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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
CUIABÁ
2020
1
ROSIMEIRE DE MORAES AMORIM
CUIABÁ
2020
2
3
4
5
DEDICATÓRIA
6
AGRADECIMENTOS
7
pertencimento que muitas mulheres sentem na pesquisa. Hoje por compreender que
aqui pode ser o meu lugar, nunca pararei de lutar por ele. Gratidão!
Aos professores (as) da minha banca, Dra. Juliane Callegaro Borsa, Dr.
Renan Pereira Monteiro e Dra. Rita Eliana Masaro, por aceitaram participar desse
momento tão importante da minha vida acadêmica, por cederem parte do precioso
tempo de vocês e pelas brilhantes considerações que guiaram a confecção final deste
trabalho até aqui. Obrigada!
As instituições escolares, APAE – Cuiabá MT e a Escola Estadual Leovegildo
de Melo que viabilizaram a realização deste trabalho sempre de forma acolhedora.
As participantes da pesquisa, Dra. Adriana Nobre de Paula Simão, Dra.
Carolina Rosa Campos e a Dra. Karina da Silva Oliveira que gentilmente
contribuíram com seus conhecimentos como juízas. E aos pais das crianças e
adolescentes. Sem a participação de todos vocês, não teríamos conseguido chegar
aos objetivos da pesquisa.
Ao programa de pós-graduação do mestrado em psicologia (PPGPSI) da
UFMT, pela oportunidade de pertencer ao universo acadêmico. Obrigada por ter nos
dado suporte, orientação e atenção. O programa foi comprometido, organizado e
responsável, e nesse sentido, facilitou a nossa trajetória acadêmica. Meu muito
obrigada em nome da turma.
A todos os professores do PPGPSI que de forma direta e/ou indireta sempre
estiveram disponíveis para contribuir com esse trabalho e com a nossa turma. Vocês
são exemplos de como a docência vai além do ensinar. Obrigada!
A todos os colegas do mestrado, em especial aos pertencentes ao laboratório
de avaliação psicológica da UFMT, por me darem força, pelo companheirismo e
pelas trocas de conhecimentos.
A minha amiga Tânia Mara Busetto, que contribuiu de forma significativa a
esse trabalho. Obrigada pela oportunidade de compartilhar com você os importantes
momentos desta construção e de poder dividir as angústias, medos, e também as
conquistas. Por toda ajuda, pela parceria e afeto. Gratidão!
8
A meu amigo Guilherme Tomas de Santana Junior, que foi mais que um líder
para a turma do mestrado (2018-2020), ele foi um amigo dedicado e prestativo. Não
me esquecerei das incansáveis vezes em que sanou nossas dúvidas, das vezes que
nos tranquilizou e que se disponibilizou a ajudar a turma. Vou levá-lo em meu coração,
como exemplo de liderança e de como ser um ser humano incrível nessa vida tão
competitiva. Obrigada Gui.
A todos os meus familiares e amigos(as) que conquistei durante toda a minha
vida. A energia positiva de vocês em forma de apoio e torcida para que tudo desse
certo, foi combustível para eu continuar lutando pelos meus sonhos. Muito obrigada!
9
“A vida tinha tantas cores através dos olhos dela.
Isso coloriu o meu mundo
para sempre. ”
Anne With an E
10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................16
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................18
1.4.1 Procedimentos.......................................................................................................23
2. OBJETIVOS................................................................................................................39
3.HIPÓTESE DE ESTUDO..............................................................................................40
4. MÉTODO.....................................................................................................................42
4.1.1 Participantes...................................................................................................... 42
4.1.4 Instrumentos......................................................................................................43
4.1.5 Procedimentos...................................................................................................45
4.2.1 Participantes...................................................................................................... 46
4.2.5 Procedimentos...................................................................................................49
4.3.1 Participantes.......................................................................................................51
4.3.3 Instrumentos.......................................................................................................52
4.3.4 Procedimentos...................................................................................................53
5.RESULTADOS ............................................................................................................56
6. DISCUSSÃO................................................................................................................66
7.CONSIDERAÇOES FINAIS.........................................................................................73
8. REFERENCIAS...........................................................................................................75
ANEXOS..........................................................................................................................81
13
RESUMO
O Child Behavior Checklist for Ages 6-18 (CBCL) visa avaliar problemas de comportamento e
competência social de crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, a partir das informações
fornecidas pelos pais. O instrumento identifica síndromes como: a ansiedade/depressão,
queixas somáticas, problemas de atenção, comportamento agressivo, problemas sociais,
problemas de pensamento e violação de regras. Os estudos empíricos sobre evidências de
validade e precisão do instrumento no Brasil são esporádicos, com resultados variáveis, e
ainda sem uma determinada organização atual que aponte sua eficácia avaliativa, nem
mesmo sua normatização. A partir dessa demanda, esse trabalho teve como objetivo
investigar as evidências de validade desse instrumento. Especificamente, estudo de validade
de conteúdo, validade baseada nas variáveis externas (critério), da estrutura interna e a
precisão. Foram investigados três grupos de participantes: (1) três juízas especialistas na área
de Desenvolvimento Humano e Psicopatologia Infantil; (2) 94 pais de crianças e adolescentes
com idades entre seis e 18 anos. Tal amostra foi dividida em dois grupos: (a) pais de crianças
e adolescentes sem queixas de comportamentos (GSQ); e (b) pais de crianças e adolescentes
com deficiência intelectual (GDI). (3) 202 pais de crianças e adolescentes com idades entre
seis e 18 anos. De acordo com os procedimentos aplicados, o segundo e o terceiro grupo
foram buscados nas seguintes instituições: Escola Estadual de Mato Grosso, Associação de
Pais e amigos dos Excepcionais (APAE). Para o estudo que investigou evidências de validade
baseadas no conteúdo foi utilizado o primeiro grupo, ao qual foram enviados os protocolos
para avaliação do CBCL e foram realizadas as análises dos dados para concordância entre
eles por meio do teste estatístico Kappa de Fleiss (k). Já o que buscou investigar a validade
de critério, ou seja, se o CBCL seria capaz de identificar determinados grupos, no caso
crianças com diagnóstico de Deficiência Intelectual, foi utilizado o “teste t” e para essa análise
foram realizadas comparações entre os GSQ e o GDI. No estudo das evidências de validade
baseada na estrutura interna, envolveu a Análise Fatorial Confirmatória, para confirmar ou
não a estrutura fatorial proposta internacionalmente para o teste. Por sua vez, o estudo de
precisão utilizou a análise de consistência interna, a qual realizou o teste estatístico Alpha de
Cronbach e Ômega de MdDonald para o total do teste e cada um dos fatores. E os resultados
da pesquisa apontaram que, a validade de conteúdo foi encontrada para a maioria dos itens.
Contudo, acredita-se que é recomendável que os itens ainda sejam avaliados por mais
especialistas, ou seja, com o aumento da amostra de juízes especialistas da área e que seja
necessária a revisão dos itens principalmente quanto às suas representações teóricas. A
evidência de validade de critério foi encontrada, pois houve pior desempenho do grupo com
filhos com DI na maioria das escalas (sete das nove escalas). Mesmo assim, há necessidade
de amostras maiores, que inclusive controlem o nível da Deficiência Intelectual, para que haja
maiores seguranças na generalização dos dados clínicos. Em relação às evidências de
validades da estrutura interna da CBCL por meio da Análise Fatorial Confirmatória, não foram
identificados modelos aceitáveis de acordo com os fatores propostos no instrumento. Sugere-
se que é preciso a identificação consistente de suas bases teóricas, bem como a revisão e
correção do modelo para obter resultados consideráveis. Quanto à precisão da CBCL, os
resultados apontaram que para todos os fatores obteve-se valores de consistência interna
considerados bons. Portanto, é visto que ainda é necessário conduzir novos estudos para
avaliar as propriedades psicométricas da CBCL. Porém os resultados aqui encontrados,
apesar de breves, são de extrema valia para que haja tal reconhecimento.
14
ABSTRACT
The Child Behavior Checklist for Ages 6-18 (CBCL) aims to evaluate behavior and social
competence problems of children and adolescents aged 6 to 18 years, from information
provided by parents. The instrument identifies syndromes such as anxiety/depression, somatic
complaints, attention problems, aggressive behavior, social problems, thought problems and
rule violations. Empirical studies on evidence of validity and accuracy of the instrument in Brazil
are sporadic, with variable results, and still without a determined current organization that
points to its evaluative efficacy, not even its standardization. Based on this demand, this study
aimed to investigate the evidence of validity of this instrument. Specifically, content validity
study, validity based on external variables (criterion), internal structure and accuracy. Three
groups of participants were investigated: (1) three expert judges in the area of Human
Development and Child Psychopathology; (2) 94 parents of children and adolescents aged
between six and 18 years. This sample was divided into two groups: (a) parents of children
and adolescents without behavioral complaints (GSQ); and (b) parents of children and
adolescents with intellectual disability (GDI). (3) 202 parents of children and adolescents aged
between six and 18. According to the procedures applied, the second and third groups were
searched in the following institutions: Mato Grosso State School, Parents' Association and
friends of the Exceptional (APAE). For the study that investigated content-based validity
evidence, the first group was used, to which the protocols for CBCL evaluation were sent and
the data analyses were performed to agree between them by means of the Kappa de Fleiss
statistical test (k). On the other hand, what sought to investigate the criterion validity, that is, if
the CBCL would be able to identify certain groups, in the case of children diagnosed with
Intellectual Disability, the "t-test" was used and for this analysis comparisons were made
between the GSQ and the GDI. In the study of the evidence of validity based on the internal
structure, it involved the Confirmatory Factor Analysis, to confirm or not the factor structure
proposed internationally for the test. In turn, the precision study used the internal consistency
analysis, which performed the Cronbach’s Alpha and Mddonald’s Omega test for the total test
and each of the factors. And the research results pointed out that, content validity was found
for most items. However, it is believed that it is recommended that the items are still evaluated
by more specialists, that is, with the increase of the sample of judges experts in the area and
that it is necessary to review the items mainly as to their theoretical representations. Evidence
of criterion validity was found, as there was worse performance of the group with children with
DI in most scales(seven of the nine scales). Even so, there is a need for larger samples, which
also control the level of Intellectual Disability, so that there is greater security in the
generalization of clinical data. Regarding the evidences of validates of the internal structure of
the CBCL by means of the Confirmatory Factor Analysis, acceptable models were not identified
according to the factors proposed in the instrument. It is suggested that a consistent
identification of its theoretical bases is necessary, as well as the revision and correction of the
model to obtain considerable results. Regarding the accuracy of CBCL, the results pointed out
that for all factors, internal consistency values were considered good. Therefore, it is seen
thatit is still necessary to conduct new studies to evaluate the psychometric properties of
CBCL. However, the results found here, although brief, are of great value for such recognition.
15
INTRODUÇÃO
O Child Behavior Checklist (CBCL) foi desenvolvido no ano de 1981, nos Estados
Unidos pelo psiquiatra Thomas Achenbach. A versão brasileira do CBCL é
denominada “Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência” (DUARTE;
BORDIN, 2000). É um questionário que avalia competência social e problemas de
comportamento em crianças e adolescentes por meio do relato dos pais
(ACHENBACH; RESCORLA, 2001).
Segundo Achenbach (2001), o CBCL é um dos instrumentos mais utilizados em
multiculturas para identificar problemas de saúde mental em crianças e adolescentes
e já foi traduzido para 55 idiomas. O princípio de construção do CBCL foi totalmente
empírico, baseado em tratamento estatístico (principalmente Análise Fatorial) de uma
lista de queixas comportamentais frequentemente presentes em prontuários médicos.
As primeiras versões do CBCL que foram desenvolvidas sofreram modificações
ao longo do tempo. O CBCL para pais de 5crianças de dois a três anos de idade foi
desenvolvido em 1982 e foi modificado para avaliação de crianças de 1 ano e meio a
05 anos de idade no ano de 2000. Houve também uma versão do CBCL para pais de
crianças de 4 a 18 anos, desenvolvido em 1983, que foi modificado para o CBCL de
6 a 18 anos de idade, no ano de 2001. Atualmente, o CBCL está disponível em dois
formatos: CBCL para crianças de 1 ano e meio a 5 anos pré-escolares (CBCL 1½-5)
e o CBCL de 6 anos a 18 anos para escolares (CBCL/6-18) (ACHENBACH, 2001).
A versão para pré-escolares é composta de 99 itens e avalia as seguintes
síndromes: Reatividade Emocional, Ansiedade/Depressão, Queixas Somáticas,
Problemas de Atenção, Comportamento Agressivo e Problemas de Sono
(ACHENBACH, 2001; MOURA et al., 2010). A versão para escolares é um
questionário composto de 138 itens, dos quais 20 avaliam a competência social e 118
avaliam os problemas de comportamento (ACHENBACH, 1991; BANDEIRA et al.,
2010, BORDIN et al., 1995; SILVARES et al., 2006). No entanto, as quantidades dos
itens do questionário presente no crivo de correção do CBCL 6/18 (ACHENBACH,
2001), são equivalentes ao total de 136 itens, dos quais 16 itens avaliam a
competência social e 120 itens avaliam os problemas de comportamento, esses dados
serão explanados no decorrer desse estudo. O presente estudo investigará essa
16
última versão, logo quando a sigla “CBCL” for utilizada novamente, a referência será
a ela, quando não, será utilizada a “CBCL 1½-5”.
