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AVALIAÇÃO DA DISFUNÇÃO SACROILÍACA EM PROFISSIONAIS DA


EDUCAÇÃO INFANTIL

EVALUATION OF SACROILIAC DYSFUNCTION IN CHILD EDUCATION PROFESSIONALS

Cristine Schott Mahlke Gund1, Clarissa Niero Moraes2

1Discente do curso de Fisioterapia Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil.
2Docente do curso de Fisioterapia Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, SC, Brasil.

RESUMO
___________________________________________________________________

Introdução: Nas atividades laborais, os profissionais da educação infantil estão


expostos a fatores de risco para o surgimento de desordens musculoesqueléticas. Um
possível distúrbio que pode se apresentar é a disfunção sacroilíaca. Objetivo:
Caracterizar a disfunção sacroilíaca nestes profissionais, analisar as posturas laborais
e as dores, mensurando os sintomas osteomusculares. Materiais e métodos:
Participaram 28 profissionais de educação infantil do Colégio Dehon, Tubarão/SC. Os
aspectos analisados foram: disfunções sacroilíacas, comparação dos resultados
intertestes (Gillet, Flexão em pé e Downing), padrões de dor musculoesquelética, e
posturas laborais mais frequentes. Para a análise das variáveis, foram empregados
testes não-paramétricos (Teste Friedman e Teste de múltiplas comparações de Dunn)
para amostras pareadas, com nível de significância de 5%. Resultados: Ao analisar
o posicionamento da articulação sacroilíaca, constatou-se prevalência da disfunção
em anteriorização do ilíaco em todos os testes de mobilidade, e posicionamento do
sacro com maior incidência em posteriorização. Não foi constatada diferença
estatística significativa entre os testes de mobilidade realizados. O quadro álgico mais
relatado foi a região inferior das costas (43%). As posturas que necessitam
intervenção imediata são: agachar, ajoelhar e pegar crianças/objetos do solo.
Considerações finais: Aplicados em conjunto, os testes apresentaram um
diagnóstico de boa confiabilidade. Perante os resultados, as posturas adotadas pelas
educadoras podem causar dores, fadiga e estresse. Isso se deve especialmente pelo
mobiliário da sala e por posturas inadequadas. Portanto, a escola é um campo de
2

atuação para o fisioterapeuta, para aplicação dos conhecimentos fisioterapêuticos e


ergonômicos.

Palavras-Chaves: Articulação sacroilíaca. Disfunção. Ergonomia. Dor. Educação


infantil.
__________________________________________________________________

ABSTRACT
___________________________________________________________________

Introduction: In work activities, nursery education professionals are exposed to risk


factors for the development of musculoskeletal disorders. A possible disorder that may
occur is sacroiliac dysfunction. Objective: To characterize the sacroiliac dysfunction
in these professionals, to analyze the work postures and the pain, measuring the
musculoskeletal symptoms. Materials and methods: Twenty-eight nursery school
professionals from the Dehon High School, Tubarão/SC participated. The aspects
analyzed were: sacroiliac dysfunctions, comparison of the intertest results (Gillet,
Standing Flexion and Downing), patterns of musculoskeletal pain, and more frequent
work positions. For the analysis of the variables, non-parametric tests (Friedman test
and Dunn's multiple comparisons test) were used for paired samples, with a
significance level of 5%. Results: Analyzing the positioning of the sacroiliac joint, the
prevalence of dysfunction in iliac anteriority was verified in all mobility tests, and
positioning of the sacrum with a higher incidence of posteriorisation. There was no
statistically significant difference between the mobility tests performed. The most
reported pain was the lower back (43%). The postures that need immediate
intervention are: squatting, kneeling and picking up children / objects from the ground.
Final considerations: When applied together, the tests presented a diagnosis of good
reliability. Given the results, the postures adopted by the educators can cause pain,
fatigue and stress. This is especially true for room furniture and improper postures.
Therefore, the school is a field of action for the physiotherapist, for the application of
physiotherapeutic and ergonomic resources.

Key Words: Sacroiliac joint. Disfunction. Ergonomics. Pain. Early childhood


education.
___________________________________________________________________
3

INTRODUÇÃO

A educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica 1.


Tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social1,2. É de grande importância no
contexto da educação, pois é o início do preparo para o exercício da cidadania1,2.
No decorrer de suas atividades laborais, os profissionais da educação
infantil estão expostos a fatores de risco para o surgimento de desordens e dores
musculoesqueléticas3,4. Geralmente as posturas adotadas por estes profissionais são
inadequadas4, podendo acarretar lesões, especialmente pelo fato do mobiliário ser
adaptado aos padrões antropométricos dos alunos, e não dos professores3. Os
aspectos físicos de uma sala de aula utilizada por crianças são completamente
diferentes das salas de aula voltadas a adultos, fato que interfere negativamente na
atuação dos profissionais, acentuando os sintomas osteomusculares 3,5.
Diferentemente da prática em outras séries de ensino, o profissional que
atua na educação infantil, necessita de um maior contato físico com seus alunos, pelo
fato de serem crianças com uma maior dependência para executarem certas
atividades2. Durante as atividades laborais, o mesmo realiza tarefas específicas, como
carregar crianças no colo, levantá-las do chão, agachar, ajoelhar, curvar-se, para
deste modo acompanhar as atividades escolares dos alunos2. Esta sobrecarga diária,
aliada às condições físicas, mecânicas e psíquicas adversas, representa fatores de
risco para o desenvolvimento de distúrbios musculoesqueléticos2,6.
Um dos possíveis distúrbios musculoesqueléticos que estes profissionais
podem apresentar é a disfunção sacroilíaca, que é definida como a dor na articulação
sacroilíaca, ou em torno dela, devido a alterações na sua mobilidade7. Esta
perturbação caracteriza-se por anormalidades biomecânicas do posicionamento
anatômico em uma ou ambas articulações sacroilíacas, e dentre estas, o
comprometimento da mobilidade, fixação, subluxação e mau alinhamento8.
O diagnóstico clínico das disfunções, na maioria dos casos, é realizado,
inicialmente através de coleta da história clínica e exame físico, mediante testes
específicos9,10. Os testes de palpação do movimento articular têm a finalidade de
avaliar a mobilidade e a simetria articulares9,10. Já os testes de provocação da dor
avaliam se as estruturas articulares que estão sendo forçadas são fontes de dor9,10.
4

Considerando que na pré-escola as rotinas de trabalho são diferentes das


realizadas em outros níveis de ensino, é de grande importância o conhecimento da
jornada de trabalho e suas repercussões na saúde destes profissionais, a fim de sanar
as carências de estudos existentes para esta população específica. Neste sentido, é
importante verificar se as atividades laborais destes profissionais podem ser um fator
causador de disfunção sacroilíaca, bem como obter um melhor entendimento a
respeito da fisiopatologia das dores osteomusculares durante a jornada de trabalho 2.
Perante o exposto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a disfunção
sacroilíaca em profissionais da educação infantil. Complementando, os objetivos
específicos compreenderam: caracterizar a disfunção sacroilíaca; comparar os
resultados intertestes Gillet, Flexão em pé e Downing; observar as posturas realizadas
durante atividades laborais; e analisar as dores musculoesqueléticas mensurando os
sintomas osteomusculares decorrentes do exercício da função.

MATERIAIS E MÉTODOS

Esta é uma pesquisa do tipo explicativa descritiva, com corte transversal,


de abordagem qualitativa e quantitativa.
Foram avaliados 31 profissionais atuantes na educação infantil, dos
períodos matutino e vespertino do Colégio Dehon da cidade de Tubarão-SC. Destas,
28 atenderam aos critérios de inclusão, que foram: professoras e auxiliares de sala do
sexo feminino dos períodos matutino e vespertino, que exerçam a profissão há pelo
menos 6 meses. Os critérios de exclusão foram: profissionais da educação infantil que
exerçam a profissão há menos de 6 meses, gestantes, tenham realizado alguma
cirurgia de quadril, coluna vertebral e membros inferiores nos últimos 5 anos, possuam
órtese de quadril ou coluna vertebral, fizeram uso de anti-inflamatório ou analgésico
na semana anterior a avaliação, estejam em algum tipo de afastamento ou licença no
período de recolhimento de dados.
O presente estudo recebeu aprovação pelo comitê de ética em pesquisa
da instituição envolvida com parecer nº 1.880.603. Todas as voluntárias assinaram
previamente o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), após serem
elucidados quanto aos procedimentos realizados no estudo.
5

