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ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO

E AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E
PEDIÁTRICA
Professora Dra. Danielle Fortuna

Prezado(a) estudante, neste roteiro de estudos, você encontrará algumas referências


bibliográfi cas para o aprofundamento nos principais temas que permeiam a disciplina deEscalas
de desenvolvimento e avaliação funcional em terapia intensiva neonatal e pediátrica. Todas as
bibliografias aqui presentes foram, especialmente, selecionadas, a fim de proporcionar maior
embasamento no que tange à rotina do profissional, seja em níveis científicos, acadêmicos ou
técnicos.

TEMA 1: DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR E


FUNCIONALIDADE EM UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA (UTI) – PARTE 1
O desenvolvimento, como definido por Gesell e Amatruda, é um “processo de padronização”, no
qual o padrão comportamental é uma resposta definida do Sistema Nervoso Central (SNC) a
uma situação específica
A aferição do desenvolvimento é passível de diagnóstico, pois sua construção segue um
processo ordenado, e todos os padrões comportamentais, desde a vida pré-natal, são
equiparáveis; entretanto sofrem influência da bagagem genética e podem ser afetados por
situações ambientais. Os padrões de comportamento refletem a maturidade e a integridade do
SNC, e podem ser divididos em quatro campos principais.

○ Comportamento adaptativo (organização dos estímulos e percepção das reações).


○ Comportamento motor geral, ou global (reações posturais, equilíbrio e tônus muscular).
○ Comportamento motor fino, ou delicado (uso das mãos e dos dedos).
○ Comportamento da linguagem (expressão facial, corporal, vocalizações e fala).
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente estressante, devido a diversos
fatores, como luz intensa, ruídos, manuseios realizados pelos profissionais, pouca interação
social, dentre outros. Assim, apesar da alta tecnologia e da qualificação das equipes de saúde,
todos os fatores citados colaboram para alterações no ciclo do sono e surgimento de estresse,
desconforto e dor.
Além dos fatores intrínsecos, ou seja, maturidade, condição clínica e complicações, os neonatos
ficam expostos a diversos fatores extrínsecos, que interferem no seu crescimento e
desenvolvimento. Dentre esses fatores, destacam-se os diferentes níveis de ruídos e a
luminosidade do ambiente de UTIN, as manipulações sofridas para diagnóstico e tratamento etc.
O organismo do Recém-Nascido (RN) pré-termo, devido à sua imaturidade pulmonar,
sobrecarrega o sistema autônomo (taquipneia, taquicardia, vasoconstrição periférica e cianose),
visando manter as funções vitais com consequente hipoatividade e redução da atenção ao meio
externo e interação com seus pais.
O prognóstico de neurodesenvolvimento depende de complexa interação entre os fatores
biológicos e ambientais que atuam no cérebro imaturo.

TEMA 2: DESENVOLVIMENTO NEUROMOTOR E


FUNCIONALIDADE EM UTI – PARTE 2
A avaliação do desempenho funcional é descrita, na literatura, para diversas finalidades, como
avaliar o impacto do nascimento pré-termo e o nível socioeconômico; para comparar o
desenvolvimento de crianças com alguma condição patológica frente ao desenvolvimento
neuromotor normal, para acompanhar evoluções terapêuticas, dentre outras.

A funcionalidade é considerada, hoje, um componente de saúde. Os instrumentos utilizados para


avaliação devem ser capazes de descrever, detalhadamente, o desenvolvimento dessas crianças,
quantificar a função e permitir a análise objetiva da evolução do paciente.

O risco de sequelas físicas, neurocognitivas e psicossociais provenientes da doença crítica são


prejuízos decorrentes da internação na UTIN e na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP).

Fatores como imobilismo, sepse, internação prolongada, uso de corticoide, Benzodiazepínicos


(BZDs) e outras medicações favorecem a limitação da funcionalidade, diminuição da força e
massa muscular e abstinência/delirium.

A Síndrome Pós-terapia Intensiva (PICS), em pediatria, leva em consideração fatores específicos


à saúde da criança, incluindo capacidade e necessidade de crescimento e de desenvolvimento;
papel integral da família; efeitos em sua trajetória de vida.

A PICS inclui quatro áreas, nas quais as alterações de saúde são identificadas: funções física,
cognitiva, emocional e social.

A detecção precoce da gravidade clínica (médico) do paciente e dos fatores de risco (médico e
fisioterapeuta) para morbidades e a avaliação funcional da criança (fisioterapeuta) em até 72
horas de admissão na UTIP estão entre as medidas preventivas para alterações funcionais e de
qualidade de vida.

Na avaliação do desenvolvimento neuromotor, deve-se destacar a importância do uso de escalas


confiáveis, de comprovada sensibilidade e especificidade, e que representem a diversidade
cultural dos indivíduos.
Existem diversos tipos de escalas funcionais.
● Escalas discriminativas: permitem distinguir RNs com e sem alterações
neuromotoras, limitações e/ou incapacidades funcionais.
● Escalas preditivas: permitem a predição da condição e o prognóstico neuromotor
futuro a partir da condição atual do RN.
● Escalas avaliativas: documentam as mudanças ao longo do tempo e/ou a
efetividade das intervenções.

