimentar é conduzido ao
estômago. Nesse órgão, é misturado com fluido ácido e enzimas proteolíticas e
lipolíticas. A regulação da secreção cloridropéptica e o esvaziamento gástrico
ocorrem pela ação de hormônios gástricos (gastrina, enteroglucagon e 5-
hidroxitriptamina) e mediadores químicos do sistema nervoso autônomo
(catecolamina e acetilcolina).
Ainda neste órgão, as glândulas cárdicas e pilóricas produzem um muco
que lubrifica o bolo alimentar e protege a mucosa contra a ação das enzimas
gástricas e do ácido clorídrico. Este ácido facilita a absorção do ferro, torna o pH
adequado para digerir as proteínas, propicia a ativação do pepsinogênio em
pepsina, e limita a fermentação microbiana, agindo contra germes.
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TABELA 1
Local de Enzimas Local de Substrato Produto
atuação produção
Boca Amilase Glândulas Amido Maltose
salivares
Estômago Pepsinogênio Estômago Proteínas Polipeptídeos
Piloro Proteoses
Duodeno Peptonas
Intestino Amilase Pâncreas Amido Maltose
delgado
Lipase Pâncreas Triglicerídios Diglicerídio, ác. graxo
Diglicerídios Monoglicerídio, ác. graxo
Monoglicerídios Ác. graxo, glicerol
Fosfolipase Pâncreas Fosfolipídios Lisofosfatídios, ác graxos,
A2 ác. fosfórico e bases
Colesterol Pâncreas Éster de Colesterol livre
Esterase colesterol Ác. graxo
Tripsinogênio Pâncreas Proteínas e Peptídios e aminoácidos
Polipeptídios
Maltase Borda em Maltose Glicose
escova
Invertase Borda em Sacarose Glicose e frutose
escova
Lactase Borda em Lactose Glicose e galactose
escova
Aminopeptida Borda em Polipeptídios Peptídios
se escova
Dipeptidase Borda em Dipeptídios Aminoácidos
escova
FONTE: Waitzberg & Linetzky, 2004.
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Finalmente o processo de digestão do amido e das proteínas termina
com a ação das enzimas do pâncreas e da borda em escova do intestino
delgado. O suco pancreático tem o objetivo de neutralizar a acidez do bolo
alimentar, sendo assim, seu pH varia de 7,8 - 8,2 devido ao alto teor de
bicarbonato. Isso garante a ação das enzimas pancreáticas que agem em pH
ligeiramente alcalino e neutro. As enzimas encontradas nesse suco são:
Tripsina;
Quimotripsina;
Carboxi e amino-peptidase;
Amilase pancreática;
Lípase pancreática;
Ribonuclease;
Desoxirribonuclease.
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Por meio da veia porta, a maioria dos nutrientes chega ao fígado após
serem absorvidos pelo trato gastrintestinal. No fígado, esses nutrientes poderão
ser armazenados, transformados em outras substâncias ou liberados na
circulação.
Os Nutrientes
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Fontes: açúcar, batata, cereais, massas em geral, leguminosas, frutas,
vegetais e arroz.
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manutenção do metabolismo normal, desempenhando específicas funções
fisiológicas. Minerais são elementos com funções orgânicas essenciais que
atuam tanto na forma iônica quanto na constituição de compostos como enzimas
e hormônios. Atuam na regulação do metabolismo enzimático, na manutenção
do equilíbrio acidobásico, da irritabilidade nervosa e muscular e da pressão
osmótica, na transferência de compostos pelas membranas celulares e na
composição dos tecidos orgânicos. Sem esses nutrientes o corpo não consegue
absorver, formar, transportar outros nutrientes. Por serem necessários em
pequenas quantidades, são conhecidas como micronutrientes.
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FIGURA 1
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Já no intestino delgado, as células de borda em escova dos vilos
secretam a maltase, a frutase e a lactase, que degradam os dissacarídeos em
seus componentes monoméricos: glicose, frutose e galactose.
FIGURA 2
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corpo de um adulto saudável é constante, de forma que a taxa de síntese
proteica é sempre igual à de degradação.
Ciclo da ureia
2ª - formação de ureia pelo ciclo da ornitina, que consome 1,5 ATP para
cada molécula de ureia formada.
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FIGURA 3
Balanço Nitrogenado
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A digestão das proteínas tem início no estômago, onde o HCL favorece
a hidrólise, desnaturando as proteínas, produzindo aminoácidos e peptídeos
grandes. Porém, a maior parte do processo de digestão proteica ocorre no
duodeno e jejuno, sob ação de proteases pancreáticas. No intestino delgado,
enzimas pancreáticas quebram a proteína em peptídeos que são depois
hidrolisados por exopeptidases em aminoácidos (Aa) e peptídeos menores.
Estes peptídeos de cadeia curta podem ser hidrolisados novamente para Aa nas
bordas em escova encontradas nas células intestinais. Também podem penetrar
por difusão na célula intestinal e então, ser hidrolisados em Aa por peptidases
celulares.
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FIGURA 4
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FIGURA 5
Alguns aminoácidos
Fenilalanina:
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FIGURA 6
Tirosina:
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FIGURA 7
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FIGURA 8
Metionina:
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FIGURA 9
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Cisteína:
FIGURA 10
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Arginina:
Glutamina:
c) Metabolismo de lipídeos
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Os principais responsáveis pela estimulação da lipase-hormônio
sensível e, consequentemente, a lipólise, conforme a inibição desse processo
pela insulina, ao estimular a lipogênese, são as catecolaminas, o hormônio do
crescimento (GH) e os glicocorticoides. Contudo, alguns AGs oriundos do tecido
adiposo não são liberados na circulação, podendo continuar no adipócito ao
serem reesterificados em TAGs.
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Na mitocôndria, pares de carbonos do acil-CoA são retirados pelo
processo de β-oxidação, formando moléculas de acetil-CoA e liberando íons H+,
elétrons, NADH e FADH2 para a cadeia de transporte de elétrons para dar
origem ao ATP. No Ciclo de Krebs o acetil-CoA é metabolizado, gerando CO2 e
H2O.
A capilarização;
A ativação enzimática da cadeia oxidativa;
O transporte dos ags do sangue até o sarcoplasma;
A disponibilidade e taxa de hidrólise dos tgims;
A lipólise dos tags no tecido adiposo e circulante;
O transporte dos ags pela membrana da mitocôndria;
Adaptações hormonais, principalmente da insulina e
catecolaminas.
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Dessa forma, os atletas de endurance possuem mais sangue circulante
no tecido adiposo, em resposta à infusão de adrenalina, do que os indivíduos
sedentários.
Nutrição no esporte
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Assim, a nutrição esportiva pode contribuir com um programa de
exercícios com objetivo específico, desde a melhoria da saúde até o aumento de
força por exemplo.
Atualmente já está claro que a nutrição pode afetar o desempenho físico
e que, se associada ao potencial genético e ao treinamento adequado, é um fator
de grande importância para o sucesso.
Desconfortos na competição
A causa da dor de barriga no meio dos treinos pode ser pela alimentação
feita antes das atividades por diversos outros fatores, tais como:
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Aumento na produção de gases: o consumo de alimentos
flatulentos como feijão, couve, pimentão, brócolis, couve-flor, lentilha, milho,
pepino, abacate, melancia, melão e doces podem promover cólica, indisposição
e desconforto intestinal.
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Os tempos de digestão dos alimentos são:
• Gordura 4 a 5 horas;
• Proteína 3 a 4 horas;
• Carboidratos 2 a 3 horas (os ricos em fibras, que levam mais tempo).
2 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
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Agudos tardios: ocorrem nas primeiras 24 horas após uma
sessão de exercício, identificados na pequena diminuição dos níveis tensionais
e na elevação do número de receptores de insulina nas membranas das células
musculares.