Foi realizada uma avaliação individual, na qual foi entregue o Questionário


Nórdico (Cross-cultural Adaptation of the Nordic Musculoskeletal Questionnaire)11
(Anexo A), através dele foram investigadas as questões relativas aos sintomas
musculoesqueléticos, com o objetivo de quantificar as regiões acometidas pela
sintomatologia musculoesquelética relacionada com o trabalho e graduar a
intensidade da dor11,12. Em seguida foram aplicados os testes de mobilidade e
provocativos para avaliação da articulação sacroilíaca, sendo eles: Gillet, Flexão em
pé, Downing, Distração, Compressão e Gaenslen13-16. Estes testes foram aplicados
pela mesma avaliadora e padronizados da seguinte forma:
a) Teste de flexão em pé: avaliado em pé, com os pés afastados
equivalentes a largura dos ombros, pés paralelos17, com seu peso
corporal distribuído igualmente sobre ambos os membros inferiores17. O
examinador realiza a palpação das duas espinhas ilíacas póstero-
superiores (EIPS), e solicita-se ao avaliado flexionar o tronco para frente
o máximo que puder mantendo os joelhos estendidos 17,18. A assimetria
do movimento para cima de uma das EIPS indica uma disfunção
ilíaca17,18. O teste será considerado positivo quando o movimento das
EIPS for diferente um do outro, isto é, quando ocorrer um movimento
mais para cima ou antecipado em relação ao outro lado, isso sugere a
possibilidade de hipomobilidade sacroilíaca, sendo o lado que se move
em direção superior é o hipomóvel17-19.
b) Teste de Gillet: avaliado fica em pé, de frente a uma parede sobre a qual
repousa as mãos19. Para avaliar a parte superior esquerda da articulação
o examinador posiciona o polegar esquerdo sobre a EIPS do mesmo
lado e o outro polegar sobre a crista sacral20. Estabelecidos os contatos,
o avaliado eleva vagarosamente o membro homolateral com o joelho
flexionado até atingir 90º de flexão do quadril20. Após retornar o membro
homolateral à posição inicial, o procedimento é repetido com os mesmos
contatos manuais, porém com elevação do membro contralateral 20.
Quando o sujeito eleva a perna homolateral o examinador está a avaliar
a mobilidade do ilíaco em relação ao sacro20. Nesta condição esperamos
que haja um movimento em sentindo caudal do polegar esquerdo do
examinador20. Caso o polegar se mantenha na mesma posição ou
execute um movimento cranial, sendo interpretado como uma fixação
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ilíaca superior19,20. Quando o sujeito eleva a perna contralateral o


examinador avalia o movimento da base sacral em relação ao ilíaco19,20.
Neste momento esperamos que o polegar direito do examinador realize
um movimento caudal20. A manutenção do polegar na mesma posição
ou sua movimentação em sentido cranial representa uma fixação da
parte superior esquerda do sacro19,20. Para avaliar a mobilidade sobre a
parte articular inferior esquerda, o avaliador posiciona o polegar direito
sobre a crista sacral e o polegar esquerdo EIPS do ilíaco esquerdo 19,20.
c) Teste de Downing: o avaliado deitado em decúbito dorsal, o avaliador ao
lado da pelve do avaliado realiza passivamente uma flexão de joelho e
quadril a 90º18. A mão cefálica segura o joelho e a mão caudal segura o
pé do sujeito18. O terapeuta realiza uma rotação interna de quadril,
abdução e extensão do membro inferior, e a perna ficará mais curta,
onde o ilíaco gira posteriormente18. Na segunda etapa do teste, o
avaliado permanece na mesma posição da manobra anterior, porém, o
terapeuta realiza uma rotação externa de quadril, adução e extensão do
membro inferior e a perna ficará mais longa, ou seja, o ilíaco gira
anteriormente18. Define a disfunção ilíaca em posterioridade ou
anterioridade, também define a associação da disfunção ilíaca com a
alteração dos movimentos fisiológicos da rotação anterior ou posterior
da perna testada21.
d) Teste de Gaenslen: o avaliado em posição supina, na lateral da maca,
de forma que um dos membros inferiores pudesse ser hiperestendido
(perna em teste)22. O avaliado flexiona o quadril e o joelho direito até o
máximo possível, enquanto o esquerdo fica estendido fora da maca22. O
examinador estabiliza a pelve enquanto estende o quadril da perna em
teste22. A manobra será repetida flexionando o membro esquerdo22. A
manifestação de dor sobre uma das articulações sacroilíacas (ASI)
define a positividade do teste22.
e) Teste de compressão: avaliado em decúbito lateral, serão flexionados os
quadris e os joelhos a 90°19. O examinador, ajoelhado sobre a maca,
aplica uma força verticalmente em direção descendente sobre a região
superior da crista ilíaca, mantendo os cotovelos estendidos 22. A prova
será realizada em decúbito lateral direto e esquerdo. O movimento causa
7

