Você está na página 1de 76

PATRÍCIA PELEGRINA ROSSETO

PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO SEXUAL EM ESTUDANTES


UNIVERSITÁRIAS FISICAMENTE ATIVAS: ESTUDO CASO-
CONTROLE

SÃO PAULO

2020
PATRÍCIA PELEGRINA ROSSETO

PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO SEXUAL EM ESTUDANTES


UNIVERSITÁRIAS FISICAMENTE ATIVAS: ESTUDO CASO-
CONTROLE

Dissertação apresentada ao Programa


de Pós Graduação em Ginecologia da
Escola Paulista de Medicina da
Universidade Federal de São Paulo,
como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Mestre em
Ciências.

Orientador: Prof. Dr. Ivaldo da Silva


Coorientador: Profa. Dra. Maita Poli de
Araújo

SÃO PAULO

2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA


DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GINECOLOGIA

Chefe do Departamento de Ginecologia:


Profa. Dra. Marair Gracio Ferreira Sartori

Coordenador do Curso de Pós-Graduação de Ginecologia:


Prof. Dr. Afonso Celso Pinto Nazário
Patrícia Pelegrina Rosseto

PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO SEXUAL EM ESTUDANTES


UNIVERSITÁRIAS FISICAMENTE ATIVAS: ESTUDO CASO-
CONTROLE

PRESIDENTE DA BANCA

___________________________________________________________________
Orientador Prof. Dr. Ivaldo da Silva
Universidade Federal de São Paulo

___________________________________________________________________
Coorientador Profa. Dra. Maita Poli de Araújo
Universidade Federal de São Paulo

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________
Titular - Profa. Dra. Kyvia Bezerra Mota
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________________________________
Titular - Profa. Dra. Márcia Gaspar Nunes
Universidade Federal de São Paulo

___________________________________________________________________
Titular - Profa. Dra. Teresa Raquel Embiruçu de Araújo
Hospital Pérola Byington

___________________________________________________________________
Suplente - Prof. Dr. Alberto de Castro Pochini
Chefe Medicina Esportiva - Universidade Federal de São Paulo

Aprovada em: ____/____/______


“Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”
Antoine de Saint Exupery
vi

Dedicatória

A toda minha família, em especial minha cunhada Carla Cristina Rosseto


Pelegrina e minha mãe de coração, Marlene Elisabete Rossi Pelegrina, pelo amor
e apoio constantes. Vocês sempre acreditaram e estiveram ao meu lado não
deixando com que desistisse! Amo vocês!

Ao meu marido, Carlos Rosseto Junior, por sempre estar ao meu lado,
acompanhando cada passo, e favorecendo de todas as maneiras que este sonho se
tornasse possível. Eterna gratidão, principalmente pelo suporte nos meus momentos
de desesperança. Te amo!

Aos meus filhos Fernando e Gabriel, que acompanharam minha trajetória, e


muitas vezes sem entenderem mostravam apoio e souberam compreender e
superar as ausencias em razão deste projeto.
vii

Agradecimentos

A presente dissertação de mestrado não poderia ser finalizada sem o apoio


de várias pessoas.
Ao Prof. Dr. José Tadeu Nunes Tamanini que me levou até a Unifesp,
mostrando a possibilidade deste mundo novo, e incentivou inumeras vezes a
prosseguir, e também modelo de dedicação e amor a ciencia.
Ao Prof. Dr. Ivaldo , orientador desta tese, pela oportunidade que me foi dada
para realização deste trabalho. Serei grata pelas importantes sugestões fornecidas e
pelos ensinamentos ofertados durante a minha orientação, e acima de tudo pela
paciência durante esse processo.
À Profa. Dra. Maita Poli de Araújo por ter me apoiado e me auxiliado na
elaboração e conclusão dessa tese. Obrigada por ter acreditado e não ter desistido
de mim.
A todos os amigos, colegas, funcionários do Setor de Ginecologia do Esporte
e da Seção de Pós-Graduação que me apoiaram de alguma forma durante esse
processo da tese.
Às estudantes universitárias, participantes do estudo, pela colaboração e
permissão para desenvolvimento desse estudo.
E enfim, a todos aqueles não citados, mas que de alguma forma, tornaram
possível a realização deste trabalho. Muito Obrigada!
viii

SIGLÁRIO

IPAQ Internacional Physical Activity Questionnaire


FSFI Female Sexual Function Index
UNESCO United Nations Organization for Education, Science and
Culture
HPA Hipotalâmico-hipófise-adrenal
SBMEE Sociedade Brasileira do Exercício e do Esporte
ix

LISTA DE TABELAS E QUADROS

Table 1. Classification of physical activity level – IPAQ ........................................... 10


Table 2. Comparison of sociodemographic variables between physically active and
sedentary university students. .................................................................................. 14
Table 3. Prevalence of sexual dysfunction among groups of physically active and
sedentary university students .................................................................................... 16
Table 4. Comparison of FSFI domains between active versus sedentary groups..... 17
Tabela 1. Comparação das variáveis sociodemográficas entre universitárias
fisicamente ativas e sedentárias. .............................................................................. 30
Tabela 2. Prevalência da disfunção sexual entre os grupos de estudantes
universitários fisicamente ativos e sedentários... ..................................................... 32
Tabela 3. Comparação dos domínios do FSFI entre grupo ativo X sedentários... ... 33
x

LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

Figure 1: recruitment of participants, application of inclusion and exclusion criteria 13

Figura 1: recrutamento das participantes, aplicação de critérios de inclusão e

exclusão.. ................................................................................................................. 29
xi

ROSSETO, P. P., Prevalência de disfunção sexual em estudantes universitárias


fisicamente ativas: estudo caso-controle. 2020; xii, 65f. Dissertação (Mestrado) –
Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2020.

RESUMO

Introdução: A saúde sexual na mulher pode ter influência de variados fatores como

as disfunções sexuais. A manutenção da saúde feminina pode ser favorecida pela

atividade física possibilitando a prevenção de doenças. A atividade física pode

impactar na autoimagem influenciando a vivencia da sexualidade. Objetivo:

Investigar a prevalência de disfunções sexuais em universitárias fisicamente ativas

em comparação as sedentárias. Métodos: Estudo transversal, tipo caso-controle

realizado por meio de questionário eletrônico e impresso. Participaram da pesquisa

estudantes universitárias com idade entre 18 e 40 anos. O grupo caso foi composto

por universitárias que praticavam atividade física regular e o grupo controle foi

constituído por universitárias sedentárias, da mesma faixa etária. A função sexual foi

avaliada por meio do Female Sexual Function Index – FSFI. Resultados: Foram

avaliadas 202 estudantes, sendo 22 sedentárias e 180 ativas. A disfunção sexual foi

mais prevalente no grupo sedentário (45,5%) quando comparado ao grupo

fisicamente ativo (38,9%) (p=0,646), contudo sem significância estatística. Em

relação aos domínios avaliados pelo FSFI, somente o domínio “excitação”

apresentou diferença estatisticamente significante. (p=0,031) Conclusão: A

prevalência de disfunção sexual em estudantes universitárias ativas e sedentárias foi

semelhante, sem associação entre disfunção sexual e atividade física.

Palavras chaves: sexualidade, atividade física, saúde da mulher, disfunção sexual.


xii

ROSSETO, P. P., Prevalence of Sexual Dysfunction in Physically Active Female


University Students: A Case-Control Study. 2020; xii 65f. Dissertação (Mestrado)
– Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
2020.

ABSTRACT

Introduction: A woman’s sexual life may have influence from several factor like the

sexual dysfunctions. The maintenance of female’s health may be favored by the

physical activity making illnesses’ prevention possible. Physical activity may affect

the self-image influencing the experience of sexuality. Aim: investigate the

prevalence of sexual dysfunctions in college female students physically active in

comparison to sedentary one. Methods: Transversal study, like case-control,

accomplished through electronic and printed quiz. Female college students ranging

from 18 to 40 years of age took part in this research. The case group consisted of

female college students who had regular physical activity and the control group

consisted of sedentary female college students, in the same age range. The sexual

function was evaluated through Female Sexual Function Index – FSFI. Results: 202

female college students were evaluated, among them 22 sedentary ones and 180

active ones. The sexual dysfunction was more prevalent in the sedentary group

(45,5%) when compared to the physically active group (38,9%) (p=0,646), however

without statistical significance. In relation to the subjects evaluated by the FSFI, only

the “arousal” subject presented statistically significant difference. (p=0,031).

Conclusion: The prevalence of sexual dysfunction in active and sedentary female

college students was similar, without association between sexual dysfunction and

physical activity.

Keywords: sexuality, physical activity, women’s health, sexual dysfunction.


SUMÁRIO
Dedicatória ................................................................................................................ vi
Agradecimentos ...................................................................................................... vii
SIGLÁRIO ................................................................................................................ viii
LISTA DE TABELAS E QUADROS .......................................................................... ix
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS ............................................................................x
RESUMO.................................................................................................................... xi
ABSTRACT............................................................................................................... xii
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................1
2. OBJETIVO ..............................................................................................................5
3. ARTIGO ..................................................................................................................6
Introduction ............................................................................................................6
Aim ..........................................................................................................................9
Methods ..................................................................................................................9
Results .................................................................................................................. 12
Discussion............................................................................................................ 17
Conclusion ........................................................................................................... 21
Acknowledgements ............................................................................................. 21
Funding................................................................................................................. 21
Declaration of interest statement ....................................................................... 21
References ........................................................................................................... 21
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 29
5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 39
ANEXOS ................................................................................................................... 46
ANEXO 1 - Carta de aprovação do Comitê de Ética Médica em Pesquisa...... 46
ANEXO 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .............................. 51
ANEXO 3 – Questionário com dados pessoais e demográficos ..................... 53
ANEXO 4 - Questionário Internacional De Atividade Física (IPAQ) ................. 54
ANEXO 5 – FSFI – Female Sexual Function Index ............................................ 55
ANEXO 6 – Submissão do Artigo ....................................................................... 59
1

1. INTRODUÇÃO

A sexualidade está presente durante todo o desenvolvimento humano [1]

envolvendo uma gama de aspectos como sexo anatômico, identidade e papéis de

gênero, formas de lidar com o prazer e reprodução. [2][3] É um fenômeno complexo,

multidimensional, que abrange o indivíduo como um todo, de maneira única, além da

resposta corporal biológica. Ela está intrinsicamente relacionada ao contexto

histórico cultural e é vivenciada de forma única de acordo com a relação

estabelecida com o outro, com o próprio corpo e com o mundo [4] [5]

As transformações biológicas e psicológicas também acarretam mudanças na

convivência social. Durante a adolescência, ocorrem transformações marcantes

anatômicas e fisiológicas que resultarão no corpo adulto com plena capacidade de

reprodução [6]. O envolvimento com a vida sexual se dá gradualmente.