Caro(a) aluno(a), seguiremos para o próximo tema, que aborda as escalas de desenvolvimento
neuromotor mais utilizadas em UTIN.

TEMA 3: ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO


NEUROMOTOR MAIS UTILIZADAS EM UTIN –
PARTE 1
Avaliação dos Movimentos da Criança (MAI, do inglês Movement Assessment of Infants)
A MAI é um instrumento usado por terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas para avaliar o
efeito da fisioterapia. É usada em programas de acompanhamento, nos Estados Unidos, e já foi
submetida a vários estudos de validade e confiabilidade.
Requer muita habilidade do examinador, é demorada e manipula muito a criança.
Criada em 1980, por Chandler, Andrews e Swanson, avalia o desenvolvimento motor em crianças
de até 12 meses de idade que demonstrem alto risco para distúrbios motores.
Possui 65 itens, divididos nas seções tônus muscular, reflexos primitivos, reações automáticas e
movimentos voluntários, obtidos por estímulos visuais e auditivos ou por meio da manifestação
de marcos motores.
A MAI não tem escore normativo, mas foram criados perfis de desempenho para quatro, seis e
oito meses.
Crianças que obtêm mais de 8 pontos de risco na MAI devem ser acompanhadas, em razão do
risco.
A vantagem de realizar essa avaliação é a abrangência da faixa etária e por avaliar a qualidade
de movimento, já a desvantagem é o tempo de aplicação e a confiabilidade questionável.
Teste Infantil de Performance Motora (TIMP, do inglês Test of Infant Motor Performance)
O TIMP avalia a postura e os movimentos funcionais característicos do primeiro trimestre, como
controle de cabeça e controle seletivo dos membros em várias posições e com estímulos visuais
e auditivos. Aplicado desde as 32 semanas de Idade Gestacional (IG) até os 4 meses, esse teste
tem se mostrado útil para discriminar os graus de alterações.
Foi idealizado para avaliar a postura e o controle de movimentos de RN a termo ou pré-termo,
aplicado desde as 32 semanas de IG até os quatro meses (até a idade corrigida de 4 meses),
com o objetivo de identificar atraso ou déficit motor, bem como para auxiliar no planejamento da
intervenção a posteriori.
O TIMP enfoca o desempenho motor e o controle postural do bebê até 4 meses de idade
corrigida. Pode ser usado com RNs pré-termo e a termo para avaliar e acompanhar o
desenvolvimento das habilidades motoras e o controle postural nos primeiros meses de vida
pós-natal. O TIMP é composto por 42 itens, sendo 13 observados junto ao bebê movimentando-
se, espontaneamente, e 29 itens eliciados por meio de testes em que o bebê é colocado em
posturas e são avaliados o seu controle postural e a movimentação. O teste é composto por
duas partes, uma de itens observados e outra de itens eliciados. A primeira registra os
movimentos espontâneos do lactente, e a segunda registra sua resposta motora frente a
diferentes manuseios e posicionamentos no espaço, bem como a sua atenção para estímulos
visuais e auditivos.
Os escores finais são transferidos para uma tabela com classificação de acordo com a idade e
expressos como normal [média ± 1 Desvio Padrão (DP)]: normal (média ± 1 DP); suspeito (escore
baixo < -1 > -2 DP); alto risco (escore < -2 DP).

TEMA 4: ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO


NEUROMOTOR MAIS UTILIZADAS EM UTIN –
PARTE 2
Avaliação dos Movimentos Gerais (GMA, do inglês General Movements Assessment) – método
de Prechtl

A GMA avalia, de forma qualitativa, os padrões motores característicos dos RNs pré-termo e a
termo, que se modificam com a idade, por meio de filmagem dos movimentos espontâneos da
criança acordada. A avaliação deve ser feita em três momentos, a partir do terceiro dia de vida
até 20 semanas de idade corrigida.

É uma avaliação que tem alta sensibilidade e especificidade, mas requer treinamento, pois é
fundamentado na observação visual. É útil para a detecção precoce de anormalidades aos 3
meses, e, nessa idade, a ausência de movimentos irregulares e a presença de espasmos
predizem Paralisia Cerebral (PC). A limitação da GMA é a de que ele não serve para o
acompanhamento da criança.

Toda sequência de movimentos é individual, podendo haver diferenças entre os bebês, mas há
uma sintonia.

São características desses movimentos:

○ sequência variável;
○ amplitude, velocidade e intensidade variáveis nos movimentos e entre crianças;
○ o fluxo de movimentos é similar entre as diferentes crianças;
○ demonstra que o cérebro está se desenvolvendo.

A classificação varia de acordo com a localização, frequência e intensidade. O perfil é


considerado normal — movimentos de torção (GM/WM)/irregulares e Fidgetys no momento
esperado.

General movements — de maior amplitude e, geralmente, mais rápidos (fetais, pré-termo).


Writhing movements — movimentos de pequena a moderada amplitude e de baixa a moderada
velocidade. De forma elipsoidal, que faz parecer que o bebê está se contorcendo (zero a 2
meses).

Fidgetys — pequenos movimentos de velocidade moderada e aceleração variada de pescoço,


tronco e quadril em todas as direções (6 a 20 semanas).

A ausência de fi dgetys está relacionada ao alto índice de PC e à presença de cramped-


synchronized movements (movimentação fragmentada), que têm alto valor preditivo para PC
espástica.

