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RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O BOM RELACIONAMENTO
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a compreensão entre condutores e/ou pedestres, contribuindo para a boa
fluência do trânsito e evitando acidentes;
através da comunicação expressamos pensamentos, experiências e emoções, a
comunicação ocorre de forma variada, a comunicação ocorre de duas maneiras:
verbal e não verbal;
Comunicação verbal - é fundamental nos relacionamentos interpessoais além de
ser a mais utilizada, ocorre através de: conversas, livros, jornais, rádio, TV,
cartas, relatórios, etc. Exige cuidado e preparo, tanto parte de quem a origina
como de quem a recebe. É preciso passar idéias com clareza mas, a
comunicação nem sempre consegue atingir o objetivo de passar uma mensagem
clara.
Comunicação não verbal - nesse tipo de comunicação, o emissor está
transmitindo mensagem através de expressões faciais ou corporais e ainda
através de gestos. Sem que se perceba, freqüentemente se está transmitindo
mensagens. O comportamento inadequado de um condutor no trânsito gera
"mensagens" negativas que permitem aos outros analisar o seu perfil.
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Saber distinguir o momento oportuno
congestionamentos, incidentes e situações tensas geram irritação e desconforto.
Nestas circunstâncias, é preciso manter a cabeça fria e escolher o momento
ideal para agir, pois qualquer gesto ou atitude imprópria pode gerar confusão e
até acidentes.
Personalidade
Preconceitos
Trata-se de conceito ou opinião formados antes de se ter o conhecimento adequado.
Alguns preconceitos são:
- criticar idéias e opiniões dos outros que não combinam com o que você
pensa;
- julgar a pessoa precipitadamente sem considerar o seu estado emocional;
Por exemplo: ela pode estar agressiva porque está vivendo um momento difícil.
Ao relacionar-se com o outro, deve-se considerar as próprias emoções para não
julgar o outro de forma errada. A revelação da personalidade acontece no relacionamento
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com as outras pessoas. Quando o indivíduo se conhece melhor, fica mais fácil conhecer o
outro. Assim, aumenta a qualidade dos relacionamentos.
Estereótipos
Estereotipar é perceber as pessoas com base em juízos incriteriosos, baseando-se
em pré-julgamentos. Portanto, em geral, são enganosas. Por exemplo: É mulher, não sabe
dirigir. Em função deste julgamento, passamos a interagir com a pessoas esperando,
inclusive, atitudes que podem não chegar a ocorrer. A partir do momento que se obtém
mais dados a respeito de uma pessoa os estereótipos vão sendo reformulados e nova
percepção será formada a respeito da pessoa, facilitando o relacionamento interpessoal.
Motivação
O conhecimento da motivação e do seu uso adequado, tanto para interpretar fatos
como para resolvê-los, é de grande valia nas relações interpessoais. O estudo da motivação
busca explicações para as ações humanas, isto é, o processo pelo qual os indivíduos são
levados a satisfazer determinadas necessidades. Conhecendo a motivação compreende-se
melhor as relações entre as pessoas.
Motivo
É aquilo que move a pessoa para alcançar seus objetivos. Este impulso à ação é
provocado por um estímulo externo que vem do ambiente ou por um estímulo interno que
vem da própria pessoa. Quando uma necessidade é atendida e satisfeita, um processo de
motivação termina, mas logo o indivíduo identifica uma nova necessidade e imediatamente
um novo processo de motivação inicia. A motivação está ligada às necessidades do ser
humano. O homem raramente alcança um estado de completa satisfação, a não ser por
curtos períodos de tempo, pois logo que satisfaz um desejo, surge outro e assim
sucessivamente. Embora exista uma ordem de prioridade, algumas necessidades podem
aparecer ao mesmo tempo que outras, dependendo da situação e do momento.
Necessidades Humanas
Necessidades Primárias - são as de natureza fisiológica e de segurança:
Fisiológicas - relacionam-se ao bem-estar físico da pessoa e estão ligadas à
sobrevivência. Neste nível estão as necessidades de alimentação, de
repouso, de abrigo, de respiração, o desejo sexual, etc. São as mais
prementes das necessidades humanas.