Primeiramente entre colegas do mesmo sexo, fazem contato com o assunto “sexo”,

usam as palavras, trocadilhos, partem para fantasias e práticas masturbatórias. Ao

se instalar um clima de intimidade e cumplicidade, surgem as experimentações

sexuais [7].

Em pesquisa realizada com 691 adolescentes no sul do Brasil, observou-se

que em geral, a primeira relação sexual ocorreu com parceiros com os quais os

adolescentes possuíam vínculos prévios [8]. Entre as meninas percebeu-se aparente

necessidade de vínculos amorosos específicos, como namorados, enquanto os

meninos tendem a se relacionar com outras pessoas de seu círculo social, como

vizinhas e amigas, com as quais não possuem, necessariamente, um vínculo

amoroso. A iniciação sexual é socialmente percebida como um rito de passagem

para o mundo adulto [8]. Segundo pesquisa da UNESCO, mais da metade dos

jovens do sexo masculino iniciaram-se sexualmente na faixa estaria entre 10 e 14


2

anos e as jovens, em sua maioria entre 15 e 19 anos [9].

Entre 18 e 25 anos, os indivíduos estão mais propensos a vivenciar

experiências nos campos afetivos, sexuais e de trabalho e explorar sua identidade

de forma a desenvolver seus padrões de comportamento. Muitas vezes se iniciam

os comportamentos sexuais de risco, como a negligência ao uso de métodos

contraceptivos e à prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis [10].

Barbosa e Kayama, em estudo sobre o comportamento e práticas sexuais de

homens e mulheres no Brasil, mostraram que entre 20 a 24 anos, as mulheres

encontram-se 84,6% sexualmente ativas [11].

Na vivência da sexualidade pode se perceber impeditivos ou dificultadores,

favorecendo a ocorrência de disfunções sexuais. Entende-se como disfunção sexual

feminina o comprometimento do desejo, excitação orgasmo e/ou dor sexual, que

provoque desconforto pessoal significativo [12,13]. Há também muitos fatores que

favorecem a ocorrência da disfunção sexual, como aspectos relacionados à

fisiologia, de ordem hormonal/endócrina, muscular, psicossocial, medicamentos e

cirurgias [14].

De acordo com Wallwiener et al, a prevalência de disfunção sexual entre

estudantes alemãs é de 38,7% [15]. Entre as italianas, um estudo verificou a

prevalência em torno de 60,9% [16]. Os estudos apontam uma variabilidade nas

taxas de prevalência, provavelmente devido a questões psicossociais e culturais.

A atividade física é um dos elementos essenciais para prevenção de doenças

[17] como diabetes [18], doenças cardiovasculares [19], câncer e doenças

obstrutivas pulmonares [20]. Observam-se também impactos do sedentarismo e

atividade física na saúde mental [21,22].

Vários estudos apontam a relação entre exercício e saúde mental. O exercício


3

pode concomitantemente provocar a melhoria de vários biomarcadores associados

com estados depressivos: homeostase do eixo hipotalâmico-hipófise-adrenal (HPA),

efeitos anti-neurodegenerativos, regulação do metabolismo da monoamina e

funcionamento neuroimune [23]. Observou-se também que a atividade física reduz

os sintomas de depressão e a ansiedade e melhora o enfrentamento do estresse

[24]. Ainda pesquisa aponta o papel do exercício para a prevenção de transtornos de

ansiedade e depressivos [25].

Segundo a Sociedade Brasileira do Exercício e do Esporte (SBMEE), a

prática do exercício físico regular pelas mulheres associado à ingesta alimentar

adequada pode trazer importantes contribuições como ganho de massa óssea (se

for realizado a partir da adolescência) e prevenção primária de osteoporose pós-

menopáusica [26]. Ainda poderão, com isso, obter um importante fator para a

promoção e manutenção da saúde em todas as idades e situações, inclusive na

gestação e na fase pós-parto [26]. Em contrapartida, o exercício físico intenso pode

estar relacionado ao surgimento das disfunções do assoalho pélvico como

incontinência urinária [27], incontinência anal e desconforto durante o intercurso

sexual [28].

Stanton et al, aponta em revisão de literatura, a relação entre atividade física

e autoimagem corporal positiva principalmente em mulheres. Isso devido ao

desenvolvimento de um físico magro e saudável, bem como uma maior semelhança

ao ideal estético apresentado pela sociedade; e também proporcionando melhorias

na saúde psicológica, bem-estar sexual [29]. Os pensamentos sobre o corpo durante

a atividade sexual, como tamanho real do corpo, e condição física, desempenham

um papel importante na sexualidade feminina. A insegurança em relação ao

desempenho/dificuldades sexuais e a preocupação na maneira com que o parceiro


4

irá perceber isso foram associadas à diminuição da estima corporal [30].

Diante do número crescente de trabalhos para entender a sexualidade

humana e suas alterações, percebemos que existem uma escassez de estudos que

investigam aspectos da sexualidade em estudantes universitárias fisicamente ativas.


5

2. OBJETIVO

O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de disfunções sexuais em

universitárias fisicamente ativas em comparação as sedentárias.


6

3. ARTIGO

Introduction

Sexuality is present during the whole of human development (Silva, 2013),

and encompasses a range of aspects, such as biological sex, identity and gender

roles, as well as pleasure and reproduction (Pinheiro, 2004; World Association of

Sexual Health, 2019). It is a complex and multidimensional phenomenon that

involves the whole person and not only their biology. It is intrinsically related to one’s

historical and cultural context and is lived in a unique way according to one’s

relationships with others, one’s body, and the world (Chaui, 1984; Heilborn, 2006).

Biological and psychological development also cause changes in one’s social

life. Notable physical transformations that result in sexual maturity occur during

adolescence (Brêtas et al., 2002). Involvement with sexual life occurs gradually. First,

among friends of the same sex, there is discussion of the subject of “sex,” usage of

words and jokes, and progress to fantasies and masturbation. An intimate

environment and consent of those involved leads to sexual experimentation (Abdo,

2004).

According to research conducted with 691 adolescents in the south of Brazil,

in general, an individual’s first sexual relations occur with partners with whom they

have had previous ties (Tronco & Dell'Aglio, 2012). Among girls, specific loving

bonds appear to be necessary, such as boyfriends, while boys tend to indulge in

sexual relations with other people from their social circle, such as neighbors and

friends, with whom there is not necessarily a loving bond. Sexual initiation is socially

seen as a rite of passage to the adult world (Tronco & Dell'Aglio, 2012). According to

research by the United Nations Educational, Scientific and Cultural Organisation

(UNESCO), more than half of young males begin their sexual lives between the ages
7

of 10 and 14 years, and young females mostly do so between the ages of 15 and 19

years (Abramovay et al., 2004).

Between 18 to 25 years old, individuals are more prone to have affective,

sexual, and work experiences, and explore their identity to develop behavior

patterns. Frequently, risky sexual behaviors may occur, such as carelessness related

to use of contraception and prevention of sexually transmitted diseases (Arnett,

2000). Barbosa and Kayama’s study of behavior and sexual practices of men and

women in Brazil showed that between the ages of 20 and 24 years , 84.6% of women

are sexually active (Barbosa & Koyama, 2008).

Depending on a person’s sexual experience, they may perceive difficulties or

constraints that may increase the likelihood of sexual dysfunctions. Female sexual

dysfunction can include diminishment of sexual desire, excitation, and orgasm and/or

existence of sexual pain, which produces significant personal distress (Araújo &

Lantufo Neto, 2014; Basson, 2000). Nevertheless, there are many factors that foster

the occurrence of sexual dysfunction, such as aspects related to physiology,

including problems related to hormones, muscular functioning, psychosocial issues,

medicine, and surgeries (Ferreira et al., 2007).

According to Wallwiener et al. (2017), the prevalence of sexual dysfunction

among female university students in Germany was 38.7%. Among female university

students in Italy, the prevalence was around 60% (Bezerra et al., 2018) and that

among Chinese young women was 17.6% (Lo & Kok, 2018). Studies point to

variability in prevalence rates, probably because of cultural and psychosocial

aspects.

Physical activity is one of the essential elements for the prevention of diseases

(World Health Organization, 2005), such as diabetes (Zinman et al., 2003),


8

cardiovascular diseases (American Heart Association Nutrition Committee, 2006),

cancer, and obstructive pulmonary diseases (Department of Health and Human

Services, 2018). Sedentary lifestyles and lack of physical activity have also been

shown to affect mental health (Teychenne et al., 2015; Velten et al., 2014).

Several studies point to a relationship between exercise and mental health.

Exercise may promote, simultaneously, the improvement of various biomarkers

associated with depressive states: homeostasis of the hypothalamic-pituitary-adrenal

axis (HPA), anti-neurodegenerative effects, and regulation of monoamine metabolism

and neuroimmune functioning (Archer et al., 2014). It is also observed that physical

activity reduces symptoms of depression and anxiety, and improves stress coping

(Chauloff, 1989). Furthermore, research points to the role of exercise in the

prevention of anxiety and depressive disorders (Sigwalt et al., 2011).

According to the Brazilian Society of Sports Medicine, regular physical activity

by women combined with an adequate diet may have important benefits such as gain

in bone mass (when practiced since adolescence) and primary prevention of

postmenopausal osteoporosis (Leitão et al., 2000). Alongside this, it is possible to

obtain important benefits that promote and maintain health in different ages and

situations, including during pregnancy and in the postpartum period (Leitão et al.,

2000). However, intense physical activity may be related to the development of

dysfunctions of the pelvic floor such as urinary incontinence (Araújo et al., 2008),

anal incontinence, and discomfort during sexual intercourse (Vitton et al., 2011).

Stanton et. al. (2018) pointed out in their literature review that the relationship

between physical activity and positive body image, especially in women, is due to the

development of a healthy and slim body, as well as a close resemblance to the

aesthetic ideal presented by society, along with improvements in mental health and
9

sexual well-being. Thoughts about the body during sex, such as the real size of the

body and physical condition, play an important role in female sexuality. Insecurity

related to sexual performance/difficulties and concerns about the way the partner will

perceive these situations were associated with reductions in body esteem (Pujols et

al., 2010).

In the face of a growing number of studies aiming to understand human

sexuality and its modifications, we realized that there is a shortage of studies

investigating aspects of sexual functioning in physically active versus sedentary

female university students.

