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EFICÁCIA DO MÉTODO BACK SCHOOL EM FUNCIONÁRIOS DE SERVIÇOS


GERAIS DA UNISUL

EFFECTIVENESS OF THE BACK SCHOOL METHOD IN UNISUL GENERAL SERVICE


EMPLOYEES

Tatiane Ghisi Mendes1, Clarissa Niero Moraes2

1Discentesdo Curso de Fisioterapia, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil
²Docente do Curso de Fisioterapia, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil

RESUMO
___________________________________________________________________

Introdução: O trabalho de limpeza é tipicamente manual, e os fatores de risco mais


significativos e associados com este trabalho é a presença de cargas estáticas
musculares, pois estes requerem muito a flexão e rotação de tronco, sendo
documentado juntamente com a dor lombar. A Back School, é um método de
treinamento postural utilizado na prevenção e tratamento de pacientes com dor
lombar, é composto de informações teórico-educativas e prática de exercícios
terapêuticos para a coluna. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo
experimental, aplicado aos funcionários de serviço gerais da UNISUL, sendo utilizado
como instrumentos para a coleta de dados a Ficha de Avaliação, escala qualitativa de
dor e o Questionário de Roland Morris. Avaliados, através do teste de Wilcoxon para
amostras dependentes e independentes, sendo analisado com significância de 5%
(α=0,05) e nível de confiança de 95%. Resultados: De acordo com o teste de
Wilcoxon para escala de dor, feita com amostras independentes e dependentes com
α=0,05, o grupo que recebeu a intervenção Back School, mostrou diferença
significativa de p<0,05, evidenciando estatisticamente que houve melhora na dor após
intervenção, o grupo que não recebeu intervenção o p>0,05. Quanto ao resultado
referente ao Questionário de Roland Morris, comparados os grupos entre si o p>0,05,
porém comparado os grupos individualmente o grupo que recebeu intervenção o
p<0,05 e o outro grupo p>0,05, indicando que o grupo que recebeu a intervenção Back
School apresentou melhora significativa no alivio da dor. Considerações Finais: O
estudo elaborado pelas pesquisadoras, mostrou-se benéfico aos participantes,
melhorando o quadro álgico e tornou estes indivíduos mais ativos durante o
tratamento. Palavras-Chaves: Educação, Postura, Dor Lombar, Exercícios De
Alongamento Muscular.
2

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ABSTRACT

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Introduction: The work of cleaning is typically manual, and the most significant risk
factors associated with this work are the presence of static muscle loads, since these
require a lot of trunk flexion and rotation, being documented along with low back pain.
Back School is a method of postural training used in the prevention and treatment of
patients with low back pain. It is composed of theoretical and educational information
and practice of therapeutic exercises for the spine. Materials and Methods: This is
an experimental study, applied to general service employees of UNISUL, using the
Data Sheet as a tool for data collection, qualitative pain scale and the Roland Morris
Questionnaire. Evaluated using the Wilcoxon test for dependent and independent
samples, it was analyzed with a significance of 5% (α = 0.05) and a 95% confidence
level. Results: According to the Wilcoxon test for pain scale, performed with
independent and dependent samples with α = 0.05, the group that received the Back
School intervention showed a significant difference of p <0.05, statistically evidencing
that there was improvement in pain after intervention, the group that did not receive
intervention op> 0.05. Regarding the Roland Morris questionnaire, the groups
comparing op> 0.05 were compared, but the groups that received the intervention op
<0.05 and the other group p> 0.05 compared with the other groups, indicating that the
group who received the Back School intervention presented significant improvement
in pain relief. Final Considerations: The study developed by the researchers was
beneficial to the participants, improving the pain and made these individuals more
active during treatment. Key Words: Education, Posture, Low Back Pain, Muscle
Stretching Exercises.
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INTRODUÇÃO

O trabalho de limpeza tem um papel muito importante para a sociedade e


ambiente público, pois este traz ao trabalhador a sensação de saúde e bem-estar1. A
limpeza constitui então em tarefas de limpar o pó, varrer, esfregar e polir1, tratando-se
ainda de uma atividade pouco mecanizada que exige um esforço muscular muito
intenso2. O desconforto gerado nessas atividades se dá pela exposição ao trabalho
3