A movimentação pode ser:

repertório pobre (poor repertoire of general movements) — padrões motores


com sequência monótona e complexidade diferindo da normal;
sincronismo limitado (cramped-synchronized of general movements) — os
movimentos são rígidos, com ausência do caráter normal suave e fluente. Os
músculos dos membros e do tronco contraem-se, simultaneamente;
caóticos (chaotic general movements) — movimentos de grande amplitude,
desprovidos da fluência dos padrões motores normais.

TEMA 5: ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO


NEUROMOTOR MAIS UTILIZADAS EM UTIN –
PARTE 3
Avaliação Neurológica Neonatal de Hammersmith (HNNE, do inglês Hammersmith Neonatal
Neurological Assessment)
O primeiro modelo da HNNE foi desenvolvido em 1981. É uma avaliação que documenta o
exame sequencial à evolução normal de comportamentos neurológicos do RN pré-termo
comparando com o RN a termo (de IGs correspondentes).
Abrange prematuros avaliados com 40 semanas até 18 meses de vida. Possui 15 itens de tônus
muscular, sendo seis reflexos primitivos, nove neurocomportamentais e seis categorias de
estado comportamental. A HNNE deve ser realizada com o RN em estado comportamental de
Brazelton 1 e 2, bem como deve-se realizar a avaliação entre uma alimentação e outra.
Não é preciso cumprir os itens na ordem, e, na dúvida sobre um item, marcar os dois desenhos e
fazer a média do valor. Os movimentos espontâneos são avaliados com o RN em posição supina,
calmo.
Os resultados e valores para pontuação ideal estão demonstrados nas tabelas a seguir, assim
como o relato dos itens que são dependentes da IG.
IG 37–38 semanas
IG 39–40 semanas IG 41–42 semanas

Pontuação ideal

1 0,5 0 1 0,5 0 1 0,5 0

3,5 <3,5
Postura 43 <3 5 4 <3 5 4 3,5
3 5

<2,5 <2,5
Recuo de braço 43 2,5 43 2,5 43 >3 5
5 5

Tração de braço 43 <3 5 43 <3 5 43 <3 5

4
Recuo de perna 43 <3 5 4 3 <3 5 <3 5
3,5

4
Tração de perna 43 <3 5 43 <3 5 3 <3 5
3,5

<2,5
Ângulo poplíteo 43 <2 5 43 <3 5 43 2,5
5

Controle de
43 <3 5 43 <3 5 43 <3 5
cabeça

Tabela 1 — Itens de tônus: pontuação ideal de acordo com a IG


Fonte: Adaptada de Avaliação… (2019).

Os valores ideais são os seguintes.

RNT — 30,5 e 34 (95%) / Subideal < 30,5.


RNPT — (avaliado com 40 semanas) > 26.

RNPT, mesmo na idade de termo não se comportam da mesma maneira que RNT e, dessa forma,
o escore RNPT difere do RNT em 32 dos 34 itens.
Tônus 7 dos 10 itens média menor nos RNPT Tração x Recuo MMSS Tônus 7 dos 10 itens média
menor nos RNPT Tração x Recuo MMSS
TEMA 6: ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO
NEUROMOTOR MAIS UTILIZADAS EM UTIN –
PARTE 4
Avaliação Neurológica Infantil de Hammersmith (HINE, do inglês Hammersmith Infant
Neurological Assessment)

É de fácil e rápida aplicação, e pode ser utilizada em crianças de 6 a 18 meses de idade


cronológica, ou corrigida.

A avaliação deve ser simples de se completar, em 5 a 10 minutos, e é realizada,


preferencialmente, na cama, mas pode ser feita no colo de um familiar.

Para a aplicação da HINE, é preciso ter em mãos os seguintes materiais.

○ Ficha do instrumento.
○ Dois chocalhos coloridos.
○ Um martelo de reflexos.
○ Uma caneta ou um lápis.
○ Alvos de diferentes tamanhos.
○ Formas com cores em contraste para avaliação visual.

Inclui 26 itens divididos em: função dos nervos cranianos, postura, movimentos, tônus, e reflexos
e reações.

A segunda seção da HINE, que avalia os marcos motores, é composta pelos seguintes itens.

○ Controle da cabeça.
○ Sentar-se.
○ Preensão voluntária.
○ Habilidade de chute.
○ Rolar.
○ Arrastar.
○ Em pé.
○ Andar.

Os dados obtidos na segunda e terceira seções não são incluídos no cálculo global da
pontuação ideal. Cada item da HINE é pontuada, separadamente, de zero a 3. Os pontos
individuais devem ser somados para atingir uma pontuação global considerada ótima.

A pontuação global pode variar do mínimo de zero (se todos os itens pontuarem zero) a um
máximo de 78 pontos (se cada item pontuar 3).

A pontuação é considerada ótima se for igual ou superior a 73 pontos, aos 9 a 12 meses de


idade, ou entre 70 e 67, aos 6 e 3 meses, respectivamente.
As três ferramentas com melhor valor preditivo para identificação precoce da PC antes dos 5
meses de idade corrigida são: Ressonância Magnética (RM) — 86 a 89% de sensibilidade; HINE —
90% de sensibilidade; e GMA (método de Prechtl) — 98% de sensibilidade.

