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SOLÂNGELA NUNES DE ALMEIDA

A INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA


LOMBOPÉLVICA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE
ESFORÇO FEMININA

TEIXEIRA DE FREITAS-BA
2020
SOLÂNGELA NUNES DE ALMEIDA

A INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA


LOMBOPÉLVICA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE
ESFORÇO FEMININA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduada em
Fisioterapia.

Orientador: Marcela Jorge

TEIXEIRA DE FREITAS-BA
2020
SOLÂNGELA NUNES DE ALMEIDA

A INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA LOMBOPÉLVICA


NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO FEMININA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Fisioterapia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Teixeira de Freitas-BA, 04 de Dezembro de 2020


Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, por ser essencial em minha vida,
autor da minha história, socorro presente
na hora da angústia, ao meu esposo
Antônio, ao meu pai Eronildes, minha mãe
Delcy e aos meus irmãos e sobrinhos pelo
constante incentivo e lições de
persistência.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus que tudo pode, que tudo vê e tudo sabe, pois
assim como nem mesmo uma folha pode cair da árvore sem sua permissão, sequer
uma lauda poderia ter sido escrita sem o seu consentimento.
Agradeço ao meu esposo, companheiro, compreensivo, participante,
intercessor em todas as fases da minha vida. Amo você e te admiro muito como ser
humano e profissional, você é minha inspiração.
Agradeço a minha mãe Delcy, minha heroína que sempre me deu muito amor
e apoio, eu jamais conseguirei agradecer e recompensar tudo o que fez e faz por
mim, meu amor incondicional.
Agradeço meu pai Eronildes, ele sempre me ensinou que em tudo que for
fazer seja honesto e sempre me apoiou em todas as minhas decisões, amo o
senhor.
Agradeço aos meus irmãos por todos os incentivos e colaboração para o meu
crescimento.
Agradeço aos meus sobrinhos porque eles enchem a minha vida de felicidade
e amor.
Agradeço aos meus amigos e companheiros de estudo Elis Cristina, Tiago
Paranhas e Mirelle Pires pela parceria de sempre e por ter me dado força para
continuar essa jornada, amo vocês.
Agradeço a todos os professores pela paciência, pela partilha de
conhecimento, pelos ensinamentos para a vida.
Agradeço a minha tutora Marcela Jorge e professora Rose Marie, pois sem
vocês este TCC não teria sido possível.
Agradeço todos que direta ou indiretamente contribuíram para a minha
formação.
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para
todo o propósito debaixo do céu”.
Eclesiastes 3:1
ALMEIDA, Solângela Nunes. A INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA
LOMBOPÉLVICA NA INCONTINÊNCIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE
ESFORÇO. 2020. Número total de folhas 34. Trabalho de Conclusão de Curso
Graduação em Fisioterapia – Faculdade Pitágoras, Teixeira de Freitas-BA, 2020.

RESUMO

A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina pela uretra, é um


distúrbio generalizado e bem conhecido que afeta milhões de mulheres em todo o
mundo, na incontinência urinária de esforço (IUE) a perda urinária ocorre em
situações nas quais existe aumento da pressão intra-abdominal e na ausência de
atividade contrátil do músculo detrusor, com maior prevalência nas mulheres. O
objetivo geral desse trabalho foi entender a influência da alteração biomecânica
lombopélvica no tratamento da incontinência urinária de esforço feminina. A
metodologia utilizada caracteriza-se como uma revisão bibliográfica, foram utilizados
como fonte de referências livros, revistas, periódicos e artigos. Conclui-se que,
apesar da IUE não levar à morte, ela leva a portadora a certos transtornos, podendo
levar ao isolamento social ou até mesmo uma depressão. A fisioterapia é a primeira
escolha para tratar a IUE, a cinesioterapia do assoalho pélvico associado com outros
métodos de intervenções e com o fortalecimento das estruturas adjacentes foi
positiva na obtenção de melhoras sobre a perda de urina. A maior objeção para
realização dessa pesquisa foi encontrar referencial teórico que relacionasse a
alterações posturais com a IUE. Dessa forma sugere-se que novas pesquisas sejam
realizadas aplicando a influência alteração biomecânica lombopélvica juntamente
com o fortalecimento perineal para o tratamento desta condição.