Segurança - relacionam-se à proteção contra o perigo ou privação. Estas
necessidades ficam evidenciadas quando as fisiológicas estão relativamente
satisfeitas. Um exemplo desse tipo de necessidade é o medo que a pessoa
tem de perder o emprego e não poder sustentar a família.
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Auto-realização - estão relacionadas ao desenvolvimento de cada pessoa. Todos
temos necessidades de auto-realização como pessoa e como profissional e
buscamos novos desafios para a auto-satisfação. Conseguir o crescimento
pessoal e profissional significa: buscar o aprimoramento da qualidade de
vida. Apesar de não termos o poder de motivar ninguém pois, a motivação é
um processo interno de cada indivíduo, temos o poder de estimular as
pessoas com quem convivemos, e de ajudá-las a descobrir as próprias
necessidades. Conseguimos isto com um elogio, uma conversa, uma
palavra.
Auto-
realização
Necessidades
Secundárias Estima
Sociais
Segurança
Necessidades
Primárias
Fisiológicas
Qualidade de vida
Quem convive diariamente no trânsito precisa empenhar-se para proporcionar um
ambiente de qualidade e, mais do que exigir dos outros, deve comprometer-se a fazer a sua
parte. Isso depende de uma ação pessoal consciente e determinada.
Auto-avaliação
Além de avaliações contínuas realizadas por outros motoristas, pedestres e agentes
de trânsito, o próprio condutor deve questionar continuamente suas ações no trânsito, auto-
avaliar suas atitudes, verificando o próprio desempenho em cada nova situação à qual for
exposto e corrigindo-o, quando necessário.
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O condutor que faz auto-avaliação promove o aperfeiçoamento de atitudes já
praticadas e as transforma em experiência. Serve também de exemplo para outros
condutores, gerando um convívio melhor no espaço tumultuado que é o trânsito.
COMPORTAMENTO NO TRÂNSITO
TIPOS DE COMPORTAMENTO
Ansiedade
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Angústia
Frustração
Medo
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Raiva
Egoísmo
Insegurança
Competitividade
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Agressividade
Hostilidade
Euforia
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Introversão
Impulsividade
Passividade
Distração
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Urgência
Sensação, vontade ou ansiedade de fazer coisas de forma
apressada, como se o tempo estivesse esgotado. O
"apressadinho" não "se toca" de que sua pressa e correria
vão lhe economizar apenas uns poucos minutos, isso se
não acabar causando um acidente pelo caminho. Utiliza
todos os truques possíveis e impossíveis no trânsito:
trafega no acostamento, na contramão, nas calçadas, etc.
Assume riscos desnecessários e comete todo tipo de
imprudências.
Pessimismo
Depressão
Autodestruição
Estado provocado por alto grau de depressão e desespero.
Neste caso, o indivíduo apresenta grave incapacidade
emocional, falta de iniciativa e altos níveis de tensão e
angústia. O acentuado desinteresse pela vida e pelo ocorre
ao seu redor é causa de envolvimento em graves acidentes
no trânsito, muitos fatais e inexplicáveis. Outro tipo de
autodestruição é apresentado por indivíduos que, para se
sentirem "vivos" precisam estar constantemente desafiando
a morte; são pessoas inconsequentes, que arriscam e perdem
suas vidas movidas por impulsos inconscientes.
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Apresentar ocasionalmente um destes fatores é muito diferente do que ser portador
constante de distúrbios psicológicos. Em determinadas ocasiões ou fases da vida, todos nós
externamos um ou mais desses fatores, com maior ou menor intensidade. O perigo é que,
muitas vezes, nem percebemos isso.
Reconhecer maus hábitos em si mesmo não é uma tarefa fácil, pois exige
honestidade e autocrítica. Alterá-los significa vencer resistências internas, que nos
forçam a continuar como somos. Se for difícil conseguir isso sozinho, o melhor caminho é
procurar ajuda especializada, sempre que o comportamento afetar negativamente a
segurança e a integridade.