TEMA 7: ESCALAS DE DESENVOLVIMENTO


NEUROMOTOR MAIS UTILIZADAS EM UTIN –
PARTE 5
Escala Motora do Lactente de Alberta (AIMS, do inglês Alberta Infant Motor Scale)
De uso crescente no Brasil, a escala AIMS avalia o desenvolvimento motor nos primeiros 18
meses de vida. Fundamenta-se na observação da criança em quatro posturas, relacionadas a
tempo de permanência, atitude antigravitacional e mudança de postura. Permite quantificar o
desenvolvimento, pois o repertório de respostas aumenta com a idade (mas pode gerar
resultados duvidosos).
Foi adaptada à população brasileira, tem boa correlação com outros testes, é de fácil e rápida
realização (20 minutos), e, geralmente, aplicada por terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta. É
útil no acompanhamento de lactentes submetidos à intervenção precoce. Na interpretação dos
resultados, o escore obtido é confrontado em uma escala de percentis e considerado normal
entre P25 e 90; suspeito < P10, após o sexto mês; alto risco P10, aos 4 meses e P5, aos 8 meses.
Apresenta maior sensibilidade a partir de 6 meses e melhor acurácia quando o resultado for ≤
P5.
A AIMS oferece a possibilidade de detectar, o mais cedo possível, qualquer desvio do
desenvolvimento motor, permitindo, assim, intervenção precoce, com o objetivo de minimizar os
efeitos da disfunção. A escala não traz qualquer perigo ou desconforto à criança e, apesar de
não ter sido validada, oficialmente, para a língua portuguesa, foi realizada uma adaptação
cultural do instrumento de pontuação.
O foco é a avaliação do desenvolvimento sequencial do controle postural referente às posições
supina, prona, sentada e ortostática. A administração do teste envolve uma avaliação
observacional com o mínimo de manuseio, em um tempo de 20 minutos, aproximadamente.
A AIMS avalia em quatro posturas, por meio da observação livre da movimentação da criança,
sem facilitação do examinador e divididas em um total de 58 itens.

9 itens supino.
21 itens em prono.
12 itens sentada.
16 itens de pé.

O resultado do teste consiste na pontuação, de forma dicotômica, como “observados” ou “não


observados”, e, ao nal, é obtido um escore parcial para cada postura.

DENTRE OS OBJETIVOS DA AIMS, PODEM SER


CITADOS:
○ identificar restrição do desenvolvimento neuromotor dos lactentes;
○ informar aos pais as atividades motoras que o lactente consegue realizar, as que não
realiza e aquelas que estão sendo desenvolvidas;
○ analisar o desenvolvimento motor em determinado tempo, ou pré e pós-internação;
○ servir de instrumento de pesquisa para identificar a eficácia em programas de estimulação
para lactentes com distúrbios motores.

Seguiremos, agora, para o próximo tema, que aborda as escalas de funcionalidade em UTIP.

TEMA 8: ESCALAS DE FUNCIONALIDADE EM UTIP


– PARTE 1
FSS (do inglês Functional State Scale)

A FSS é uma escala desenvolvida, com base conceitual, em escalas de Atividades da Vida Diária
(AVDs) e de comportamento adaptativo. Ela tem sido, amplamente, utilizada, e seu objetivo é
avaliar os desfechos funcionais de pacientes pediátricos hospitalizados.

É apropriada para uma ampla faixa etária, de fácil realização, multidisciplinar, objetiva e com
possibilidade de avaliar vários desfechos clínicos.

A tradução, a adaptação transcultural e a validação da FSS para o português brasileiro foram


realizadas por um estudo, que incluiu as etapas metodológicas de tradução, síntese das
traduções, revisão por um comitê de especialistas e pré-teste.

A FSS é uma escala de livre acesso (disponível em: https://


www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3191069/), composta por seis domínios (estado
mental, funcionamento sensorial, comunicação, funcionamento motor, alimentação e estado
respiratório).

Cada domínio é pontuado em uma escala de 1 ponto (normal) a 5 pontos (disfunção muito
severa). A pontuação total varia de 6 a 30 pontos, e pontuações menores indicam melhor
funcionalidade. A pontuação global da FSS é categorizada em 6–7: adequada; 8–9: disfunção
leve; 10–15: disfunção moderada; 16–21: disfunção grave; acima de 21 pontos: disfunção muito
grave. Totalizam-se, assim, 30 itens.

Faixa etária de 1 a 20 anos de idade, em diversas condições de saúde, na


FSS.
Disfunção Disfunção
Normal Disfunção leve (pontos Disfunção muito grave
Itens moderada grave (pontos
(pontos = 1) = 2) (pontos = 5)
(pontos =3) = 4)

Períodos Sonolento, mas


Despertar
normais de suscetível ao
Letárgico e/ou mínimo aos Coma não responsivo e/ou
Estado mental sono/vigília, ruído/toque/movimento
irritável. estímulos estado vegetativo.
responsividade e/ou a períodos de não
(estupor).
adequada. responsividade social.

Não reativo a Não reativo a


Audição e
estímulos estímulos
Funcionalidade visão intactas, Suspeita de perda Respostas anormais à dor ou
auditivos ou a auditivos e a
sensorial e responsivo auditiva ou visual. ao toque.
estímulos estímulos
ao toque.
visuais. visuais.