Considerando o ritmo:
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Considerando a mecânica muscular:
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praticamente constantes. Já os esforços de ritmo variável como o jogo de tênis,
acarretam grandes variações nas necessidades de ressíntese de ATP, seguindo
de periódicas modificações das variáveis fisiológicas. Estas atividades tendem a
usar inicialmente as vias anaeróbicas alática e aeróbica, sem a participação
significativa da via anaeróbica lática.
Séries de exercícios com grupamentos musculares localizados, como
exercícios abdominais tendem a diminuir a qualidade na execução e fadiga
quando realizados sem interrupções por período superior a cinco ou dez
segundos. No entanto, se for proporcionado um período de um a dois minutos
de repouso, eles podem ser reiniciados com a mesma velocidade, qualidade de
execução adequada e relativa facilidade, já que esse tempo é suficiente para
regenerar estoques intracelulares de ATP e fosfocreatina.
Produção de energia
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Resumindo, após a digestão, os produtos finais dos alimentos são
transportados até às células pela corrente sanguínea e então oxidados. Assim,
liberam energia que será utilizada para formar ATP, mantendo assim um
suprimento permanente dessa substância.
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Embora o ATP tenha grande importância nos processos de utilização de
energia, ele não é o maior depósito de ligações fosfato de alta energia na fibra
muscular. A CP também possui este tipo de ligações, tendo uma concentração
de 4 a 5 vezes maior que a do ATP, sendo possível aumentar as suas
concentrações musculares com a suplementação ergogênica (de creatina) em
10-40%. As concentrações de ATP e CP no musculoesquelético de um indivíduo
sedentário são, respectivamente, de 6 e 28mmol/Kg músculo.
Sistema ATP-CP
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O ATP se mantém a um nível constante nos primeiros segundos de uma
intensa atividade muscular como o sprint, enquanto ocorre um declínio das
concentrações de CP à medida que este vai se degradando rapidamente para a
ressíntese do ATP gasto. Na exaustão, os níveis de ATP e CP são muito baixos,
tornando-os incapazes de fornecer energia para assegurar posteriores
contrações e relaxamentos das fibras esqueléticas ativas. Por este motivo, é
limitada no tempo a capacidade de se manter os níveis de ATP ao longo do
exercício de alta intensidade à custa da energia obtida da CP. Vários autores,
afirmam que as reservas de ATP e CP apenas suprem as necessidades
energéticas musculares durante sprints de intensidade máxima até 15s. Porém,
estudos mais recentes sugerem que a importância do sistema alático continua
sendo o principal sistema energético mesmo para esforços máximos que
durarem até 30s.
Quando ocorre grande depleção energética, pode haver ressíntese de
ATP muscular, exclusivamente a partir de moléculas de ADP, por meio de uma
reação catalisada pela enzima mioquinase (MK). Mas, em grande parte das
reações energéticas celulares ocorre somente a hidrólise do último fosfato do
ATP, sendo bem mais raras as situações em que aconteça a degradação do
segundo fosfato.
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FIGURA 11
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Em seguida, por meio da enzima fosfoglicose isomerase, a G6P é
transformada no seu isômero frutose-6-fostato ou F6P, que receberá mais um
grupamento fosfato, sendo transformada no composto frutose-1,6-bisfosfato,
sendo também uma reação irreversível, catalisada pela fosfofruto-cinase, uma
enzima alostérica.
FIGURA 12
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FIGURA 13
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FIGURA 14
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A produção de ATP por meio do metabolismo aeróbio, pela quebra da
glicose, divide-se em três etapas:
FIGURA 15
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de_Krebs%3B250%3B250>. Acesso em: 25 mar. 2013.
- Gliconeogênese
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FIGURA 16
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FIGURA 17
FIGURA 18
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Esforços de alta intensidade com duração entre 30s e 1min como uma
corrida de 400m, por exemplo, recorrem a um sistema energético distinto,
caracterizado por uma grande produção e acumulação de ácido láctico. Por isso,
as modalidades que requerem este tipo de esforços são habitualmente
chamadas de lácticas, uma vez que a produção de energia no músculo é
proveniente do rápido desdobramento dos hidratos de carbono armazenados
como glicogênio, em ácido lático. Ou seja, trata-se de um processo anaeróbio
que ocorre no citosol das fibras esqueléticas, em que a molécula da glicose é
degradada anaerobicamente a ácido pirúrvico ou láctico, sendo muito ativo no
musculoesquelético. Este processo, conhecido como glicólise, conta com um
conjunto de 12 reações enzimáticas para degradar o glicogênio a ácido láctico,
possibilitando a rápida conversão de uma molécula de glicose em 2 de ácido
lático, formando concomitantemente 2 ATP (ou seja, estes compostos são
produzidos em uma relação de 1:1), sem a utilização do O2.
Devido a isso, um corredor de 400m deve desenvolver ao máximo, no
treinamento, tanto a capacidade para formar ácido láctico, como a de correr em
altas velocidades tolerando as acidoses musculares extremas, já que o pH
muscular pode declinar de 7.1 para 6.5 no final de um sprint prolongado.
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deste tipo de exercício, causam uma intensa acidose (liberação de H+)
conduzindo a uma progressiva fadiga.
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proveniente da oxidação mitocondrial dos ácidos graxos livres (AGL). Embora a
produção energética seja assegurada em 40% pelos carboidratos e em 60%
pelos lipídeos em repouso, em repouso o cérebro é o maior consumidor de
carboidratos do organismo, consumindo aproximadamente 5g de glicose por
hora. Nesta ocasião os AGL asseguram quase totalmente as necessidades
energéticas musculares.
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TABELA 2
Característica ATP - CP Ácido Lático Aeróbico
carboidratos,
Combustível Fosfato de alta
carboidratos gorduras e
utilizado energia
proteínas
Localização Sarcoplasma Sarcoplasma Mitocôndria
Fadiga devido depleção de
depleção de fosfato acúmulo de lactato
à... glicogênio
Capacidade: muito limitada limitada sem limite
Homem 8 - 10 Kcal 12 - 15 Kcal >90.000 Kcal
Mulher 5 - 7 Kcal 8 - 10 Kcal >115.000Kcal
Força: muito alta
alto/ moderada moderada/baixa
16-20 Kcal/min 12-15Kcal/min
Homem 36-40 Kca/min
12-15 Kcal/min 9-12 Kcal/min
Mulher 26-30Kcal/min
Intensidade: muito alta alta/moderada moderada /baixa
% máximo > 95% F.C.M. 85%-95 F.C.M. <85% F.C.M.
Tempo para muito curto: curto/médio: médio/longo :
fadiga de 1- 15 seg. de 45 - 90 seg de 3-5 min.
Atividades:
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Contração muscular
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FIGURA 19
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Assim, podemos definir a contração como a ativação das fibras
musculares com a tendência destas se encurtarem. Ocorre com o aumento do
cálcio citosólico, que dispara diversos eventos moleculares, que causam a
interação entre miosina e actina, fazendo com que essa última, deslize sobre os
filamentos, grosso e os sarcômeros encurtem-se em série.
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forem instruídas sobre como classificar corretamente o gasto energético de suas
atividades, tendo uma padronização nas técnicas de coleta dos dados, e
entrevistadores treinados.
TABELA 3
Compêndio De Atividades Físicas
ATIVIDADE DESCRIÇÃO METs
Pedalando, BMX ou em montanhas 8,5
Pedalando < 10 mph, geral, lazer, p/ trabalhar ou 4,0
divertir.