Palavras-chave: Anatomia da Pelve 1. Biomecânica da Pelve 2. Incontinência


Urinária de Esforço 3. Tratamento para Incontinência Urinária de Esforço 4.
ALMEIDA, Solângela Nunes. A INFLUÊNCIA DA ALTERAÇÃO BIOMECÂNICA
LOMBOPÉLVICA NA INCONTINÊNCIA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE
ESFORÇO. 2020. Número total de folhas 34. Trabalho de Conclusão de Curso
Graduação em Fisioterapia – Faculdade Pitágoras, Teixeira de Freitas-BA, 2020.

ABSTRACT

Urinary incontinence (UI) is the involuntary loss of urine through the urethra, it is a
widespread and well-known disorder that affects millions of women worldwide, in
stress urinary incontinence (SUI) urinary loss occurs in situations where there is an
increase intra-abdominal pressure and in the absence of contractile activity of the
detrusor muscle, with greater prevalence in women. The general objective of this
work was to understand the influence of lumbopelvic biomechanical changes in the
treatment of female stress urinary incontinence. The methodology used is
characterized as a bibliographic review, books, magazines, periodicals and articles
were used as a source of references. It is concluded that, although SUI does not lead
to death, it leads to certain disorders, which can lead to social isolation or even
depression. Physiotherapy is the first choice to treat SUI, kinesiotherapy of the pelvic
floor associated with other methods of interventions and with the strengthening of
adjacent structures was positive in obtaining improvements in urine loss. The biggest
objection to conducting this research was to find a theoretical framework that related
the postural change to the SUI. Thus, it is suggested that further research be carried
out applying the lumbopelvic biomechanical influence change together with perineal
strengthening to treat this condition.

Keywords: Pelvis Anatomy 1. Pelvis Biomechanics 2. Stress Urinary Incontinence 3.


Stress Urinary Incontinence Treatment 4.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Camada profunda do assoalho pélvico feminino .................................... 19


Figura 2 – Posicionamento da pelve ....................................................................... 20
Figura 3 – Vista lateral da coluna vertebral ............................................................. 21
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Assoalho Pélvico
EMG Eletromiografia
FES Estimulação Elétrica Funcional
IU Incontinência Urinária
IUE Incontinência Urinária de Esforço
MAP Músculos do Assoalho Pélvico
RPG Reeducação Postural Global
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..... .............................................................................................. 13
2. ANATOMIA, BIOMECÂNICA DA REGIÃO PÉLVICA E ESTRUTURAS
ADJACENTES.......................................................................................................... 15
2.1 ANATOMIA......................................................................................................... 15
2.2 BIOMECÂNICA................................................................................................... 16
2.3 ESTRUTURAS ADJACENTES.......................................................................... 18
3. FORTALECIMENTO DO MAP E ASSOCIAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS DE
INTERVENÇÕES.......................................................................................................22
3.1 SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO................................................................24
4. FORTALECIMENTO DO MAP COM GRUPOS MUSCULARES ADJACENTES
E SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO..................................................................26
4.1 SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO................................................................28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................30
6. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 31
13

1. INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina pela uretra, é um


distúrbio generalizado e bem conhecido que afeta milhões de mulheres em todo o
mundo, na incontinência urinária de esforço (IUE) a perda urinária ocorre em
situações nas quais existe aumento da pressão intra-abdominal e na ausência de
atividade contrátil do músculo detrusor, com maior prevalência nas mulheres. Dentre
os tratamentos existentes a fisioterapia é a primeira escolha para o tratamento da
IUE.
Sabe-se que o corpo é formado por cadeias musculares que trabalham em
sinergia, sendo que uma alteração postural pode desencadear o mau funcionamento
de outra estrutura. Dessa forma, o presente trabalho justifica-se na relevância que o
tema possui do corpo funcionar de forma sinérgica, além de ser um tema que aflige
milhares de mulheres. Pode-se afirmar que, entender a relação da alteração
biomecânica lombopélvica na IUE aprofunda a compreensão para o tratamento,
levando em conta que a IUE afeta a qualidade de vida e gera problemas
biopsicossocial. Nessa situação, foi proposto o seguinte questionamento: De que
forma a alteração biomecânica lombopélvica pode influenciar na incontinência
urinária de esforço feminina?
O objetivo geral desse trabalho foi entender a influência da alteração
biomecânica lombopélvica no tratamento da incontinência urinária de esforço
feminina. Por essa razão, foi fundamental abordar anatomia, biomecânica da região
pélvica e de estruturas adjacentes que podem ter influência com a incontinência
urinária de esforço; elencar as intervenções fisioterapêuticas no tratamento da
incontinência urinária de esforço; discutir se o fortalecimento de estruturas
adjacentes aos músculos do assoalho pélvico (MAP) contribuem no tratamento da
incontinência urinária de esforço feminina.
A metodologia utilizada caracteriza-se como uma revisão bibliográfica, foram
utilizados como fonte de referências livros, revistas, periódicos e artigos. A
construção desde trabalho aconteceu mediante as publicações nas bases de dados
PUBMED/MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrievel) e SCIELO (Scientific
Electronic Library Online), utilizando os descritores: incontinência urinária de esforço
14

feminina, anatomia pélvica, biomecânica pélvica, assoalho pélvico, cintura pélvica,


estruturas adjacentes, tratamento da IUE, associações de métodos de tratamento da
IUE, associações do fortalecimento com outros grupos musculares, segunda linha de
tratamento.
15