Vocalização
apropriada,
Diminuição da Ausência de Nenhuma
não chorando,
vocalização, expressão comportamento demonstração
Comunicação expressividade Ausência de comunicação.
facial e/ou de busca de de
facial ou
responsividade social. atenção. desconforto.
gestos
interativos.

Movimentos
corporais
coordenados,
Dois ou mais
controle Controle Espasticidade difusa,
Funcionamento Um membro com membros com
muscular de ciente de paralisia ou postura de
motor de ciência funcional. de ciência
normal e cabeça. descerebração/decorticação.
funcional.
consciência da
ação e da
reação.

Todos os
Nutrição
alimentos Nada por via oral ou
parenteral
ingeridos por necessidade de ajuda
Alimentação via com Nutrição parenteral
Alimentação via oral, com com a alimentação
oral e por tubo. administração exclusiva.
ajuda inadequada para a
por via oral ou
adequada para idade.
por tubo.
a idade.

Pressão
Positiva
Contínua das
Vias Aéreas
Ar ambiente, (CPAP)
sem suporte Tratamento com durante todo o Suporte de ventilação
Estado
arti cial ou oxigênio e/ou aspiração Traqueostomia. dia ou parte mecânica durante todo o dia
respiratório
dispositivos de vias aéreas. dele e/ou e toda a noite.
auxiliares. suporte de
ventilação
mecânica
durante parte
do dia.

Quadro 1 — Versão brasileira pediátrica da FSS


Fonte: Bastos et al. (2018, p. 301-30).
Caro(a) aluno(a), agora, vamos abordar a segunda parte das escalas de funcionalidade em UTIP.

TEMA 9: ESCALAS DE FUNCIONALIDADE EM UTIP


– PARTE 2
Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI-CAT, do inglês Pediatric Evaluation Of
Disability Inventory - Computer Adaptive Test)
A PEDI-CAT é um instrumento, internacionalmente, utilizado na prática clínica e na pesquisa. É
uma nova versão da Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI). A faixa etária é de 1 a 20
anos de idade, em diversas condições de saúde.
A PEDI-CAT é fundamentada na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde (CIF). A escala consiste em quatro domínios, e seus respectivos itens são: atividades
diárias (68 itens); mobilidade (75 itens); função social/cognitiva (68 itens); responsabilidade (51
itens).
A PEDI-CAT é um registro de itens relacionados a 276 atividades funcionais adquiridas durante a
infância, a adolescência e o início da idade adulta. Sua aplicação requer um computador e o
software específico do instrumento.
O instrumento pode ser autoadministrado, preenchido pelos pais da criança ou aplicado por um
profissional para garantir a compreensão das informações de cada item. A PEDI-CAT foi
traduzida e adaptada, transculturalmente, para o português brasileiro em 2016.
Tem boa confiabilidade interexaminador e teste-reteste, bem como boa consistência interna
(coeficiente α de Cronbach: 0,99).
A PEDI-CAT tem propriedades psicométricas adequadas e é citada, em algumas pesquisas,
como um instrumento promissor para avaliação de sobreviventes em UTIP após alta hospitalar,
apresentando, como vantagem, a possibilidade de medir a capacidade funcional adequada à
idade da criança no contexto da participação social e comunitária.
Valores normativos da PEDI-CAT/Brasil ainda não estão disponíveis na literatura, sendo
mencionados pelo autor dessa escala como projeto em desenvolvimento. No Brasil, a escala
PEDI-CAT é um instrumento de avaliação da funcionalidade de crianças, utilizada em centros de
reabilitação clínica e pesquisa clínica.

TEMA 10: ESCALAS DE FUNCIONALIDADE EM


UTIP – PARTE 3
Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS, do inglês Gross Motor Function
Classification System)
O GMFCS é um sistema de classificação em cinco níveis, em que as distinções entre os
diferentes níveis devem ser significativas na vida diária.

As distinções são baseadas nas limitações funcionais, na necessidade de dispositivos manuais


para mobilidade (como andadores, muletas ou bengalas) ou na mobilidade sobre rodas, e, em
menor grau, na qualidade do movimento.

O GMFCS determina qual nível mais bem representa as habilidades e limitações na função
motora grossa que a criança ou o jovem apresentam.

A ênfase deve estar no desempenho habitual em casa, na escola e nos ambientes.

CARACTERÍSTICAS GERAIS PARA CADA NÍVEL


○ Nível I: anda sem limitações.
○ Nível II: anda com limitações.
○ Nível III: anda utilizando um dispositivo manual de mobilidade.
○ Nível IV: automobilidade com limitações; pode utilizar mobilidade motorizada.
○ Nível V: transportado em uma cadeira de rodas manual.

O GMFCS é um sistema de classificação em cinco níveis, que se concentra nos movimentos


voluntários de crianças com PC. Esse sistema tem foco, especificamente, em caminhar e sentar,
mas, de certa forma, também auxilia a entender a gravidade do quadro (quanto maior o nível na
classificação, mais grave é a PC), o que auxilia profissionais de saúde a compreender as
melhores formas de tratamento e individualizar/adaptar o cuidado.