pressão para a frente sobre o sacro, assim a sensação de pressão ou


dor na região posterior indica uma possível lesão sacroilíaca ou a lesão
dos ligamentos sacroilíacos posteriores, ou ambos22. A manifestação de
dor sobre uma das ASI define a positividade do teste19.
f) Distração: avaliado em decúbito dorsal, o examinador se posiciona ao
lado do mesmo19. Examinador aplica uma força sobre as espinhas
ilíacas anterossuperiores com os braços cruzados, em seguida aplica
uma força póstero-lateral na cintura pélvica, causando uma força em
tração na parte anterior da ASI e da sínfise púbica, comprimindo as
estruturas posteriores, o ligamento sacroilíaco anterior mais
especificamente19. A pressão é mantida por 20 segundos, enquanto isso
o examinador observa a intensidade e o local da dor 19. A manifestação
de dor sobre uma das ASI define a positividade do teste19.
Mediante observação direta, foi realizada a análise postural durante as
atividades laborais das profissionais, através da aplicação do Método OWAS (Ovako
Working Posture Analysing System)23 (Anexo B e C). Este método realiza avaliações
baseadas na nocividade de determinadas posturas mantidas por trabalhadores
durante a realização de suas atividades em um posto de trabalho, determinando ações
específicas para minimizar as consequências prejudiciais23,24. O objetivo é gerar
informações para melhorar os métodos de trabalho, identificando posturas corporais
prejudiciais durante a realização das atividades laborais23.
Nesta etapa foram realizadas cinco observações, todas pela mesma
avaliadora. Com isso foram selecionadas seis posturas com maior frequência:
agachamento, ajoelhado, em pé, organização da sala, sentado e pegando
crianças/objetos do solo. Após a seleção das posturas, foram realizadas mais cinco
observações para caracterizar o nível de intervenção de cada uma25.
Os dados obtidos foram inseridos em um banco de dados eletrônico do
programa Excel® da Microsoft® e transportados para o Software Graphpad Prism
7.03, para análise estatística. Para comparação das médias, foram utilizados o Teste
Friedman e o teste de múltiplas comparações de Dunn, com amostras não-
paramétricas pareadas. Adotou-se um nível de significância de 5%.
8

RESULTADOS

Após a avaliação das 28 participantes, analisou-se o posicionamento da


articulação sacroilíaca, identificando em todos os testes de mobilidade, a
predominância da disfunção em anteriorização do ilíaco. No teste de Gillet, para
avaliação do sacro, foi constatada maior prevalência do desvio em posteriorização.
No teste de Flexão em pé, restou mais frequente a anteriorização do ilíaco, observada
de forma bilateral. Já no teste de Downing, foi verificada uma falta de mobilidade na
sacroilíaca, com índice de 21% no membro direito e 29% no membro esquerdo,
conforme quadro 1.

Quadro 1: Resultados testes de mobilidade


Gillet
Sacro Direito Caudal 86%†
Sacro Direito Cranial 14%
Sacro Esquerdo Caudal 86%†
Sacro Esquerdo Cranial 14%
Ilíaco Direito Caudal 21%
Ilíaco Direito Cranial 79%*
Ilíaco Esquerdo Caudal 46%
Ilíaco Esquerdo Cranial 54%*
Flexão em pé
Anteriorização Ilíaco D 68%*
Anteriorização Ilíaco E 61%*
Posteriorização Ilíaco D 32%
Posteriorização Ilíaco E 39%
Downing
Posteriorização ilíaco D 29%
Anteriorização ilíaco D 50%*
Ilíaco D sem mobilidade 21%
Posteriorização ilíaco E 29%
Anteriorização ilíaco E 43%*
Ilíaco E sem mobilidade 29%
* Anteriorização do ilíaco.
† Posteriorização do sacro.

