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Fisioterapia

centrada na pessoa

Trabalho realizado por:


Joana Seromenho Rosado

Unidade curricular:
Prática Centrada na Pessoa

Docente:
Diogo Santos

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Fisioterapia centrada na pessoa

Licenciatura em Fisioterapia
Instituto Politécnico de Setúbal

Trabalho realizado por: Joana Seromenho Rosado


Número de Estudante: 210554009

Unidade curricular: Prática Centrada na Pessoa

Docente: Diogo Santos

Novembro 2023

Índice

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INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………………………………………………………4
FISIOTERAPIA CENTRADA Na UTENTE ….…..…………………………………………………………………..…….5
1. Estratégias especificas…………………………….……………….…………………………………………….…5
2. Barreiras para a implementação das estratégias………………………………………...…..……….6
3. Barreiras para a implementação das estratégias……………..………….……………………………7
4. Modelo SHARE Approach ……………………………………………………………………….……………..…8
5. Goal-setting and Action Planning Framework …………………………………………………………11
CONCLUSÃO ………………………………………………………………………………………………………………………15
BIBLIOGRAFIA …………………………………………………………………………………………………………………….16
APÊNDICE 1 ………………………………………………………………………………………………………………………18
APÊNDICE 2 ……………………………………………………………………………………………………………………….19

Introdução

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O presente trabalho no âmbito da Unidade Curricular de Prática Centrada
na Pessoa tem como objectivo a abordagem de um caso clínico considerando a
prática clínica centrada na pessoa.
A prática centrada na pessoa relaciona-se com a capacidade de um
profissional de saúde incorporar a experiência do utente no processo de
raciocínio clínico. Ajudar os utentes a serem mais ativos nas sessões/consultas
muda séculos de diálogos dominados pelos profissionais de saúde para diálogos
que envolvam o utente como participante ativo. A prática centrada na pessoa
tem em consideração o utente como um ser individual, o que significa que, o
profissional deve perceber o contexto da pessoa e estabelecer uma aliança
terapêutica ao logo do processo de tratamento. (Epstein et al., 2011). Treinar
os profissionais de saúde para serem mais empáticos, informativos e atentos,
transforma o seu papel de um papel caracterizado pela autoridade para um
papel que tem como objetivos a colaboração, empatia, solidariedade e parceria.
Esta colaboração pressupõe uma relação igualitária entre o fisioterapeuta e o
utente, permitindo a autonomia do utente e a tomada de decisão colaborativo
(Jaensch et al., 2019).

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Fisioterapia centrada na utente
1. Estratégias específicas
Conhecer a história, necessidades, preferências, crenças e tudo o que
faz do nosso utente uma pessoa, é importante para a individualização na
fisioterapia. Segundo Wijma et al. (2017), um tratamento individualizado
envolve um plano de tratamento individualizado para que o utente possa
aprender de forma independente, incluindo exercícios que o mesmo considere
importantes.
A comunicação é essencial para a prática centrada na pessoa. Dos
aspetos mais importantes da comunicação, destaca-se a necessidade de um
diálogo contínuo ao longo do tratamento com o utente. Além disso, o estilo de
comunicação deve ser adaptado a cada utente, utilizando um discurso claro e
leigo. A comunicação não verbal, que incorpora o contacto visual, movimentos
corporais, expressões faciais e escuta ativa, demonstra empatia, respeito,
interesse e disponibilidade pelo utente e ajuda a estabelecer uma relação
terapêutica (Wijma et al., 2017).
A educação está também relacionada com a prática centrada na pessoa,
pois influencia os sintomas, o diagnóstico e o tratamento do nosso utente. Ao
longo da intervenção, devemos educar o utente sobre conteúdos úteis e focados
nos problemas dos mesmos. A educação é mais que simplificar a nossa
linguagem, a informação transmitida deve ser compatível com a realidade e
perceções do utente (Wijma et al., 2017). Assim sendo, na primeira sessão de
fisioterapia, irei apresentar à utente dois panfletos (apêndice 1 e 2) sobre a
lombalgia para esta poder ler, expor dúvidas e levar para casa para os poder
consultar regularmente. Para além disto, é importante reforçar algumas
mensagens educativas ao longo das sessões:
• A utente deve manter-se ativa.
• Educar sobre a natureza e prognóstico da condição.
• Educar sobre estratégias de “coping”.