Também ajuda a direcionar pais/cuidadores a entender e adaptar expectativas das habilidades


de movimento de seus filhos, e como essas podem progredir ao longo do tempo. Mas é
importante observar que os níveis de classificação devem ser usados como orientação/guia
geral, e podem não afetar, diretamente, cada criança da mesma forma.

TEMA 11: ESCALAS DE FUNCIONALIDADE EM


UTIP – PARTE 4
Modified Glasgow Outcome Scale (MGOS)
A MGOS avalia o resultado funcional de sobreviventes em UTIP. Mede o desempenho funcional
geral usando uma escala de zero a 5 pontos, que classifica as crianças nas seguintes categorias.

○ 0 — normal.
○ 1 — funcionalmente normal (física e intelectualmente normal), mas requer medicação ou
assistência supervisionada).
○ 2 — incapacidade leve, mas com probabilidade de levar uma existência independente.
○ 3 — incapacidade moderada e dependente de cuidados.
○ 4 — incapacidade grave e, totalmente, dependente de cuidados (incluindo persistente
estado vegetativo).
○ 5 — morte (avaliada por profissional de saúde).
Pediatric Overall Performance Category (POPC) e Pediatric Cerebral Performance Category
(PCPC)
Avaliam a função neurológica, a função geral basal e pós-alta da UTIP, considerando os aspectos
não neurológicos e os déficits funcionais. Também avaliam o comprometimento cognitivo e a
morbidade funcional (adaptativa geral ou física) após doença crítica ou lesão, respectivamente.
Medem a funcionalidade global utilizando uma ferramenta de avaliação semiobjetiva, em uma
escala pontuada de 1 a 6, com classificação nas seguintes categorias.

○ 1 — bom desempenho geral.


○ 2 — incapacidade leve.
○ 3 — incapacidade moderada.
○ 4 — incapacidade grave.
○ 5 — estado vegetativo ou coma.
○ 6 — morte cerebral (avaliada por profissional de saúde).

Tempo para administrar: < 5 minutos.


Pontuação Categoria Descrição

Normal; no nível apropriado para a idade; criança em


1 Normal
idade escolar frequentando a sala de aula regular.

Consciente, alerta e capaz de interagir, mas o grau,


Incapacidade
2 talvez, não seja apropriado para a idade; possibilidade
leve
de déficit neurológico leve.

Consciente; função cerebral suficiente para atividades


Incapacidade independentes da vida diária. Frequenta a sala de aula
3
moderada da educação especial e/ou há déficit de aprendizagem
presente.

Incapacidade Consciente; dependente de outros para suporte diário,


4
severa por causa da função cerebral prejudicada.

Qualquer grau de coma sem a presença de todos os


critérios de morte cerebral; inconsciente, ainda que
desperto na aparência, sem interação com o ambiente;
Coma/estado
5 falta de resposta cerebral e nenhuma evidência de
vegetativo
função do córtex (não despertado por estímulos);
possibilidade de alguma resposta reflexiva, abertura
espontânea dos olhos e ciclos de sono-vigília.

Morte
6 Apneia, arreflexia e/ou silêncio eletroencefalográfico.
cerebral

Quadro 2 — PCPC
Fonte: Acervo da autora.

Seguiremos para o quadro seguinte que elenca dados sobre a PCPC.


Pontuação Categoria Descrição

Bom desempenho PCPC = 1; saudável, alerta e capaz de atividades


1
geral normais da vida diária.

PCPC = 2; possibilidade de pequeno problema


Incapacidade geral físico, ainda compatível com a vida normal;
2
leve consciente e capaz de funcionar de forma
independente.

PCPC = 3; possibilidade de incapacidade


moderada por disfunção de sistemas não
Incapacidade geral
3 cerebrais; consciente e realiza atividades
moderada
independentes da vida diária, mas está
incapacitado para o desempenho na escola.

PCPC = 4; possibilidade de incapacidade grave


Incapacidade geral por disfunção de sistemas não cerebrais;
4
severa consciente, mas dependente de outros para
atividades de suporte da vida diária.

Coma/estado
5 PCPC = 5.
vegetativo

6 Morte cerebral PCPC = 6.

Quadro 3 — PCPC
Fonte: Acervo da autora.

Cada um é uma escala graduada de seis pontos de incapacidade crescente da função normal
(escore = 1) até o óbito (escore = 6).

As pontuações da PCPC são incorporadas na escala POPC.

Diferenças entre as pontuações de POPC e PCPC de linha de base e alta têm sido associados a
várias medidas de morbidade, como:

tempo de permanência na UTI;


despesas hospitalares totais;
cuidados de alta necessidade.
TEMA 12: FUNCIONALIDADE EM UTIN E UTIP
CIF

A funcionalidade busca a interação dinâmica entre a condição de saúde de uma pessoa, os


fatores ambientais e os fatores pessoais. A CIF descreve a funcionalidade e a incapacidade no
contexto da saúde.

A CIF foi elaborada com a finalidade de registrar e organizar uma ampla gama de informações
relacionadas a diferentes estados de saúde. Baseia-se em um modelo biopsicossocial.

A identificação precoce de perda de funcionalidade permite o direcionamento de estratégias


preventivas, evitando o agravamento ou o aparecimento de uma incapacidade funcional maior.

Figura 1 — CIF
Fonte: Organização Mundial da Saúde (2013, on-line).

