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Thalita Fagundes
UNIVERSITÁRIOS
Bragança Paulista
2010
1
Thalita Fagundes
RA 001200600207
UNIVERSITÁRIOS
Bragança Paulista
2010
2
_______________________________________________________________
Prof.ª Dra. Rosimeire Simprini Padula
USF – Orientadora Temática e Metodológica
_______________________________________________________________
Prof.º Ms. Sérgio Jorge
USF – Banca Examinadora
_______________________________________________________________
Prof.° Ms. Claudio Fusaro
USF - Banca Examinadora
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por sua imensidão e por ser sempre a luz que rege nossas vidas
Ao Professor Mestre Cláudio Fusaro e ao Mestre Sergio Jorge por ter aceitado
gentilmente fazer parte da banca examinadora desse estudo
Aos meus amigos e futuros fisioterapeutas que colaboraram com meu estudo e
acreditaram em mim
RESUMO
A lombalgia é um dos problemas mais comuns da sociedade moderna, podendo ter diversos
fatores predisponentes. Os fisioterapeutas estão entre os profissionais da área da saúde que
mais predispõe-se para este distúrbio, pois exercem suas atividades, as quais exigem a
realização de movimentos repetitivos e de força, posturas incorretas, em postos de trabalhos
inadequados.A qualidade de vida depende de fatores subjetivos de cada pessoa, muitos
atribuem a uma propriedade, condição das coisas ou das pessoas, que as distingue das outras e
lhes determina a natureza. O método Pilates tem como base um conceito denominado
contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o controle de todos os movimentos musculares do
corpo. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do tratamento com Método Pilates em
estudantes de fisioterapia portadores de lombalgia crônica. Os indivíduos responderão ao
Teste de Investigação de 10 minutos de Hindler para pacientes com lombalgia crônica, ao
Teste do Whoqol Bref e a avaliação Visual Numérica pré e pós aplicação do método Pilates,
posteriormente os estudantes que participaram do método Pilates foram submetidos a
avaliação postural. O estudo mostrou a alta incidência dos estudantes com dores lombares, a
prevalência de gênero com maior incidência do sexo feminino quando comparado ao sexo
masculino e a diminuição de patologias como hiperlordose e hipercifose torácica pós
tratamento com Método Pilates, além da redução da escala analógica de dor e a constante
melhora na qualidade de vidas destes indivíduos.
ABSTRACT
Lumbar pain is one of the most common issues of the modern society, having several
predisposed factors. Physiotherapists are more predisposed to this disorder amid healthcare
professionals, because they perform activities that require repetitive movements and strength,
incorrect position of the body, and inadequate work stations. The quality of life depends on
subjective factors of each person that many attribute to a property, the condition of things or
people, that distinguishes them from others and determine their nature. Pilates method is
based on a concept called contrology. According to this method, contrology is the control of
all muscular movements of the body. The aim of this study was to investigate the effects of
treatment with the Pilates Method in physiotherapy students with chronic low back pain. The
subjects answered to the Investigatory Hindle 10 minutes Test for patients with chronic low
back pain, the Whokol Bref Test and numerical evaluation of pain before and after application
of the Pilates method, and then the students who participated in the Pilates method underwent
posture assessment. The study showed the high incidence of low back pain among
physiotherapy students, with a higher incidence among females compared to males and the
decrease of pathologies such as hyperlordosis of the lumbar spine and hyperkyphosis of the
thoracic spine after treatment with Pilates, as well as the reduction of the analog pain scale
and the constant improvement of the individuals’ quality of live.