CONFLITOS NO TRÂNSITO
Conflitos fazem parte da vida e são conseqüência direta do fato de que cada pessoa
precisa defender seus próprios interesses.
Além disso, os papéis que assumimos no trânsito não são fixos. Quando estamos
dirigindo, muitas vezes desrespeitamos o espaço dos pedestres, sem levar em conta sua
fragilidade. Quando largamos a armadura que o veículo proporciona, voltamos a sentir na
pele a fragilidade do pedestre: passamos a reclamar, disputar espaço e conflitar com os
motoristas. Apesar disso, assim que retornamos o papel de motoristas, rapidamente
voltamos a desrespeitar os pedestres.
O ESTRESSE
Fatores Estressantes
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família,
dívidas, compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações
bruscas na via, brigas, rompimentos de relacionamentos, falecimento de pessoas próximas,
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mudança de casa ou de emprego, problemas de saúde, deixar de fumar ou de beber, fazer
dieta e diversos outros.
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basear o padrão alimentar na qualidade e selecionar alimentos mais saudáveis,
pobres em gordura animal e ricos em fibras (grãos, cereais e vegetais);
consumir bastante líquido durante o dia;
por fim, o principal: reservar 50 minutos por dia para cuidar de si mesmo;
neste período, pelo menos 3 vezes por semana, praticar exercícios físicos
condizentes com a idade, peso e condição física, com cuidado. Atividade física
concentrada só em fins de semana faz mais mal do que bem.
O ESTRESSE E O TRÂNSITO
Estes fatores estressantes precisam ser identificados e bem administrados para que
o condutor possa desenvolver sua atividade profissional com competência, evitando
comportamentos inadequados, que possam resultar em conflitos, infrações e acidentes.
Categorias
De maneira geral, poderíamos classificar os fatores estressantes, para melhor
entendimento e identificação, dentro das seguintes categorias:
ambientais: excesso de barulho, equipamento desconfortável, temperatura
muito alta, muito baixa, variações de temperatura;
funcionais: fatores ligados à função, que geram pressões sobre o condutor, e
têm duplo efeito: um negativo, de deixar o condutor inseguro e preocupado;
outro positivo, de tornar o condutor mais responsável, cuidadoso, atento e
concentrado na sua atividade;
responsabilidade pelos passageiros: o condutor é responsável direto pela
segurança de centenas de pessoas que transporta diariamente;
responsabilidade pelo veículo: ao assumir a direção, o condutor passa a ser
responsável pelo veículo. Em qualquer avaria ou acidente no qual fique
comprovada sua culpa, ele terá que arcar com as despesas;
exigências próprias da função: o condutor está quase que constantemente sob
efeito de pressões de horários, pontualidade, alterações de escalas de trabalho e
efeitos nocivos da rotina. Certas normas do regulamento da empresa e o fato de
sentir-se pressionado pela fiscalização também são fatores potencialmente
estressantes;
relacionamento com os outros elementos do trânsito: o trânsito pode ser
estressante, mesmo para quem o utiliza por pouco tempo;
pessoais ou particulares: todos temos uma carga de preocupação gerada pela
vida. Algumas vezes esta carga torna-se excessiva, afetando o desempenho
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profissional, podendo contribuir para reduzir a capacidade do condutor de
conduzir de forma correta e segura.
São exemplos:
problemas familiares, conjugais, financeiros, na educação dos filhos, etc.
Tornam-se fatores estressantes quando não sabemos separar corretamente os
assuntos. É preciso não deixar que os assuntos familiares interfiram na atividade
profissional;
insatisfação pessoal com a vida e com o trabalho, impossibilidade de continuar
os estudos e pouco convívio com familiares e amigos, são alguns dos fatores
que, se forem mal administrados, podem desmotivar e afetar a qualidade do
trabalho.
É preciso reconhecer que a vida do condutor profissional do Transporte Coletivo
está sujeita a uma carga muito grande de fatores estressantes.