repetitivo, com posições ergonômicas não adequadas3, desencadeadas por longos


períodos em posição estática, podendo estar relacionada às alterações mecânicas ou
degenerativas, acometendo principalmente a coluna4.Tratando-se de uma profissão
mais comum no sexo feminino, conclui-se que está população é bastante afetada com
doenças mecânicas e degenerativas5.Este fenômeno pode ser explicado devido à
adição de jornada doméstica na vida das mulheres3 e ainda fisiologicamente
possuírem menor número de fibras musculares e menor capacidade de armazenar e
converter o glicogênio em energia útil5.
Dentre as patologias musculoesqueléticas mais comuns está à dor na
coluna3, a qual pode englobar dores cervicais, torácicas, ciáticas, nos discos
intervertebrais, espondiloses e dores lombares3. A dor lombar é uma condição
altamente prevalente, principalmente no envelhecimento, variando entre 11 e 84% em
algum momento da vida3, sendo apontada pelos brasileiros, como a segunda condição
mais prevalente no Brasil, perdendo apenas para a hipertensão arterial 6.
Segundo a Classificação Internacional de Comprometimentos,
Incapacidades e Deficiências da Organização Mundial de Saúde, descreve o quadro
como um comprometimento que revela perda ou anormalidade da estrutura da coluna
lombar, que limita ou impede seu desempenho pleno durante atividades físicas 7.
A lombalgia pode ser classificada ainda de acordo o diagnóstico etiológico,
sendo específica quando se tem uma causa definida para a dor, ou não específica,
quando apresenta um diagnóstico pouco ou não definido7. A dor lombar não específico
é uma condição de saúde que gera um alto absentismo laboral e incapacidade e por
ter origem multifatorial é difícil determinar diagnósticos e prognósticos precisos1. Este
tipo de condição, representa 80% de todos os casos registrados de dor lombar e pode
ser classificada como estática, quando a dor ocorre devido à má postura, em
consequência a sobrecarga estática, ou cinética, quando decorrente de sobrecargas
de movimento7.
A dor lombar não específica está localizada entre a porção inferior das
costas, delimitada a porção superior da 12ª vértebra torácica e a região inferior das
pregas glúteas1,8. Esta definição inclui qualquer tipo de dor referida nas pernas sem
que, a sua causa esteja relacionada a compressão nervosa1.
Quando a dor se torna crônica, ou perdura mais de três meses, pode afetar
a rotina social, familiar e profissional dos indivíduos que a acomete 9, sendo mais
relatado como limitação intensa ou muito intensa durante as atividades diárias3.
4

Algumas circunstâncias contribuem para a cronificação deste quadro doloroso, tais


como o grau de escolaridade, fatores psicossociais, insatisfação laboral, alterações
climáticas, hábito de fumar, sedentarismo, realização de trabalhos pesados, fatores
genéticos e antropológicos, hábitos posturais, obesidade, modificações da pressão
atmosférica e temperatura10.
A International Association for Study of Pain (IASP), define dor como uma
experiência subjetiva desagradável, sensitiva e emocional, associada com lesão real
ou potencial dos tecidos11. O medo da dor e o fato de evitar que a mesma apareça,
também são fatores predisponentes para incapacidades e alterações de humor8,12,13.
O medo é uma reação emocional que se origina diante de uma ameaça imediata,
específica e identificada, a mesma visa proteger o indivíduo de um perigo iminente
promovendo a sua autodefesa como resposta, originando assim um
sentimento debilitante, resultante de uma interpretação equivocada de que o
movimento pioraria a lesão ou contribuiria para a ocorrência de novas lesões no
sistema musculoesquelético14.
O tratamento pode ser medicamentoso, cirúrgico, feito através de repouso,
educação, exercícios e alongamentos7. A reabilitação física através de exercícios e
orientações educacionais, realizadas logo no início da dor, mostram bons resultados
e custos menores para os pacientes do que apenas a abordagem clínica 15.
O Método Back School, conhecido também como Escola de Coluna no
Brasil, pode ser usado como forma de prevenção e tratamento das algias da coluna,
10. A Back School é um método de treinamento postural através de exercícios
terapêuticos, composto de informações teórico-educativas, utilizado para prevenir e
tratar pacientes com dor lombar10,16.
Desde a sua criação, várias modificações vem sendo realizadas quanto ao
método de aplicação, quem o aplica, parâmetros de avaliação, os diversos locais
aonde vêm sendo empregada, porém sem se desvincular do seu fundamento
principal, que é a compreensão da relação da dor, com o aumento de tensão mecânica
na realização das atividades da vida diária17.
A Back School foi implantada no Brasil em 1972, com nome de Escola de
Postura, e introduzido no Hospital do Servidor Público de São Paulo, a fim de diminuir
o absenteísmo no trabalho causado por dores na coluna 17.
A necessidade de medidas preventivas quanto a dor na coluna referentes
ao trabalho, pode ser dada através de abordagens multifatoriais que inclui além da
5