Os estudos empíricos sobre evidências de validade e precisão do instrumento
no Brasil são esporádicos; mostram-se incipientes, com resultados variáveis, e ainda
sem uma determinada organização atual que aponte sua eficácia avaliativa, nem
mesmo sua normatização. A partir dessa demanda, esse trabalho teve a finalidade de
investigar as evidências de validade desse instrumento e sua precisão. Dentre tais
evidências estiveram a de validade baseada no conteúdo, nas relações com variáveis
externas, na estrutura interna, bem como também a precisão.
Ressalta-se que esse estudo não visa a publicação do instrumento em uma
nova versão, com os estudos que forem realizados, tendo em vista que a autora dessa
dissertação reconhece os direitos autorias da ASEBA, que já comercializa o
instrumento no Brasil. Inclusive, não se trata de uma pesquisa solicitada por essa
empresa, apesar de ter sido autorizada por seus representantes no país. Considera-
se apenas como um estudo exploratório de como o teste tem funcionado em nossa
população.
17
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
18
identificados nove perfis sindrômicos, que pertencem a escala de problemas de
comportamentos internalizantes e externalizantes e outros problemas (ACHENBACH;
EDELBROCK, 1983). Em seguida, o autor revisou novamente a escala e modificou
suas tabelas de correção, que passaram a ser calculadas em quatro grupos
populacionais, divididos por sexo e duas faixas etárias: quatro-11 anos e 12-18 anos.
Tais mudanças atingiram especificamente as síndromes do perfil comportamental
(ACHENBACH, 1991).
A construção das escalas de competência social, foi realizada por meio de
levantamento da literatura a respeito de índices de competência social em crianças e
adolescentes e posteriormente testado junto aos pais. Por meio das análises
realizadas a partir desse estudo, o autor optou por subdividir os itens em três áreas:
atividades, competência social e performance acadêmica (ACHENBACH;
EDELBROCK, 1983, BORDIN, 2015).
Na seção de perfil de comportamento do CBCL 6/18 os itens podem ser
pontuados como zero (não verdadeiro), um (um pouco verdadeiro ou às vezes
verdadeiro) ou dois (muito verdadeiro ou frequentemente verdadeiro). Eles compõem
oito fatores ou síndromes e também, para uma outra escala chamada, outros
problemas, totalizando nove. Os nomes dados a essas síndromes refletem o conteúdo
de seus itens e foram escolhidos a partir de um vocabulário familiar para facilitar a
comunicação entre profissionais de saúde mental e outros usuários do
questionário. Estas são síndromes derivadas empiricamente identificadas por análise
fatorial, e não deve ser usado como diagnóstico psiquiátrico (BORDIN et al., 2013).
Para o instrumento CBCL, os escores brutos são transformados em escores
T, que indicam se os indivíduos apresentam comportamentos desviantes ou
competências deficientes em relação às normas para idade e sexo. Os pontos de corte
do T para as escalas determinam o grau de desvio da normalidade, categorizando os
comportamentos das crianças como clínicos, limítrofes ou não clínicos. A categoria
clínica corresponde a escores baixos, enquanto o oposto se aplica à categoria não
clínica. A categoria limítrofe abrange uma faixa intermediária de escores T que indica
a necessidade de acompanhamento da criança ou adolescente para identificar um
possível aumento nos sintomas e / ou diminuição da competência ao longo do tempo
(BORDIN et al., 2013).
19
1.2 CBCL: itens
20
Figura 1. Dimensões, escalas específicas e números de itens que formam a estrutura
do CBCL.
Competência Social
Queixas / Somáticas
Problemas Sociais
Performance Acadêmica
Problemas de Atenção
Isolamento / Depressão
Problemas de Pensamento
Ansiedade / Depressão
Comportamento Agressivo
/ Delinquência
21
APA; NCME, 2014). A classificação mais recente indica cinco tipos de
investigações/evidências de validade: a) evidências baseadas no conteúdo, que
informam se a amostra dos itens que compõem o teste é abrangente e representam
os aspectos que se pretende avaliar; b) evidências baseadas no processo da
resposta, que levantam dados sobre os processos mentais envolvidos na execução
da atividade proposta pelo teste; c) evidências baseadas na estrutura interna que
pesquisam as estruturas de correlações entre os itens, se estão avaliando o mesmo
construto; d) evidências baseadas nas relações com variáveis externas, que levantam
dados sobre os padrões de correlação entre os escores do teste e outras variáveis
medindo o mesmo construto ou construtos relacionados (convergência), e com
variáveis medindo construtos diferentes (divergência). Também pesquisam
indicadores sobre a capacidade preditiva do teste de outros fatos de interesse direto
(critérios externos) que possuem importância por si só e associam-se ao propósito
direto do uso do teste; e) evidências baseadas nas consequências da testagem que
analisam as consequências sociais do uso do teste, com observância aos objetivos
para os quais ele foi construído (APA; AERA; NCME, 2014).
Por sua vez, de acordo com Pasquali (2009), a precisão de um teste diz respeito
à capacidade do teste medir sem erros, o que significa dizer que o mesmo teste,
medindo os mesmos sujeitos em ocasiões diferentes, ou testes equivalentes,
produzem resultados iguais, isto é, que a correlação entre estas duas medidas deve
ser 1 ou muito próximas a esse valor. Em qualquer medida poderá conter erro e quanto
maior for o erro cometido na medida, mais a correlação se afasta do 1. A análise da
precisão de um instrumento psicológico visa mostrar o quanto ele se afasta do ideal
da correlação 1, determinando um coeficiente que, quanto mais próximo de 1, menos
erro o teste comete ao ser utilizado. A Consistência Interna é uma das formas de se
obter a precisão. Ela consiste em indicar o grau ao qual as pontuações nos itens
individuais de uma escala se correlacionam um com o outro.
De forma geral, verifica-se que os estudos empíricos sobre evidências de
validade e precisão do CBCL no Brasil são esporádicos, com resultados variáveis, e
ainda sem uma determinada organização atual que aponte sua eficácia avaliativa. É
um instrumento que tem sido extensivamente utilizado em pesquisas na área, mas
sem um montante de evidências de validade e de precisão suficientes. Desse modo,
buscou-se em algumas bases de dados eletrônicas identificar evidências de sua
22
validade e sua precisão já identificadas para a nossa população. Desde já, se faz
mister salientar que após leitura do manual que é comercializado no Brasil
(ACHENBACH, 2001), verificou-se que nele não foram encontrados estudos desse
porte e isso também motivou essa revisão da literatura.
1.4.1 Procedimentos
23
inclusão o seguinte procedimento: mesmo que determinada pesquisa não tivesse
abordado diretamente que seu objetivo havia sido de identificar evidências de validade
e/ou de precisão, mas os pesquisadores considerassem que sim, o estudo era incluído
também. Por exemplo, encontrou-se inúmeras publicações que objetivaram a
comparação de determinados grupos clínicos, dessa forma, considerou-se que tal
metodologia indicaria uma evidência de validade de critério para o instrumento (AERA;
APA; NCME, 2014).
O único critério de exclusão adotado, que foi administrado anteriormente a
aplicação do último critério de inclusão, foi o da publicação estar repetida entre as
bases de dados, já tendo sido encontrada anteriormente. Em seguida, foram aferidas
as seguintes categorias de análise: ano de publicação, local de publicação, objetivo
do estudo, autoria(s) e métodos utilizados.
Os artigos e dissertações encontrados e selecionados segundo base de
dados, descritores, critério de inclusão e de exclusão estão evidenciados no Quadro
1.
Quadro 1. Artigos e dissertações encontrados e selecionados segundo base de dados, descritores, critério de
inclusão e de exclusão, para os dados coletados na língua portuguesa e inglesa. Novembro, 2019.
Encontrados - Excluídos
Selecionados Selecionados
cruzamento devido
Base Descritores após critérios após leitura
dos repetição
de inclusão seletiva
descritores nas bases
Literatura Latino- CBCL AND
Americana e do Validade AND
96 90 28 03
Caribe em Ciências Validade do
da Saúde (LILACS) CBCL
Coordenação de
CBCL AND
Aperfeiçoamento de
Validade AND
Pessoal de Nível 150 135 90 03
Validade do
Superior
CBCL
(CAPES)
CBCL AND
Scientific Electronic
Validade AND
Library Online 53 49 16 05
Validade do
(SciELO)
CBCL
Literatura Latino-
CBCL AND
Americana e do
Validity AND 26 06 05 01
Caribe em Ciências
Brazil
da Saúde (LILACS)
Coordenação de
Aperfeiçoamento de CBCL AND
Pessoal de Nível Validity AND 219 17 17 0
Superior Brazil
(CAPES)
Scientific Electronic CBCL AND
Library Online Validity AND 33 22 19 03
Brazil
24
(SciELO)
Medical Literature
Analysis and CBCL AND
Retrieval System Validity AND 07 03 02 01
Online Brazil
(MEDLINE)
CBCL AND
Scopus Validity AND 07 00 00 0
Brazil
Total 591 322 177 16
25
Quadro 2. Descrição dos artigos e dissertações incluídos na revisão da literatura sobre o CBCL segundo autores, ano, local, tipo de estudo, população do estudo, característica
analisada pelos autores, periódico de publicação, base de dados em que está indexado. Novembro, 2018
Local do Base de
Característica
estudo Tipo de População do Periódico de dados onde
Título do Artigo Autores Ano analisada pelos Tipo de validade
(Cidade – estudo estudo publicação está
autores
Estado) indexado
Publicações que visaram a busca direta por evidências de validade e precisão
Validação da versão
Validade da
brasileira do "Child
versão brasileira Revista ABP- Evidências de
Behavior Checklist" Transversal,
BORDIN, I. A. do CBCL - APAL validade baseadas
(CBCL) (Inventário de São Paulo, com Criança e
MARI, J. J. 1995 Competência Associação LILACS em variáveis
Comportamentos da SP abordagem adolescente
CAEIRO, M. F. Social e Brasileira de externas: validade
Infância e quantitativa
Comportamento Psiquiatria de critério
Adolescência): dados
infantil
preliminares
Validade preliminar
EMERICH, D. Transversal,
do CBCL/6-18 para Validade da Evidências
R.; ROCHA, M São Paulo, com Criança e
crianças brasileiras: 2011 versão brasileira USP SciElO baseadas na
SILVARES, E. SP abordagem adolescente
análise da estrutura do CBCL/6-18 estrutura interna
F. M. quantitativa
fatorial
Child behavior
checklist (CBCL),
youth self-report
Transversal,
(YSR) e teacher’s Validade da Evidências de
BORDIN, I. et Rio de com Crianças e Cadernos de
report form (TRF): an 2013 versão brasileira SciELO validade baseadas
al. Janeiro, RJ abordagem adolescentes Saúde Pública
overview of the do CBCL/6-18 no conteúdo
quantitativa
development of the
original and brazilian
versions
Publicações que visaram a busca indireta por evidências de validade e precisão
Aprendizado e
Comportamento em Evidências de
Criança
crianças nascidas Transversal, validade baseadas
Porto prematura e Aprendizado e
prematuras e com com Repositório PUC CAPES em variáveis
FAN, R. G.. 2008 Alegre, com baixo comportamento
baixo peso em idade abordagem RS Dissertação externas:
RS peso em idade infantil
pré-escolar e em quantitativa validade
pré-escolar
processo de convergente
alfabetização
Competência social e SAPIENZA, Transversal,
Adolescentes Psicologia: Evidências de
práticas educativas G.; AZNAR- São Paulo, com Competência
2009 com alto e Reflexão e SciELO validade baseadas
parentais em FARIAS,M.; SP abordagem Social
baixo Crítica em variáveis
adolescentes com SILVARES, E. quantitativa
26
alto e baixo F. DE M rendimento externas: validade
rendimento acadêmico de critério
acadêmico.
Convergent validity of
k-sads-pl by Transversal,
Evidências de
comparison with cbcl BRASIL, H; Rio de com Crianças e Validade do
2010 BMC psychiatry MEDLINE validade
in a portuguese BORDIN, I. Janeiro, RJ abordagem adolescentes SADS-PL
convergente
speaking outpatient quantitativa
population
Hábitos alimentares e
hábitos
psicopatologia: BENKO, C. R.;
Transversal, alimentares e Evidências de
tradução, adaptação, FARIAS, A. C. Jornal Brasileiro
Rio de com Crianças e comportamentos SciELO validade
confiabilidade do DE; 2011 de Psiquiatria
Janeiro, RJ abordagem adolescentes de crianças e convergente
Nutrition Behavior CORDEIRO,
quantitativa adolescentes
Inventory M. L
Sintomas de
Evidências de
internalização e Transversal, Crianças e Sintomas
SOUSA, M R. validade baseadas
externalização em Campinas, com adolescentes psiquiátricos de
C.; 2011 UNICAMP SciELO em variáveis
crianças e SP abordagem com excesso internalização e
MORAES, C externas: validade
adolescentes com quantitativa de peso externalização.
de critério
excesso de peso
Diferenças Quanto ao
Gênero entre
A influência do
Escolares Brasileiros
Porto Transversal, gênero na
Avaliados pelo 2012 REVISTA Funcionamento
EMERICH, D. Alegre, RS com presença de
Inventário de Crianças e PSICO LILACS diferencial dos
R. et al. abordagem problemas de
Comportamentos adolescentes (PUC RS) itens
quantitativa comportamento
para Crianças e
na infância
Adolescentes
(CBCL/6-18)
Crianças e
Perfil comportamental
ROCHA, M. M. adolescentes
de crianças e Evidências de
DA; Transversal, com
adolescentes REVISTA validade baseadas
EMERICH, D. Porto com problemas de Perfil
encaminhados para 2012 PSICO LILACS em variáveis
R.; Alegre, RS abordagem enurese e comportamental
atendimento por (PUC RS) externas: validade
SILVARES, E. quantitativa outros
enurese ou outras de critério
F. DE M problemas
queixas
clínicos.
