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CURSO: TÉCNICO/A DE MASSAGEM DE ESTÉTICA E BEM-ESTAR

UFCD: 9103 SAÚDE E SEGURANÇA-CUIDADOS DE BELEZA


FORMANDO(A): DOLSON, MARIA JOÃO, PAULO
FORMADOR(A): SARA COSTA

Riscos Profissionais na Área da


Massagem: Conhecimento e Prevenção

A profissão de massagista é admirada pela capacidade de promover o bem-estar e aliviar o stress. No


entanto, tal como em qualquer profissão, existem riscos inerentes que requerem atenção e cuidado
para garantir a segurança do terapeuta e do cliente.

Riscos Físicos: Lesões Musculoesqueléticas: A natureza física do trabalho de massagem pode


causar lesões musculares devido à manipulação repetitiva dos tecidos do cliente.
Posturas inadequadas durante a sessão também aumentam o risco de dores nas costas e lesões.

Fadiga e Exaustão: A duração prolongada das sessões de massagem, juntamente com a necessidade
de aplicar pressão constante, pode levar à fadiga muscular e exaustão física do terapeuta.

Riscos Dermatológicos: O uso frequente de óleos, loções ou cremes pode causar reações alérgicas
na pele do terapeuta, resultando em dermatites e irritações.

É crucial que nos profissionais estejamos cientes destes riscos e adotemos medidas preventivas para
garantir um ambiente de trabalho seguro e eficaz.

Riscos Profissionais na Área da Massagem: Conhecimento e Prevenção

A prática da massagem é uma atividade terapêutica que oferece inúmeros benefícios para a saúde
física e mental. No entanto, como em qualquer profissão, os profissionais da área de massagem estão
expostos a diversos riscos ocupacionais que podem afetar tanto a sua saúde quanto a qualidade do
serviço prestado. É crucial que esses profissionais estejam cientes desses riscos e adotem medidas
preventivas para garantir um ambiente de trabalho seguro e eficaz.

1. Ergonomia e Lesões Musculares:

Os massagistas enfrentam desafios ergonômicos significativos, pois passam longas horas realizando
movimentos repetitivos durante as sessões. A postura inadequada é uma preocupação constante e
pode resultar em lesões musculares, dores nas costas e problemas ortopédicos crônicos. Para prevenir
esses riscos, é fundamental incorporar princípios ergonômicos nas práticas diárias.

Profissionais devem receber treinamento específico sobre como manter uma postura correta durante
as sessões, ajustar a altura da maca e utilizar almofadas de apoio adequadas.
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UFCD: 9103 SAÚDE E SEGURANÇA-CUIDADOS DE BELEZA
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Além disso, a implementação de intervalos regulares para descanso e a inclusão de exercícios de


alongamento na rotina diária são medidas essenciais para promover a saúde musculoesquelética a
longo prazo.

2. Lesões nas Mãos e Articulações:

A manipulação constante dos tecidos durante as massagens pode levar a lesões nas mãos e
articulações. A pressão excessiva, gestos repetitivos e a falta de técnicas adequadas podem contribuir
para problemas como tendinite e síndrome do túnel do carpo. A formação adequada, o uso de
técnicas corretas e a realização de exercícios específicos para fortalecimento das mãos são medidas
preventivas importantes.

Os profissionais devem ser instruídos sobre a importância de variar as técnicas utilizadas durante as
sessões para distribuir a carga de trabalho de maneira mais uniforme. O uso de ferramentas, como
bolas de massagem e rolos, também pode reduzir a pressão direta nas mãos. A implementação de
programas de exercícios regulares, focados no fortalecimento das mãos e articulações, pode ser
incorporada à rotina de autocuidado dos massagistas.

3. Stress

Profissionais de massagem estão constantemente em contacto com as emoções e tensões dos clientes,
absorvendo parte desse stress. Isso pode levar à exaustão emocional, prejudicando não apenas a
saúde mental do massagista, mas também a qualidade do serviço prestado. A consciência da
necessidade de autocuidado torna-se crucial nesse contexto.

Isso inclui a busca de apoio emocional, a prática de técnicas de relaxamento, como meditação e
yoga, e a gestão eficiente do tempo. A implementação de políticas de gestão de stresse nas clínicas
de massagem também pode contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável.

5. Burnout:
Quais os níveis de gravidade?
De acordo com alguns autores a síndrome de Burnout pode ter três etapas de evolução:
1. Exaustão emocional - sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional.
Perceção de falta de energia para levar a cabo as atividades profissionais (e pessoais). O
trabalho passa a ser visto como algo penoso e doloroso.
2. Despersonalização/ desumanização - assumir de uma atitude mais distanciada na prestação de
cuidados. Contactos mais impessoais e sem afetividade e pouco empáticos e humanizados
com o outro. Barreiras cognitivas e emocionais em relação ao trabalho, àqueles a quem se
presta serviços, aos colegas, aos superiores e à instituição.
3. Baixa realização profissional - sensação de descontentamento e desmotivação com o trabalho,
que conduzem à perceção de perda de sentido e interesse e consequente sensação de que o
trabalho se tornou "um fardo". Como resultado, o investimento é cada vez menor, a sensação
de realização profissional também e a eficácia fica muitas vezes comprometida.
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7 tipos de sinais de stress crónico