Quanto aos testes provocativos de avaliação da disfunção sacroilíaca,


apenas quatro profissionais tiveram resultado positivo em algum dos testes
(Gaenslen, Distração e Compressão), não havendo dados com significância
estatística (p>0,05).
9

Mediante comparação dos resultados dos testes Gillet, Flexão em pé e


Downing (Figuras 1 e 2), não foi observada diferença estatística significativa entre os
resultados dos testes de mobilidade. Apesar de o teste de Downing apresentar uma
terceira variável (sem mobilidade), ele apresenta um resultado próximo aos outros
testes. Na aplicação do teste de múltiplas comparações de Dunn, não foi constatada
uma diferença entre os resultados dos testes p>0,05.

Figura 1: Comparação intertestes Gillet, Flexão em pé e Downing


para ilíaco anteriorizado.

Figura 2: Comparação intertestes Gillet, Flexão em pé e Downing


para ilíaco posteriorizado.

Em relação ao quadro álgico relatado pelas profissionais no Questionário


Nórdico, apresentado na Figura 3, a maior incidência de dor ocorreu na parte inferior
das costas, com 43%, seguido da parte superior das costas e joelhos, ambas com
10

29%. As regiões dos tornozelos/pés e cotovelos não apresentaram relato de quadro


doloroso.

Figura 3: Avaliação do quadro álgico através do Questionário Nórdico.

JOELHOS 29%

QUADRIL/COXAS 14%

PUNHOS/MÃOS 14%

PARTE INF. COSTAS 43%

PARTE SUP.COSTAS 29%

OMBROS 25%

PESCOÇO 21%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

No que tange à análise das posturas laborais, foi utilizado um diagrama


ilustrativo do Método OWAS (Anexo B), para observação das atividades exercidas,
para assim caracterizar as posturas mais frequentes e o respectivo grau de risco. Para
a graduação da categoria de ação, o Método OWAS classifica em quatro níveis de
ação, onde esta divisão objetiva graduar o risco ergonômico da atividade em análise
(Anexo C).
Foram selecionadas e analisadas seis posturas laborais (Quadro 02), onde
as que apresentaram um maior grau de risco, necessitando de intervenção e
modificação imediatas, foram: agachamento, ajoelhado e pegando crianças/objetos
do solo, com categoria de ação 4.

Quadro 02: Análise postural pelo Método OWAS.

Categoria
Atividade Costas Braços Pernas Carga
de ação
Agachamento 3 1 5 1 4*

Ajoelhado 4 1 6 1 4*

Em pé 2 1 7 1 2

Organização da sala 2 2 5 1 3

Sentado 2 1 1 1 2
11

Pegando crianças/objetos do solo 4 1 4 2 4*


* Intervenção e modificação imediatas.

DISCUSSÃO

O diagnóstico clínico de dor na cintura pélvica de origem sacroilíaca é difícil,


devido à existência de inúmeros testes clínicos13. Atualmente, os bloqueios
anestésicos duplos da articulação são considerados eficazes no diagnóstico, no
entanto, apenas para diagnosticar patologia intra-articular, não para verificar o
aparelho ligamentar que circunda a articulação como um todo13.
Testes provocativos são considerados “padrão ouro” clínico, pois são testes
com especificidade e sensibilidade superior a 60%26. Eles envolvem toda estrutura
adjacente à sacroilíaca, para diagnosticar qualquer disfunção existente10. Já os testes
de mobilidade, quando aplicados de forma individual, demonstraram confiabilidade
moderada a substancial, e excelente, quando aplicados em conjunto (composto de
três ou mais testes de mobilidade com dois ou mais testes de provocação)9,13,27. Para
maior confiabilidade do resultado, é recomendado utilizar uma série de testes, com
uma proporção mínima de testes positivos, tais como dois de quatro ou três de
cinco9,13,27. No estudo em questão, os testes provocativos não apresentaram resultado
significativo na avaliação da disfunção sacroilíaca, apenas 4 profissionais tiveram
positividade em algum dos testes (Gaenslen, Distração e Compressão), mas nos
testes de mobilidade, todos os profissionais apresentaram alguma alteração.
Estudos buscam avaliar a confiabilidade e especificidade dos testes de
mobilidade e provocativos9,10,27. Um estudo de 2014, avaliou 30 universitários, com e
sem queixa de dor sacroilíaca, foi possível determinar o grau de confiabilidade
interexaminador e interteste dos testes flexão em pé (TFP), flexão sentada (TFS),
Gillet para ílio (TGI) e Gillet para sacro (TGS). Quanto à confiabilidade interteste, a
associação entre o teste TFP e TGI, e entre TFS e TGS, pelos valores de Kappa,
demonstrou resultados insignificantes. A conclusão foi que não existe uma
confiabilidade significativa intraexaminadores e intratestes para avaliar o mesmo tipo
de disfunção sacroilíaca14.
No presente estudo, através da análise estatística - testes de Friedman e
de múltiplas comparações de Dunn - foi constatada uma diferença não significativa
entre o resultado dos testes de Gillet, Flexão em pé e Downing, resultando em p>0,05
12