2. ANATOMIA, BIOMECÂNICA DA REGIÃO PÉLVICA E ESTRUTURAS


ADJACENTES

2.1 ANATOMIA
De acordo com Ferreira (2008), a pelve é formada pelos seguintes ossos:
 Ílio: é um osso par, que articula-se na parte anterior com a sínfise
púbica; lateralmente com o fêmur; posteriormente com o sacro.
 Sacro: é um osso ímpar, sua parte superior faz conexão com a
última vértebra lombar (L5), e sua parte inferior com o cóccix.
 Cóccix: é um osso ímpar, possui de quatro a cinco vértebras fundidas.
O cíngulo do membro inferior é o ponto de inserção do membro inferior ao
tronco. A pelve óssea inclui: osso do quadril, uma fusão de três ossos separados
denominados ílio, ísquios e púbis. Os três ossos que formam o osso do quadril se
fundem em um osso único durante a fase tardia da adolescência. A pelve articula-se
com o sacro na articulação sacrilíaca (HANSEN, 2015).
De acordo com Barracho (2007), a pelve consiste a parte mais inferior do
tronco e fica numa posição intermediária entre o tronco e os membros inferiores. É
formada por dois ossos ilíacos, que se articula posteriormente com o sacro e
anteriormente entre si através da sínfise púbica.
É responsável pela sustentação de peso, locomoção e suporte de órgãos
pélvicos e estruturas anatômicas acessórias. Além disso, permite a transmissão
apropriada da pressão da parte superior do corpo, através da coluna vertebral, para
os membros inferiores (FERREIRA, 2011).
O assoalho da pelve está revestido por músculos que formam o chamado
diafragma da pelve. Esta lâmina muscular que oblitera a abertura inferior da pelve
compreende o m. coccígeo e o m. levantador do ânus (DANGELO & FATTINI, 2011).
Comumente, divide-se o m. levantador do ânus em três partes: m.
pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo. O levantador do ânus é principalmente uma
estrutura de suporte, mas sua ação esfincteriana se manifesta no canal anal e
vaginal (BARRACHO, 2007)
16

O diafragma da pelve é formado pelo M. levantador do ânus, pelo M.


isquiococcígeo e pelo M. esfíncter externo do ânus. A ele pertence, entre outros, o
M. transverso profundo do períneo, o M. esfíncter da uretra, o M. transverso
superficial do períneo. No homem, só a uretra passa através do diafragma
urogenital, na mulher, passam a uretra e a vagina (SOBOTTA, 2006).
Na mulher, o conteúdo da pelve inclui órgãos do sistema urinário (bexiga,
ureteres e uretra), do sistema genital (vagina, útero, tuba uterina e ovários) e do
sistema digestório (reto) (DANGELO & FATTINI, 2011).

Figura 1: Camada profunda do assoalho pélvico feminino


Fonte: Moore et al (2011. p. 51)

2.2 BIOMECÂNICA
De acordo com Kendall (2007), na posição neutra da pelve existe a lordose
lombar, uma curva anterior normal da região. A pelve em posição neutra favorece
para o bom alinhamento do abdome e do tronco e das extremidades abaixo.
Qualquer inclinação da pelve envolve movimentos da região lombar e das
articulações do quadril. Os músculos que mantém o bom alinhamento da pelve, tanto
anteroposterior quanto lateralmente, são fundamentais na manutenção de um bom
alinhamento global.
Toda a rotação do cíngulo do membro inferior, na verdade, resulta do
movimento em um ou mais dos seguintes locais: o quadril direito, o quadril esquerdo
e a parte da lombar da coluna vertebral. (FLOYD, 2016).
17

Segundo HALL (2018), a pelve no seu posicionamento se assemelha com a


cintura escapular para a realização eficiente dos movimentos dos membros. Os
movimentos da cintura pélvica também são coordenados com certos movimentos da
coluna vertebral
A própria pelve movimenta-se em três direções – inclinação anteroposterior,
inclinação lateral e rotação. A inclinação pélvica anterior acentua a lordose lombar,
enquanto a inclinação pélvica posterior reduz a lordose lombar. A inclinação lateral
sugestivo de escoliose. A rotação pelve requer que a coluna lombar e o troco
acompanhe a rotação da pelve – ritmo lombopélvico ipsidirecional (NEUMANN,
2018).

