Você está na página 1de 32

Ministério da Educação

Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Fisioterapia

PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL E SUA


ASSOCIAÇÃO COM NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, MATURAÇÃO
SEXUAL E FAIXA ETÁRIA - UM ESTUDO TRANSVERSAL

Josiane Pereira Bezerra

NATAL – RN
2022
Ministério da Educação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Fisioterapia

PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL E SUA


ASSOCIAÇÃO COM NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, MATURAÇÃO
SEXUAL E FAIXA ETÁRIA - UM ESTUDO TRANSVERSAL

Josiane Pereira Bezerra

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-requisito
para obtenção de grau de FISIOTERAPEUTA.

Orientador: Prof. Dr. Marcello Barbosa Otoni


Gonçalves Guedes.
Coorientador: Me. Geronimo José Bouzas Sanchis.
BANCA EXAMINADORA

TRABALHO APRESENTADO POR JOSIANE PEREIRA BEZERRA


EM 08 DE DEZEMBRO DE 2022.

1o Examinador(a) ORIENTADOR :Prof. Dr. Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes


UFRN - Departamento de Fisioterapia
Nota atribuída:

2o Examinador(a): Prof. Me. Geronimo Jose Bouzas Sanchis


UFMG - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Nota atribuída:

3o Examinador(a): Dr. Rafael Limeira Cavalcanti


MARINHA DO BRASIL
Nota atribuída:
DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho de conclusão de curso primeiramente à Deus pela oportunidade de


estar prestes a me formar em uma universidade de excelência. A minha família e amigos, em
especial minha mãe Antonia Bezerra e minha irmã Juliane Bezerra de Azevedo, que sempre me
incentivaram na minha trajetória acadêmica. Ao professor orientador Marcello Barbosa Otoni
Gonçalves Guedes e ao coorientador Geronimo Jose Bouzas Sanchis pela dedicação na orientação
deste projeto.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os que me ajudaram na elaboração deste trabalho. Primeiramente


agradeço a Deus por me guiar e me dar forças mesmo em momentos difíceis na elaboração deste
trabalho. Agradeço a todos os membros da minha família, e em especial a minha mãe de coração
Antonia Bezerra que sempre me incentivou na vida e nos estudos. A minha irmã Juliane Bezerra de
Azevedo e seu marido Sérgio Luiz Eduardo Ferreira da Silva que sempre estiveram dispostos a me
ajudar no que fosse necessário, sendo imprescindíveis para a conclusão deste trabalho. Ao meu
namorado Raniery Maia de Aquino que colaborou em diversos momentos para o desenvolvimento
deste. Ao professor orientador Marcello Barbosa Otoni Gonçalves Guedes e ao coorientador
Geronimo Jose Bouzas Sanchis que com muita dedicação doaram suas experiências e
conhecimentos para apoiar este projeto. A minha amiga e companheira de curso, Layane Cristine,
que dividiu comigo os momentos de aflição e de felicidade durante toda a graduação.
Sumário

RESUMO ………………………………………………………………………………………… VI
ABSTRACT …………………………………………………………………………………….. VII
LISTA DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS …………………………………………… VIII
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………...10
1.1 JUSTIFICATIVA ……………………………………………………………………………………. 12

2. OBJETIVOS ……………………………………………………………………………………………... 12

3. MÉTODOS ………………………………………………………………………………………………. 12
4.1. PROCEDIMENTO DA AVALIAÇÃO 13
4.2. VARIÁVEIS ………………………………………………………………………………………... 14
4.2.1. FAIXA ETÁRIA ……………………………………………………………………………... 14
4.2.1. NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA …………………………………………………………… 14
4.2.3. MATURAÇÃO SEXUAL …………………………………………………………………….15
4.3. VARIÁVEIS, CARACTERÍSTICAS, TIPO E CATEGORIAS ESTUDADAS ……………………16

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA ……………………………………………………………………………….16

RESULTADOS ……………………………………………………………………………………………... 17

DISCUSSÃO ……………………………………………………………………………………………….. 20

CONCLUSÃO ……………………………………………………………………………………………… 22

REFERÊNCIAS …………………………………………………………………………………………… 23
RESUMO

Introdução: A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é uma das disfunções musculoesqueléticas


mais comuns que afetam o joelho. Ela é caracterizada pela presença de dor mal definida na região
anterior do joelho ou dor difusa na região retropatelar. Essa patologia tem um público alvo
diversificado, com maior incidência entre o sexo feminino. Objetivo: Avaliar a prevalência e a
associação entre idade cronológica, maturação sexual e nível de atividade física e a SDPF em
escolares entre 10 e 18 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter exploratório
descritivo, transversal e quantitativo. Com avaliação de 200 escolares a partir das variáveis de nível
de atividade física (IPAQ versão curta) e maturação sexual (autoavaliação de Tanner). A nível de
análise de associação, foram calculadas as Razões de Prevalência (RP) ajustadas e os intervalos de
confiança (IC 95%) do desfecho em relação às variáveis independentes. Foi considerado 5% de
nível de significância. As prevalências foram calculadas a partir do desenho complexo de
amostragem com a inclusão dos pesos e efeitos de cluster. Resultados: A pesquisa apontou a
prevalência de 30% em relação à SDPF. O nível de atividade física ativa teve associação
estatisticamente significativa com a SDPF (p= 0,002, IC= 1,4 - 5,2), juntamente com o nível de
maturação sexual púbere (p= 0,001, IC= 12 - 18) e pós-púbere (p=0,001, IC= 3,6 - 33) e a idade nas
faixas etárias de 13-15 anos e 16-18 anos (p= 0,04, IC= 0,3 - 0,9) e (p= 0,03, IC= 0,3 - 0,9),
respectivamente. Conclusão: A SDPF apresentou uma prevalência elevada na amostra avaliada,
além de apresentar associação direta com o estágio de maturação sexual púbere e pós-púbere e o
nível de atividade física ativo.

Palavras-chaves: Síndrome da Dor Patelofemoral. Adolescente. Estudos Transversais.


ABSTRACT

Introduction: Patellofemoral Pain Syndrome (PFPS) is one of the most common musculoskeletal
disorders that affect the knee. It is characterized by the presence of poorly defined pain in the
anterior region of the knee or diffuse pain in the retropatellar region. This pathology has a diverse
target audience, with a higher incidence among females. Objective: To assess the prevalence and
association between chronological age, sexual maturation and physical activity level and PFPS in
schoolchildren between 10 and 18 years old. Methodology: This is an exploratory, descriptive,
cross-sectional and quantitative study. With an evaluation of 200 students based on the variables of
physical activity level (IPAQ short version) and sexual maturation (Tanner's self-assessment). At the
level of association analysis, adjusted Prevalence Ratios (PR) and confidence intervals (95% CI) of
the outcome in relation to the independent variables were calculated. A 5% significance level was
considered. Prevalences were calculated from the complex sampling design with the inclusion of
weights and cluster effects. Results: The survey pointed to a prevalence of 30% in relation to PFPS.
The level of active physical activity had a statistically significant association with PFPS (p= 0.002,
CI= 1.4 - 5.2), together with the level of pubertal sexual maturation (p= 0.001, CI= 12 - 18) and
post -pubescent (p=0.001, CI= 3.6 - 33) and age in the age groups of 13-15 years and 16-18 years
(p= 0.04, CI= 0.3 - 0.9) and ( p= 0.03, CI= 0.3 - 0.9), respectively. Conclusion: PFPS showed a
high prevalence in the evaluated sample, in addition to being directly associated with the stage of
pubertal and post-pubertal sexual maturation and the level of active physical activity.

Keywords: Patellofemoral Pain Syndrome. Adolescent. Cross-Sectional Studies.


LISTAS DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS

Quadro 1. Variáveis, características, tipo e categorias estudadas ……………………. 16


Tabela 1. Dados descritivos ………………………………………………………….. 17
Tabela 2. Estimativas populacionais das principais variáveis categóricas estudadas .. 19
Figura 1. Questionário Internacional de Atividade Física (Anexo A) …………..…. 28
Figura 2. Maturação Sexual (Anexo B)........................................................................ 30
10

1. INTRODUÇÃO

A síndrome da dor Patelofemoral (SDPF) é uma patologia localizada na articulação do


joelho, caracterizada por início insidioso com presença de dor não específica na região anterior do
joelho ou uma dor difusa na região retropatelar. O início dos sintomas pode ser lento ou súbito, com
piora da dor ao realizar atividades com sobrecarga nos membros inferiores (WILLY, et. al., 2019). É
considerada uma das desordens musculoesqueléticas dolorosas mais encontradas na articulação do
joelho, tendo um público alvo diversificado, incluindo prevalentemente adolescentes, jovens
adultos ativos e atletas de elite, com incidência maior no público feminino (SMITH, et al, 2018).

A SDPF pode ser acentuada durante atividades funcionais do cotidiano, como subir e
descer escadas, agachar e permanecer sentado por um período de tempo prolongado
(BEVILAQUA, et al, 2009). Além disso, é caracterizada como uma patologia de natureza
multifatorial, podendo ser proveniente de diversas alterações, principalmente déficit de força dos
músculos abdutores, rotadores externos e extensores de quadril, acarretando alterações
biomecânicas compensatórias como o valgo dinâmico e também um desequilíbrio dinâmico entre os
músculos estabilizadores da patela, o vasto medial e o vasto lateral (SOUZA, et al, 2017).
Essa patologia tem uma maior prevalência de faixa etária entre 12 a 19 anos de idade,
dependendo do nível de atividade e do contexto ambiental (WILLY, et al, 2016). Foi observado em
um estudo com uma amostra de 2.519 apresentações em uma clínica de medicina esportiva, 5,4%
dos indivíduos diagnosticados com SDPF, respondendo por 25% de todas as apresentações de
lesões no joelho (BARTON, et al 2012). Além disso, dolescentes do sexo feminino tem 2,3 vezes
mais chance de desenvolver SDPF em comparação a adolescentes do sexo masculino
(WAITEMAN, et al, 2017).

Segundo Piazza, et al. 2012, a presença da SDPF pode gerar impactos funcionais e
psicossociais em crianças e adolescentes, comprometendo as atividades de vida diária, a SDPF pode
levar a dor e limitações funcionais que comprometem a realização das atividades cotidianas. Os sintomas da
SDPF podem persistir por anos, podendo diminuir a capacidade funcional, restringir a participação
em atividades físicas, esportes e trabalho (WILLY, et al, 2016). Indivíduos com essa patologia pode
11

desenvolver alterações em movimentos funcionais como na marcha, tendo em vista que as


atividades funcionais entre a população com SDPF muitas vezes estão associadas à sensação de dor
ou desconforto, isto poderia resultar em modificações nos padrões de caminhar, sendo esta uma
estratégia adotada por estes sujeitos para reduzir as demandas musculares e consequentemente a
sensação dolorosa (POWERS et al. 1997). Tendo em vista os impactos negativos decorrentes da
SDPF, compreender os fatores de risco é fundamental para uma linha de ação baseada em fatores
preventivos.

Considerando a biomecânica dos membros inferiores em adolescentes, mensurar o nível de


atividade física é fundamental para compreender sua relação com a SDPF, sendo importante avaliar
as suas características durante a realização das atividades funcionais nos indivíduos com a
síndrome, pois é durante estas atividades que estes indivíduos mais exacerbam seus sintomas
(PIAZZA, et al. 2012). A prática regular de atividade física é responsável por controlar índices de
doenças crônicas não transmissíveis e atuar como fator preventivo quando realizadas ainda na
população jovem, além de melhorar a mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida durante
o envelhecimento (MATSUDO, et al, 2001). Além do mais, a determinação dos níveis de atividade
física, pode oferecer informações valiosas sobre a capacidade funcional de um indivíduo, e
consequentemente sobre sua saúde (LOUREIRO, et al. 2007).

A idade cronológica é um importante marcador para referências de um determinado espaço


de tempo, do estado maturacional, do crescimento e do desenvolvimento dos indivíduos
(LOUREIRO, et al. 2007). A maturação sexual é um instrumento relevante para compreender o
desenvolvimento biológico de jovens na fase de puberdade, juntamente associado à faixa etária da
população adolescente, pois é nesse contexto que ocorrem grandes mudanças estruturais na vida do
indivíduo. Compreender como a faixa etária e o estágio de maturação sexual associados ao nível de
atividade física pode trazer repercussões na vida da população jovem é fundamental, pois ajuda a
entender os impactos de atividades esportivas na adolescência em virtude dos diferentes estágios
puberais (NASCIMENTO, et al. 2021) que podem refletir na SDPF.
12

Diante da hipótese da relação de associação entre o nível de atividade física,


maturação sexual e faixa etária em relação a SDPF, o objetivo deste estudo foi analisar os fatores
associados para a SDPF em escolares de ambos os sexos da rede pública do município de Natal-RN.

1.1 JUSTIFICATIVA

Apesar da SDPF ser uma patologia com relevante prevalência na população mundial,
seus fatores de risco ainda não estão devidamente delimitados. Dentre os estudos já existentes, é
notável pesquisas com um público muito específico, não contemplando a maior parte da população.
Rastrear a relação entre a SDPF, estágio de maturação sexual, faixa etária e o nível de atividade
física em escolares do nível fundamental e médio, implica em uma melhora na qualidade de vida de
futuros adultos, atingindo um público alvo mais abrangente, possibilitando a diminuição de
possíveis prejuízos funcionais, podendo representar uma alternativa para identificar padrões
patológicos ainda em fases iniciais, dando assim a possibilidade de diminuir os danos que esses
fatores oferecem com o passar dos anos.

2. OBJETIVOS

Avaliar a prevalência e relação das variáveis independentes, maturação sexual, nível


de atividade física e faixa etária, com a Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) em escolares entre
10 a 18 anos de escolas públicas do município de Natal-RN.

3. MÉTODOS

Estudo de caráter exploratório descritivo, transversal e quantitativo. A amostra foi


calculada fundamentando-se em uma prevalência do desfecho da dor na região do joelho, de pelo
menos 22%, amparado nos dados de Saes & Soares (2017). O cálculo do tamanho amostral foi
realizado a partir da equação {[μ2 x p (1-p)] / ε2}, sendo μ o limite de confiança para um erro
amostral de 5% (μ= 1,96), p é a prevalência estimada de desfecho (p= 22%), ε é a margem de erro
da estimação para a prevalência estimada (ε= 5%). Após a execução dos cálculos, foi determinada
13

uma amostra de 264 escolares que foram selecionados para participarem da pesquisa. Um viés de
20% foi adicionado à amostra, com o intuito de contornar erros sistêmicos, viés de seleção e perda
de segmentos, finalizando com um total de 317 a serem avaliados.

O presente estudo contou com uma amostra de 200 estudantes, de ambos os sexos,
regularmente matriculados em escolas públicas, períodos matutino e vespertino, do município de
Natal-RN. Foram selecionados escolares entre as faixas etárias de 10 e 18 anos. As escolas
participantes da pesquisa, bem como os seus respectivos alunos, foram escolhidos através de uma
seleção probabilística estratificada proporcional com sorteio prévio das instituições públicas e seus
respectivos alunos. Dentre um total de 200 instituições de ensino público municipais e estaduais da
região, foram sorteadas 30 escolas. A partir das listagens dos alunos oferecidas pelos funcionários
escolares, foi utilizado um intervalo amostral de 28,5 para a seleção dos estudantes.

Os critérios de inclusão: escolares que estivessem regularmente matriculados em


escolas da rede pública, no nível fundamental ou médio da cidade de Natal/RN e que estivessem
entre a faixa etária de 10 a 18 anos de idade. Os critérios de não inclusão: estudantes portadores de
deficiência física e/ou mental, e/ou doenças que não permitam o posicionamento ortostático foram
excluídos da lista de alunos para a realização do sorteio; também foram excluídos os alunos que não
apresentaram a autorização dos pais ou responsáveis e os alunos que se recusaram a participar da
pesquisa.

A participação dos escolares na pesquisa foi autorizada através do Termo de


Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assinado pelos pais ou responsáveis (quando os
participantes eram menores de idade) e do Termo Assentimento Livre e Esclarecido (TALE)
direcionado aos adolescentes. Nesses termos constam os informativos para a participação na
pesquisa. O estudo foi realizado conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde,
sendo devidamente aprovado pelo do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário
Onofre Lopes CAAE: 07389318.1.0000.5292.

4.1. PROCEDIMENTO DA AVALIAÇÃO


14

Antes da avaliação foram coletados os dados gerais:nome da instituição de


ensino,nome completo do escolar,série/ano,idade,data de nascimento,sexo e data da avaliação.

A avaliação foi realizada por 8 estudantes do curso de Fisioterapia da Universidade


Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) devidamente treinados na aplicação dos testes funcionais
e questionários, e um fisioterapeuta com experiência de cinco anos de prática clínica.

O início das avaliações ocorreu no ano de 2019, mas devido a pandemia da COVID-19
ocorrida em 2020, as coletas retornaram em Junho de 2022 até Agosto de 2022. Até o momento a
amostra encontra-se com o número total de 200 alunos.

4.2. VARIÁVEIS

4.2.1. FAIXA ETÁRIA

Os alunos previamente sorteados e que tinham entre 10 e 18 anos foram selecionados


para participar da pesquisa. A faixa etária foi colhida no início da avaliação, sendo calculada a partir
da data de nascimento do aluno até a data da avaliação.

4.2.1. NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

O nível de atividade física foi usado como indicador de hábitos de vida ativo ou
sedentário. Para avaliar o Nível de Atividade Física, utilizamos o Questionário Internacional de
Atividade Física [IPAQ, sigla do inglês International Physical Activity Questionnaire (Anexo B)]
versão curta, traduzido e validado para o Brasil. O IPAQ foi aplicado por um avaliador devidamente
treinado.

Para classificação do nível de atividade física, foram determinadas as seguintes


categorias: sedentário (indivíduos que não realizam nenhuma atividade física por pelo menos 10
minutos contínuos durante a semana); irregularmente ativo-A (indivíduos que realizam 10 minutos
contínuos de atividade física durante cinco dias em uma semana ou que têm uma duração de 150
15

minutos de atividades por semana); irregularmente ativo-B (indivíduos que não atingem os critérios
de recomendação determinados na categoria irregularmente ativo-A); ativo (indivíduos que
realizam atividades físicas moderadas ou caminhada > 5 dias/semana e > 30 minutos/sessão ou
atividade física vigorosa > 3 dias/semana e > 20 minutos/sessão) e muito ativo (indivíduos que
realizam atividade física vigorosa > 5 dias/semana e > 30 min/sessão; vigorosa > 3 dias/semana e >
20 min/sessão + moderada e ou caminhada 5 dias/semana e > 30 min/sessão), (MATSUDO, et al,
2001; SILVA, et al, 2007). As categorias, sedentário, irregularmente ativo A e irregularmente ativo
B, foram fundidas em uma só categoria denominada irregularmente ativo.

4.2.3. MATURAÇÃO SEXUAL

O estágio maturacional foi categorizado através do teste de autoavaliação de Tanner


(1962) da pilosidade pubiana (Anexo A). As avaliações foram realizadas em sala fechada e
apropriada, de maneira individualizada. Anteriormente a avaliação foi explicado cada estágio de
maturação sexual bem como a relevância da confiabilidade das informações colhidas para a
realização da pesquisa. Posteriormente,através da autoavaliação, foi solicitado ao estudante que
identificasse, sozinho, por meio dos fotogramas (de 1 - 5) o estágio correspondente ao seu nível de
maturação sexual na atualidade. A resposta foi devidamente registrada pelo avaliador na ficha
avaliativa para uma posterior classificação.

Para fins de categorização,a maturação sexual foi dividida entre pré-púbere, púbere e
pós-púbere. Sendo a puberdade descrita como o conjunto de transformações psicofísicas ligadas à
maturação sexual que traduzem a passagem progressiva da infância para a adolescência
(CUNHA,1982). A fase pré-púbere e pós-púbere são definidas respectivamente como fase anterior e
fase posterior à puberdade. O estágio 1 indica um estado de pré-adolescência (ausência de
desenvolvimento); estágio 2, indica o início do período pubertário, já os estágios 3 e 4 indicam a
continuidade do desenvolvimento (maturação de cada característica) e o estágio 5 indica a fase final
do desenvolvimento, estado adulto ou maturo de desenvolvimento (LOUREIRO, et al. 2007).
16

4.3. VARIÁVEIS, CARACTERÍSTICAS, TIPO E CATEGORIAS


ESTUDADAS

No Quadro 1 estão representadas as informações referentes às variáveis, descrição, tipo e


categoria estudadas.

4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
17

A análise de dados foi realizada pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS).
Foi utilizado na avaliação o questionário eletrônico com a finalidade de delinear o perfil dos
estudantes,tal questionário é composto pela identificação, avaliação antropométrica (peso, altura e
índice de massa corporal), maturação sexual e nível de atividade física.

Para a análise de associação, foram estimadas as Razões de Prevalência (RP) e os


respectivos intervalos de confiança (95%) do desfecho a partir de Regressão Múltipla de Poisson
com variância robusta. Foi adotado um nível de significância de 5% (α <0,05).

RESULTADOS

DESCRIÇÃO DA AMOSTRA

A pesquisa contou com o número amostral de 200 escolares participantes, 45,2% da amostra
total se encontrou na faixa etária entre 16 e 18 anos. E em relação ao nível de atividade física 47,2%
da amostra foi classificada como ativa, e 79,5% classificados no estágio púbere (tabela 1).

Tabela 1 - Estimativas populacionais das principais variáveis categóricas estudadas.


Amostra: 200 escolares.

Variáveis Número de escolares Porcentagem I.C. (95%)

SDPF
- Ausência 138 70% I.C.= (61,7 – 77,2)

- Presença 62 30%
I.C.= (22,8 – 38,3)
18

Faixa Etária
- 10 a 12 anos 22 19,5% I.C.= (9,3 – 36,4)

- 13 a 15 anos 63 35,3% I.C.= (23,7 – 49,0)


- 16 a 18 anos 115 45,2%
I.C.= (27,4 – 64,3)

Nível de Atividade
Física
- Irregularmente
57 26,2% I.C.= (16,9 – 38,4)
ativo
85 47,2% I.C.= (34,3 – 60,6)
- Ativo
58 26,5%
- Muito ativo I.C.= (19,3 – 35,2)

Maturação Sexual

- Pré-púbere 3 1,7% I.C.= (0,3 – 8,9)

- Púbere 158 79,5% I.C.= ( 71,0 – 86,0)

- Pós-púbere 39 18,7% I.C.= (12,3 – 27,5)

Legenda: Na tabela 1 estão representadas as variáveis, Sexo, SDPF, Faixa etária, Nível de
atividade física e Maturação sexual e seus respactivos números amostrias, porcentagem e
intervalos de confiança.
19

ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ASSOCIADAS À SDPF

A tabela a seguir (tabela 2) representa os resultados a partir da aplicação das variáveis


estudadas, faixa etária, nível de atividade física e maturação sexual.

A faixa etária mostrou p-valor estatisticamente significativo nos grupos etários de 13-15
(p=0,04) e 16-18 anos de idade (p= 0,03), porém o intervalo de confiança não se mostrou relevante
para a associação com a SDPF (I.C.=0,3 –0,9), (0,5 I.C.= 0,3 –0,9), respectivamente. O nível de
atividade física ativa apresentou um fator de relevância estatística (p= 0,002; RP: 2,7 I.C.= 1,4
–5,2). Na avaliação da variável de maturação sexual púbere e pós-púbere também observamos a
associação significativa com a SDPF, (p= 0,00; RC: 4,8 IC: 12 –18) e (p= 0,00; RC: 1,1 I.C.: 3,6
–33) respectivamente.

Tabela 2 - Dados descritivos. Amostra = 200.

SDPF Não-ajustado

Ausente Presente p-valor RP (IC 95%)

n* (%**) n* (%**)

Faixa Etária

10 a 12 anos 11 (5,5) 11 (5,5) 1

13 a 15 anos 46 (23) 17 (8,5) 0.04 1 (0,9 - 1,0)

16 a 18 anos 81 (40,5) 34 (17) 0.03 1 (0,9 - 1,0)

IPAQ

Irregularmente Ativo 47 (23,5) 9 (4,5) 1

Ativo 48 (24) 37 (18,5) 0.002 2,7 (1,4 - 5,2)

Muito Ativo 42 (21) 17 (8,5) 0.13 1,7 (0,8 - 3,6)


20

Maturação Sexual

Pré-púbere 3 (1,5) 0 (0) 1

Púbere 102 (51) 56 (28) 0,00 4,8 (12 a 18)

Pós-púbere 33 (16,5) 6 (3) 0,00 1,1 (3,6 - 33)

Legenda: Na tabela 2 estão representadas as variáveis, SDPF: Síndrome da Dor


Patelofemora; Faixa Etária, IPAQ e Maturação Sexual, e suas respectivas relações
estatísticas com a SDPF.

DISCUSSÃO

Esse trabalho teve como objetivo analisar a associação entre as variáveis faixa etária,
maturação sexual e nível de atividade física e a SDPF. A partir dos achados da pesquisa,
observou-se uma prevalência significativa da SDPF na amostra populacional dos escolares,
resultando em 30% dos indivíduos com a patologia. Esse resultado evidencia uma afinidade com
os achados de Smith, 2018, onde 28,9% de sua amostra apresentaram a SDPF.

Ao estudarmos as possíveis associações entre a SDPF e as variáveis independentes da


pesquisa, observamos que a avaliação da faixa etária em nosso estudo corrobora com a pesquisa
realizada por Finnoff, et al. (2011), onde essa variável não apresenta associação significativa com a
SDPF. Apesar do p-valor nas faixas etárias entre 13 a 15 anos e 16 a 18 anos de idade estarem
dentro do esperado para uma associação estatisticamente significativa com a SDPF, nossos estudos
apontaram que essa variável apresentou um intervalo de confiança não significativo em relação a
associação com a patologia, apresentando 0,5 (0,3 - 0,9) nas faixas etárias entre 13 a 15 anos e 16 a
18 anos. Esse resultado pode estar relacionado com a semelhança entre as idades da população
amostral do estudo. Segundo Piazza, et al. 2013, a SDPF pode estar presente em até 40% da
população entre 15 e 35 anos de idade.
21

Ao avaliar a maturação sexual, os nossos resultados apresentaram uma associação positiva


com o estado maturacional púbere e pós-púbere com a SDPF. Esse resultado pode ser justificado
devido às adaptações relacionadas ao desenvolvimento estrutural do adolescente, uma vez que,
nessa fase de desenvolvimento ocorre o chamado “estirão puberal”. Segundo Lourenço, et al. 2010,
esse período é caracterizado por um intenso crescimento esquelético,não uniforme,conferindo ao
adolescente um aspecto desarmônico.Esse período é marcado por grande vulnerabilidade ao
desenvolvimento humano,cuja suscetibilidade aos agravos externos pode ocasionar prejuízos
irreparáveis à estrutura final do indivíduo (LOURENÇO, et al. 2010). Scattone, et al. (2017) a
relação entre a maturação sexual e a SDPF pode ser justificada devido a redução da força de
músculos do quadril presente na população que se encontra na fase final da puberdade,
principalmente entre indivíduos do sexo feminino. Segundo esse estudo, a diminuição de força
muscular ocorre devido ao fato de que nesta fase da vida, o adolescente apresenta déficits de
geração de torque no membro inferior, dessa forma, os jovens na fase final da puberdade não
conseguem controlar adequadamente os movimentos do fêmur em atividades com suporte de peso
corporal. Segundo o estudo de Pereira e Lima, et al. 2011, o ciclo menstrual, bem como os níveis de
hormônios sexuais, podem estar relaconados com a associação entre a presença da SDPF entre os
indivíduos do sexo feminino.

Foi observada uma relação conflituosa entre a variável de faixa etária e maturação
sexual.Enquanto adolescentes mais velhos apresentam maior relação com a síndrome,na maturação
sexual indivíduos púberes apresentam mais relevância significativa na relação com a SDPF em
comparação ao estágio pós-púbere. Esse apontamento pode ser explicado devido ao fato dessas duas
variáveis não necessariamente apresentarem correlação. Segundo Vitori e Arcelli et al. 1995, no
período da puberdade ocorrem variabilidades estruturais entre indivíduos de mesma idade
cronológica,então é fundamental ter em mente que,amaturação não tem relação direta com a idade
cronológica,sendo importante identificar em que nível de desenvolvimento biológico o indivíduo se
encontra.Esse fato pode ocorrer entre indivíduos do mesmo sexo e de sexos diferentes,tendo em
vista que o desenvolvimento biológico de ambos são distintos (HIRSCH,2021).

Já em relação ao nível de atividade física e a SDPF, o nosso estudo apresentou uma


associação positiva somente com os adolescentes classificados como ativos. Os estudos de Silva e
Cavazzuti (2016, 2009), mostram resultados semelhantes ao apontarem que a SDPF é uma das
22

condições ortopédicas mais frequentemente observada em indivíduos fisicamente ativos, com uma
prevalência de 7% entre adolescentes de 15 a 19 anos de idade. Os estudos afirmam que a SDPF é
uma das patologias do joelho mais comuns entre a população de adolescentes. O estudo de Pereira e
Lima (2008), aponta que os indivíduos com o nível de atividade física ativo desenvolvem no
ambiente de trabalho atividades como caminhadas e atividades que requerem força para sua
execução, podendo gerar grande gasto energético. O estudo ainda fala que a realização de atividades
físicas sem os devidos preparos prévios como, aquecimento e alongamento, pode acarretar em
lesões no sistema músculoesquelético, principalmente se associado ao uso excessivo e/ou
inadequado da articulação.

Como limitação do estudo, o tamanho da amostra não alcançou o cálculo realizado


previamente. Mesmo que as escolas e os voluntários tenham passado por processo de aleatorização,
a amostra se restringiu apenas à cidade de Natal. Ainda que os avaliadores dos instrumentos da
pesquisa tenham sido previamente treinados, o viés de resposta pode estar presente na aplicação dos
questionários por diversos motivos, o que poderia interferir em algum grau nas análises estatísticas.
Estudos transversais não podem ter inferência de causa e efeito. Desta forma, esses achados devem
ser usados com cautela. Além desses fatores, tivemos um número de perda equivalente a escolares
faltosos (10 alunos), escolares remanejados (1 aluno), transferências para outras escolas (30 alunos)
ou por não obedecer a idade determinada pela pesquisa (8 alunos). O questionário IPAQ não é uma
ferramenta completamente fidedigna e por isso também representou um fator de limitação para o
estudo. Além disso, a pesquisa também apresentou limitação devido ao período de pandemia da
COVID 19, a qual restringiu as visitas nas escolas para a realização das coletas da pesquisa.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que fatores variáveis, como nível de atividade física e
maturação sexual apresentaram relevância em relação à SDPF. Os adolescentes que são ativos
fisicamente, e estão no estágio maturacional púbere apresentaram uma associação positiva com a
SDPF. Além disso, foi verificado que o fator não modificável, faixa etária, não apresentou
associação com o desfecho. Observou-se também que a idade cronológica não necessariamente
apresenta resultados equivalentes à maturação sexual, já que indivíduos de uma mesma idade
23

podem apresentar desenvolvimentos biológicos diferentes. Tendo em consideração a relevância do


tema abordado, estudos futuros são necessários para compreender com melhor exatidão os fatores
de riscos relacionados à SDPF.

REFERÊNCIAS
24

1.ALMEIDA, G. P. L. et al. Ângulo-Q Na Dor Patelofemoral: Relação Com Valgo Dinâmico De


Joelho, Torque Abdutor Do Quadril, Dor E Função. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 51, n. 2, p.
181–186, 2016.

2. BARTON,Christian J;LACK,Simon;MALLIARAS,Peter;MORRISSEY,Dylan.Gluteal muscle


activity and patellofemoral pain syndrome:a systematic review. British Journal Of Sports Medicine,
[S.L.],v.47,n.4,p.207-214,3set.2012.BMJ.http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2012-090953.

3.BEVILAQUA-GROSSI, Débora; FELÍCIO, Lilian Ramiro; SILVÉRIO, Geraldo Wendel Pereira.


Onset of electrical activity of patellar stabilizer muscles in subjects with patellofemoral pain. Acta
Ortopédica Brasileira, v. 17, p. 297-299, 2009.

4. BOURDIEU,Pierre.Uma revolução conservadora na edição. Política &Sociedade,


[S.L.],v.17,n.39,p.198-249,29nov.2018.Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC).http://dx.doi.org/10.5007/2175-7984.2017v17n39p198.

5. BRIANI, Ronaldo Valdir et al. Delayed onset of electromyographic activity of the vastus
medialis relative to the vastus lateralis may be related to physical activity levels in females with
patellofemoral pain. Journal of Electromyography and Kinesiology, v. 26, p. 137-142, 2016.
6.BRIANI,Ronaldo Valdir;SILVA,Danilo de Oliveira;FLÓRIDE,Carolina
Silva;ARAGÃO,Fernando Amâncio;ALBUQUERQUE,Carlos Eduardo
de;MAGALHÃES,Fernando Henrique;AZEVEDO,Fábio Mícolis de. Quadriceps neuromuscular
function in women with patellofemoral pain:influences of the type of the task and the level of pain.
Plos One, [S.L.],v.13,n.10,p.0205553,1 0out.2018.Public Library of Science
(PLoS).http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0205553.

7. BRIANI, Ronaldo Valdir; SILVA, Danilo de Oliveira; PAZZINATTO, Marcella Ferraz;


FERREIRA, Amanda Schenatto; FERRARI, Deisi; AZEVEDO, Fábio Mícolis de. Delayed onset of
electromyographic activity of the vastus medialis relative to the vastus lateralis may be related to
physical activity levels in females with patellofemoral pain. Journal Of Electromyography And
Kinesiology, [S.L.], v. 26, p. 137-142, fev. 2016. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jelekin.2015.10.012.

8.CROSSLEY,Kay M;VAN MIDDELKOOP,Marienke;CALLAGHAN,Michael


J;COLLINS,Natalie J;RATHLEFF,Michael Skovdal;BARTON,Christian J.2016Patellofemoral pain
consensus statement from the4th International Patellofemoral Pain Research
Retreat,Manchester.Part2:recommended physical interventions (exercise,taping,bracing,foot
orthoses and combined interventions). British Journal Of Sports Medicine,
[S.L.],v.50,n.14,p.844-852,31maio2016.BMJ.http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2016-096268.
25

9.DANGELO, José Geraldo. FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica Segmentar. 3.
ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2007.

10.FEHR, Guilherme Lotierso et al. Efetividade dos exercícios em cadeia cinética aberta e cadeia
cinética fechada no tratamento da síndrome da dor femoropatelar. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte, v. 12, p. 66-70, 2006.

11. FINNOFF, Jonathan T.; HALL, Mederic M.; KYLE, Kelli; KRAUSE, David A.; LAI, Jim;
SMITH, Jay. Hip Strength and Knee Pain in High School Runners: a prospective study. Pm&R,
[S.L.], v. 3, n. 9, p. 792-801, 6 ago. 2011. Wiley. http://dx.doi.org/10.1016/j.pmrj.2011.04.007.
12.FORTES,Cristina Maria Teixeira;GOLDBERG,Tamara Beres Lederer;KUROKAWA,Cilmery
Suemi;SILVA,Carla Cristiani;MORETTO,Maria Regina;BIASON,Talita Poli;TEIXEIRA,Altamir
Santos;NUNES,Hélio Rubens de Carvalho.Relationship between chronological and bone ages and
pubertal stage of breasts with bone biomarkers and bone mineral density in adolescents. Jornal de
Pediatria, [S.L.],v.90,n.6,p.624-631,nov.2014.Elsevier
BV.http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.04.008.

13.FREDERICSON,Michael;POWERS,Christopher M..Practical Management of Patellofemoral


Pain. Clinical Journal Of Sport Medicine, [S.L.],v.12,n.1,p.36-38,jan.2002.Ovid Technologies
(Wolters Kluwer Health).http://dx.doi.org/10.1097/00042752-200201000-00010.

14.RSCH, H. Irvin. Puberdade em Meninos. Manual MSD, Versão saúde para a família. Mar. 2021.
Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-masculina/biologia-do-siste
ma-reprodutor-masculino/puberdade-em-meninos

15.LAZZOLI, José Kawazoe et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Revista
brasileira de medicina do esporte, v. 4, p. 107-109, 1998.

16. MARIEB, N. Eliaine,Patricia Wilhelm, Jon Mallatt. Anatomia humana 7. ed. -- São Paulo :
Pearson Education do Brasil, 2014.

17.MATSUDO, Sandra et al. Questinário internacional de atividade f1sica (IPAQ): estudo de


validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev. bras. ativ. fís. saúde, p. 05-18, 2001.

18.NAKAGAWA, T. H. et al. Trunk, pelvis, hip, and knee kinematics, hip strenght, and gluteal
muscle activation during a silge-leg squat in males and females with and without Patellofemoral
Pain Syndrome. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 42, n. 6, p. 491–501, 2012b.

19.PEREIRA Jr. A.A., LIMA W.C. Avaliação da síndrome da dor patelofemoral em mu- lheres.
RBPS. v.24, n.1, p.5-9, 2011.
26

20..PIAZZA, Lisiane et al. Sintomas e limitações funcionais de pacientes com síndrome da dor
patelofemoral. Revista Dor, v. 13, p. 50-54, 2012.

21.PIAZZA L., LISBOA A.C.A., COSTA V., BRINHOSA G.C.S., VIDMAR M.F., LIBAR- DON
T.C. et al. Sintomas e limitações funcionais de pacientes com síndrome da dor patelofemoral. Rev
Dor. v.13, n.1, p.50-54, 2013.

22.POWERS, Christopher M. The influence of altered lower-extremity kinematics on


patellofemoral joint dysfunction: a theoretical perspective. Journal of Orthopaedic & Sports
Physical Therapy, v. 33, n. 11, p. 639-646, 2003.

23.PIAZZA L., VIDMAR M.F., OLIVEIRA L.F.B., PIMENTEL G.L., LIBARDONI T.C.,
SANTOS G.M. Isokinetic evaluation, pain and functionality of subjects with patellofemoral pain
syndrome. Fisioterapia Pesq. v.20, n.2, p.130-135, 2013.

24.POWERS,Christopher M;PERRY,Jacquelin;HSU,Arthur;HISLOP,Helen J.Are Patellofemoral


Pain and Quadriceps Femoris Muscle Torque Associated With Locomotor Function? Physical
Therapy, [S.L.],v.77,n.10,p.1063-1075,1out.1997.Oxford University Press
(OUP).http://dx.doi.org/10.1093/ptj/77.10.1063.

25.SCATTONE, R. S.; SERRÃO, F. V. Sex differences in trunk, pelvis, hip and knee kinematics
and eccentric hip torque in adolescents. Clinical Biomechanics, v. 29, n. 9, p. 1063–1069, 2014.

26. SILVA, Danilo de Oliveira; COURA, Maira Bergamaschi; WAITEMAN, Marina; PRADELA,
Juliana; PAZZINATTO, Marcella Ferraz; MAGALHÃES, Fernando Henrique; AZEVEDO, Fábio
Mícolis de. Patellofemoral pain and sports practice: reduced symptoms and higher quality of life in
adolescent athletes as compared to non-athletes. Motriz: Revista de Educação Física, [S.L.], v. 22,
n. 1, p. 84-89, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s1980-65742016000100011.

27.SILVA, Danilo de Oliveira et al. Patellofemoral pain and sports practice: reduced symptoms and
higher quality of life in adolescent athletes as compared to non-athletes. Motriz: Revista de
Educação Física, v. 22, p. 84-89, 2016.
28.SILVA,Isabella Pereira da;SILVA,Baldomero Antonio Kato da;PEREIRA,Daniel
Martins;DEMARCHI,Ana Carolina dos Santos;OLIVEIRA-JUNIOR,Silvio Assis de;REIS,Filipe
Abdalla dos.Correlation between Dorsiflexion Ankle Range of Motion and Patellofemoral Pain
Syndrome. Journal Of Health Sciences, [S.L.],v.20,n.2,p.135,27jul.2018.Editora e Distribuidora
Educacional.http://dx.doi.org/10.17921/2447-8938.2018v20n2p135-139.

29. SMITH, Benjamin E. et al. Incidence and prevalence of patellofemoral pain: a systematic
review and meta-analysis. PloS one, v. 13, n. 1, p. e0190892, 2018.
27

30.WAITEMAN,Marina Cabral;COURA,Maira Bergamaschi;GOBBI,Cynthia;BRIANI,Ronaldo


Valdir;SILVA,Danilo de Oliveira;AZEVEDO,Fábio Mícolis de.Comparação do nível de dor
femoropatelar,atividade física e qualidade de vida entre adolescentes do sexo feminino e masculino.
Scientia Medica,
[S.L.],v.27,n.1,p.25250,14mar.2017.EDIPUCRS.http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2017.1.2525
0.

31.WITVROUW,Erik;WERNER,S.;MIKKELSEN,C.;VAN
TIGGELEN,D.;BERGHE,L.Vanden;CERULLI,G..Clinical classification of patellofemoral pain
syndrome:guidelines for non-operative treatment. Knee Surgery,Sports Traumatology,Arthroscopy,
[S.L.],v.13,n.2,p.122-130,10fev.2005.Springer Science and Business Media
LLC.http://dx.doi.org/10.1007/s00167-004-0577-6.

32.WILLY,Richard W.;HOGLUND,Lisa T.;BARTON,Christian J.;BOLGLA,Lori


A.;SCALZITTI,David A.;LOGERSTEDT,David S.;LYNCH,Andrew
D.;SNYDER-MACKLER,Lynn;MCDONOUGH,Christine M..Patellofemoral Pain. Journal Of
Orthopaedic &Sports Physical Therapy, [S.L.],v.49,n.9,p.1-95,set.2019.Journal of Orthopaedic
&Sports Physical Therapy (JOSPT).http://dx.doi.org/10.2519/jospt.2019.0302.
28

ANEXOS
ANEXO A - QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA
29
30

ANEXO B - MATURAÇÃO SEXUAL

MATURAÇÃO SEXUAL MASCULINA (MALINA; BOUCHARD, 1991)


31

MATURAÇÃO SEXUAL FEMININA (MALINA; BOUCHARD, 1991)


32

Você também pode gostar