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
QV Qualidade de vida
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 12
1.1 A Coluna Vertebral..................................................................................................................... 12
1.2 A Lombalgia Crônica.................................................................................................................. 13
1.3 O Método Pilates......................................................................................................................... 14
1.4 Lombalgia em Profissionais de Saúde........................................................................................ 15
1.5 Qualidade de Vida....................................................................................................................... 16
1.6 Questionário Whoqol.................................................................................................................. 18
2. JUSTIFICATIVA........................................................................................................................ 20
3. OBJETIVOS................................................................................................................................ 21
3.1 Objetivo Geral............................................................................................................................. 21
2.2 Objetivos Específicos.................................................................................................................. 21
4. MÉTODOS.................................................................................................................................. 22
4.1 Sujeito......................................................................................................................................... 22
4.2 Local do Estudo e Materiais........................................................................................................ 22
4.3 Critérios de Inclusão................................................................................................................... 22
4.4 Critérios de Exclusão.................................................................................................................. 22
4.5 Procedimentos............................................................................................................................. 23
4.6 Análise dos Dados....................................................................................................................... 24
5. RESULTADOS............................................................................................................................ 25
6. DISCUSSÃO................................................................................................................................ 36
7. CONCLUSÃO............................................................................................................................. 39
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................ 40
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................... 41
ANEXOS.......................................................................................................................................... 44
12
1. INTRODUÇÃO
A coluna vertebral trata-se de um órgão cuja atividade resume uma das condições
básicas responsáveis da estabilidade do Ser Humano (FILHO e JÚNIOR, 1997). Compõe-se
de 33 ossos denominados vértebras que se articulam nas articulações intervertebrais, sendo
que apenas 24 delas (7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares) são móveis e 5 sacrais e 4
coccígeas que se fundem. As vértebras são estabilizadas por ligamentos que limitam os
movimentos produzidos pelos músculos do tronco, formando uma sustentação forte mais
flexível (MOORE, 1994).
A lombalgia pode ser causada por esforços repetitivos, excesso de peso, pequenos
traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não ergonômica no
trabalho (essa é a causa mais freqüente para a torção e distensão dos músculos e ligamentos
que causam a lombalgia), osteoartrose da coluna; osteofitose (bico de papagaio) e osteoporose
(são causas também relacionadas à idade) (MSD-BRAZIL, 2008). O desequilíbrio entre a
função dos músculos extensores e flexores do tronco é um forte indício de distúrbios da
coluna lombar (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).
A dor na coluna lombar atinge níveis epidêmicos na população em geral relatando que
esta é uma afecção muito comum na população, atingindo prevalência de 70% em países
industrializados. A dor lombar é uma importante causa de incapacidade, ocorrendo em
prevalências elevadas em todas as culturas, influenciando a qualidade de vida das pessoas.
Estudos têm demonstrado que 60% a 80% da população adulta têm ou tiveram um episódio
de dor incapacitante na coluna vertebral, principalmente na região lombar, ou manifestou dor
lombar em algum momento de suas vidas independente da ocupação. Cerca de 80% da
população já apresentou algum episódio, cuja intensidade pode variar de um leve desconforto
até dores incapacitantes e de longa duração ( DEYO et al., 2001 apud MATOS et al., 2008).
A lombalgia mecânica postural representa grande parte das algias da coluna referida
pela população. Geralmente ocorre um desequilíbrio entre a carga funcional, que seria o
14
esforço requerido para atividades do trabalho e da vida diária, e a capacidade funcional, que é
o potencial de excussão para essas atividades (ANDRADE, ARAÚJO e VILLAR, 2005),
sendo um dos problemas da sociedade moderna, representando grande parcela de gastos na
área da saúde pública (KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004). Dados epidemiológicos
demonstram que, nos Estados Unidos da América, a lombalgia é a causa mais freqüente da
incapacidade física para o trabalho em pessoas com menos de 45 anos. Estima-se que o gasto
anual relacionado a esse problema (custos médicos e indenizações) ficou em torno de 20
bilhões de dólares durante a década de 90, a previsão para a próxima década é de que esses
gastos superem 50 bilhões de dólares ( KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).
O método Pilates desenvolvido por Jopeph Pilates, no início da década de 1920. Tem
como base um conceito denominado contrologia. Segundo Pilates, contrologia é o controle de
todos os movimentos musculares do corpo. É a correta utilização e aplicação dos mais
importantes princípios das forças que atuam em cada um dos ossos do esqueleto, com o
completo conhecimento dos movimentos funcionais do corpo e o total entendimento dos
princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no estado ativo, em repouso
15
Desta maneira, será utilizado neste estudo, o Método Pilates para proporcionar
melhora das algias lombares, concentração, alinhamento, respiração, centralização, vigor,
fluidez de movimento, coordenação e relaxamento, com o propósito de estimular os sistemas
respiratório, linfático e circulatório de forma que eles passem a funcionar de maneira mais
eficiente (ROBINSSON e NAPPER, 2002), preconizando a melhora das relações musculares
(KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI, 2004).