Aim

The aim of this study was to compare the prevalence of sexual dysfunctions in

physically active vs. sedentary female university students.

Methods

A cross-sectional, case-control study was carried out involving the Sports

Gynecology sector at the Escola Paulista de Medicina - Federal University of São

Paulo (EPM-UNIFESP). The participants of the study were Brazilian university

students who gave a written consent to participate in the study. The study was

approved by the university’s Research Ethics Committee (number

6265016.7.0000.5505). Data collection was conducted through electronic and

printed questionnaires.

Female students aged 18 to 40 years old who completed the informed consent

form participated in this study.

The case group was composed of female university students who practiced

physical activity, actively or very actively, as classified by the International Physical

Activity Questionnaire (IPAQ; Matsudo et al., 2001), while the control group was
10

composed of sedentary female university students, as classified by the IPAQ and

from the same age group.

The IPAQ is an instrument aiming to assess physical activity in a specific

population. It has long and short forms. The short form involves sedentary behaviors,

walking, and vigorous and moderate physical activity. In this research, the self-

reported short form was adopted, as it is the most recommended for prevalence

studies and more accepted by participants, as it is less exhaustive and repetitive

(Hallal et al., 2010). The IPAQ allows us to estimate the time spent per week on

different intensities of physical activity (walking, moderate, and intense activities) and

physical inactivity (sitting). The classification of physical activity levels in the IPAQ is

shown in Table 1.

Table 1. Classification of physical activity level - IPAQ

CLASSIFICATION CRITERIA

VERY ACTIVE One who has accomplished the following recommendations:

a) VIGOROUS PHYSICAL ACTIVITY: 5 or more days per

week and 30 or more minutes per session or

b) VIGOROUS PHYSICAL ACTIVITY: 3 or more days per

week and 20 or more minutes per session + MODERATE

PHYSICAL ACTIVITY and/or

WALKING: 5 or more days per week or 30 minutes per

session.

ACTIVE One who has accomplished the following recommendations:

a) VIGOROUS PHYSICAL ACTIVITY: 3 or more days per

week and 20 or more minutes per session; or

b) MODERATE PHYSICAL ACTIVITY or WALKING: 5 or more

days per week and 30 minutes per session; or


11

c) Any activity reaching a total of 5 or more days per week and

150 or more minutes per week (walking + moderate +

vigorous).

INSUFFICIENTLY One who practices physical activity; however, it is insufficient to

ACTIVE be classified as active since they do not follow the

recommendations regarding frequency or duration. To

determine this classification, the frequency and duration of

different kinds of activities (walking + moderate + vigorous) are

summed. This group was divided into two sub-groups

according to the accomplishment or not accomplishment of

some criterion recommendations.

INSUFFICIENTLY ACTIVE A: ones who reach at least one of

the recommendation criteria regarding activity frequency or

duration:

a) Frequency: 5 days per week or

b) Duration: 150 minutes per week.

INSUFFICIENTLY ACTIVE B: one who has not reached any of

the recommendation criteria regarding frequency or duration.

SEDENTÁRY One who has not practiced any physical activity for at least 10

continuous minutes during the week.

* The authors were contacted and authorized the use of the original table in this work.
(07/07/2020 via email: Dr. Victor Matsudo - matsudo.celafiscs@gmail.com)

Women who were in the pregnancy-puerperium cycle, post-menopausal, had

suffered from sexual abuse, used medicines that influence sexual function, and/or

had self-declared to have hyperprolactinemia and/or diabetes were excluded from

the study (Berman & Goldstein, 2001; Bezerra et al., 2018).

Sexual function was evaluated using the Female Sexual Function Index
12

(FSFI). This is a self-administered questionnaire containing 19 questions that cover

five domains of sexual response: 1) desire, 2) lubrication, 3) orgasm, 4) satisfaction,

and 5) pain or discomfort. The data may be presented by domains (simple score), or

by the sum of the weighted scores of each domain (total score; Pacagnella et al.,

2009; Rosen et al., 2000).

The instrument is capable of identifying women with potential sexual

dysfunction when presenting a total score under 26 (Wiegel et al., 2005). This was

the cutoff used in this study.

The following factors that could interfere with sexual function were assessed:

age, religious affiliation (Catholic, Evangelical, spiritist, and an open item that could

be marked and filled with other options); race (white, black, yellow, brown, and

indigenous); sexual orientation (based on the question: “Do you have sex with…?”

Possible answers included: men, women, or both); marital status (single, married,

divorced, common-law marriage, widowed); education (degree course being taken); if

contraceptives were being used (yes/no), and if yes, what method was adopted.

The ideal sample size was determined using an alpha of 5% (Type I error) and

a beta of 10% (Type II error), which indicated that 351 individuals were needed.

Quantitative variables were analyzed by means and standard deviations, and

categorical variables by frequencies (percentages). The student t-test was used to

compare between continuous variables with a normal distribution. Comparisons

between qualitative variables were made, when needed, using the Chi-Square or

Fisher’s Exact Test. A significance level of 5% (p < 0.05) was used.

Results

The questionnaire was answered by 368 female university students from the

following courses: Medicine, Law, Psychology, Pedagogy, Physiotherapy, Nutrition,


13

Physical Education, Language, Sports, Engineering (Food and Civil), Architecture

and Urbanism, Mathematics, Hospitality Management, Edu-communication, Business

Administration, International Relations, Dentistry, Biology, Occupational Therapy,

Veterinary Medicine, Accounting Sciences, History, Advertising, Journalism,

Gastronomy, Biochemical Pharmacy, Information Systems, Audiovisual, Radio and

Television, Biomedical Sciences, and Nursing.

From this initial sample, 113 women were excluded based on the exclusion

criteria., and 53 for being classified as insufficiently active. The final group under

study was composed of 202 university students; of which 180 were physically active,

and 22 were sedentary women (Figure 1).

Figure 1: recruitment of participants, application of inclusion and exclusion criteria.

Table 2 presents the sample characteristics. Responses regarding

sociodemographic aspects that were not answered and those that did not correspond

to what was requested were not considered for this analysis, and remained for the
14

purpose of the study. There were no differences between the groups regarding age,

marital status, race, contraception, and sexual orientation. There was a statistically

significant difference in the religion of the participants since 46.7% of physically

active female university students were Catholic. The sedentary ones were more

associated with the evangelical religion (p = 0.038).

Table 2. Comparison of sociodemographic variables between physically active and

sedentary university students.

Physically
Sedentary
Active p
value
n (%) n (%)

Age 22.50 (2.12)a 26.67 (7.23)a 0.435

Religion

Catholic 7 (33.3%) 84 (46.7%) 0.038

Evangelical 8 (38.1%) 23 (12.8%)

No religion 3 (14.3%) 34 (18.9%)

Spiritist 3 (14.3%) 17 (9.4%)

Atheist 0 (0%) 18 (10.0%)

Other 0 (0%) 4 (2.2%)

Marital Status

Married 1 (5.0%) 7 (3.9%) 0.977

Single 18 (90.0%) 161 (89.4%)


15

Widowed 0 (0%) 0 (0%)

Common-law marriage 1 (5.0%) 11 (6.1%)

Divorced 0 (0%) 1 (0.6%)

Race

Black 1 (4.8%) 2 (1.1%) 0.480

White 15 (71.4%) 148 (82.2%)

Brown 5 (23.8%) 26 (14.4%)

Indigenous 0 (0%) 1 (0.6%)

Yellow 0 (0%) 3 (1.7%)

Use of hormonal

contraceptive

Yes 14 (66.7%) 132 (73.3%) 0.605

No 7 (33.3%) 48 (26.7%)

Sexual Orientation

Homosexual 0 (0%) 8 (7.2%) 0.221

Bisexual 0 (0%) 11 (9.9%)


16

Heterosexual 15 (100%) 92 (82.9%)

a
Values express mean and standard deviation, respectively.
Responses that do not meet the request or have not been answered were considered invalid
and are not reported in the table 2.

Table 3 shows that although sexual dysfunction was more prevalent in the

sedentary group (45.5%) when compared to the physically active group (38.9%), the

difference was not statistically significant (p = 0.646).

Table 3. Prevalence of sexual dysfunction among groups of physically active and

sedentary university students.

With sexual Without sexual


dysfunction dysfunction (FSFI P
(FSFI <26) ≥ 26)
Sedentary 10 (45.5%) 12 (54.5%)

Groups 0.646

Actives 70 (38.9%) 110 (61.1%)

The FSFI also enabled the investigation of sexual function in five domains:

desire, excitement, lubrication, orgasm, satisfaction, and pain (Table 4). Physically

active female university students had higher means in all FSFI domains; however,

the excitement domain was the only one whose difference was statistically significant

(p = 0.031).
17

Table 4. Comparison of FSFI domains between active versus sedentary groups

Sedentary (n = 22) Active (n = 180)


FSFI
Mean (dP) Mean (dP) p
Desire 3.74 (1.46) 4.07 (1.17) 0.336

Excitement 3.45 (2.03) 4.37 (1.68) 0.031

Lubrication 4.09 (2.21) 4.57 (1.81) 0.395

Orgasm 3.96 (2.02) 3.94 (1.72) 0.881

Satisfaction 4.20 (1.84) 4.20 (1.52) 0.491

Pain 3.81 (2.35) 4.45 (1.96) 0.239

Discussion

Female sexual dysfunction is being extensively researched, along with its

associations with age, relationship status, and emotional aspects (Aslan & Fynes,

2008). The prevalence of sexual dysfunction in women may manifest with several

variations depending on the way it is defined, the population being researched,

particularly lifestyle, culture, and age group (Nazareth et al., 2003). There are studies

that have found sexual dysfunction in 90% of the female population enrolled in

American military clinics (Nusbaum & Gamble, 2001), and other studies have

presented clinical populations with 40% to 53.8% of women experiencing sexual

dysfunction (Laumann et al., 1999). In Brazil, extensive research involving more than

2,000 women all over the country pointed out that 50.9% of the women in the study

experienced sexual dysfunction (Abdo, 2004).

In the present study, the sample was homogeneous in relation to age, race,

and marital status. However, sedentary university students in this study tended to be

affiliated with evangelicalism. The relationship between physical and sports activity

and religion has been a topic of concern in recent studies in Brazil (Pich, 2017). One
18

focus of these studies involves relationships among religious belonging, moral

principles that guide them (especially in Pentecostal churches), and involvement in

physical education classes (Rigoni & Daolio, 2017; Rigoni & Prodócimo, 2013).