Pedalando, 10-11,9 mph, lazer, lento, esforço leve 6,0
Pedalando, 12-13,9 mph, lazer, esforço moderado 8,0
Pedalando, 14-15,9 mph, competição, lazer, rápido
Ciclismo 10,0
esforço vigoroso
Pedalando, 16-19 mph, competição sem ensaio ou
ensaio > 19 mph, muito rápido, competição em geral 12,0
Pedalando > 20 mph, competindo
Pedalando monociclo 16,0
5,0
Pedalando bicicleta ergométrica, geral 5,0
Pedalando bicicleta ergométrica, 50 W, esforço 3,0
muito leve
Pedalando bicicleta ergométrica, 100W, esforço 5,5
fraco 7,0
Pedalando bicicleta ergométrica, 150W, esforço
moderado
Pedalando bicicleta ergométrica, 200W, esforço 10,5
vigoroso
Exercício de Pedalando bicicleta ergométrica, 250W, esforço 12,5
condicionamento muito condicionamento vigoroso
Calistenia (exercícios de flexão com os braços, etc.) 8,0
pesado, esforço vigoroso
Calistenia, exercícios domésticos, esforço de leve à 4,5
moderado, geral (por exemplo, exercícios com as
costas), levantando e abaixando no chão.
Treinamento em circuito em geral 8,0
Levantamento de pesos (pesos livres, equipamento 6,0
tipo Nautilus ou universais), fisiculturismo ou
treinamento de força, esforço vigoroso
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Exercícios gerais em clubes para manutenção da
saúde 5,5
Esteira e escada ergométrica, geral
Remo fixo ergométrico, geral 6,0
Remo fixo, 50 W, esforço leve 9,5
Remo fixo, 100W, esforço moderado
3,5
Remo fixo, 150W, esforço vigoroso
Remo fixo, 200W, esforço muito vigoroso 7,0
Dar aulas de ginástica aeróbia 8,5
Hidroginástica, calistenia na água 12,0
Levantamento de pesos (Nautilus ou tipo 6,0
Universal) esforço leve ou moderado, sessões 4,0
leves em geral 3,0
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Cuidar de criança, dar banho, vestir, alimentar, às 3,0
vezes carregar, esforço leve
Cuidar de criança estando de pé, dar banho, vestir, 3,5
alimentar, às vezes carregar, esforço leve
Conserto de carro em geral 3,0
Trabalho de carpintaria em geral 3,0
Reparos domésticos Pintar paredes fora da casa 5,0
Pintar paredes dentro de casa, remodelando 4,5
Serviços de bombeiro em geral 3,0
Estar deitado tranquilamente, assistindo TV 0,9
Estar assentado tranquilamente, escutando música, 1,0
Inatividade/descanso assistindo TV ou um filme no cinema
Dormir 0,9
Falar ao telefone 1,0
Limpar a terra usando ancinho 5,0
Plantar sementes de modo geral 4,0
Plantar muda de árvores 4,5
Jardinagem Aplicar fertilizantes nas plantas, andando 2,5
Regar plantas, de pé ou caminhando 1,5
Jardinagem de forma geral
5,0
Jogar cartas ou outro tipo de jogo, assentado 1,5
Ler livros, jornais ou revistas, assentado 1,3
Fazer trabalhos manuscritos, assentado 1,8
Diversos Estudar, assentado, incluindo ler e/ou escrever 1,8
Estar assentado assistindo aulas, fazendo 1,8
anotações
1,8
Ler estando de pé
Tocar acordeom 1,8
Tocar violoncelo 2,0
Regência 2,5
Tocar bateria 4,0
Tocar flauta (assentado) 2,0
Tocar trompa
2,0
Tocar piano ou órgão
Tocar trombone 2,5
Execução musical
Tocar trompete 3,5
Tocar violino 2,5
Tocar instrumentos de sopro de madeira 2,5
Tocar guitarra popular, assentado 2,0
Tocar guitarra de pé em bandas de rock 2,0
Tocar em bandas marciais, andando 3,0
4,0
Panificação em geral 4,0
Carpintaria em geral 3,5
Trabalhar em mina de carvão, geral 6,0
Reforma de construções 5,5
Atividades Trabalho de eletricista e bombeiro 3,5
Ocupacionais Atividade rural: dirigir trator
2,5
Atividade rural: alimentar pequenos animais
Atividade rural: alimentar gado 4,0
Atividade rural: tirar leite de vaca manualmente 4,5
Atividade rural: tirar leite de vaca mecanicamente 3,0
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Bombeiro em geral (apagar incêndio) 1,5
Lenhador: cortar madeira c/machado, rapidamente 8,0
Lenhador: cortar madeira c/machado, lentamente 17,0
Lenhador: trabalho geral 5,0
Plantar com as mãos (florestas) 8,0
Andar a cavalo: galopando
6,0
Andar a cavalo: trotando
Andar a cavalo: passeando 8,0
Operar equipamento pesado/automático 6,5
Atividade policial: dirigir trânsito, de pé 2,6
Atividade policial: dirigir uma viatura 2,5
Atividade policial: fazer uma prisão 2,5
Reparar calçados de forma geral 2,0
Trabalho de escritório em geral (assentado) 8,0
Participar de reuniões em geral, conversando 2,5
Trabalhos leves, na posição de pé (balconistas em 1,5
geral) 1,5
Trabalhos leve/moderado na posição de pé
2,5
(conserto de peças, reparo de peças de automóveis
empacotar etc.) cuidar de pacientes (enfermaria)
3,0
Trabalhos pesados, na posição de pé (levantar mais
que 20 Kg)
Alfaiataria em geral
Dirigir caminhão, carregando/descarregando 4,0
Digitar máquina elétrica/manual ou em computador
Caminhar no trabalho, menos de 2 milhas/h (no 2,5
escritório ou laboratório), muito lento 6,5
Caminhar no trabalho, 3 milhas/h, no escritório, 1,5
velocidade moderada, sem carregar nada nas mãos 2,0
Caminhar no trabalho, 3,5 milhas/h, no escritório,
velocidade rápida, sem carregar nada nas mãos 3,5
Caminhar, 2,5 milhas/h, devagar e carregando
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg)
Caminhar, 3,0 milhas/h, moderadamente e 4,0
carregando objetos leves nas mãos (menos que 10
Kg) 3,0
Caminhar, 3,5 milhas/h, rapidamente e carregando
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg) 4 ,0
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 12-25 Kg 4,5
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 25-35 Kg 5,0
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando entre 35-50 Kg
6,5
Caminhar, descer escadas ou ficar parado,
carregando objetos pesando 50 Kg ou mais
Trabalhar em teatro, encenando ou nos bastidores 7,5
* Operar máquinas
* Controlador de qualidade 8,5
*Trabalhar em forno de tratamento térmico (trabalho
físico intermitente) 3,0
* Operar prensas leves de forjamento 2,6
* Servente de pedreiro 3,3
* Pedreiros 3,4
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*Mecânicos industriais
* Azulejista 3,7
* Carregador de caixas de laranjas 5,0
* Bombeiro hidráulico 5,2
*Carregador de sacas de mantimentos 5,4
6,5
7,0
7,5
8,1
Combinação trote/caminhada (componente trote/10 6,0
min
Trote em geral 7,0
Correr, a 5 milhas/h (12 min.milha-1 ) 8,0
Correr a 5,2 milhas/h (11,5 min.milha-1 ) 9,0
Correr a 6,0 milhas/h (10 min.milha-1 )
10,0
Correr a 6,7 milhas/h (9 min.milha-1 )
Correr a 7,0 milhas/h (8,5 min.milha-1 ) 11,0
Correr a 7,5 milhas/h (8,0 min.milha-1 ) 11,5
Correr a 8,0 milhas/h (7,5 min.milha-1 ) 12,5
Correr a 8,6 milhas/h (7,0 min.milha-1 ) 13,5
Corrida
Correr a 9,0 milhas/h (6,5 min.milha-1 ) 14,0