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Adicionalmente, devemos desconstruir ideias erradas que a utente possa ter
em relação à sua condição de saúde, por exemplo, que a atividade física deve
ser evitada (Ernstzen et al., 2021).
O estabelecimento de objetivos pode ser usado para motivar os utentes,
para determinar que tratamento será mais significativo para o utente e para
estabelecer critérios de alta. Os objetivos devem ser definidos pelo próprio
utente em colaboração com o fisioterapeuta, utilizando a educação e a
comunicação (Wijma et al., 2017).
O apoio do fisioterapeuta, que consiste na individualidade, compreensão
e empoderamento, é bastante valorizado pelos utentes. O fisioterapeuta não
pode dar apoio ao utente sem o conhecer e compreender (individualização). Já
o empoderamento, que pode ser fortalecido através do toque e educação, é
mencionado como um sentimento pessoal do utente, onde o fisioterapeuta tenta
dar poder e responsabilidade sobre a sua condição/tratamento (Wijma et al.,
2017).

2. Barreiras para a implementação das estratégias


Características pessoais do fisioterapeuta como a idade ou aspeto físico
podem dificultar a relação terapêutica. O comportamento interpessoal, mais
especificamente o excesso de confiança, a capacidade de ouvir e respeitar o
utente e a familiarização excessiva, pode ser também uma barreira para esta
relação. Para além disso, a falta de formação em competências de comunicação,
tais como a assertividade e capacidade de comunicar más notícias, é um aspeto
bastante valorizado pelos utentes (Morera-Balaguer et al., 2018).
Em relação às características do utente, uma personalidade dependente
pode ser considerada uma barreira, pois demanda um cuidado maior e mais
profissional por parte do fisioterapeuta. Outras características incluem, a baixa
auto eficácia, pois dificulta a aprendizagem e a capacidade de adquirir novos
conhecimentos, comportamentos inadequados como as mentiras, e a falta de
motivação. Os preconceitos em relação ao fisioterapeuta dificultam o

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desenvolvimento da confiança. Expectativas inadequadas em relação ao
tratamento é outra barreira que pode levar o utente a pensar que o tratamento
foi ineficaz (Morera-Balaguer et al., 2018).

As características da organização da instituição (hospital, clínica, etc.),


como a falta de coordenação entre equipas multidisciplinares, desproporção
entre o número de utentes e fisioterapeutas e a falta de continuidade do
tratamento, são consideradas barreiras ambientais. Ainda, as características do
espaço físico, mais concretamente, a falta de privacidade, podem se tornar
barreiras (Morera-Balaguer et al., 2018).
Neste caso em específico, identifiquei as seguintes barreiras para a
implementação das estratégias:
• A minha idade, pois a utente pode associar a falta de experiência.
• A baixa auto eficácia da utente
• Receio da prática de exercício

3. Facilitadores para a implementação das estratégias


Por outro lado, as características pessoais, como a idade avançada do
fisioterapeuta, podem ser facilitadores, pois proporcionam um sentimento de
experiência. Características como a paciência, gentileza, confiança,
assertividade, empatia, senso de humor e autoconfiança são valorizadas pelos
utentes. Adicionalmente, a capacidade de transmitir informações e conselhos é
também muito valorizada, pois aumenta a confiança e a sensação de que o
profissional de saúde está realmente preocupado. Resultados positivos do
tratamento são importantes, pois influenciam positivamente a satisfação do
utente, aumentando o nível de confiança no fisioterapeuta (Morera-Balaguer et
al., 2018).
Características do utente, como as expectativas adequadas em relação
ao tratamento ou progressão, podem facilitar a implementação das estratégias

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pois, se o utente começar com objetivos alcançáveis, haverá menos frustração
se as expectativas inicias não forem atendidas (Morera-Balaguer et al., 2018).
A intimidade adquirida durante os tratamentos individuais em salas
fechadas, bem como, a continuidade e duração do tratamento (número de
sessões) são facilitadores ambientais que favorecem o desenvolvimento de uma
relação de confiança entre o fisioterapeuta e o utente (Morera-Balaguer et al.,
2018).
Neste caso em específico, identifiquei os seguintes facilitadores para a
implementação das estratégias:
• A utente tem expectativas adequadas em relação ao tratamento.