Some evangelical churches, such as the Assemblies of God and Christian

Congregations (belonging to the first wave of Pentecostalism), present a strict moral

attitude towards the female body, and consequently, are concerned about avoiding

activities that lead to temptation, which are considered sinful. For this reason, actions

that lead to the demonstration of sensuality and vanity are considered immoral.

Believers direct their attention to sacred concerns, and consequently, deprive

themselves of physical and sporting activities (Rigoni & Prodócimo, 2013).

This study found a prevalence of sexual dysfunction in 39.6% of female

university students from several courses, which was higher than that observed in

recent research involving a Brazilian university population from the area of health

(28.8%; Satake et al., 2018). However, when comparing other studies involving

female university students, it found a prevalence close to findings in German women

(38.7%; Wallwiener et al., 2017) and Peruvian female university students

(Escajadillo-Vargas et al., 2011). Other similar studies involving African students,

though, show a higher incidence (47% to 53.3%; Nwagha et al., 2014), followed by

Italian women (60.9%; Bezerra et al., 2018). These differences reinforce the

hypothesis that cultural aspects may affect sexual behavior. Individuals internalize

values that are favored by their social context. This internalized dimension of an

individual’s values has a prominent role in the way they live, including their sexual

lives (Heilborn, 2006).

There was no statistically significant relationship between physical activity and

the incidence of sexual dysfunction in female university students. In general,


19

research has found a positive effect of physical exercise on sexual function in

women, as described by Stanton et al. (2018). Regular physical exercise probably

increases sexual satisfaction indirectly through improving cardiovascular health,

which in turn can be an appropriate option to control hypertension, enhancing vaginal

blood flow, and avoiding sexual problems caused by medicines and mood.

Additionally, positive body image, which is improved by physical exercise, can

also increase sexual wellbeing (Stanton et al., 2018).

Despite this, the current research could not confirm the inverse relationship

between regular physical exercise and sexual dysfunction. It is necessary to fully

comprehend other aspects that may have influenced the results and carry out a

detailed investigation on the students’ lifestyle, involving stressors that can affect

sexual function and satisfaction. In research concerning a young Chinese population,

an association was observed among life stressors, reluctance to engage in sexual

relations, anguish, and sexual difficulties (Lo & Kok, 2018)).

Acute exercise also influences a series of body systems that could somehow

affect physiological sexual arousal of women. It has been shown that exercise

positively affects a range of hormones such as cortisol, estrogen, prolactin, oxytocin,

and testosterone, some of which are more strongly linked to arousal than others. The

effect of exercise on hormonal responses in women varies based on the kind of

exercise and the current hormonal stage women are in, such as premenopausal and

menstrual cycle alterations (Stanton et al., 2018).

Biochemical and physiological research indicates that diffuse discharge of the

sympathetic nervous system occurs during the last stage of sexual arousal in women

(Jovanovic, 1971), with a huge increase of heartbeat and blood pressure occurring

during orgasm (Fox & Fox, 1969). Increases in plasma noradrenaline levels, a
20

sensitive catecholamine of activity of the sympathetic nervous system, have also

been shown to follow increases in sexual arousal during sexual relations (Wiedeking

et al., 1979). Therefore, literature supports the role of the sympathetic nervous

system in increases in sexual arousal after short periods of exercise (Meston &

Gorzalka, 1995;1996).

In the present study, although a statistically significant difference in the total

FSFI score was not found, active students had statistically significantly higher scores

in the domain “excitement” than did sedentary students.

A positive aspect of this research is that the sample was composed of

university students from several courses, not necessarily related to health. This

contrasts with other studies, in which the sample compositions focused on university

students from courses related to health (Bezerra, et al., 2018; Satake et al., 2018;

Wallwiener et al., 2017). The idea of having a broader coverage of the sample was

so as to obtain a coherent cut-off of the target population. Another point to be

emphasized is that students who used psychoactive medications during data

collection that could somehow influence the sexual response obtained by the FSFI

were not included in the research. This detail resulted in a more homogeneous

sample that was without selection bias, which is important for the reliability of the

results and, consequently, the conclusions drawn from them.

In addition, when the population was classified by the IPAQ as well as by

physical activity, there was a substantial majority of physically active female

university students (n = 180) and a much smaller and non-proportional number of

sedentary students (n = 22). It is believed that this occurred because of sociocultural

changes, in which physical activity associated with health has become widespread,

and sports have become ever more relevant to university life. Additionally, university
21

sports competitions have been highly present and competitive.

Although several studies in the area with different methodologies and

populations have been done, we cannot confirm the total effects of physical activity

on sexuality. Therefore, it is clear that more research is needed to understand the

effect of physical activity on human sexuality.

Conclusion

The prevalence of sexual dysfunction between active and sedentary university

students was similar, not indicating an association between physical activity and

sexual dysfunction.

Acknowledgements

We would like to thank Editage (www.editage.com) for English language editing.

Funding

None.

Declaration of interest statement

No potential competing interest was reported by the authors.

References

Abdo, C. (2004). Desempenho difícil, satisfação impossível.[Difficult performance,

impossible satisfaction] In C. Abdo (Ed.), Descobrimento sexual do Brasil: para

curiosos e estudiosos (pp. 90–100). Summus Editorial.

Abdo, C. (2004). Nossa rica vida sexual, nossos tropeços e atropelos. [Our rich sex
22

life, our stumbles and tramples] In C. Abdo (Ed.), Descobrimento sexual do

Brasil: para curiosos e estudiosos (pp. 36–54). Summus Editorial.

Abramovay, M., Castro, M. G., & Silva, L. B. (2004). A iniciação sexual dos

jovens.[Sexual initiation of young people] In M. Abramovay, M. G. Castro, & L.

B. Silva (Eds.), Juventudes e Sexualidade (pp. 67–126). UNESCO Brasil.

American Heart Association Nutrition Committee; Lichtenstein, A. H., Appel, L. J.,

Brands, M., Carnethon, M., Daniels, S., Franch, H. A., Franklin, B., Kris-

Etherton, P., Harris, W. S., Howard, B., Karanja, N., Lefevre, M., Rudel, L.,

Sacks, F., Van Horn, L., Winston, M., & Wylie-Rosett, J. (2006). Diet and

lifestyle recommendations revision 2006: A scientific statement from the

American Heart Association Nutrition Committee. Circulation, 114, 82–96.

Araújo, Á. C., & Lotufo Neto, F. (2014). A nova classificação Americana para os

transtornos mentais – o DSM–5. [The new North American classification of

mental disorders - the DSM – 5] Revista Brasileira de Terapia Comportamental

e Cognitiva, 16(1), 67–82.

Araújo, M. P., de, Oliveira, E., de, Zucchi, E. V. M., Trevisani, V. F. M., Girão, M. J.

B. C., & Sartori, M. G. F. (2008). Relação entre incontinência urinária em

mulheres atletas corredoras de longa distância e distúrbio alimentar. [The

relationship between urinary incontinence and eating disorders in female long-

distance runners] Revista da Associação Médica Brasileira, 54(2), 146–149.

Archer, T., Josefsson, T., & Lindwall, M. (2014). Effects of physical exercise on

depressive symptoms and biomarkers in depression. CNS & Neurological

Disorders Drug Targets, 13(10),1640–1653.

Arnett, J. J. (2000). Emerging adulthood: A theory of development from the late teens

through the twenties. The American Psychologist, 55(5), 469–480.


23

Aslan, E., & Fynes, M. (2008). Female sexual dysfunction. International

Urogynecology Journal and Pelvic Floor Dysfunction, 19(2), 293–305.

Barbosa, R. M., & Koyama, M. A. H. (2008). Comportamento e práticas sexuais de

homens e mulheres.[Sexual behavior and practices among men and women]

Revista de Saúde Pública, 42, 21–33.

Basson, R. (2000). The female sexual response: a different model. Journal of Sex &

Marital Therapy, 26(1), 51–65.

Berman, R. J., & Goldstein, I. (2001). Female sexual dysfunction. Urologic Clinics of

North America, 28, 405–416.

Bezerra, K. de C., Feitoza, S. R., Vasconcelos, C. T. M., Karbage, S. A. L., Saboia,

D. M., Oriá, M. O. B. (2018). Sexual function of undergraduate women: a

comparative study between Brazil and Italy. Revista Brasileira de Enfermagem,

71(suppl. 3), 1428–1434.

Brêtas, J. R. S., Rua, D. V., Querino, I. D., Cintra CC, Ferreira, D., & Correa, D. S.

(2002). Compreendendo o interesse de adolescentes do sexo masculino e

feminino sobre corpo e sexualidade.[ Understanding the interest of male and

female adolescents in body and sexuality] Temas Sobre Desenvolvimento,

11(64), 20–29.

Chaui, M. (1984). Repressão sexual: essa nossa (des)conhecida (p. 17).[ Sexual

repression: our (un) known] Brasiliense.

Chauloff, F. (1989). Physical exercise and brain monoamines: a review. Acta

Physiologica Scandinavica, 137(1), 1–13.

Department of Health and Human Services. (2018). Physical Activity Guidelines.

Advisory Committee Scientific Report, 1–79.

https://health.gov/paguidelines/second-
24

edition/report/pdf/PAG_Advisory_Committee_Report.pdf

Escajadillo-Vargas, N., Mezones-Holguín, E., Castro-Castro, J., Córdova-Marcelo,

W., Blümel, J. E., Pérez-López, F. R., & Chedraui, P. (2011). Sexual

dysfunction risk and associated factors in Young university women. Journal of

Sexual Medicine, 8(6), 1701–1709.

Ferreira, A. L. C. G., Souza, A. I., Ardisson, C. L., & Katz, L. (2007). Disfunções

sexuais: atualização.[Sexual dysfunctions: update] Femina, 35(11), 689–695.

Fox, C. A., & Fox, B. (1969). Blood pressure and respiratory patterns during human

coitus. Journal of Reproduction and Fertility, 19, 405–415.

Hallal, P. C., Gomez, L. F., Parra, D. C., Lobelo, F., Mosquera, F. L. J., Florindo, A.,

Reis, R. S., Pratti, M., & Sarniento, O. L. (2010). Lessons learned after 10 years

of IPAQ used in Brasil and Colômbia. Journal of Physical Activity & Health, 7(2),

S259–264.

Heilborn, M. L. (2006). Entre as tramas da sexualidade brasileira. Revista Estudos

Feministas, 14(1), 43–59.

Jovanovic, U. J. (1971). The recording of physiological evidence of genital arousal in

human males and females. Archives of Sexual Behavior, 1, 309–320.