Correr a 10 milhas/h (6,0 min.milha-1 ) 15,0
Correr a 10,9 milhas/h (5,5 min.milha-1 ) 16,0
Correr em trilhas (“cross-country”) 18,0
Correr em geral 9,0
Correr no lugar 8,0
Correr escada acima
8,0
Correr em pista de corrida, treinando
Correr, treinando, empurrando cadeira de rodas 15,0
10,0
8,0
Estar de pé, estando pronto para dormir, geral 2,5
Estar assentado no toalete 1,0
Tomar banho (assentado) 2,0
Cuidados Pessoais Vestir/despir (de pé ou assentado) 2,5
Comer (assentado) 1,5
Estar de pé inclinado p/ escovar dentes, barbear,
2,5
lavar as mãos, maquiar
Atividade Sexual Passiva, esforço leve, beijar, abraçar 1,0
Arco e flecha (não p/ caça) 3,5
Basquete, jogo 8,0
Basquete, geral 6,0
Basquete em cadeira de rodas 6,5
Bilhar 2,5
Boliche
3,0
Esportes Boxe no ringue, geral
Jogos infantis (brincadeiras de roda, quatro cantos, 12,0
brincar em balanços, etc.) 5,0
Dar treinamento de futebol, futebol americano,
basquete, natação, etc. 4,0
Jogar dardos
Competição de futebol americano 2,5
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Futebol americano, geral 9,0
Jogar disco (“frisbee”), geral 8,0
Golf, geral 3,0
Handball, geral 4,5
Handball, time 12,0
Andar a cavalo
8,0
Judô, jujitsu, karatê, tae kwan dô, kick boxing
Motocross 4,0
Polo 10,0
Frescobol, geral 4,0
Escalar pedras, p/ cima 8,0
Saltar corda, depressa 7,0
Saltar corda, moderadamente, geral 11,0
Saltar corda, lentamente 12,0
Futebol, competitivo 10,0
Futebol, lazer, geral 8,0
Squash 10,0
Tênis de mesa, ping pong
7,0
Tai chi
Tênis, geral 12,0
Tênis, duplas 4,0
Tênis, sozinho 4,0
Voleibol, competitivo em ginásio 7,0
Voleibol, não competitivo, times com 6-9 pessoas 6,0
Voleibol de praia 8,0
Luta livre (um tempo =5 min) 4,0
3,0
8,0
6,0
Caminhar carregando mochila nas costas, geral 7,0
Carregando um neném ou peso de até 7 Kg, em 3,5
terreno plano ou escada abaixo
Carregando peso escada acima, geral 9,0
Carregando de 0,5 a 7 Kg, escada acima 5,0
Carregando de 8,0 a 12 Kg, escada acima
6,0
Carregando de 13 a 24 Kg, escada acima
Carregando de 25 a 37 Kg, escada acima 8,0
Carregando acima de 38 Kg, escada acima 10,0
Escalar montanha com carga de 0 a 4,5 Kg 12,0
Escalar montanha com carga de 5 a 10 Kg 7,0
Escalar montanha com carga de 11 a 21 Kg 7,5
Caminhada
Escalar montanha com carga igual ou acima de 22 8,0
Kg 10,0
Descer escadas 3,0
Marchar rapidamente, como marcha militar 6,5
Andar a menos de 2 milhas/h, terreno plano; 2 ,0
caminhar dentro de casa, muito devagar
Andar a 2 milhas/h, no plano, passo lento em
superfície firme 2,5
Andar a 2,5 milhas/h superfície firme
Andar a 2,5 milhas/h em declive 3,0
Andar a 3,0 milhas/h, no plano, passo moderado, 3,0
superfície firme 3,5
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Andar a 3,5 milhas/h, no plano, passo rápido,
superfície firme 4,0
Andar a 3,5 milhas/h em aclive
Andar a 4,0 milhas/h, no plano, passo muito rápido, 6,0
superfície firme 4,0
Andar a 4,5 milhas/h, no plano, passo muitíssimo
rápido, superfície firme
Andar por prazer, no intervalo de trabalho; passear 4,5
com cachorro
Andar em pista de grama 3,5
Andar indo p/ o trabalho ou escola
5,0
4,0
Canoagem em passeios no campo 4,0
Canoagem, remando a 2-3,9 milhas/h, esforço leve 3,0
Canoagem, remando a 4-5,9 milhas/h, esforço 7,0
moderado
Canoagem, remando a mais de 6 milhas/h, esforço 12,0
vigoroso
Canoagem, por prazer, geral
Velejar, usando veleiro, “windsurf”, geral 3,5
Velejar competindo 3,0
Esquiar na água 5,0
Surfar com prancha 6,0
Mergulhar com scuba, geral 3,0
Nadar estilo livre, rápido, esforço vigoroso 7,0
Nadar estilo livre, lento, esforço leve a moderado 10,0
Atividades Aquáticas Nadar estilo costas, geral
8,0
Nadar estilo peito, geral 8,0
Nadar estilo golfinho, geral 10,0
Nadar estilo crawl, lento, cerca de 50 m.min-1,
11,0
esforço leve a moderado
Nadar estilo crawl, rápido, cerca de 70 m.min-1, 8,0
esforço vigoroso
Nadar em rios, lagos ou oceanos 11,0
Nadar por diversão, geral
Nado sincronizado 6,0
Polo aquático 6,0
Voleibol aquático 8,0
10,0
3,0
FONTE: Compendium of Physical Activities: classification of energy costs of human physical
activities. Med. Sci. Sport. Exerc. 25(1): 71-80, 1993. * Fonte: Caderno Ergo n° 9: Resultados de
Pesquisa: Capacidade aeróbia de trabalhadores brasileiros e correlação com a carga de trabalho
físico que executam. Belo Horizonte, 1984.
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3 CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
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Schofield (1985) em 12,9%;
Henry & Ress (1991) em 7,4%.
As equações sugeridas por Harris & Benedict (1919) não são as mais
indicadas para a estimativa da TMB tanto em mulheres norte-americanas quanto
latino-americanas. As equações de Henry & Rees (1991) foram desenvolvidas
para populações tropicais, fornecendo estimativas menores do que aquelas
derivadas de populações europeias e norte-americanas.
Harris-Benedict (1919)
FAO/WHO/UNU (1985)
TABELA 4
Idade Gênero Feminino Gênero Masculino
18 a 30 anos 14,7 x P + 496 15,3 x P + 679
30 a 60 anos 8,7 x P + 829 11,6 x P + 879
+ de 60 anos 10,5 x P + 596 13,5 x P + 487
P = peso corporal em kg
Schofield (1985)
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TABELA 5
Idade Gênero Feminino Gênero Masculino
3 a 10 anos [0,085 x P + 2,033] x 239 [0,095 x P + 2,110] x 239
10 a 18 anos [0,056 x P + 2,898] x 239 [0,074 x P + 2,754] x 239
18 a 30 anos [0,062 x P + 2,036] x 239 [0,063 x P + 2,896] x 239
30 a 60 anos [0,034 x P + 3,538] x 239 [0,048 x P + 3,653] x 239
P = peso corporal em kg
TABELA 6
Idade Gênero Feminino Gênero Masculino
3 a 10 anos [0,063 x P + 2,466] x 239 [0,113 x P + 1,689] x 239
10 a 18 anos [0,047 x P + 2,951] x 239 [0,084 x P + 2,122] x 239
18 a 30 anos [0,048 x P + 2,562] x 239 [0,056 x P + 2,800] x 239
30 a 60 anos [0,048 x P + 2,448] x 239 [0,046 x P + 3,160] x 239
P = peso corporal em kg
Cunningham (1991)
Ex. Para um homem de peso = 70kg com 21% de gordura corporal. Massa Livre de Gordura (MLG) seria 55,3 kg e
seu GEDR então, seria de: 370 + 21,6 (55,3) = 370 + 1194,48 = 1564,48 kcal
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Após calcular a TMB, aplica-se a fórmula para estimar o Gasto
Energético Total (GET):
GET= TMB X FA
(FA = Fator Atividade)
TABELA 7
Fator Atividade, de acordo com o sexo (FAO/OMS de 1985):
ATIVIDAD MENINOS MENINAS HOMEN MULHERE
E (ADOLESCENTE (ADOLESCENTE S S
S) S)
Leve 1,6 1,5 1,55 1,56
Moderada 2,5 2,2 1,78 1,64
Intensa 6,0 6,0 2,10 1,82
FONTE: Oliveira, Dutra, 1998.