1. Problemas físicos: problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas,
sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e
crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite,
fragilização da resposta imunitária.
2. Problemas emocionais: tristeza, apatia, anedonia, alienação, frustração, raiva/ revolta, tédio,
desesperança, perda do orgulho e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de
recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, baixa autoestima, despersonalização.
3. Problemas cognitivos: problemas de concentração e atenção, queixas mnésicas, confusão,
maior lentificação na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes
acerca do trabalho (ruminações), hipervigilância e necessidade de controlo.
4. Problemas comportamentais: comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento,
impulsividade, reatividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias
(tabaco, álcool, drogas, medicação), automedicação.
5. Problemas sociais: isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia,
maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor
convívio com amigos.
6. Problemas existenciais: conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as
prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser
humano.
7. Problemas laborais: atrasos, absentismo, baixas médicas, turnover, maior número de erros no
trabalho, menor tempo na prestação de serviços e menos cuidada, baixa realização
profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.

Número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout


Segundo dados de 2016 da Associação de Psicologia da Saúde Ocupacional, 17,3% dos
trabalhadores portugueses estão em burnout. Este número tem vindo sempre a aumentar: em 2008
eram 9%; em 2013 eram 15%.
 Mais de 87% dos trabalhadores portugueses não se sentem recompensados na sua atividade
profissional. Em 2013, eram 73%
 Cerca de 86% relatam situações de stress no trabalho, muito mais do que em 2013 (62%)
 Entre 2011 e 2013, 21,6% dos profissionais de saúde portugueses apresentaram burnout
moderado e 47,8% burnout elevado
 Metade dos professores sofre de burnout, revela um estudo realizado por investigadoras do
Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA)
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6. Contágio de Doenças:

A proximidade física entre o profissional e o cliente na massagem aumenta o risco de contágio de


doenças infeciosas. É essencial seguir rigorosas práticas de higiene para prevenir a transmissão de
patógenos. A desinfeção adequada dos equipamentos, a lavagem frequente das mãos e a utilização de
equipamento de proteção individual (EPI), como luvas descartáveis, são medidas cruciais.

Além disso, é imperativo que os massagistas estejam atualizados sobre as práticas de controle de
infeções e sigam as diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde. A comunicação efetiva com
os clientes sobre a importância dessas práticas pode reforçar a confiança na segurança do ambiente
da sessão de massagem.

7. Reações Alérgicas:

O uso de óleos, cremes e outros produtos durante as sessões de massagem pode desencadear reações
alérgicas em alguns clientes. Os profissionais devem estar atentos aos ingredientes dos produtos
utilizados e questionar os clientes sobre possíveis alergias. A realização de testes de sensibilidade
cutânea prévios pode ser uma medida adicional para evitar reações adversas.

Além disso, a oferta de opções de produtos hipoalergénicos e a criação de uma anamnese detalhada
antes das sessões são práticas recomendadas. Manter registros precisos das preferências e
sensibilidades dos clientes em relação aos produtos utilizados também contribui para a prevenção de
reações alérgicas.

8. Interações Inadequadas com Clientes:

A natureza íntima da massagem pode criar situações desconfortáveis ou inapropriadas. Profissionais


devem estabelecer limites claros, comunicar-se eficazmente e ter protocolos para lidar com situações
potencialmente desagradáveis. O treinamento em habilidades interpessoais e a criação de políticas
éticas são essenciais para evitar mal-entendidos e proteger tanto o profissional quanto o cliente.

A implementação de diretrizes éticas claras nas clínicas de massagem é fundamental. Isso inclui a
definição de limites físicos e comportamentais, bem como a orientação sobre como lidar com
situações desconfortáveis de forma profissional. A promoção de um ambiente seguro e respeitoso é
essencial para garantir o bem-estar de ambos os profissionais e clientes.

9. Exaustão Física e Mental:


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FORMANDO(A): DOLSON, MARIA JOÃO, PAULO
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A demanda física e emocional da prática constante da massagem pode levar à exaustão física e
mental. A gestão adequada da carga de trabalho, a programação de intervalos regulares e a busca de
suporte profissional quando necessário são medidas importantes para prevenir a exaustão e preservar
a qualidade do serviço.

A criação de cronogramas de trabalho que permitam intervalos adequados entre as sessões é crucial.
Além disso, os massagistas devem ser incentivados a tirar períodos regulares de folga para descanso
e recuperação. A implementação de programas de suporte emocional e psicológico nas clínicas de
massagem pode oferecer uma rede de apoio essencial para enfrentar os desafios emocionais
associados à profissão.

Ilustrações sobre posturas corretas e talvez exercícios de fortalecimento muscular


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FORMANDO(A): DOLSON, MARIA JOÃO, PAULO
FORMADOR(A): SARA COSTA

Conclusão:

Em resumo, a prática da massagem apresenta riscos profissionais que devem ser abordados com
consciência e medidas preventivas.
A formação contínua, a adoção de práticas ergonômicas, a atenção à higiene, a criação de limites
éticos e o cuidado com a saúde física e mental são aspectos fundamentais para garantir uma carreira
duradoura e bem-sucedida na área da massagem.
Ao investir na prevenção, os profissionais contribuem não apenas para o seu bem-estar pessoal, mas
também para a segurança e satisfação dos seus clientes.
Essa abordagem holística é crucial para o sucesso sustentável e a qualidade de vida na profissão de
massagista.

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