educação a adaptação do ambiente de trabalho e mudanças nos aspectos


relacionados à organização das ativiades exercidas18. O fornecimento de
equipamentos, ferramentas e tecnologia adequados para o desempenho de tarefas
podem contribuir para reduzir a necessidade de movimentos extremos ou a adoção
de posturas estressantes do tronco18.
O presente estudo, tem como objetivo geral verificar a eficácia do Método
Back School nos funcionários de serviços gerais que trabalham no setor da limpeza,
na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), que apresentam dor lombar não
específica. Como objetivos específicos deste trabalho temos: verificar a capacidade
funcional no grupo experimental e controle, pré e pós-intervenção; avaliar a
sintomatologia da dor no grupo experimental e controle, pré e pós-intervenção.

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo trata de uma pesquisa experimental e explicativa, tendo como


forma de abordagem quantitativo; sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
com Seres Humanos (CEP) da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), sob
o número do parecer: 1.967.599.
Para o presente estudo foram adotados como critérios de inclusão:
indivíduos de ambos os sexos, que apresentem dor lombar não específica por mais
de 3 meses e tempo de contratação na empresa superior a 3 meses. E como critérios
de exclusão foram utilizados: funcionárias que estivessem grávidas ou participantes
que possuíssem alguma restrição para executar os exercícios solicitados pelo método.
Após a aprovação do CEP, foi realizado um levantamento dos funcionários
do setor de limpeza da UNISUL, do campus de Tubarão-SC, que possuíam dor lombar
não específica afim de constituir a amostra. A seleção ocorreu por meio de uma lista
deixada na sede responsável por esses funcionários, localizada dentro da
universidade. Do total de 100 funcionários ativos neste setor, 14 desses alegaram
possuir dor na coluna e se mostraram interessados em participar da pesquisa. O
período de avaliação e coleta de dados aconteceu entre maio e julho de 2017.
A escolha dos participantes para seu respectivo grupo foi feito através de
sorteio, sendo colocados números aleatórios de 1 a 14 ao lado dos nomes dos
participantes presentes na lista. Esses números foram colocados em uma sacola e
6

sorteados 7 números, que constituíram o grupo experimental(GE), já os não sorteados


constituíram o grupo controle(GC).
Foram colhidas as assinaturas e esclarecidos os métodos do estudo para
os participantes diante ao Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e Termo
de Consentimento para Fotografias Vídeos e Gravações, para que pudessem ser
colhidas fotografias durante o decorrer da pesquisa.
A amostra então dividida em dois grupos, sendo que o GE fez a avaliação
e reavaliação, e recebeu a intervenção Back School como descrita no ANEXO 1 -
Protocolo de atendimento, uma vez por semana. O GC realizou a avaliação junto com
o GE e não recebeu qualquer tipo de intervenção, apenas assistiu a palestra número
1 (ANEXO 1) e ao final do estudo, foram submetidos a reavaliação. Ao término do
estudo os participantes do GC também receberam o tratamento proposto ao GE.
A avaliação dos participantes foi de acordo com a Ficha de avaliação
(APÊNDICE 1) criada pelas pesquisadoras, onde a dor foi mensurado através da
escala qualitativa de dor adaptada por Nusbaum 19, preenchido o questionário de
Roland Morris19 para avaliar o grau de incapacidade dos participantes com lombalgias
(ANEXO 3), entregue o diário de avaliação e a cartilha de exercícios (APÊNDICE 2),
onde os exercícios estão descritos detalhadamente no ANEXO 2 – Programa de
exercícios. Esta avaliação foi realizada em grupo, onde cada participante recebeu a
ficha de avaliação e preencheu a mesma. O questionário de Roland Morris19 foi
explicado questão por questão em voz alta para todos, antes que preenchessem cada
questão. Já a reavaliação foi feita de acordo com a primeira avaliação porém esta foi
feita individualmente.
Foram realizados então 6 encontros com o GE, utilizou-se 4 consultas
específicas para o tratamento, 1 para reavaliação dos resultados e 1 para o incentivo
de práticas de exercícios após o término da pesquisa. Os encontros eram realizados
1 vez por semana com duração de 1 hora cada consulta, realizados no final do
expediente de trabalho dos participantes. Os atendimentos foram realizados no
Auditório do bloco D da UNISUL, no campus de Tubarão-SC e na Clínica Escola de
Fisioterapia da Unisul (CEFU).
Na análise estatística dos dados, o questionário de Roland Morris19,21 e
escala qualitativa de dor19,20, foram analisados pelo teste de Wilcoxon para amostras
dependentes e independentes, afim de comparar os resultados obtidos antes e após
7

a intervenção, sendo expostos através de gráficos. Foi utilizado o programa GraphPad


Prism 7.03, com significância de 5% (p<0,05) e nível de confiança de 95%.