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4 DIETA E ATIVIDADE FÍSICA
Observa-se com
frequência a preocupação de
desportistas e atletas com a
alimentação, em busca de um
maior desempenho em suas
atividades.
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Esportes que realizam contrações musculares repetitivas, como a
corrida utiliza mais energia que os esportes que mantêm a contração muscular.
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principalmente em atletas adolescentes, cujas necessidades de ferro é maior por
conta da demanda do tecido muscular que cresce rapidamente. Esses atletas
também podem desenvolver anemia ferropriva caso não consumam carnes ou
alimentos fontes de ferro em quantidades suficientes. Geralmente, atletas do
sexo masculino possuem tendência a irregulares hábitos alimentares, com a
inclusão de muitos lanches, que não necessariamente conduz à ingestão
inadequada de macronutrientes, porém, contribui para um consumo insuficiente
de micronutrientes por conta do número limitado da escolha de alimentos. Em
vários casos, os atletas apresentam um baixo consumo de frutas e vegetais, e,
sendo estes grandes fontes de vitaminas B e C e muitos elementos traços,
aumenta-se o risco de se desenvolver um estado nutricional deficiente em
relação às vitaminas e minerais.
Assim, pode-se dizer que a nutrição é um importante fator na otimização
do desempenho atlético, reduzindo a fadiga, e com isso permitindo que o atleta
treine por mais tempo ou que se recupere mais rapidamente entre as seções de
exercícios, uma vez que a nutrição adequada também otimiza os depósitos de
energia para a competição, que pode ser o diferencial entre o primeiro e o
segundo lugar, tanto nas atividades de resistência quanto de velocidade.
Além disso, a nutrição também é importante para a saúde geral do atleta,
já que reduz as possibilidades de enfermidades que possam diminuir os períodos
de treinamento podendo tornar a carreira do atleta mais curta.
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MÓDULO II
5 NUTRIENTES X EXERCÍCIOS
5.1 CARBOIDRATOS
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Indicações de carboidrato para exercícios de força:
Indicações no pré-treino
3 a 4 horas antes:
Os objetivos são:
Proporcionar o tempo necessário para esvaziamento gástrico;
Providenciar quantidade extra de glicogênio e glicose sanguínea;
Impedir que ocorra a sensação de fome.
1 hora antes:
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ocorre devido à ação entre a insulina e a contração muscular simultaneamente
para captar glicose sanguínea.
Durante a atividade física, a disponibilidade de insulina para a captação
de glicose é pequena. Quanto mais intenso o exercício, maior é a captação da
glicose pelo musculoesquelético.
Observações:
Indivíduos que tenham predisposição à queda da glicemia devem
evitar, neste momento, os carboidratos de índice glicêmico alto para que não
ocorra uma hipoglicemia reativa.
Altos níveis de insulina inibem a lipólise, causando uma redução na
mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo, podendo também
aumentar o catabolismo de carboidratos. Isso faz com que ocorra a depleção do
glicogênio antecipadamente, podendo induzir à fadiga precoce.
15 minutos antes:
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Indicações durante o treino
Observações:
Para retardar a fadiga, em mais ou menos 15-30 minutos, devem-
se poupar as reservas de glicogênio com o suprimento de 1g carboidrato por
minuto.
Para que não ocorram enjoos, cefaleias, etc., devem-se manter os
níveis da glicemia.
Recomendações no pós-treino
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0,7-3g de carboidrato por kg de peso corpóreo, a cada 2 horas, ao longo
das 4 a 6 horas posteriores ao fim da atividade;
0,7-1,5g de glicose por kg de peso corpóreo a cada 2 horas, ao longo
das 6 horas posteriores à atividade intensa com acréscimo de 600g de
carboidrato nas primeiras 24 horas;
1,5g de carboidrato por kg de peso corpóreo nos primeiros 30 minutos e
a cada 2 horas, nas 4-6 horas após o término da atividade;
0,4g de carboidrato por kg de peso corpóreo a cada 15 minutos, durante
4 horas.
Quando utilizar:
Exercícios moderadamente intensos;
Duração: > 90 minutos;
Não há contradições médicas em se fazer uma dieta rica em CHO
por 3 a 5 dias.
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Quando não utilizar:
Não é tão intenso e as reservas de glicogênio serão suficientes;
Duração: < 60-80 minutos;
O atleta tem diabetes ou dislipidemia.
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3 a 4 dias de alto consumo de carboidratos e poucas atividades.
Vantagens:
Praticidade na realização, além disso, evitava fadiga e a
complicação da dieta e da atividade envolvida.
Aumento de duração da atividade em 20%.
Por fim, um protocolo atualizado, ou seja, a supercompensação
modificada utiliza 3 a 4 dias que antecedem a atividade, reservando 1 dia para
descanso na véspera. Dessa forma, esta técnica ajuda na manutenção das
reservas de glicogênios, deixando-as cheias para a atividade.
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Os esportistas que se favorecem com essa dieta são aqueles que
praticam treinamentos de moderados a intensos, por exemplo: triatletas,
tenistas, ciclistas, maratonistas e outros que praticam atividades com mais de
uma hora de duração. É bom lembrar que o esportista não se beneficiará com
este tipo de técnica caso as atividades esportivas aconteçam muito próximas
uma da outra, isto é, mensalmente ou a cada dois meses.
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Moderado índice glicêmico (60-85);
Baixo índice glicêmico (< 60).
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5.3 LIPÍDEOS
5.4 PROTEÍNAS
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As vitaminas (presentes nas frutas, verduras, carnes, ovos, leite e
derivados) são responsáveis pela prevenção de doenças, infecções e na
regulagem das funções do organismo. É difícil descrever todos os benefícios que
este nutriente proporciona, uma vez que as vitaminas e os minerais são
fundamentais para a maioria das defesas e a manutenção do organismo. A
quantidade recomendada para ingestão das vitaminas seguem as indicações
das DRIs.
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A vitamina C (ácido ascórbico) encontra-se em grande quantidade nos
leucócitos. Portanto, deve-se destacar que é necessária a vitamina C nos
esportes de alto rendimento.
A vitamina C protege contra a baixa na imunidade provocada pelo
cortisol no exercício físico. Além de favorecer a inibição do crescimento viral.
5.6 MINERAIS
Cálcio e fósforo
Cloro
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Ferro
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A absorção do ferro também é determinada pelos alimentos que são
ingeridos juntos. Por exemplo, alimentos que possuem vitamina C favorecem a
absorção intestinal do ferro. Ou seja, sempre que for consumido um alimento rico
em ferro, deve-se também consumir uma fruta ácida (fonte de vitamina C).
Potássio
Importante elemento constituindo aproximadamente 5% do conteúdo
total de minerais existentes no organismo. O potássio também está envolvido no
balanço e distribuição hídrica, no equilíbrio osmótico e ácido-base, além de
regular a atividade neuromuscular e promover o crescimento da célula. Sua
absorção ocorre no trato intestinal e a excreção é feita pela urina, fezes e suor.
Sódio
Este mineral é um dos principais reguladores osmóticos do sangue,
plasma, fluidos intercelulares e do equilíbrio ácido-base. É de grande importância
na motilidade e excitabilidade muscular e na distribuição orgânica de água e
volume sanguíneo.
O teor de sódio no organismo corresponde aproximadamente 1% do
peso corporal, sendo um elemento muito comum na natureza, adquirido pelo
organismo por meio dos alimentos.