Sabe-se que, já em meados da década de 70, Campbell (1976, apud Awad &
Voruganti) tentou explicar as dificuldades que cercavam a conceituação do termo qualidade
de vida: “qualidade de vida é uma vaga e hétera entidade, no qual, não se pode definir
claramente o que é”. Na literatura recente essa afirmação é confirmada, porém apresenta ainda
controvérsias sobre este conceito, desde que o mesmo esteve associado aos trabalhos
empíricos. A partir da década de 90, parecem consolidar-se um consenso entre os estudiosos
17
da área quanto a dois aspectos relevantes do conceito de qualidade de vida, sendo eles
subjetividade e multidimensionalidade. No que concerne à subjetividade, trata-se de
considerar a percepção da pessoa sobre seu estado de saúde e sobre os aspectos não-médicos
do seu contexto de vida. Em outras palavras, como o indivíduo avalia a sua situação pessoal
em cada uma das dimensões relacionadas à QV. As dificuldades relativas à avaliação da QV
talvez limitem a sua inclusão na prática clínica, em grande parte devido à ausência de
informação das equipes de saúde sobre as diferentes possibilidades hoje existentes para
investigação da QV. De fato, segundo estudos realizados em outros países, parece que os
profissionais ainda têm resistido a incluir a avaliação da QV dos pacientes em sua rotina de
atendimento clínico (SEIDL e ZANNON, 2004).
Fleck et al., (2000) na busca de um instrumento que avaliasse qualidade de vida dentro
de um aspecto verdadeiramente internacional fez com que a Organização Mundial da Saúde
(OMS) desenvolvesse um projeto colaborativo e aplicável em diversos países. O resultado
deste projeto foi a elaboração do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-
100), um instrumento que avalia a qualidade de vida, composto por 100 itens e divididos em
seis domínios, que são físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio
ambiente e aspectos espirituais/religião/crenças pessoais. A necessidade de instrumentos
curtos que demandem pouco tempo para seu preenchimento, mas com características
psicométricos satisfatórias, fez com que o Grupo de Qualidade de Vida da OMS
desenvolvesse uma versão abreviada do WHOQOL-100, o WHOQOL-bref, este consta de 26
questões, sendo duas questões gerais de qualidade de vida e as demais representam cada uma
das 24 facetas que compõe o instrumento original. Assim, diferente do WHOQOL-100 em
que cada uma das 24 facetas é avaliada a partir de quatro questões, no WHOQOL-bref cada
faceta é avaliada por apenas uma questão. O critério de seleção das questões para compor o
WHOQOL-bref foi tanto psicométricos como conceitual. No nível conceitual, foi definido
pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS de que o caráter abrangente do instrumento
original (o WHOQOL-100) deveria ser preservado. Assim, cada uma das 24 facetas que
compõem o WHOQOL-100 deveria ser representada por uma questão. No nível psicométrico
foi então selecionada a questão que mais altamente se correlacionasse com o escore total do
WHOQOL-100, calculado pela média de todas as facetas. Após esta etapa, os itens
selecionados foram examinados por um painel de peritos para estabelecer se representavam
conceitualmente cada domínio de onde às facetas provinham. Dos 24 itens selecionados, seis
foram substituídos por questões que definissem melhor a faceta correspondente. Três itens do
domínio relacionado ao meio ambiente foram substituídos por serem muito correlacionados
com o domínio psicológico. Os outros três itens foram substituídos por explicarem melhor a
faceta em questão e foi realizada análise fatorial confirmatória para uma solução de quatro
domínios (FLECK et al., 2000).
19
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVO
4. MÉTODOS
4.1 Sujeitos
4.5 Procedimentos
Para a avaliação da intensidade de dor relatada pelos estudantes, foi utilizada a Escala
Visual Numérica (EVN) (Anexo 2), descrita por Souza e Silva, que consiste numa escala
graduada no nível 0 ao 10. Essa consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor no
paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente durante o
tratamento, sendo 0 ausência total de dor e 10 um nível de dor máxima suportável.
A avaliação postural (Anexo 3) foi realizada, pois se fez importante para que se
pudesse mensurar os desequilíbrios e adequarmos a melhor postura a cada indivíduo,
possibilitando a reestruturação completa de nossas cadeias musculares e seus pocisionamentos
no movimento e/ou na estática. A partir deste procedimento, pode se mover a prevenção de
muitos males causados inicialmente pela má postura fruto de ausência de controle e
informação (EFDEPORTES, 2003). Todos os pacientes foram avaliados nas mesmas posições
devido a uma marcação no chão para o correto posicionamento dos pés, observados nas
posições anterior (sendo observado altura dos ombros, das espinhas ilíaca ântero superiores),
lateral (observando o alinhamento da cabeça, protrusão de ombros, hipercifose torácica,
hiperlordose lombar) e posterior (observando a altura dos ombros, alinhamento da coluna e
espinha ilíaca postero inferior) em frente a uma parede branca.