4. Modelo SHARE Approach


Os estudos demonstram que, geralmente, as pessoas desejam estar
envolvidas na tomada de decisões na fisioterapia músculo-esquelética. Além
disso, a literatura cientifica mais atual, revela que as atitudes e
comportamentos dos fisioterapeutas influenciam significativamente as
experiências e atitudes dos utentes (Alotaibi et al., 2023). As perspetivas dos
profissionais de saúde e do utente são importantes e, quando combinadas,
podem resultar numa maior satisfação de ambas as partes. A maioria das
queixas nos cuidados de saúde são devidas à comunicação ineficaz ou devido à
quantidade inadequada de informações que são passadas ao utente para este
poder tomar uma decisão informada. Reconhecer que tanto os utentes como os
fisioterapeutas têm informações relevantes para o processo de tomada de
decisão pode ajudar a equilibrar a relação desigual que existe na abordagem
tradicional. A tomada de decisão partilhada ajuda a fornecer aos utentes
expectativas mais realistas sobre os benefícios e malefícios das opções
disponíveis. Como tal, tem o potencial de reduzir cuidados de baixo valor e
aumentar a aceitação de cuidados de alto valor. Além disso, os utentes que
optam por se envolver no processo de tomada de decisão sentem-se mais
satisfeitos com o seu tratamento, informamos e capazes de reconhecer o que

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é mais importante para eles. Em troca, o conflito de decisão que poderá surgir
diminui (Hoffmann et al., 2022).
O modelo SHARE Approach apresenta um processo de cinco etapas para
a tomada de decisão partilhada que inclui explorar e comparar os benefícios,
danos e riscos de cada opção através de um diálogo sobre o que é mais
importante para o utente. Esta abordagem irá ajudar-me a mim e à utente a
trabalhar em conjuntos, utilizando informações baseadas na evidência para
tomar as melhores decisões de tratamento possíveis (Agency for Healthcare
Research and Quality, 2014).
1º Passo: Procurar a participação da utente.
Primeiramente, irei comunicar à utente que tem poder de escolha e convidá-la
a envolver-se nas decisões. Este primeiro passo é importante. pois os utentes
têm o direito de compreender as opções de tratamento disponíveis. Caso a
utente optar por não participar, devemos tentar envolvê-la nas decisões
sempre que possível. Para envolver esta utente na tomada de decisões vou
utilizar as seguintes estratégias:
• Resumir o que é a lombalgia.
• Informar a utente sobre as opções de tratamento disponíveis para a sua
condição de saúde.
• Pedir à utente para participar na tomada de decisões, juntamente com a
equipa multidisciplinar.
• Incluir os familiares (marido) nas discussões.
• Lembrar à utente que a sua participação é importante.
2º passo: Ajudar a utente a explorar e comparar as opções de tratamento.
Uma vez que a lombalgia tem múltiplas opções de tratamento, incluindo a opção
de não receber cuidados, é importante discutir os benefícios e malefícios de
cada opção, utilizando a evidência mais atual. Para explorar as opções de
tratamento com a utente vou utilizar as seguintes estratégias:
• Avaliar o que a utente já sabe sobre as suas opções.

