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NATAL – RN
2022
Ministério da Educação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Fisioterapia
AGRADECIMENTOS
RESUMO ………………………………………………………………………………………… VI
ABSTRACT …………………………………………………………………………………….. VII
LISTA DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS …………………………………………… VIII
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………...10
1.1 JUSTIFICATIVA ……………………………………………………………………………………. 12
2. OBJETIVOS ……………………………………………………………………………………………... 12
3. MÉTODOS ………………………………………………………………………………………………. 12
4.1. PROCEDIMENTO DA AVALIAÇÃO 13
4.2. VARIÁVEIS ………………………………………………………………………………………... 14
4.2.1. FAIXA ETÁRIA ……………………………………………………………………………... 14
4.2.1. NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA …………………………………………………………… 14
4.2.3. MATURAÇÃO SEXUAL …………………………………………………………………….15
4.3. VARIÁVEIS, CARACTERÍSTICAS, TIPO E CATEGORIAS ESTUDADAS ……………………16
RESULTADOS ……………………………………………………………………………………………... 17
DISCUSSÃO ……………………………………………………………………………………………….. 20
CONCLUSÃO ……………………………………………………………………………………………… 22
REFERÊNCIAS …………………………………………………………………………………………… 23
RESUMO
Introduction: Patellofemoral Pain Syndrome (PFPS) is one of the most common musculoskeletal
disorders that affect the knee. It is characterized by the presence of poorly defined pain in the
anterior region of the knee or diffuse pain in the retropatellar region. This pathology has a diverse
target audience, with a higher incidence among females. Objective: To assess the prevalence and
association between chronological age, sexual maturation and physical activity level and PFPS in
schoolchildren between 10 and 18 years old. Methodology: This is an exploratory, descriptive,
cross-sectional and quantitative study. With an evaluation of 200 students based on the variables of
physical activity level (IPAQ short version) and sexual maturation (Tanner's self-assessment). At the
level of association analysis, adjusted Prevalence Ratios (PR) and confidence intervals (95% CI) of
the outcome in relation to the independent variables were calculated. A 5% significance level was
considered. Prevalences were calculated from the complex sampling design with the inclusion of
weights and cluster effects. Results: The survey pointed to a prevalence of 30% in relation to PFPS.
The level of active physical activity had a statistically significant association with PFPS (p= 0.002,
CI= 1.4 - 5.2), together with the level of pubertal sexual maturation (p= 0.001, CI= 12 - 18) and
post -pubescent (p=0.001, CI= 3.6 - 33) and age in the age groups of 13-15 years and 16-18 years
(p= 0.04, CI= 0.3 - 0.9) and ( p= 0.03, CI= 0.3 - 0.9), respectively. Conclusion: PFPS showed a
high prevalence in the evaluated sample, in addition to being directly associated with the stage of
pubertal and post-pubertal sexual maturation and the level of active physical activity.
1. INTRODUÇÃO
A SDPF pode ser acentuada durante atividades funcionais do cotidiano, como subir e
descer escadas, agachar e permanecer sentado por um período de tempo prolongado
(BEVILAQUA, et al, 2009). Além disso, é caracterizada como uma patologia de natureza
multifatorial, podendo ser proveniente de diversas alterações, principalmente déficit de força dos
músculos abdutores, rotadores externos e extensores de quadril, acarretando alterações
biomecânicas compensatórias como o valgo dinâmico e também um desequilíbrio dinâmico entre os
músculos estabilizadores da patela, o vasto medial e o vasto lateral (SOUZA, et al, 2017).
Essa patologia tem uma maior prevalência de faixa etária entre 12 a 19 anos de idade,
dependendo do nível de atividade e do contexto ambiental (WILLY, et al, 2016). Foi observado em
um estudo com uma amostra de 2.519 apresentações em uma clínica de medicina esportiva, 5,4%
dos indivíduos diagnosticados com SDPF, respondendo por 25% de todas as apresentações de
lesões no joelho (BARTON, et al 2012). Além disso, dolescentes do sexo feminino tem 2,3 vezes
mais chance de desenvolver SDPF em comparação a adolescentes do sexo masculino
(WAITEMAN, et al, 2017).
Segundo Piazza, et al. 2012, a presença da SDPF pode gerar impactos funcionais e
psicossociais em crianças e adolescentes, comprometendo as atividades de vida diária, a SDPF pode
levar a dor e limitações funcionais que comprometem a realização das atividades cotidianas. Os sintomas da
SDPF podem persistir por anos, podendo diminuir a capacidade funcional, restringir a participação
em atividades físicas, esportes e trabalho (WILLY, et al, 2016). Indivíduos com essa patologia pode
11
1.1 JUSTIFICATIVA
Apesar da SDPF ser uma patologia com relevante prevalência na população mundial,
seus fatores de risco ainda não estão devidamente delimitados. Dentre os estudos já existentes, é
notável pesquisas com um público muito específico, não contemplando a maior parte da população.
