Você está na página 1de 72

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO-SENSU EM EDUCAÇÃO
FÍSICA

RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA ESPORTIVA, FUNÇÕES


EXECUTIVAS E DESEMPENHO ESCOLAR EM JOVENS
DE 10 A 14 ANOS

NATHÁLIA MONASTIRSKI RIBEIRO CAMPOS

NATAL - RN
2020
2

RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA ESPORTIVA, FUNÇÕES


EXECUTIVAS E DESEMPENHO ESCOLAR EM JOVENS
DE 10 A 14 ANOS

NATHÁLIA MONASTIRSKI RIBEIRO CAMPOS

Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Educação Física da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para obtenção do
grau de Mestre em Educação
Física.
3

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN


Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Campos, Nathália Monastirski Ribeiro.


Relação entre a prática esportiva, funções executivas e
desempenho escolar em jovens de 10 a 14 anos / Nathália
Monastirski Ribeiro Campos. - 2020.
71f.: il.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do


Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em
Educação Física. Natal, RN, 2020.
Orientador: Breno Guilherme de Araújo Tinôco Cabral.

1. Esporte - Cognição - Dissertação. 2. Escolares -


Dissertação. 3. Função Executiva - Dissertação. 4. Idade Óssea -
Dissertação. I. Cabral, Breno Guilherme de Araújo Tinôco. II.
Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 796:165.171

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263


4

RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA ESPORTIVA, FUNÇÕES EXECUTIVAS E


DESEMPENHO ESCOLAR EM JOVENS DE 10 A 14 ANOS

Presidente da Banca: Prof. Dr. Breno G. de Araújo Tinôco Cabral

BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Breno G. de Araújo Tinôco Cabral (UFRN)
Profª. Drª. Maria Aparecida Dias (UFRN)
Profª. Drª. Izabel Augusta Hazin Pires (UFRN)
Prof. Dr. Radamés Maciel Vítor Medeiros (UNI-RN)
5

DEDICATÓRIA

Com o coração cheio de gratidão, dedico este


trabalho ao meu pai e à minha mãe por todos os
esforços feitos durante toda a minha vida e
ensinamentos transmitidos para minha formação
acadêmica, profissional e pessoal.
6

AGRADECIMENTOS

Com carinho agradeço, inicialmente, ao responsável por guiar a minha


vida nos melhores caminhos e iluminar as minhas decisões: Deus. A Ele devo
todas as conquistas e vitórias, como também por me manter de pé quando as
oportunidades não foram as melhores opções para mim, me fazendo entender
que as coisas acontecem no tempo dEle. Sei que junto a Ele está minha vozinha,
minha primeira referência na educação, que me protege todos os dias, torce e
se orgulha de mais uma conquista da sua primeira neta.

Por conseguinte, todo o meu amor e eterna gratidão ao meu pai Max e a
minha mãe Ana, responsáveis pela pessoa que sou hoje e por toda a educação
de forma integral, agregando nos âmbitos pessoal, profissional e acadêmico.
São as minhas maiores referências em valores éticos e morais que constituem
o meu ser e proporcionam tudo e mais um pouco do que eu preciso/quero.
Faltam palavras para descrever a importância deles, pois somente por eles e
para eles, esse sonho torna-se real. Agradeço também a minha irmã, Letícia,
pela parceria em todos os momentos e pelos conselhos dados nas mais
adversas situações.

Gratidão ao meu namorado e companheiro de vida, Eduardo, que se fez


presente nas fases mais significativas para mim; acompanhou minha trajetória
acadêmica, desde a graduação, e foi o principal incentivador para ingressar no
mestrado. Obrigada amor, por ser meu melhor amigo, por me aplaudir nas
conquistas e me levantar quando fraquejei. Ter você ao meu lado tornou tudo
mais leve!

Aos demais familiares e amigos, fico agradecida por toda a força


transmitida, pois foram nas palavras mais simples que encontrei motivação para
continuar a jornada. Saber que tenho pessoas maravilhosas ao meu lado, me
faz crer que estou no caminho certo, amparada por pessoas que acreditam em
mim.

Um agradecimento especial cheio de carinho e admiração ao meu


orientador, professor Breno Cabral. Obrigada pela compreensão nos momentos
mais difíceis, me reerguendo e fazendo acreditar que no final sempre dará certo.
7

Obrigada por me formar como profissional e professora, através de todos os


valores e conselhos que escutei e vi o senhor pôr em prática. Obrigada por ter
apostado em mim e me acolher nesse meio em que o ego fala mais alto; sua
humildade e sabedoria são exemplos do ser humano sensível que és.

Sou bastante grata ao meu grupo de pesquisa GEPMAC (Eduardo,


Paulo, Taty, Leandro, Matheus, Rômulo, Victor, Kezianne, Gustavo,
Vanessa, Rui, Luiz Felipe e Patrício) por todo auxílio nas coletas, pelas aulas
e reuniões ministradas, pelos artigos escritos, pelas considerações na minha
pesquisa, além do mais importante, o incentivo e união do grupo. Fazer parte
deste grupo foi super significante para minha formação acadêmica.

Não poderia me esquecer dos meus companheiros de turma do mestrado,


os que ingressaram comigo neste desafio e hoje, concluímos esta etapa tão
sonhada. Obrigada, amigos: Guzzo, Mileyde, Kaline, Andressa, Levi, Rômulo,
Flávio, Fernanda, Gérson, George, Glauber, Bérgson. Vocês foram
fundamentais para o processo ser mais leve; os nossos momentos juntos ficarão
para sempre na lembrança.

Eternamente grata aos professores e professoras por serem essenciais


nessa jornada, por todo o conhecimento transmitido e por serem disponíveis na
relação professor-aluno. Ao professor Paulo Dantas por me acolher e acreditar
no meu potencial desde o início e o grupo AFISA por também me ajudarem
sempre que precisei. À professora Cida, a minha maior referência na educação,
só gratidão por me acompanhar desde a graduação, passando por
especialização e agora como docente e membro da minha banca no mestrado.
A senhora foi primordial para minhas escolhas acadêmicas e de fato, descobri o
que é ser professora. A sua humildade me faz te admirar cada vez mais.

Sou grata também por ter conhecido a professora Izabel Hazin; é incrível
a disponibilidade que tem com seus alunos e alunas. Nossas reuniões foram
imprescindíveis para o andamento deste trabalho, bem como a essencial ajuda
com as alunas de Psicologia do seu grupo, em especial Sara.

Por fim, agradeço aos voluntários da pesquisa e seus familiares, por se


disponibilizarem a contribuir significativamente para o andamento da minha
pesquisa e acreditar que isso seria possível.
8

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................14
2. JUSTIFICATIVA............................................................................................16
3. OBJETIVOS..................................................................................................17
3.1 Geral.......................................................................................................17
3.2 Específicos.............................................................................................17
4. REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................17
4.1 O esporte para crianças e jovens............................................................17
4.2 Funções executivas...............................................................................19
4.3 Esporte e maturação..............................................................................22
4.4 Funções executivas, esporte e desempenho escolar.............................23
5. METODOLOGIA............................................................................................25
5.1 Delineamento do estudo......................................................................25
5.2 Amostra...............................................................................................25
5.3 Critérios de inclusão e exclusão...........................................................26
5.4 Materiais e métodos.............................................................................27
5.4.1 Avaliação antropométrica...........................................................27
5.4.2 Avaliação da idade óssea...........................................................28
5.4.3 Avaliação da idade cronológica..................................................29
5.4.4 Avaliação da maturação.............................................................29
5.4.5 Avaliação das funções executivas..............................................29
5.4.6 Desempenho escolar..................................................................30
5.5 Análise estatística................................................................................30
6. RESULTADOS..............................................................................................31
7. DISCUSSÃO..................................................................................................33
8. CONCLUSÃO................................................................................................38
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................40
APÊNDICES......................................................................................................50
9

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


TALE – Termo de Assentimento Livre e Esclarecido
CEP – Comitê de Ética em Pesquisa
FDT – Five Digit Test
FE – Funções Executivas
ISAK – International Society for Advancement in Kinanthropometry
TR – Dobra Triciptal
PcB – Perímetro Corrigido de Braço
DU – Diâmetro de Úmero
DF – Diâmetro de Fémur
NEUPSILIN-Inf - Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve Infantil
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Caracterização da amostra...............................................................31


Tabela 2 - Correlação das variáveis maturacionais e teste FDT entre jovens
praticantes e não praticantes de esporte............................................................31
Tabela 3 - Comparação do teste FDT com os grupos Esporte e Não Esporte.....33
11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Etapas das fases do Teste dos 5 dígitos (FDT)...................................30


Figura 2 - Comparação do teste Go/No Go com os grupos Esporte e Não
Esporte...............................................................................................................32
12

RESUMO

RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA ESPORTIVA, FUNÇÕES EXECUTIVAS E


DESEMPENHO ESCOLAR EM JOVENS DE 10 A 14 ANOS

Autor: NATHÁLIA MONASTIRSKI RIBEIRO CAMPOS


Orientador: Prof. Dr. BRENO GUILHERME ARAÚJO TINOCO CABRAL

O esporte tem efeitos benéficos em vários desfechos da saúde mental, além


disso, a participação regular em atividades físicas está ligada ao aprimoramento
da função cerebral e da cognição. O presente estudo teve como objetivo verificar
a relação da prática esportiva com funções executivas e o desempenho escolar,
considerando o estágio maturacional. Foram avaliados 75 jovens de 10 a 14
anos, ambos os sexos. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo I (não
esporte; n=37) constituído por estudantes que não realizam a prática esportiva e
o grupo II (esporte; n=38) composto por praticantes de iniciação esportiva
regular, além da educação física escolar. O controle inibitório foi avaliado através
do Teste Go/No Go e o Teste dos 5 dígitos (FDT). O estágio maturacional foi
determinado pela equação de idade óssea e para o desempenho escolar foi feita
a média das notas do boletim escolar fornecido pelas escolas. Após análise dos
resultados não foram verificadas correlações entre a idade óssea e os testes
cognitivos com o desempenho escolar avaliado através do boletim de notas
(p>0,05). Todavia, ao observar o desempenho nos testes cognitivos entre os
grupos, observou-se que o grupo de praticantes de esporte obteve resultados
com menor quantidade de erro em todas as fases do teste FDT (p<0,05) em
relação ao grupo que não pratica esporte, obtendo ainda melhores
desempenhos no teste Go/No Go [7,58±0,14; p=0,001], o que mostra
consequentemente um melhor controle inibitório do grupo que pratica esportes.
Dessa forma, pode-se concluir que a maturação observada através da idade
óssea, assim como as funções executivas não apresentaram correlação com o
desempenho escolar avaliado através das notas do boletim das escolas, todavia,
ao comparar os grupos observa-se que os jovens que praticam esporte
obtiveram melhores desempenhos nos testes cognitivos em relação aos que não
praticam esporte.

Palavras-chave: Cognição, Esporte, Escolares, Função Executiva, Idade


Óssea.
13

ABSTRACT

RELATIONSHIP BETWEEN SPORTS PRACTICE, EXECUTIVE FUNCTIONS


AND SCHOOL PERFORMANCE IN YOUNG PEOPLE FROM 10 TO 14
YEARS

Author: NATHÁLIA MONASTIRSKI RIBEIRO CAMPOS


Supervisor: Prof. Dr. BRENO GUILHERME ARAÚJO TINOCO CABRAL

Sport has beneficial effects on various mental health outcomes, and regular
participation in physical activity is linked to improved brain function and cognition.
The present study aimed to verify the relationship between sports practice and
executive functions and school performance, considering the maturational stage.
Seventy-five youngsters from 10 to 14 years old, both genders, were evaluated
and the sample was divided into two groups: group I (non-sport; n=37) consisting
of students who do not practice sports and group II (sport; n=38) composed of
practitioners of sports initiation in addition to school physical education. Inhibitory
control was assessed by the Go / No Go Test and the 5-digit Test (FDT). The
maturational stage was determined by the bone age equation and for school
performance the grade of the report card provided by the schools was averaged.
After analysis of the results, no correlation was found between bone age and
cognitive tests with school performance assessed through the grade report (p>
0.05). However, when observing the performance on cognitive tests between the
groups, it was observed that the group of sports practitioners obtained results
with lower amount of error in all phases of the FDT test (p <0.05) compared to
the group that did not. practicing sports, achieving even better performances in
the Go / No Go test [7.58 ± 0.14; p = 0.001], which consequently shows better
inhibitory control of the sports group. Thus, it can be concluded that the
maturation observed through bone age, as well as the executive functions did not
correlate with the school performance evaluated through the grades in the school
report. However, when comparing the groups, it is observed that the youngsters
practicing sports performed better on cognitive tests compared to those who do
not practice sports.

Keywords: Cognition, Sport, Schoolchildren, Executive Function, Bone Age.


14

1. INTRODUÇÃO

Na época atual, as crianças e adolescentes estão crescendo cada vez


mais sedentários e inaptos e, como consequência, estes fatores estão
relacionados diretamente a um aparecimento precoce de várias doenças
crônicas, dentre elas a diabetes tipo II e a obesidade, que tipicamente não
aparecem antes da fase adulta (Hillman, Erickson, & Kramer, 2008). Devido a
esse quadro da atualidade, torna-se necessária a introdução de programas de
atividade física em ambientes escolares, incentivando os jovens a adquirir tal
hábito, visto que o desenvolvimento de habilidades motoras apropriadas, através
de experiências de movimentos nos primeiros anos da escola, pode levar a uma
maior competência motora e um melhor desenvolvimento cognitivo, bem como
o aumento do envolvimento com um estilo de vida saudável e mais ativo (De
Marco, Zeisel, & Odom, 2015).

O esporte tem efeitos benéficos em vários desfechos da saúde mental


que, de acordo com Penedo & Dahn (2005), está associada ao não aparecimento
de depressão e melhores estados de humor. Além disso, a participação regular
em atividades físicas está ligada ao aprimoramento da função cerebral e da
cognição (A. Singh, Uijtdewilligen, Twisk, Van Mechelen, & Chinapaw, 2012). O
desenvolvimento de capacidades cognitivas e a promoção da saúde são
importantes variáveis que influenciam no crescimento e no desenvolvimento
biológico. Sendo assim, o neurodesenvolvimento é visto como um fator
importante para melhorar o desempenho esportivo de crianças e adolescentes,
principalmente quando comparados aos indivíduos que não praticam esportes
(Herting, Colby, Sowell, & Nagel, 2014; Khan & Hillman, 2014). Achados sobre
aprendizagem e desenvolvimento motores evidenciam as mudanças no
comportamento motor em relação às necessidades práticas e ambientais, ao
longo do ciclo da vida, envolvendo questões como a maturação (Fuentes, Malloy-
Diniz, de Camargo, & Cosenza, 2014).

Alguns estudos têm mostrado uma relação positiva entre o tempo gasto
em atividade física e o sedentarismo, quando associados ao desempenho
escolar (Haapala et al., 2017; Wittberg, Northrup, & Cottrel, 2009), como também
15

Ruiz et al. (2006) apresentaram que crianças mais aptas – que praticam
exercício físico moderado - tem uma maior eficiência nos recursos atencionais,
quando comparadas às crianças sedentárias. Em contrapartida, Pestana et al.
(2018) avaliaram que a prática do esporte no contexto extracurricular da escola
pode influenciar positivamente a educação e o desenvolvimento humano e não,
necessariamente, o desempenho escolar.

Dentre os domínios cognitivos que despontam como mais suscetíveis aos


efeitos da prática esportiva estão as funções executivas (FE) (Donnelly et al.,
2016; Ludyga, Gerber, Brand, Holsboer‐Trachsler, & Pühse, 2016). Tais funções
estão associadas a processos cognitivos que possibilitam a realização de
atividades direcionadas a metas específicas, tais como a memória de trabalho,
a flexibilidade cognitiva e o controle inibitório; sendo esses aspectos centrais
para o sucesso acadêmico, laboral e comportamento social (Zorza, Marino, &
Mesas, 2016). Porém, estudos consistentes têm apontado a dimensão do
controle inibitório como aquela que mais se beneficia da prática de exercícios
físicos (Gejl et al., 2018; Ludyga et al., 2016; Verburgh, Königs, Scherder, &
Oosterlaan, 2014).