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• Escrever uma lista de opções de tratamento com as respetivas
descrições e utilizando linguagem simples.
• Comunicar claramente os riscos e benefícios de cada opção.
• Utilizar recursos visuais simples, como gráficos ou tabelas, para ajudar
a utente a compreender as minhas explicações.
• Oferecer ferramentas de apoio à tomada de decisão baseada na
evidência.
• Resumir novamente as opções.
• Pedir à utente que explique com as suas próprias palavras quais são as
opções.
A utente será apresentada com a seguintes opções de tratamento:
• Treino Físico, incluindo ativação muscular específica do tronco com
duração de 6 semanas.
• Terapia Manual, incluindo massagem, 8 sessões durante 3 semanas, e/ou
mobilização dos tecidos moles, 3 vezes por semana durante 3 semanas.
• Educação, incluindo 2 sessões de 1 hora com informações sobre a dor,
fatores contribuintes biopsicossociais e técnicas de autogestão da dor,
• Diagnóstico e Terapia Mecânica (George et al., 2021).
3º passo: Avaliar os valores preferências da utente.
A decisão ideal deve levar em consideração os valores do utente e os objetivos
do tratamento. Para avaliar os valores e preferências da utente, defini as
seguintes estratégias:
• Fazer perguntas abertas.
• Utilizar a escuta ativa. Mostrar empatia e interesse pelo efeito que este
problema tem na vida da utente.
• Incentivar a utente a falar sobre o que é mais importante para ela.
• Reconhecer os valores e preferências que são importantes para a utente.
• Chegar a um acordo sobre o que é mais importante.
4º passo: Chegar a uma decisão com a utente.

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Neste passo, vou decidir em conjunto com o utente qual é a melhor opção. É
importante orientar a utente para esta poder expressar o que é mais importante
para ela. Assim sendo, as estratégias para este passo são:
• Perguntar se a utente gostaria de obter informações adicionais para
ajudá-la a tomar uma decisão.
• Verificar se a utente precisa de mais tempo para considerar as opções
ou discuti-las com outras pessoas.
• Confirmar a decisão com a utente.
• Agendar consultas de acompanhamento para a realização do tratamento
preferencial.
Em conjunto com a utente decidimos que a melhor opção seria começar pela
Terapia Manual e Educação e posteriormente o Treino Físico.
5º passo: Avaliar a decisão da utente.
É fundamental que a decisão seja revista após um período experimental para
que o tratamento tenha um impacto positivo nos resultados de saúde dos
utentes. Para tal, defini as seguintes estratégias:
• Monitorização até que ponto é que a decisão de tratamento é
implementada.
• Ajudar a utente a furar as barreiras para implementar a sua decisão.
• Reavaliar a decisão da utente e determinar se é necessário tomar outras
decisões.

5. Goal-setting and Action Planning Framework


A prática centrada na pessoa contribui para a produção de planos de ação
e/ou resoluções de tratamento mais adequados, potencializados pelo que é
importante para o utente, em vez de o reduzir meramente a um diagnóstico
(Jaensch et al., 2019). Na abordagem centrada na pessoa, os objetivos
estabelecidos devem ser significativos para a utente, e não o que presumimos
ser o melhor. Formular objetivos que sejam relevantes para o utente exige uma
compreensão das atividades da utente, necessidades percebidas, limitações e

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facilitadores. A utente deve ser envolvida desde o início no estabelecimento
destas metas. Enfrentar desafios na formulação colaborativa dos objetivos foi
também um tema identificado pela literatura. Estes desafios podem surgir se
não houver um entendimento mútuo do processo. Por exemplo, se a utente
estiver à espera que seja o fisioterapeuta a estabelecer os objetivos, pois
contradiz o ideal da participação ativa da utente. Os fisioterapeutas devem ser
sensíveis aos desejos e crenças do utente. Por exemplo, esta utente pode
prefixar ser ativa ou passiva na tomada de decisão durante o processo e
devemos ser capazes de acomodar isso. A flexibilidade dos fisioterapeutas
pode ser facilitada através da escuta ativa e da concessão de tempo suficiente
ao utente. As capacidades de comunicação e envolvimento pessoal são
extremamente necessários nesta abordagem (Melin et al., 2019).
O Goal-setting and Action Planning Framework envolve quatro fases,
estendendo-se para além da definição de objetivos:
1. Negociação de objetivos
A negociação de metas envolve discutir com a utente sobre os seus
principais problemas e possíveis objetivos que ela gostaria de atingir. Esta
fase deve ocorrer na primeira semana de reabilitação da utente. A utente
deve ser encorajado a refletir sobre o que é importante para ela, mas em
simultâneo, confiar na nossa experiência para a ajudar na formulação de
objetivos. Esta fase pode ser significativamente afetada pela capacidade de
comunicação, cognição e humor da utente. A educação da utente é
importante nesta fase para aumentar a confiança no que esperará durante a
reabilitação e capacitar a participação ativa. Certas competências como a
escuta ativa, o questionamento reflexivo e a entrevista emocional devem
ser usadas para promover a negociação de objetivos e incentivar o
envolvimento do utente (Clinical Excellence Queensland, s/data).
Assim, definimos que, para esta utente, os principais problemas que gostava
de ver resolvidos eram:

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• Perturbação do sono, pois não se sente confortável em nenhuma
posição.
• Intensidade da dor, pois tem dificuldade em realizar a sua atividade
profissional.
• Estilo de vida sedentário.
• Diminuição da qualidade, pois não se sente confiante para ir a
concertos e fazer atividades lúdicas e desportivas com os seus filhos.
2. Definição de objetivos
A fase de definição de metas é a formulação de objetivos específicos e
desafiadores. A evidência sugere que objetivos específicos refletem num
nível mais alto de desempenho. É importante que haja colaboração entre o
profissional de saúde e o utente para garantir a compreensão e a importância
do objetivo para o utente. Estes objetivos devem ser definidos usando uma
linguagem que o utente compreenda (Clinical Excellence Queensland,
s/data)
Em conjunto com a utente, definimos os seguintes objetivos que gostaríamos
de atingir:
• Diminuição da dor de 6/10 END para 3/10 END em 6 semanas.
• Melhorar o seu estilo de vida (prática de desporto e qualidade do
sono) em 10 semanas.
• Melhorar a capacidade funcional em 6 semanas.
• Diminuição do stress/preocupação relacionados à sua condição de
saúde em 3 semanas.
3. Plano de ação e coping
Esta fase envolve a definição de etapas que precisam de ser executadas
para atingir os objetivos definidos na fase anterior. A confiança da utente
para concluir o plano de ação deve ser avaliada, permitindo identificar e
abordar quaisquer barreiras à conclusão deste plano (Clinical Excellence
Queensland, s/data).
Plano de ação:

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• Educar sobre estratégias de alívio da dor.
• Educar sobre os benefícios da atividade física.
• Educar a utente sobre a autogestão da condição.
• Incluir a família no processo de recuperação e incentivar o marido a
juntar-se à prática de desporto.
• A utente deve fazer pelo menos uma atividade lúdica ou desportiva
por semana com os seus filhos.
• Realizar exercícios em casa pelo menos uma vez por semana, e
aumentar gradualmente.
4. Avaliação e Feedback
Na fase de avaliação e feedback, a conclusão dos planos de ação e o
progresso das metas são revistos. É importante analisar o sucesso do plano
de ação antes de avaliar o desempenho atual dos objetivos. Tanto o
fisioterapeuta como o utente devem refletir sobre se os planos de ação
precisam de ser alterados ou ajustados caso não tenham sido concluídos
com sucesso. Alternativamente, poderá ser necessário desenvolver novas
estratégias para enfrentar barreiras, por exemplo, se a utente continuar
desmotivada com a prática de exercício (Clinical Excellence Queensland,
s/data).

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Conclusão
Em conclusão, a prática centrada na pessoa é uma abordagem que contém
vários temas, inter ligados entre si: a comunicação, a educação, o
estabelecimento de objetivos e apoio, as caracteristicas socias, as capacidades
e conhecimento do fisioterapeuta centrado no utente. Em todos os momentos,
a intervenção deve ser adaptado de forma a estar a encaixar a colaboração
partilhada entre o fisioterapeuta e o utente e a participação ativa do utente,
desenvolvendo uma aliança terapêutica, que deverá sustentar a prática
centrada na pessoa.

(2856 palavras)

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Apêndice 1

18
Apêndice 2

19

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