em todas as comparações. O nível de confiabilidade apresentado pelos outros


estudos, pode ser justificado por uma maior experiência em usar esses testes,
resultando em uma confiabilidade interexaminador mais baixa, em comparação com
a confiabilidade dos testes realizados por profissionais iniciantes28.
Neste estudo, em todos os testes de mobilidade, foi constatada uma maior
incidência do desvio em anteriorização do ilíaco e um desvio em posterioridade no
sacro. O ilíaco em anterioridade causa a inclinação anterior da pelve e uma
hiperextensão da coluna lombar, a qual se inclina para frente, aumentando a curvatura
da lordose19,22. Esse movimento de anteriorização pode ser causado pelo espasmo
dos músculos espinhais lombares, reto femoral e adutores de quadril, além de
contraturas musculares, disfunção das curvas fisiológicas19,22.
Resultado diferente foi constatado na avaliação de 20 atletas jogadores de
futebol, o qual objetivou identificar possíveis disfunções ilíacas mediante aplicação
dos testes Gillet, flexão em pé e Downing, tratá-las, e analisar sua influência sobre a
morfotipologia plantar21. Os testes constataram que 80% dos atletas manifestaram
disfunção em posterioridade, e 20% possuíam disfunção em anterioridade21. Entre os
atletas analisados, 53% apresentaram disfunção em hemipelve posterior à esquerda,
27% disfunção em hemipelve posterior à direita, e 20% disfunção em hemipelve
anterior à esquerda21. No presente estudo, foi constatada uma prevalência da
disfunção em anteriorização do ilíaco em todos os testes de mobilidade. No teste de
Flexão em pé e Gillet para ilíaco, houve maior prevalência da anteriorização do ilíaco,
observado de forma bilateral. No teste de Gillet para o sacro, foi verificada maior
incidência do desvio em posteriorização. Já no teste de Downing para ilíaco, houve
uma ocorrência grande de falta de mobilidade, com índice de 21% no membro direito
e 29% no membro esquerdo.
Oliveira e Bigolin (2011)16 em sua pesquisa corrobora com os resultados
obtidos, aplicada em 62 sujeitos de ambos os gêneros, que trabalham sentados em
um departamento administrativo, avaliou a relação da dor lombar com a mobilidade
sacroilíaca, perante aplicação dos testes de flexão em pé, dos polegares ascendentes
sentado, Gillet e Downing, a fim de verificar disfunções ilíacas16. Destes, 54
apresentaram disfunção ilíaca, 31 com disfunção à esquerda16. As fixações sacrais
foram confirmadas em 24 trabalhadores, a maioria do lado esquerdo16. Foi observada
posteriorização do ilíaco em 29, e anteriorização em 22 dos avaliados. Concluíram
13