Figura 2: Posicionamento da pelve


Fonte: Kendall et al. (1995, p.20)

A região da cintura agrupa todos os músculos que fixam a pelve às regiões


altas do tronco. Todos esses músculos podem tracionar a pelve uma ou outra de
suas partes. Os principais músculos são: os músculos dorsais, os músculos oblíquos
do abdome, o músculo reto do abdome (CALAIS, 2013).
A retroversão pélvica ativa é produzida pelo músculo extensor do quadril e
dos músculos abdominais. A coluna vertebral acompanha o movimento de
retroversão da pelve, ficando “reta”, ou seja, perdendo sua curvatura fisiológica
natural (NEUMANN, 2018; RIBEIRO et al., 2018).
18

De acordo com Hall (2018), o exagero da curvatura lombar, ou hiperlordose, é


frequentemente associado ao enfraquecimento dos músculos abdominais e à
inclinação pélvica anterior.
O papel mais importante na correção da hiperlordose lombar correspondem
aos músculos do abdome, principalmente aos retos abdominais localizados do lado
da convexidade da curvatura lombar. A correlação da anteversão pélvica se obtém
pelas ações dos músculos extensores do quadril: a contração dos ísquitibiais e
especialmente do glúteo maior. (KAPANDJI, 2000).
Segundo El-Shamy (2013), a hiperlordose causa uma posterior rotação do
cóccix em relação aos ossos púbicos e produz alongamento nos músculos do
assoalho pélvico, prolongando as fibras musculares. No entanto, a hipolordose
causa rotação anterior do cóccix e cria um encurtamento das fibras musculares.
Ambas as distorções afetam a capacidade dos músculos do assoalho pélvico de
gerar contratilidade máxima.

Figura 3: Vista lateral da coluna vertebral


Fonte: Adaptada de Fisioterapia Quintana (2010, online)

2.3 ESTRUTURAS ADJACENTES


O assoalho pélvico deve ser entendido como parte de um sistema de
estabilidade que envolve as articulações pélvicas, a coluna lombar, o diafragma
respiratório e os músculos localizados nessas estruturas. Por isso, o mecanismo de
19

continência inclui, não só o diafragma pélvico, mas todos os componentes dessa


unidade funcional (SOARES et al., 2011).
As mudanças na postura lombopélvica influenciam a contratilidade dos MAP e
a quantidade de pressão vaginal gerada durante posturas estáticas e durante tarefas
dinâmicas (CAPSON et al., 2011).
Segundo Araújo (2010), o bom equilíbrio da pelve depende da condição
postural, ou seja, a pelve bem alinhada propicia o equilíbrio dos órgãos pélvicos
dentro da cavidade abdominal, favorecendo suas funções. A ação equilibrada dos
MAP em combinação com suas fixações de fáscias, atuando juntos na pelve pode
evitar o deslocamento dos órgãos pélvicos, manter a continência e controlar as
atividades expulsivas, uma vez que a pelve, estaticamente equilibrada, contribuirá
para a manutenção de um posicionamento correto das vísceras abdominais e um
perfeito funcionamento dos órgãos de sustentação, favorecendo a correta
transmissão das pressões intra-abdominal.
De acordo com os autores Santos et al. (2014), a continência em situações de
aumento de pressão intra-abdominal depende da manutenção de uma postura
correta da região pélvica. Os desequilíbrios pélvicos podem levar a um déficit de
força da musculatura perineal sendo um fator negativo para a continência, já que o
mecanismo esfincteriano também estará comprometido. A continência urinária
depende do equilíbrio entre as forças de expulsão e as de retenção (tonicidade dos
esfíncteres lisos e estriados e resistência uretral) e da posição intrapélvica (SANTOS
et al., 2014).
Segundo Cabral (2015), a alteração postural decorrente do envelhecimento é
influenciada pela força gravitacional, a qual inclina o corpo para frente, mantendo-o
em flexão, contribuindo para o aumento da cifose torácica e perda da lordose lombar
fisiológica. Estes fatores contribuem para a postura do tronco em flexão,
rebaixamento da cúpula diafragmática e aumento da pressão intra-abdominal,
resultado da elevação da pressão exercida no diafragma pélvico. Tais alterações
posturais parecem aumentar a IU que ocorre durante o esforço físico.
De acordo com Bussey (2019), a insuficiência dos MAP é um fator
significativo na IUE, que leva à perda involuntária de urina durante aumentos
abruptos da pressão intra-abdominal (por exemplo, tosse, espirro, elevação ou
20

