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COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA

TÉCNICAS PARA APRIMORAR RELACIONAMENTOS


PESSOAIS E PROFISSIONAS
ORIGEM DA COMUNICAÇÃO
VIOLENTA (CNV)
 O termo “comunicação não violenta” foi criado pelo
psicólogo Marshall Rosenberg por volta dos anos 1960.
 Na época, a cultura da segregação racial ainda era bastante
difundida nos Estados Unidos, mas algumas escolas se
propuseram a mudar essa realidade.
 No entanto, era necessário adotar uma postura pacífica para
melhorar a convivência e promover a integração entre negros e
brancos, e foi pensando nisso que Rosenberg desenvolveu a
CNV.
 Reforçando a capacidade de ouvir sem julgar a outra pessoa, a
teoria teve grande importância na mediação de conflitos entre
professores, alunos, funcionários e a comunidade no entorno
das escolas.
ORIGEM DA COMUNICAÇÃO
VIOLENTA (CNV)

 Reforçando a capacidade de ouvir sem julgar a outra pessoa, a


teoria teve grande importância na mediação de conflitos entre
professores, alunos, funcionários e a comunidade no entorno
das escolas.
 Graças às novas técnicas, cada indivíduo pode encontrar pontos
em comum e se colocar no lugar do outro, entendendo melhor
suas necessidades, reações e comportamento.
CONCEITO DA COMUNICAÇÃO NÃO
VIOLENTA (CNV)
 a comunicação não-violenta é aquela que é construída a
partir de habilidades de linguagem e comunicação que
intensificam nosso caráter humano, mesmo que exista
um conflito ou situação adversa. Assim, em vez de
reações automáticas e superficiais, a CNV garante
respostas conscientes e baseadas na percepção de si e dos
outros.
CONCEITO DA COMUNICAÇÃO NÃO
VIOLENTA (CNV)
 Vale lembrar que o processo comunicação envolve dois
ou mais indivíduos, os emissores e os receptores da
mensagem. Usando o conceito de CNV, os participantes
vão ouvir (ou ler) a informação ou relato prestando
atenção às necessidades fundamentadas de forma clara,
bem como nos sentimentos que aquela situação estaria
lhe causando.
CONCEITO DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
(CNV)

 Depois da escuta ativa e atenta e da autorreflexão para entender seus


próprios limites e necessidades, o indivíduo que está sendo
interpelado vai expressar sua posição de forma objetiva, respeitosa e
transparente.
 A comunicação não-violenta pode ser aplicada para comunicações
internas da empresa, gestão do sucesso do cliente, redes sociais e
qualquer outra interação que você precise produzir. E no mundo
corporativo, ela pode integrar sua marca, reforçando características
como honestidade, fidelidade e foco na satisfação do cliente.
PARA QUE SERVE A COMUNICAÇÃO
NÃO VIOLENTA (CNV)
 Resolução pacífica de conflitos
 Mediação de conflitos

 Promoção da empatia

 Construção de ambientes acolhedores

 Abertura ao diálogo

 Redução de agressões físicas e verbais

 Manutenção de relacionamentos saudáveis


PARA QUE SERVE A COMUNICAÇÃO
NÃO VIOLENTA (CNV)
 Gestão otimizada de equipes
 Fortalecimento de uma cultura de parceria e trabalho em
equipe
 Humanização no atendimento por profissionais de saúde
e outras áreas
 Auxílio em tratamentos de recuperação após traumas e
dependência.
PRINCIPAIS PILARES DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV)

Consciência
É preciso conhecer seus sentimentos e atitudes
primeiramente, ou seja, trabalhar seu
autoconhecimento. Identifique suas forças e fraquezas
e entenda seus desejos e anseios — faça tudo isso sem
julgamentos. Essa é uma comunicação íntima e, ainda
assim, fundamental para que as demais sejam
conduzidas de forma clara e justa.
avaliar como tem sido nossa comunicação conosco e
com os demais, tendo como guias a colaboração,
compaixão, autenticidade e coragem.
PRINCIPAIS PILARES DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
(CNV)

Linguagem
A linguagem tem o poder de atrair ou afastar os
interlocutores, seja pela escolha das palavras, pelo
tom de voz, ou ainda das expressões e forma de
verbalizar as ideias.
Então, para uma boa comunicação, o primeiro passo
é refletir antes de falar considerando o que precisa
ser compreendido pela outra parte, quais as possíveis
emoções que ela pode ter em relação ao assunto e
qual a melhor maneira de comunicar isso.
Esse é um pilar muito importante para trabalhar nas redes sociais,
por exemplo. Um profissional da odontologia que deseja trazer
conteúdos sobre pacientes com traumas e medo de procedimentos
deve evitar termos difíceis de compreender, descrições frias sobre
dor etc.
Isso porque tal linguagem pode afastar ainda mais os
interlocutores. Em vez disso, usar palavras compreensíveis e
descrever o processo, delimitando o início, meio e fim, pode ser
muito mais empático e motivador.
PRINCIPAIS PILARES DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV)

Comunicação

Depois de se preparar para a fala com o autoconhecimento e a
escolha da linguagem mais adequada, é hora de ouvir
atentamente o outro, que pode iniciar a conversa de maneira
natural ou ser questionado.