Considerando a prática esportiva, resultados trazem informações


referentes à quais habilidades cognitivas são importantes para a execução de
determinadas tarefas (Fuentes et al., 2014). Dentre tais habilidades, destaca-se
o controle inibitório, que consiste na resposta voluntária de supressão à
capacidade de filtrar distratores e reter uma resposta definida (Bjorklund &
Harnishfeger, 1995). Melhorias nesta função corresponde com o aumento das
habilidades metacognitivas, bem como com a maturação das regiões cerebrais
pensado para fundamentar a memória de trabalho e controle inibitório (Carver,
Livesey, & Charles, 2001; Zelazo, Frye, & Rapus, 1996). Estudos com
ressonância magnética (método utilizado para criar imagens dos órgãos internos
através da utilização de campo magnético) revelaram que as regiões cerebrais
importantes para a aprendizagem, como o hipocampo, são afetadas pela
atividade física, promovendo alterações funcionais e estruturais no cérebro
(Chaddock-Heyman et al., 2016; Khan & Hillman, 2014).
16

A literatura mostra que a capacidade de aprendizagem de um indivíduo


pode interferir em seu processo de desenvolvimento cognitivo e no desempenho
escolar segundo Oberer et al. (2018). Dessa forma, torna-se relevante a
discussão sobre a relação da prática de atividade esportiva e melhora de
parâmetros cognitivos, tendo em vista, consequentemente, a melhor capacidade
cognitiva desses jovens, possibilitando maior capacidade nos resultados
acadêmicos, apesar dos mesmos serem influenciados por diversos fatores
intrínsecos e extrínsecos. Portanto, o estudo apresentado tem como
problemática investigar se os jovens que praticam esportes possuem melhores
desempenhos nas suas funções executivas, como também melhor rendimento
acadêmico.

2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho busca preencher uma lacuna encontrada na literatura no


que diz respeito a estudos sobre os aspectos cognitivos e desempenho escolar
em praticantes de esporte, considerando também, os estágios maturacionais
desses indivíduos. A relação dessas variáveis é de grande importância no
processo de descoberta e seleção de talentos esportivos e alunos que podem
ter destaques nos rendimentos escolares.

Ao iniciarmos uma pesquisa, é importante estudar algo que possa ter


relevância para a sociedade acadêmica e, neste contexto, percebeu-se a
necessidade de realizar esta pesquisa, no intuito de verificar se os jovens que
praticam esportes têm melhores desempenhos acadêmicos e melhores
habilidades cognitivas para capacidades de filtração de distratores, além de
investigar a influência da maturação em tais aspectos.

O interesse e envolvimento com o tema resulta da minha curiosidade


científica em saber se os jovens que realizam esportes regularmente obtêm
melhores notas nas disciplinas escolares, como também, descobrir quais os
fatores cognitivos que a prática esportiva influencia - podendo interferir ou não
no processo de aprendizagem - devido à minha vivência esportiva, mais
especificamente de atleta, durante o período da infância/adolescência.
17

Torna-se oportuno este estudo para a classe acadêmica por auxiliar e


completar alguns estudos já existentes, favorecendo uma maior ampliação do
conhecimento, visto que pouco se tem de informações científicas a respeito de
testes que avaliem a capacidade cognitiva do indivíduo, principalmente quando
relacionado a prática esportiva e performance escolar na população brasileira.
Além disso, os estágios maturacionais são pouco considerados durante a
realização de atividades esportivas e cotidiano dentro de sala de aula, podendo
prejudicar fisicamente e cognitivamente as crianças e adolescentes que não se
encontram em níveis regulares de desenvolvimento.

Portanto, a junção de parâmetros físicos e cognitivos objetiva elucidar os


fatores envolvidos no processo de um bom desempenho escolar e suas
possíveis aplicações na aprendizagem dos jovens, resultando na detecção de
alunos que obtém destaque nas capacidades executivas, como também, nas
notas escolares.

3. OBJETIVOS
3.1 Geral

Verificar a correlação das variáveis cognitivas e maturacionais com o


desempenho escolar em jovens que praticam e não praticam esportes.

3.2 Específicos
 Verificar a existência de correlação da idade óssea com o
desempenho escolar de jovens de 10 a 14 anos;
 Comparar os resultados dos testes cognitivos com as notas do
boletim escolar de jovens de 10 a 14 anos;
 Comparar as funções executivas em praticantes e não praticantes
de atividades esportivas;
 Comparar o desempenho escolar de praticantes e não praticantes
de esportes.

4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 O Esporte para crianças e jovens
18

O esporte é uma prática cultural associada diretamente ao lazer e ao uso


do tempo livre (Katia Rubio, 2002), podendo contribuir para diferentes aspectos
da sociedade, tais como educação, expressão cultural, economia, até mesmo
política, como também ser importante ferramenta de divertimento (Simões,
2017). Desde o surgimento de atividades físicas com a finalidade de competição
até aos grandes espetáculos dos dias atuais, o esporte viveu inúmeras
transformações. Além da mudança de valores, a própria prática de alguma
modalidade esportiva – técnicas esportivas, equipamentos, regras – tem sido
alterada. Ademais, o esporte acompanha as transformações que ocorrem na
sociedade, refletindo em seu ambiente os avanços científicos, tecnológicos e os
valores criados e desenvolvidos pelos indivíduos (Silva & Rubio, 2003).

A prática motora na infância através de diversos esportes e


posteriormente, o envolvimento com o treinamento esportivo são estratégias
efetivas não somente para a geração de futuros atletas, como também para a
geração de cidadãos que utilizam o esporte como ferramenta de educação,
integração social, lazer, entretenimento e promoção da saúde (Ré, 2011). A
iniciação esportiva é um processo de socialização dos indivíduos, e possui
implicitamente determinados valores, conhecimento, condutas, rituais e atitudes
próprios do grupo social no âmbito que se realiza a iniciação (Contreras, La
Torre, & Velázquez, 2001). Com isso, a iniciação não é apenas o momento de
início da prática de um esporte, mas a totalidade de uma ação que envolve o
processo e o produto (Gabarra, Rubio, & Ângelo, 2009).

De acordo com Sánchez & Ramírez (1995), a iniciação esportiva pode ser
destinada para três fins: o esporte recreativo, o esporte educativo e o esporte
competitivo. Este primeiro, também conhecido como esporte-participação, está
centrado em proporcionar o bem-estar aos seus participantes, sendo realizado
pelo prazer e pela diversão. Também está ligado ao tempo livre e ao lazer da
população, no qual, as pessoas praticam por diversão, descontração e
relacionamento pessoal e social. Acredita-se que este esporte possibilita o
processo de democratização, promovendo a participação e oportunidades
esportivas para todos (Tubino, 1992).

Já o esporte educativo tem como objetivo colaborar para o


desenvolvimento global e potencializar os valores da criança, além de constituir-
19

se como uma atividade cultural, possibilitando a formação básica e contínua


através do esporte (Sánchez & Ramírez, 1995). Possui uma relação dos
aspectos motrizes e psicomotrizes com os afetivos, cognitivos e sociais,
respeitando os estágios de desenvolvimento do indivíduo. Porém, há uma crítica
com relação a prática esportiva escolar, na qual, esta deveria proporcionar o
esporte educativo, mas vem reproduzindo o esporte de alto rendimento,
perdendo a essência de um conteúdo edificante. (Gabarra et al., 2009).

Por fim, há o esporte competitivo ou de rendimento, visando a prática


esportiva apenas com um olhar de “vencer” o adversário, buscando sempre a
técnica perfeita através dos movimentos repetitivos para aperfeiçoar-se
(Sánchez & Ramírez, 1995). Todavia, torna-se essencial ter um cuidado para
que a criança não seja tratada como um adulto em miniatura, quando esta é
submetida ao treinamento de alto rendimento. Isso faz com que esta dimensão
do esporte tenha um forte impacto social por exigir uma rede de organizações
complexas, envolvendo investimentos financeiros, mesmo em se tratando de um
público infantil (Tubino, 1992).

Portanto, a utilização do lúdico no momento da iniciação no esporte é


bastante importante para que a criança sinta prazer na atividade. É válido
ressaltar que a motivação intrínseca para o esporte na infância é um fator
preponderante para a permanência na prática, reforçando a importância do
lúdico como favorecedor da motivação (Gabarra et al., 2009), para que haja
aderência à prática esportiva durante um longo período, contribuindo para a
manutenção da saúde.

4.2 Funções executivas


As funções executivas consistem em um grupo de habilidades mentais
que auxiliam os indivíduos a realizarem tarefas de forma independente,
organizada, criativa, eficaz e socialmente adaptada (Lima, Azoni, & Ciasca,
2011). Elas possuem diversas características e têm componentes de construção
independentes, como planejamento de capacidade, uso de estratégias,
flexibilidade mental e controle inibitório (Uehara, Charchat-Fichman, & Landeira-
Fernandez, 2013). Além disso, favorecem o gerenciamento de outras
20

habilidades cognitivas (Leandro Fernandes Malloy-Diniz, Paula, Loschiavo-


Alvares, Fuentes, & Leite, 2010).

O sujeito possui a capacidade de engajar-se em comportamentos


orientados à objetivos, ou seja, ele realiza ações autônomas, voluntárias, auto
organizadas, independentes e orientadas à metas específicas (M S Gazzaniga,
Ivry, & Mangun, 2002). Estas funções iniciam o seu desenvolvimento nos
primeiros anos de vida (Diamond, 1996), havendo um padrão evolutivo da
infância até os cinco anos de idade (Garon, Bryson, & Smith, 2008). Estudiosos
investigaram o comportamento de tais funções e observaram que é progressivo
o aumento dessas habilidades, perdurando ao longo da vida, com picos de
desenvolvimento aos quatro e dezoito anos, estabilizando-se na vida adulta e
declinando-se significativamente na velhice (Papazian, Alfonso, & Luzondo,
2006).

Atividades sequenciais mais complexas, comumente mais presentes em


esportes coletivos, que exigem planejamento, tomada de decisão e
monitoramento detalhado das ações, requer uma maior atuação das funções
executivas, quando comparadas a atividades mais simples (caminhar, correr,
saltar). Com isso, a prática de atividade física exerce efeito positivo sobre as
funções executivas, estimulando o indivíduo a dirigir comportamentos a metas,
avaliar eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar estratégias
ineficazes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver problemas
imediatos, de médio e de longo prazo (Fuentes et al., 2014; Leandro F Malloy-
Diniz, Sedo, Fuentes, & Leite, 2008).

Muitos autores acreditam que as funções executivas não façam parte de


um constructo unitário, devido à complexidade dos mecanismos cognitivos
diferentes que caracterizam tais funções (Simões, 2017), como por exemplo
selecionar informações relevantes, inibir elementos irrelevantes, integrar e
manipular essas informações, planejar, assim como a intenção, efetivação das
ações, a flexibilidade cognitiva e comportamental e o monitoramento das atitudes
(Pliszka, 2004; Pontifex, Hillman, Fernhall, Thompson, & Valentini, 2009). De
acordo com Simões (2017), uma subdivisão considera que as seguintes
habilidades constituem as funções executivas: memória de trabalho, flexibilidade
cognitiva, planejamento, atenção seletiva e controle inibitório.
21

Levando em consideração a memória de trabalho, o conceito teórico mais


comum encontrado na literatura diz que essa se trata de um sistema de
capacidade limitada, que mantém e armazena informações temporariamente, de
modo a sustentar os processos de pensamento humano, fornecendo uma
interface entre percepção, memória de longo prazo e ação - compreensão da
linguagem, aprendizado e raciocínio – se desenvolvendo ao longo da infância e
adolescência (Baddeley, 1992; Mourão-Júnior & Melo, 2011; Uehara & Landeira-
Fernandez, 2010). Já a flexibilidade cognitiva, consiste na capacidade de mudar
(ou alternar) o caminho das ações ou pensamentos de acordo com a influência
do ambiente (Lezak, Howieson, Loring, & Fischer, 2004; Leandro F Malloy-Diniz
et al., 2008).

O planejamento também encontra-se pertencente as funções executivas,


sendo definido de acordo com Malloy-Diniz et al. (2008), como a habilidade
responsável por identificar etapas a serem cumpridas para realizar um objetivo
determinado, analisar os meios alternativos de resolver os problemas e escolher
a abordagem mais vantajosa para determinada situação. Outra habilidade
existente é a atenção seletiva, que tem como definição a capacidade de um
indivíduo selecionar apenas o que for importante em determinada circunstância,
focando a atenção e não se distraindo com variados estímulos presentes no
ambiente, ou seja, uma habilidade ponderada essencial ao funcionamento
adaptativo e orientado a um propósito (Pontifex et al., 2009; Simões, 2017).

Por último, há o controle inibitório que pode ser descrito como um


mecanismo de filtragem para complementar a atenção seletiva, inibindo
estímulos irrelevantes a solução de um dado problema e, com isso, minimizar a
demanda sobre o processamento da informação (Michael S Gazzaniga, Ivry, &
Mangun, 2006). A partir disso, considerando os conceitos dados anteriormente,
o controle executivo é subdividido em controle inibitório, flexibilidade cognitiva e
memória de trabalho. Porém, dentre eles, a capacidade que o sujeito tem de
filtrar os distratores e reter uma resposta definida (Bjorklund & Harnishfeger,
1995) – controle inibitório – é considerado como o domínio principal do controle
executivo, visto que é um fator determinante para o desempenho escolar,
controlando a atenção, o comportamento, o pensamento e/ou a emoção para
22

sobrepor uma forte predisposição interna ou atração externa e adaptar-se a


situações conflituosas (Diamond, 2013).

4.3 Esporte e maturação


Com o objetivo de promover uma socialização benéfica para a saúde
mental e física, o esporte é um fenômeno que proporciona a interação entre as
pessoas. Também é caracterizado por possuir regras, leis e comportamentos
próprios e características autônomas. Considerando tal contexto, os indivíduos
tem o objetivo de desempenhar-se da melhor forma física e cognitiva,
demonstrando diversos tipos de habilidades, enfatizando a modalidade esportiva
praticada (Horne & Whannel, 2016).
Este fenômeno citado anteriormente, pode ser categorizado em duas
diferentes posições: o esporte desempenho, que objetiva uma melhor
performance de maneira estruturada e institucionalizada, e o esporte recreativo,
com o objetivo de visar o bem-estar de todos que o pratica, além de possuir um
forte fator social. O que também diferencia estas duas categorias de esporte, é
que este último sofre influência da educação e da saúde e pode ser praticado de
forma voluntária (Kátia Rubio, 2001).
Já a maturação é o termo usado para descrever o processo de tornar-se
maduro ou o progresso/caminho até o estado maduro (R. M. Malina, Bouchard,
& Bar-Or, 2009). Todavia, há uma definição mais complexa sobre tal processo,
sendo definido como uma progressão de alterações quantitativas e qualitativas
que conduzem de um estado indiferenciado ou imaturo a um estado altamente
organizado, especializado ou maturo, ou seja, ao atingir o estado adulto, o
indivíduo se torna maduro, atingindo a maturidade funcional, implicando na
procriação com sucesso e na descendência (Ellis, 2004).
A prática esportiva na infância e posteriormente, o envolvimento com o
treinamento esportivo, são recursos usados não apenas para a geração de
futuros atletas, como também, para os cidadãos que utilizam o esporte como
meio de entretenimento, lazer, educação, integração social e promoção da
saúde (Ré, 2011). Levando em consideração o esporte rendimento, um fator
importante a ser mensurado é o estágio maturacional das crianças e
adolescentes, podendo haver indivíduos atrasados e outros avançados,
comparando com a idade cronológica. Isto significa que duas crianças podem ter
23

a mesma idade cronológica, mas situarem-se em estádios de maturação


diferentes. A maturação biológica é responsável pela introdução de uma
considerável força de variância na morfologia e na aptidão desportiva motora
(Robert M Malina & Katzmarzyk, 2006).

Estudos têm investigado sobre a importância de se observar as diferentes


variáveis e suas influências na determinação de características individuais,
quando ligadas ao desempenho esportivo. Dentre estas variáveis podemos citar:
as antropométricas, as qualidades físicas, a velocidade de maturação e a
variabilidade genética, onde as relações de interferências entre as variáveis são
consideradas fatores determinantes no processo de desenvolvimento (R M
Malina & Bouchard, 2002; Matsudo, Oliveira, & Araújo, 2007).

Então, para obter melhor performance no esporte é necessário que as


características individuais sejam relacionadas a especificidade de cada
modalidade esportiva, proporcionando ao indivíduo a possibilidade de
progressão do desempenho, como também a influência dos fatores de
interferência, tendo como exemplo, o estado maturacional, promovendo um
avanço nas habilidades, além da potencialização das características físicas
(Linhares et al., 2009; Mohamed et al., 2009).

4.4 Funções executivas, esporte e desempenho escolar


O desenvolvimento de habilidades cognitivas e promoção da saúde são
importantes variáveis de crescimento e desenvolvimento biológico. Sendo assim,
o neurodesenvolvimento é visto como um fator importante para melhorar o
desempenho esportivo de crianças e adolescentes, principalmente quando
comparados a indivíduos que não praticam esportes (Herting et al., 2014; Khan
& Hillman, 2014).

Dentro das habilidades cognitivas, destaca-se o controle inibitório,


responsável por ter a capacidade de filtrar distratores e reter uma resposta
definida, sendo crucial para escolher um curso de ação baseada em um plano
cognitivo sobre alternativas comportamentos irrelevantes de tarefa(Bjorklund &
Harnishfeger, 1995; Dempster, 1992). Estudos de desenvolvimento sugerem
que, aos 7 anos de idade, crianças em desenvolvimento típico têm a
24

compreensão conceitual de quando inibir respostas, mas que isso pode nem
sempre se traduzir em procedimentos processuais bem-sucedidos / eficientes do
desempenho comportamental (Dowsett & Livesey, 2000).

Pesquisadores têm especulado que melhorias no controle inibitório


corresponde com o aumento das habilidades metacognitivas (Zelazo et al.,
1996), bem como com a maturação das regiões cerebrais pensado para
fundamentar a memória de trabalho e controle inibitório, e, em particular, o córtex
pré-frontal (Carver et al., 2001; Harnishfeger & Bjorklund, 1993; Passler, Isaac,
& Hynd, 1985). Casey et al. (1997) comparou a extensão da ativação no córtex
pré-frontal de crianças (n = 9, com idades entre 7 e 12 anos) e adultos (n = 9,
com idades entre 21 e 24 anos) durante uma resposta a tarefa de inibição Go/No
Go. Sua investigação da ativação cerebral foi limitada a priori a cinco grandes
regiões do sistema pré-frontal córtex (isto é, frontal inferior, frontal médio, frontal
orbital, córtex frontal superior e cingulado anterior). Significativamente maiores
volumes médios de ativação foram observados em crianças do que os adultos
na região pré-frontal dorsal e córtice lateral (Casey et al., 1997).

Atividade física e esportes são geralmente promovidos para terem efeitos


positivos sobre a saúde física das crianças. A regular participação em atividade
física na infância está associada a uma diminuição do risco cardiovascular na
juventude e idade adulta. Há também estudos em crescimento na literatura
sugerindo que a atividade física tem efeitos benéficos em vários desfechos da
saúde mental. Além do impacto positivo sobre a saúde mental, existe uma forte
crença de que a participação regular em atividade física está ligada a
aprimoramento da função cerebral e da cognição, influenciando positivamente o
desempenho acadêmico (A. Singh et al., 2012).

Existem várias hipóteses de mecanismos provando que o exercício é


benéfico para a cognição, pois este promove o aumento do fluxo de sangue e
oxigênio para o cérebro, níveis aumentados de norepinefrina e endorfina,
resultando em redução de estresse e uma melhoria de humor e aumento dos
fatores de crescimento que ajudam a criar células nervosas e suporte da
plasticidade sináptica. Com isso, a participação regular em atividades esportivas
pode melhorar o comportamento das crianças na sala de aula, aumentando as
chances de melhor concentração no conteúdo escolar (A. Singh et al., 2012).
25

As buscas de pesquisas têm concentrado interesses em investigar a


relação entre atividade física e o desempenho acadêmico da idade escolar em
crianças. Diversos estudos sugeriram que a participação na atividade física tem
uma relação positiva quando relacionada ao desempenho acadêmico, com
diferenças através de estudos provavelmente refletindo as técnicas que foram
usados para avaliar o comportamento e / ou os aspectos da aptidão escolar que
foram medidos (teste de realização, média de notas e registros acadêmicos, por
exemplo). Independentemente da medida, esses estudos indicaram que um
aumento da quantidade de tempo dedicada a atividades físicas baseadas na
saúde (como educação) não é acompanhado por um declínio no desempenho
acadêmico. As implicações desses achados são importantes para promover
melhor saúde física, sem a perda de outros benefícios educacionais, em crianças
escolares (Hillman et al., 2008).

5. METODOLOGIA

5.1 Delineamento do estudo

O presente estudo caracteriza-se como descritivo, de tipologia


transversal, com amostra não probabilística intencional. A pesquisa descritiva
explora as relações das variáveis e a predição existentes delimitando dessa
maneira a coleta de dados nos mesmos sujeitos, não havendo manipulações
(Thomas, Nelson, & Silverman, 2009).

5.2 Amostra

A amostra foi composta por 75 voluntários de ambos os sexos, com faixa


etária entre 10 a 14 anos. O grupo I foi composto por 37 sujeitos que não
participavam de escolinhas esportivas e o grupo II composto por 38 jovens
praticantes de esportes em turmas de iniciação esportiva (futsal, voleibol e
handebol), como também a educação física escolar. Todos os sujeitos estavam
devidamente matriculados em escolas públicas.

Inicialmente os alunos foram orientados sobre os procedimentos da


coleta, assim como a importância da autorização dos pais. Posteriormente, os
alunos foram divididos em dois grupos: I (Não Esporte) constituído por jovens
26

que não realizavam prática esportiva e II (Esporte) formado por jovens que
realizavam prática regular de atividades esportivas.

Foram feitas duas visitas aos locais de coleta, a primeira para informar
aos voluntários e seus respectivos responsáveis sobre os objetivos da pesquisa
e os procedimentos metodológicos adotados no estudo. Na segunda visita, após
os responsáveis pelos participantes assinarem o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE) e dos sujeitos da pesquisa assinarem o Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), foram realizadas as medidas
antropométricas e os testes cognitivos, nesta ordem, sendo os últimos aplicados
por profissional psicólogo em atendimento às exigências do Conselho Federal
de Psicologia. Também foi orientado que os participantes não realizassem
atividades físicas antes das coletas.

5.3 Critérios de inclusão e exclusão

Os critérios adotados previamente de inclusão e exclusão dos grupos


foram:

Grupo I - Grupo não praticantes de atividade esportiva: Os critérios de


inclusão respeitam o princípio da seletividade para o sujeito que estivesse dentro
da faixa etária entre 10 a 14 anos, e que concordasse em participar assinando
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os critérios de exclusão
foram aplicados para os sujeitos que não concluíram todas as avaliações (Idade
Óssea, Maturação e Testes Cognitivos), que fizessem atividade esportiva com
frequência mínima de 2x por semana, que apresentasse alguma doença que
pudesse interferir nos resultados dos testes utilizados, déficit cognitivo
diagnosticado, ou oferecer risco ao próprio sujeito.

Grupo II - Grupo praticantes de atividade esportiva: Os critérios de


inclusão respeitam o princípio da seletividade para o sujeito que estivesse dentro
da faixa etária 10 a 14 anos, que praticasse atividade esportiva no mínimo 6
meses com frequência mínima de 2x por semana, e que concordasse em
participar assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os
critérios de exclusão foram aplicados para os sujeitos que não concluíram todas
as avaliações (Idade Óssea, Maturação e Testes Cognitivos), apresentou déficit
27

cognitivo diagnosticado, possuiu alguma doença que pudesse interferir nos


resultados dos testes utilizados, ou oferecer risco ao próprio sujeito.

A pesquisa foi analisada e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa –


CEP da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CAEE:
98795318.3.0000.5537; Parecer: 3.390.644) conforme a Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde, em 12/12/2012, respeitando rigorosamente os
princípios éticos internacionais na declaração de Helsinki (2000).

5.4 Materiais e métodos

5.4.1 Avaliação antropométrica

Os indivíduos foram avaliados descalços e usando roupas leves. Para o


estudo, a idade cronológica, massa e estatura corporais, uma dobra cutânea, um
perímetro corrigido de braço e dois diâmetros foram verificados, de acordo com
os procedimentos e na sequência descrita abaixo. Toda antropometria seguiu
copiosamente a padronização da International Society for Advancement in
Kinanthropometry– ISAK (Marfell-Jones, Olds, Stewart, & Carter, 2006).

Massa corporal: O sujeito posicionou-se em pé no centro da plataforma da


balança, procurando não se movimentar. A massa foi registrada em
quilogramas, com precisão de 100 gramas. Utilizou-se uma balança eletrônica
Filizola® 110, com capacidade para 150 kg e divisões de 1/10 de kg.

Estatura Corporal: É a distância compreendida entre a planta dos pés e o


ponto mais alto da cabeça (vértex). O indivíduo ficou descalço ou usando meias
finas. A postura padrão recomenda ângulo reto com o estadiômetro, procurando
colocar em contato com o aparelho de medida os calcanhares, a cintura pélvica,
a cintura escapular e a região occipital. A cabeça ficou orientada no plano de
Frankfurt. A medida registrada em cm, estando o indivíduo em apneia, após
inspiração profunda. Foi utilizado um estadiômetro Sanny® ES2020.

Perímetro corrigido do Braço (Pcb): Se refere ao perímetro do braço em


centímetros, subtraído pelo valor da dobra cutânea tricipital (TR) transformado
em cm. Foi utilizada uma fita antropométrica Sanny®.
28

Dobra Cutânea Tricipital (TR): O local da mensuração foi determinado


através da medida da distância entre a projeção lateral do processo acromial da
escápula e a borda inferior do olécrano da ulna, pelo uso de uma fita métrica,
estando o cotovelo flexionado a 90°. O ponto médio foi marcado na parte lateral
do braço. A dobra foi mensurada na linha média do bordo posterior do braço,
sobre o músculo tríceps, no ponto médio entre a projeção lateral do processo
acromial da escápula e a margem inferior do olécrano. Foi utilizado um
adipômetro da Sanny®.

Diâmetro Biepicondiliano do Úmero (DU): Esta medida é a distância entre


as bordas externas dos epicôndilos medial e lateral do úmero. O indivíduo ficou
em pé. O braço, posicionado horizontalmente, com cotovelo e ombro em flexão
próxima a 90°. O examinador ficou de pé, em frente ao avaliado e apalpou os
epicôndilos medial e lateral do úmero, com os dedos indicadores e polegar da
mão esquerda. As hastes do paquímetro foram colocadas em ângulo próximo a
45°.

Diâmetro Biepicondiliano do Fêmur (DF): Esta medida é a distância entre


a borda medial e lateral dos côndilos do fêmur. Estes pontos são conhecidos
como os epicôndilos medial e lateral. O sujeito sentou-se com flexão do joelho
próximo a 90°. O ponto aparente mais lateral do côndilo femural foi apalpado
com os dedos indicador e/ou médio da mão esquerda, enquanto os
correspondentes dedos da mão direita apalparam o ponto aparente mais medial
do côndilo femural. As hastes do paquímetro foram colocadas a 45° para baixo.

5.4.2 Avaliação da Idade Óssea

Foi utilizado o modelo preditor de idade óssea proposto por Cabral (2013)
no qual, a idade óssea é determinada a partir das variáveis antropométricas
conforme a equação:

Idade Óssea = -11,620 + 7,004(estatura) + 1,226. Dsexo + 0,749(idade)


– 0,068(Tr) + 0,214(Pcb) – 0,588(Du) + 0,388(Df).
29

Onde: Tr= dobra cutânea tricipital, Pcb= perímetro do braço, DU= diâmetro ósseo
do úmero, Df= diâmetro ósseo do fêmur e Dsexo = 0 para o sexo masculino e
Dsexo = 1 para o sexo feminino.

5.4.3 Avaliação da Idade Cronológica

A idade cronológica em anos foi determinada pela soma dos meses de


vida do indivíduo, a partir de sua data de nascimento até o dia da coleta de dados
dividida por 12, resultando, assim, em sua idade cronológica em anos (R M
Malina & Bouchard, 2002).

5.4.4. Avaliação da Maturação

Malina e Bouchard (2002) classificam a maturação em atrasado, normal


ou acelerado. A classificação é obtida através da subtração entre o valor da
idade óssea pela idade cronológica em anos. Após a subtração caso o indivíduo
esteja entre +1 e -1 em relação à idade cronológica ele é classificado como
normal, acima do +1 encontra-se em classificação acelerado e caso o valor seja
inferior a -1 o indivíduo tem classificação maturacional atrasada.

5.4.5 Avaliação das funções executivas


- Teste Go/No Go: É um subteste da bateria NEUPSILIN-Inf (Instrumento
de Avaliação Neuropsicológica Breve Infantil) (Salles et al., 2011). Uma gravação
de áudio com 60 números aleatórios foi apresentada à criança. Ela foi orientada
a falar “sim” para cada número que escutar, exceto para o número 8, quando era
para permanecer em silêncio. O Go/No Go é um paradigma que permite observar
erros de omissão (quando o participante não responde quando se espera que o
faça) e comissão (quando o participante responde quando se espera que ele não
responda). Foi feita uma rodada de familiarização. Os resultados foram anotados
por um psicólogo (Gonçalves et al., 2017).
- Teste dos 5 dígitos (FDT): O FDT possui quatro etapas: leitura,
contagem, escolha e alternância. A fase da Leitura é a mais simples e apresenta
dígitos em quantidades que correspondem exatamente a seus valores (ou seja,
um 1, dois 2, três 3...), e nela o indivíduo deve reconhecer e nomear um dos
30

números. A fase de Contagem apresenta grupos de um a cinco asteriscos, e o


indivíduo deve reconhecer o “conjunto” e contar o número de asteriscos
existentes. Na fase de Escolha o sujeito deve inibir a leitura dos números
apresentados e dizer quantos números existem em cada estímulo, apresentados
dessa vez de forma incongruente (quando o sujeito encontra 2-2-2, deve dizer
“três”, ou quando encontra 1-1-1-1, deve dizer “quatro”). Por fim, na fase de
Alternância, um de cada cinco grupos de dígitos é delimitado por uma borda mais
grossa. Nesses estímulos, é ordenado ao indivíduo que alterne entre duas
operações, contando 80% dos itens (como em Escolha), mas quebrando essa
rotina nos estímulos com a borda mais grossa, devendo ele apenas ler um dos
números (como em Leitura) (Campos1, da Silva1, Florêncio1, & de Paula, 2016).

Figura 1 – Etapas das fases do Teste dos 5 dígitos (FDT).

5.4.6 Desempenho escolar

O desempenho escolar foi avaliado através da análise das notas do


boletim escolar de cada aluno, sendo feito a média geral de todas as disciplinas
(Pestana et al., 2018).

5.5 Análise estatística


Os dados foram normalizados pelo teste estatístico de Kolmogorov-
Smirnov. As correlações foram realizadas pelo teste de Pearson. A magnitude
dos resultados de cada correlação foi determinada pela escala proposta por
Hopkins (2000): r<0,1 trivial; 0,1-0,3 pequeno; 0,3-0,5 moderado; 0,5-0,7 forte;
0,7-0,9 muito forte; 0,9-0,99 quase perfeito; e 1,0 perfeito. As análises
comparativas entre os grupos foram realizadas mediante o teste “T”
independente de Student. O Effect Size foi calculado pelo teste de Cohen (d).
A magnitude do Effect Size seguiu a classificação descrita por Espírito Santo &
31

Daniel (2017): insignificante <0,19; pequena 0,20-0,49; média 0,50-0,79; grande


0,80-1,29; muito grande <1,30). Todas as análises foram realizadas no software
estatístico open source R (versão 3.3.5), e foi considerado o grau de
significância de p<0,05 para todas as análises.

6. RESULTADOS

Tabela 1. Caracterização da amostra.


GERAL ESPORTE NÃO ESPORTE
N° (%) 75 (100%) 38 (50,5%) 37 (49,5%)
MASCULINO 36 (47,9%) 16 (43%) 20 (54%)
FEMININO 39 (52,1%) 22(57%) 17 (46%)
IC 11,7±1,24 12,5±1,18 10,9±0,66
IO 9,4±1,81 10,3±1,69 8,50±1,40
MB -2,28±1,16 -2,13±1,15 -2,43±1,17
Estatura (Cm) 147,7±17,87 153,5±8,34 141,7±22,6
IC = Idade Cronológica; IO = Idade Óssea; MB = Maturação Biológica; Cm =
centímetros.

A tabela 1 expõe a caracterização da amostra, evidenciando que, apesar


dos sujeitos do grupo Esporte terem a idade cronológica superior aos indivíduos
do grupo não esporte (p=0,04), o estágio maturacional de ambos os grupos é
similar (p=0,7), desta forma, a amostra é classificada com maturação atrasada.

Tabela 2. Correlação das variáveis maturacionais e teste FDT com as médias


das notas escolares entre jovens praticantes e não praticantes de esporte.
Não Esporte p Esporte P
(r) (r)
Maturação -0,15 0,3 -0,05 0,7
Idade Óssea -0,30 0,06 -0,23 0,1
FDT: Leitura Tempo 0,17 0,3 -0,01 0,9
FDT: Leitura Erros 0,007 0,9 0,13 0,4
FDT: Contagem Tempo 0,31 0,05 -0,01 0,9
FDT: Contagem Erros 0,05 0,7 0,11 0,4
FDT: Escolha Tempo 0,24 0,1 -0,15 0,3
FDT: Escolha Erros 0,23 0,1 0,18 0,2
FDT: Alternância Tempo 0,22 0,1 -0,05 0,7
FDT: Alternância Erros 0,13 0,4 0,19 0,2
FDT = Five Digit Test.
32

A tabela 2 exibe resultados referentes a correlação da maturação


biológica e idade óssea com o desempenho nos testes cognitivos descritos
acima, no qual, não foi encontrada correlações entre as variáveis (p>0,05).

Além disso reporta a correlação do teste cognitivo FDT e as médias das


notas dos voluntários que praticam esporte como também quem não pratica,
mostrando que, apesar de uma baixa correlação entre as variáveis, os jovens
que realizam a prática esportiva tem menores tempos neste teste, ou seja, maior
capacidade cognitiva para a atenção automática, velocidade de processamento,
atenção controlada e atenção executiva, embora este bom desempenho nas
funções executivas não tenha refletido nos boletins escolares.

Figura 2. Comparação do teste Go/No Go com os grupos Esporte e Não Esporte.

* Maior pontuação.

Já a figura 2 mostra os resultados da comparação do teste cognitivo


Go/No Go com os dois grupos mensurados acima. Também se nota um
resultado significante (Effect Size: 0,93; IC 95%: [0,45] [1,42]; p=0,0001) para o
grupo que pratica esporte, mostrando que tal grupo apresentou um melhor
controle inibitório.
33

Tabela 3. Comparação do teste FDT com os grupos Esporte e Não Esporte.


Fases Esporte Não Esporte ES IC 95% P
FDT
LT 0,54 ± 0,05* 0,59 ± 0,10 -0,54 [-1,02] [0,07] 0,02
LE 0,027 ± 0,16* 0,26 ± 0,53 -0,60 [-1,07] [-0,12] 0,01
CT 0,61 ± 0,05 0,64 ± 0,07 -0,45 [-0,91] [0,01] 0,05
CE 0,27 ± 0,73* 1,05 ± 1,98 -0,52 [-0,99] [-0,05] 0,02
ET 0,79 ± 0,08 0,82 ± 0,12 -0,25 [-0,72] [0,20] 0,2
EE 1,32 ± 0,70* 2,01 ± 0,82 0,90 [-1,38] [-0,41] 0,0002
AT 0,84 ± 0,09 0,88 ± 0,13 -0,36 [-0,83] [0,09] 0,1
AE 3,56 ± 2,29* 5,43 ± 3,34 -0,65 [-1,12] [0,17] 0,006
Legenda tabela 3: LT= Leitura Tempo, LE = Leitura Erros, CT = Contagem Tempo; CE=
Contagem Erros, ET = Escolha Tempo, EE = Escolha Erros, AT = Alternância Tempo, AE =
Alternância Erros. ES = Effect Size, IC 95% = Intervalo de Confiança de 95%. * = menor tempo
e menos erros.

A tabela 3 se refere à comparação do teste cognitivo FDT com os dois


grupos avaliados. Percebe-se que o grupo Esporte obteve menos erros em todas
as fases do teste, como também apresentaram melhores resultados para
medidas de atenção automática e velocidade de processamento, resultando em
uma diferença estatística significativa (p<0,05).

7. DISCUSSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo verificar a relação da prática esportiva


com as funções executivas e o desempenho escolar, considerando o estágio
maturacional de jovens. Após a análise dos resultados, pode-se perceber que a
maturação biológica e a idade óssea não possuem relação com o desempenho
escolar verificado através das notas do boletim, revelando que, os jovens mais
maturados ou menos maturados não possuirá melhores notas na escola, bem
como não apresentará funções executivas mais desenvolvidas. Todavia, estes
achados vão contra os resultados de Barrigas & Fragoso (2012), que
encontraram influência dos níveis maturacionais no desempenho acadêmico
global (os rapazes com maturidade normal ou avançada apresentaram
resultados superiores aos seus pares com maturidade atrasada (p=0,035;
p=0,014) e que as mulheres com maturidade atrasada e normal apresentavam
resultados superiores às avançadas nas disciplinas de matemática (p=0,012) e
ciências da natureza (p=0,022)). O que diferencia o estudo relatado deste ora
34

executado são os métodos de avaliação cognitiva, teste da maturação usados e


um aprofundamento nos níveis sócio econômicos encontrados na amostra.

Levando em consideração a correlação das funções executivas com o


desempenho escolar, também não foi encontrada correlação quando
comparados os jovens que praticam esporte e os que não praticam (p>0,05),
porém, ao destacar a variável tempo em cada fase do teste FDT, observa-se que
obteve uma relação inversamente proporcional no grupo Esporte, mostrando
que, quanto menor o tempo de realização do teste, maiores foram as notas
escolares. O estudo de Pestana et al. (2018) investigou a relação da prática
esportiva com a performance acadêmica em atletas e não atletas e, apesar de
ter uma amostra diferente quando comparada a desta pesquisa, os achados
corroboram com tal estudo, verificando que também não foram encontradas
diferenças entre estas duas variáveis para o nível de ensino avaliado (p=0,626).
Resultados positivos (Oddios Ratio = 6,53; p=0,046) foram encontrados para
estudantes do final do ensino médio com prática regular de atividade física e bom
condicionamento motor. Tais achados podem ser justificados pela imaturidade
do córtex pré-frontal - das faixas etárias pesquisadas - responsável por
habilidades metacognitivas (Carver et al., 2001; Zelazo et al., 1996).

Ao comparar os dois grupos estudados com as funções executivas, em


especial o controle inibitório, notou-se que o grupo Esporte possui melhores
pontuações e menos erros em ambos os testes aplicados, evidenciado melhores
resultados para medidas de atenção automática, velocidade de processamento,
atenção controlada e atenção executiva (p<0,05). Pestana et al. (2018) também
encontrou que praticantes de esporte, apesar de não terem comprovado melhor
desempenho escolar, têm 2,15 vezes mais chances de obter uma melhor
performance dentro de sala de aula, quando comparados aos inativos (p=0,028).
O presente estudo também vai de encontro com a pesquisa de Haapala et al.
(2017) que mostra a influência da atividade física sobre a capacidade de leitura
e, tais evidências podem ser justificadas devido às crianças que se exercitam
mais, melhorarem mecanismos cognitivos, como por exemplo a melhoria nos
processos neuroelétricos, aumentando o volume de fluxo sanguíneo para o
cérebro, mais especificamente, para o hipocampo, desenvolvendo a atenção e
a capacidade de memória (Donnelly et al., 2016).
35

Corroborando com os nossos achados, Simões (2017) observou também


que praticantes de atividade esportiva obtiveram resultados superiores de
controle inibitório aos sujeitos não praticantes, pois além de obterem menores
valores de tempo de respostas, apresentaram menores quantidades de erros.
Os esportes que envolvem altas demandas da capacidade cognitiva, podem
desenvolver um melhor controle inibitório, levando em consideração o ambiente
de treinamento, sendo este consistente, previsível e de autoaprendizagem para
os praticantes (Wang et al., 2013).

Ao analisar a faixa etária selecionada neste estudo, refletimos sobre o


período da adolescência, onde ocorre o maior e mais dinâmico desenvolvimento
neuronal, acontecendo as maiores remodelações dos circuitos
comportamentais. Estes fatores estão associados principalmente ao aumento da
capacidade funcional, alterações na distribuição dopaminérgica, maturação do
sistema límbico e desenvolvimento do córtex pré-frontal (Johnson, Blum, &
Giedd, 2009). A velocidade de transmissão de informações nestas regiões é
aumentada, reforçando os circuitos neuronais mais utilizados, devido a
mielinização que é favorecida nas áreas corticais, permanecendo intactas. Tem-
se verificado que no córtex pré-frontal este reforço da mielinização só acontece
após os 10 anos de idade (Simões, 2017).

À vista disso, observa-se que há uma possibilidade de que os indivíduos


que possuem maior capacidade de filtrar os distratores e inibir as respostas
prepotentes, podem ser mais propensos a seguir uma vida praticando esportes
e ser bem sucedido na modalidade escolhida. Isto vai de encontro aos achados
de Tsai (2009) e Chan et. al. (2011) que verificou que o treinamento físico afeta
o controle inibitório em jogadores de tênis, quando comparados a indivíduos
sedentários, como mostrado por tempos de reação de sinal de paragem mais
curtos, indicando que um menor tempo foi necessário para os jogadores de tênis
de reterem as suas ações prepotentes. Todavia, já no estudo de Kramer et al.
(1999), não foram encontradas vantagens no controle inibitório de nadadores,
que mostraram tempos de reação de sinal de paragem semelhantes aos
sedentários, sendo justificado pelo diferentes níveis de aptidão física entre os
grupos, havendo associação com o tempo de reação em tarefas que requerem
um alto poder de controle inibitório, flexibilidade cognitiva e ativação cortical em
36

crianças (Brown, Martinez, & Parsons, 2005; Schäfer, Huxhold, & Lindenberger,
2006).

O estudo de Kramer et al. (1999) diverge do presente estudo, visto que,


neste foram encontrados resultados diferentes para o controle inibitório entre
praticantes de esportes e os não praticantes, obtendo também menores valores
de tempo de reação (respostas), como também menores quantidades de erros
no teste dos 5 dígitos. Corroborando com os nossos resultados obtidos, Buck,
Hillman, & Castelli (2008), observaram que crianças (com faixa etária de 7 a 12
anos de idade) com maior aptidão física, ou seja, que praticam esportes
regularmente, tiveram melhores resultados no teste de funções executivas, mais
precisamente de controle inibitório. Além do mais, a memória de reconhecimento
também parece estar associada a um maior nível de aptidão física em pré-
adolescentes (9 e 10 anos de idade) (Leandro F Malloy-Diniz et al., 2008).

Então, ao comparar os tempos de reação do grupo de praticantes de


esporte com os indivíduos que não realizam prática esportiva de forma regular,
observa-se valores elevados nas pontuações entre os grupos para as variáveis
verificadas, mostrando que os praticantes possuem um controle inibitório melhor
do que os não praticantes. Esses resultados podem ser de grande importância
para elucidar a influência do exercício sobre a eficiência do controle inibitório e,
por conseguinte, contribuir para o processo de aprendizagem em ambiente
escolar (Cypel, 2006).
O papel das funções executivas para a aprendizagem também tem sido
destacado recentemente (Bodrova & Leong, 2006), havendo não apenas
evidências da relação entre essas habilidades e o desempenho escolar
(Capovilla & Dias, 2008; Lima, Travaini, & Ciasca, 2009), mas também dados
acerca da importância dessas habilidades para as competências de leitura e
matemática (Cutting, Materek, Cole, Levine, & Mahone, 2009; Seabra & Dias,
2012). Van der Sluis, de Jong, & van der Leij, (2007) examinaram a participação
de funções executivas específicas – flexibilidade (shifting), inibição (inhibition), e
atualização e monitoramento (updating) – nas habilidades de leitura, aritmética
e raciocínio não verbal, em crianças entre 9 e 12 anos, verificando que é
significativo o papel do monitoramento na leitura e aritmética, enquanto que o
raciocínio não verbal envolve principalmente a flexibilidade.
37

Outros fatores ambientais também precisam ser levados em consideração


ao avaliar o desempenho escolar de crianças e jovens, como escolaridade dos
pais, renda e oportunidades de aprendizado, como acesso a livros, arte, esporte
e cultura em geral (Dykeman, 1998). O efeito das variáveis socioeconômicas
sobre o desempenho cognitivo e o efeito do desempenho cognitivo sobre o
desempenho escolar já estão estabelecidos na literatura (Ardila, Rosselli,
Matute, & Guajardo, 2005; Karande & Kulkarni, 2005; Lipina et al., 2013). Ao
destacar o desempenho escolar, temos como agente influenciador o esporte na
escola, colocando em primeiro plano os aspectos educacionais e a preparação
para a vida em sociedade (Lettnin, 2005; Santos & Simões, 2007). Na escola, a
importância se evidencia pela associação de situações transferíveis do
esporte para a vida cotidiana, contribuindo para que crianças e adolescentes
aprendam formas de ser e de estar no mundo (Lettnin, 2005; Molina, Oliveira, &
da Silveira, 2004). Desenvolvido sob a motivação para o desenvolvimento da
maestria em habilidades diversas, o ambiente esportivo é passível de auxílio à
superação de frustrações, timidez e dificuldades no rendimento escolar
(Valentini, 2002).

Logo, após analisar os resultados deste estudo, nota-se que os alunos


que praticam esportes têm melhores funções executivas, porém, não obtém bom
desempenho acadêmico quando são avaliadas as notas, devido a outros fatores
que não foram mensurados nesta pesquisa. Entretanto, o desempenho escolar,
ainda é medido pelo resultado de avaliações de aprendizagem (Hoffmann, 2004;
Luckesi, 2002), como por exemplo, o boletim escolar, embora não seja suficiente
para determinar o quão desenvolvidas são as funções executivas de cada
indivíduo. Conceitualmente relacionada à quantidade e qualidade dos estudos,
a quantificação da aprendizagem por meio de conceitos ou notas determina o
sucesso ou o insucesso do aluno (Luckesi, 2002).
De acordo com Menezes-Filho (2007), as diferenças de notas obtidas
representam de 10 a 30% da competência intelectiva, no mais, o restante
corresponde ao que ocorre dentro da escola, como características individuais
dos alunos e suas famílias. A motivação pelos estudos depende não somente
dos estudantes e de sua busca por novidades e desafios (motivação
intrínseca), mas também dos contextos familiar, social e cultural, que
38

exigem a demonstração de competências e habilidades, satisfazem a


comandos e pressões e geram recompensas (motivação extrínseca), além do
funcionamento da escola e do trabalho dos professores (de Cássia Martinelli &
Bartholomeu, 2007; Ribeiro, Almeida, & Gomes, 2006). Então, é importante
perceber a influência positiva que o esporte tem sobre tais habilidades
cognitivas, dentre elas o controle inibitório, permitindo que o aluno filtre os
distratores e tenha um maior poder de concentração nas aulas. Também é
sugerido para estudos futuros outra forma de avaliação do desempenho escolar.

8. CONCLUSÃO

Esse estudo nos permite concluir que, a maturação assim como os


resultados dos testes das funções executivas, não apresentaram correlação com
o desempenho escolar avaliado a partir das notas no boletim escolar, entretanto,
ao comparar os grupos observa-se que os jovens que praticam esporte
obtiveram melhores desempenhos nos testes de controle inibitório quando
comparados aos que não praticam esportes. Todavia, apesar de apresentarem
maior capacidade cognitiva em parâmetros como o controle inibitório, os
praticantes de esporte apresentaram resultados de rendimento escolar
semelhantes ao dos não praticantes, sugerindo dessa forma, que outros
aspectos estão relacionados ao rendimento escolar dos jovens nessa faixa etária
que não apenas a sua melhor capacidade em aspectos cognitivos.

Também é importante destacar que o esporte proporciona efeitos


benéficos em várias esferas da vida, como por exemplo em nosso estudo nos
aspectos cognitivos, mais especificamente o controle inibitório, mostrando que
seus praticantes têm uma maior predisposição a filtrar os distratores e reter uma
resposta definida, ou seja, indivíduos que realizam a prática esportiva regular
podem apresentar maior capacidade de concentração e menores tempos de
reação nas respostas dentro de sala de aula. Então, estimular os jovens a
praticar esporte pode ser uma ótima atitude para que bons hábitos se perpetuem
por toda a vida, beneficiando também fatores ligados a cognição.

Estudar funções executivas, esporte (seja escolar, seja competitivo) e


rendimento acadêmico, mostra relações fundamentais para as áreas de
39

pesquisa, enfatizando a relevância da interdisciplinaridade para discutir questões


científicas comuns as áreas estudadas. Tendo como exemplo esse estudo, os
achados trazem informações significativas para as áreas da Psicologia e
Educação Física, mostrando que é possível dialogar quando a prática esportiva
interfere nos aspectos cognitivos, consequentemente na trajetória escolar nas
avaliações de desempenho.
40

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ardila, A., Rosselli, M., Matute, E., & Guajardo, S. (2005). The influence of the
parents’ educational level on the development of executive functions.
Developmental Neuropsychology, 28(1), 539–560.

Baddeley, A. (1992). Working memory. Science, 255(5044), 556–559.

Barrigas, C., & Fragoso, I. (2012). Maturidade, desempenho académico,


capacidade de raciocínio e estatuto sócio-económico em crianças de Lisboa
entre os 6 e os 13 anos de idade. Revista Portuguesa de Educação, 25(1),
193–215.

Bjorklund, D. F., & Harnishfeger, K. K. (1995). The evolution of inhibition


mechanisms and their role in human cognition and behavior. In Interference
and inhibition in cognition (pp. 141–173). Elsevier.

Bodrova, E., & Leong, D. J. (2006). Tools of the mind. Pearson Australia Pty
Limited.

Brown, S., Martinez, M. J., & Parsons, L. M. (2005). The neural basis of human
dance. Cerebral Cortex, 16(8), 1157–1167.

Buck, S. M., Hillman, C. H., & Castelli, D. M. (2008). The relation of aerobic fitness
to stroop task performance in preadolescent children. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 40(1), 166–172.

Cabral, B. G., Cabral, S. de A., Medeiros, R. M., Alcatara, T., & Dantas, P. M. S.
(2013). Relação da maturação com a antropometria e aptidão física na
iniciação desportiva. Motricidade, 9(4), 12–21.

Campos1, M. C., da Silva1, M. L., Florêncio1, N. C., & de Paula, J. J. (2016).


Confiabilidade do Teste dos Cinco Dígitos em adultos brasileiros. J Bras
Psiquiatr, 65(2), 135–139.

Capovilla, A. G. S., & Dias, N. M. (2008). Desenvolvimento de habilidades


atencionais em estudantes da 1a à 4a sério do ensino fundamental e relação
com rendimento escolar. Revista Psicopedagogia, 25(78), 198–211.

Carver, A. C., Livesey, D. J., & Charles, M. (2001). Age related changes in
41

inhibitory control as measured by stop signal task performance. International


Journal of Neuroscience, 107(1–2), 43–61.

Casey, B. J., Trainor, R. J., Orendi, J. L., Schubert, A. B., Nystrom, L. E., Giedd,
J. N., … Cohen, J. D. (1997). A developmental functional MRI study of
prefrontal activation during performance of a go-no-go task. Journal of
Cognitive Neuroscience, 9(6), 835–847.

Chaddock-Heyman, L., Erickson, K. I., Chappell, M. A., Johnson, C. L., Kienzler,


C., Knecht, A., … Kao, S.-C. (2016). Aerobic fitness is associated with
greater hippocampal cerebral blood flow in children. Developmental
Cognitive Neuroscience, 20, 52–58.

Chan, J. S. Y., Wong, A. C. N., Liu, Y., Yu, J., & Yan, J. H. (2011). Fencing
expertise and physical fitness enhance action inhibition. Psychology of Sport
and Exercise, 12(5), 509–514.

Contreras, O. R., La Torre, E., & Velázquez, R. I. (2001). Madrid, Espanha: Ed.
Síntesis.

Cutting, L. E., Materek, A., Cole, C. A. S., Levine, T. M., & Mahone, E. M. (2009).
Effects of fluency, oral language, and executive function on reading
comprehension performance. Annals of Dyslexia, 59(1), 34–54.

Cypel, S. (2006). O papel das funções executivas nos transtornos da


aprendizagem. Transtornos Da Aprendizagem–Abordagem Neurobiológica
e Multidisciplinar, 375–387.

de Cássia Martinelli, S., & Bartholomeu, D. (2007). Escala de motivação


acadêmica: uma medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliaçao
Psicologica: Interamerican Journal of Psychological Assessment, 6(1), 21–
31.

De Marco, A. C., Zeisel, S., & Odom, S. L. (2015). An evaluation of a program to


increase physical activity for young children in child care. Early Education
and Development, 26(1), 1–21.

Dempster, F. N. (1992). The rise and fall of the inhibitory mechanism: Toward a
unified theory of cognitive development and aging. Developmental Review,
42

12(1), 45–75.

Diamond, A. (1996). Evidence for the importance of dopamine for prefrontal


cortex functions early in life. Philosophical Transactions of the Royal Society
of London. Series B: Biological Sciences, 351(1346), 1483–1494.

Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual Review of Psychology, 64, 135–


168.

Donnelly, J. E., Hillman, C. H., Castelli, D., Etnier, J. L., Lee, S., Tomporowski,
P., … Szabo-Reed, A. N. (2016). Physical activity, fitness, cognitive function,
and academic achievement in children: a systematic review. Medicine and
Science in Sports and Exercise, 48(6), 1197.

Dowsett, S. M., & Livesey, D. J. (2000). The development of inhibitory control in


preschool children: Effects of “executive skills” training. Developmental
Psychobiology: The Journal of the International Society for Developmental
Psychobiology, 36(2), 161–174.

Dykeman, B. F. (1998). Historical and contemporary models of attention


processes with implications for learning. Education, 119(2), 359–360.

Ellis, B. J. (2004). Timing of pubertal maturation in girls: an integrated life history


approach. Psychological Bulletin, 130(6), 920.

Espírito Santo, H., & Daniel, F. (2017). Calcular E Apresentar Tamanhos Do


Efeito EM Trabalhos Científicos (1): As Limitações Do P< 0, 05 Na Análise
De Diferenças De Médias De Dois Grupos (Calculating and Reporting Effect
Sizes on Scientific Papers (1): P< 0.05 Limitations in the Analysis of Mean
Differences of Two Groups).

Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F., de Camargo, C. H. P., & Cosenza, R. M. (2014).


Neuropsicologia-: Teoria e Prática. Artmed Editora.

Gabarra, L. M., Rubio, K., & Ângelo, L. F. (2009). A Psicologia do Esporte na


iniciação esportiva infantil. Psicología Para América Latina, (18), 0.

Garon, N., Bryson, S. E., & Smith, I. M. (2008). Executive function in


preschoolers: a review using an integrative framework. Psychological
Bulletin, 134(1), 31.
43

Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2002). Cognitive neuroscience:


the biology of the mind. WW Norton & Company. Inc., New York.

Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2006). Neurociência cognitiva: a


biologia da mente. Artmed.

Gejl, A. K., Bugge, A., Ernst, M. T., Tarp, J., Hillman, C. H., Have, M., …
Andersen, L. B. (2018). The acute effects of short bouts of exercise on
inhibitory control in adolescents. Mental Health and Physical Activity, 15, 34–
39.

Gonçalves, H. A., Viapiana, V. F., Sartori, M. S., Giacomoni, C. H., Stein, L. M.,
& Fonseca, R. P. (2017). Funções executivas predizem o processamento de
habilidades básicas de leitura, escrita e matemática? Neuropsicologia
Latinoamericana, 9(3).

Haapala, E. A., Väistö, J., Lintu, N., Westgate, K., Ekelund, U., Poikkeus, A.-M.,
… Lakka, T. A. (2017). Physical activity and sedentary time in relation to
academic achievement in children. Journal of Science and Medicine in Sport,
20(6), 583–589.

Harnishfeger, K. K., & Bjorklund, D. F. (1993). The ontogeny of inhibition


mechanisms: A renewed approach to cognitive development. In Emerging
themes in cognitive development (pp. 28–49). Springer.

Herting, M. M., Colby, J. B., Sowell, E. R., & Nagel, B. J. (2014). White matter
connectivity and aerobic fitness in male adolescents. Developmental
Cognitive Neuroscience, 7, 65–75.

Hillman, C. H., Erickson, K. I., & Kramer, A. F. (2008). Be smart, exercise your
heart: exercise effects on brain and cognition. Nature Reviews
Neuroscience, 9(1), 58.

HOFFMANN, J. (2004). Avaliar para promover: as setas do caminho. 5a. Edição.


Porto Alegre: Mediação.

Hopkins, W. G. (2000). Measures of reliability in sports medicine and science.


Sports Medicine, 30(1), 1–15.

Horne, J., & Whannel, G. (2016). Understanding the olympics. Routledge.


44

Johnson, S. B., Blum, R. W., & Giedd, J. N. (2009). Adolescent maturity and the
brain: the promise and pitfalls of neuroscience research in adolescent health
policy. Journal of Adolescent Health, 45(3), 216–221.

Karande, S., & Kulkarni, M. (2005). Poor school performance. The Indian Journal
of Pediatrics, 72(11), 961–967.

Khan, N. A., & Hillman, C. H. (2014). The relation of childhood physical activity
and aerobic fitness to brain function and cognition: a review. Pediatric
Exercise Science, 26(2), 138–146.

Kramer, A. F., Hahn, S., Cohen, N. J., Banich, M. T., McAuley, E., Harrison, C.
R., … Boileau, R. A. (1999). Ageing, fitness and neurocognitive function.
Nature, 400(6743), 418.

Lettnin, C. da C. (2005). Esporte escolar: razão e significados.

Lezak, M. D., Howieson, D. B., Loring, D. W., & Fischer, J. S. (2004).


Neuropsychological assessment. Oxford University Press, USA.

Lima, R. F. de, Azoni, C. A. S., & Ciasca, S. M. (2011). Attentional performance


and executive functions in children with learning difficulties. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 24(4), 685–691.

Lima, R. F. de, Travaini, P. P., & Ciasca, S. M. (2009). Amostra de desempenho


de estudantes do ensino fundamental em testes de atenção e funções
executivas. Revista Psicopedagogia, 26(80), 188–199.

Linhares, R. V., Matta, M. de O., Lima, J. R. P., Dantas, P. M. S., Costa, M. B., &
Fernandes Filho, J. (2009). Effects of sexual maturation on body
composition, dermatoglyphics, somatotype and basic physical qualities of
adolescents. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 53(1),
47–54.

Lipina, S., Segretin, S., Hermida, J., Prats, L., Fracchia, C., Camelo, J. L., &
Colombo, J. (2013). Linking childhood poverty and cognition: Environmental
mediators of non‐verbal executive control in an Argentine sample.
Developmental Science, 16(5), 697–707.

Luckesi, C. C. (2002). Avaliação da aprendizagem na escola e a questão das


45

representações sociais. Eccos Revista Científica, 4(2), 79–88.

Ludyga, S., Gerber, M., Brand, S., Holsboer‐Trachsler, E., & Pühse, U. (2016).
Acute effects of moderate aerobic exercise on specific aspects of executive
function in different age and fitness groups: A meta‐analysis.
Psychophysiology, 53(11), 1611–1626.

Malina, R. M., & Bouchard, C. (2002). Moldelos e métodos para o estudo da


composição corporal. Atividade Física Do Jovem Ao Atleta: Do Crescimento
a Maturação. São Paulo: Editora Roca, 83–95.

Malina, R. M., Bouchard, C., & Bar-Or, O. (2009). Crescimento, maturação e


atividade física. São Paulo: Phorte.

Malina, R. M., & Katzmarzyk, P. T. (2006). Physical activity and fitness in an


international growth standard for preadolescent and adolescent children.
Food and Nutrition Bulletin, 27(4_suppl5), S295–S313.

Malloy-Diniz, L. F., Paula, J. J. de, Loschiavo-Alvares, F. Q., Fuentes, D., & Leite,
W. B. (2010). Exame das funções executivas. Avaliação Neuropsicológica.
Porto Alegre: Artmed, 94–113.

Malloy-Diniz, L. F., Sedo, M., Fuentes, D., & Leite, W. B. (2008). Neuropsicologia
das funções executivas. Neuropsicologia: Teoria e Prática. Porto Alegre:
Artmed, 187.

Marfell-Jones, M., Olds, T., Stewart, A., & Carter, L. (2006). International
standards for anthropometric assessment-ISAK. South Africa:
Potchefstroom.

Matsudo, V. K. R., Oliveira, L. C. de, & Araújo, T. L. de. (2007). Há ciência na


detecção de talentos? Diagn. Tratamento, 12(4).

Menezes-Filho, N. A. (2007). Os determinantes do desempenho escolar do


Brasil. IFB.

Mohamed, H., Vaeyens, R., Matthys, S., Multael, M., Lefevre, J., Lenoir, M., &
Philippaerts, R. (2009). Anthropometric and performance measures for the
development of a talent detection and identification model in youth handball.
Journal of Sports Sciences, 27(3), 257–266.
46

Molina, R. M. K., Oliveira, L., & da Silveira, F. V. (2004). Celebração e


transgressão: a representação do esporte na adolescência. Revista
Brasileira de Educação Física e Esporte, 18(2), 125–136.

Mourão-Júnior, C. A., & Melo, L. B. R. (2011). Integração de Três Conceitos.


Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(3), 309–314.

Oberer, N., Gashaj, V., & Roebers, C. M. (2018). Executive functions, visual-
motor coordination, physical fitness and academic achievement:
Longitudinal relations in typically developing children. Human Movement
Science, 58, 69–79.

Papazian, O., Alfonso, I., & Luzondo, R. J. (2006). Trastornos de las funciones
ejecutivas. Revista de Neurología, 42(3), 45–50.

Passler, M. A., Isaac, W., & Hynd, G. W. (1985). Neuropsychological


development of behavior attributed to frontal lobe functioning in children.
Developmental Neuropsychology, 1(4), 349–370.

Penedo, F. J., & Dahn, J. R. (2005). Exercise and well-being: a review of mental
and physical health benefits associated with physical activity. Current
Opinion in Psychiatry, 18(2), 189–193.

Pestana, E. R., de Carvalho, W. R. G., de Menezes Nunes, L. A., da Silva


Almeida, F. de A., & Salvador, E. P. (2018). Sports practice and factors
associated with school performance in grade and high school: comparison
between athletes and non-athletes. Sport Sciences for Health, 14(3), 639–
644.

Pliszka, S. R. (2004). Neurociência para o clínico de saúde mental. Artmed


Editora.

Pontifex, M. B., Hillman, C. H., Fernhall, B. O., Thompson, K. M., & Valentini, T.
A. (2009). The effect of acute aerobic and resistance exercise on working
memory. Medicine & Science in Sports & Exercise, 41(4), 927–934.

Ré, A. H. N. (2011). Crescimento, maturação e desenvolvimento na infância e


adolescência: Implicações para o esporte. Motricidade, 7(3), 55–67.

Ribeiro, I. S., Almeida, L. S., & Gomes, C. (2006). Conhecimentos prévios,


47

sucesso escolar e trajectórias de aprendizagem: Do 1o para o 2o ciclo do


ensino básico. Avaliação Psicológica, 5(2), 127–133.

Rubio, K. (2001). O atleta e o mito do herói: o imaginário esportivo


contemporâneo. Casa do Psicólogo.

Rubio, K. (2002). O trabalho do atleta e a produção do espetáculo esportivo.


Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y Ciências Sociales, 6.

Ruiz, J. R., Rizzo, N. S., Hurtig-Wennlöf, A., Ortega, F. B., W àrnberg, J., &
Sjöström, M. (2006). Relations of total physical activity and intensity to fitness
and fatness in children: the European Youth Heart Study–. The American
Journal of Clinical Nutrition, 84(2), 299–303.

Salles, J. F. de, Fonseca, R. P., Rodrigues, C. C., Mello, C. B. de, Barbosa, T.,
& Miranda, M. C. (2011). Desenvolvimento do instrumento de avaliação
neuropsicológica breve infantil NEUPSILIN-INF. PsicoUSF. Bragança
Paulista, SP. Vol. 16, n. 3 (Set./Dez. 2011), p. 297-305.

Sánchez, D. B., & Ramírez, F. A. (1995). La iniciación deportiva y el deporte


escolar. Inde.

Santos, A. L. dos, & Simões, A. C. (2007). A influência da participação de alunos


em práticas esportivas escolares na percepção do clima ambiental da
escola. Revista Portuguesa de Ciências Do Desporto, 7(1), 26–35.

Schäfer, S., Huxhold, O., & Lindenberger, U. (2006). Healthy mind in healthy
body? A review of sensorimotor–cognitive interdependencies in old age.
European Review of Aging and Physical Activity, 3(2), 45.

Seabra, A. G., & Dias, N. M. (2012). Reconhecimento de palavras e


compreensão de leitura: dissociação e habilidades linguístico-mnemônicas
preditoras. Revista Neuropsicologia Latinoamericana, 4(1), 43–56.

Silva, M. L., & Rubio, K. (2003). Superação no esporte: limites individuais ou


sociais. Revista Portuguesa de Ciências Do Desporto, 3(3), 69–76.

Simões, T. B. dos S. (2017). Marcadores cognitivos e prática esportiva em jovens


de 10 a 13 anos nos diferentes estágios maturacionais. Brasil.
48

Singh, A. S., Uijtdewilligen, L., Twisk, J. W. R., Van Mechelen, W., & Paw, C. A.
(2012). Physical activity and performance at school. In INTERNATIONAL
JOURNAL OF BEHAVIORAL MEDICINE (Vol. 19, pp. S237–S238).
SPRINGER 233 SPRING ST, NEW YORK, NY 10013 USA.

Singh, A., Uijtdewilligen, L., Twisk, J. W. R., Van Mechelen, W., & Chinapaw, M.
J. M. (2012). Physical activity and performance at school: a systematic
review of the literature including a methodological quality assessment.
Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 166(1), 49–55.

Thomas, J. R., Nelson, J. K., & Silverman, S. J. (2009). Métodos de pesquisa em


atividade física. Artmed Editora.

Tsai, C.-L. (2009). The effectiveness of exercise intervention on inhibitory control


in children with developmental coordination disorder: Using a visuospatial
attention paradigm as a model. Research in Developmental Disabilities,
30(6), 1268–1280.

Tubino, M. J. G. (1992). Dimensões sociais do esporte. Cortez Editora.

Uehara, E., Charchat-Fichman, H., & Landeira-Fernandez, J. (2013). Funções


executivas: Um retrato integrativo dos principais modelos e teorias desse
conceito. Neuropsicologia Latinoamericana, 5(3).

Uehara, E., & Landeira-Fernandez, J. (2010). Um panorama sobre o


desenvolvimento da memória de trabalho e seus prejuízos no aprendizado
escolar. Ciências & Cognição, 15(2).

Valentini, N. C. (2002). A influência de uma intervenção motora no desempenho


motor e na percepção de competência de crianças com atrasos motores.
Revista Paulista de Educação Física, 16(1), 61–75.

van der Sluis, S., de Jong, P. F., & van der Leij, A. (2007). Executive functioning
in children, and its relations with reasoning, reading, and arithmetic.
Intelligence, 35(5), 427–449.

Verburgh, L., Königs, M., Scherder, E. J. A., & Oosterlaan, J. (2014). Physical
exercise and executive functions in preadolescent children, adolescents and
young adults: a meta-analysis. Br J Sports Med, 48(12), 973–979.
49

Wang, C.-H., Chang, C.-C., Liang, Y.-M., Shih, C.-M., Chiu, W.-S., Tseng, P., …
Juan, C.-H. (2013). Open vs. closed skill sports and the modulation of
inhibitory control. PloS One, 8(2), e55773.

Wittberg, R. A., Northrup, K. L., & Cottrel, L. (2009). Children’s physical fitness
and academic performance. American Journal of Health Education, 40(1),
30–36.

Zelazo, P. D., Frye, D., & Rapus, T. (1996). An age-related dissociation between
knowing rules and using them. Cognitive Development, 11(1), 37–63.

Zorza, J. P., Marino, J., & Mesas, A. A. (2016). Executive functions as predictors
of school performance and social relationships: primary and secondary
school students. The Spanish Journal of Psychology, 19.
50

APÊNDICES
51

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Estamos solicitando a sua autorização, para que, seu filho (a) ou criança, pela qual você
é responsável, participe da pesquisa: Relação da prática esportiva com aspectos cognitivos e
desempenho escolar em jovens de 12 a 14 anos nos diferentes estágios maturacionais, que tem
como pesquisadora responsável a Professora Nathália Monastirski Ribeiro Campos.
Esta pesquisa tem como objetivo verificar a relação do controle inibitório e desempenho
escolar em escolares praticantes e não praticantes de esporte.

Caso decida permitir a participação do seu filho (a) ou criança de sua responsabilidade,
ele(a) será submetido(a) a atividades de atenção, controle mental e velocidade de resposta
mental, assim como a medição de estatura (altura), medidas externas de ossos (Largura) e testes
para analisar o desenvolvimento maturacional. Além desses testes, caso ele já faça esporte na
escola, ele (a) terá que permanecer por 6 meses para que seja submetido (a) aos testes
novamente e faz-se necessário disponibilizar o boletim escolar do seu respectivo filho (a) para
que seja feito o acompanhamento do rendimento acadêmico. Tais testes são comprovadamente
seguros e a pesquisa tem natureza não invasiva, ou seja, não agressiva ao corpo humano,
entretanto, os riscos que os participantes estão vulneráveis, são os mesmo da sua rotina escolar
como: desconforto visual, fadiga mental e/ou muscular na região do braço e mão devido aos
movimentos realizados durante os testes, os quais todos serão minimizados pela presença de
Professores capacitados em todos os procedimentos que compõem a presente pesquisa. Quanto
aos benefícios, irão conhecer o perfil de desenvolvimento maturacional e aspectos mentais, bem
como, poderão melhorar o desempenho cognitivo na sala de aula, além de melhorar a
concentração e a velocidade de resposta, resultando em melhores notas.
Caso apresente algum problema/alteração verificado nos testes cognitivos ou durante a
prática esportiva relacionados ou não com a pesquisa, o pesquisador se responsabilizará em
encaminhar o voluntário à um especialista, para que se faça uma melhor investigação e assim
ser solucionar o problema.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas por telefone ou email:
Professora Nathália Monastirski Ribeiro Campos, no número (84) 99618-4659, no e-mail:
nathaliacampos07@hotmail.com.
Você ou o participante tem o direito de recusar a autorização, em qualquer fase da
pesquisa, sem nenhum prejuízo.
Os dados fornecidos serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos,
publicações científicas, Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações de Mestrado, não
havendo divulgação de nenhum dado que possa identificar qualquer participante.
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local
seguro e por um período de até 5 anos.
52

Caso tenha algum gasto pela participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo
pesquisador e reembolsado para você.
Se o indivíduo pesquisado sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta
pesquisa, será indenizado por tal.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone (84)3215-3135.
Este documento será impresso em duas vias. Uma ficará com você, responsável legal
do participante, e a outra com o pesquisador, a professora Nathália Monastirski Ribeiro Campos.

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, _____________________________________________, representante legal do


menor participante ______________________________________________, autorizo sua
participação na pesquisa Relação da prática esportiva com aspectos cognitivos e desempenho
escolar em jovens de 12 a 14 anos nos diferentes estágios maturacionais.
Esta autorização foi concedida após os esclarecimentos que recebi sobre os objetivos,
importância e o modo como os dados serão coletados, por ter entendido os riscos, desconfortos
e benefícios que essa pesquisa pode trazer para o participante menor de minha responsabilidade
e também por ter compreendido todos os direitos que ele(a) terá como participante e eu como
seu representante legal.
Autorizo, ainda, a publicação das informações fornecidas em congressos e/ou
publicações científicas, desde que os dados apresentados não possam identificá-lo(a).

Natal, ______/________/______.

___________________________________________

Impressão
datiloscópica do
representante legal
53

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TALE)

Você está sendo convidado a participar da pesquisa Relação da prática esportiva com
aspectos cognitivos e desempenho escolar em jovens de 12 a 14 anos nos diferentes estágios
maturacionais, coordenada pela Professora Nathália Monastirski Ribeiro Campos, onde os seus
pais ou responsável permitirão que você participe. Essa pesquisa pretende verificar se a prática
esportiva influencia nos aspectos cognitivos e no rendimento acadêmico.

Você só participará da pesquisa se desejar, é um direito seu e não terá nenhum problema
em não participar ou desistir. Os adolescentes que irão participar desta pesquisa deverão ter 12
a 14 anos de idade.

A pesquisa será feita no Instituto Compartilhar e no Colégio CEI, onde serão realizados
procedimentos de Atividade Física como: prática esportiva, medição de estatura (altura),
medidas externas de ossos (Largura) e apresentação do estágio de desenvolvimento
maturacional. Além desses testes físicos, também realizarão testes de concentração como: teste
do tempo de resposta (controle inibitório motor) e teste de atenção e velocidade de resposta
(controle inibitório mental). Além disso, você deverá disponibilizar o seu boletim escolar para o
acompanhamento das suas notas. Para isso usaremos materiais como: fitas antropométricas,
computador, celular dos avaliadores, papel e caneta. Tais testes são considerados seguros,
porém, é possível ocorrer fatos que podem acontecer em seu cotidiano, como o desconforto
visual, fadiga mental e/ou muscular na região do braço e mão causados durante os testes. Caso
venha sentir algo de diferente do que citamos acima, você deverá nos procurar pelos telefones
que estão no texto. Sua participação na pesquisa beneficiará você com o conhecimento do seu
perfil de desenvolvimento maturacional e qualidade dos aspectos mentais, assim como,
conhecer características que possam melhorar a concentração através do esporte, influenciando
nas suas notas escolares.

A pesquisa é anônima, isto é, ninguém saberá que você está participando da pesquisa;
não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos
oferece. Os resultados da pesquisa vão ser publicados em congressos e/ou em publicações
científicas, mas sem identificar quem foram os participantes.

===============================================================

CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO

Eu ___________________________________ aceito participar da pesquisa Relação da


prática esportiva com aspectos cognitivos e desempenho escolar em jovens de 12 a 14 anos nos
diferentes estágios maturacionais.

Entendi todas as informações, os problemas que talvez possam acontecer e os


benefícios que conseguirei.
54

Entendi que posso dizer “NÃO” e não participar. Que posso dizer “SIM e participar, mas
que, a qualquer momento, posso dizer “NÃO” e DESISTIR que não haverá nenhum problema”.

Os pesquisadores tirarão minhas dúvidas e conversarão com os meus responsáveis.

Recebi uma cópia deste Termo de Assentimento e depois de conversar com meu
responsável, li e resolvi voluntariamente:

( ) SIM, ACEITO PARTICIPAR ( ) NÃO, NÃO ACEITO PARTICPAR

Natal, _______de ______________de __________.

__________________________________________________________

Assinatura do Participante (menor)

Assinatura do Pesquisador
55
56
57

THE INFLUENCE OF SPORTS PRACTICE ON COGNITIVE ASPECTS AND


SCHOOL PERFORMANCE IN YOUNG PEOPLE FROM 10 TO 14 YEARS

Nathália Monastirski Ribeiro Campos¹, Maria Aparecida Dias¹, Paulo


Francisco de Almeida Neto¹, Eduardo Estevan Santana¹, Sara Oliveira²,
Izabel Augusta Hazin Pires², Dihogo Gama de Matos3,4, Breno Guilherme de
Araújo Tinôco Cabral¹
¹Department of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,
Rio Grande do Norte, Brazil.

² Department of Psychology, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, Rio


Grande do Norte, Brazil.

³ Institute of Parasitology, McGill University, Montreal, Quebec, Canada.


4
Group of Studies and Researchof Performance, Sport, Healt and Paralympic Sports –
GEPEPS, Federal University of Sergipe, São Cristovão, Sergipe, Brazil.

Abstract
Objective: The aim of the present study was to verify the relationship between
sports practice and cognitive aspects and school performance, considering the
maturational stage. Methods: The sample consisted of 75 young people from 10
to 14 years old, both sexes, being divided into two groups: group I (Non-Sport)
who only practice physical education at school, and group II (Sport) who practiced
sports of initiation sports regularly, in addition to carrying out school physical
education. Inhibitory control was assessed by the Go / No Go Test and the 5-digit
Test (FDT). The maturational stage was determined by the bone age equation
and for school performance the average grade of the report card provided by the
schools. Results: There were no correlations between bone age and cognitive
tests with school performance assessed through the grade report (p> 0.05).
However, when observing the performance on cognitive tests between the
groups, it was observed that the group of sports practitioners obtained results
with lower amount of error in all phases of the FDT test (p <0.05) compared to
the group that did not. practicing sports, achieving even better performances in
the Go / No Go test [7.58 ± 0.14; p = 0.001], which therefore shows better
inhibitory control of the sports group. Conclusion: It was concluded that the
maturation observed through bone age, as well as the cognitive aspects did not
correlate with the school performance evaluated through the grades in the school
report. obtained better performance on cognitive tests than those who do not
practice sports.

Keywords: Cognitive, Sport, School, Executive Function, Bone Age.


58

INTRODUCTION
Children and adolescents are growing increasingly sedentary and with
poor living habits, impairing their physical and cognitive development(Hillman et
al., 2008). Because of that, it is necessary to introduce physical activity programs
in school environments, encouraging young people to acquire such a habit, since
the development of appropriate motor skills through movement experiences in
the early years of school can lead to greater motor skills and better cognitive
development, as well as increased involvement with a healthier and more active
lifestyle(De Marco et al., 2015).

Sports have beneficial effects on various mental health outcomes, and


regular participation in physical activity is linked to improved brain function and
cognition. (A. S. Singh, Uijtdewilligen, Twisk, Van Mechelen, & Paw, 2012). Some
studies have shown a positive relationship between time spent on physical
activity and physical inactivity when associated with school performance
(Haapala et al., 2017; Wittberg et al., 2009).Ruiz et al. (2006)showed that more
fit children have a higher efficiency in attentional resources when compared to
sedentary children. In contrast, Pestana et al. (2018) assesses that the
relationship of sport in the extracurricular context of the school can positively
influence education and human development and not necessarily school
performance.

Taking sports into consideration, results provide information regarding


which cognitive skills are important to perform certain tasks.(Fuentes et al., 2014).
Among these skills, inhibitory control stands out, which consists of the voluntary
suppression response to the ability to filter distractors and retain a defined
response(Bjorklund & Harnishfeger, 1995). Improvements in this function
correspond with the increase in meta-cognitive abilities as well as the maturation
of brain regions thought to underlie working memory and inhibitory control(Carver
et al., 2001; Zelazo et al., 1996).

The literature has shown that the learning capacity of an individual can
have interference with its development process (Oberer, Gashaj, &Roebers,
2018) cognitive and school performance. Thus, it becomes relevant to deepen
59

whether performing physical activities influences cognition, promoting good


academic results and taking into account that children and adolescents go
through different learning processes. Therefore, the present study aims to verify
the correlation of cognitive and maturational variables with school performance
in children who play sports and who do not play sports.

METHODS
The sample consisted of 75 volunteers of both sexes, aged 10 to 14 years,
divided into two groups: group I (Non-Sport) composed of 37 young people who
do not play sports, and group II (Sport) with 38 young people practicing sports of
initiation sport, besides performing the physical education school. All subjects
were inserted in public schools.

Two visits were made to the collection sites, the first to inform the
volunteers and their respective guardians about the research objectives and the
methodological procedures adopted in the study. On the second visit, after the
parents / guardians signed the Informed Consent Form, anthropometric
measurements and cognitive tests were performed, in this order, the latter being
applied by a professional psychologist in compliance with the requirements of the
Federal Council of Psychology.

The exclusion criteria adopted are the non-submission of duly signed


terms and school report cards from the year prior to the research, the
presentation of any physical or cognitive limitation that compromises the tests
and, for the sports group, the disconnection from sports practice. The research
was analyzed and approved by the Ethics and Research Committee - CEP of the
Federal University of Rio Grande do Norte (CAEE: 98795318.3.0000.5537;
Opinion: 3.390.644) according to Resolution 466/12 of the National Health
Council, on 12 / 12/2012, strictly respecting international ethical principles in the
Declaration of Helsinki (2000).

Protocols and instruments


Bone Age
60

The bone age protocol described by Cabral (2013) was used, where bone
age is defined from the following equation:
Bone age = -11,620 + 7,004 (height) + 1,226 (Dsex) + 0,749 (age) – 0,068 (Tr) +
0,214 (CAC) – 0,588 (HD) + 0,388 (FD).
height (m), for male Dsex = 0, for female Dsex = 1, chronological age in years, (Tr) triceps skinfold, (CAC)
corrected arm circumference, (HD) humerus diameter, (FD) femur diameter.

The chronological age was determined by the sum of the individual's


months of life, from their date of birth to the date of collection, divided by 12 (R.
M. Malina et al., 2009).
For anthropometric assessments: body mass was measured using a
Filizola® digital scale with capacity up to 150 kg and variation of 0.10 kg; For
height, the Sanny® stadiometer accurate to 0.1 mm will be used; skin folds
through a Sanny®adpometer; perimeter through the Sanny® anthropometric
tape; and Sanny® caliper for bone diameters. The protocol followed ISAK
(International Society of the Advancement of Kinanthropometry)(Marfell-Jones et
al., 2006).

Maturation stage determination

From this, the maturation component classified the individuals in delayed,


normal or accelerated maturational state, and this classification is determined by
subtracting the bony age of the individual in months, by their chronological age in
months. Performed the calculation, when the individual is between +1 and − 1 in
relation to the sum of months of chronological age is considered normal, above
+ 1 is considered accelerated and below − 1 is considered late in relation to his
chronological age(R M Malina & Bouchard, 2002).

Cognitive aspects
- Go/No Go Test: It is a subtest of the NEUPSILIN-Inf Battery (Brief Infant
Neuropsychological Assessment Instrument) (Salles et al., 2011). An audio
recording of 60 random numbers was presented to the child. She was told to say
“yes” to every number she heard except to number 8 when she was supposed to
be silent. Go/No Go is a paradigm that allows one to observe errors of omission
(when the participant does not respond when expected to do so) and commission
61

(when the patient responds when expected not to respond). (Gonçalves et al.,
2017).
- Five Digit Test (FDT): The FDT has four steps: read, count, choose, and
toggle. The Reading phase is the simplest and has digits in quantities that exactly
correspond to their values (ie one 1, two 2, three 3 ...), and in it the individual
must recognize and name one of the numbers.The Counting phase has groups
of one to five asterisks, and the individual must recognize the “set” and count the
number of existing asterisks. In the Choice phase the subject should inhibit the
reading of the numbers presented and say how many numbers there are in each
stimulus, presented this time incongruously (when the subject meets 2-2-2, must
say “three”, or when he finds 1-1-1-1, should say “four”).Finally, in the toggle
phase, one in five digit groups is delimited by a thicker border. In these stimuli,
the individual is ordered to alternate between two operations, counting 80% of
the items (as in choice), but breaking this routine in stimuli with the thicker edge,
and he should only read one of the numbers (as in reading)(Campos1 et al.,
2016).

School performance

School performance was assessed by analyzing the grades of each


student's report card, and the overall average of all subjects was made (Pestana,
de Carvalho, Menezes Nunes, da Silva Almeida, & Salvador, 2018).

Statistics
Data were normalized by the Kolmogorov-Smirnov statistical test.
Correlations were performed by Pearson's test. The magnitude of the results of
each correlation was determined by the scale proposed by Hopkins (2000): r <0.1
trivial; 0.1-0.3 small; 0.3-0.5 moderate; 0.5-0.7 strong; 0.7-0.9 very strong; 0.9-
0.99 almost perfect; and 1.0 perfect. Comparative analyzes between groups were
performed using Student's independent “T” test. The Effect Size was calculated
by Cohen's test (d). The magnitude of the Effect Size followed the classification
described by Espírito Santo & Daniel (2017): insignificant <0.19; small 0.20-0.49;
average 0.50-0.79; large 0.80-1.29; very large <1.30). All analyzes were
performed using the open source statistical software R (version 3.3.5), and the
significance level of p <0.05 was considered for all analyzes.
62

RESULTS

Table 1. Sample characterization.


GENERAL SPORT NON-SPORT
N° (%) 75 (100%) 38 (50,5%) 37 (49,5%)
MALE 36 (47,9%) 16 (43%) 20 (54%)
FEMALE 39 (52,1%) 22(57%) 17 (46%)
CI 11,7±1,24 12,5±1,18 10,9±0,66
BA 9,4±1,81 10,3±1,69 8,50±1,40
BM -2,28±1,16 -2,13±1,15 -2,43±1,17
Height (Cm) 147,7±17,87 153,5±8,34 141,7±22,6
CI = chronological age, BA = bone age, MB = biological maturation.

Table 1 shows the characterization of the sample, showing that, although


the subjects of the Sport group had a chronological age higher than the
individuals of the non-sport group (p = 0.04), the result of biological maturation
verified from the bone age in both groups the groups is similar (p = 0.7).

Table 2. Correlation of maturational variables and FDT test among young


practitioners and non-practitioners of sports.
Non-sport(r) p Sport (r) p
Maturation -0,15 0,3 -0,05 0,7
Bone Age -0,30 0,06 -0,23 0,1
FDT: Reading Time 0,17 0,3 -0,01 0,9
FDT: Reading Errors 0,007 0,9 0,13 0,4
FDT: Count Time 0,31 0,05 -0,01 0,9
FDT: ErrorCount 0,05 0,7 0,11 0,4
FDT: Choose Time 0,24 0,1 -0,15 0,3
FDT: ChooseErrors 0,23 0,1 0,18 0,2
FDT: Alternation Time 0,22 0,1 -0,05 0,7
FDT: SwitchoverErrors 0,13 0,4 0,19 0,2
FDT = Five Digit Test.

Table 2 shows results regarding the correlation of biological maturation


and bone age with performance on cognitive tests, in which no correlations were
found between the variables (p> 0.05).

It also reports the correlation of the FDT cognitive test and the average
scores of volunteers who practice sports as well as those who do not, showing
that, despite a low correlation between the variables, young people who practice
sports have shorter times in this test, that is, greater cognitive capacity for
automatic attention, processing speed, controlled attention and executive
63

attention, although this good performance in cognitive aspects was not reflected
in school report cards.

Figure 1. Comparison of the Go/No Go test with the Sport and Non Sport groups.

* Highest score.

Figure 1 shows the results of comparing the Go / No Go cognitive test with


the two groups measured above. There is also a significant result (Effect Size:
0.93; 95% CI: [0.45] [1.42]; p = 0.0001) for the sports group, showing that this
group had better control inhibitory.

Table 3. Comparison of the FDT test with the Sport and Non-Sport groups.
FDT Sports Non-Sport ES IC 95% P
Phases
RT 0,54 ± 0,05* 0,59 ± 0,10 -0,54 [-1,02] [0,07] 0,02
RE 0,027 ±0,16* 0,26 ± 0,53 -0,60 [-1,07] [-0,12] 0,01
CT 0,61 ± 0,05 0,64 ± 0,07 -0,45 [-0,91] [0,01] 0,05
CE 0,27 ± 0,73* 1,05 ± 1,98 -0,52 [-0,99] [-0,05] 0,02
CT 0,79 ± 0,08 0,82 ± 0,12 -0,25 [-0,72] [0,20] 0,2
CE 1,32 ± 0,70* 2,01 ± 0,82 0,90 [-1,38] [-0,41] 0,0002
TT 0,84 ± 0,09 0,88 ± 0,13 -0,36 [-0,83] [0,09] 0,1
ET 3,56 ± 2,29* 5,43 ± 3,34 -0,65 [-1,12] [0,17] 0,006
RT = Reading Time, RE = Reading Errors, CT = Count Time; CE = Count Errors, CT = Choose
Time, CE = Choose Errors, TT = Time Toggle, ET = Error Toggle. ES = Effect Size, 95% CI =
95% Confidence Interval. * = Less time and fewer errors.

Table 3 refers to the comparison of the FDT cognitive test with the two
groups evaluated. It is noticed that the Sport group had fewer errors in all phases
of the test, as well as better results for automatic attention measures and
processing speed, resulting in a statistically significant difference (p <0.05).
64

DISCUSSION

This research aimed to verify the relationship of sports practice with


cognitive aspects and school performance, considering the maturational stage of
young people. After analyzing the results, it can be seen that biological maturation
and bone age are not related to school performance verified through the grades
of the report, revealing that more mature young people will not have better grades
in school, as well as not having a better grade greater ability to
cognition.However, these findings contradict the results of Barrigas & Fragoso
(2012), who found an influence of maturational levels on overall academic
performance (boys with normal or advanced maturity showed higher results than
their peers with delayed maturity (p = 0.035; p = 0.014) and that women with
delayed and normal maturity presented higher results than those advanced in
mathematics (p = 0.012) and natural sciences (p = 0.022). What differentiates
this study reported from others published are the cognitive assessment methods,
the maturation test used and the deepening of the socioeconomic levels found in
the sample.

Considering the correlation of cognitive aspects with school performance,


no correlation was found when comparing young people who practice sports and
those who do not (p> 0.05), however, by highlighting the time variable in each
phase of the test. FDT, it is observed that obtained an inversely proportional
relationship in the Sport group, showing that the shorter the time of the test, the
higher the school grades. The study by Pestana et al. (2018) investigated the
relationship between sports practice and academic performance in athletes and
non-athletes and, despite having a different sample when compared to this
research, the findings corroborate such study, verifying that no differences were
found between these two variables for the level of education evaluated (p =
0.626).Positive results (Odds Ratio = 6.53; p = 0.046) were found for high school
students with regular physical activity and good motor conditioning. Such findings
may be justified by the immaturity of the prefrontal cortex - of the researched age
groups - responsible for metacognitive abilities.(Carver et al., 2001; Zelazo et al.,
1996).

When comparing the two groups studied with cognitive aspects, especially
inhibitory control, it was noted that the Sport group had better scores and fewer
65

errors in both tests, showing better results for measures of automatic attention,
processing speed, attention. controlled and executive attention (p <0.05).
Pestana et al. (2018) also found that sports practitioners, despite not having
shown better school performance, are 2.15 times more likely to achieve better
performance in the classroom when compared to inactive ones (p = 0.028).The
present study also meets the research by Haapala et al. (2017) which shows the
influence of physical activity on reading ability and such evidence may be justified
due to the fact that children who exercise more improve cognitive mechanisms,
such as the improvement in neuroelectric processes, increasing the volume of
blood flow to the brain more specifically for the hippocampus, developing
attention span and memory capacity(Donnelly et al., 2016).

Corroborating our findings, Simões (2017) also observed that practitioners


of sports activity obtained superior results of inhibitory control than non-practicing
subjects, because in addition to obtaining lower response time values, they
presented smaller amounts of errors. Sports that involve high demands on
cognitive ability may develop better inhibitory control, taking into account the
training environment, which is consistent, predictable and self-learning for
practitioners.(Wang et al., 2013).

From this, it is noted that students who play sports have higher cognitive
abilities, however, do not get good academic performance when they are
assessed, due to other factors that were not measured in this research. However,
the report card is still the criterion used to verify school performance, although it
is not sufficient to determine the cognitive aspects of each individual. According
to Menezes-Filho (2007), the differences in grades obtained represent 10 to 30%
of intellectual competence, but the remainder corresponds to what occurs within
the school, as individual characteristics of students and their families. Therefore,
it is important to realize the positive influence that sport has on such cognitive
skills, including inhibitory control, allowing the student to filter distractors and have
greater concentration in class. Another form of evaluation of school performance
is also suggested for future studies.

CONCLUSION
66

Therefore, it can be concluded that the maturation observed through bone


age, as well as the cognitive aspects did not correlate with the school
performance, however, when comparing the groups, it is observed that the
youngsters who practice sports had better performances in the cognitive tests.
Despite having greater cognitive ability in parameters such as inhibitory control,
sports practitioners showed results of school performance similar to non-
practitioners, suggesting that other aspects may be related to the school
performance of young people in this age group.

REFERÊNCIAS
Ardila, A., Rosselli, M., Matute, E., & Guajardo, S. (2005). The influence of the
parents’ educational level on the development of executive functions.
Developmental Neuropsychology, 28(1), 539–560.
Baddeley, A. (1992). Working memory. Science, 255(5044), 556–559.
Barrigas, C., & Fragoso, I. (2012). Maturidade, desempenho académico,
capacidade de raciocínio e estatuto sócio-económico em crianças de Lisboa
entre os 6 e os 13 anos de idade. Revista Portuguesa de Educação, 25(1),
193–215.
Bjorklund, D. F., & Harnishfeger, K. K. (1995). The evolution of inhibition
mechanisms and their role in human cognition and behavior. In Interference
and inhibition in cognition (pp. 141–173). Elsevier.
Bodrova, E., & Leong, D. J. (2006). Tools of the mind. Pearson Australia Pty
Limited.
Brown, S., Martinez, M. J., & Parsons, L. M. (2005). The neural basis of human
dance. Cerebral Cortex, 16(8), 1157–1167.
Buck, S. M., Hillman, C. H., & Castelli, D. M. (2008). The relation of aerobic fitness
to stroop task performance in preadolescent children. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 40(1), 166–172.
Cabral, B. G., Cabral, S. de A., Medeiros, R. M., Alcatara, T., & Dantas, P. M. S.
(2013). Relação da maturação com a antropometria e aptidão física na
iniciação desportiva. Motricidade, 9(4), 12–21.
Campos1, M. C., da Silva1, M. L., Florêncio1, N. C., & de Paula, J. J. (2016).
Confiabilidade do Teste dos Cinco Dígitos em adultos brasileiros. J Bras
Psiquiatr, 65(2), 135–139.
Capovilla, A. G. S., & Dias, N. M. (2008). Desenvolvimento de habilidades
atencionais em estudantes da 1a à 4a sério do ensino fundamental e relação
com rendimento escolar. Revista Psicopedagogia, 25(78), 198–211.
Carver, A. C., Livesey, D. J., & Charles, M. (2001). Age related changes in
inhibitory control as measured by stop signal task performance. International
67

Journal of Neuroscience, 107(1–2), 43–61.