risada). As sinergias dos músculos do assoalho pélvico e dos músculos abdominais


são um mecanismo potencialmente importante para promover a continência
resistindo ao aumento da pressão intra-abdominal. Além disso, os músculos do
assoalho pélvico, quando agem sinergicamente com os da cavidade abdominal,
particularmente os transversos abdominais e oblíquos internos, também são
importantes para a função lombopélvica e a estabilidade da coluna vertebral.
O controle do tronco depende da função e coordenação dos músculos da
cavidade abdomino-pélvica e a disfunção dessa musculatura pode levar a dor e
incapacidade. Co-ativação dos MAP e dos músculos abdominais contribui para o
aumento da estabilidade da coluna vertebral (BUSH et al., 2013; BUSSEY, 2019).
Para Pivetta (2014), indivíduos portadores de IU apresenta modificações na
postura, principalmente na pelve. Os MAP estão intimamente ligados com o controle
postural, pois uma das funções da pelve é manter o equilíbrio estático e dinâmico. A
pelve quando se encontra em equilíbrio nos planos frontal, sagital e horizontal
favorece a continência urinária nas situações que há aumento da pressão
abdominal, porém a pelve que se encontra em desequilíbrio, por exemplo, em
anteversão provoca maior tensão e distensão perineal, contribuindo para um mau
funcionamento esfincteriano.
Para Silva (2017) a fraqueza da MAP tem relação com desvio postural
lombopélvico. Ao avaliar um paciente com IUE deve-se fazer uma avaliação
musculoesquelética global, tirando o foco apenas da região perineal.
De acordo com os autores Sirqueira et al. (2012) e Souza (2012), o sacro é
considerado osso chave em disfunções viscerais localizadas na pelve menor como
útero, próstata, bexiga e reto por sua relação fáscia e neurológica. Qualquer
alteração da composição e do funcionamento de uma parte poderá, potencialmente,
ser transmitida e gerar influências em outros sistemas orgânicos proximais ou até
mesmo a distância do foco primário do desequilíbrio.
Segundo Wu et al., (2014), o distúrbio do AP está associado a vários fatores
sendo que existem fatores com maior impacto e prevalência, o aumento do IMC foi
associado a uma maior prevalência de distúrbios do assoalho pélvico. Com a
obesidade há um aumento da região da cintura e quadril, aumentando a pressão
intra-abdominal e consequentemente um aumento da pressão intra-vesical,
21

provocando alterações do mecanismo do trato urinário. A associação da obesidade


com os distúrbios do assoalho pélvico destaca a importância de realizar ações sobre
a perda de peso em mulheres com sobrepeso e obesas afim de evitar distúrbios do
AP e o acompanhamento das que já possui distúrbios do AP.
22

3. FORTALECIMENTO DO MAP E ASSOCIAÇÕES COM OUTROS MÉTODOS DE


INTERVENÇÕES
Treinamento muscular do assoalho pélvico é o tratamento fisioterapêutico
mais utilizado em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). O
fortalecimento do músculo pélvico tem sido amplamente utilizado no tratamento da
IUE desde que Kegel introduziu esse tipo de exercício (DEMOULIN et al., 2014;
HUNG, 2011).
Segundo autores Vries e Heesakkers (2017), a forma mais antiga são os
exercícios de Kegel, nomeados em homenagem ao urologista Arnold Kegel, que os
descreveu pela primeira vez em 1948. Eles consistem em conjuntos de 8 a 12
contrações do assoalho pélvico que precisam ser mantidas por cerca de 10s. Esses
exercícios exigem disciplina e constância dos pacientes, pois eles devem ser
repetidos várias vezes ao dia, por 4-5 meses.
PTAK et al. (2018), afirma que, os métodos de tratamento de primeira escolha
mais comumente recomendados, especialmente para IUE estágio 1, envolvem
exercícios para os músculos do assoalho pélvico. Muitas publicações enfatizam os
bons efeitos desse tipo de tratamento conservador, indicando assim que é o
tratamento não invasivo apropriado da IUE mais leve - estágio 1. Fazer esses
exercícios leva à estabilização da uretra através do aumento da massa muscular
(PTAK et al., 2018).
Segundo Cabral (2015), o tratamento convencional para a IUE utiliza
condutas invasivas, como por exemplo, a aplicação de cones vaginais e o
biofeedback com sonda vaginal, os quais são utilizados para o monitoramento da
funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico e eletroestimulação. Contudo,
além de tais condutas causarem desconforto e constrangimento, sua eficácia para o
tratamento de IUE pode ser questionada, uma vez que tais técnicas estimulem a
musculatura local do assoalho pélvico, elas não promovem correções posturais.
De acordo com os autores Herbison e Dean (2013) Uma maneira pela qual as
mulheres podem treinar esses músculos é inserindo pesos em forma de cone na
vagina e depois contraindo os músculos do assoalho pélvico para impedir que os
pesos voltem a cair. As mulheres são instruídas a inserir o cone que podem reter em
23