INDICAÇÃO DE LEITURA
CHANDLER, L. S.; ANDREWS, M. S.; SWANSON, M. W. Movement assessment of
infants: a manual. Rolling Bay (WA): Audrey Haugaard Larson, R. P. T., 1980.
Disponível em: https://bit.ly/3Nv0Lhl. Acesso em: 24 mar. 2022.

CHRYSOSTOMOU, C. et al. Neurodevelopmental Outcomes after Pediatric Cardiac


ECMO Support. Frontiers in pediatrics, [s. l.], v. 1. n. 47, 2013. Disponível em:
https://bit.ly/3NokbVc. Acesso em: 24 mar. 2022.

FORMIGA, C. K. M. R.; GASPARDO, C. M.; LINHARES, M. B. M. Avaliação neuromotora


e comportamental do recém-nascido de risco na unidade de terapia intensiva
neonatal. PROFISIO: Programa de Atualização em Fisioterapia Neurofuncional, Porto
Alegre, v. 3, n. 2, p. 10-62, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3DiaHq0. Acesso em: 24
mar. 2022.

JORDÃO, K. R. et al. Possíveis fatores estressantes na unidade de terapia intensiva


neonatal em hospital universitário. Rev. Bras. Ter. Intensiva, [s. l], v. 28, n. 3, p. 310-
314, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3tMiMjn. Acesso em: 24 mar. 2022.

NUNES, M. L.; SUDBRACK, S. Como avaliar o desenvolvimento motor de recém-


nascido pré-termo. PRORN: Programa de Atualização em Neonatologia, Porto Alegre,
v. 3, n. 12 p. 9-58, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3LmCDM1. Acesso em: 24 mar.
2022.

PIRES, R. F.; OLIVEIRA, C. C.; CABRAL, L. A. Avaliação da funcionalidade de crianças


internadas em unidade de terapia intensiva pediátrica e pós-alta hospitalar.
PROFISIO: Programa de Atualização em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal:
Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva, Porto Alegre, v. 3, n. 9, p. 33-59, 2020.
Disponível em: https://bit.ly/3x2fyL1. Acesso em: 24 mar. 2022.

RUGOLO, L. M. S. S.; BENTLIN, M. R.; LYRA, J. C. Monitorização do desenvolvimento


do recém-nascido pré-termo. PRORN: Programa de Atualização em Neonatologia,
Porto Alegre, v. 3, n. 9, p. 105-151, 2012. Disponível em: https://bit.ly/36vRBko.
Acesso em: 24 mar. 2022.

SILVA, A. J. et al. Diagnóstico precoce de disfunção neuromotora por meio do


método Prechtl de avaliação qualitativa dos general movements. PROFISIO:
Programa de Atualização em Fisioterapia Neurofuncional, Porto Alegre, v. 1, n. 7, p.
77-105, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3Lkzyw8. Acesso em: 24 mar. 2022.

SILVA, N. D. S. H. et al. Instrumentos de avaliação do desenvolvimento infantil de


recém-nascidos prematuros. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum., [s. l.], v. 21, n. 1, p.
85-98, 2011. Disponível em: https://bit.ly/3uAjkIs. Acesso em: 24 mar. 2022.

VIEIRA, M. E. B.; RIBEIRO, F. V. FORMIGA, C. K. M. R. Principais instrumentos de


avaliação de desenvolvimento da criança de zero a dois anos de idade. Revista
Movimenta, [s. l.], v. 2, n. 1, 2009. Disponível em: https://bit.ly/3uChiaP. Acesso em:
24 mar. 2022.

INDICAÇÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES


A seguir, serão apresentadas algumas leituras complementares, que podem auxiliar no seu
aprendizado acerca do tema que estamos estudando. Caso tenha interesse, vale a pena conferir!
DARRAH, J.; BARTLETT, D. J. Infant rolling abilities: the same or different 20 years
after the back to sleep campaign? Early Hum Dev., [s. l.], v. 89, n. 5, p. 311-314, 2013.
Disponível em: https://bit.ly/3wGsd62. Acesso em: 24 mar. 2022.

DUMAS, H. M. et al. Pediatric Evaluation of Disability Inventory Computer Adaptive


Test (PEDI-CAT) and Alberta Infant Motor Scale (AIMS): Validity and Responsiveness.
Physical Therapy, [s. l], v. 95, n. 11, p. 1559-1568, 2015. Disponível em:
https://bit.ly/36VjtOm. Acesso em: 24 mar. 2022.

RANA, O. R. et al. The Modified Glasgow Outcome Score for the prediction of
outcome in patients after cardiac arrest: a prospective clinical proof of concept
study. Clinical Research in Cardiology, [s. l.], v. 101, n. 7, p. 533-543, 2012. Disponível
em: https://bit.ly/3tMFwjm. Acesso em: 24 mar. 2022.