Laumann, E. O., Paik, A., & Rosen, R. C. (1999). Sexual dysfunction in the United

States: prevalence and predictors. JAMA, 281, 537–544.

Leitão, M. B., Lazzoli, J. K., Oliveira, M. A. B. de, Nóbrega, A. C. L. da, Silveira, G. G.

da, Carvalho, T. de, Fernandes, E. O., Leite, N., Ayub, A. V., Michels, G.,

Drummond, F. A., Magni, J. R. T., Macedo, C., & De Rose, E. H. (2000).

Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:

atividade física e saúde na mulher.[ Official positioning of the Brazilian Society

of Sports Medicine: physical activity and women’s health] Revista Brasileira de


25

Medicina Do Esporte, 6(6), 215–220.

Lo, S. S., & Kok, W. M. (2018). Prevalence and risk factors for sexual problems and

distress in Chinese unmarried young women: An observational study. Journal of

Sexual Medicine, 15(11), 1620–1628.

Matsudo, S., Araújo, T., Matsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., Oliveira, L. C., &

Braggion, G. (2001). Questionário internacional de atividade física (IPAQ):

estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil.[ International Physical Activity

Questionnaire (IPAQ): study of validity and reliability in Brazil] Revista Brasileira

de Atividade Física & Saúde, 6(2), 5–18.

Meston, C. M., & Gorzalka, B. B. (1996). The effects of immediate, delayed, and

residual sympathetic activation on sexual arousal in women. Behaviour

Research and Therapy, 34, 143–148.

Meston, C. M., & Gorzalka, B. B. (1995). The effects of sympathetic activation on

physiological and subjective sexual arousal in women. Behaviour Research and

Therapy, 33, 651–664.

Nazareth, I., Boynton, P., & King, M. (2003). Problems with sexual function in people

attending London general practitioners: cross sectional study. BMJ, 327, 423.

Nusbaum, M. R., & Gamble, G. (2001). The prevalence and importance of sexual

concerns among female military beneficiaries. Military Medicine, 166, 208–210.

Nwagha, U. I., Oguanuo, T. C., Ekwuazi, K., Olubobokun, T. O., Nwagha, T. U.,

Onyebuchi, A. K., Ezeonu, P. O., & Nwadike, K. (2014). Prevalence of sexual

dysfunction among females in a university community in Enugu, Nigeria.

Nigerian Journal of Clinical Practice, 17(6), 791–796.

Pacagnella, R. de C., Martinez, E. Z., & Vieira, E. M. (2009). Validade de construto

de uma versão em português do Female Sexual Function Index.[Construct


26

validity of a Portuguese version of the Female Sexual Function Index] Cadernos

de Saúde Pública, 25(11), 2333–2344.

Pich, S. (2017). Atividades físicas e esportivas e a religião no Brasil contemporâneo.

[Physical and sports activities, and religion in contemporary Brazil ] Relatório

Nacional de Desenvolvimento Humano do Brasil. http://movimentoevida.org/wp-

content/uploads/2017/10/Atividades-F%C3%ADsicas-e-Esportivas-e-

Religi%C3%A3o.pdf

Pinheiro, S. N. S. (2004). Sexualidade e Deficiência Mental.[ Sexuality and

IntellectualDisability] Revisando pesquisas. Psicologia Escolar e Educacional,

8(2), 199–206.

Pujols, Y., Seal, B. N., & Meston, C. M. (2010). The association between sexual

satisfaction and body image in women. Journal of Sexual Medicine, 7(2), 905–

916.

Rigoni, A. C. C., & Daolio, J. (2017). A aula de educação física e as práticas

corporais: a visão construída por meninas evangélicas.[ The Physical education

class and bodily practices: a vision built by evangelical girls] Movimento

(ESEFID/UFRGS), 23(1), 147–158.

https://www.redalyc.org/pdf/1153/115350608011.pdf

Rigoni, A. C. C., & Prodócimo, E. (2013). Corpo e religião: marcas da educação

evangélica no corpo feminino. [Body and religion:evangelical education’s marks

on the female’s body ]Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 35(1), 227–

243.

Rosen, R., Brown, C., Heiman, J., Leiblum, S., Meston, C., Shabsigh, R., Ferguson,

D., & D’Agostino, R. (2000). The Female Sexual Function Index (FSFI): A

multidimensional self-report instrument for the assessment of female sexual


27

function. Journal of Sex & Marital Therapy, 26(2), 191–208.

Satake, J. T., Pereira, T. R., & Aveiro, M. C.(2018). Self-reported assessment of

female sexual function among Brazilian undergraduate healthcare students: a

cross-sectional study (survey). Sao Paulo Medical Journal, 136(4), 333–338.

Sigwalt, A. R., Budde, H., Helmich, I., Glaser, V., Ghisoni, K. Lanza, S., Cadore, E.

L., Lhullier, F. L. R., de Bem, A. F., Hohl, A., de Matos, F. J., de Oliveira, P. A.,

Prediger, R. D., Guglielmo, L. G. A., & Latini, A. (2011). Molecular aspects

involved in swimming exercise training reducing anhedonia in a rat model of

depression. Neuroscience, 192, 661–674.

Silva, M. C. P. (2013). Diálogo sobre sexualidade: da curiosidade à

aprendizagem.[Talking about sexuality: from curiosity to learning] In M. C. P.

Silva (Ed.), Sexualidade começa na infância (pp. 16–25). Casa do Psicólogo.

Stanton, A. M., Handy, A. B., & Meston, C. M. (2018). The effects of exercise on

sexual function in women. Sexual Medicine Reviews, 6(4), 548–557.

Teychenne, M., Costigan, S.A., & Parker, K. (2015). The association between

sedentary behavior and risk of anxiety: a systematic review. BMC Public Health,

15, 513.

Tronco, C. B., & Dell’Aglio, D. D. (2012). Caracterização do Comportamento Sexual

de Adolescentes: Iniciação Sexual e Gênero.[Descriptionof Adolescent Sexual

Behavior: Sexual Initiation and Gender] Revista Interinstitucional de Psicologia,

5(2), 254–269.

Velten, J., Lavalle, K. L., Scholten, S, Meyer, A. H., Zhang, X.-C., Schneider, S., &

Margraf, J. (2014). Lifestyle choices and mental health a representative

population survey. BMC Psychology, 2(1), 58.

Vitton, V., Baumstark-Barrau, K., Brardjanian, S., Caballe, I., Bolvier, M., & Grimaud,
28

J. C. (2011). Impact of high level sport practice on anal incontinence in a

healthy young female population. Journal of Women's Health, 20(5), 757–763.

Wallwiener, C. W., Wallwiener, L. M., Seeger, H., Schönfisch, B., Mueck, A. O.,

Bitzer, J., Zipfel, S., Brucker, S. Y., Wallwiener, S., Taran, F.-A., & Wallwiener,

M. (2017). Sexual function, contraception, relationship and lifestyle in female

medical students. Journal of Women’s Health, 26(2), 169–177.

Wiedeking, C., Ziegler, M. G., & Lake, C. R. (1979). Plasma noradrenaline and

dopamine-beta-hydroxylase during human sexual activity. Journal of Psychiatric

Research, 15, 139–145.

Wiegel, M., Meston, C., & Rosen, R. (2005). The Female Sexual Function Index

(FSFI): Cross validation and development of clinical cutoff scores. Journal of

Sex & Marital Therapy, 31, 1–20.

World Association of Sexual Health. (2014). Declaration of sexual rights.

https://worldsexualhealth.net/wp-content/uploads/2013/08/Declaration-of-

Sexual-Rights-2014-plain-text.pdf

World Health Organization. (2005). Preventing Chronic Diseases: A Vital Investment.

Geneva, Ottawa: World Health Organization, Public Health Agency of Canada.

https://www.who.int/chp/chronic_disease_report/contents/part1.pdf?ua=1

Zinman, B., Ruderman, N., Campaigne, B. N., Devlin, J. T., Schneider, S. H., &

American Diabetes Association. (2003). Physical activity/exercise and diabetes

mellitus. Diabetes Care, 27, s73–s77.


29

4. DISCUSSÃO

Participaram da pesquisa 368 estudantes universitárias dos seguintes cursos:

Medicina, Direito, Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia, Nutrição, Educação física,

Letras, Esporte, Engenharia (Alimentos e Civil), Arquitetura e Urbanismo,

Matemática, Hotelaria, Tecnologia em Educomunicação, Administração de

Empresas, Relações internacionais, Odontologia, Biologia, Terapia Ocupacional,

Medicina Veterinária, Ciências Contábeis, História, Publicidade e Propaganda,

Jornalismo, Gastronomia, Farmácia e Bioquímica, Sistemas de Informação,

Audiovisual, Rádio e TV, Biomedicina e Enfermagem.

Desta amostra inicial, 113 mulheres foram excluídas por apresentarem

condições que interferissem no resultado do estudo e 53 por serem classificadas

pelo IPAQ [31][32] como irregularmente ativas. O grupo estudado foi de 202

universitárias sendo 180 mulheres fisicamente ativas e 22 sedentárias (figura 1).

Universitárias recrutadas para

o estudo (N=368)
Excluídas - possibilidade

de interferência na

Amostra

Aplicação do

Exclusão -

irregularmente ativas
Amostra

Grupo Fisicamente Grupo Sedentárias

Ativo (N=22)
30

Figura 1: recrutamento das participantes, aplicação de critérios de inclusão e

exclusão

A tabela 1 apresenta a característica da amostra. Foram inseridas na tabela

somente respostas consideradas válidas, e foram excluídas aquelas respostas que

não atendiam ao perguntado ou não respondidas. Não houve diferença entre os

grupos em relação à idade, estado civil, cor, contracepção e orientação sexual.

Houve diferença estatisticamente significante em relação à religião, sendo que

46,7% das universitárias fisicamente ativas eram católicas. E as sedentárias

estavam mais associadas à religião evangélica (p = 0,038).