pé, movendo-se e tossindo na posição vertical, e, quando obtiverem sucesso, são


solicitadas a tentar o próximo cone mais pesado. Geralmente, as instruções são para
transportar o cone por duas sessões de 15 minutos por dia, por um mês ou mais
(HERBISON; DEAN, 2013)
A eletroestimulação e/ou o biofeedback devem ser usados para mulheres que
não podem contrair ativamente os músculos do assoalho pélvico (MAP), a fim de
melhorar a motivação e a adesão à terapia (SÁNCHEZ et al., 2019).
Segundo Cestári et al. (2016) o principal objetivo da eletroestimulação
funcional (FES) é o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, logo ela
contribui para melhorar a pressão de fechamento uretral, as correntes bifásicas (ou
FES) com frequências compreendidas entre 20-100 Hz, principalmente de 50 Hz,
são as mais utilizadas.
Vries e Heesakkers (2017) afirma que, o biofeedback pode ajudar no
treinamento dos músculos do assoalho pélvico, dando ao paciente um feedback
sobre como o exercício realizado. Existem muitas técnicas de "feedback", desde
palpação manual simples, até cones vaginais de diferentes tamanhos que precisam
ser mantidos no lugar, até técnicas mais caras baseadas em eletromiografia (EMG).
Segundo Silva (2017), o tratamento fisioterapêutico da IUE deve basear-se na
reeducação de hábitos de vida, alongamentos do MAP, cinesioterapia, e utilização
do aparelho biofeedback. Em um programa completo para o tratamento da
incontinência urinária de esforço deve ser incluído não apenas um trabalho de
reeducação perineal, mas também uma avaliação postural dessas pacientes para
observar o desempenho dos músculos abdominais, músculos do quadril (piriforme,
obturador interno e adutores), entre outros que possam estar influenciando na
incontinência urinária.
De acordo com Camillato et al., (2012), para obter resultados positivos no
tratamento fisioterapêutico das técnicas conservadoras depende do grau de
motivação e adesão do paciente. Sendo assim é de fundamental importância que
todas as mulheres recebam orientações e esclarecimentos para compreensão de
suas patologias e das possibilidades terapêuticas, para, assim, se envolverem mais
com o tratamento (CAMILLATO et al, 2012).
24

3.1 ASSOCIAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS DE INTERVENÇÃO


Segundo Cabral et al. (2015), os exercícios de RPG pode ser um meio eficaz
para o tratamento dos sintomas da IUE, alongando os músculos encurtados e
fortalecendo os fracos. Além disso, o método de RPG proporciona melhora na
função contrátil do assoalho pélvico, proporcionalmente a melhora da postura da
pelve e redução dos sintomas de IUE (CABRAL et al, 2015).
De acordo com Teodori et al. (2011), os benefícios do método RPG são:
melhora da força muscular respiratória, expansibilidade torácica, mobilidade
toracoabdominal e da pressão respiratória máxima, além de redução da dor e da
perda de urina em mulheres incontinentes, melhora da flexibilidade, e da
estabilidade postural em alterações ortopédicas de membros inferiores.
Segundo Fozzatti et al. (2010), o equilíbrio da lordose lombar e os músculos
transverso do abdome são responsáveis pela manutenção da pressão intra-
abdominal, a mobilidade do diafragma torácico, mais importante músculo da função
respiratória é responsável pelas variações da pressão intra-abdominal, são os
princípios básicos do tratamento de IUE pelo RPG.
A prática de Pilates também possui resultados importantes na IUE, seus
principais pilares são a reeducação postural fortalecimento da musculatura
pélvica, dando importância à respiração e controle abdominal, realizando
principalmente contrações concêntricas que atuam principalmente na
musculatura estática, podendo prevenir ou tratar a IUE (STELTER &
FRARE, 2014).
Segundo os autores Kajevski e Meneguini (2017), o Método Pilates atua no
tratamento das disfunções do assoalho pélvico, fazendo com que os músculos do
assoalho pélvico também participem da contração muscular durante os exercícios, o
método promove bons resultados para pacientes com IUE, melhorando a percepção
e consciência corporal da região da pelve.
Outro método utilizado pelos autores Costa et al. (2011) é a Ginástica
Hipopressiva, que é uma combinação de exercícios da musculatura abdominal e do
assoalho pélvico, sendo realizados em três fases: inspiração diafragmática lenta e
profunda; expiração completa. Tem como objetivo elevar tanto os órgãos abdominais
quanto MAP e sua diferença em relação a outros exercícios com o mesmo objetivo é
que este não necessita que o paciente tenha domínio proprioceptivo dos MAP, tendo
25

uma atuação significativamente importante para prevenção e tratamento de


distúrbios uroginecológicos, dentre eles a IUE.
26

4. FORTALECIMENTO DO MAP COM GRUPOS MUSCULARES ADJACENTES E


SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO
Segundo Marques et al. (2014), apenas exercícios para o fortalecimento da
MAP não é suficiente para tratar a IUE, deve-se acrescentar o fortalecimento de
glúteo máximo, médio e adutores do quadril, apresentando melhores resultados ao
longo do tratamento para a redução da perda de urina.
De acordo com Araújo e Carvalho (2012), para a diminuição de lesões e
fortalecimento da MAP e conforto lombopélvico é de fundamental importância a
estabilização central, promover o controle muscular para manter a estabilidade
funcional. Por exemplo, durante a tosse a pressão intra-abdominal aumenta, um
centro fraco será insuficiente na proteção dos órgãos pélvicos, empurrando esses
órgãos para baixo e sobrecarregando os MAP.
Para proteger esses órgãos, os três músculos abdominais trabalham com os
músculos da coluna para formar o centro de força. O assoalho pélvico
também é incluso nesse complexo pela forma que esse arranjo de músculos
e ligamentos conecta-se ao sistema nervoso central dos músculos
profundos abdominais. O fortalecimento da região central, então, pode
promover bons resultados para pacientes com disfunções desses músculos
(ARAÚJO; CARVALHO, 2012).
Segundo Monteiro (2010), durante o exame da atividade eletromiográfica
observou-se que ao realizar a contração perineal há atuação dos músculos
transverso do abdome, oblíquo interno, adutores de coxa e glúteo, sem essa
atuação ocorre uma diminuição de força de contração do períneo. Para obter
resultados satisfatórios no tratamento da IUE, é necessário associar exercícios
físicos que trabalhem essas musculaturas juntamente com os MAP.
Kamel et al. (2013), realizou um estudo 12 semanas para o tratamento da IUE
leve em mulheres obesas, no qual comparou os benefícios de treinamento de força
muscular do AP e abdômen. No Grupo de Intervenção foi realizado o treinamento
dos músculos transverso do abdômen, oblíquo interno e os MAP, no Grupo Controle,
foi realizado apenas o treinamento dos MAP. Além disso, os dois grupos foram
incentivados na realização dos exercícios e na execução correta dos mesmos,
receberam orientações de realizar três refeições ao dia, sendo que não poderia
ultrapassar 1.200 kcal/dia. Ao concluírem as 12 semanas de treinamento, o Grupo
27