RESULTADOS

Durante o período em que decorreu o estudo, a amostra foi composta por


14 participantes que se mantiveram até o final da pesquisa, sendo composta apenas
pelo gênero feminino, com idade média de 42 anos.
Sobre as questões presentes na ficha de avaliação, foi observado que a
maioria das participantes trabalham na empresa a mais de 1 ano, e a maioria dessas
tem apenas esse emprego, não tomam antidepressivos ou precisam tomar remédio
para dormir. O uso do anti-inflamatório está presente em quase metade da amostra.
Todas possuíam dor na coluna a mais de 3 meses.
Na Figura 1, estão apresentados os resultados em relação ao quadro
álgico, onde foi utilizada a escala qualitativa de dor adaptada por Nusbaum19,20. O
desvio padrão na avaliação entre os grupos foi p=0,5 e na reavaliação p=0,0313,
indicando que ambos os grupos eram semelhantes antes da intervenção ao contrário
da reavaliação, onde os grupos apresentaram diferença estatística significativa. Na
análise feita com a amostra independente, o GE antes e após intervenção indicou
p=0,0078(p<0,05) e no GC o p>0,999(p>0,05). Mostrando assim que o resultado foi
positivo somente no grupo que realizou a intervenção.

Figura 1 – Escala qualitativa de dor adaptada de Nusbaum.

* Resultado final do grupo que recebeu intervenção.


# Comparação de ambos os grupos no final do estudo.
8

A Figura 2, mostra os resultados relativos ao Questionário de Roland


Morris19,21. Foi comparado ao GE antes e depois com p=0,0156(p<0,05) e o GC antes
e depois com p=0,6563 (p>0,05). Comparados os grupos entre si, os grupos antes o
p=0,2624 (p>0,05) e depois p=0,1505(p>0,05), expondo que o GE apresentou
melhora significativa no alivio da dor, porém não houve diferença estatística quando
comparados os grupos entre si.

Figura 2 – Questionário de Roland Morris para avaliar o grau de


incapacidade dos participantes com lombalgias.

* Resultado final do grupo que recebeu intervenção.

Ainda sobre os dados relacionados ao questionário de Roland Morris, estes


foram dispostos separadamente entre os GC e GE antes e depois. Referentes aos
dados assinalados no questionário de Roland Morris, percebemos que a maioria das
participantes, não se restringem a ficarem em casa a maior parte do tempo por causa
da dor na coluna, sendo assinalada então apenas por uma participante. Apenas duas
questões não foram assinaladas, estas eram referentes a, precisarem de ajuda para
se vestir e a relatarem diminuição do apetite por causa da dor.
A alternativa mais assinalada entre os dois grupos na avaliação, foi em
relação a grande frequência de mudança na posição, afim de aliviar a dor na coluna,
a diferença entre o antes e depois entre os grupos, foi bem importante pois no GC o
número permaneceu igual, sendo este 5 e já no GE esse número diminuiu de 7 para
3 ou seja, quase pela metade.
9

Quanto evitar trabalhos pesados antes e após a intervenção no GE, as


alternativas caíram significativamente de 6 para apenas 1. Em relação a duração da
dor, caiu de 3 para 0 o número de alternativas assinaladas, e a necessidade de usar
ajuda para se levantar da cadeira caiu de 4 para 1.
Fato curioso foi observado no GC, pois em algumas alternativas as
participantes assinalaram menos alternativas na avaliação e mais na reavaliação e
outras mais na avaliação e menos na reavaliação, indicando que em alguns aspectos
as participantes mostraram melhora e em outros uma piora. Tal fato pode ser
explicado pela mudança de percepção do próprio corpo nessas participantes, devido
a primeira palestra educacional sobre anatomia, biomecânica, função dos músculos,
seus movimentos e sua influência na coluna.
Quanto aos resultados entre as posições que mais causam dor estavam: a
sentada, em pé, deitado e andando, onde não houve diferença significativa entre as
posições antes e após a intervenção, tendo p>0,05. O mesmo aconteceu para o
horário de maior queixa de dor, sendo elas de manhã, a tarde e noite, obtendo p>0,05.
O estado de saúde relatado pelas pacientes entre, excelente, bom, médio ou ruim,
também não houve diferença significativa antes e após intervenção, sendo p>0,05.