O AMBIENTE PROFISSIONAL
Ambiente da Empresa
Horários
Escala de dias: como serviço essencial, o Transporte Coletivo precisa ser oferecido
à população ininterruptamente, em domingos e feriados. As escalas para o trabalho fora
dos horários habituais devem ser muito bem planejadas e distribuídas, para evitar que se
tornem fontes de problemas.
Fiscalização
A pressão dos fiscais no cumprimento de determinações pode contribuir para que o
condutor desobedeça princípios básicos de segurança ou cometa erros e infrações, como
movimentar o veículo durante o embarque ou desembarque, acelerar para aproveitar o sinal
amarelo ou passar no vermelho.
É necessário compreender que esta pressão para manter e cumprir horários e outros
itens do regulamento, faz parte da profissão. O fiscal não é um inimigo, nem está ali para
prejudicar. Ele está apenas tentando cumprir corretamente suas obrigações. Eventuais
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reclamações devem ser feitas para o departamento competente, por escrito, com data e
assinatura. O bom condutor consegue manter o equilíbrio entre agir com precisão, sem
perder tempo, e ao mesmo tempo preservar a segurança, sem cometer imprudências, erros
ou infrações.
Ambiente de Trabalho
O bom resultado é uma combinação de disciplina, agilidade e respeito às normas. É
o ambiente do trânsito que o condutor enfrenta uma infinidade de problemas durante a sua
jornada de trabalho. Normalmente, está sozinho para tentar resolvê-los da melhor maneira
possível.
Profissionalismo
Atitudes erradas de outros condutores: o trânsito está repleto de condutores
individualistas que não respeitam as faixas exclusivas para ônibus, não cedem passagem,
utilizam ilegalmente os espaços reservados para ponto de parada e muitos outros
comportamentos reprováveis.
O condutor de Transporte Coletivo, que passa muitas horas por dia trabalhando no
trânsito, necessariamente tem que ter equilíbrio emocional para saber lidar com todas estas
situações.
em primeiro lugar, é necessário dar o exemplo, com um comportamento digno
de um verdadeiro profissional;
depois, é preciso saber manter a calma para jamais reagir a provocações, revidar
ou cometer atos impensados.
Rotina de trabalho: passar sempre nos mesmos lugares, parar nos mesmos pontos,
arrancar e parar durante todo o dia, causam desgaste físico e mental ao condutor,
deixando-o mal humorado, impaciente e cansado, reduzindo sua capacidade de
decidir corretamente e agir com precisão. É preciso manter-se equilibrado para que
o trabalho não venha a representar um fardo pesado demais para ser carregado.
EQUILÍBRIO EMOCIONAL
Diante das diversas situações da vida, respondemos com reações emocionais. Estas
reações variam de uma pessoa para outra: diante de uma notícia ruim, inesperada, algumas
pessoas irão chorar, outras poderão se assustar, outras não se importarão.
Reações impulsivas
As reações também irão variar conforme o período da vida que a pessoa esteja
vivendo. É sabido, por exemplo, que jovens têm reações mais impulsivas do que as pessoas
maduras.
Para ser um profissional de sucesso, em quase todas as profissões e, em especial, na
de condutor de Transporte Coletivo, é de fundamental importância ter equilíbrio
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emocional, que consiste em ter respostas emocionais adequadas para cada situação. Para
isso, é necessário conhecer melhor e saber controlar as próprias emoções.
Equilíbrio Emocional
O condutor deve fazer uma autocrítica honesta, para identificar reações emocionais
diante de cada fator estressante de seu dia a dia, com especial atenção para aquelas que
possam gerar ou agravar problemas :
Situações nas quais o condutor apresenta emoções como raiva, irritabilidade,
nervosismo, preocupação, inquietação ou desmotivação, podem gerar comportamentos
inadequados e impróprios à profissão. Por exemplo, diante de um fato que geralmente
deixa o condutor irritado, é fácil prever que, se ele não aprender a se controlar, agirá
impulsivamente, terá uma explosão emocional e "perderá as estribeiras".
Controlando as emoções
Saber controlar as reações emocionais e ter um bom domínio sobre elas é poder
escolher a reação que trará melhor resultado para cada situação.