27
Triagem cognitiva e
comportamental de
Transversal, Crianças com
crianças com Evidências de
SANTOS, L. São Paulo, com dificuldades de Transtorno de Revista Paulista
dificuldades de 2012 SciELO validade
H. C. et al. SP abordagem aprendizagem aprendizagem de Pediatria
aprendizagem convergente
quantitativa escolar
escolar: um estudo
preliminar
Translation, Crianças e
adaptation, and adolescentes Tradução,
Transversal,
preliminary validation de 6 a 18 anos retrotradução e Trends in Evidências de
BARALDI, G. Porto com
of the Brazilian 2013 e seus adaptação Psychiatry and LILACS validade de critério
DA S. et al. Alegre, RS abordagem
version of the cuidadores cultural do Psychotherapy e convergente
quantitativa
Behavior Problems (pais e / ou instrumento
Inventory (BPI-01) responsáveis)
Behavioural/emotiona
l problems in brazilian
children: findings from Transversal, Evidências de
Problemas de
parents' reports on ROCHA, M. et Porto com Crianças e Epidemiology validades
2013 comportamento SciELO
the child behavior al. Alegre, RS abordagem adolescentes and Psychiatric baseadas na
infantil
checklist. quantitativa Sciences estrutura interna
epidemiology and
psychiatric sciences
Adaptação
Transcultural e
Adaptação
Avaliação das
transcultural e Evidências de
Propriedades Transversal,
Crianças e avaliar as validade baseadas
Psicométricas de LOBO, M, O, Porto com CAPES
2014 adolescentes propriedades PUC RS em variáveis
Escalas de Sintomas B. Alegre, RS abordagem Dissertação
vítimas de psicométricas externas: validade
e Cognições Pós- quantitativa
traumas do (TSCC) e do convergente
Traumáticas em
(CPTCI)
Crianças e
Adolescentes
28
Nota-se que apenas três produções buscaram diretamente evidências de
validade do CBCL no Brasil: Bordin (1995), Emerich (2013) e Bordin et al. (2013). As
13 produções restantes identificaram a validade do instrumento de forma indireta,
foram selecionadas pela leitura seletiva. O primeiro artigo nacional que buscou avaliar
a validade do instrumento CBCL, foi realizada por Bordin et al. (1995). Objetivou
verificar a validade do CBCL em relação a: (a) critérios diagnósticos da 10° edição da
Classificação Internacional de Doenças CID-10 (1993), e níveis de gra vidade dos
distúrbios psiquiátricos; (b) avaliar a sensibilidade e especificidade do CBCL segundo
diferentes critérios de teste-positividade; (c) apontar as modificações introduzidas no
questionário durante o processo de tradução e adaptação cultural do CBCL para
nossa realidade. Dentre os principais resultados, o estudo examinou basicamente a
validade de critério, verifiando as variações nos índices de validade do CBCL em
funcão de alterações no critério de teste-positividade, definição das categorias clínicas
e não clínicas do instrumento e de modificações no critério de morbidade utilizado pela
avaliação psiquiátrica. Os dados indicaram boa sensibilidade do instrumento, não
somente entre os casos moderados e graves, mas também entre os casos leves. Os
melhores índices de validade foram alcançados com a presença simultânea de três
fatores: critério de teste-positividade para o CBCL, critério de morbidade para a
avaliação psiquiátrica baseado na CID-10 (1993) e inclusão dos indivíduos com
disturbios leves entre os casos. O trabalho também descreveu o processo de
adaptacão cultural do CBCL em nosso meio, visando sua aplicabilidade em
populações de baixo nivel socioeconômico. Porém, apesar da traduação e
retrotradução, não foi realizado no estudo a investigação da validade de conteúdo.
Emerich, Rocha e Silvares (2011) também realizaram estudo que buscaram
investigar a adequação do modelo de oito escalas sindrômicas do CBCL para a
população brasileira. Ao todo, os CBCL respondidos por pais de 1228 crianças, com
idade entre seis e 11 anos (M = 8,07; DP = 1,29), de seis estados brasileiros,
abrangendo três das cinco regiões do país. Foi realizada Análise Fatorial
Confirmatória (CFA), com o método dos mínimos quadrados ponderados robustos
(WLSMV), por meio do programa Mplus 5.0. A pesquisa teve como resultados Raiz
do erro médio quadrático de aproximações (RMSEA) = 0,023 (valores menores que
0,06 indicam boa adequação do modelo), Índice de ajuste comparativo (CFI) = 0,903
(valores maiores que 0,90 indicam boa adequação ao modelo) e Índice de Tucker-
29
Lewis (TLI) = 0,900 (valores maiores que 0,90 indicam boa adequação ao modelo).
As cargas fatoriais das escalas variaram de 0,51 para Ansiedade/Depressão a 0,65
para Comportamento Agressivo. As cargas fatoriais dos itens variaram de 0,21 a 0,85.
Os resultados obtidos, segundo as autoras, demonstraram que a estrutura fatorial das
oito escalas sindrômicas de comportamento, validada no estudo original norte-
americano e confirmada em 30 outras nacionalidades, foi adequada para avaliar os
problemas emocionais/comportamentais de crianças brasileiras entre seis e 11 anos.
Além disto, quando comparado com outras 30 sociedades, o índice RMSEA foi o
menor encontrado, o que indica que o Brasil foi a sociedade para a qual o modelo
fatorial do CBCL/6-18 se ajustou com maior adequação.
Bordin et al. (2013), realizaram uma revisão do CBCL, do Youth Self- Report
(YSR) e do Teacher’s Report Form (TRF) abordando uma visão geral sobre o
desenvolvimento das versões originais e brasileira. Descreveram as principais
alterações em itens, escalas e pontos de corte na pontuação ocorridas nas versões
originais de 1991 a 2001, e o processo de tradução, retrotradução e adaptação cultural
para o Brasil. Todas as decisões finais sobre a tradução de itens para o português
foram baseadas em consenso entre todos os profissionais envolvidos no
desenvolvimento das atuais versões brasileiras oficiais dos instrumentos ASEBA
(inclusive, todos autores do artigo).
Quanto às produções que realizaram estudo de validade e precisão
indiretamente, pode-se citar inicialmente a pesquisa de Fan (2008) que realizou a
avaliação do desenvolvimento cognitivo e comportamental de uma amostra de
crianças nascidas prematuras e com baixo peso entre os anos de 1999 e 2000,
egressas de uma UTI Neonatal. Por meio da Escala Wechsler de Inteligência para
Crianças (WISC-III) e do Inventário de Comportamento da Infância e Adolescência
(CBCL), as informações obtidas foram correlacionadas com dados do
desenvolvimento neuropsicomotor avaliados durante os primeiros anos de vida por
meio da Escala de Bayley e do Teste de Denver, obtendo-se uma associação entre
desempenho cognitivo e comportamental atual e anterior e dados sócio demográficos.
Foi realizada a análise estatística por meio do teste t de Student, para as variáveis
paramétricas, do qui-quadrado, para as não-paramétricas, e análises de regressão
linear múltipla. E verificou-se no CBCL, quanto ao perfil de Competência Social, piores
escores na subescala de Sociabilidade. Em relação ao perfil comportamental,
30
evidenciou piores escores em sintomas relacionados com “problemas com atenção”,
“ansiedade/depressão”, e “comportamento agressivo”. Quanto ao escore total do
CBCL, houve associações negativa estatisticamente significativa com os QIs Total e
de Execução. Foram encontradas associações estatisticamente significativas entre as
Escalas de Bayley e Denver com o WISC-III e o CBCL. Esses dados também
poderiam indicar validade convergente para o último instrumento.
Sapienza, Aznar-Farias e Silvares (2009) investigaram as relações entre
competência social, práticas educativas parentais e rendimento acadêmico em
adolescentes, utilizou os instrumentos CBCL, YSR (Achenbach, 1991) e o Inventário
de estilo Parentais (IEP) (Gomide, 2006). Foi realizada análise entre os dados
coletados verificando a existência de diferenças entre as médias dos grupos de
adolescentes com alto e baixo rendimento acadêmico para cada variável de
competência social e de prática educativa parental. Essa diferença foi analisada pelo
teste t de Student para amostras independentes. As variáveis relacionadas à
competência social e às práticas educativas parentais foram analisadas
separadamente. Os escores do CBCL e do YSR indicaram diferenças entre os dois
grupos. Os adolescentes com alto rendimento acadêmico obtiveram médias maiores
em todas as variáveis que avaliam competência social, mas essas diferenças foram
significativas apenas para as variáveis obtidas pelo CBCL. Os escores do CBCL
mostraram que o grupo de melhor rendimento acadêmico obteve diferenças
significativas para atividades sociais (p < 0,001), relacionamento social (p < 0,001) e
total de competência social (p < 0,001) quando comparado ao grupo de baixo
rendimento acadêmico. Esses dados indicariam possivelmente validade de critério
para o CBCL.
Brasil e Bordin (2010), realizaram estudo sobre a validade convergente do K-
SADS-PL com o CBCL em uma população ambulatorial e teve como resultados
relações significativas nos escores do K-SADS-PL com os do CBCL. As crianças que
apresentaram resultado positivo para qualquer transtorno afetivo no K-SADS-PL
apresentaram uma média maior nas escalas internalizante, externalizante e total do
problema no CBCL. Também foram encontradas compatibilidades altamente
significativas nas médias do escores de ambas as escalas ao se examinar o
diagnóstico final, exceto para qualquer transtorno afetivo / de ansiedade. Portanto,
31
foram encontradas evidências de validade convergente ao comparar os resultados do
K-SADS-PL com os dados da CBCL.
Benko, Farias e Cordeiro (2011) pesquisaram hábitos alimentares e
psicopatologia, tradução, adaptação, confiabilidade do Nutrition Behavior Inventory
(NBI) para o Brasil. Teve como segundo objetivo verificar a sua sensibilidade para a
identificação de fatores de risco em termos de comportamento/hábitos alimentares em
crianças e adolescentes. O instrumento foi analisado quanto à consistência interna
por meio do índice alfa de Cronbach. Os indicadores psicopatológicos dos
participantes foram acessados utilizando o CBCL. Os escores médios do CBCL foram
analisados em relação aos dados do NBI (ponto de corte: ≥ 30 com indicadores, e <
30 sem indicadores). Os dados foram verificados em relação à normalidade e análises
descritivas utilizando os testes de Kolmogorov-Smirnov. O teste de Levene, um dos
testes mais fortes e robustos em termos de desvios, também foi utilizado para verificar
a homogeneidade das variações. Nos casos em que não houve homogeneidade (p <
0,05), foi aplicado o teste T de Student de Welch (Teste W / Estimativas de Variância
Separadas em Estatísticas). O t de Student foi utilizado para examinar as relações
entre as variáveis dependentes (QI, CBCL) e a variável independente NBI (NBI <30
ou NBI ≥ 30). As comparações foram consideradas significativas quando tiveram
valores de p <0,05. A consistência interna foi alta (alfa de Cronbach = 0,89) para o
NBI. As pontuações do CBCL foram associadas significativamente com NBI (>30) em
relação aos indicadores: ansiedade e depressão, dificuldades sociais, problemas de
atenção, comportamento agressivo, TDAH e problemas de conduta. Esse dado
indicaria validade convergente ao CBCL.
Sousa e Moraes (2011), compararam os sintomas de internalização e
externalização em crianças e adolescentes com e sem excesso de peso. Além da
estatística descritiva, foi realizado o teste exato de Fischer para avaliar as variáveis
categóricas, como a proporção de homens e mulheres e a presença de sintomas de
internalização e externalização entre os indivíduos dos diferentes grupos
pesquisados. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para verificar se haveria diferença
entre as médias do índice de massa corporal (IMC), as médias de idade e os T-scores
médios obtidos nas subescalas de internalização e externalização, de acordo com os
grupos pesquisados. Foi utilizado o índice de correlação de Spearman para verificar
se houve correlação entre o IMC e os T-scores médios obtidos nas subescalas de
32
internalização e externalização. Foram verificados sintomas de internalização em 14
indivíduos com excesso de peso e em quatro eutróficos. E os sintomas de
externalização ocorreram em nove indivíduos com excesso de peso e em dois
eutróficos (médias de T-score: 53,71 e 47,91, respectivamente, p-valor = 0,019).
Sintomas psiquiátricos prevaleceram nos indivíduos com excesso de peso. Quanto
maior foi o IMC, maior foi o risco do desenvolvimento de sintomas emocionais. Tal
dado também identificaria validade de critério para esse grupo.
Emerich et al. (2012), pesquisou as diferenças quanto ao gênero entre
escolares Brasileiros Avaliados pelo CBCL. Utilizaram os dados brutos obtidos e foi
aplicado o teste Análise Univariada de Variância (ANOVA), mas somente para a
Escala Total de Problemas Emocionais/ Comportamentais. Os meninos apresentaram
escores significativamente mais altos nas escalas de problemas externalizantes e no
total de problemas de comportamento, o que permitiu concluir que os efeitos da
variável gênero sobre as escalas do CBCL são muito semelhantes no Brasil e em
outros países. Foi encontrado efeito da variável gênero para quatro das oito escalas
síndromes, sendo elas: Problemas de Sociabilidade, Problemas de Atenção, Violação
de Regras e Comportamento Agressivo. Isso poderia indicar um funcionamento
diferencial dos itens, o que reforça a necessidade de tabelas de correção separadas
da escala.