Tabela 1. Comparação das variáveis sociodemográficas entre universitárias


fisicamente ativas e sedentárias.
Fisicamente
Sedentárias
Ativas p

n (%) n (%)

Idade 22,50 (2,12)a 26,67 (7,23)a 0,435

Religião

Católica 7 (33,3%) 84 (46,7%) 0,038

Evangélica 8 (38,1%) 23 (12,8%)

Sem religião 3 (14,3%) 34 (18,9%)

Espírita 3 (14,3%) 17 (9,4%)

Ateia 0 (0%) 18 (10,0%)

Outras 0 (0%) 4 (2,2%)


31

Estado civil

Casada 1 (5,0%) 7 (3,9%) 0,977

Solteira 18 (90,0%) 161 (89,4%)

Viúva 0 (0%) 0 (0%)

União estável 1 (5,0%) 11 (6,1%)

Divorciada 0 (0%) 1 (0,6%)

Cor

Preta 1 (4,8%) 2 (1,1%) 0,480

Branca 15 (71,4%) 148 (82,2%)

Parda 5 (23,8%) 26 (14,4%)

Indígena 0 (0%) 1 (0,6%)

Amarela 0 (0%) 3 (1,7%)

Uso de contraceptivo hormonal

Sim 14 (66,7%) 132 (73,3%) 0,605

Não 7 (33,3%) 48 (26,7%)

Orientação sexual

Homossexual 0 (0%) 8 (7,2%) 0,221

Bissexual 0 (0%) 11 (9,9%)

Heterossexual 15 (100%) 92 (82,9%)


a
os valores expressam respectivamente a média e o desvio padrão.

A função sexual foi avaliada por meio do Female Sexual Function Index –

FSFI.[33] Os dados podem ser apresentados por domínios (escore simples), ou pela

soma dos escores ponderados de cada domínio. (escore total) [34,35].


32

O instrumento é capaz de identificar as mulheres com potencial disfunção

sexual ao apresentarem escore total menor que 26. [36]. Sendo este valor o

considerado para o propósito do estudo.

Em relação a disfunção sexual o grupo sedentário (45,5%) mostrou-se com

maior prevalência quando comparado ao grupo fisicamente ativo (38,9%) embora a

diferença não se apresente estatisticamente significante (p=0,646).

Tabela 2. Prevalência da disfunção sexual entre os grupos de estudantes

universitários fisicamente ativos e sedentários.

Com disfunção sexual Sem disfunção

sexual Valor de p

(FSFI <26) (FSFI ≥ 26)

Sedentárias 10 (45,5%) 12 (54,5%)

Grupos 0,646

Ativas 70 (38,9%) 110 (61,1%)

A avaliação do FSFI possibilitou investigar o funcionamento sexual nos cinco

domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor (tabela 3). O

grupo das estudantes universitárias fisicamente ativas apresentou média superior

em todos os domínios do FSFI, entretanto, somente no domínio excitação é que a

diferença foi estatisticamente significante (p=0,031).


33

Tabela 3. Comparação dos domínios do FSFI entre grupo ativo X sedentários

Sedentárias (n = 22) Ativas (n = 180)

FSFI Média (dP) Média (dP)

Desejo 3,74 (1,46) 4,07 (1,17) 0,336

Excitação 3,45 (2,03) 4,37 (1,68) 0,031

Lubrificação 4,09 (2,21) 4,57 (1,81) 0,395

Orgasmo 3,96 (2,02) 3,94 (1,72) 0,881

Satisfação 4,20 (1,84) 4,20 (1,52) 0,491

Dor 3,81 (2,35) 4,45 (1,96) 0,239

A disfunção sexual feminina é um tema muito pesquisado na atualidade, bem

como sua associação com idade, parceria e aspectos emocionais [37]. A prevalência

de disfunção sexual nas mulheres pode apresentar-se com grandes variações,

dependendo da maneira como esta é definida, da população pesquisada quanto a

estilo de vida, cultura e faixa etária [38]. É possível observar estudos com disfunção

sexual em 90% da população feminina atendida em clínica militar americana [39] e

em outros trabalhos com populações clinicas, índices de 40% a 53,8% [40,41]. No

Brasil, uma pesquisa de ampla dimensão, envolvendo mais de 2000 mulheres, de

todo o país, apontou índice de 50,9% [41].

A população escolhida na presente pesquisa caracterizou-se como

homogênea em relação à idade, cor e estado civil. Contudo, observou-se que as


34

estudantes universitárias sedentárias estão associadas à religião evangélica. A

relação entre as atividades físicas e esportivas e a religião tem sido objeto de

atenção em pesquisa recentemente no Brasil [42]. Um dos focos destas pesquisas

envolve a relação entre o pertencimento religioso, os preceitos morais que lhe são

constitutivos (notadamente em igrejas pentecostais) e a participação em aulas de

Educação Física [43,44].

Algumas igrejas evangélicas como a assembleia de Deus e a Congregação

Cristã (pertencentes à primeira onda do pentecostalismo), apresentam um forte rigor

moral em torno do corpo feminino, e consequente preocupação em evitar a prática

de atividades que levam à tentação, portanto, pecaminosas. Por esse motivo, as

atitudes que levem à demonstração da sensualidade e à vaidade são consideradas

imorais. O fiel, ao centrar sua atenção na dimensão sagrada, passa,

consequentemente, a se privar da prática de atividades física e esportivas [43].

Este estudo pode identificar a prevalência de 39,6%, de disfunção sexual em

estudantes universitárias de variados cursos e mostrou-se superior à prevalência

observada em recente pesquisa com população universitária brasileira pertencente a

cursos da área de saúde (28,8%) [45]. Entretanto, ao comparar a outros estudos

realizados com universitárias, encontrou-se prevalência próxima aos achados em

alemãs [15] e em universitárias peruanas [46]. Contudo outros estudos semelhantes

em estudantes africanas demonstraram maior incidência (53,5%) [47], seguido pelas

italianas (60,9%) [16]. Estas diferenças reforçam a hipótese de que aspectos

culturais podem impactar o comportamento sexual. O pertencimento a um contexto

social favorece com que valores deste meio sejam interiorizados pelos sujeitos, sem

uma consciência permanente de sua presença, e essa dimensão interiorizada do


35

sujeito, tem relevante papel na maneira como vive, inclusive na sexualidade [4].

Ao verificar a relação entre a realização de atividades física e comportamento

sedentário e incidência de disfunção sexual nas estudantes universitárias, não

houve diferença estatisticamente significante.

De forma geral, observa-se efeito positivo dos exercícios físicos, na função

sexual de mulheres, como descrito por Stanton et al. (2018). Os exercícios crônicos

provavelmente aumentam a satisfação sexual indiretamente, beneficia a saúde

cardiovascular podendo ser uma opção apropriada para controlar hipertensão,

melhorando o fluxo sanguíneo vaginal e evitando problemas sexuais induzidos por

medicamentos e o humor. Além disso, a autoimagem positiva devido ao exercício

físico, também auxilia na elevação do bem-estar sexual [29]. Mas isso não pode ser

identificado no grupo investigado, necessitando compreender melhor outros

aspectos que podem ter influenciado no resultado obtido, É importante realizar uma

investigação detalhada sobre estilo de vida envolvendo aspectos estressores que

podem impactar sobre o funcionamento e satisfação sexual destas estudantes. Em

pesquisa com população chinesa jovem, observou-se a associação entre

componentes estressores da vida, a relutância para o envolvimento sexual e

angustia e dificuldades sexuais [48].

Exercícios agudos influenciam também uma série de sistemas corporais que

poderiam impactar de alguma forma a excitação sexual fisiológica das mulheres.

Tem sido demonstrado que o exercício afeta positivamente uma variedade de

hormônios como o cortisol, estrogênio, prolactina, oxitocina e testosterona, uns

ligados à excitação mais fortemente do que outros. O efeito do exercício sobre as

respostas hormonais nas mulheres varia com base no tipo de exercícios e nas fases
36

hormonais em que as mulheres se encontram como na pré-menopausa ou nas

alterações do ciclo menstrual [29].

Pesquisas bioquímicas e fisiológicas indicam que a descarga difusa do

sistema nervoso simpático ocorre durante o último estágio de excitação sexual em

mulheres [49], com intenso aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial,

ocorrendo durante o orgasmo [50]. Aumentos na taxa de noradrenalina plasmática,

uma catecolamina sensível da atividade do sistema nervoso simpático, também

mostraram acompanhar o aumento da excitação sexual durante a relação sexual

[51]. Portanto, a literatura suporta o papel do sistema nervoso simpático no aumento

da excitação sexual após breves períodos de exercícios [52,53].

No presente estudo, observou-se que, apesar de não ter encontrado diferença

estatisticamente significante no escore total do FSFI, o domínio “Excitação”

apresentou diferença estatisticamente significante entre as estudantes ativas e as

sedentárias, com escore maior no grupo das ativas.

Um ponto positivo deste trabalho de pesquisa situa no fato da amostra ser

composta por estudantes universitárias de vários cursos, não necessariamente

relacionados à saúde. Entretanto, outros trabalhos semelhantes focam a

composição da amostra em universitárias de cursos relacionados à saúde

[15,16,45]. A ideia de maior abrangência na amostra foi obter um recorte mais

fidedigno da população alvo. Outro ponto a ser ressaltado é o fato de não serem

incluídas estudantes que faziam uso de medicamentos psicoativos durante a coleta

de dados e que poderiam influenciar, de alguma forma, a resposta sexual obtida por

meio do FSFI. Esse detalhe torna a amostra mais homogênea e sem um viés de

seleção, importante para a confiabilidade dos resultados e, consequentemente, das


37

conclusões.

Também se notou que ao classificar a população pelo IPAQ quanto à

atividade física, foi encontrado uma expressiva maioria de estudantes universitárias

ativas (n=180) e um número muito inferior e desproporcional de estudantes

sedentárias (n=22). Acredita-se que esse fato ocorreu devido a mudanças

socioculturais, onde a prática da atividade física associada à saúde vem sendo

amplamente divulgada e pela inserção a pratica esportiva dentro do contexto

universitário estar cada vez mais frequente e associada a formação em curso

superior. E também tem sido muito presente e disputadas às competições esportivas

universitárias.

Apesar de vários estudos na área com metodologia e populações diferentes,

não podemos mediar a total eficácia da atividade física e sexualidade, portanto fica

claro que necessitamos de novas pesquisas para entender o efeito da atividade

física frente à sexualidade humana.


38

5. CONCLUSÕES

A prevalência de disfunção sexual em estudantes universitárias ativas e

sedentárias foi semelhante, não sendo observada associação entre atividade física e

disfunção sexual.
REFERÊNCIAS

1. Silva MCP. Diálogo sobre sexualidade: da curiosidade à aprendizagem.

In:Silva MCP.Sexualidade começa na infância. Casa do Psicólogo: São

Paulo,2013, pp.16-25.

2. Pinheiro SNS Sexualidade e Deficiência Mental. Revisando pesquisas.

Psicologia Escolar e Educacional 2004;8(2):199-206.

3. Health S. Declaration of Sexual Rights. Seksuologia Pol. 2003;1(1):1–2.

4. Heilborn ML. Entre as tramas da sexualidade brasileira. Estudos Feministas,

Florianópolis 2006;14(1):43-59.