24
Para a análise dos dados, foi utilizado a sintaxe do WHOQOL- BREF e estatística
descritiva com valores absolutos e relativos, sendo demonstrados os resultados através de
gráficos e tabela.
25
5. RESULTADOS
O gráfico 1 representa o gênero dos estudantes que participaram das aulas do Método
Pilates.
Gráfico 1 – Gênero dos estudantes que participaram das aulas do Método Pilates.
O gráfico 2 representa a incidência dos estudantes que apresentaram algum tipo de dor
lombar.
Gráfico 2 - Incidência dos estudantes que apresentaram algum tipo de dor lombar
O gráfico 3 indica o grau de dor que os estudantes apresentaram pré aulas do Método
Pilates
A amostra indica que 4 (40%) dos voluntários tiveram grau de dor 8, 5(50%)
apresentaram grau 7 e 1(10%) apresentaram grau 6 de dor de acordo com Escala Visual
Numérica.
28
O gráfico 4 representa o grau de dor dos estudantes pós aulas Método Pilates.
O gráfico 4 indica que na reavaliação pós Método Pilates a diminuição de dor foi
considerável tendo 2 (20%) dos voluntários apresentado grau 5, 4 (40%) grau 4, 3 (30%) grau
3 e 1 (10%) destes apresentou grau 2.
29
Gráfico 5 - Teste de 10 minutos de Hendler para pacientes com Lombalgia Crônica pré
tratamento
A amostra indica que antes do tratamento por meio do Método Pilates 10 (100%) dos
estagiários obtiveram uma pontuação entre 19 e 31 pontos na escala de 10 minutos de
Hendler.
30
A amostra indica que após o tratamento por meio do Método Pilates 5 (50%) dos
estagiários obtiveram uma pontuação entre 0 e 18 pontos e 5 (50%) entre 19 e 31 pontos na
escala de 10 minutos de Hendler.
31
A amostra revela que pós tratamento Método Pilates houve uma redução dos
estagiários que apresentavam a patologia em 20% no qual 8 (80%) não apresentavam a
patologia e apenas 2 (20%) mesmo pós tratamento permaneciam com a patologia.
35
Físico 70 77,5
Psicológico 71,25 85
Tabela 1 - Resultados domínios referente ao Whoqol-bref pré e pós aplicação Método Pilates
6. DISCUSSÃO
Neste estudo cerca de 22 (61%) apresentaram dores lombares e apenas 14 (39%) não
apresentavam patologia nesta região. O estudo de SIQUEIRA, KUCAHÚ e VIEIRA (2008)
avaliaram 56 fisioterapeutas da cidade de Recife, Pernambuco, no qual, apresentou um índice
semelhante a um total de 78,58% de queixas. Esse resultado colabora com nosso estudo que
indica um alto índice de queixas na categoria de Fisioterapeutas, que podem ter se iniciado
durante os atendimentos no estágio, ainda no período da Graduação. Vale ressaltar ainda que
a carga horária de estágio dos alunos do Curso de Fisioterapia, no último ano da graduação é
alta, o equivale a 20% da carga horária total do curso. Na maioria das vezes é superior a 700
horas, dividas em 2 semestres. (Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Fisioterapia, 2002).
37
No presente estudo após aplicação do método Pilates, observou-se que houve uma
redução de 30% dos casos de hiperlordose apresentados pré aplicação do Método. No estudo
de Lima (2006) um grupo experimental formado por mulheres com diagnóstico de lombalgia
crônica passaram por intervenção através do Método Pilates e cerca de 80% das participantes
tiveram um decréscimo importante nos níveis de dor o que confirma a eficácia do método,
Segundo Vitti e Lucrarete foram avaliados duas formas comuns de exercícios atuantes no
músculo transverso abdominal, o Método Pilates e o exercício tradicional de contração do
mesmo, e também a atuação desse músculo na função normal de estabilidade da coluna. Esses
dados se justificam pelo fato de que o treino com o Método Pilates é mais eficaz quando
comparado aos exercícios de contração, pois mantém a estabilidade lombar pélvica e o
desempenho do músculo transverso abdominal.