A atenção deve ser na mensagem do interlocutor. Suas reações,


informações, formas de se expressar devem ser percebidas e
registradas, mesmo que essas ideias não estejam sendo
construídas sob os pilares da CNV, afinal de contas, nem todo
mundo vai ter acesso ou interesse nesse aprendizado.
É comum que durante uma conversa, as pessoas comecem a
ouvir o outro e mudem o foco para as respostas que deseja
dar para cada argumento. Algumas ficam até impaciente
para cortar a fala do outro e opinar.
Essas não são posturas adequadas para a comunicação não-
violenta e, quase sempre, acaloram os conflitos. Em vez
disso, mantenha o foco em toda a fala do interlocutor
ponderando, inclusive, pela construção da ideia e a forma
como os sentimentos vão entrando em cada parte do
argumento.
isso não significa que as duas partes vão concordar sempre
ou terão opiniões similares. Ouvir é um ato de respeito a
percepção do outro, e por essa atitude é possível cativar
a confiança do outro de que uma solução comum será
encontrada.
PRINCIPAIS PILARES DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV)

Influência

O estudo da CNV não tem como objetivo aprimorar seu


poder de convencimento a qualquer custo. Não é sobre
aprender a impor sua opinião sem que o outro perceba.
Mas sim com o aprendizado que muitas vezes as duas
partes terão que ceder para encontrar a melhor
solução.
Em um conflito, os envolvidos querem ganhar e
acreditam em um primeiro momento que só existem duas
opções: ser o vencedor ou o perdedor. Mas a partir do uso
da comunicação não-violenta para tais situações, é
preciso encontrar variáveis satisfatórias para todos.
RELAÇÃO EMPATIA E COMUNICAÇÃO
NÃO VIOLENTA
Ter empatia para a CNV é estar conscientemente presente ao que
está sendo dito, buscando identificar o que está se passando com
a outra pessoa, focando em quais são seus sentimentos e o que ela
precisa, ou seja, quais são suas necessidades. É acompanhar o
outro com presença e atenção, criando um espaço seguro para
que a pessoa expresse sua honestidade
Desde o início, é fundamental estar presente com o outro,
escutando e identificando os fatos observáveis que despertam
nele aquela experiência.
TER EMPATIA AUMENTA AS CHANCES
DE SER COMPREENDIDO
Quando o tema é empatia, é comum reforçarmos a máxima
de que “escutamos para compreender”. E você pode estar
se perguntando: “E quem escuta não terá oportunidade de
se expressar e de ser compreendido?
O que costuma acontecer quando duas pessoas querem se
expressar e ser compreendidas, num mesmo momento, é
que a conversa se converte automaticamente em dois
monólogos, não há diálogo. Não se escuta para
compreender, mas para responder, justificar e esperar o
momento para também despejar o desconforto. Ou seja, há
duas pessoas falando e nenhuma verdadeiramente
escutando.
SABER DIZER NÃO
É possível ter empatia por uma pessoa mesmo quando eu não
concordo com as escolhas que ela fez ou com os pensamentos
que ela está expressando. Pode ser um pouco mais difícil, por
despertar, em mim, pensamentos que podem incluir julgamentos
sobre o outro, sentimentos desconfortáveis e tocar em
necessidades muito importantes para mim. Mas, não só é
possível, como recomendável buscar ter empatia com pessoas das
quais discordamos, para que não entremos numa dinâmica de
certo e errado, que nutre a separação e, num grau mais elevado,
impulsionam episódios de violência.
SABER DIZER NÃO
Compreender que o outro tem uma perspectiva diferente
da sua sobre determinado assunto e que você não
precisa pensar como ele, é o primeiro passo para se abrir
a compreensão do que está por trás deste pensamento e
destas ações que você não concorda. Ao tomar
consciência de que esta é a experiência do outro e
afastando do pensamento de que ele está errado por
pensar assim, podemos reconhecer que há sentimentos e
necessidades presentes ali, necessidades humanas
universais, como compreensão, apoio, parceria,
segurança, confiança, as quais também compartilhamos.
SABER DIZER NÃO
E, ainda assim, mesmo não concordando como que essa pessoa
faz para atender essas necessidades, podemos, intencionalmente,
buscar compreender o que o está motivando e o que ele está
buscando atender com estas escolhas. Lembre-se que ter empatia
não é corroborar ou consentir com a experiência do outro, mas,
sim, se conectar com os sentimentos e necessidades por trás desta
experiência.
DICAS PARA EXERCITAR A CNV
 Procure se comunicar sem prejulgamentos sobre o que é
“certo” ou “errado”
 Não se compare, nem compare os demais a outras pessoas

 Abandone o tom acusatório, pois ele causa reações


defensivas
 Explique suas necessidades com clareza

 Questioneinternamente os rótulos colocados sobre você e


quem te cerca
DICAS PARA EXERCITAR A CNV
 Durante um conflito ou mediação de conflito,
busque pelos pontos em comum que você tem
com as outras pessoas. A solução começa por
eles
 Sempre que possível, se coloque no lugar do
outro

 Expresse seus pontos vulneráveis caso se sinta


confortável. Eles vão te aproximar das pessoas,
já que todas têm suas vulnerabilidades
DICAS PARA EXERCITAR A CNV
 Antes de responder a uma ofensa ou ataque, pense com
calma e exercite sua empatia. Não responda no mesmo
tom.
EXERCÍCIO PARA FIXAÇÃO
 1 – Discorra sobre a origem e o conceito de CNV
 2- Qual a finalidade da CNV? Cite sete finalidades.

 3 – Comente sobre os quatro pilares da CNV.

 4 – Discorra sobre a relação empatia e CNV

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