5. Chaui, M Repressão sexual: essa nossa [des] conhecida. Brasiliense. São

Paulo, 1984. pp.17

6. Brêtas JRS, Rua DV, Querino ID, Cintra CC, Ferreira D, Correa DS.

Compreendendo o interesse de adolescentes do sexo masculino e feminino

sobre corpo e sexualidade. Temas Sobre Desenvolvimento 2002; 11(64):20-

29.

7. Abdo C. Nossa rica vida sexual, nossos tropeços e atropelos. In: Abdo C,

Descobrimento sexual do Brasil: para curiosos e estudiosos. Summus

Editorial, São Paulo, 2004, pp 36-54.

8. Tronco CB Dell'Aglio DD. Caracterização do Comportamento Sexual de

Adolescentes: Iniciação Sexual e Gênero. Rev Interinst Psicol [online] 2012;

5(2);254-269

9. Abramovay M, Castro MG, Silva LB A iniciação sexual dos jovens. In:

Abramovay M, Castro MG, Silva LB Juventudes e Sexualidade, Unesco Brasil


Brasilia, 2004, pp 67-126.

10. Arnett JJ. Emerging adulthood: A theory of development from the late teens

through the twenties. American Psychologist 2000;55(5):469–480.

11. Barbosa RM, Koyama MAH. Comportamento e práticas sexuais de homens e

mulheres. Rev Saúde Pública 2008; 42(1):21-33.

12. Basson R. The female sexual response: a different model. J Sex Marital Ther.

2000; 26(1):51-65.

13. Araujo AC, Lantufo Neto F. A nova classificação Americana para os

transtornos mentais – DSM- 5. Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn. 2014;

16(1):67-82.

14. Ferreira ALCG, Souza AI, Ardisson CL, Katz L. Disfunções sexuais:

atualização. Femina 2007. 35(11):689-695.

15. Wallwiener CW, Wallwiener LM, Seeger H, et all. Sexual Function,

contraception, relationship and lifestyle in female medical students. J Womens

Health 2017;26(2):169-177.

16. Bezerra KC, Feitoza SR, Vasconcelos CTM, Karbage SAL, Saboia DM, Oriá

MOB. Sexual function of undergraduate women: a comparative study between

Brazil and Italy. Rev Bras Enferm. 2018;71(suppl 3):1428-34.

17. World Health Organization, Preventing Chronic Diseases: A Vital

Investment.Geneva,Ottawa: World Health Organization, Public Health Agency

of Canada; 2005.;1-31.

https://www.who.int/chp/chronic_disease_report/contents/part1.pdf?ua=1

[acessed 02 set 2019].

18. Zinman B, Ruderman N, Campaigne BN, Devlin JT, Schneider SH; American
Diabetes Association.Physical activity/exercise and diabetes mellitus.

Diabetes Care 2004;27(Suppl 1):S73‑7.

19. American Heart Association Nutrition Committee, Lichtenstein AH, Appel LJ,

Brands M, Carnethon M, Daniels S, et al. Diet and lifestyle recommendations

revision 2006: A scientific statement from the American Heart Association

Nutrition Committee. Circulation 2006;114:82‑96.

20. Department of Health and Human Services - USA. Physical Activity

Guidelines Advisory Committee Scientific Report 2018;1-779

https://health.gov/paguidelines/second-

edition/report/pdf/PAG_Advisory_Committee_Report.pdf [acessed 02 set

2019].

21. Teychenne M, Costigan SA, Parker K. The association between sedentary

behavior and risk of anxiety: a systematic review. BMC Public Health 2015;

15:513:1-8

22. Velten J, Lavalle KL, ScholtenS et all. Lifesyle choices and mental health a

representative population survey. BMC Psychology 2014; 2:58

23. Archer T, Josefsson T, Lindwall M. Effects of physical exercise on depressive

symptoms and biomarkers in depression. CNS Neurol Disord Drug Targets

2014;13(10):1640-53

24. Chauloff F. Physical exercise and brain monoamines: a review. Acta Physiol

Scand 1989;137(1):1-13

25. Sigwalt AR, Budde H, Helmich I, Glaser V, Ghisoni K et all. Molecular aspects

involved in swimming exercise training reducing anhedonia in a rat model of

depression. Neuroscience 2011; Sep 29;192:661-74


26. Leitão MB, Lazzoli JK, Oliveira MAB et al. Posicionamento oficial da

Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na

mulher. Ver BrasMed Esporte 2000;6(6):215-222.

27. Araújo MP, Oliveira E, Zucchi EVM, Trevisani VFM, Girão MJBC, Sartori

MGF. Relação entre incontinência urinária em mulheres atletas corredoras de

longa distância e distúrbio alimentar. Rev Assoc Med Bras 2008;54(2):146-

149.

28. Vitton V, Baumstark-Barrau K, Brardjanian S, Caballe I, Bolvier M, Grimaud

JC. Impact of high level sport practice on anal incontinence in a healthy young

female population. J Women´s Health 2011;20(5):757-763.

29. Stanton AM, Handy AB, Meston CM. The Effects of Exercise on Sexual

Function in Women. Sex Med Rev 2018;6(4):548-557

30. Pujols Y, Seal BN, Meston CM. The association between sexual satisfaction

and body image in women. J Sex Med 2010 ; 7(2): 905–916.

31. Matsudo S, et al. Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo

de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev Atividade Física e Saúde

2001;6(2):5-18.

32. Hallal PC, Gomez LF, Parra DC, Lobelo F, Mosquera FLJ, Florindo A, Reis

RS, Pratti M, Sarniento OL. Lessons learned after 10 years of IPAQ used in

Brasil and Colômbia. J Phys Act Health 2010;7(2):259-264.

33. Berman RJ, Goldstein I. Female sexual dysfunction. Urol Clin of North Am

2001;28;405-416

34. Rosen R, et al. The Female Sexual Function Index (FSFI): a multidimensional

self-report instrument for the assessment of female sexual function. J Sex


Marital Ther 2000;26(2):191-208.

35. Pacagnella RC, Martinez EZ, Vieira EM Validade de construto de uma versão

em português do Female Sexual Function Index. Cad. Saúde Pública

2009:25(11):2333-2344.

36. Wiegel M, Meston C, Rosen R. The Female Sexual Function Index (FSFI):

Cross validation and development of clinical cutoff scores. J Sex Marital Ther

2005;31:1-20.

37. Aslan E, Fynes M. Female sexual dysfunction. Int Urogynecol J Pelvic Floor

Dysfunct 2008;19(2):293-305

38. Nazareth I Boynton P King M. Problems with sexual function in people

attending London general practitioners: cross sectional study. BMJ,

2003:23:327–423

39. Laumann EO Paik A Rosen RC. Sexual dysfunction in the United States:

prevalence and predictors. JAMA,1999: 281:537–544

40. Nusbaum MR, Gamble G The prevalence and importance of sexual concerns

among female military beneficiaries. Mil Med, 2001:166:208–210

41. Abdo C. Desempenho difícil, satisfação impossível. In: Abdo C,

Descobrimento sexual do Brasil: para curiosos e estudiosos. Summus

Editorial, São Paulo, 2004, pp 90-100

42. Pich S. Atividades físicas e esportivas e a religião no Brasil contemporâneo.

Relatório anual de desenvolvimento humano 2017.

http://movimentoevida.org/wp-content/uploads/2017/10/Atividades-

F%C3%ADsicas-e-Esportivas-e-Religi%C3%A3o.pdf; [acessed 02 set 2019].

43. Rigoni AC, Prodócimo E. Corpo e religião: marcas da educação evangélica


no corpo feminino. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, 2013: 35(1): 227-243.

44. Rigoni AC, Daolio J. A aula de educação física e as práticas corporais: a

visão construída por meninas evangélicas. Movimento, 2017; 20,(3): 875-894,

https://www.redalyc.org/pdf/1153/115350608011.pdf; [acesed 02 set 2019].

45. Satake, JT, Pereira, T R, Aveiro, M C. Self-reported assessment of female

sexual function among Brazilian undergraduate healthcare students: a cross-

sectional study (survey). Sao Paulo Med J 2018;136(4):333-8.

46. Escajadillo-Vargas N, Mezones-Holquin E, Castro-Castro J, Córdova-

Marcelo W, Blümel JE et al. Sexual dysfunction risk and associated factors in

Young university women. J Sex Med 2011:8(6):1701-9.

47. Nwagha UI, Oguanuo TC, Ekwuazi K, Olubobokun TO, Nwagha TU,

Onyebuchi AK, et al. Prevalence of sexual dysfunction among females in a

university community in Enugu, Nigeria. Niger J ClinPract [Internet].

2014;17(6):791-6.

48. Lo SS, Kok WM. Prevalence and Risk Factors for Sexual Problems and

Distress in Chinese Unmarried Young Women: An Observational Study. J Sex

Med 2018;15(11):1620-1628.

49. Jovanovic UJ. The recording of physiological evidence of genital arousal in

human males and females. Arch Sex Behav 1971;1:309-320.

50. Fox CA, Fox B. Blood pressure and respiratory patterns during human coitus.

J ReprodFertil 1969;19:405-415.

51. Wiedeking C, Ziegler MG, Lake CR. Plasma noradrenaline and dopamine-

beta-hydroxylase during human sexual activity. J Psychiatr Res 1979;15:139-

145.
52. Meston CM, Gorzalka BB. The effects of sympathetic activation on

physiological and subjective sexual arousal in women.Behav Res Ther

1995;33:651-664.

53. Meston CM, Gorzalka BB. The effects of immediate, delayed, and residual
sympathetic activation on sexual arousal in women. Behav Res Ther
1996;34:143-148.
ANEXOS

ANEXO 1 - Carta de aprovação do Comitê de Ética Médica em Pesquisa.


ANEXO 2 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


Disfunções sexuais em atletas universitárias
As informações aqui presentes estão sendo fornecidas para sua participação
voluntária neste estudo, que tem como objetivo investigar disfunções sexuais em estudantes
universitárias atletas e não atletas.
Você terá que responder um questionário sobre o nível de atividade física que você
realiza e um questionário sobre como ocorre a sua resposta sexual .
Em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos resultados e aos profissionais
responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. A pesquisadora é
Patrícia Pelegrina Rosseto que pode ser encontrada no seguinte endereço: Rua Vergueiro,
2986 – tel.: (14) 99799-4955. É garantida a liberdade de interromper a participação no
estudo a qualquer momento.
As informações obtidas neste estudo serão confidenciais e analisadas em conjunto,
não sendo divulgada a identificação de qualquer voluntário.
O termo de consentimento livre e esclarecido está sendo disponibilizado em 2 vias
originais , uma para o participante e outra para o pesquisador.