Zinco
São evidentes os benefícios trazidos pelas atividades físicas e, é com
um intuito de melhorar a qualidade de vida ou até mesmo profissional que as
pessoas as procuram. Mas, esses benefícios podem ser contrários se não
houver uma associação adequada entre atividade física, descanso e
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alimentação. Com a atividade física, o metabolismo aeróbio aumenta, elevando
de tal modo a produção dos radicais livres e deixando o organismo mais
vulnerável a doenças, representando um grande risco para saúde.
Selênio
Levando em consideração que as funções do selênio só puderam ser
descritas após a demonstração de sua incorporação à enzima glutationa
peroxidade. Pode-se dizer, então, que sua principal função é ser antioxidante.
Porém, ele também ajuda na produção de enzimas que agem contra os radicais
livres e protegem contra a peroxidação lipídica das membranas das células.
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5.7 ÁGUA
A regra é simples:
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Jamais se deve ingerir bebida repositora de sais antes de praticar
exercícios, pois elas possuem sódio que podem levar ao aumento desnecessário
da pressão arterial. Por outro lado, não se deve ingerir somente água quando os
exercícios são muito longos, porque como ela não repõe os sais por muito tempo,
pode causar sérios problemas de saúde (o que chamamos de hiponatremia).
Além disso, pode ser colocada em risco a vida do esportista devido ao uso
excessivo de água, depois de fazer exercícios por um longo período e com perda
intensa de suor.
Sudorese
5.7.2 Desidratação
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A mudança corpórea no equilíbrio hidroeletrolítico diminui a capacidade
dos indivíduos de aguentarem uma atividade prolongada, por isso que podem
comprometer de forma negativa a função celular e sistêmica.
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5.7.3 Termorregulação
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A produção de calor corpórea durante o repouso é baixa, cerca de
1kcal/min, porém atividades muito intensas, o calor metabólico produzido pode
extrapolar 20kacal/min. A quantidade de suor necessária para eliminar esse
calor resulta em uma grande perda de água corpórea e, consequentemente de
eletrólitos. A cada litro de água perdida no suor consegue-se remover 580kcal
de calor corporal. Pode-se dizer então, que quando a pessoa se exercita durante
2h30min de forma intensa, a sua temperatura interna se mantém com uma
variação entre 2 a 3ºC em comparação a de repouso, considerando que a
dissipação do calor seja na mesma taxa de sua produção. Supondo que o peso
da pessoa seja de 70 kg, seria necessário eliminar aproximadamente de 1,6 a
2l/h de suor pela pele para que a variação da temperatura interna seja mantida.
Com o suor acentuado, a perda de água seria de 5l, o que corresponde cerca de
7% do peso total do corpo.
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cardíaco. Esses ajustes causam um efeito nocivo para o desempenho físico e
também para a termorregulação.
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no plasma é apenas uma pequena fração das reservas corporais. Em uma
competição de longa duração, quando há um suor intenso, a perda de eletrólitos
representa uma redução entre 15 e 30% total de sódio permutável do organismo.
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MÓDULO III
Circunferências
Dobras cutâneas
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FIGURA 20
FIGURA 21
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FIGURA 22
FIGURA 23
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FIGURA 24
FIGURA 25
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FIGURA 26
FIGURA 27
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FIGURA 28
Onde:
Dc = densidade corporal em g/cm3
X1 = soma das dobras cutâneas tricipital, suprailíaca e do terço médio da coxa
(mm)
X2 = idade em anos
Onde:
X1 = somas as dobras cutâneas peitoral, abdominal e do terço medio da coxa
(mm)
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X2 = idade em anos
Equação de Falkner
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Somatotipo
Refere-se ao tipo corporal ou a classificação física do corpo. Todos nós
possuímos certo grau de todos os componentes corporais típicos. Os termos
endomorfo, mesomorfo e ectomorfo descrevem uma pessoa em relação ao seu
somatotipo.
- Endomorfia: caracterizado pela predominância do abdômen em relação
ao tórax, ombros altos e quadrados e pescoço curto, sendo o componente
“gorduroso" do corpo.
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7 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS E PRESCRIÇÕES DIETÉTICAS NA
ATIVIDADE FÍSICA
Exercícios de resistência/endurance
Antes do evento
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No dia do evento
Durante o evento
Recuperação nutricional
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A opção da reposição ideal altera de acordo com o tipo de atividade
praticada. Por exemplo: os ciclistas podem guardar géis de carboidratos,
banana, biscoitos, barras energéticas, entre outros na bicicleta ou na parte de
trás da camisa. Além disso, em treinos prolongados, a garrafinha deverá estar
cheia com bebidas específicas para esporte. Já na corrida, a melhor forma de
reposição de carboidratos é o gel, que deve, de preferência, ser consumido junto
com água ou bebidas esportivas. Enquanto na natação, pode-se deixar junto à
piscina para que seja consumido durante a competição, repositores como: gel,
bebidas esportivas e alimentos ricos em carboidratos.
A hidratação também é um cuidado que se deve tomar em treinos
prolongados. A sudorese é a forma que o organismo encontra para eliminar o
calor corpóreo, evitando assim, a alta elevação da temperatura, o que lesaria o
desempenho físico. No entanto, junto ao suor, são eliminados alguns eletrólitos
de grande importância, como: potássio, cloreto e sódio.
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A mais antiga competição foi em 776 a.C., porém é certo que vários
séculos antes já se iniciaram as práticas de pista e campo. O indivíduo, desde
as antigas civilizações, já se interessava por competições, pois assim poderia
medir sua rapidez, força e habilidade. As atividades destinadas a melhorar ou
conservar a saúde corpórea procediam da própria batalha pela sobrevivência.
Forçados desde cedo a encarar diversos obstáculos da natureza e,
posteriormente, os seus semelhantes, o indivíduo aprimorou seus instintos de
correr, pular e arremessar. Com as batalhas, criaram-se os esquadrões. O uso
de madeiras e pedras, como armas, foram substituídos por dardos, lanças e
espadas. Mais tarde, as olimpíadas auxiliaram na popularização e na
universalização do atletismo.
A quantidade de energia que um atleta carece é diretamente
proporcional ao tipo de exercício, tempo de duração e intensidade do treino.
Também há influência de fatores como: sexo, idade, massa corporal,
metabolismo e altura. Uma dieta deve fornecer, diariamente, ao atleta cerca de
30 a 50 kcal/kg/dia para equilibrar o alto consumo de energia e repor os estoques
de glicogênios no músculo.
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um consumo de 1,2 a 1,8g de proteína/kg/dia. E, os lipídeos não devem
ultrapassar um consumo de 30% do valor total de energia na dieta.
Antes do treinamento
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Para os esportistas aquáticos, a sede pode ser menos perceptível.
Contudo, se não houver uma constante reposição de água terá um bom risco de
desidratação. Grande parte dos atletas só consomem os líquidos quando sentem
sede, mas o aconselhável é aumentar a frequência dessa ingestão e, a melhor
forma seria deixar uma garrafa de água próxima à piscina. Para a hidratação de
um nadador acontecer de forma mais rápida, são recomendadas as bebidas
esportivas.
Após o treino
Exercícios de força
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O treino de resistência sintetiza a proteína e também a degrada dentro
da fibra muscular que está sendo exercitada. Quando essa síntese supera a
degradação muscular, acontece a hipertrofia.
Na prática do exercício físico, em específico o treino de hipertrofia,
pesquisadores asseguram que é fundamental a ingestão de carboidratos antes
do treinamento para que assim o esportista tenha um grande estoque de
glicogênio no músculo para iniciar a atividade. O armazenamento de glicogênio
nos músculos e no fígado fornece grande parte da energia durante a atividade.
Logo, se houver um aumento na intensidade da atividade e/ou em sua duração
teremos uma redução das reservas de glicogênio, podendo causar fadiga.
É essencial que as alimentações que antecedem os treinos, sejam ricas
em carboidratos de fácil digestão. Por exemplo: bolachas doces ou salgadas sem
recheio, bolo simples, pães, sucos ou frutas sem cascas e bagaços.