Casey, B. J., Trainor, R. J., Orendi, J. L., Schubert, A. B., Nystrom, L. E., Giedd,
J. N., … Cohen, J. D. (1997). A developmental functional MRI study of
prefrontal activation during performance of a go-no-go task. Journal of
Cognitive Neuroscience, 9(6), 835–847.
Chaddock-Heyman, L., Erickson, K. I., Chappell, M. A., Johnson, C. L., Kienzler,
C., Knecht, A., … Kao, S.-C. (2016). Aerobic fitness is associated with
greater hippocampal cerebral blood flow in children. Developmental
Cognitive Neuroscience, 20, 52–58.
Chan, J. S. Y., Wong, A. C. N., Liu, Y., Yu, J., & Yan, J. H. (2011). Fencing
expertise and physical fitness enhance action inhibition. Psychology of Sport
and Exercise, 12(5), 509–514.
Contreras, O. R., La Torre, E., & Velázquez, R. I. (2001). Madrid, Espanha: Ed.
Síntesis.
Cutting, L. E., Materek, A., Cole, C. A. S., Levine, T. M., & Mahone, E. M. (2009).
Effects of fluency, oral language, and executive function on reading
comprehension performance. Annals of Dyslexia, 59(1), 34–54.
Cypel, S. (2006). O papel das funções executivas nos transtornos da
aprendizagem. Transtornos Da Aprendizagem–Abordagem Neurobiológica
e Multidisciplinar, 375–387.
de Cássia Martinelli, S., & Bartholomeu, D. (2007). Escala de motivação
acadêmica: uma medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliaçao
Psicologica: Interamerican Journal of Psychological Assessment, 6(1), 21–
31.
De Marco, A. C., Zeisel, S., & Odom, S. L. (2015). An evaluation of a program to
increase physical activity for young children in child care. Early Education
and Development, 26(1), 1–21.
Dempster, F. N. (1992). The rise and fall of the inhibitory mechanism: Toward a
unified theory of cognitive development and aging. Developmental Review,
12(1), 45–75.
Diamond, A. (1996). Evidence for the importance of dopamine for prefrontal
cortex functions early in life. Philosophical Transactions of the Royal Society
of London. Series B: Biological Sciences, 351(1346), 1483–1494.
Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual Review of Psychology, 64, 135–
168.
Donnelly, J. E., Hillman, C. H., Castelli, D., Etnier, J. L., Lee, S., Tomporowski,
P., … Szabo-Reed, A. N. (2016). Physical activity, fitness, cognitive function,
and academic achievement in children: a systematic review. Medicine and
Science in Sports and Exercise, 48(6), 1197.
Dowsett, S. M., & Livesey, D. J. (2000). The development of inhibitory control in
preschool children: Effects of “executive skills” training. Developmental
Psychobiology: The Journal of the International Society for Developmental
Psychobiology, 36(2), 161–174.
68

Dykeman, B. F. (1998). Historical and contemporary models of attention


processes with implications for learning. Education, 119(2), 359–360.
Ellis, B. J. (2004). Timing of pubertal maturation in girls: an integrated life history
approach. Psychological Bulletin, 130(6), 920.
Espírito Santo, H., & Daniel, F. (2017). Calcular E Apresentar Tamanhos Do
Efeito EM Trabalhos Científicos (1): As Limitações Do P< 0, 05 Na Análise
De Diferenças De Médias De Dois Grupos (Calculating and Reporting Effect
Sizes on Scientific Papers (1): P< 0.05 Limitations in the Analysis of Mean
Differences of Two Groups).
Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F., de Camargo, C. H. P., & Cosenza, R. M. (2014).
Neuropsicologia-: Teoria e Prática. Artmed Editora.
Gabarra, L. M., Rubio, K., & Ângelo, L. F. (2009). A Psicologia do Esporte na
iniciação esportiva infantil. Psicología Para América Latina, (18), 0.
Garon, N., Bryson, S. E., & Smith, I. M. (2008). Executive function in
preschoolers: a review using an integrative framework. Psychological
Bulletin, 134(1), 31.
Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2002). Cognitive neuroscience:
the biology of the mind. WW Norton & Company. Inc., New York.
Gazzaniga, M. S., Ivry, R. B., & Mangun, G. R. (2006). Neurociência cognitiva: a
biologia da mente. Artmed.
Gejl, A. K., Bugge, A., Ernst, M. T., Tarp, J., Hillman, C. H., Have, M., …
Andersen, L. B. (2018). The acute effects of short bouts of exercise on
inhibitory control in adolescents. Mental Health and Physical Activity, 15, 34–
39.
Gonçalves, H. A., Viapiana, V. F., Sartori, M. S., Giacomoni, C. H., Stein, L. M.,
& Fonseca, R. P. (2017). Funções executivas predizem o processamento de
habilidades básicas de leitura, escrita e matemática? Neuropsicologia
Latinoamericana, 9(3).
Haapala, E. A., Väistö, J., Lintu, N., Westgate, K., Ekelund, U., Poikkeus, A.-M.,
… Lakka, T. A. (2017). Physical activity and sedentary time in relation to
academic achievement in children. Journal of Science and Medicine in Sport,
20(6), 583–589.
Harnishfeger, K. K., & Bjorklund, D. F. (1993). The ontogeny of inhibition
mechanisms: A renewed approach to cognitive development. In Emerging
themes in cognitive development (pp. 28–49). Springer.
Herting, M. M., Colby, J. B., Sowell, E. R., & Nagel, B. J. (2014). White matter
connectivity and aerobic fitness in male adolescents. Developmental
Cognitive Neuroscience, 7, 65–75.
Hillman, C. H., Erickson, K. I., & Kramer, A. F. (2008). Be smart, exercise your
heart: exercise effects on brain and cognition. Nature Reviews
Neuroscience, 9(1), 58.
HOFFMANN, J. (2004). Avaliar para promover: as setas do caminho. 5a. Edição.
69

Porto Alegre: Mediação.


Hopkins, W. G. (2000). Measures of reliability in sports medicine and science.
Sports Medicine, 30(1), 1–15.
Horne, J., & Whannel, G. (2016). Understanding the olympics. Routledge.
Johnson, S. B., Blum, R. W., & Giedd, J. N. (2009). Adolescent maturity and the
brain: the promise and pitfalls of neuroscience research in adolescent health
policy. Journal of Adolescent Health, 45(3), 216–221.
Karande, S., & Kulkarni, M. (2005). Poor school performance. The Indian Journal
of Pediatrics, 72(11), 961–967.
Khan, N. A., & Hillman, C. H. (2014). The relation of childhood physical activity
and aerobic fitness to brain function and cognition: a review. Pediatric
Exercise Science, 26(2), 138–146.
Kramer, A. F., Hahn, S., Cohen, N. J., Banich, M. T., McAuley, E., Harrison, C.
R., … Boileau, R. A. (1999). Ageing, fitness and neurocognitive function.
Nature, 400(6743), 418.
Lettnin, C. da C. (2005). Esporte escolar: razão e significados.
Lezak, M. D., Howieson, D. B., Loring, D. W., & Fischer, J. S. (2004).
Neuropsychological assessment. Oxford University Press, USA.
Lima, R. F. de, Azoni, C. A. S., & Ciasca, S. M. (2011). Attentional performance
and executive functions in children with learning difficulties. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 24(4), 685–691.
Lima, R. F. de, Travaini, P. P., & Ciasca, S. M. (2009). Amostra de desempenho
de estudantes do ensino fundamental em testes de atenção e funções
executivas. Revista Psicopedagogia, 26(80), 188–199.
Linhares, R. V., Matta, M. de O., Lima, J. R. P., Dantas, P. M. S., Costa, M. B., &
Fernandes Filho, J. (2009). Effects of sexual maturation on body
composition, dermatoglyphics, somatotype and basic physical qualities of
adolescents. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 53(1),
47–54.
Lipina, S., Segretin, S., Hermida, J., Prats, L., Fracchia, C., Camelo, J. L., &
Colombo, J. (2013). Linking childhood poverty and cognition: Environmental
mediators of non‐verbal executive control in an Argentine sample.
Developmental Science, 16(5), 697–707.
Luckesi, C. C. (2002). Avaliação da aprendizagem na escola e a questão das
representações sociais. Eccos Revista Científica, 4(2), 79–88.
Ludyga, S., Gerber, M., Brand, S., Holsboer‐Trachsler, E., & Pühse, U. (2016).
Acute effects of moderate aerobic exercise on specific aspects of executive
function in different age and fitness groups: A meta‐analysis.
Psychophysiology, 53(11), 1611–1626.
Malina, R. M., & Bouchard, C. (2002). Moldelos e métodos para o estudo da
composição corporal. Atividade Física Do Jovem Ao Atleta: Do Crescimento
70

a Maturação. São Paulo: Editora Roca, 83–95.


Malina, R. M., Bouchard, C., & Bar-Or, O. (2009). Crescimento, maturação e
atividade física. São Paulo: Phorte.
Malina, R. M., & Katzmarzyk, P. T. (2006). Physical activity and fitness in an
international growth standard for preadolescent and adolescent children.
Food and Nutrition Bulletin, 27(4_suppl5), S295–S313.
Malloy-Diniz, L. F., Paula, J. J. de, Loschiavo-Alvares, F. Q., Fuentes, D., & Leite,
W. B. (2010). Exame das funções executivas. Avaliação Neuropsicológica.
Porto Alegre: Artmed, 94–113.
Malloy-Diniz, L. F., Sedo, M., Fuentes, D., & Leite, W. B. (2008). Neuropsicologia
das funções executivas. Neuropsicologia: Teoria e Prática. Porto Alegre:
Artmed, 187.
Marfell-Jones, M., Olds, T., Stewart, A., & Carter, L. (2006). International
standards for anthropometric assessment-ISAK. South Africa:
Potchefstroom.
Matsudo, V. K. R., Oliveira, L. C. de, & Araújo, T. L. de. (2007). Há ciência na
detecção de talentos? Diagn. Tratamento, 12(4).
Menezes-Filho, N. A. (2007). Os determinantes do desempenho escolar do
Brasil. IFB.
Mohamed, H., Vaeyens, R., Matthys, S., Multael, M., Lefevre, J., Lenoir, M., &
Philippaerts, R. (2009). Anthropometric and performance measures for the
development of a talent detection and identification model in youth handball.
Journal of Sports Sciences, 27(3), 257–266.
Molina, R. M. K., Oliveira, L., & da Silveira, F. V. (2004). Celebração e
transgressão: a representação do esporte na adolescência. Revista
Brasileira de Educação Física e Esporte, 18(2), 125–136.
Mourão-Júnior, C. A., & Melo, L. B. R. (2011). Integração de Três Conceitos.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(3), 309–314.
Oberer, N., Gashaj, V., & Roebers, C. M. (2018). Executive functions, visual-
motor coordination, physical fitness and academic achievement:
Longitudinal relations in typically developing children. Human Movement
Science, 58, 69–79.
Papazian, O., Alfonso, I., & Luzondo, R. J. (2006). Trastornos de las funciones
ejecutivas. Revista de Neurología, 42(3), 45–50.
Passler, M. A., Isaac, W., & Hynd, G. W. (1985). Neuropsychological
development of behavior attributed to frontal lobe functioning in children.
Developmental Neuropsychology, 1(4), 349–370.
Penedo, F. J., & Dahn, J. R. (2005). Exercise and well-being: a review of mental
and physical health benefits associated with physical activity. Current
Opinion in Psychiatry, 18(2), 189–193.
Pestana, E. R., de Carvalho, W. R. G., de Menezes Nunes, L. A., da Silva
Almeida, F. de A., & Salvador, E. P. (2018). Sports practice and factors
71

associated with school performance in grade and high school: comparison


between athletes and non-athletes. Sport Sciences for Health, 14(3), 639–
644.
Pliszka, S. R. (2004). Neurociência para o clínico de saúde mental. Artmed
Editora.
Pontifex, M. B., Hillman, C. H., Fernhall, B. O., Thompson, K. M., & Valentini, T.
A. (2009). The effect of acute aerobic and resistance exercise on working
memory. Medicine & Science in Sports & Exercise, 41(4), 927–934.
Ré, A. H. N. (2011). Crescimento, maturação e desenvolvimento na infância e
adolescência: Implicações para o esporte. Motricidade, 7(3), 55–67.
Ribeiro, I. S., Almeida, L. S., & Gomes, C. (2006). Conhecimentos prévios,
sucesso escolar e trajectórias de aprendizagem: Do 1o para o 2o ciclo do
ensino básico. Avaliação Psicológica, 5(2), 127–133.
Rubio, K. (2001). O atleta e o mito do herói: o imaginário esportivo
contemporâneo. Casa do Psicólogo.
Rubio, K. (2002). O trabalho do atleta e a produção do espetáculo esportivo.
Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y Ciências Sociales, 6.
Ruiz, J. R., Rizzo, N. S., Hurtig-Wennlöf, A., Ortega, F. B., W àrnberg, J., &
Sjöström, M. (2006). Relations of total physical activity and intensity to fitness
and fatness in children: the European Youth Heart Study–. The American
Journal of Clinical Nutrition, 84(2), 299–303.
Salles, J. F. de, Fonseca, R. P., Rodrigues, C. C., Mello, C. B. de, Barbosa, T.,
& Miranda, M. C. (2011). Desenvolvimento do instrumento de avaliação
neuropsicológica breve infantil NEUPSILIN-INF. PsicoUSF. Bragança
Paulista, SP. Vol. 16, n. 3 (Set./Dez. 2011), p. 297-305.
Sánchez, D. B., & Ramírez, F. A. (1995). La iniciación deportiva y el deporte
escolar. Inde.
Santos, A. L. dos, & Simões, A. C. (2007). A influência da participação de alunos
em práticas esportivas escolares na percepção do clima ambiental da
escola. Revista Portuguesa de Ciências Do Desporto, 7(1), 26–35.
Schäfer, S., Huxhold, O., & Lindenberger, U. (2006). Healthy mind in healthy
body? A review of sensorimotor–cognitive interdependencies in old age.
European Review of Aging and Physical Activity, 3(2), 45.
Seabra, A. G., & Dias, N. M. (2012). Reconhecimento de palavras e
compreensão de leitura: dissociação e habilidades linguístico-mnemônicas
preditoras. Revista Neuropsicologia Latinoamericana, 4(1), 43–56.
Silva, M. L., & Rubio, K. (2003). Superação no esporte: limites individuais ou
sociais. Revista Portuguesa de Ciências Do Desporto, 3(3), 69–76.
Simões, T. B. dos S. (2017). Marcadores cognitivos e prática esportiva em jovens
de 10 a 13 anos nos diferentes estágios maturacionais. Brasil.
Singh, A. S., Uijtdewilligen, L., Twisk, J. W. R., Van Mechelen, W., & Paw, C. A.
(2012). Physical activity and performance at school. In INTERNATIONAL
72

JOURNAL OF BEHAVIORAL MEDICINE (Vol. 19, pp. S237–S238).


SPRINGER 233 SPRING ST, NEW YORK, NY 10013 USA.
Singh, A., Uijtdewilligen, L., Twisk, J. W. R., Van Mechelen, W., & Chinapaw, M.
J. M. (2012). Physical activity and performance at school: a systematic
review of the literature including a methodological quality assessment.
Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 166(1), 49–55.
Thomas, J. R., Nelson, J. K., & Silverman, S. J. (2009). Métodos de pesquisa em
atividade física. Artmed Editora.
Tsai, C.-L. (2009). The effectiveness of exercise intervention on inhibitory control
in children with developmental coordination disorder: Using a visuospatial
attention paradigm as a model. Research in Developmental Disabilities,
30(6), 1268–1280.
Tubino, M. J. G. (1992). Dimensões sociais do esporte. Cortez Editora.
Uehara, E., Charchat-Fichman, H., & Landeira-Fernandez, J. (2013). Funções
executivas: Um retrato integrativo dos principais modelos e teorias desse
conceito. Neuropsicologia Latinoamericana, 5(3).
Uehara, E., & Landeira-Fernandez, J. (2010). Um panorama sobre o
desenvolvimento da memória de trabalho e seus prejuízos no aprendizado
escolar. Ciências & Cognição, 15(2).
Valentini, N. C. (2002). A influência de uma intervenção motora no desempenho
motor e na percepção de competência de crianças com atrasos motores.
Revista Paulista de Educação Física, 16(1), 61–75.
van der Sluis, S., de Jong, P. F., & van der Leij, A. (2007). Executive functioning
in children, and its relations with reasoning, reading, and arithmetic.
Intelligence, 35(5), 427–449.
Verburgh, L., Königs, M., Scherder, E. J. A., & Oosterlaan, J. (2014). Physical
exercise and executive functions in preadolescent children, adolescents and
young adults: a meta-analysis. Br J Sports Med, 48(12), 973–979.
Wang, C.-H., Chang, C.-C., Liang, Y.-M., Shih, C.-M., Chiu, W.-S., Tseng, P., …
Juan, C.-H. (2013). Open vs. closed skill sports and the modulation of
inhibitory control. PloS One, 8(2), e55773.
Wittberg, R. A., Northrup, K. L., & Cottrel, L. (2009). Children’s physical fitness
and academic performance. American Journal of Health Education, 40(1),
30–36.
Zelazo, P. D., Frye, D., & Rapus, T. (1996). An age-related dissociation between
knowing rules and using them. Cognitive Development, 11(1), 37–63.
Zorza, J. P., Marino, J., & Mesas, A. A. (2016). Executive functions as predictors
of school performance and social relationships: primary and secondary
school students. The Spanish Journal of Psychology, 19.

Você também pode gostar