DISCUSSÃO

A lombalgia crônica encontra-se mais prevalente na fase ativa da vida dos


indivíduos, mostrando-se contínua por longos períodos, podendo afetar
negativamente a qualidade de vidas dos acometidos3,13,17.
Os programas de educação postural, como a Back School não implicam
custos altos ao SUS, pois o material utilizado para tal tratamento é de fácil acesso e
aquisição22. Outro aspecto importante é que os participantes passam a ser agentes
multiplicadores do conhecimento e influenciam os familiares e amigos a se manterem
ativos e terem cuidados posturais22.
Assim como a nossa pesquisa teve a amostra composta apenas por
funcionários de uma empresa, tendo assim uma amostra mais homogênea, um projeto
semelhante foi realizado na Companhia de Telecomunicações do Estado da
Paraíba16, também usou o método Back School como forma de tratamento, utilizando
de exercícios de alongamentos, fortalecimento, informações teóricas e orientação
postural. A amostra foi composta por 12 operadores, sendo que 100% da população
10

aprovou o treinamento e 83,3% dos casos consideraram que este treinamento


influenciou suas vidas de forma positiva16.
Tal satisfação também foi relatada no estudo de Vélez23, realizado com 48
colaboradores do gênero masculino com idades de 22 a 55 anos, o autor usou o
método juntamente com o treinamento dos músculos estabilizadores da coluna
vertebral. Sabe-se que estes tem como função proporcionar estabilidade ao complexo
muscular da coluna lombar, evitar lesões musculoesqueléticas e melhorar a postura 23.
Em relação à pesquisa de satisfação, observou-se que 94% dos trabalhadores
relataram que o desenvolvimento desta técnica contribui para a redução da fadiga
muscular no nível lombar no final do dia útil e 96% indicam uma melhoria em relação
ao desempenho das atividades23.
Estes resultados, nos leva a interpretar que a implementação do método
através do treinamento dos músculos estabilizadores da coluna, contribui para a
prevenção e ou controle da dor lombar na população trabalhadora, desde que seja
garantido o desenvolvimento do mesmo de forma contínua 23. Em nosso estudo foi
usado o exercício de fortalecimento abdominal, deslocamento lateral de tronco e
respiração diafragmática, descritos detalhadamente no ANEXO 2, visando fortalecer
os músculos estabilizadores da coluna, auxiliando as participantes a desempenharem
melhor seu serviço.
Juntamente com o fortalecimento muscular também foi proposto em nosso
estudo, que as participantes alongassem certas musculaturas tais como, flexores e
extensores da coluna e a musculatura de membros inferiores, no trabalho de Ferreira
e Navega24 e Garcia8, realizaram um trabalho usando Back School, através de
capacitações teóricas e práticas. Nas atividades práticas foi trabalhado além da
manutenção de posturas adequadas nas atividades de vida diária, também foram
instruídas a realizar alongamentos e exercícios de fortalecimento muscular. O
estudo24 contou com 41 sujeitos que possuíam dor lombar há mais de 6 meses, sendo
observado melhora significativa no teste de Short-Form Health Survey (SF-36), após
uma semana de intervenção24.
No trabalho de revisão de Andrade10, ele cita um estudo realizado com 66
pacientes mulheres, auxiliares de enfermagem, estas foram divididas em dois grupos,
o grupo experimental, que durante cinco semanas realizou, educação ergonômica,
treinamento de transferência de pacientes e o valor do exercício 10. O grupo controle,
foi informado e orientado a não receber nenhuma intervenção durante o período da
11