O consumo de carboidratos no decorrer de atividades intermitentes de
força eleva a concentração de glicose no plasma e, também podem apresentar
efeitos na concentração de insulina - importante hormônio na promoção de
ajustamentos decorrentes do treino de força.
Durante o treinamento, a ingestão de carboidratos deve ocorrer,
especialmente, com a função de manter os estoques de glicogênio, porque é
nesse período e nas 2 horas seguintes ao treinamento que o músculo apresenta
uma melhor capacidade de capturar e usar a glicose sanguínea para a produção
de glicogênio.
Levantamento de peso
O levantamento de peso surgiu no século XIX, quando apareceram
federações na Rússia e na França. Houve um crescimento ao longo dos anos.
No Brasil, a federação foi criada em 1980, mas as primeiras competições
começaram em 1910. Nesta modalidade, o que determina a categoria que o
atleta se encaixa é o seu peso. A vitória da competição se dá com quem levanta
mais peso e cumpre as duas etapas: arranco (com um único movimento deve-
se colocar o peso acima da cabeça) e arremesso (pôr o peso nos ombros e
depois levantá-lo sobre a cabeça).
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Há uma dedicação de 4 a 6 horas de treinamento diário àqueles atletas
de alto nível.
Para aguentar os treinamentos diários e semanais exigidos, os atletas
contam com uma equipe de profissionais qualificados, como: nutricionistas,
psicólogos, médicos, treinadores e fisioterapeutas.
Para levar vantagem sobre o adversário, o atleta de levantamento de
peso e de outros esportes que as categorias se dão pela massa muscular, se
limita com o gato de energia a fim de se adequar ao peso da categoria inferior.
Como estes atletas utilizam a maioria do tempo para treinarem e competirem, o
gasto de energia impróprio pode causar problemas nutricionais, conflitantes ao
bom desempenho e a saúde. Em consequência a esse comprovado malefício –
o déficit de energia -, a dieta deve fornecer ao esportista energia e todos os
nutrientes fundamentais ao organismo, em quantidades apropriadas. A principal
fonte energética corporal na hora da competição e/ou atividade é o carboidrato.
Quanto mais intensa e duradoura a competição ou atividade, mais os
carboidratos irão participar. Conforme a Diretriz da Sociedade Brasileira de
Medicina do Esporte, o consumo de carboidratos deve corresponder cerca de 60
a 70% do valor diário de calorias para atender as necessidades de um
treinamento ou competição. Encontram-se carboidratos em raízes (como:
mandioca, inhame, mandioquinha), em massas, pães, batatas, grãos e frutas.
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A hidratação é muito importante na prática esportiva porque além de
manter a temperatura corpórea também transporta substâncias para todo o
corpo. O consumo inadequado de líquidos prejudica o desempenho do atleta
tanto nos esportes duradouros quanto nos intensos.
Líquidos devem ser ingeridos antes, durante e depois da atividade física.
Segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, indica-se ao
atleta beber de 250 a 500 ml de água 2 horas antes da atividade. E, no decorrer
da atividade, iniciar o consumo após os 15 minutos da prática da atividade e
continuar a cada 15 a 20 minutos. Depois da atividade, deve-se continuar
consumindo líquidos para contrabalançar com as perdas de água pela urina e
suor.
8 SUPLEMENTAÇÃO
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conseguir ficar por mais tempo em exercício, porém não ficaria mais forte e nem
mais rápido.
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Existência de dificuldade na ingestão de calorias suficientes
para repor o que se gastou durante o treino ou a competição;
Desejo de se reduzir o bolo fecal, evitando evacuação
durante a competição;
Pretensão de se fazer uma supercompensação com
carboidratos não tendo alimentos ricos nesse nutriente em abundância ou
as condições de higiene e preparo são desfavoráveis;
Existência da necessidade de recuperação após o esforço
combinada com falta de apetite ou de tempo para se recuperar;
Situação temporária de restrição alimentar;
Necessidade do consumo de carboidratos para que se mantenha
em níveis de volume e intensidade aceitáveis em exercícios longos. Apenas
alguns recursos ergogênicos são capazes de otimizar, melhorar ou contribuir
para o incremento da massa muscular, da performance, da energia para o
músculo ou da taxa de produção de energia muscular.
Há poucos, nenhum ou controversos embasamentos científicos sobre os
suplementos para praticantes de atividade física, os mesmos ainda se
encontram em fase de estudo. Eles são constituídos por nutrientes ou pela sua
associação, sendo o objetivo de sua utilização a melhora da saúde, o suprimento
das demandas de nutrientes que são aumentadas com o esforço físico e a
compensação de hábitos alimentares incorretos.
Cresce cada vez mais a utilização de suplementos alimentares e drogas
com objetivos ergogênicos entre os praticantes de atividade física e atletas,
principalmente a fim de modificação estética ou melhora do desempenho.
Dentre essas substâncias, sobressaem-se os suplementos especiais
para praticantes de atividade física, por seu alto consumo em diversas regiões
brasileiras, bem como nos EUA e em países da Ásia e Europa, o que pode estar
arrolado com a falta de uma rígida lei que regule seu comércio, além de uma
enorme e constante promessa das indústrias de produtos eficazes que fazem
efeitos imediatos.
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categorização. Podem ser categorizados conforme o nutriente (carboidrato,
proteína, polivitamínicos) ou conforme sua função (anticatabólicos,
emagrecedores).
No país, a lei que categorizava os suplementos para os praticantes de
atividades físicas era a Portaria no 222/1998, que passou a identificá-los como
“Alimentos para Praticantes de Atividades Físicas”, além de caracterizar e
identificar em, no mínimo, 5 classes de suplementos (repositores de energia,
alimentos proteicos, repositores de água e eletrólitos – hidroeletrolíticos,
alimentos compensadores e aminoácidos de cadeia ramificada – ACR). Em
2008, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sugeriu uma
alteração na categorização incluindo três novos grupos e, também excluindo os
ACR. Com algumas alterações, a sugestão foi oficializada depois da publicação
da Resolução no 18/2010, passando a caracterizar os suplementos como
“Alimentos para Atletas”, categorizando-os em seis classes (hidroeletrolíticos
para atletas, proteicos para atletas, creatina para atletas, energéticos para
atletas, cafeína para atletas e para substituição parcial de refeições para atletas).
Contudo, essas informações só chegaram ao mercado em 2012.
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Dessa forma, foram avaliados 305 rótulos de alimentos para atletas,
fabricados por 40 empresas internacionais e nacionais, constatando que 56,4%
dos rótulos avaliados encontram-se inadequados, perante a lei, em função da
falta de informações ou até mesmo informações ilegais sobre os ingredientes,
indicações de uso, dados do fabricador, número de registro, quantidade e valor
nutricional.
Em relação ao conteúdo dos suplementos, uma parte possui esteroides
anabólicos e/ou seus precursores, o que demonstra problemas ainda mais
graves como o risco de efeitos colaterais nocivos à saúde, doping sem intenção
e fraude contra os direitos do consumidor.
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II. Repositores proteicos (com até 50% de proteínas e 65% de
Alto Valor Biológico): produtos que complementam as necessidades
proteicas.
III. Repositores energéticos/compensadores para atletas
(mínimo de 90% CHO): produtos que complementam as necessidades de
energia.
IV. Substituição parcial de refeições: produtos que
complementam as refeições de atletas em condições nas quais o acesso
a alimentos que fazem parte da alimentação habitual seja limitado.
V. Creatina: produto que complementa as reservas endógenas
de creatina.
VI. Cafeína: produto que eleva a resistência aeróbia em
atividades físicas duradouras.
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Requisitos para os suplementos energéticos, pronto para consumo:
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1- A concentração de carboidratos deve ser de 50 a 70% do
valor total de energia.
