Você está na página 1de 5

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL MARANHÃO

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO


CURSO DE PSICOLOGIA

ALEXANDRE MELO
EDUARDO DINIZ MARANHÃO
FRANCISCA LISANDRA DOS SANTOS SOUSA
LARISSA SHARON
RIZYANNE DOS SANTOS PONTES PORTO
VINICIUS PINTO

RESUMO DO CAPÍTULO 4: O TRABALHO EM GRUPO NO CONTEXTO DA


SAÚDE.

Imperatriz
2020
O TRABALHO EM GRUPO NO CONTEXTO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE

O psicólogo cada vez mais está inserido em diferentes contextos de


promoção e recuperação da saúde, com isso, houve uma necessidade de
revisar o seu papel e seu modo de atuação, e consequentemente elaborar
estratégias para sua atuação. Alguns espaços apresentam novas
características, o que em muitas vezes torna a prática psicológica difícil. Essa
modalidade está em consonância com o Sistema Único de Saúde, na qual têm
como um de seus princípios a universalidade no atendimento.

Diante disso, as práticas psicológicas no âmbito da saúde têm destaque


de forma grupal, ou seja, atendimento psicológico em grupos. Sendo assim, há
uma possibilidade de atender uma quantidade de pessoas maior, em distintas
realidades socioeconômicas, tendo em vista que a quantidade de pessoas no
serviço público para ser atendidas é alta com relação à quantidade de
profissionais que prestam serviços. Logo, o psicólogo deve está comprometido
com ações que indiquem relevância não apenas científica, mas também social.

A intervenção grupal vem sendo utilizado com uma população variado,


com modelos de implementação e avaliação sistemática dos programas de
atenção à saúde. Com isso, essa modalidade é muito utilizada pelos
profissionais de programas de saúde, com isso, pode-se fazer o atendimento
de um número maior de pessoas, tendo em vista a grande demanda do serviço
público.

O trabalho em grupo é vantajoso em relação a outras modalidades de


atendimento por conta de tornar mais fáceis a expressão e a identificação das
necessidades e expectativas coletivas, além de possibilitar ampliar as
possibilidades de interação profissional-paciente, diminuir a distância entre tais
papéis e minimizar as relações de poder onde profissional não é a única fonte
de influência do grupo.

Outra vantagem trazida por esse tipo de trabalho se dá quando os


grupos são formados por pessoas que estão vivenciando situações
semelhantes, favorecendo assim o suporte e minimizando a sensação de
isolamento. Além disso, como um resultado geral, os grupos podem colaborar
no fortalecimento do protagonismo, no exercício da cidadania, na melhora da
autoestima e na qualidade de vida.

Um conjunto de pessoas pode ser caracterizado como um grupo se o


que os motiva a estar juntos são os mesmos ideais, mesmo que hajam outras
motivações implícitas, como necessidade de segurança, reconhecimento e
afeto. Dentro do contexto hospitalar, os grupos comumente formados são de
adaptação a uma nova realidade, como tratamento de alguma doença, ou
grupos de orientações específicas.

O grupo que se torna mais favorável para o engajamento e envolvimento


ativo dos participantes são os grupos de estrutura mista, que mostram maior
potencial para o protagonismo e construção de conhecimento, sobretudo
quando se trata de um modelo vivencial, onde todos percebem a necessidade
das informações dentro das situações relatadas no próprio grupo. 

Geralmente, as características comuns entre os membros de um grupo


possibilitam a interligação entre os mesmos, tais características podem ser, as
de gênero, as de fase de ciclo de vida, as que estão relacionadas ao papel
social que os membros exercem, ou relacionadas as situações transitórios
específicos.  acontecimentos marcantes da vida também são ser base para a
formação de grupo, tais como acometimentos de enfermidades crônicas ou
pessoas que estão em tratamento. Para além de grupos formados com
usuários, os grupos também podem ser formados a fim de atender a equipe
médica ou multiprofissional, promovendo reflexão, manejando ansiedades dos
profissionais, assim como entendimentos biopsicossociais dos usuários.

Os grupos podem acontecer em contextos distintos, dentre eles, os de


internação hospitalar, de atendimento ambulatorial, em unidade de saúde e
ainda na comunidade. Além disso, é de fundamental importância que os
encontros promovam aprendizado positiva e encorajadora, interações
significativas, vínculo, favorecendo as expressões de sentimentos e emoções
dos participantes.

O elemento chave para o funcionamento adequado do grupo são a


construção da identidade do mesmo e a coesão. Faz-se necessário que o
trabalho seja realizado a fim de promover aceitação mútua, respeitosa,
democrática, tolerante e comunicativa, para que os membros trabalhem seus
conflitos e alcancem os objetivos do grupo.

No que diz respeito ao planejamento das atividades, estas precisam ser


decididas previamente, levando em consideração as características formais do
grupo, assim como, construir uma estrutura do programa grupal.

     Quanto aos objetivos e finalidades do grupo devem ser expostos de maneira
clara desde o primeiro encontro, podem ser educativos ou terapêuticos. A
atuação do profissional de Psicologia da saúde deve favorecer mudanças,
reflexão, autoconhecimento, autocuidado, entre outros. Já no que diz respeito
ao tamanho do grupo, faz necessário estipular a quantidade máxima de
membros, tendo como base os objetivos almejados. Ressalta-se que o vínculo
é fortalecido em grupos menores, enquanto que, em grupos maiores há maior
diversidade de opiniões.

Ademais, no que tange as questões de rotatividade dos participantes, é


de suma importância a definição do grupo ser ou não fechado para ingresso de
novos membros ao longo do processo. A rotatividade mostra-se mais aceita em
grupos preventivos, enquanto que, menos desfavorece a formação de vínculo
nos grupos.

A duração do grupo deve levar em consideração os objetivos da


intervenção,  das necessidades de aprofundamento do trabalho e da integração
afetiva entre os participantes, levando em consideração estes quesitos é que a
quantidade de sessões deve ser definida. Ressalta-se que, é a mais viável na
rotina dos serviços de saúde que as intervenções sejam breves, pontuais e
orientadas. Usualmente as reuniões ocorrem semanalmente ou
quinzenalmente, e duram em torno de 45 a 90 minutos. Para compor o grupo,
deve-se decidir pela homogeneidade ou heterogeneidade, a partir das
experiências e necessidades dos membros. A homogeneidade grupal favorece
a escolha de temáticas e metodologias.
REFERÊNCIA

BORGES, L. M. SOARES, M. R. Z. RUDNICKI, T. O Trabalho em Grupo no


Contexto de Psicologia da Saúde. Psicologia da Saúde. P. 104 – 128.

Você também pode gostar