Em outro estudo em que se avaliou o perfil comportamental de crianças e
adolescentes encaminhados para atendimento por enurese ou outras queixas, Rocha,
Emerich e Silvares (2012), realizaram a ANOVA para verificar o efeito da variável
idade (Criança × Adolescente) dentro de cada um dos grupos e da variável grupo
(Enurese × Clínica) nos escores T obtidos nas escalas de competências e problemas
de comportamento do CBCL/6-18. Poucas diferenças foram encontradas em função
da faixa etária (crianças × adolescentes) dentro de cada grupo. Diferenças
significativas foram encontradas na comparação dos grupos: os com enurese
obtiveram escores mais elevados nas escalas que avaliam competências e mais
baixos em sete das 11 escalas de problemas de comportamento. Tais dados
evidenciariam validade de critério.
Um estudo preliminar, de Santos et al. (2012), objetivou avaliar as relações
entre o Mini-Mental State Examination (MMSE), a lista de sintomas pediátricos (LSP)
com o CBCL e o Teacher's Report Form (TRF), os coeficientes de correlação entre os
33
testes foram calculados, sendo significante p<0,05. Como resultado significativo, o
CBCL mostrou moderada correlação com o LSP (r = 0,53). Esse dado indicaria
evidências de validade de convergente entre os instrumentos.
Na tradução, adaptação e validação preliminar da versão brasileira do
Behavior Problems Inventory (BPI-01). Para a verificação das propriedades
psicométricas (fidedignidade e validade), foram correlacionados os escores obtidos
com o BPI-01, as Escalas de Inteligência Wechsler para Crianças e Adultos, o CBCL
e o Questionário de Rastreamento de Autismo (Autism Screening Questionnaire,
ASQ). Avaliação da incapacidade mental e / ou desenvolvimento de inteligência
normal usando o WISC-III e o WAIS-III permitiram identificar duas amostras, a saber,
uma sem deficiência intelectual e outra com, de graus variados de acordo com o DSM-
IV. A comparação dos problemas de comportamento entre os dois grupos revelou que
todas as médias de frequência obtidas nas escalas BPI-01 foram maiores no grupo
com deficiência do que no grupo sem, apontando para um maior número de problemas
comportamentais no primeiro grupo. E foram verificadas correlações de baixas a
moderadas entre os escores do BPI-01, do ASQ e do CBCL/6-18 (BARALDI et al.,
2013). Tal dado evidenciaria a capacidade discriminativa do CBCL para essa
população e relações com outros instrumentos validados ou em processo de
validação, o que caracteriza de certa forma uma validade de critério e convergente.
Na pesquisa sobre problemas comportamentais / emocionais em crianças
brasileiras: resultados de relatos dos pais na lista de Verificação de Comportamento
Infantil. Rocha et al. (2013), comparou os resultados da CBCL para uma grande
amostra da população geral brasileira com os de crianças norte-americanas. A AFC
indicou que os dados brasileiros mostraram o melhor ajuste ao modelo dos EUA
quando comparado a todos os países estudados até o momento. Os padrões de
gênero foram comparáveis aos relatados em outras sociedades, mas os escores
médios de problemas para crianças brasileiras não referidas foram mais altos do que
para crianças americanas. Portanto, a CBCL discriminou bem menos crianças não
encaminhadas e encaminhadas no Brasil do que nos EUA. No geral, os resultados
replicaram os relatados em comparações internacionais das pontuações da CBCL
para 31 sociedades, fornecendo assim suporte para a robustez multicultural da CBCL
no Brasil, bem como suas evidências baseadas na estrutura interna.
34
Lobo (2014), pesquisou sobre a adaptação transcultural e avaliação das
propriedades psicométricas das escalas Trauma Symptom Checklist for Children
(TSCC), para avaliação de sintomas pós-traumáticos e sintomas associados ao
trauma em crianças e adolescentes, e da Child Posttraumatic Cognitions Inventory
(CPTCI). As evidências de validade convergente foram evidenciadas por meio de
correlações entre o TSCC e CBCL. As escalas de Depressão e Raiva estiveram
significativamente correlacionadas com os escores do CBCL, resultados que
evidenciaram a validade convergente do TSCC, de acordo com os autores, por
considerarem o CBCL como o instrumento válido nesse caso. Do mesmo modo, a
escala de Raiva foi fortemente associada com as escalas de problemas
externalizantes, comportamento quebra de regras, comportamento opositor,
problemas de conduta e negativamente correlacionada com a escala de ansiedade da
CBCL. A escala de Depressão foi associada com as escalas de problemas
externalizantes e comportamento de quebra de regras da CBCL. Nas outras escalas
clínicas do TSCC, não foram encontradas correlações significativas com a CBCL.
Pode-se dizer que apesar de todos esses instrumentos carecerem de evidências no
Brasil, suas relações foram significativas, o que possivelmente indicaria evidências de
validade de convergente em certa medida para todos.
Shimizu, Bueno e Miranda (2014), no estudo sobre habilidades de
processamento sensorial de crianças com TDAH, realizou pesquisa com 37 crianças
com TDAH e as compararam com 37 controles usando uma versão traduzida e
adaptada do teste "Perfil Sensorial" respondido pelos pais / cuidadores. Para o grupo
de TDAH, os escores desses instrumentos foram correlacionados com os sintomas
comportamentais avaliados usando o CBCL e a Escala de Avaliação do
Comportamento do Professor (EACI-P). As análises estatísticas foram realizadas
utilizando o teste de Mann Whitney e os coeficientes de correlação de Pearson.
Diferenças em todos os padrões de resposta do Perfil Sensorial foram observadas
entre os dois grupos de crianças. Os escores do Perfil Sensorial mostraram uma
correlação moderadamente negativa com os escores CBCL e EACI-P no grupo TDAH.
O que indicaria de certo modo validade divergente para o CBCL, pois o Perfil Sensorial
avalia um desenvolvimento comportamental/motor que seja adequado.
35
Em um estudo sobre confiabilidade da Lista de verificação do comportamento
infantil CBCL e formulário de relatório do professor com amostra de crianças
brasileiras, Frizzo et al. (2015) avaliou a estabilidade temporal da CBCL e da TRF,
administradas a pais e professores de crianças em idade escolar, respectivamente. A
estabilidade temporal foi avaliada com base no coeficiente de correlação intraclasse
(ICC). Alta confiabilidade teste-reteste foi observada para CBCL e TRF (0,87 - 0,91 e
0,62 - 0,8 para a escala de comportamento total, respectivamente). Esses achados
sugerem que ambos os instrumentos permaneceram estáveis durante a avaliação de
um ano, revelando a estabilidade do instrumento e corroborando os achados de
estudos internacionais anteriores e sua precisão.
Notou-se que foram poucos os estudos encontrados que realmente buscaram
as evidências de validade do CBCL. Dentre as evidências mais encontradas para o
CBCL, em primeiro lugar, teve-se a validade baseada em variáveis externas: validade
convergente (n = 6; 38%); validade de critério (n = 4; 25%); validade divergente (n =
1; 6%). Em segundo lugar, a validade baseada na estrutura interna (n = 2; 13%). Com
menores frequências, foram encontrados: evidências de validade baseadas no
conteúdo, funcionamento diferencial dos itens, e a precisão; todos com a quantidade
de uma publicação (6%). A maioria dos estudos foram interpretados aqui como sendo
passíveis de indicar tais evidências, estando em um âmbito de pesquisa mais clínica
e não psicométrica. Além disso, não demonstraram dados sobre uma possível
normatização ou notas de corte do instrumento estabelecidas para nossa população.
Dessa forma, verificou-se lacunas importantes nos processos de validação e
adaptação do instrumento no Brasil, sendo necessários novos estudos, especialmente
por ele ser corriqueiramente utilizado clinicamente e já comercializado no país.
36
abaixo da média, manifestados antes dos 18 anos. O diagnóstico baseia-se tanto na
avaliação clínica quanto nos testes padronizados de inteligência. O principal sintoma
é a dificuldade de raciocínio e compreensão.
Segundo Tédde (2012) há várias classificações específicas ou termologias para
a Deficiência Intelectual, sendo as mais aceitas as da AAIDD (American Association
on Intellectual and Developmental Disabilities) e do DSM. Segundo o DSM-5 (APA,
2014), os critérios para seu diagnóstico são: funcionamento intelectual inferior à
média: QI de aproximadamente 70 ou abaixo; déficits ou prejuízos concomitantes no
funcionamento adaptativo atual, em pelo menos duas das seguintes áreas:
comunicação, cuidados pessoais, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais,
uso de recursos comunitários, independência, habilidades acadêmicas, trabalho,
lazer, saúde e segurança.
Em uma revisão sobre as taxas de prevalência de condições crônicas de saúde
em populações de crianças com deficiência intelectual, Oeseburg et al. (2011)
identificou que dentre as seis condições crônicas de saúde mais prevalentes em
crianças com deficiência intelectual estão: transtorno desafiador de oposição ou de
quebrar regras (12%). Por sua vez, Lamônica e Ferreira-Vasques (2015) realizou
estudo comparativo incluindo dez crianças com Sindrome de Down (SD) (com
deficiência intelectual) e dez crianças com desenvolvimento típico. Verificou que o
desempenho expressivo das crianças com Síndrome de Down era inferior ao grupo
de controle nos seguintes aspectos específicos: produção de palavras e frases,
problemas relacionados à pensamento, e tempo de atenção (problemas de atenção).
Cuskelly e Dadds (1992), pesquisou sobre problemas comportamentais em
crianças SD e seus irmãos. Para coleta de dados foram inclusos vinte e um pares de
irmãos no estudo e utilizada a Lista de Verificação de Problemas Comportamentais
Revisados. Foram levantados os relatos de problemas de comportamento de ambos
os grupos por meio de suas mães, seus pais e seus professores. O resultado apontou
que crianças com SD apresentam mais comportamentos problemáticos em geral e
demostraram problemas de atenção significativamente mais frequentes do que seus
irmãos, de acordo com todos os avaliadores.
Mesquita et al. (2010) pesquisou um grupo de crianças e adolescentes com
síndrome de Prader-Willi (deficiência intelectual), com a finalidade de levantar as
principais características do fenótipo comportamental dessa população. Para coleta
37
de dados, obteve uma amostra de 11 crianças e adolescentes com síndrome de
Prader-Willi e utilizou o instrumento CBCL. A pesquisa teve como resultado, um perfil
comportamental considerado como clínico em várias escalas do CBCL. Contatou-se
um padrão comportamental com alta frequência de respostas de agressão, quebra de
regras e oposição. Identificaram-se correlações estatisticamente significativas entre
problemas de atenção e sociais e problemas de pensamento e comportamento de
quebrar as regras.
A partir desses dados, considerou-se que a DI poderia ser utilizada como
variável critério para a CBCL. Desse modo, a presente dissertação buscou identificar
tal evidência, bem como outras, e a precisão desse instrumento. Como foi verificado
no estudo de levantamento de publicações sobre essa temática, os dados são
escassos e não diretivos, o que demanda estudos na área, principalmente que
considerem a realidade brasileira.
38
2. OBJETIVOS
39
3. HIPÓTESE DE ESTUDO
40
• Verificar as evidências de validades baseadas na estrutura interna da CBCL por
meio da Análise Fatorial Confirmatória (Estudo 3);
Esperava-se aceitação da H1, com valores de consistência interna > 0,7 para o
total do instrumento e para cada um dos fatores. Assim, uma estimativa de boa
consistência interna pode significar que os itens medem os mesmos construtos ou que
as respostas às questões do instrumento são consistentes. (SOUZA, A
; ALEXANDRE, N; GUIRARDELLO, E, 2017)
41
4. MÉTODO
4.1 Estudo 1
4.1.1 Participantes
42
• Ter, no mínimo, dois anos de experiências de atuação na área de
Desenvolvimento Humano e Psicopatologia Infantil, de acordo com análise de
currículo lattes.
4.1.4 Instrumentos
Child Behavior Checklist for Ages 6-18 (CBCL/6-18) (Anexo A) versão brasileira,
denominada de “Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre
6 a 18 anos” foi traduzida por Bordin, Silvares, Rocha, Teixeira e Paula (2010). É
composta por 138 sentenças, nas quais 118 referem-se a problemas de
comportamentos e 20, à competência social. Esta escala é composta por 20 itens que
incluem atividades da criança, como brincadeiras, jogos e tarefa; participação em
grupos; relacionamento com familiares e amigos; independência para brincar e
desempenho escolar.
Na maior parte destes itens, é solicitado que os pais comparem o
comportamento de seus filhos com o de outras crianças da mesma idade, nos quesitos
desempenho e tempo despendido em cada atividade, assinalando como abaixo da
média, dentro da média ou acima da média. O instrumento avalia as síndromes
ansiedade e depressão, afastamento e depressão, queixas somáticas, problemas
sociais, problemas relacionados à pensamento, problemas relacionados à atenção,
comportamentos de quebrar as regras, comportamento agressivo e outros problemas.
A partir dos escores obtidos nessas escalas, a criança ou adolescente pode ser
incluído nas faixas clínica, limítrofe ou “não-clínica”, em relação ao seu funcionamento
global e nos perfis internalizante e externalizante. Para inclusão no perfil
internalizante, são considerados os itens isolamento, queixas somáticas,
ansiedade/depressão, e para inclusão no perfil externalizante, os itens avaliados são
violação de regras e comportamento agressivo (BORDIN et al., 1995).