Do ponto de vista emocional, é muito mais inteligente poder contar com outros
recursos do que simplesmente "explodir". Por exemplo, se é difícil deixar uma provocação
sem resposta, devemos imaginar que ela é resultado de um problema que a outra pessoa
está carregando, em vez de levar para o lado pessoal. Colocar-se no lugar da outra pessoa,
dizendo "Sei como você se sente, já passei por isso", pode resolver neste caso. Estas
reações controladas têm uma vantagem: não provocam situações irremediáveis.
Conhecendo melhor nossas próprias reações, estaremos aptos a controlar impulsos
indesejáveis, dispersar a ansiedade, interpretar corretamente emoções dos outros e tomar
decisões adequadas, analisando alternativas, avaliando possíveis conseqüências e agindo
de forma consciente. Aprender a controlar emoções e evitar atitudes impróprias não é algo
simples: exige muita disciplina e persistência, mas compensa. Condutores que
desenvolvem esta habilidade com competência facilmente conquistam qualidade de vida e
sucesso profissional.
Talvez seja melhor começar falando de tudo que o usuário não deseja: ônibus
atrasados, lotados, sujos, cheios de fumaça de cigarro, conduzidos por motoristas mal
educados, apressados, imprudentes e irresponsáveis; cobradores sonolentos, mal
apresentados, resmungando que "não tem troco". Para piorar, basta adicionar motores
barulhentos e mal regulados, soltando rolos de fumaça preta, som de sirene de fábrica toda
vez que o motorista pisa no freio, acessórios internos soltos, tudo chacoalhando e batendo.
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Na verdade, quando alguém exige qualidade, está querendo respeito e
consideração, e isso é válido para todas as pessoas. O mínimo que se pode esperar do
Serviço de Transporte Coletivo pode ser resumido em:
Respeito ao usuário
O usuário merece o maior respeito porque a empresa existe para atender às suas
necessidades. Ao pagar pelo serviço, ele remunera toda a empresa, inclusive salários de
condutores, cobradores e fiscais.
Recebendo o usuário
Apesar de não haver uma receita pronta para contentar a todos os usuários,
apresentamos recomendações e procedimentos úteis para atender corretamente e para
descobrir e corrigir ações e reações indesejáveis, muitas vezes praticadas
automaticamente. O bom atendimento começa antes do contato com o cliente, no cuidado
com a aparência pessoal, asseio, uniforme e postura. O cuidado com o veículo, que é o
local de trabalho, também é importante: é necessário que esteja sempre organizado e
limpo.
O tratamento adequado
Não basta atender, é preciso atender bem aos usuários, fazendo tudo o que estiver
ao alcance, com boa vontade e satisfação. Procurar conquistar a simpatia e a boa vontade
do usuário, tratando-o com um sorriso franco e amistoso, sem exageros e nas ocasiões
apropriadas. Um simples cumprimento amável, quando o usuário entra no ônibus, abre as
portas para o sucesso no trabalho do condutor.
É importante fazer a "leitura" correta do cliente para saber como ele deseja ser
tratado - se de forma mais aberta ou mais reservada. O certo é que nenhum cliente gosta de
ser tratado por gata, tio, dona, vizinho, figura, meu chapa, chefia, meu irmão, esse menino,
cara, mina, trocinho e tantos outros tratamentos inadequados. Se não for possível tratar a
pessoa pelo nome, o correto é tratar por senhor ou senhora. Na maioria das vezes, o
usuário está apenas precisando de uma informação ou orientação. Para melhor informar, é
muito importante conhecer tudo sobre o serviço, respondendo com educação e boa
vontade.
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Dedicar atenção a um desejo do passageiro e mostrar que está ali para atendê-lo com
cortesia, são atitudes fundamentais. Ouvir atentamente, demonstrar interesse, não criar
dificuldades nem discordar desnecessariamente, são recomendações que jamais devem ser
esquecidas. A satisfação do cliente depende dele sentir que está sendo dada a devida
importância ao que ele diz ou sente.