Declaração do participante:
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que
foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Avaliação da sexualidade em atletas
universitárias em comparação às sedentárias”.
Eu discuti com a pesquisadora a minha decisão em participar deste estudo. Ficaram
claros para mim quais são os propósitos do estudo, as garantias de confidencialidade e de
esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de
despesas e que tenho garantia de acesso a tratamento hospitalar quando necessário.
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento
a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades, prejuízo ou perda de
qualquer benefício que eu possa ter adquirido no meu atendimento nesta instituição. Não
haverá custos ou compensações financeiras pela participação.

Eu,____________________, portador do RG nº _____________ acredito ter sido


suficientemente informado a respeito das informações que li, estando claro para mim quais
são os propósitos do estudo e os procedimentos a serem realizados. Concordo
voluntariamente em participar deste estudo e autorizo a divulgação dos dados obtidos por
meio das avaliações.

Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato
com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Unifesp, Rua Botucatu, 572 1º andar cj 14,
(011)5571-1062, FAX: (011)5539-7162, E-mail: cepunifesp@unifesp.br.

_____________________ Data:___/___/___
Assinatura do Voluntário
_____________________ Data:___/___/___
Assinatura da Testemunha

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e


Esclarecido deste indivíduo para a participação no estudo.

_______________________________ Data:___/___/___
Assinatura do responsável pelo estudo

Pesquisador responsável pela aplicação dos questionários:

Nome completo:________________________________________________________
ANEXO 3 – Questionário com dados pessoais e demográficos

IDENTIFICAÇÃO

1.Nome (iniciais): ________________________________________________________


2.Idade _______
3.Qual a sua cor? ( ) branca ( ) preta ( ) amarela ( ) parda ( ) indígena
4.Estado Cívil ( ) solteira ( ) casada ( ) divorciada ( ) união estável ( ) viúva
5.Religião ( ) católica ( ) evangélica ( ) espírita ( ) Outros __________________
6.Curso em que irá se formar?__________________________________________________

7. Assinale se você tem ou teve alguma dessas doenças?


Parkinson ( ), doenças do colágeno ( ), doenças neurológicas ( ),
acidente vascular cerebral (derrame cerebral) ( ), tumores pélvicos ( ),
não tive ou tenho nenhuma dessas doenças citadas( )

8. Você já teve relação sexual?


( ) sim ( ) não

9. Você menstrua todo Mês?


( ) sim ( ) não

10. Você usa algum método anticoncepcional?


( ) não
( ) anticoncepcional oral
( ) anticoncepcional injetável trimestral
( ) anticoncepcional injetável mensal
( ) anel vaginal
( ) adesivo
( ) DIU de cobre
( ) DIU de Mirena
( ) somente preservativos

11.Você está na menopausa?


( ) sim ( ) não

12. Você Já teve filho(s)?


( ) sim quantos? _________
( ) não

13. Já fez cirurgia vaginal e/ou de incontinência urinária?


( ) sim Qual? ________________
( ) não

14. Você usa alguma medicação todo dia?


( ) sim Qual? ________________
( ) não

15. Você já sofreu algum tipo de abuso sexual?


( ) sim ( ) não

16. Você tem relação sexual com:


( ) somente homens
( ) homens e mulheres
( ) somente mulheres
ANEXO 4 - Questionário Internacional De Atividade Física (IPAQ)

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA

1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos
contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar
para outro, por lazer, por prazer ou como forma de exercício? Dias:_____ por
SEMANA ( ) Nenhum

1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto
tempo no total você gastou caminhando por dias.

Horas: ______ Minutos: _____

2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por
pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta,
nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos
leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer,
aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar moderadamente
sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA
CAMINHADA) Dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10
minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por
dia? Horas: ______ Minutos: _____

3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por


pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica
aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços
domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos
elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou
batimentos do coração. dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum

3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos
contínuos quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
Horas: ______ Minutos: _____

4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? Horas:
______ Minutos: ____

4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de
semana? Horas: ______ Minutos: ____
ANEXO 5 – FSFI – Female Sexual Function Index

Este questionário pergunta sobre sua vida sexual durante as últimas 4 semanas. Por favor, responda
às questões de forma mais honesta e clara possível. Suas respostas serão mantidas em absoluto
sigilo.
Assinale apenas uma alternativa por pergunta.
Para responder às questões use as seguintes definições: atividade sexual pode incluir afagos,
carícias preliminares, masturbação (“punheta”/“siririca”) e ato sexual; ato sexual é definido quando há
penetração (entrada) do pênis na vagina; estímulo sexual inclui situações como carícias preliminares
com um parceiro, auto estimulação (masturbação) ou fantasia sexual (pensamentos); desejo sexual
ou interesse sexual é um sentimento que inclui querer ter atividade sexual, sentir-se receptiva a uma
iniciativa sexual de um parceiro(a) e pensar ou fantasiar sobre sexo; excitação sexual é uma
sensação que inclui aspectos físicos e mentais (pode incluir sensações como calor ou inchaço dos
genitais, lubrificação – sentir-se molhada/“vagina molhada”/“tesão vaginal” –, ou contrações
musculares).

Nas últimas 4 semanas com que frequência (quantas vezes) você sentiu desejo ou interesse sexual?
5 – quase sempre ou sempre
4- a maioria das vezes (mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes (cerca da metade do tempo)
2 – Poucas vezes (menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas como você avalia o seu grau de desejo ou interesse sexual?
5 – muito alto
4 – alto
3 – moderado
2 – baixo
1 – muito baixo ou absolutamente nenhum

Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você se sentiu sexualmente excitada
durante a atividade sexual ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – quase sempre ou sempre
4 – a maioria das vezes (mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes (cerca da metade do tempo)
2 – poucas vezes ( menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas, como você classificaria seu grau de excitação sexual durante a atividade
sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – muito alto
4 – alto
3 – moderado
2 – baixo
1 – muito baixo ou absolutamente nenhum

Nas últimas 4 semanas, como você avalia o seu grau de segurança para ficar sexualmente excitada
durante a atividade sexual ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – segurança muito alta
4 – segurança alta
3 – segurança moderada
2 – segurança baixa
1 – segurança muito baixa ou sem segurança
Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você ficou satisfeita com sua excitação
sexual durante a atividade sexual ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – quase sempre ou sempre
4 – a maioria das vezes
3 – algumas vezes ( cerca de metade do tempo)
2 – poucas vezes (menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você teve lubrificação vaginal (fico com
a “vagina molhada”) durante a atividade sexual ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – quase sempre ou sempre
4 – a maioria das vezes
3 – algumas vezes ( cerca de metade do tempo)
2 – poucas vezes (menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas, como você avalia sua dificuldade em ter lubrificação vaginal (ficar com a
“vagina molhada”) durante o ato sexual ou atividade sexual?
0 – sem atividade sexual
1 – extremamente difícil ou impossível
2 – muito difícil
3 – difícil
4 – ligeiramente difícil
5 – nada difícil

Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você manteve a lubrificação vaginal
(ficou com a “vagina molhada”) até o final da atividade ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – quase sempre ou sempre
4 – a maioria das vezes ( mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes ( cerca da metade do tempo)
2 – poucas vezes ( menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas qual foi sua dificuldade em manter a lubrificação vaginal ( “vagina molhada”)
até o final da atividade sexual ou ato sexual?
0 – sem atividade sexual
1 – extremamente difícil ou impossível
2 – muito difícil
3 – difícil
4 – ligeiramente difícil
5 – nada difícil

Nas últimas 4 semanas quando você teve estímulo sexual ou ato sexual, com que frequência
(quantas vezes) você atingiu o orgasmo (“gozou”)?
0 – sem atividade sexual
5 – quase sempre ou sempre
4 – a maioria das vezes ( mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes ( cerca da metade do tempo)
2 – poucas vezes ( menos da metade do tempo)
1 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas quando você teve estímulo sexual ou ato sexual, qual foi sua dificuldade em
atingir o orgasmo (clímax ou gozo)?
0 – sem atividade sexual
1 – extremamente difícil ou impossível
2 – muito difícil
3 – difícil
4 – ligeiramente difícil
5 – nada difícil

Nas últimas 4 semanas o quanto você ficou satisfeita com sua capacidade em atingir o orgasmo
(“gozar”) durante o ato sexual ou atividade sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – muito satisfeita
4 – moderadamente satisfeita
3 – quase igualmente satisfeita e insatisfeita
2 – moderadamente insatisfeita
1 – muito insatisfeita

Nas últimas 4 semanas, o quanto você ficou satisfeita com a proximidade emocional entre você e seu
parceiro durante a atividade sexual?
0 – sem atividade sexual
5 – muito satisfeita
4 – moderadamente satisfeita
3 – quase igualmente satisfeita e insatisfeita
2 – moderadamente insatisfeita
1 – muito insatisfeita

Nas últimas 4 semanas, o quanto você esteve satisfeita com o relacionamento sexual entre você e
seu parceiro?
5 – muito satisfeita
4 – moderadamente satisfeita
3 – quase igualmente satisfeita e insatisfeita
2 – moderadamente insatisfeita
1 – muito insatisfeita

Nas últimas 4 semanas, o quanto você esteve satisfeita com sua vida sexual de um modo geral?
5 – muito satisfeita
4 – moderadamente satisfeita
3 – quase igualmente satisfeita e insatisfeita
2 – moderadamente insatisfeita
1 – muito insatisfeita

Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você sentiu desconforto ou dor durante
a penetração vaginal?
0 – não tentei ter relação
1 – quase sempre ou sempre
2 – a maioria das vezes (mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes (cerca da metade do tempo)
4 – poucas vezes (menos da metade do tempo)
5 – quase nunca ou nunca

Nas últimas 4 semanas, com que frequência (quantas vezes) você sentiu desconforto ou dor após a
penetração vaginal?
0 – não tentei ter relação
1 – quase sempre ou sempre
2 – a maioria das vezes (mais do que a metade do tempo)
3 – algumas vezes (cerca da metade do tempo)
4 – poucas vezes (menos da metade do tempo)
5 – quase nunca ou nunca
Nas últimas 4 semanas, como você classificou seu grau de desconforto ou dor durante ou após a
penetração vaginal?
0 – não tentei ter relação sexual
1 – muito alto
2 – alto
3 – moderado
4 – baixo
5 – muito baixo ou absolutamente nenhum
ANEXO 6 – Submissão do Artigo

Você também pode gostar