43
Protocolo para análise dos juízes (Anexo B): O CBCL possui escalas orientadas
pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-IV. É composto
por 8 escalas (elementos fundamentais), a qual também engloba a escala “Outros
problemas”, totalizando 9 elementos fundamentais ou escalas fatoriais. O protocolo é
composto pelas Tabelas 1, 2 e 3 do Anexo B.
Na Tabela 1, apresentou-se a parte da identificação das escalas fatoriais de (1
a 9), sendo: elemento 1) ansiedade e depressão; 2) afastamento e depressão; 3)
queixas somáticas; 4) problemas sociais; 5) problemas relacionados à atenção; 6)
comportamentos de quebras regras; 7) problemas de pensamento 8) comportamento
agressivo; e 9) outros problemas. Descreveu-se também a definição de cada um
desses elementos, conforme o DSM-5 (APA, 2014). Na Tabela 2 foram apresentados
todos os itens do CBCL (01 ao 113) e ao lado de cada um havia um espaço em branco
para que o juiz incluísse o elemento fundamental que julgasse representá-lo, de
acordo com as definições apresentas na Tabela 1, marcando um número de 1 a 9.
A Tabela 3 referiu-se à avaliação da adequação dos itens pelos juízes.
Apresentou-se todos os itens do CBCL (01 ao 113) e ao lado duas colunas: a primeira
com o título de “Adequado”, com as opções de 0, 1 e 2, e a segunda com o título
“Motivo”, com as opções de 0, 1 e 2. Para seu preenchimento, foi, então, solicitado
aos juízes que indicassem se o item é adequado ou não para a avaliação de
comportamento infantil, numa escala de 0 a 2, na qual: 0 = não, 1 = parcialmente, 2 =
Sim. Se marcassem 0 ou 1 em algum item, solicitava-se indicar o motivo, podendo ser
mais de um: 1 = A escrita não está clara, 2 = O item é inadequado para as idades do
teste, 3 = O item está repetido.
Por último, houve um espaço reservado para inclusão de observações dos
especialistas, caso achassem necessárias, por exemplo: indicar os itens que são
semelhantes, repetidos, para que possamos revê-los; indicar uma nova forma de
escrita para algum item; reformular algum item para que fique mais compatível com a
proposta do instrumento, que é de avaliação do comportamento infantil por meio das
respostas dos pais.
44
4.1.5 Procedimentos
Inicialmente, foi pedida autorização para uso de pesquisa do CBCL para editora
e a informação oferecida foi de que tal instrumento poderia ser utilizado, sem a
necessidade de tal procedimento (ANEXO H). Na sequência, o projeto foi submetido
ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFMT-Cuiabá e a pesquisa somente foi iniciada
após sua autorização (Anexo M). Os outros estudos posteriores dessa dissertação, o
2 e o 3, que serão descritos subsequentemente, também estiveram abarcados nesse
mesmo procedimento.
Especificamente nesse estudo, por meio de análise de currículos lattes, foram
selecionados os participantes do presente estudo. Foram convidadas a participarem
da pesquisa e aceitaram, dando ciência no Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) (Anexo C). Em seguida, os materiais para suas avaliações foram
enviados (Anexo A e B). Foi estipulada uma data de duas semanas para resposta.
Solicitou-se que qualquer dúvida sobre o preenchimento de todos os materiais fosse
sanada por meio de contato com os pesquisadores. Todos os contatos com essas
participantes foram realizados por meio eletrônico, principalmente por e-mail.
45
4. 2 Estudo 2
4.2.1 Participantes
A amostra total foi composta por 94 pais de crianças e adolescentes com idades
entre seis e 18 anos. Tal amostra foi dividida em dois grupos: (a) pais de crianças e
adolescentes sem queixas de comportamentos (GSQ); e (b) pais de crianças e
adolescentes com deficiência intelectual (GDI). O primeiro apresentou as seguintes
características: n = 72; mães: n = 60 (83,3%); pais: n = 12 (16,7%). O segundo: n =
22; mães: n = 21 (95,5%); pais: n = 1 (4,5%). A análise de comparação não indicou
diferenças entre ambos os grupos quanto ao gênero dos respondentes (Qui-quadrado;
χ2 = 2,078; p = 0,183; df = 1; V = 0,149, pequeno tamanho de efeito). Contudo, para o
GSQ foi verificada média de renda familiar de R$ 1452,10 (DP = 563,48) e para o GDI
de R$ 2757,14 (DP = 840,06). A análise de comparação indicou diferenças entre os
grupos nessa variável (teste t = -7,000; df = 69; p < 0,001; d = 2,04, grande tamanho
de efeito).
A distribuição da escolaridade dos pais pode ser observada na Tabela 1. Na
mesma Tabela pode ser também observada a comparação entre os grupos em
relação a essa variável, não sendo verificada diferença entre eles, tanto quanto ao
valor de significância (com “p > 0,05”) quanto de tamanho de efeito (pequeno), por
meio de análise do teste Qui-quadrado (χ2).
46
Ensino Médio 21 29,2 7 31,8
Ensino Superior 34 47,2 10 45,5
Total 72 100,0 22 100,0
Nota: GSQ: pais de crianças e adolescentes sem queixas de comportamentos, GDI: pais de crianças
47
4.2.2 Critério de Inclusão
• Possuir filho(s) na faixa etária entre seis e 18 anos, de acordo com seu próprio
relato;
• Possuir filho(s) sem queixas de comportamentos e sem deficiências físicas, de
acordo com seu próprio relato;
• Possuir filho(s) na faixa etária entre seis e 18 anos com Deficiência Intelectual,
de acordo com seu próprio relato.
• Ter escolaridade de Ensino fundamental em diante;
• Possuir filho(s) que não faça(m) uso de medicamentos psicotrópicos, de acordo
com seu próprio relato.
• Relatar não compreensão de alguma instrução do que era para ter sido feito
em algum item da CBCL.
4.2.4 Instrumentos
Child Behavior Checklist for - Ages 6-18 (CBCL/6-18) (Anexo A): versão brasileira
Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 a 18 anos
traduzida por Bordin, Silvares, Rocha, Teixeira e Paula (2010).
48
4.2.5 Procedimentos
49
Figura 2. Itens da CBCL correspondentes a cada escala.
Escalas Itens
Ansiedade e Depressão
(And) 14, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 45, 50, 52, 71,91 e 112
Afastamento e Depressão
(AfD) 5, 42, 65, 69, 75, 102, 103 e 111
Queixas somáticas
(QS) 47, 49, 51, 54, 56a, 56b, 56c, 56d, 56e, 56f e 56g
Problemas sociais
(OS) 11, 12, 25, 27, 34, 36, 38, 48, 62, 64 e 79
50
1988). Para tamanho de efeito dos dados nominais foi utilizado o “V de Cramer” (V).
Foram utilizados os seguintes valores de referência: pequeno efeito: 0,1 (quando 1
grau de liberdade (df)), 0,07 (2 df), 0,06 (3 df); médio efeito: 0,3 (1 df), 0,21 (2 df), 0,17
(3 df); grande efeito: 0,5 (1 df), 0,35 (2 df) 0,29 (3 df) (Cohen, 1988). O valor de
significância (p) adotado para todas as análises será de p < 0,05. Para essa análise
foi utilizado o software Excel ®.
4.3 Estudo 3
4.3.1 Participantes
A amostra foi composta por 202 pais de crianças e adolescentes com idades
entre seis e 18 anos. Quanto às características da amostra, tem-se: mães: n = 157
(77,7%); pais: n = 45 (22,3%); renda familiar: mínima = 900 reais, máxima = 4500
reais, média = 1633,07, desvio padrão = 720,73. A escolaridade pode ser observada
na Tabela 3.
51
Tabela 4. Distribuição dos anos escolares das crianças e adolescentes da amostra.
Ano escolar f %
1º Ano Ensino Médio 23 11,4
2 º Ano Ensino Médio 31 15,3
4º Ano Ensino Fundamental 28 13,9
5º Ano Ensino Fundamental 31 15,3
6 º Ano Ensino Fundamental 26 12,9
7 º Ano Ensino Fundamental 6 3,0
8 º Ano Ensino Fundamental 4 2,0
9 º Ano Ensino Fundamental 31 15,3
Somente APAE 19 9,4
1º Ano Ensino Médio e APAE 1 0,5
2 º Ano Ensino Médio e APAE 1 0,5
7 º Ano Ensino Fundamental e APAE 1 0,5
Total 202 100,0
Nota. f: frequência, %: porcentagem
• Relatar não compreensão de alguma instrução do que era para ter sido feito
em algum item da CBCL.
4.3.3 Instrumentos
Child Behavior Checklist for Ages 6-18 (CBCL/6-18) (Anexo A) versão brasileira
Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 a 18 anos
traduzida por Bordin, Silvares, Rocha, Teixeira e Paula (2010).
52
4.3.4Procedimentos
Para todas as análises desse estudo foi utilizado o software livre R, em sua
interface R Studio (R Development Core Team, 2017). Para estatística descritiva,
foram utilizados os pacotes fields e Hmisc. Foi adotada a técnica de “parcela de itens”
na presente AFC, principalmente em decorrência do tamanho amostral que
impossibilitou a construção de modelos considerando a análises de todos os itens
(COFFMAN; MACCALLUM, 2005). Ou seja, os itens correspondentes a cada uma das
nove escalas foram somados de modo a se obter um total de cada uma delas, de
acordo com o apresentado no manual e da organização que pode ser vista na Figura
53
2 (Ansiedade e Depressão, Afastamento e Depressão, Queixas somáticas,
Comportamentos de quebrar as regras, Comportamento agressivo, Problemas
sociais, Problemas relacionados à pensamento, Problemas relacionados à atenção e
outros problemas).
Os modelos testados então buscaram, então, identificar se determinados
grupos de escalas corresponderiam às variáveis latentes de comportamentos
“Internalizantes”, “Externalizantes” e de, como foi denominado aqui, “Outras escalas”.
Anteriormente às análises, buscou-se inicialmente verificar a normalidade da
distribuição dos valores das variáveis, a fim de decidir se seriam utilizadas estatísticas
paramétricas ou não-paramétricas. Então, foram analisados os coeficientes de
Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk, por meio do pacote MVN no software livre R, em
sua interface R Studio (R DEVELOPMENT CORE TEAM, 2017).
Posteriormente, de modo a avaliar a qualidade do ajustamento dos modelos
construídos, via AFC, utilizaram-se os seguintes índices (HAIR, BLACK, BABIN,
ANDERSON; TATHAM, 2009; HU, BENTLER, 1998): significância de Qui-quadrado
(χ2): p > 0,05; o próprio valor de χ2, que quanto maior, pior o ajustamento do modelo;
Índice de Ajuste Comparativo (Comparative Fit Index, CFI) > 0,95, Índice de Tucker-
Lewis (TLI) > 0,95; Raiz Quadrada da Média do Erro de Aproximação (Root Mean
Square Error of Approximation, RMSEA) < 0,06; Intervalo de Confiança [IC] em 90%;
e Raiz Quadrada Média Residual Padronizada (Standardized Root Mean Square
Residual, SRMR) < 0,08. Foram, ainda, considerados aceitáveis valores CFI
superiores a 0,90, e valores de SRMR e RMSEA até 0,10 (HU; BENTLER, 1998).
Foram, também, utilizados índices que permitem a comparação entre modelos: Akaike
Information Criterion (AIC) e Bayesian Information Criterion (BIC), nestes casos,
quanto menor o valor apresentado dentre os modelos, melhor o ajustamento (BYRNE,
2016). Os pacotes adotados para todas essas análises foram: lavaan, semPlot,
clusterGeneration e knitr.
Os parâmetros de interpretação das Correlações de Pearson (r) adotados
foram de: 0 a 0,3 como fraca; 0,3 a 0,7 como moderada; e > 0,7 como forte (CRONK,
2017). O corte das cargas fatoriais foi estipulado em 0,40 (Damásio, 2012). Para
consistência interna foi utilizado o Ômega de McDonald hierárquico (ωh) para o teste
total e para cada fator independentemente foi utilizado o alfa de Cronbach (α). Adotou-
se o valor de > 0,7 como indicativo de boa consistência (CRONK, 2017). Para essa
54
última análise foram utilizados especificamente os pacotes psych e
userfriendlyscience.
55
5. RESULTADOS
5.1 Estudo 1
Tabela 5. Resultado Fleiss Kappa, adequação dos itens e motivos dos itens não
estarem adequados
Elementos Fundamentais Adequação dos Itens Motivos - Itens não adequados
Itens Fleiss Kappa Itens Fleiss Kappa A escrita não está clara (f (%))
6 0 84 0,333333333 2 (66%)
7 0 85 0,333333333 2 (66%)
18 0 109 0,333333333 2 (66%)
24 0
27 0
35 0
36 0
39 0
56
41 0
52 0
70 0
75 0
76 0
88 0
93 0
94 0
100 0
102 0
104 0
Nota: f: frequência, %: porcentagem
5.2 Estudo 2
Tabela 6. Médias, desvio-padrões e comparação dos grupos GSQ e GDI nos itens
da CBCL.