pesquisa10. Os grupos citados por Andrade10 assim como em nosso estudo, foram
divididos igualmente, constituindo apenas pelo sexo feminino, sendo que o grupo
controle não recebeu intervenção. Ao final da pesquisa, concluíram que o grupo
experimental, obteve melhora significativa em relação ao grupo controle, tendo ainda
apresentado manutenção da melhora após seis meses de intervenção 10, fato
relevante para futuros estudos, pois as reincidias são comuns.
Segundo Mello25, quando o indivíduo tem apenas um episódio de dor
lombar, este se resolve em apenas algumas semanas para 90% dos indivíduos, no
entanto, no ano seguinte ao primeiro episódio, 60 a 80% dos acometidos apresentam
recidiva de dor lombar. A prevenção bem sucedida da dor lombar recorrente continua
a ser um desafio, pois não há um entendimento completo desta fragilidade para
recorrência25.
Alguns estudos8,22,24 procuram avaliar a eficácia da Back School
comparando este, com outras técnicas e programas de tratamento para dor lombar.
Por exemplo o estudo realizado por Garcia8, que comparou os métodos Back School
e Mckenzie. Participaram deste estudo 18 indivíduos com dor lombar crônica não
específica, sendo 14 mulheres e 4 homens, com faixa etária média de 49 anos8. Este
estudo apresentou melhora estatística na intensidade da dor já na quarta sessão de
tratamento, mostrando ainda que ambas as técnicas são benéficas a curto prazo8.
Para engrandecer nosso programa de exercícios, implementamos a flexão lateral,
extensão e flexão de tronco baseadas no Mackenzie, onde este se baseia em
exercícios com posturas sustentadas ou movimentos repetidos e inclui ainda
componente educacional8.
Outro estudo22 comparativo, foi realizado com 180 indivíduos, que também
foram divididos em grupos e comparados entre si, de acordo com a dor, incapacidade
funcional e qualidade de vida. Os programas usados para os tratamentos foram a
Back School, o Mantenha-se Ativo e a Fisioterapia convencional22. Os resultados
concluíram que, não houve diferença significativa entre os três grupos, apesar das
diferentes características de cada programa22. Outro aspecto interessante relatado
pelos participantes desta pesquisa, foi que em todos os protocolos usados houve
mudança de comportamento dos participantes, tornando-os mais ativos e conscientes
de seu tratamento22. Este resultado também foi constatado durante a reavaliação do
presente estudo, onde as participantes relataram ter realizado as orientações em casa
12

e no trabalho, principalmente quanto ao se abaixar, a posição de dormir e levantar da


cama.
Tana26 em sua pesquisa, dividiu sua amostra em dois grupos, 42 pessoas
fizeram parte do grupo experimental que seria tratado com as duas técnicas a Back
School associado com o tamping e o grupo controle contendo 33 indivíduos e tratados
somente com a Back School26. Os resultados demostraram que o uso da terapia
adicional, neste caso o tamping, não fez diferença na redução da dor ou no aumento
da funcionalidade e flexibilidade comparada ao grupo que só recebeu a Back School26.
De acordo com a revisão sistemática de Erasmus27, feita para avaliar a
efetividade do método Back School no tratamento de indivíduos com dor lombar
crônica não específica, mostrou que grande parte dos estudos apresentaram
resultados positivos a curto e médio prazo, para a redução da dor e melhora do
desempenho funcional11. Em nosso estudo a reavaliação se deu após 1 mês
realizando as atividades da cartilha de exercícios, e as participantes mostraram
interesse em querer continuar com a educação após o término da pesquisa, afim de
prevenir novos casos de dor lombar.
Reafirmando o que Weber22 disse em seu estudo, os participantes do
programa Back School, se tornam agentes multiplicadores do conhecimento. Tal fato
foi relato por uma participante da nossa pesquisa, onde referiu ter melhorado além da
dor lombar a sua dor de cabeça, ensinando ainda sua filha que tinha recém ganhado
bebê a também fazer as atividades aprendidas durante o estudo. Outra participante,
declarou fazer os alongamentos duas vezes por dia, e se sentia bem realizando tais
atividades, referiu ainda que conseguiu corrigir sua postura antálgica durante o
trabalho e em casa, e se encontrava sem nenhuma dor.
Ferreira24 diz, que são poucos os estudos que não encontram bons
resultados nos programas de Back School ou Escola de Postura, como é conhecida
no Brasil. No estudo apresentado por Oliveira et al.28, feito com 51 pacientes, não
foram encontrados benefícios nos requisitos relacionados a melhora da qualidade de
vida. Seus participantes avaliados demonstraram tendência ao isolamento, diminuição
da capacidade funcional, absenteísmo no trabalho e possível perda do espaço social
e profissional além da diminuição da virilidade, ainda assim foi observado uma
resposta positiva, onde 62% dos pacientes referiram ter saído do programa com dores
moderadas, embora houvesse episódios esporádicos de dor28. Foi apontado por
50,9% dos pacientes que o aprendizado foi importante para conseguirem desenvolver
13