Diante dos resultados obtidos, o atual estudo evidenciou que há uma relação na
redução das dores lombares após as sessões com o Método Pilates e o índice de estudantes
que apresentavam hipercifose torácica, onde cerca de 40% dos estagiários apresentavam
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hipercifose torácica e após aplicação do Método Pilates houve uma queda de 20% desses
valores, nos quais podem ser explicados através da utilização de exercícios de fortalecimento
e flexibilidade do mesmo. Segundo KOLYNIAK, CAVALCANTI e AOKI (2004) os
resultados demonstrados no estudo o Método Pilates foi eficiente em promover um aumento
no pico de torque, trabalho total, potência e quantidade de trabalho total durante a extensão do
tronco evidenciando que este método de treinamento pode ser utilizado como estabilizador da
região lombar, sendo eficaz para atenuar o desequilíbrio que possa haver entre a função dos
músculos envolvidos na flexão e extensão do tronco. Os resultados também são justificados
pelo fato da influência dos exercícios promoverem aumento da força muscular, flexibilidade,
melhora da coordenação e do equilíbrio, prevenindo assim o aumento da cifose torácica.
7. CONCLUSÃO
No presente estudo verificou-se que a maioria dos acadêmicos possui dor lombar,
através da proposta de tratamento por meio do Método Pilates, observou-se melhora da
postura e diminuição da dor em estudantes de fisioterapia portadores de lombalgia crônica.
Em relação a qualidade de vida analisada pelos domínios do whoqol-bref observou-se uma
melhora em relação ao domínio ambiental quando comparados aos domínios físicos,
psicológicos e sociais. Isto se deve devido a qualidade de vida refletir a percepção de sua
posição na vida, no contexto da cultura, e do sistema de valores em que vive, em relação aos
seus objetivos, suas expectativas e seus padrões.
40
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir deste estudo observa–se que os resultados obtidos poderiam ser mais
expressivos se houvesse maior número de participantes e tempo de tratamento, isto apenas
evidencia a não participação dos alunos nos projetos ofertados pela Universidade o que
favorece aos fatores de risco que podem desencadear uma possível lombalgia crônica devido a
posicionamentos inadequados, sedentarismo entre outros durante a prática do estágio.
41
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, S.C; ARAÚJO, A.G.R.; VILLAR, M.J.P. Escola de Coluna: Revisão Histórica
e sua Aplicação na Lombalgia Crônica. Revista Brasileira de Reumatologia. v.45, p. ,2005.
CERVAN, M.P.; SILVA, M.C.P.; LIMA, R.L.O.; COSTA, R.F. Estudo comparativo do
nível de qualidade de vida entre sujeitos acondroplásicos e não acondroplásicos. Jornal
Brasileiro Psiquiatria. v.57, n.2, 2008.
FILHO, T.E.P.B.; JÚNIOR, R.B. Coluna vertebral. São Paulo, Sarvier, 1997.
FLECK, M.P.A.; LOUZADA, S.; XAVIER, M.; CHACHAMOVICH, E.; VIEIRA, G.;
SANTOS, L.; PINZON, V. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado
de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL- bref”. Revista de saúde pública. v.34, n2,
2000.
MINAYO, M.C.S.; HARTZ, Z.M.A.; BUSS, P.M. Qualidade de vida e saúde: um debate
necessário. Ciência saúde coletiva. v. 5, n.1, 2000.
MOORE, K.L.; Anatomia Orientada para Clínica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
1994.
PETIT, J.D. Patologia Mecânica e Degenerativa da Coluna Vertebral Região Lombar. In:
GABRIEL, R.S.; PETIT, J.D.; CARRIL, L.S. Fisioterapia em Traumatologia Ortopedia e
Reumatologia. Rio de Janeiro, Revinter, 2001. p.309-311.
SILVA, M.C.; FASSA, A.G.; VALLE, N.C.J. Dor Lombar Crônica em uma População
Adulta do Sul do Brasil: Prevalência e Fatores Associados. Cad Saúde Publica 20(2), 377-
385,2004.
STEINMAN, J. Equipe Tao Pilates Instituto de medicina do Esporte. Tao Pilates. Santa
Catarina, 2008. p. 11-12.
ANEXOS
ANEXO 1
ANEXO 2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
47
ANEXO 3
Avaliação Postural
VISTA ANTERIOR
VISTA LATERAL
VISTA POSTERIOR
ANEXO 4
49
50
51
52
ANEXO 5
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Orientador: Prof. Ms. Dra Rosimeire Simprini Padula, Departamento de Fisioterapia – Universidade São
Francisco - USF.
Aluno (a): Thalita Fagundes
Local do desenvolvimento do projeto: Departamento de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança
Paulista.
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Assinatura do voluntário
_________________________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável