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NATAL – RN
2021
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NATAL – RN
2021
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BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
Dr. José Pereira de Melo (Orientador)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________
Dr. Allyson Carvalho de Araújo (Membro Interno)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________
Dra. Marta Genu Soares (Membro Externo)
Universidade do Estado do Pará
________________________________________________
Dr. Marcio Romeu Ribas de Oliveira (Suplente Interno)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________
Dr. Maria Eleni Henrique da Silva (Suplente Externo)
Universidade Federal do Ceará
5
6
AGRADECIMENTOS
A minha bicicleta por não dar atenção aos meus desabafos, por me fazer
perceber que para ir longe só depende de minha força de vontade, que se dermos
nosso melhor, e levantarmos a cabeça seremos recompensados e ela nos leva
longe.
A todos os colegas professores e estudantes, com quem convivi em toda minha
história de vida, que me ensinaram a viver situações fáceis e difíceis; que ajudaram
a ressignificar todas as situações como aprendizado e considerar como experiência
para vida pessoal e profissional. Em especial todos e todas professores/as e
estudantes, das escolas que pude refletir sobre as experiências que contribuíram
para a realização desse estudo.
Por fim, a todos e todas que contribuíram diretamente ou indiretamente e
torceram pela concretização desse sonho.
10
RESUMO
ABSTRACT
This dissertation aims to relate the experiences with the pedagogical practice of
Physical Education with the possibilities suggested in textbooks; describe
experiences with pedagogical practice in different stages of Basic Education in my
professional performance; identify and describe possibilities and suggestions for
pedagogical practice in the use of textbooks, which are related to the lived
experiences; point out possibilities for creating and preparing teaching material to
assist teachers with the textbook. To carry out this study, we opted for a qualitative
research, using the autobiographical method, based on the technique of self-study, in
order to recall the experiences performed in professional practice as a licensed
teacher in Physical Education, describing facts and phenomena lived with students in
situations pedagogical, and reframe the experiences with the elaboration of a didactic
material in a moment of continuous formation. We identified suggestions and
contributions in the textbooks for the teacher, but with a relevant contribution of
reflections on the experiences in professional performance in elementary school,
initial years with the didactic unit gymnastics - circus, and in the final years with the
didactic unit sports - handball, adapting the proposal for the reality in which it
operates, with the construction of didactic material by the teacher himself, in which
he articulates the knowledge of the curricular component with educational objects
and makes the approach relevant to teaching and learning. We conclude that for the
use of the textbook, the teacher needs to reframe his pedagogical practice proposal,
resuming his experiences with the curricular component. As well as, a possibility to
organize your planning and experiences didactically is to build your own didactic
material articulating knowledge and digital language codes that can contribute to the
teaching and learning of physical education.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE QUADRO
Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................16
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................133
APÊNDICE .....................................................................................................................................143
16
INTRODUÇÃO
1
Uma das oito Inteligências destacadas por GARDNER (1994) na Teoria das Múltiplas Inteligências, a
qual se equipara às manifestações corporais, e melhor se relaciona quando pensamos no corpo
como via de comunicação.
17
2
Tradução para o português do termo ‘Prossumer’ – utilizado para reflexão na relação produtor-
consumidor nos meios de comunicação, para contribuir com o avanço de uma nova sociedade
(TOFFLER, 2007).
27
Neste âmbito, poderíamos dizer que estamos diante de uma prática num
nível de “iniciação” (elementar), que deve enfatizar os aspectos relativos à
expressão corporal, como à capacidade criativa, à comunicação, à
interpretação, à estética do movimento, finalizando com o aumento dos
conhecimentos da cultura corporal, próprios do universo do Circo”
(BORTOLETO; MACHADO, 2003, p. 55).
O professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e
seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências
da educação e à pedagogia e desenvolver um saber prático baseado em
sua experiência cotidiana com os alunos (TARDIF, 2014, p. 39).
A prática pedagógica com o livro didático pode gerar controvérsias, por alguns
professores atribuírem muita importância ao conteúdo posto nele, sem considerar a
relevância social para o público envolvido, mas acredita-se que a relevância do livro
para o professor, remete ao suporte para a prática pedagógica e como o professor
adequará para o contexto em que atua, com metodologias relevantes que
contribuam para o ensino e aprendizagem. O livro didático deve ser considerado
48
Por vários motivos, entre eles a relevância social que o PNLD adquire em
países como o Brasil, pois assegura a universalização do acesso do livro
didático para todos os estudantes brasileiros do ensino fundamental, e,
muitas vezes, esse é o único livro que o estudante terá acesso em toda sua
52
Essa autora aponta como possíveis soluções uma política educacional que vise
a valorização da educação com salários e qualificação profissional, que podem
afetar a relação do bom uso do livro didático para a melhoria da qualidade do ensino
(LAJOLO, 1996).
Além dessa relação, há a motivação para o professor realizar seu trabalho.
precisa propor novas estratégias. Rojo (2020) chama atenção para modelos de
materiais digitais para os estudantes, mas também alerta para a necessidade do
professor dominar o multiletramento dos antigos aparatos textuais e impressos, e se
habituar com a linguagem digital, onde o impresso pode estar presente em
articulação com outros códigos de linguagens digitais, e uso crítico dessa
multimodalidade de representações linguísticas para o ensino aprendizagem, podem
contribuir para momentos mais interessantes na escola.
Para Pereira (2014), os multiletramentos:
escolas estão inseridas, para que a obra tenha mais relevância e cumpra sua função
de contribuir para a qualidade da educação (OLIVEIRA NETO; MELO, 2020).
Lembrando nossas experiências com a Educação Física, planejamos realizar o
estudo refletindo sobre possibilidades de adequar essas obras didáticas para a
prática pedagógica conforme as relações com nossas vivências realizadas,
buscando ressignificar no pensar em um exercício de autoformação.
Referente a necessidade de formação permanente dos professores, Freire
(1996) trata que precisamos refletir e sermos críticos sobre nossa prática, não
considerar somente os saberes da prática docente que acontecem
costumeiramente, questioná-la. “É pensando criticamente a prática de hoje ou de
ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996, p. 39).
Para Nóvoa (2002),
Para Chartier (1999), o livro em geral pode despertar interesse para a leitura de
quem se interessa pelo seu conteúdo. Em se tratando de um livro de poesia pode
convidar o leitor pela sua escrita emotiva; se com o percurso dos conhecimentos das
áreas pedagógicas, os profissionais podem acessá-lo pela satisfação de encontrar
alguma informação que o agrade; em se tratando do livro didático, pode ser que
venha a ser consultado somente por um professor ou estudante.
O novo conceito do material didático para a Educação Física, existindo ou não
o livro didático para o estudante, deve ser complementado pelo pensamento da
utilização de metodologias relevantes, no trato com os conhecimentos e suas
orientações. Para Munakata (2016, p. 123) “o livro didático é, em primeiro lugar, o
portador dos saberes escolares, um dos componentes explícitos da cultura escolar”.
O autor, alerta que “não é apenas depositário de conteúdos, mas também dos
métodos de ensino, dimensão fundamental da cultura escolar” (MUNAKATA, 2016,
p. 130).
Embora não haja o livro de Educação Física para o estudante no ensino
fundamental, o manual do professor pode ser, de acordo com Zabala (1998) um
material de relevante contribuição ajudando a selecionar as atividades educativas,
contribuindo com as demandas profissionais, e o primeiro pode ser elaborado no
caráter de material didático, a luz do manual, considerando a relevância para o
contexto que atua.
A ideia de elaborar o material didático surge a partir da condição do PNLD
propor Livros didáticos de Educação Física somente para o professor, nos anos
iniciais e finais do ensino fundamental, ficando as possibilidades para o estudante,
sob responsabilidade do professor de adequar as propostas didáticas e elaborar
materiais que contribuam para a aprendizagem.
Quando Munakata (2003, p. 6) questiona: “quem é o consumidor que se
encontra na outra extremidade desse circuito?”, tal interrogação conduz o
pensamento de que o Livro pode se destinar ao aluno, porém este não tem
competência para realizar a escolha; para os pais que compram; ou para o professor
que escolhe a obra para ser trabalhada com os estudantes, mas que as escolas do
Brasil enfrentam uma rotatividade de professores e um pode trabalhar com o livro
que outro professor quem escolheu. Situação que pudemos perceber na realidade
que atuamos, onde para o ano de 2020 que atuaria na prática pedagógica no ensino
58
fundamental anos finais em duas escolas próximas, já havia livros escolhidos pelos
gestores e coordenadores.
Na edição do PNLD 2020, que ofertou obras para esse nível de escolaridade,
duas obras foram disponibilizadas, e cada uma dessas escolas que atuarei em
tempos futuros, escolheu umas das obras diferentes, a citar a obra da editora
Moderna com título ‘Práticas Corporais – Educação Física’, e a obra da editora Terra
Sul Eireli com título ‘Manual do Professor para a Educação Física’. De acordo com
os dados estatísticos do FNDE – PNLD 2020 por Títulos dos anos finais, a primeira
obra teve uma demanda superior a 91 mil exemplares, e a segunda de 29 mil livros
em todo país (BRASIL, 2020).
As duas obras, de editoras diferentes, foram distribuídas para as escolas que
atendem os anos finais do ensino fundamental do 6º ao 9º ano, sendo cada uma das
obras para os 4 anos de escolaridade. Percebe-se que a demanda e dimensão do
programa do livro, com investimentos de recursos públicos, que exigem constantes
reflexões acerca da política pública para que haja mais responsabilidade nos
processos que envolvem a elaboração, escolha, compra, e garantam aos
professores, condições para utilização de modo relevante, onde sejam ofertados
recursos didáticos pedagógicos e formação continuada, para o professor planejar e
ressignificar sua prática, considerando as demandas dos conhecimentos e
infraestrutura da escola que atua.
Seguindo a lógica das obras do edital do programa, na edição do PNLD 2019,
para atender o ensino fundamental anos iniciais, houve 8 obras, de 4 editoras, cada
uma com 2 volumes, que foram um volume para o 1º e 2º ano, e outro para o 3º ao
5º ano. As obras e suas respectivas editoras foram: Práticas Corporais e a Educação
Física Escolar (editora Daniella Almeida Barroso); Encontros Educação Física
(editora FTD); Práticas Corporais - Educação Física (editora Moderna); Manual do
Professor para a Educação Física (editora Terra Sul). Nos dados estatísticos do
FNDE – PNLD 2019 por Títulos para os anos iniciais, a demanda para a Educação
Física foi superior a 340 mil exemplares de livros (BRASIL, 2019).
Na Educação Física por não ter livro didático do aluno, ser somente livros para
os professores para o ensino fundamental, sua chegada até a escola se fazia por
meio do PNBE, que ao tratar de obras com finalidade de suporte pedagógico aos
professores, na Resolução/CD/FNDE nº 7, de 20 de março de 2009, distribuíam às
escolas acervos com vista: “I - à democratização do acesso às fontes de informação;
59
Nenhum livro didático, por melhor que seja, pode ser utilizado sem
adaptações. Como todo e qualquer livro, o didático também propicia
diferentes leituras para diferentes leitores, e é em função da liderança que
tem na utilização coletiva do livro didático que o professor precisa preparar
com cuidado os modos de utilização dele, isto é, as atividades escolares
através das quais um livro didático vai se fazer presente no curso em que foi
adotado (LAJOLO, 1996, p. 8).
Porém, para que isso aconteça, os professores precisam ter acesso ao livro
desde o início do ano letivo. No ano de 2020, as experiências no primeiro ano que o
livro didático seria utilizado pelos professores de Educação Física nos anos finais do
ensino fundamental, foi comprometida devido atraso na entrega dos exemplares até
os meses de fevereiro e março, data que deveriam iniciar as aulas. Todas escolas
públicas, no mês de março suspenderam suas atividades e encontros presenciais
devido a pandemia do Novo Coronavírus, bem como foram suspensas também as
entregas do material didático do FNDE pelos correios, nota de que trata o informe
15/2020 – COARE/FNDE (BRASIL, 2020d).
Não fosse a pandemia, o ano letivo também havia iniciado sem o planejamento
da prática pedagógica com o suporte do livro para o professor de Educação Física, e
para esse estudo, só houve o contato com versões digitais disponibilizadas em
tempos da escolha com o guia do PNLD, que não são reconhecidas pelas editoras,
mas um paliativo para fazer chegar até as escolas, obras para que a escolha seja
feita.
Algumas redes de ensino conseguiram planejar o ensino remoto por meio de
plataformas digitais; mas houve muitas realidades que por atender uma população
em sua maioria carente de recursos financeiros, não havia iniciado o ano letivo, os
professores não conheciam os estudantes com quem trabalhariam, inexistência de
internet nas residências e de sinal de telefone para acesso à internet por dados
móveis pela população, ausência de materiais como folhas e impressoras nas
escolas para encaminhamento de atividades, assim as autoridades optaram por não
aderir a modalidade de ensino, e aguardar o retorno das atividades presenciais.
60
Só pode reproduzir. Aluno que não é autor continua copiando, ainda não está
aprendendo” (DEMO, 2009, p. 20).
Refletindo sobre o contexto do ensino durante a Pandemia da covid-19, Rojo
(2020) acredita que o momento pode contribuir para “o multiletramento e uso de
tecnologias digitais no ensino” (ROJO, 2020, p. 41). Mas a autora lembra que
existem mazelas na educação básica e universitária, que dificultam a vida do
professor e do estudante.
meninos e meninas, cada um/uma com seu fantoche e uma biloca, em um campo (a
parte de baixo de uma mesa) (ver apêndice 3).
Posteriormente, criamos os fantoches e um cenário de teatro de fantoches, e
cada criança personalizou e encenou criando um enredo (ver apêndice 4).
Confeccionei dois fantoches, um do Saci e outro da Cuca (Apêndice 5), personagens
de um desenho animado, e utilizando do cenário de fantoches, realizamos uma
apresentação de teatro para as turmas. Em cada uma das turmas que atuava,
produzimos fantoches de dedos com os personagens folclóricos, cada estudante
coloriu e foram incentivados a contracenarem. Na mesma temática do folclore,
produzimos um Boi Bumbá (Apêndice 6) com papelão, jornais, caixa e tecido,
possibilitando cada estudante vestir-se com o boi e com a música Boi Bumbá do
cantor Luiz Gonzaga, a qual iniciava com um boi urrando, vivenciamos brincadeiras
em que cada criança era o boi e podia correr com o colega. Utilizando do fantoche
Zé Notinha (ver apêndice 7), inscrevemos a escola no projeto de educação fiscal e
realizamos uma apresentação de teatro, relacionando ao programa estadual de
educação fiscal nota potiguar.
Em todas experiências, percebemos o interesse dos estudantes pela interação
com o personagem, e a escolha pelo Fantoche cumpre o interesse para possibilitar
ao estudante dialogar com os conhecimentos, com o material, incorporar no
personagem, se perceber em movimento, fazer o fantoche vivenciar o movimento
para posteriormente, vivenciar todos os movimentos que o personagem o fez em
outro momento, e refletir sobre os limites do corpo quando questionado sobre a
possibilidade de vivência dos movimentos por ambos (personagem e estudante).
O personagem pode ser confeccionado sem apreciação do vídeo disponível em
uma página de compartilhamento, mas caso tenha interesse de apreciar, o recurso
foi pensado para orientar-se com o áudio e a legenda. O site onde o vídeo está
hospedado disponibiliza legenda, porém para garantir a fidelidade do recurso com o
conteúdo abordado, realizamos a filmagem do processo de confecção com a câmera
na vertical, deixando uma margem escura na lateral, espaço que inserimos a
legenda em fonte de cor branca para contrastar com a cor plano de fundo e facilitar
a visualização.
Dessa forma, tornamos o material acessível a pessoas com deficiência para
confeccionar e perceber o movimento; possibilitar uma vivência do movimento não
apenas em uma perspectiva denotativa, o movimento por si só, mas ampliando a
73
É preciso lembrar que a criança não lê apenas esses trechos, mas lê o livro
todo e o lê frase por frase e certas frases imprimem-se na sua mente com a
nitidez das recordações indeléveis. E isto nós sabemos muito bem por
experiência própria, pois também nós temos nossas recordações dos dias
de escola (ECO; BONAZZI, 1980, p. 17).
Uma consciência por parte do educador quanto aos objetivos e tarefas que
deve cumprir, seja ele o pai, o professor, ou os adultos em geral – estes,
muitas vezes, invisíveis atrás de um canal de televisão, rádio, do cartaz de
propaganda, do computador etc.” (LIBÂNEO, 2013, p. 16).
Solicitamos aos alunos duas latas semelhantes para que construíssemos ‘pé
de lata’ (duas latas, com uma corda em cada, as duas extremidades da corda são
ligadas a lata para que o estudante coloque o pé sobre a lata, e segura na corda
para manter a lata no pé quando andar), para eles e junto com eles.
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concretizou-se com as pirâmides humanas sendo três na base, dois logo acima e
um no topo.
Na sequência de atividades relacionadas ao equilíbrio e com interação entre
dois alunos, demonstramos ambos em pé, porém estando o professor com as
pernas semiflexionadas, um aluno equilibrado sobre os joelhos do professor e
segurando somente uma das mãos e o outro braço esticado para auxiliar na
manutenção do equilíbrio e na dinâmica da posição.
Vivenciado essas experiências em duplas e em conjunto com outras pessoas,
utilizando ainda os tatames, questionamos sobre o equilíbrio de cabeça para baixo
ou só com as mãos no chão. Demonstramos então a parada de mão com os pés na
parede e surgiu o fato curioso de o rosto do professor ficar vermelho, ao que exigiu
que refletíssemos sobre a circulação sanguínea e a gravidade em nosso corpo, a
acomodação do organismo se adequar ao corpo na posição vertical.
Para expressar o fantoche em parada de mãos, de frente e de costas,
buscamos uma perspectiva da imagem para que ajudasse na compreensão do
movimento e percepção corporal, para posterior vivência. Na imagem que o fantoche
aparece sem expressões faciais, a parada de mãos é realizada na sequência,
iniciando de costas para a parede, coloca as mãos no solo, coloca os pés na parede
deslocando para cima sozinhos para ganhar altitude, força nos braços e confiança.
No final dessa experiência, o estudante estará com o corpo o mais vertical possível,
com conhecimentos sobre a vivência de um rolamento para frente, ao que
pensamos inserir um colchonete para que saísse da posição vertical em parada de
mãos, com um rolamento e o colchonete protegendo contra impacto das costas no
solo.
O fantoche que aparece com as expressões faciais, demonstra a parada de
mãos de frente, que inicia o movimento em pé de frente para a parede, coloca as
mãos ao solo e impulsiona as pernas para a parede, colocando-se em posição
vertical com parada de mãos. O material apresenta a possibilidade para o estudante
que não consegue realizar o movimento sozinho, inicia com as mãos ao solo, orienta
para que de modo algum dobre os braços e não venha a impactar a cabeça no solo,
e o professor levanta as pernas, deixando a critério do estudante empurrar a parede
com os pés quando quiser sair da posição de parada de mãos (Imagem 12).
95
possibilidades para refletir sobre o esporte com ‘Jogo de handebol sem drible e com
superioridade numérica ofensiva’, ‘Jogo de handebol com “comissão técnica”’; em
‘construção de valores’ busca refletir a partir da ‘escolha de times’; e conclui com
uma proposta de ‘avaliação e registro’ a partir de uma situação-problema (DARIDO
et al., 2018).
No material didático, pensando sobre essa diversidade cultural e de interesses,
na intenção de inserir o estudante em uma abordagem sobre os conhecimentos dos
esportes – handebol, propomos a vivência de brincadeiras como a bandeirinha e
queimada, incentivando à criação de equipes, perceber os espaços da quadra
característica do esporte handebol, ter contato com as bolas da modalidade, e
refletir sobre como pode relacionar as brincadeiras com o esporte (imagem 22).
Pensamos nos jogos por serem elementos do nosso contexto cultural, e o livro
didático sugere a vivência da bandeirinha. Sugere ainda que incentive os estudantes
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ou no material didático, e pode ser impressa para que os estudantes utilizem nos
momentos das vivências ou em outras situações. No acesso ao recurso online,
apresenta desconfiguração, e após salvar no computador apresenta modelo que
permite maior interação do estudante com o material; o formato impresso
confeccionando os jogadores fantoches, também permite a utilização pensando
estratégias para o jogo.
cultura de cada Ser humano que se dedique às aulas de Educação Física na escola
com esse material.
Nossa concepção avaliativa na Educação Física, será contemplada mediando
a interação e envolvimento de todos e todas nas vivências; observando os registros
para as provocações de reflexão; registrando as provocações e sugestões dos
estudantes para diferentes possibilidades de vivências com os conhecimentos
abordados; percebendo as experiências dos estudantes, participando das vivências,
os diálogos sobre a relação de seu cotidiano e as práticas corporais, buscando
estratégias para que os estudantes se apropriem dos conhecimentos de modo
relevante, adotando-os para sua vida.
Na prática pedagógica relembrada, em meio a rotina de mais de uma escola,
com carga horária semanal fechada, não houve adequação necessária da apostila
para a realidade. Há sugestões de conteúdo a serem trabalhados que podem ser
considerados, ressignificados e tratados pedagogicamente de forma crítica e
reflexiva.
O livro didático sugere, uma organização dos conhecimentos do componente
curricular para o ensino fundamental anos finais, possibilidades de vivências e
sequências didáticas no material digital. Em meio as possibilidades, há
apontamentos de objetos educacionais que podem contribuir para a aprendizagem,
carece que o professor faça uso articulando com outros códigos de linguagens
digitais, para adequar a abordagem do livro para a realidade, e considerar o que
pode ser mais relevante para seus estudantes.
No material didático, não propomos sugestões somente para o professor,
construímos uma unidade didática com a abordagem do conteúdo esporte de
invasão – handebol, pensando em como o estudante pode aprender, para que o
estudante aprecie, com linguagem escrita para sua compreensão, interaja com os
códigos de linguagem multimodais, registre e expresse seus conhecimentos,
compreenda, perceba e vivencie o movimento.
Apresentamos no material didático, uma articulação dos conhecimentos da
Educação Física com objetos educacionais de aprendizagem, em um formato de
material impresso com incentivo ao estudante para criar um personagem e registrar
seus conhecimentos, articulando códigos de linguagens multimodais, proposta que
no contexto de atuação profissional do professor que ora se apresenta, pode
127
CONSIDERAÇÕES FINAIS
auxiliar com o uso do livro didático, com uma proposta de ensino relevante para
aprendizagem dos estudantes.
Nossas experiências no ensino fundamental anos iniciais e anos finais, foram
possíveis de serem acessadas, pelo costume do professor em registrar as práticas
pedagógicas, o que ressalta a necessidade dos profissionais da educação
registrarem suas experiências para posterior reflexão, ressignificação,
fundamentação para os documentos da escola e parâmetros para escolha e
produção de materiais didáticos.
A experiência do ensino fundamental anos iniciais com a reflexão sobre o circo,
foi registrada para concorrer ao prêmio professores do brasil, e a experiência do
ensino fundamental anos finais refletindo sobre o esporte handebol registramos por
considerar interessante a utilização de estratégias além do material fornecido pela
escola.
Em nosso pensamento sobre o livro didático, avaliamos a relevância para a
realidade que atuamos dos conhecimentos contidos nele, partindo do ponto de vista
que uma obra desse caráter é elaborada como sugestão para todas as escolas do
país, e o professor precisa questionar sobre como relacionar essas sugestões de
conteúdo com seu trabalho pedagógico, com suas experiências, e não utilizar de
modo exclusivo tomando como relevante tudo que está posto, e acessar o estudante
a outras fontes de conhecimento.
Acreditamos que na ocasião de considerar um livro didático como fonte de
sugestão para a prática pedagógica, há a necessidade de adequar para a realidade
que atua. Percebemos possibilidades para acessar o estudante aos conhecimentos,
incentivando a pesquisa e a dialogarem com os saberes, ampliando os
conhecimentos para a prática pedagógica, tendo em vista que o caráter sugestivo do
livro didático limita sua abordagem, e o professor deve ampliar e adequar os
conhecimentos para a realidade.
Na necessidade de o professor agir, com mudança de atitude da condição de
receptor no consumo das sugestões dos livros, para protagonista de sua própria
prática pedagógica, planejando os materiais a serem utilizados no ensino para
oportunizar uma relevante aprendizagem, os conhecimentos decorrentes de suas
experiências profissionais são essenciais para seleção das estratégias
metodológicas que melhor contribuam para a aprendizagem dos estudantes; a
oportunidade de conhecer, esforço de buscar e a disponibilidade para se permitir
130