Rastrear a relação entre a SDPF, estágio de maturação sexual, faixa etária e o nível de atividade
física em escolares do nível fundamental e médio, implica em uma melhora na qualidade de vida de
futuros adultos, atingindo um público alvo mais abrangente, possibilitando a diminuição de
possíveis prejuízos funcionais, podendo representar uma alternativa para identificar padrões
patológicos ainda em fases iniciais, dando assim a possibilidade de diminuir os danos que esses
fatores oferecem com o passar dos anos.
2. OBJETIVOS
3. MÉTODOS
uma amostra de 264 escolares que foram selecionados para participarem da pesquisa. Um viés de
20% foi adicionado à amostra, com o intuito de contornar erros sistêmicos, viés de seleção e perda
de segmentos, finalizando com um total de 317 a serem avaliados.
O presente estudo contou com uma amostra de 200 estudantes, de ambos os sexos,
regularmente matriculados em escolas públicas, períodos matutino e vespertino, do município de
Natal-RN. Foram selecionados escolares entre as faixas etárias de 10 e 18 anos. As escolas
participantes da pesquisa, bem como os seus respectivos alunos, foram escolhidos através de uma
seleção probabilística estratificada proporcional com sorteio prévio das instituições públicas e seus
respectivos alunos. Dentre um total de 200 instituições de ensino público municipais e estaduais da
região, foram sorteadas 30 escolas. A partir das listagens dos alunos oferecidas pelos funcionários
escolares, foi utilizado um intervalo amostral de 28,5 para a seleção dos estudantes.
O início das avaliações ocorreu no ano de 2019, mas devido a pandemia da COVID-19
ocorrida em 2020, as coletas retornaram em Junho de 2022 até Agosto de 2022. Até o momento a
amostra encontra-se com o número total de 200 alunos.
4.2. VARIÁVEIS
O nível de atividade física foi usado como indicador de hábitos de vida ativo ou
sedentário. Para avaliar o Nível de Atividade Física, utilizamos o Questionário Internacional de
Atividade Física [IPAQ, sigla do inglês International Physical Activity Questionnaire (Anexo B)]
versão curta, traduzido e validado para o Brasil. O IPAQ foi aplicado por um avaliador devidamente
treinado.
minutos de atividades por semana); irregularmente ativo-B (indivíduos que não atingem os critérios
de recomendação determinados na categoria irregularmente ativo-A); ativo (indivíduos que
realizam atividades físicas moderadas ou caminhada > 5 dias/semana e > 30 minutos/sessão ou
atividade física vigorosa > 3 dias/semana e > 20 minutos/sessão) e muito ativo (indivíduos que
realizam atividade física vigorosa > 5 dias/semana e > 30 min/sessão; vigorosa > 3 dias/semana e >
20 min/sessão + moderada e ou caminhada 5 dias/semana e > 30 min/sessão), (MATSUDO, et al,
2001; SILVA, et al, 2007). As categorias, sedentário, irregularmente ativo A e irregularmente ativo
B, foram fundidas em uma só categoria denominada irregularmente ativo.
Para fins de categorização,a maturação sexual foi dividida entre pré-púbere, púbere e
pós-púbere. Sendo a puberdade descrita como o conjunto de transformações psicofísicas ligadas à
maturação sexual que traduzem a passagem progressiva da infância para a adolescência
(CUNHA,1982). A fase pré-púbere e pós-púbere são definidas respectivamente como fase anterior e
fase posterior à puberdade. O estágio 1 indica um estado de pré-adolescência (ausência de
desenvolvimento); estágio 2, indica o início do período pubertário, já os estágios 3 e 4 indicam a
continuidade do desenvolvimento (maturação de cada característica) e o estágio 5 indica a fase final
do desenvolvimento, estado adulto ou maturo de desenvolvimento (LOUREIRO, et al. 2007).
16
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
17
A análise de dados foi realizada pelo Statistical Package for Social Sciences (SPSS).
Foi utilizado na avaliação o questionário eletrônico com a finalidade de delinear o perfil dos
estudantes,tal questionário é composto pela identificação, avaliação antropométrica (peso, altura e
índice de massa corporal), maturação sexual e nível de atividade física.