suas atividades apesar da dor e 54,9% consideraram-se mais sociáveis e dispostos


a conviver em grupo28.
Uma das participantes do nosso estudo que compareceu em todas as
aulas, relatou não ter feito nenhum dia os exercícios propostos na pesquisa, porém os
resultados entre a avaliação e reavaliação da mesma mostraram que, a escala
qualitativa de dor passou de forte para moderada, seu estado de saúde mudou de
médio para bom e quanto ao questionário de Roland Morris, durante a avaliação a
participante assinalou 14 questões e na reavaliação apenas 9. Indicando que as
palestras educacionais foram de grande importância, pois de algum modo este
colaborou para a diminuição da dor lombar não específica dessa participante.
Oliveira28 afirma que, ao trabalhar em grupo os pacientes tiveram maior
dificuldade em aceitar suas limitações físicas e acabaram por apresentar diminuição
da autonomia, do poder e da autoridade, além da tendência à criação de estereótipos
de incapacidade. Fatos que não condizem com o resultado obtido no presente estudo,
e nos demais9,15–17,24,29 explanados no texto.
A maioria das participantes dos serviços gerais da Unisul, relataram realizar
diariamente os exercícios propostos pela pesquisa, ficando a critério das participantes
o horário, frequência e o lugar onde realizariam os exercícios da cartilha durante 1
mês. Os encontros semanais, eram descontraídos e as participantes interagiam umas
com as outras durante os exercícios e ainda riam de si, caso tinham dificuldade nos
alongamentos. Foi relatado para as participantes que frequência das atividades teria
que ser de preferência todos os dias, porém por se tratar de uma amostra
exclusivamente feminina e está possuir uma carga horaria extra em casa, pediu-se
que realizassem os exercícios com satisfação, e a execução deste poderia aliviar a
sua dor lombar.
A Back School, usado como método de tratamento nesta pesquisa, provou
ser eficaz para a redução da dor lombar nos funcionários de limpeza da Unisul. É de
grande importância sempre seguir as diretrizes básicas da Back School, que visam à
educação dos pacientes sobre os diversos problemas de coluna, orientando-os a
aceitarem como responsabilidade de cada um o seu tratamento e se tornarem
participantes ativos e não meros receptivos e observadores do processo.
Se tratando de um método barato e de fácil aplicabilidade quanto a horário
e local, as participantes mostraram um interesse grande sobre os exercícios, mas a
14

adesão do tratamento pelos indivíduos ainda é um desafio. Por este fato, a educação
é tão importante para que essa adesão ocorra.
A saúde ou a doença é vista e compreendida pela sociedade
contemporânea, como responsabilidade e atribuição individual28, ou ainda segundo
Ferreira24, a conscientização de que o indivíduo é o principal agente de promoção da
própria saúde. Caso observado, por duas participantes que declararam realizar os
exercícios com frequência média, porém seguiram à risca as orientações posturais, e
como resultado relataram uma melhora significativa em relação a dor lombar mais não
a extinção da mesma.
O alto impacto econômico no tratamento das lombalgias tem sido ainda
maior que em muitas outras morbidades, tanto do ponto de vista clínico como na
perspectiva da previdência social, com gastos de licenças médicas, indenizações e
aposentadorias22.
Vários artigos8–10,16,17,24,27 explanados em nosso estudo e o resultado do
mesmo, indicam que a intervenção Back School auxilia sim na redução da dor lombar,
podendo ainda ser usada como forma de tratamento e prevenção, além de se tratar
de um programa com baixo custo de aplicabilidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos neste estudo, dados em condições experimentais,


permitem concluir que o programa é benéfico aos participantes, tendo melhorado seu
quadro de dor lombar. Outro aspecto interessante observado foi a adesão pelo
tratamento, por ser educativo e incentivador do autocuidado e da autogestão,
apresenta uma vantagem adicional em relação aos programas terapêuticos
convencionais, pois torna estes indivíduos colaboradores do seu próprio tratamento.
Parte do impacto positivo obtido na pesquisa, se deu ao apoio dos
executivos da empresa que garantiram o atendimento dos trabalhadores a todas as
atividades planejadas. Concluindo então que, as medidas ergonômicas, educacionais
e laborais, são de enorme importância tanto para o trabalhador quanto para a
empresa, não só em termos de lucro mas também no aspecto social.
Ainda assim, sugere-se a realização de mais estudos controlados,
aleatórios e de longo prazo, para melhor avaliar a efetividade do método em questão
e quais os indivíduos que poderão ou não se beneficiar da técnica.
15