de Intervenção apresentou melhores resultados na pressão vaginal e no vazamento


de urina em comparação ao Grupo de Controle.
Ptak et al. (2017), durante 6 meses analisaram o impacto do tratamento
conservador na qualidade de vida em pacientes com IUE estágio 1. O Grupo de
Intervenção realizou o treinamento dos MAP e exercícios adicionais para o músculo
transverso do abdômen, já o grupo de controle realizou apenas exercícios para os
MAP, o tratamento de intervenção obteve melhores resultados. Os autores
chegaram a seguinte conclusão, uma vez que o regime com exercícios adicionais
para o músculo abdominal transverso mostrou-se mais eficaz, deve ser considerado
como uma forma primária de intervenção em estudos futuros que tratem do
problema em questão (PATK et al. 2017).
Korelo et al. (2011), verificou através de um protocolo de fortalecimento da
musculatura do abdômen, se há alteração na funcionalidade da MAP. O Grupo
Controle foram orientados a contrair a musculatura do abdômen e períneo
simultaneamente, o Grupo Controle não receberam a orientação de contrair a MAP
ao realizar o fortalecimento do abdômen. Os resultados obtidos através do estudo foi
que o Grupo de Intervenção teve melhores resultados do que o Grupo de Controle.
Chegando à conclusão de que, o fortalecimento abdominal influencia na força e na
função da musculatura do assoalho pélvico (KORELO et al. 2011).
Deepthis et al. (2017), durante 90 dias comparam a eficácia dos exercícios de
Kegel com o treino de fortalecimento dos MAP, incluindo os músculos reto
abdominal, transverso do abdômen e glúteo máximo. Os autores concluíram que
ambos os grupos tiveram resultados positivos no fortalecimento do AP e redução da
perda de urina.
De acordo com Pascoal (2010), o treino da musculatura abdominal deve
respeitar os princípios de contenção urinária, o profissional deve orientar o paciente
a contrair voluntariamente os MAP antes de qualquer ativação abdominal. Na mulher
incontinente ou de elevada probabilidade de incontinência o treino dos MAP deverá
anteceder o trabalho abdominal.
Segundo Kannan et al., (2018), quando as mulheres se encontra em posição
de dorsiflexão há uma melhora na atuação de mecanismos continentes aos esforços
28

na região do assoalho pélvico (há um afastamento das tuberosidades isquiáticas,


sacro e cóccix se anterioriza) melhorando o suporte, além disso a ação do músculo
pubococcígeo é potencializada evitando a perda urinária aos esforços, ao realizar a
fisioterapia do AP é recomendado que a posicionamento dos pés estejam neutros ou
em dorsiflexão. Sendo assim as mulheres com incontinência urinária de esforço
devem ser aconselhadas a usar sapatos baixos em vez de sapatos de salto alto,
pois podem experimentar mais vazamento durante o esforço em pé e devem ser
orientadas sobre a postura corporal e o posicionamento dos tornozelos durante o
exercício e as atividades diárias.
O sucesso do tratamento de IUE depende da motivação e do empenho tanto
da paciente quanto da equipe multidisciplinar envolvida (CAMILLATO et al, 2012).

4.1 SEGUNDA LINHA DE TRATAMENTO


De acordo com os autores Stewart et al. (2017), a cirurgia geralmente é
sugerida como uma opção de segunda linha em que o tratamento conservador não
melhorou os sintomas da mulher ou ela não está disposta ou não pode continuar o
tratamento. O objetivo do procedimento cirúrgico é restaurar ou melhorar o suporte
uretral durante um movimento de aumento da pressão intra-abdominal, como tosse
ou espirro, impedindo a perda involuntária de urina (CAMILLATO et al, 2012).
Stewart et al. (2017), outras opções de tratamento de segunda linha menos
invasivas disponíveis em alguns países incluem agentes de volume, em que uma
substância é injetada na parede da uretra para aumentar seu tamanho e permitir que
ela permaneça fechada ou terapia farmacológica, geralmente com duloxetina. As
desvantagens desses tratamentos são que eles provavelmente são menos eficazes
que a cirurgia e, no caso de terapia medicamentosa, a adesão a longo prazo é
geralmente necessária e está associada a efeitos colaterais desagradáveis
(STEWART et al, 2017).
De acordo com Camillato et al. (2012), o objetivo do procedimento cirúrgico é
restaurar ou melhorar o suporte uretral durante um movimento de aumento da
pressão intra-abdominal, como tosse ou espirro, isso impede a perda involuntária de
urina. Apesar tratamento cirúrgico ser eficaz, a fisioterapia ainda deve ser a primeira
29

opção de tratamento conservador para mulheres com IUE, pois é um método


seguro, eficaz e de baixo custo.
30

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que, apesar da IUE não levar à morte, ela leva a portadora a
certos transtornos, podendo levar ao isolamento social ou até mesmo uma
depressão. Sendo assim é necessário buscar maior entendimento e soluções
terapêuticas para o tratamento, visando sempre uma melhor qualidade de vida.
Mediante as pesquisas desse trabalho obteve-se os seguintes resultados, a
fisioterapia é a primeira escolha para tratar a IUE, a cinesioterapia do assoalho
pélvico associado com outros métodos de intervenções e com o fortalecimento das
estruturas adjacentes foi positiva na obtenção de melhoras sobre a perda de urina.
A maior objeção para realização dessa pesquisa foi encontrar referencial
teórico que relacionasse as alterações posturais com a IUE. Dessa forma sugere-se
que novas pesquisas sejam realizadas aplicando a influência da alteração
biomecânica lombopélvica juntamente com o fortalecimento perineal para o
tratamento desta condição.
31

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