RESULTADOS
DESCRIÇÃO DA AMOSTRA
A pesquisa contou com o número amostral de 200 escolares participantes, 45,2% da amostra
total se encontrou na faixa etária entre 16 e 18 anos. E em relação ao nível de atividade física 47,2%
da amostra foi classificada como ativa, e 79,5% classificados no estágio púbere (tabela 1).
SDPF
- Ausência 138 70% I.C.= (61,7 – 77,2)
- Presença 62 30%
I.C.= (22,8 – 38,3)
18
Faixa Etária
- 10 a 12 anos 22 19,5% I.C.= (9,3 – 36,4)
Nível de Atividade
Física
- Irregularmente
57 26,2% I.C.= (16,9 – 38,4)
ativo
85 47,2% I.C.= (34,3 – 60,6)
- Ativo
58 26,5%
- Muito ativo I.C.= (19,3 – 35,2)
Maturação Sexual
Legenda: Na tabela 1 estão representadas as variáveis, Sexo, SDPF, Faixa etária, Nível de
atividade física e Maturação sexual e seus respactivos números amostrias, porcentagem e
intervalos de confiança.
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A faixa etária mostrou p-valor estatisticamente significativo nos grupos etários de 13-15
(p=0,04) e 16-18 anos de idade (p= 0,03), porém o intervalo de confiança não se mostrou relevante
para a associação com a SDPF (I.C.=0,3 –0,9), (0,5 I.C.= 0,3 –0,9), respectivamente. O nível de
atividade física ativa apresentou um fator de relevância estatística (p= 0,002; RP: 2,7 I.C.= 1,4
–5,2). Na avaliação da variável de maturação sexual púbere e pós-púbere também observamos a
associação significativa com a SDPF, (p= 0,00; RC: 4,8 IC: 12 –18) e (p= 0,00; RC: 1,1 I.C.: 3,6
–33) respectivamente.
SDPF Não-ajustado
n* (%**) n* (%**)
Faixa Etária
IPAQ
Maturação Sexual
DISCUSSÃO
Esse trabalho teve como objetivo analisar a associação entre as variáveis faixa etária,
maturação sexual e nível de atividade física e a SDPF. A partir dos achados da pesquisa,
observou-se uma prevalência significativa da SDPF na amostra populacional dos escolares,
resultando em 30% dos indivíduos com a patologia. Esse resultado evidencia uma afinidade com
os achados de Smith, 2018, onde 28,9% de sua amostra apresentaram a SDPF.
Foi observada uma relação conflituosa entre a variável de faixa etária e maturação
sexual.Enquanto adolescentes mais velhos apresentam maior relação com a síndrome,na maturação
sexual indivíduos púberes apresentam mais relevância significativa na relação com a SDPF em
comparação ao estágio pós-púbere. Esse apontamento pode ser explicado devido ao fato dessas duas
variáveis não necessariamente apresentarem correlação. Segundo Vitori e Arcelli et al. 1995, no
período da puberdade ocorrem variabilidades estruturais entre indivíduos de mesma idade
cronológica,então é fundamental ter em mente que,amaturação não tem relação direta com a idade
cronológica,sendo importante identificar em que nível de desenvolvimento biológico o indivíduo se
encontra.Esse fato pode ocorrer entre indivíduos do mesmo sexo e de sexos diferentes,tendo em
vista que o desenvolvimento biológico de ambos são distintos (HIRSCH,2021).
condições ortopédicas mais frequentemente observada em indivíduos fisicamente ativos, com uma
prevalência de 7% entre adolescentes de 15 a 19 anos de idade. Os estudos afirmam que a SDPF é
uma das patologias do joelho mais comuns entre a população de adolescentes. O estudo de Pereira e
Lima (2008), aponta que os indivíduos com o nível de atividade física ativo desenvolvem no
ambiente de trabalho atividades como caminhadas e atividades que requerem força para sua
execução, podendo gerar grande gasto energético. O estudo ainda fala que a realização de atividades
físicas sem os devidos preparos prévios como, aquecimento e alongamento, pode acarretar em
lesões no sistema músculoesquelético, principalmente se associado ao uso excessivo e/ou
inadequado da articulação.
CONCLUSÃO
O presente estudo demonstrou que fatores variáveis, como nível de atividade física e
maturação sexual apresentaram relevância em relação à SDPF. Os adolescentes que são ativos
fisicamente, e estão no estágio maturacional púbere apresentaram uma associação positiva com a
SDPF. Além disso, foi verificado que o fator não modificável, faixa etária, não apresentou
associação com o desfecho. Observou-se também que a idade cronológica não necessariamente
apresenta resultados equivalentes à maturação sexual, já que indivíduos de uma mesma idade
23
REFERÊNCIAS
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ANEXOS
ANEXO A - QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA
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30