AGRADECIMENTOS: A empresa Seguridade, principalmente a Camila Ribeiro,


gerente da filial em Tubarão e a Ivonete Laureth, coordenadora do setor, por serem
pacientes e colaborarem com a pesquisa e, a todas as outras pessoas que de algum
modo contribuíram para a realização desta pesquisa. Estudo desenvolvido na Clínica
Escola de Fisioterapia Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

REFERÊNCIAS

1. Tolosa-guzmán I, Romero ZC, Mora MP. Predicción clínica del dolor lumbar
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18
19
20

ANEXO 3 - Questionário De Roland Morris

Questionário De Roland Morris

Quando suas costas doem você pode achar difícil fazer coisas que normalmente fazia. Esta
lista contém frases de pessoas descrevendo a si mesma quando sentem dor nas costas.
À medida que você lê estas frases, pense em você hoje e marque com X a sentença que
descreve você hoje.

1- Fico em casa a maior parte do tempo devido a minha coluna.


2- Eu mudo de posição frequentemente para tentar aliviar minha coluna.
3- Eu ando mais lentamente do que o meu normal por causa de minha coluna.
4- Por causa de minhas costas não estou fazendo nenhum dos trabalhos que fazia
em minha casa.
5- Por causa de minhas costas, eu uso um corrimão para subir escadas.
6- Por causa de minhas costas, eu deito para descansar mais frequentemente.
7- Por causa de minhas costas, eu necessito de apoio para levantar-me de uma
cadeira.
8- Por causa de minhas costas, eu tento arranjar pessoas para fazerem coisas para
mim.
9- Eu me visto mais lentamente do que o usual, por causa de minhas costas.
10- Eu fico de pé por períodos curtos, por causa de minhas costas.
11- Por causa de minhas costas, eu procuro não me curvar ou agachar.
12- Eu acho difícil sair de uma cadeira, por causa de minhas costas.
13- Minhas costas doem a maior parte do tempo.
14- Eu acho difícil me virar na cama por causa de minhas costas.
15- Meu apetite não é bom por causa de dor nas costas.
16- Tenho problemas para causar meias devido a dor nas minhas costas.
17- Só consigo andar distâncias curtas por causa de minhas costas.
18- Durmo pior de barriga para cima.
19- Devido a minha dor nas costas, preciso de ajuda para me vestir.
20- Eu fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas.
21- Eu evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas.
22- Devido a minha dor nas costas fico mais irritado e de mau humor com as
pessoas, do que normalmente.
23- Por causa de minhas costas, subo escadas mais devagar do que o usual.
24- Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas.
O resultado é o número de itens marcados, i.e, de um mínimo de 0 a um máximo de 24.

Fonte: Monteiro, Faísca, Nunes, Hipólito21.


21

APÊNDICE 1 - Ficha De Avaliação

FICHA DE AVALIAÇÃO

Nome: _____________________________________________________________
Data de Nasc:___________________ Idade:_________
Sexo: ( ) F ( ) M Telefones:_____________

1. Trabalha na empresa há mais de 1 ano: ( ) SIM ( ) NÃO


2. Tem outro emprego além de serviços gerais na UNISUL: ( ) SIM ( ) NÃO
3. Já realizou alguma cirurgia na coluna:( ) SIM ( ) NÃO
4. Sente dor na coluna há mais de 3 meses: ( ) SIM ( ) NÃO
5. Tomou algum anti-inflamatório continuamente nos três meses: ( ) SIM ( ) NÃO
6. Faz uso contínuo de antidepressivos: ( ) SIM ( ) NÃO
7. Está grávida: ( ) SIM ( ) NÃO
8. Sente dor na região lombar em cima das nádegas: ( ) SIM ( ) NÃO
9. Qual posição dói mais sua coluna: ( ) Sentada ( )De pé ( ) Deitada ( )Andando
10. Sua coluna dói mais em que período do dia: ( ) De manhã ( )A tarde ( ) Á noite
11. Você toma algum remédio para dormir: ( ) SIM ( ) NÃO
12. Você considera seu estado de saúde: ( )Excelente ( ) Bom ( ) Médio ( ) Ruim
13. Você considera sua dor:
Quadro 5 - Escala qualitativa de dor adaptada por Nusbaum
0 Sem dor
1 Dor leve
2 Dor moderada
3 Dor Forte
4 Dor muito Forte
5 Dor quase insuportável
Fonte: Guimarães20.

_________________________ ____________________________
Tatiane Ghisi Mendes Clarissa Niero Moraes
Pesquisadora Pesquisadora

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2017.


22

APÊNDICE 2 – Cartilha de exercícios e Diário de avaliação

Fonte: Autoras, 2017.

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