REFERÊNCIAS
AVALIAÇÃO Neurológica Neonatal de Hammersmith. Postura e Tônus. Tradução de Tathiana
Ghisi de Souza e Moira Aloia Romero. [S. I.: s. n.], 2019.
BASTOS, V. C. S. et al. Versão brasileira da Functional Status Scale pediátrica: tradução e
adaptação transcultural. Rev. Bras. Ter. intensiva, [s. l.], v. 30, n. 3, p. 301-30, 2018. Disponível
em: https://bit.ly/3JPca9z. Acesso em: 24 mar. 2022.
CHANDLER, L. S.; ANDREWS, M. S.; SWANSON, M. W. Movement assessment of infants: a
manual. Rolling Bay (WA): Audrey Haugaard Larson, R. P. T., 1980. Disponível em:
https://bit.ly/36VKnWH. Acesso em: 24 mar. 2022.
CHRYSOSTOMOU, C. et al. Neurodevelopmental Outcomes after Pediatric Cardiac ECMO
Support. Frontiers in pediatrics, [s. l.], v. 1. n. 47, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3NvB4gF.
Acesso em: 24 mar. 2022.
DARRAH, J.; BARTLETT, D. J. Infant rolling abilities: the same or different 20 years after the back
to sleep campaign? Early Hum Dev., [s. l.], v. 89, n. 5, p. 311-314, 2013. Disponível em:
https://bit.ly/3uv503O. Acesso em: 24 mar. 2022.
DUMAS, H. M. et al. Pediatric Evaluation of Disability Inventory Computer Adaptive Test (PEDI-
CAT) and Alberta Infant Motor Scale (AIMS): Validity and Responsiveness. Physical Therapy, [s. l],
v. 95, n. 11, p. 1559-1568, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3tJVL0B. Acesso em: 24 mar. 2022.
FORMIGA, C. K. M. R.; GASPARDO, C. M.; LINHARES, M. B. M. Avaliação neuromotora e
comportamental do recém-nascido de risco na unidade de terapia intensiva neonatal. PROFISIO:
Programa de Atualização em Fisioterapia Neurofuncional, Porto Alegre, v. 3, n. 2, p. 10-62, 2015.
Disponível em: https://bit.ly/3qMgLlv. Acesso em: 24 mar. 2022.
JORDÃO, K. R. et al. Possíveis fatores estressantes na unidade de terapia intensiva neonatal em
hospital universitário. Rev. Bras. Ter. Intensiva, [s. l], v. 28, n. 3, p. 310-314, 2016. Disponível em:
https://bit.ly/3iLbxlz. Acesso em: 24 mar. 2022.
NUNES, M. L.; SUDBRACK, S. Como avaliar o desenvolvimento motor de recém-nascido pré-
termo. PRORN: Programa de Atualização em Neonatologia, Porto Alegre, v. 3, n. 12 p. 9-58, 2015.
Disponível em: https://bit.ly/38aF5qS. Acesso em: 24 mar. 2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Como usar a CIF: um manual prático para o uso da
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Versão preliminar
para discussão. Genebra: OMS, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3qJvspv. Acesso em: 28 mar.
2022.
PIRES, R. F.; OLIVEIRA, C. C.; CABRAL, L. A. Avaliação da funcionalidade de crianças internadas
em unidade de terapia intensiva pediátrica e pós-alta hospitalar. PROFISIO: Programa de
Atualização em Fisioterapia Pediátrica e Neonatal: Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva, Porto
Alegre, v. 3, n. 9, p. 33-59, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3uAMjf9. Acesso em: 24 mar. 2022.
POLLACK, M. M. et al. The Functional Status Score (FSS): A New Pediatric Outcome Measure.
Pediatrics, [s. l.], v. 124, n. 1, p. 18-28, 2009. Disponível em: https://bit.ly/35kXz6Z. Acesso em: 24
mar. 2022.
RANA, O. R. et al. The Modified Glasgow Outcome Score for the prediction of outcome in patients
after cardiac arrest: a prospective clinical proof of concept study. Clinical Research in
Cardiology, [s. l.], v. 101, n. 7, p. 533-543, 2012. Disponível em: https://bit.ly/3qLyJED. Acesso em:
24 mar. 2022.
RUGOLO, L. M. S. S.; BENTLIN, M. R.; LYRA, J. C. Monitorização do desenvolvimento do recém-
nascido pré-termo. PRORN: Programa de Atualização em Neonatologia, Porto Alegre, v. 3, n. 9, p.
105-151, 2012. Disponível em: https://bit.ly/3Lj07lg. Acesso em: 24 mar. 2022.
SILVA, A. J. et al. Diagnóstico precoce de disfunção neuromotora por meio do método Prechtl de
avaliação qualitativa dos general movements. PROFISIO: Programa de Atualização em
Fisioterapia Neurofuncional, Porto Alegre, v. 1, n. 7, p. 77-105, 2019. Disponível em:
https://bit.ly/36vXrlL. Acesso em: 24 mar. 2022.
SILVA, N. D. S. H. et al. Instrumentos de avaliação do desenvolvimento infantil de recém-nascidos
prematuros. Rev. Bras. Cresc. e Desenv. Hum., [s. l.], v. 21, n. 1, p. 85-98, 2011. Disponível em:
https://bit.ly/3NoMe77. Acesso em: 24 mar. 2022.
VIEIRA, M. E. B.; RIBEIRO, F. V. FORMIGA, C. K. M. R. Principais instrumentos de avaliação de
desenvolvimento da criança de zero a dois anos de idade. Revista Movimenta, [s. l.], v. 2, n. 1,
2009. Disponível em: https://bit.ly/3wMphoC. Acesso em: 24 mar. 2022.

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