2- A concentração de proteínas deve ser de 13 a 20% do valor
total de energia e, a composição proteica deve proporcionar PDCAAS
acima de 0,9.
3- A quantidade de PDCAAS deve estar de acordo com a
metodologia de avaliação indicada pela Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação/Organização Mundial da Saúde
(FAO/WHO).
4- A concentração de lipídios deve ser de, no máximo, 30% do
valor total de energia.
5- A concentração de gorduras saturadas e gorduras trans não
podem ultrapassar 10% e, 1% do valor total de energia.
6- Deve fornecer, no mínimo, 300 kcal por porção.
7- De acordo com o Regulamento técnico sobre adição de
nutrientes fundamentais, pode haver adição de minerais e vitaminas.
8- Pode haver acréscimo de fibras alimentares.
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Não pode haver acréscimo de nutrientes e de outros não
nutrientes.
Observações:
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De rótulos nas embalagens;
De informação nutricional dos alimentos.
Caso atendam os requisitos e restrições presentes no
regulamento e não haja alteração na finalidade do produto, o uso de
aditivos alimentares e coadjuvantes nos processos previstos para
alimentos semelhantes serão permitidos;
Os ingredientes usados devem ser seguros para a ingestão
humana. O acréscimo de ingredientes não utilizados como alimentos
poderá ser liberado se for confirmada sua segurança de uso e se atender
ao regulamento específico;
Suplementos de minerais e vitaminas isolados - apenas
porções de 25 a 100% da DRI;
Se atenderem as condições de denominação, específicos,
gerais e de embalagens conforme normatizado pela Anvisa, os produtos
mencionados nessa Resolução podem ser vendidos em conjunto;
A abrangência de produtos nessa Resolução, apenas
podem ser comercializados em unidades pré-embaladas na falta do
cliente e prontos para o consumo;
Para que atenda as condições específicas previstas em
cada classe de suplemento, os ingredientes provenientes do produto
vendido precisam ser analisados, porém não devem levar em
consideração os nutrientes que compõem cada ingrediente usado em sua
fabricação;
Para consulta da autoridade responsável, as empresas
devem preparar a documentação referente ao atendimento das condições
previstas no regulamento.
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uma alimentação balanceada e sua ingestão deve ser orientada por
um nutricionista ou um médico”.
Nas embalagens de suplementos hidroeletrolíticos podem
conter as seguintes declarações:
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1. A denominação de cada produto, de acordo com as
classificações individuais dos produtos que os compõem, prevista no
artigo 4º.
2. A listagem de ingredientes do produto;
3. O número de registro do produto;
4. O prazo de validade que corresponde ao produto com
menor prazo;
5. Informação nutricional de cada item do produto.
Cafeína
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Creatina
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- É imprescindível o aumento do consumo de carboidratos e proteínas
(dentro de limites apropriados) para auxiliar na retenção da creatina.
Whey Protein
Suplementação:
- Atletas de endurance: 1,2 - 1,6g/kg de peso/dia.
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- Atletas de força e hipertrofia: 1,6 - 1,8g/kg de peso/dia, sendo no
máximo 2,0g/
Kg de peso/dia, levando em consideração a utilização proteica líquida.
- Desportistas recreativos: 0,8 -1,2 g/kg de peso/dia.
Glutamina
Glutamina x exercício
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intensidade e o tempo de exercício. O treino, por sua vez, também gera
ajustamentos, que são mais ou menos duradouros, dependendo dos
mecanismos envolvidos. A intensidade e a duração da atividade são decisivas
para o uso da glicose, dos ácidos graxos ou aminoácidos, sendo a ingestão da
glicose e a produção de ácido lático predominantes. Já para as atividades
duradouras e de pouca intensidade são usadas também os ácidos graxos e
aminoácidos.
Função imune
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processo é a mudança de alguns hormônios, como cortisol, adrenalina, hormônio
do crescimento e b-endorfina.
Suplementação
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O CLA não é produzido pelo organismo humano e, embora esteja
presente em diversos alimentos, vários fatores ambientais e inclusive os estilos
de vida podem bloquear, com facilidade, a enzima que modifica esse ácido graxo
na sua forma biologicamente ativa. Por isso, estudiosos estão pesquisando
diversas estratégias para elevar, naturalmente, a concentração de CLA em
alimentos, dentre elas, a mudança da ração de vacas com suplementação de
ácidos graxos insaturados.
A ingestão de CLA vem sendo hoje relacionado a implicações
anticarcinogênicas, antiaterogênicas e, para as pessoas fisicamente ativas e
atletas, atuaria sobre a composição do corpo, diminuindo a taxa de gordura e
contribuindo para a elevação da massa magra. Portanto, essas atuações do CLA
vêm sendo pesquisadas, principalmente em estudos experimentais com animais.
São escassas, na realidade, as pesquisas com humanos.
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Assim, são imprescindíveis mais estudos para esclarecer a atuação
sobre a composição corporal e sobre os demais resultados associados à
suplementação de CLA. Vale lembrar que a Anvisa, desde 2007, com a
finalidade de proteger e gerar saúde à população, vetou a venda do CLA no
Brasil, até que as condições legais que necessitem da constatação de sua
segurança de uso, seus mecanismos de ação e sua eficácia sejam atendidos.
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procedimento de síntese proteica muscular, destaca-se, entre os aminoácidos
de cadeia ramificada, a leucina, que leva a excitação da fosforilação de proteínas
envolvidas no processo de introdução da tradução do RNA mensageiro, o que
coopera para a excitação da síntese proteica.
Vale lembrar que a administração oral de leucina causa uma rápida e
provisória elevação na concentração de insulina plasmática, o que também
excita a síntese de proteína.
L-carnitina
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gordura durante a atividade e, por consequência, aconteceria uma redução da
quantidade de gordura corpórea.
9 REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA
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condicionada ao impulso da sede, levando o indivíduo a perder o desejo de beber
e repor as perdas de fluido.
Atividades com o tempo inferior a 1 hora, a ingestão de água pura é
suficiente para que haja uma hidratação apropriada, caso as alimentações
anteriores apresentem quantidades satisfatórias de sódio. Com isso, conserva-
se a osmolaridade plasmática, o estímulo da sede e a retenção de água.
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para a sensação de sede, o que garante a ingestão de uma quantidade maior de
líquidos.
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nos dias de temperatura mais elevada em que a transpiração representa um
papel fundamental na regulação térmica.
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ingestão oral de bebidas contendo mais de um carboidrato, como a glicose,
sacarose, frutose ou polímeros de glicose.
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fator determinante do desempenho, ainda mais porque os estoques de
carboidrato são depletados rapidamente nos indivíduos hipoidratados.
Hipertônicas;
Isotônicas;
Hipotônicas.
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Alguns estudos mostraram que vários fatores são envolvidos na
reposição hídrica, tais como:
Frequência de beber;
Volume ingerido;
Temperatura do líquido.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL. Resolução Anvisa n. 18, de 27 de abril de 2010. Dispõe sobre alimentos
para atletas. Diário Oficial da União. Brasília, 27 de abril de 2010.
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desempenho humano. São Paulo: Varella, 1996.
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v 18, n 3, p 391-399, 2005.
PARIZA, M.W., PARK, Y., COOK, M.E. The biologically active isomers of
conjugated linoleic acid. Prog Lipid Res, v 40, n 4, p 283-98, 2001.
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Nutrición. Anais do XII Congresso. Buenos Aires, nov. 2000.
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metabolism in the mouse. Am J Physiol, v 275, p 667–72, 1998.
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<://antropometriadocorpo.blogspot.com.br/2009/11/dobras-cutaneas.html>.
Acesso em: 25 mar.2013.
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SAÚDE E PERFORMACE. Disponível em:
<http://www.rgnutri.com.br/sp/esportes/cexa.php>. Acesso em: 25 mar.2013.
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PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação
NUTRIÇÃO
ESPORTIVA
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