que somente um dos trabalhadores não apresentou disfunção ilíaca, sendo a maioria
das lesões, do lado esquerdo, e 55% das disfunções ilíacas foram em anterioridade16.
Resultado semelhante foi verificado em avaliação da ASI de 50
universitários perante aplicação do teste Gillet, com análise da pressão plantar no
retropé e manipulação do ilíaco, para os que apresentaram disfunção8. Nesta
pesquisa, constatou-se que 84% apresentaram disfunção anterior no ilíaco, 14%
posterior, e 2% na forma mista8. Com relação à localização, 65% da amostra
apresentou disfunção no lado esquerdo, enquanto 32% apresentou no lado direito;
apenas 3% apresentou em ambos os lados8.
Na presente pesquisa, o teste de Downing constatou um alto índice de
imobilidade no ilíaco: 21% da amostra apresentou o ilíaco direito sem mobilidade, e
29% no esquerdo. Considerando que a ASI recebe cargas elevadas durante as
atividades funcionais, o mecanismo de autobloqueio age para restringir sua
mobilidade19. Quando o sacro realiza o movimento de nutação entre os ilíacos, este
mecanismo tenciona os ligamentos sacrisquiáticos, sacro espinais, sacroilíacos
posteriores e sacroilíacos anteriores, sendo que, para a mobilidade normal e
integridade anátomo-fisiológica, são necessárias cadeias musculares harmoniosas e
articulações sem estresse19.
Na análise postural, com aplicação do Método OWAS, observou-se neste
estudo que a postura adotada com maior frequência foi de leve flexão com rotação do
tronco, tanto na posição agachada quanto ajoelhada e sentada. A coluna já fletida
durante os movimentos de flexão, extensão e flexão lateral, provoca estresse
compressivo de um lado dos discos intervertebrais, e estresse de tração do outro
lado23. Já quando é forçada a rotação na coluna, cria-se um estresse tangencial23. Em
decorrência disso, até atividades moderadas são suscetíveis de causarem dores
lombares23.
Outro fator que acarreta sobrecarga corporal, é a utilização, pelas
profissionais de educação infantil, de móveis adaptados aos padrões antropométricos
das crianças2,23, especialmente no que tange à postura durante as atividades
laborais2,29.
Outra avaliação realizada com professores da educação infantil, que
identificou e analisou as posturas mais frequentes na realização das atividades
laborais, constatou, mediante utilização do método OWAS, que dentre as 40 posturas
analisadas, 32,5% se encaixam na categoria 1; 55% posturas na categoria 2; 10% na
14

categoria 3 e apenas 2,5% na categoria 429. Ou seja, 67,5% do total necessitam de


intervenção ergonômica29. Portanto, comprova-se que as condições de trabalho pela
falta de adaptação organizacional e as posturas adotadas pelos trabalhadores são
fatores de risco que podem provocar distúrbios musculoesqueléticos2,29,30. Nas
profissionais avaliadas no presente estudo, conseguimos observar que o risco
postural é maior, pelo fato da maioria das posturas estar na categoria 4. Isso mostra
que as profissionais da educação infantil necessitam de uma maior atenção em suas
atividades laborais.
Do mesmo modo, uma pesquisa realizada com 116 profissionais da
educação infantil2. 66,7% dos participantes relatou trabalhar em posturas incômodas
ou viciosas, geralmente agachada e em pé2. Professores e auxiliares que executam
suas atividades com crianças pequenas passam aproximadamente 25% do tempo nas
posições agachada, ajoelhada ou sentada no chão2. Estas profissionais realizam a
postura de pegar as crianças no colo de forma inadequada, utilizando excessivamente
a musculatura do dorso, gerando sobrecarga2. Na mesma pesquisa, 40,5% dos
entrevistados consideraram o mobiliário do local de trabalho inadequado, fato que
contribui para a ocorrência de posturas lesivas2. Os padrões de dor relatado perante
aplicação do Questionário Nórdico nestas profissionais, quanto à presença de
sintomas musculoesqueléticos no último ano, verificaram que a maioria apresenta
desconforto e/ou dor nas regiões da coluna lombar (75,7%), pescoço (62,6%), coluna
torácica (57,6%) e ombros (56,8%)2.
Outra pesquisa, realizada com profissionais de Ensino Fundamental, que
utilizou o Questionário Nórdico para identificar a ocorrência de sintomas
osteomusculares, constatou que as regiões mais afetadas são a coluna vertebral, os
ombros, os punhos e as mãos24.
Perante avaliação de 4.496 professores de ensino fundamental, analisando
a dor musculoesquelética em três regiões corporais - membros inferiores, membros
superiores e no dorso, a predominância foi de 41,1% nos membros inferiores, 41,1%
no dorso e 23,7% nos membros superiores4. Resultado compatível foi verificado em
outro estudo, que avaliou 320 professores de seis escolas de ensino fundamental31.
Destes, 79,7% apresentaram dor na coluna vertebral, 67,4% nos membros superiores,
e 45,9% nos membros inferiores31. A coluna dorsal foi o local mais acometido, com
54,1% dos casos, seguido pelo pescoço, com 50,9%, e pela coluna lombar, com
49,1%31.
15