Concluindo o atendimento
Saber agradecer pela preferência e ser cuidadoso no tratamento dos clientes ou
usuários é um dos principais fatores de sucesso pessoal e profissional. Certamente, isso irá
influenciar positivamente para o sucesso da empresa. Algumas vezes, é possível fazer isso
declaradamente, com frases do tipo "volte sempre!" ou "foi um prazer atendê-lo!". O
importante, mesmo quando não seja possível manifestar isso ao cliente, é que esse
sentimento seja verdadeiro.
O USUÁRIO INSATISFEITO
Propondo soluções
O que vemos como pequenos problemas pode representar grandes transtornos para
o passageiro. Por isso, não diminuir a importância do que ele está sentindo; lembrar que o
objetivo é resolver tudo com seriedade, da melhor maneira possível.
nessas horas, o importante, para não colocar tudo a perder, é garantir, como
profissional, que tudo que estiver ao alcance será feito para resolver;
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mandar a pessoa "se acalmar" pode piorar as coisas. Não cair nas armadilhas
de começar a retrucar e topar um "bate boca", ou de revidar alguma agressão.
Um erro não justifica o outro: basta um de "cabeça quente".
Prometer sem pensar é um hábito difícil de ser corrigido e geralmente implica em
séria "dor de cabeça" para quem promete e não cumpre. É prejudicial para todos assumir
um compromisso só para agradar ao usuário, sabendo de antemão que não se cumprirá o
que tiver sido prometido.
A construção da boa imagem é obra que jamais acaba: precisa ser cuidada 24 horas
por dia, 365 dias por ano. A destruição da imagem, por outro lado, pode ser feita em muito
pouco tempo. Por mais que o usuário dê liberdade, o condutor jamais deverá ficar
comentando problemas domésticos ou complicações financeiras, muito menos fazer
comentários sobre outros usuários, colegas ou a própria empresa. Este tipo de
procedimento causa impressões bem desfavoráveis.
RESOLVENDO INCIDENTES
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se necessário, recorrer a Autoridades Policiais;
relatar o ocorrido à fiscalização.
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Atendimento a usuários especiais
Obesos
se apresentar dificuldades para se locomover, auxilie-o;
se não apresentar condições de passar pela catraca deve descer pela porta da
frente (paga passagem e roda a catraca).
Deficientes físicos
dispensar maior atenção;
dispensar pronto atendimento quando necessário;
não expor sua deficiência de forma que a pessoa fique constrangida;
acomodar quaisquer equipamentos de locomoção de deficiente;
se necessário, descer pela porta da frente;
assento reservado nas primeiras poltronas ou cadeiras conforme lei n° 4.843
Idosos
dispensar-lhe maior atenção e auxilia-lo no embarque e desembarque;
ter paciência para esclarecimentos das informações necessárias referentes ao
destino desejado;
tem direito a utilizar gratuitamente os ônibus urbanos mediante a apresentação
do passe livre exceto nos ônibus rodoviários ou interestaduais;
embarcam e desembarcam pela porta dianteira (com documento que comprove
ser maior de 65 anos);
dispor-se a auxiliá-los;
acomodá-los confortavelmente;
auxiliar o cliente, quando solicitado, para embarque e desembarque;
assento reservado nas primeiras cadeiras conforme lei nº 4.843.
Gestante
auxiliar no embarque e desembarque;
dependendo do mês de gestação, não deve passar pela catraca (paga a passagem
para o cobrador que deverá girar a catraca) descendo pela porta dianteira;
dispensar-lhe maior atenção e auxiliá-la no embarque e desembarque;
assento reservado nas primeiras cadeiras conforme lei nº 4.843.
Crianças
dispensar-lhe maior atenção, auxiliá-la no embarque e desembarque;
redobrar atenção e paciência;
muita atenção quando a criança estiver próxima da porta;
ao passar pela catraca, evite que a mesma ao girar atinja a criança;
não permita que viagem com a cabeça para fora da janela ou em pé sobre o
banco;
no caso da criança se perder do acompanhante, o cobrador deve leva-la até o
fiscal para que este tome as providências.
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CONCLUSÃO
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