Grupos
Itens GSQ GDI d t P Escala
M (DP) M (DP)
Afastamento e
5 ,347 ,5080 ,909 ,5264 1,10 4,503 ,000
Depressão
Outros
6 ,069 ,3491 ,591 ,7964 1,06 4,380 ,000
problemas
Problemas
8 ,444 ,6026 1,273 ,8270 1,25 5,147 ,000 relacionados à
atenção
Problemas
9 ,417 ,8179 0,000 0,0000 -0,58 2,380 ,019 relacionados à
pensamento
Problemas
10 ,528 ,5807 ,955 ,7222 0,69 2,844 ,005 relacionados à
atenção
57
Ansiedade e
14 ,347 ,4794 ,045 ,2132 -0,70 2,859 ,005
Depressão
Problemas
18 ,014 ,1179 ,182 ,5011 0,64 2,643 ,010 relacionados à
atenção
Comportamento
19 ,681 ,4695 ,409 ,5903 -0,54 2,230 ,028
agressivo
Problemas
22 ,806 ,3985 ,545 ,5096 -0,61 2,504 ,014 relacionados à
pensamento
Comportamento
23 ,056 ,2307 ,636 ,7267 1,43 -5,931 ,000
agressivo
Outros
24 ,931 ,7930 ,500 ,7400 -0,55 2,262 ,026
Problemas
Problemas
27 ,083 ,2783 ,591 ,5032 1,47 -6,076 ,000
sociais
Problemas
29 ,125 ,3729 ,409 ,7341 0,59 -2,430 ,017
sociais
Ansiedade e
31 ,806 ,8663 ,136 ,3513 -0,86 3,525 ,001
Depressão
Ansiedade e
32 1,444 ,7671 ,727 ,8270 -0,92 3,769 ,000
Depressão
Problemas
36 ,014 ,1179 ,318 ,4767 1,20 -4,993 ,000
sociais
Problemas
38 ,167 ,3753 ,545 ,5096 0,92 -3,794 ,000
Sociais
Afastamento e
42 ,042 ,2620 ,500 ,7400 1,08 -4,460 ,000
Depressão
Comportamentos
43 ,069 ,2560 ,364 ,4924 0,90 -3,711 ,000 de quebrar as
regras
Ansiedade e
45 ,486 ,5033 1,045 ,7854 0,96 -3,959 ,000
Depressão
58
Problemas
48 ,042 ,2620 ,409 ,5032 1,10 -4,531 ,000
sociais
Queixas
49 ,042 ,2012 ,364 ,7267 0,82 -3,392 ,001
somáticas
Problemas
59 ,028 ,1655 ,409 ,7341 0,99 -4,123 ,000 relacionados à
pensamento
Problemas
60 ,028 ,1655 ,455 ,7385 1,11 -4,591 ,000 relacionados à
pensamento
Problemas
61 ,069 ,2560 ,818 ,7327 1,79 -7,387 ,000 relacionados à
atenção
- Problemas
62 ,097 ,3423 1,409 ,7341 2,82 ,000
11,656 sociais
Problemas
64 ,153 ,4331 ,818 ,7950 1,23 -5,081 ,000
sociais
Afastamento e
65 ,042 ,2620 ,545 ,7385 1,19 -4,909 ,000
Depressão
Problemas
66 ,014 ,1179 ,273 ,4558 1,06 -4,406 ,000 relacionados à
pensamento
Afastamento e
69 ,153 ,4645 ,455 ,5096 0,63 -2,607 ,011
Depressão
Problemas
0,000 0,0000 ,318 ,4767 1,38 -5,735 ,000
relacionados à
70
pensamento
59
Ansiedade e
71 ,069 ,2560 ,318 ,4767 0,77 -3,190 ,002
Depressão
Outros
74 ,069 ,2560 ,591 ,5903 1,44 -5,934 ,000
problemas
Problemas
76 ,014 ,1179 ,227 ,6119 0,68 -2,824 ,006 relacionados à
pensamento
Outros
77 ,028 ,1655 ,364 ,4924 1,20 -4,986 ,000
problemas
Problemas
-
78 ,125 ,3330 1,455 ,5958 3,24 ,000 relacionados à
13,370
atenção
Problemas
79 ,014 ,1179 1,091 ,9715 2,24 -9,297 ,000
sociais
Problemas
84 0,000 0,0000 ,182 ,3948 0,95 -3,957 ,000 relacionados à
pensamento
Problemas
85 0,000 0,0000 ,091 ,2942 0,64 -2,655 ,009 relacionados à
pensamento
Comportamento
86 ,125 ,3330 ,636 ,5811 1,26 -5,205 ,000
agressivo
Comportamento
87 ,111 ,3165 ,409 ,5903 0,75 -3,089 ,003
agressivo
Comportamento
88 ,139 ,3483 ,682 ,7162 1,18 -4,855 ,000
agressivo
Comportamento
89 ,042 ,2620 ,364 ,6580 0,82 -3,392 ,001
agressivo
Comportamentos
de quebrar as
90 ,042 ,2012 ,500 ,7400 1,15 -4,760 ,000
regras
Outros
,208 ,5018 1,091 ,8112 1,50 -6,173 ,000
93 problemas
Comportamentos
96 ,056 ,2307 ,227 ,4289 0,59 -2,446 ,016 de quebrar as
regras
Outros
98 ,042 ,2012 ,455 ,8004 0,97 -4,023 ,000
problemas
60
Problemas
100 ,028 ,1655 ,591 ,8541 1,29 -5,337 ,000 relacionados à
pensamento
- Afastamento e
102 ,014 ,1179 ,818 ,3948 3,71 ,000
15,345 Depressão
Afastamento e
,000 ,000 ,91 ,2942 0,64 -2,655 ,009
103 Depressão
Comportamento
104 ,069 ,2560 ,455 ,5096 1,16 -4,769 ,000
agressivo
Outros
109 ,028 ,1655 ,227 ,5284 0,68 -2,811 ,006
problemas
Outros
110 ,000 ,0000 ,091 ,2942 0,64 -2,655 ,009
problemas
Afastamento e
111 ,000 ,0000 ,136 ,3513 0,80 -3,336 ,001
Depressão
Ansiedade e
112 ,014 ,1179 ,227 ,6119 0,68 -2,824 ,006
Depressão
Nota. GSQ: Grupo de Criança Sem Queixas de Comportamento; GDI: Grupo de Criança com Deficiência
Intelectual; M: médio; DP: desvio padrão; t: teste t de Student ; p: valor de significância; d: Cohen d.
Tabela 7. Médias, desvio padrões e comparação entre os grupos GSQ e GDI nas
escalas da CBCL.
GSQ GDI
Escalas t p d
M DP M DP
AnD 5,09 3,39 4,59 2,06 0,66 0,51 -0,16
61
AfD 1,37 1,11 4,27 2,47 -7,74 < 0,001* 2,03
QS 3,65 4,03 3,27 2,47 0,41 0,67 -0,01
PS 1,97 1,94 6,05 1,94 -8,58 < 0,001* 2,30
PRP 1,58 2,36 3,86 3,99 -3,32 0,001* 0,91
PRA 4,23 4,12 7,96 2,55 -3,98 < 0,001* 1,07
CQR 1,08 1,72 2,05 1,09 -2,46 0,016* 0,65
CA 3,29 2,49 5,68 3,76 -3,46 0,001* 0,91
OP 3,11 2,46 7,14 4,67 -5,31 < 0,001* 1,39
Nota: GSQ: Grupo de Criança Sem Queixas de Comportamento; GDI: Grupo de Criança com Deficiência
Intelectual; M: médio; DP: desvio padrão; t: teste t de Student ; p: valor de significância; d: Cohen d; AnD:
ansiedade e depressão; AfD: afastamento e depressão; QS: queixas somáticas; OS: problemas sociais; PRP:
problemas relacionados à pensamento; PRA: problemas relacionados à atenção; CQR: comportamento de quebrar
regras; CA: comportamento agressivo; OP: outros problemas.
5.3 Estudo 3
62
Comportamento agressivo 0 21 3,93 3,43
Outros problemas 0 17 3,69 3,28
Nota. M: Média; DP: Desvio-padrão
Como resultado, pode-se verificar índices de ajuste não aceitáveis para os três
modelos. Porém, o que apresentou melhores índices foi o primeiro, mas ainda aquém
do esperado. Além disso, nas análises das cargas fatoriais, no fator “Externalizantes”
houve carga maior que um na escala de “Comportamentos de quebrar as regras”.
Todas as outras cargas fatoriais, em todos os modelos, podem ser
consideradas adequadas, não assumindo, por outro lado, valores para escalas serem
cortadas (Figura 3). Em relação à Consistência Interna, para o CBCL total, com todas
63
as escalas, foi identificado valor de ωh = 0,74. Para o fator Internalizantes: α = 0,82;
para o Externalizantes: α = 0,65; para o fator Outras escalas: α = 0,88; para o fator
Outras escalas sem a escala de “Outros problemas”: α = 0,84.
64
65
6. DISCUSSÃO
6.1 Estudo 1
66
situados em ambos ou até mesmo em outras escalas fatoriais. Os
comportamentos/sintomas descritos nos itens podem pertencer e ser decorrentes de
um mesmo construto e/ou uma condição psiquiátrica. Esse dado acaba por
enfraquecer os conteúdos teóricos defendidos para os itens e escala.
Segundo Pasquali (1998) na construção de itens, é necessário ter critério da
clareza, ou seja, o item deve ser inteligível para a população-meta, é recomendado
utilizar frases curtas, com expressões simples e inequívocas que representem
diretamente o construto. Frases longas e negativas podem incorrer na falta de clareza
conceitual, pois podem passar a descrever outros construtos. A preocupação tem que
ser sempre na compreensão das frases que representam tarefas a serem entendidas
e resolvidas. Assim, pode-se dizer que muito provavelmente os 19 itens não são
inteligíveis, possuem expressões equívocas, com falta de clareza. Bem como,
também, pode ser que não representem nenhum dos fatores das características
teóricas descritas e que eles precisariam ser revistos. Estudos como esses para o
CBCL não foram encontrados nacionalmente, a fim de verificar empiricamente suas
representações teóricas sua qualidade da escrita.
Na avaliação dos itens quanto à sua adequação para avaliação do
comportamento infantil, 117 se mostraram adequados, com concordância classificada
como “quase perfeita”. Houve concordância parcialmente adequado em apenas três
itens (84, 85 e 109), para os quais as especialistas apontaram que a escrita não estava
clara. Como sugestão para uma nova escrita dos itens 84 e 85, uma das especialistas
fez as seguintes observações: “item 84 - O que é comportamento estranho? Acho que
precisa descrever melhor. O mesmo tipo de consideração serve para os itens: 85 -
ideias estranhas”. Contudo, por uma questão de exequibilidade da pesquisa optou-se
por não reformular tais itens e os submetê-los a uma nova rodada de avaliação de
juízes. Mas espera-se que essas inconsistências sejam revistas pela editora.
Além disso, se faz necessária também a análise de validade
aparente/semântica, que envolve averiguar a opinião do público-alvo sobre os itens,
além da dos especialistas (URBINA, 2014). Tratando-se de pais/responsáveis no
presente caso, pode ser que tenham uma percepção diferenciada sobre a sua
compreensão, o que torna esse procedimento muito relevante. Portanto, sugere-se
que haja o refinamento do questionário em um estudo conduzido posteriormente e
que envolva tal análise. Segundo Pasquali (1998), na análise semântica o pesquisador
67
poderá explicar ao público-alvo o que ele pretende dizer com tal item. Normalmente,
neste caso, as próprias pessoas do grupo irão sugerir como se deveria formular o item
para expressar o que o pesquisador quer dizer com ele, possibilitando reformulações.
Como visto, a validade de conteúdo diz respeito se os itens que compõem o
teste são abrangentes e representantes dos construtos que pretendem avaliar. Assim
como as outras evidências de validade, é importante que seja assegurada (AERA;
APA; NCME, 2014). Porém, o presente estudo demonstrou que uma quantidade
considerável dos itens não demonstrou tal evidência. Desse modo, sugere-se que
estudos mais contundentes sobre essa validade sejam realizados para o CBCL, para
que, minimante, revejam tais itens. Apesar de todo montante de itens ter se
organizado em fatores por meio de análises exploratórias na concepção do
instrumento, seu conteúdo teórico deve ser compatível com o que está sendo avaliado
de acordo com especialistas na área, mesmo quando traduzido para outra cultura,
como é o caso.
6.2 Estudo 2
Esse estudo buscou verificar a validade baseadas nas relações com variáveis
externas da CBCL por meio da análise de comparação entre dois grupos: o primeiro,
pais/responsáveis respondentes de crianças e adolescentes com desenvolvimento
típico e o segundo, pais/responsáveis de crianças e adolescentes com deficiência
intelectual. Esperava-se obter a validade de critério, nesse caso, pior desempenho
do grupo com filhos com DI.
Para esse estudo foram verificadas as variáveis: gênero dos respondentes,
escolaridade dos respondentes e o gênero das crianças e adolescentes e a análise
de comparação não indicou diferenças entre os grupos. Contudo, em relação a
variável renda familiar apontou diferenças, os pais de com filhos com DI apresentaram
renda maior (média acima de dois salários mínimos) que os pais de filhos com
desenvolvimento típico.
Segundo Barros et al. (2017) o perfil dos pais de crianças e adolescentes com
DI são de baixa renda per capita. E em um estudo socioeconômico realizado com os
usuários e familiares da APAE de Presidente Prudente, Reversi e Couto (2017)
verificaram que a renda familiar desses usuários é em torno de 1 a 2 salários mínimos.
68
E ainda, Souza (2015), realizou uma pesquisa com 20 famílias de DI e mais da metade
das famílias (15) possuíam renda entre zero e dois salários mínimos. Assim, é possível
verificar que esses dados da literatura, são contrários aos resultados dessa pesquisa.
E essa diferença na renda talvez possa ser justificada pelo fato da escola pública estar
localizada na periferia, ou seja, é mais desfavorecida do que a APAE que fica no
centro da cidade.
Quanto aos grupos das crianças com desenvolvimento típico e DI, esse último
grupo apresentou piores resultados no CBCL em 60 itens. Além disso, com o objetivo
de verificar especificamente as diferenças entre as nove escalas que os
agrupamentos desses itens compõem, foram comparadas as médias obtidas em cada
uma delas entre ambos os grupos também. Somente nas escalas de Ansiedade e
Depressão e de Queixas Somáticas não houve diferença entre os grupos.
Esse resultado era esperado, pois na Deficiência Intelectual seus próprios
critérios diagnósticos (APA, 2014) já demonstram que os sujeitos devem apresentar
elevadas dificuldades comportamentais, como define Black e Grant (2014). Há déficits
no raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo,
aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência. Esses prejuízos
proporcionam um mau funcionamento adaptativo, de modo que o indivíduo não
consegue atingir padrões de independência pessoal e responsabilidade social em um
ou mais aspectos da vida diária, incluindo comunicação, participação social,
funcionamento acadêmico ou profissional e independência pessoal em casa ou na
comunidade.
Na escala de ansiedade e depressão temos os seguintes itens: item 14 “chora
muito”, 29 “tem medo de certos animais, situações ou lugares, sem incluir a escola “,
30 “tem medo da escola”, 31 “ tem medo de pensar ou de fazer alguma coisa ruim ou
errada”, 32 “acha que tem que fazer tudo perfeito, 33 “acha ou reclama que ninguém
gosta dele (a)”, 35 “sente-se sem valor ou inferior”, 45 “é nervoso (a) ou tenso (a)”,
50 “é muito medroso (a) ou ansioso (a)”, 52 “sente-se muito culpado”, 71 “fica sem
jeito na frente das pessoas com facilidade, preocupado (a) com o que os outros vão
pensar dele (a)”, 91 ”fala que vai se matar” e 112 “é muito preocupado (a)”. E na escala
de queixas somáticas: item 47 “tem pesadelos”, 49 “tem prisão de ventre, intestino
preso”, 51 “tem tonturas”, 54 “sente-se cansado (a) demais sem motivo”, 56 a. “dores”,
56 b. “dores de cabeça”, 56c. “náuseas, enjôos”, 56 d. “problemas com os olhos (que
69
não são corrigidos com o uso de óculos) (descreva)”, 56 e. “problemas de pele”, 56 f.
“dores de estômago ou de barriga”, 56 g. “vômitos”.
Tendo em vista que essas escalas são mais emocionais, aventou-se a
hipótese de que a percepção que o deficiente intelectual tem de seus problemas não
é alterada. Nesse sentido e em relação a esses fatores emocionais, Rodríguez (2004)
e Rodrigues (2009) enfatizam que a criança com Síndrome Down (que possui
majoritariamente Deficiência Intelectual), por exemplo, apresenta características
emocionais semelhantes aos de uma criança que não possui a síndrome, na mesma
faixa etária, ou seja, é tão rica quanto. Os problemas emocionais estão, na maioria
das vezes, ligados aos fatores ambientais e familiares. Outra hipótese, nesse sentido,
talvez seria até mesmo a maior renda do grupo com deficiência possa explicar um
maior acesso à saúde mental, o que poderia também explicar os dados encontrados
aqui (WHO, 2014). Desse modo, podemos confirmar que foi encontrada a evidência
de validade de critério, pois houve pior desempenho do grupo com filhos com DI na
maioria das escalas (sete das nove escalas).
6.3 Estudo 3
70
Segundo Kolenikov e Bollen (2012) quando ocorre um caso de Heywood, os
pesquisadores precisam determinar o motivo de sua ocorrência. Para o presente caso,
levantou-se a hipótese de uma má especificação do modelo (VDRIEL, 1978; DILLON,
KUMAR; MULANI, 1987; SATO, 1987; BOLLEN 1989).
Desse modo, foram testados mais dois, mas que, infelizmente, obtiveram piores
índices de ajuste. Neles, foi incluído mais um fator, denominado de “Outras escalas”.
Porém, em um obteve-se a seguinte composição: escalas de Problemas sociais,
Problemas relacionados à pensamento, Problemas relacionados à atenção e Outros
problemas; no outro testou-se basicamente com a mesma configuração, mas sem a
escala “Outros problemas”.
Levantou-se como hipótese de que se caso fossem incluídas todas as escalas
na AFC os índices de ajuste poderiam ser melhorados, por considerar as composições
dos construtos, provavelmente relacionados, de toda a escala, não somente de parte
dela, como testado no primeiro modelo. Porém, os resultados demonstraram que essa
hipótese não estava adequada, de acordo com análise dos novos índices de ajustes,
mais prejudicados. Para o modelo em que se retirou a escala “Outros problemas”,
considerou-se ainda a possibilidade de que o construto avaliado por ela seria
independente das outras escalas que compunham o fator “Outras escalas”, por isso
foi, além disso, testado um modelo sem sua integração. Por definição, tal escala avalia
(compulsão alimentar, comportamento de regressão, ou seja, inadequado para faixa
etária de idade, exibicionismo, muito comunicativo, dorme muito, etc). Já as escalas
Problemas sociais, Problemas relacionados à pensamento, Problemas relacionados
à atenção possuiriam em comum a dificuldade em expressar, comunicar, escutar e
relacionar com o outro.
De toda forma, o que se percebe e o que se teve dificuldade de encontrar tanto
na literatura como no próprio manual da CBCL, são seus delineamentos teóricos e
conceituais. Para o Estudo 1 dessa dissertação, buscou-se realizá-los para o estudo
de juízes, e os resultados foram em boa parte favoráveis. Contudo, por exemplo, 19
itens se mostraram ininteligíveis para que pudessem ser alocados com os “elementos
fundamentais” que deveriam representar. Esse dado demonstra o quanto a definição
teórica bem estabelecida pode interferir em estudos de validade futuros,
principalmente estruturais (TODD, 2017), como pode ter demonstrado também o
presente estudo.
71
Quanto à precisão da CBCL, realizada por meio da análise de consistência
interna, buscou-se verificar se cada um de todos os seus fatores mediriam a mesma
característica, um mesmo construto, de acordo com os resultados dessa análise
(SOUZA, A ; ALEXANDRE, N; GUIRARDELLO, E, 2017). Os resultados apontaram
que para todos os fatores obteve-se valores de consistência interna considerados
bons. Faz-se notar que somente para o fator “Externalizantes” houve um valor
encontrado abaixo do adotado como indicativo de boa consistência na presente
pesquisa (0,65; o parâmetro estabelecido havia sido de > 0,7). Porém, de acordo com
análise de algumas publicações sobre tal classificação, verificou-se que, de certo
modo, esse valor poderia ser aceitável (TABER, 2018). Desse modo, pode-se dizer
que foi encontrada precisão para CBCL.
72
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
73
Outra limitação foi em relação à própria perda amostral. Os CBCL’s enviados
aos pais/responsáveis das crianças e adolescentes voltaram em sua maioria em
branco e ou com algumas questões não respondidas. Assim cerca de 60% desses
testes não foram devidamente respondidos, o que impossibilitou de a pesquisa ter um
número maior de amostra. Portanto, é visto que ainda é necessário conduzir novos
estudos para avaliar as propriedades psicométricas da CBCL. Considera-se, dessa
forma, que os resultados aqui encontrados, apesar de breves, são de extrema valia
para que haja tal reconhecimento.
74
8. REFERÊNCIAS
75
Inventory para o português e correlação com a psicopatologia. J. bras.
psiquiatria. vol.60, no.4, Rio de Janeiro, 2011.
BLACK, D.W.; GRANT, J.E. Guia para o DSM-5: complemento essencial para o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014.
COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences (2nd ed.). Hillsdale,
NJ: Lawrence Earlbaum Associates, 1988.
76
EMERICH, D. R.; GONÇALVES, J. DE P. Diferenças Quanto ao Gênero entre
Escolares Brasileiros Avaliados pelo Inventário de Comportamentos para Crianças e
Adolescentes (CBCL/6-18). v. 43, n. 3, p. 8, 2012.
FRIZZO, G. et al. Reliability Of The Child Behavior Checklist And Teacher? S Report
Form In A Sample Of Brazilian Children. Universitas Psychologica , v. 14, p. 149-
156, 2015.
HAIR, J. F. et al. Análise multivariada dos dados (6a ed.). Porto Alegre: Bookman,
2009.
LANDIS, J.R.; KOCH, G.G. The measurement of observer agreement for categorical
data. Biometrics, v.33, n.1, 1977.
77
MASSOLA, G. M; SILVARS, E.F.S. A Percepção do distúrbio de comportamento
infantil por agentes sociais versus encaminhamento para atendimento terapêutico.
Revista interamericana de psicologia, 2005.
78
SANTOS, L. H. C. et al. Triagem cognitiva e comportamental de crianças com
dificuldades de aprendizagem escolar: um estudo preliminar. Revista Paulista de
Pediatria, 2012.
SOUZA, Ana Cláudia de; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; GUIRARDELLO, Edinêis
de Brito. Propriedades psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da
confiabilidade e da validade. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2017.
TABER, K. S. (2018). The use of Cronbach’s alpha when developing and reporting
research instruments in science education. Research in Science Education, 48(6),
1273-1296.
79
TODD F. Lewis. Evidence Regarding the Internal Structure: Confirmatory Factor
Analysis, Measurement and Evaluation in Counseling and Development, 50:4, 239-
247, 2017.
80
ANEXO A
81
ANEXO B
AVALIAÇÃO DE JUÍZES
(PROTOCOLO PARA ANÁLISE DE JUÍZES)
Procedimento
Tabela 1.
Modelo de definições dos elementos
82
Resultam da interação de múltiplos fatores em
3 Queixas somáticas contextos culturais que afetam como os indivíduos
identificam e classificam sensações corporais,
percebem a doença e buscam atenção médica para
si. Dessa forma, apresentações somáticas podem
ser vistas como expressões de sofrimento pessoal
inseridas em um contexto cultural e social.
Dependência do outro, mania de perseguição,
4 Problemas sociais sente-se rejeitado, pode apresentar problemas
físicos relacionados a dificuldade de se relacionar
ou comunicar.
83
Explosões comportamentais recorrentes
8 Comportamento agressivo representando uma falha em controlar impulsos
agressivos, conforme manifestado por um dos
seguintes aspectos: Agressão verbal (p. ex.,
acessos de raiva, injúrias, discussões ou agressões
verbais) ou agressão física dirigida a propriedade,
animais ou outros indivíduos, explosões
comportamentais envolvendo danos ou destruição
de propriedade e/ou agressão física envolvendo
lesões físicas contra animais ou outros indivíduos
Compulsão alimentar, comportamento de
9 Outros problemas regressão (inadequado para faixa etária de
idade), exibicionista, muito comunicativo,
dorme muito, etc.
Você está sendo convidado a atuar como juiz nesse estudo. A sua tarefa consiste em ler
cada um dos itens apresentados, considerando, posteriormente, o conteúdo apresentado nas
alternativas, na Tabela 2. Para isso você deve julgar, primeiramente, a qual elemento o item
corresponde, marcando o número (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9) na coluna correspondente.
Solicitamos que primeiramente leia atentamente a definição de cada elemento a fim de
obter melhor embasamento para julgar cada item. É muito importante que responda a todos os
itens, não deixando nenhum em branco. Caso erre, basta riscar a resposta errada e indicar a
resposta certa. Salientamos que você pode consultar as definições quantas vezes desejar,
inclusive durante o processo de resposta.
Exemplo:
Elemento
Item
Fundamental
10 Não consegue parar sentado(a), não para quieto(a) ou é hiperativo(a) 6
84
Tabela 2.
CHILD BEHAVIOR CHECKLIST FOR AGES 6-18 (CBCL/6-18)
85
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
86
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
106
107
108
109
110
111
112
113
Se marcar 0 ou 1 em algum item, favor indicar o motivo, podendo ser mais de um:
1 = A escrita não está clara.
2 = O item é inadequado para as idades do teste.
