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O ato de se comunicar com alguém sugere a ligação com alguém através de palavras,
gestos, olhares, ou mesmo o silêncio. Com isso, sempre tem dois lados numa
comunicação. Um, que transmite e outro, que recebe.
Quando nos comunicamos com alguém, devemos principalmente saber ouvir. Sabemos
que isso não é tão fácil. Exige uma renúncia de falar, de convencer, de explicar e de
responder.
Além de ouvir, é preciso que a linguagem das palavras, do corpo (gestos, posturas,
energia, expressividade) e as características pessoais de quem está falando sejam
entendidas.
Por exemplo, não adianta a mulher querer conversar sobre como foi o seu dia, se o
marido não tira o olho do futebol, na TV. Assim como não adianta o marido falar sobre os
problemas da empresa, se a mulher estiver assistindo a novela que ela gosta.
MODOS DE COMUNICAÇÃO:
A comunicação pode ser:
1. VERBAL: é aquela que se dá quando conversamos, escrevemos bilhetes.
2. NÃO-VERBAL: é mais difícil de percebermos, mas também é muito forte. Ela
acontece através de nossos gestos, expressões faciais, tom de voz, etc. Exemplo: um
sorriso, um olhar.
As pessoas convivem, trabalham e reagem às outras pessoas. Comunicam-se, sentem
simpatia ou não, sentem aversões, aproximam-se e afastam-se, entram em conflito,
competem, colaboram, sentem afeto.
O RECEPTOR PRECISA:
- prestar atenção à mensagem;
- solicitar que o emissor repita a mensagem se não foi entendida claramente;
- estar aberto e receptivo ao que o emissor vai transmitir.
PROBLEMAS NA COMUNICAÇÃO:
A comunicação distorcida ocorre por dificuldades encontradas, quando não conseguimos
passar a mensagem pretendida a outro ou a outros. A dificuldade pode estar no emissor
ou no receptor.
Quem quer comunicar-se deve ser claro naquilo que pretende comunicar. Quem recebe
deve estar pronto a receber o conteúdo emitido, para que realmente sirva de canal para
interação entre as pessoas. O importante na comunicação não é aquilo que se diz, mas
aquilo que os outros entendem.
FEEDBACK
Feedback é uma palavra inglesa que significa realimentação. Ou seja, serve para verificar
o próprio desempenho e corrigi-lo se necessário.
É difícil aceitar nossos pontos falhos. Ainda pior é admitir na frente dos outros. A questão
de confiança na outra pessoa é crítica, especialmente em situações que podem afetar
nosso status ou imagem. Podemos também recear o que a outra pessoa pensa a nosso
respeito. Podemos sentir que nossa independência esteja sendo violada ou que o apoio
que esperávamos está sendo negado.
Em primeiro lugar, existe o perigo de pensar no feedback como uma forma de demonstrar
nossa inteligência e habilidade, ou como um desabafo, ao invés de pensar na sua
utilidade para o receptor e seus objetivos.
Também podemos temer que o feedback seja mal interpretado, temer a reação do outro.
Em nossa cultura, o feedback ainda é percebido como crítica direta, e tem implicações
emocionais e sociais muito fortes, em termos de amizade, competência e reconhecimento
social.
Mas, talvez o maior erro no dar feedback é que muitas vezes a pessoa não está
psicologicamente pronta para recebê-lo, ou não deseja nem sente necessidade. É
preciso estar atento para esses aspectos de fraca percepção que podem gerar bloqueios
à comunicação interpessoal.
1- Examine seus próprios motivos para assegurar que sua intenção é ajudar e não exibir
sua perspicácia ou superioridade;
2- Vá direto ao assunto, especialmente em situações de feedback “negativo”, deve-se
começar uma questão sem rodeios para que não se criem ansiedades ao invés de
minimizá-la;
3- Considere a disposição do receptor;
4- Evite carregar o receptor;
5- Esteja preparado para receber o feedback, visto que seu comportamento pode estar
contribuindo para o comportamento do receptor.
Paráfrase: “consiste em dizer, com suas próprias palavras, aquilo que o outro disse.”
Fala a idéia do outro usando de seu vocabulário e mostra ao outro o que entendeu do
que ele disse. É preciso atenção, ser um ouvinte ativo e ter empatia para conseguir ter
esta habilidade de paráfrase.
“Na próxima vez que alguém estiver irritado com você ou criticando suas idéias,
experimente usar a paráfrase até conseguir mostrar-lhe que você entende o que ele está
querendo transmitir. Que efeitos resultarão nos seus sentimentos e nos dele?”
Descrição de comportamento: “relatar as ações específicas, observáveis, dos outros,
sem fazer julgamentos ou generalizar seus motivos, ou traços de personalidade.” Esta
habilidade de descrever comportamento necessita de um relato de ações observáveis
sem interpretação, julgamento, sem acusações ou generalizações, ou seja, necessita de
sua capacidade de observação do que realmente ocorre.
Verificação de percepção: “consiste em dizer sua percepção sobre o que o outro está
sentindo, a fim de verificar se você está compreendendo também seus sentimentos, além
do conteúdo das palavras.” Por exemplo: “sinto que você gostaria mudar de assunto, é
correta esta sensação?”, ou “Você parece estar mais à vontade agora ou é apenas
impressão minha?” esta habilidade é um dos melhores exercícios para desenvolver a
capacidade de empatia.
Descrição de sentimentos: “identificar ou especificar sentimentos verbalmente”, seja
pelo nome do sentimento, figura de linguagem ou impulso de ação, como por exemplo:
“eu me sinto constrangido” (identificação de sentimento); ou ”sinto vontade de abraçar
todo mundo” (impulso de ação); ou “sinto-me um pássaro aprisionado” (figura de
linguagem).
“O desenvolvimento de competência interpessoal exige a aquisição e aperfeiçoamento de
certas habilidades de comunicação para facilidade de compreensão mútua. Estas
habilidades precisam ser treinadas e praticadas constantemente para maior eficiência de
resultados.”
Em suas mãos está o poder de fazer com que o trabalho seja bem feito. A empresa
precisa de um profissional consciente, competente e comprometido. Ela depende
de você e de sua habilidade em realizar uma boa comunicação.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal – Treinamento em Grupo. (12a
Edição). Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.