As dores mencionadas pelos profissionais do presente estudo, foram mais


frequentes na região inferior (43%) e superior (29%) das costas, joelhos (29%),
ombros (25%) e pescoço (21%), sendo resultados condizentes com outros
estudos2,4,24,31. Esses sintomas geralmente decorrem de excessivo carregamento de
peso, posturas inadequadas, mobiliário fora dos padrões antropométricos dos adultos,
a incorreta execução das atividades como pegar crianças no colo, e posicionamento
inadequado ao levantar e sentar-se2.
As posturas inadequadas adotadas pelas profissionais, aliadas ao
ambiente da sala inadaptado ao seu perfil antropométrico, são possíveis causas de
dor, fadiga e estresse. Pôde-se observar que o mobiliário compatível ao tamanho das
crianças faz com que as profissionais tenham que se adaptar a ele no decorrer da
rotina de trabalho. Devido a isto, a adoção de posturas com inclinações da coluna para
frente na posição em pé, e/ou agachada com flexão dos joelhos é constante, pode ser
um fator causador de disfunções musculoesqueléticas e articulares.
Perante a constatação das posturas e do quadro álgico relatado pelas
profissionais, como forma de devolutiva da avaliação, foi elaborado um programa de
orientações para cuidados nas atividades laborais, para conscientização das posturas
prejudiciais. E também foi elaborado um plano de exercícios para alongamento,
relaxamento e fortalecimento dos músculos mais usados durante as suas atividades
laborais e que tinham maior relação com o quadro álgico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que a escola é um amplo campo de atuação para o


fisioterapeuta, no qual podem ser aplicados recursos fisioterapêuticos e ergonômicos,
devido ao conhecimento deste profissional no campo da biomecânica, postura,
antropometria, anatomia, fisiologia, entre outros. O fisioterapeuta pode atuar na
avaliação dos equipamentos e mobiliários utilizados nas atividades laborais destes
profissionais, além de instruir quanto ao uso adequado da mecânica corporal. Pode
também atuar no diagnóstico precoce e terapêutica específica, com a finalidade de
combater o aparecimento ou a evolução de sintomas osteomusculares.
São necessários mais estudos em relação as atividades dos profissionais
da educação infantil, pois é uma área de atuação com características peculiares e que
necessita de uma maior atenção e conhecimento de suas atividades laborais.
16

REFERÊNCIAS

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http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_209_240_27130.pdf.
20

APÊNDICE A

FICHA DE AVALIAÇÃO

IDENTIFICAÇÃO
Data: ___/___/_____
Nome: ____________________________________________________________
Sala de aula: _________________________ Período: _____________________
Idade: __________________ Data de nascimento: _____________________

Já realizou alguma cirurgia de:


( ) quadril
( ) Coluna vertebral
( ) membros inferiores
Faz uso de medicação para a dor? ( ) Sim ( ) Não
Qual: ______________________________________________________________
___________________________________________________________________

ATIVIDADES LABORAIS

Tempo de trabalho no Colégio Dehon:


( ) menos de 6 meses
( ) 6 meses a 1 ano
( ) 1 ano a 2 anos
( ) 2 anos ou mais

Período de trabalho:
( ) matutino
( ) vespertino
( ) matutino e vespertino
Função: ( ) Auxiliar de sala ( ) Professora
Trabalha em outra instituição de ensino? ( ) Sim ( ) Não
Se a resposta acima for SIM, responda à questão abaixo:
Há quanto tempo: ________________ Qual carga horária: __________________
21

AVALIAÇÃO DISFUNÇÃO SACROILÍACA

TESTE DE GILLET
Sacro Ilíaco
Direita
Esquerda

TESTES DE FLEXÃO EM PÉ
Localização Anteriorização Posteriorização Normal
Ilíaco D
Ilíaco E

TESTE DE DOWNING
Mais curta Mais longa Normal
Perna D
Perna E

TESTES PROVOCATIVOS
Direito Esquerdo Normal
Compressão
Distração
Gaenslen
22

ANEXOS
23

ANEXO A – Questionário Nórdico

Fonte: Santos VM, Santos JW, Alsina OLS, Monteiro LF, 201532.
24

ANEXO B - Sistema OWAS, imagem auxiliar no registro das posturas laborais

Fonte: Corlett EM, Wilson JR, 200525.


25

ANEXO C - Níveis de ação/intervenção segundo posição das costas, braços,


pernas e uso de força – Método OWAS

Fonte: Corlett EM, Wilson JR, 200525.

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