3 = O item está repetido
87
8 0 1 2 1 2 3
9 0 1 2 1 2 3
10 0 1 2 1 2 3
11 0 1 2 1 2 3
12 0 1 2 1 2 3
13 0 1 2 1 2 3
14 0 1 2 1 2 3
15 0 1 2 1 2 3
16 0 1 2 1 2 3
17 0 1 2 1 2 3
18 0 1 2 1 2 3
19 0 1 2 1 2 3
20 0 1 2 1 2 3
21 0 1 2 1 2 3
22 0 1 2 1 2 3
23 0 1 2 1 2 3
24 0 1 2 1 2 3
25 0 1 2 1 2 3
26 0 1 2 1 2 3
27 0 1 2 1 2 3
28 0 1 2 1 2 3
29 0 1 2 1 2 3
30 0 1 2 1 2 3
31 0 1 2 1 2 3
32 0 1 2 1 2 3
33 0 1 2 1 2 3
34 0 1 2 1 2 3
35 0 1 2 1 2 3
36 0 1 2 1 2 3
37 0 1 2 1 2 3
38 0 1 2 1 2 3
39 0 1 2 1 2 3
40 0 1 2 1 2 3
41 0 1 2 1 2 3
42 0 1 2 1 2 3
43 0 1 2 1 2 3
44 0 1 2 1 2 3
45 0 1 2 1 2 3
46 0 1 2 1 2 3
47 0 1 2 1 2 3
48 0 1 2 1 2 3
49 0 1 2 1 2 3
50 0 1 2 1 2 3
51 0 1 2 1 2 3
52 0 1 2 1 2 3
53 0 1 2 1 2 3
54 0 1 2 1 2 3
88
55 0 1 2 1 2 3
56
0 1 2 1 2 3
57 0 1 2 1 2 3
58 0 1 2 1 2 3
59 0 1 2 1 2 3
60 0 1 2 1 2 3
61 0 1 2 1 2 3
62 0 1 2 1 2 3
63 0 1 2 1 2 3
64 0 1 2 1 2 3
65 0 1 2 1 2 3
66 0 1 2 1 2 3
67 0 1 2 1 2 3
68 0 1 2 1 2 3
69 0 1 2 1 2 3
70 0 1 2 1 2 3
71 0 1 2 1 2 3
72 0 1 2 1 2 3
73 0 1 2 1 2 3
74 0 1 2 1 2 3
75 0 1 2 1 2 3
76 0 1 2 1 2 3
77 0 1 2 1 2 3
78 0 1 2 1 2 3
79 0 1 2 1 2 3
80 0 1 2 1 2 3
81 0 1 2 1 2 3
82 0 1 2 1 2 3
83 0 1 2 1 2 3
84 0 1 2 1 2 3
85 0 1 2 1 2 3
86 0 1 2 1 2 3
87 0 1 2 1 2 3
88 0 1 2 1 2 3
89 0 1 2 1 2 3
90 0 1 2 1 2 3
91 0 1 2 1 2 3
92 0 1 2 1 2 3
93 0 1 2 1 2 3
94 0 1 2 1 2 3
89
95 0 1 2 1 2 3
96 0 1 2 1 2 3
97 0 1 2 1 2 3
98 0 1 2 1 2 3
99 0 1 2 1 2 3
100 0 1 2 1 2 3
101 0 1 2 1 2 3
102 0 1 2 1 2 3
103 0 1 2 1 2 3
104 0 1 2 1 2 3
105 0 1 2 1 2 3
106 0 1 2 1 2 3
107 0 1 2 1 2 3
108 0 1 2 1 2 3
109 0 1 2 1 2 3
110 0 1 2 1 2 3
111 0 1 2 1 2 3
112 0 1 2 1 2 3
113 0 1 2 1 2 3
Deixe alguma observação que achar necessária, por exemplo: indique os itens que
são semelhantes, repetidos, para que possamos revê-los; indique uma nova forma de escrita
para algum item; reformule algum item para que fique mais compatível com a proposta do
instrumento, que é de avaliação do comportamento infantil por meio das respostas dos pais.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
90
ANEXO C
Venho por meio desta convidá-lo a participar de uma pesquisa que tem por título “Child
Behavior Checklist for Ages 6-18 (CBCL/6-18): revisão empírica de suas evidências de validade e
precisão”. Essa investigação será realizada por Rosimeire de Moraes Amorim, mestranda em
Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá, e pelo Dr. Rauni Jandé Roama
Alves, docente do curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso,
Campus Cuiabá. O objetivo geral de verificar evidências de validade e precisão para a “Child Behavior
Checklist for Ages 6-18 (CBCL/6-18)”.
Sua participação envolverá a investigação de evidências de validade baseadas no
conteúdo do CBCL. Para sua análise será enviado o CBCL junto a um protocolo para indicações sobre
os conteúdos do instrumento (para averiguar se estão sendo avaliadas as características psicológicas
ao que o instrumento se propõe e se são compatíveis com a teoria), bem como sobre a qualidade de
escrita dos itens. Esses dados serão analisados por meio de análise de concordância.
Cumpre ressaltar que sua não aceitação de participação e desistência na pesquisa não
gerará prejuízos e/ou perdas secundárias, como de ônus financeiro, de divulgação de sua não
conclusão de resposta, ou qualquer outro tipo de punição. Do mesmo modo, sua colaboração é
voluntária e não envolve o recebimento de nenhum tipo de recompensa e nenhum custo financeiro.
Esclarecemos também que em qualquer momento nos dispomos a explanar quaisquer dúvidas sobre
o estudo em andamento por meio dos contatos presentes no final desse termo.
Riscos: O GRAU DE RISCO DA PESQUISA É BAIXO e apesar de o CBCL se caracterizar
como um instrumento de fácil resolução e de fácil resposta, mesmo assim, poderá apresentar alguns
riscos psicológicos, gerados pelo fato de você talvez não se sentir confortável em analisar alguma (s)
das perguntas, e poder ter algum mal-estar, ansiedade, estresse, etc. Reforço que sua participação
poderá ser interrompida em qualquer momento da pesquisa, mesmo que já iniciada. Basta somente
avisar algum dos pesquisadores que estará encerrando sua participação.
Benefícios da pesquisa: essa investigação trará dados importantes sobre as habilidades
psicológicas/comportamentais de crianças e adolescentes filhos biológicos e adotados e com
transtornos neuropsiquiátricos no Brasil. As investigações envolvendo todos os grupos dessa pesquisa
será fundamental para levantar essas características e demonstrar, dessa forma, a funcionalidade de
tal instrumento. A identificação de características comportamentais breves, fornece uma triagem rápida
e encaminhamentos específicos para lidar com possíveis problemáticas nesses aspectos.
Serão garantidos o sigilo dos resultados obtidos, que somente serão utilizados para que sejam
atingidos os objetivos desse trabalho. Tais resultados serão repassados a você via e-mail.
Caso o (a) senhor (a) concorde em participar da pesquisa, deverá assinar o presente termo. É
importante destacar que serão incluídos na pesquisa, somente os Juízes que aceitarem participar.
Por fim, informo que este trabalho foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres
Humanos da Universidade Federal do Mato Grosso-Campus Cuiabá. CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA
OU RECLAMAÇÃO DE NATUREZA ÉTICA, VOCÊ PODERÁ ENTRAR EM CONTATO COM O
COMITÊ DE ÉTICA, O QUAL TÊM COMO FUNÇÃO DEFENDER OS INTERESSES DOS
PARTICIPANTES DA PESQUISA EM SUA INTEGRIDADE E DIGNIDADE E PARA CONTRIBUIR NO
DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DENTRO DE PADRÕES ÉTICOS. COORDENADORA: PROFA.
DRA. ROSANGELA KÁTIA SANCHES MAZZORANA RIBEIRO, INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, 1º.
ANDAR, SALA 31, TELEFONE: (65) 3615-8935, E-MAIL:CEPHUMANAS@UFMT.BR.
Atenciosamente,
Rosimeire de Moraes Amorim
Pesquisadora Responsável
Mestranda do curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso
Telefone para contato: (65) 99123040
Email: rosiamorim@gmail.com
91
Dr. Rauni Jandé Roama Alves
Pesquisador Responsável
Docente do curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso
Telefone para contato: (66) 999373732
Email: rauniroama@gmail.com
Após ter sido informado sobre os objetivos da pesquisa “Child Behavior Checklist for Ages
6-18 (CBCL/6-18): revisão empírica de suas evidências de validade e precisão”, aceito participar
voluntariamente na pesquisa citada.
_________________________________________________________
Assinatura do (a) Juiz (a)
__________________________________________
Rosimeire de Moraes Amorim
Assinatura do pesquisador
____________________________________________
Rauni Jandé Roama Alves
Assinatura do pesquisador orientador
92
ANEXO D
Prezado pai ou mãe, biológico ou adotivo. A presente pesquisa solicita que apenas UM de vocês
participe, respondendo-a.
Para isso, é necessário que quem irá responder tenha feito o Ensino Médio (antigo Colegial ou
Segundo Grau). Desde já, solicitamos que você confirme esse dado, preenchendo os dados abaixo:
Você está recebendo nesse envelope, os seguintes documentos grampeados uns aos outros:
(1) Essa folha que está lendo agora, chamada de “Guia de orientação aos pais”;
(2) “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pais”;
(3) Questionário socioeconômico;
(4) “Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos”;
(5) Formulário de entendimento dos itens do CBCL.
Instruções
1 –Essa folha que você está lendo agora chama-se “Guia de orientação aos pais”, e somente serve como
um passo a passo para o que você deverá fazer, e não deve ser assinado ou preenchido;
2 – Logo depois, atrás dessa folha, vem o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pais”, que
você deverá ler e assinar, caso aceite participar da pesquisa. Você ficará com uma cópia dele, tem um
solto dentro do envelope para você. Caso não deseje participar da pesquisa, pode parar de ler por aqui e
devolver esse envelope para escola. Caso queira participar, continue lendo;
3 – Após assinar o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pais”, na sequência existe um
questionário socioeconômico, que você também deverá preencher;
4 – Por último, existe o “Formulário de entendimento dos itens do CBCL”. Você só deverá preenchê-lo
se não entender alguma das perguntas do “Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes
entre 6 e 18 anos”. Se você tiver compreendido todas as perguntas, não precisa preenchê-lo.
5 – Após ler esse o presente “Guia de orientação aos pais”, preencher o questionário socioeconômico,
assinar o “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Pais” e preencher o “Inventário de
Comportamentos para crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos”, solicitamos que você os coloque
dentro do envelope novamente (ou seja, somente esses documentos que estão grampeados juntos; o
outro que veio solto fica com você). Solicitamos também que você os LACRE (fechando com cola),
pois contém informações pessoais suas e de seu filho. Você deverá entregar esse envelope novamente
para a escola. Obrigado!
93
ANEXO E
Prezado Pai/Mãe,
Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa que tem por título “Child Behavior
Checklist for Ages 6-18 (CBCL): revisão empírica de suas evidências de validade e precisão”. Tradução
brasileira “Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos” (CBCL).
Essa investigação será realizada por Rosimeire de Moraes Amorim, mestranda em Psicologia da
Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá, e pelo Dr. Rauni Jandé Roama Alves, docente
do curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso, Campus Cuiabá.
O OBJETIVO DA PESQUISA SERÁ DE VERIFICAR SE O QUESTIONÁRIO CBCL É UM TESTE
VÁLIDO, OU SEJA, SE ELE MEDE AQUILO QUE SE PROPÕE, NESSE CASO, SE ELE CONSEGUE
IDENTIFICAR PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO INFANTIL. ALÉM DISSO, SERÁ INVESTIGADO
SE O CBCL É CAPAZ DE MEDIR SEM ERROS, OU SEJA, SE ELE É PRECISO NA AVALIAÇÃO DOS
PROBLEMAS DE COMPORTAMENTOS.
A pesquisa envolverá a análise das respostas dadas ao instrumento CBCL, provindas de pais
ou mães de crianças ou adolescentes, com idades entre 6 a 18 anos de idade. Dessa forma, solicita-
se sua participação, para que você seja um desses pais, e responda a esse questionário, que está
grampeado ao final desse conjunto de documentos. Como parte da pesquisa, solicitamos que preencha
também o questionário socioeconômico, mais incialmente, após o “Guia de orientação aos pais”. Ao
finalizar o preenchimento de todos esses documentos, solicitamos que reenvie para escola, com o
envelope lacrado (fechado com cola).
Riscos: O GRAU DE RISCO DA PESQUISA É BAIXO e apesar de o CBCL se caracterizar
como um instrumento de fácil resolução e de fácil resposta, mesmo assim, poderá apresentar alguns
riscos psicológicos para você, gerados pelo fato de você não se sentir confortável em responder a
alguma (s) das perguntas, e poder ter algum mal-estar, ansiedade, estresse, etc. Reforço que sua
participação poderá ser interrompida em qualquer momento da pesquisa, mesmo que já iniciada, de
acordo com seu desejo. Então, se desejar parar de responder o instrumento depois que já tiver iniciado
seu preenchimento ou mesmo que entre em contato com os pesquisadores e solicite que seus dados
não sejam analisados, após já ter enviado para escola, isso tudo será respeitado e você será excluído
(a) da pesquisa.
Benefícios da pesquisa: ESSA INVESTIGAÇÃO TRARÁ DADOS IMPORTANTES SOBRE AS
HABILIDADES PSICOLÓGICAS/COMPORTAMENTAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES FILHOS
BIOLÓGICOS E ADOTADOS E COM TRANSTORNOS NEUROPSIQUIÁTRICOS NO BRASIL.
ESPERA-SE NÃO ENCONTRAR DIFERENÇAS ENTRE ESSAS CRIANÇAS, OU DIFERENÇAS
MÍNIMAS, QUE MUITAS VEZES POSSAM SER EXPLICADAS POR QUESTÕES MAIS AMBIENTAIS,
SENDO ESSE DADO IMPORTANTE PARA ROMPER PRECONCEITOS. Para os participantes da
pesquisa crianças e adolescentes que sejam filhos biológicos e adotados sem queixas de
comportamentos e sem deficiências físicas, com idades entre seis e 18 anos, os benefícios advindos
da sua participação envolvem o acesso ao resultado do teste aplicado, de modo que tenham
conhecimento acerca do que foi avaliado. Após o teste apontar alguma possibilidade de Deficiência
Intelectual de seu filho e em caso de necessidade de encaminhamento para atendimento especializado,
ele será ENCAMINHADO PARA O SERVIÇO DE PSICOLOGIA APLICADA (SPA) DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO, ONDE RECEBERÁ ATENDIMENTO DA PESQUISADORA. Para as
crianças que apresentarem boas habilidades cognitivas e sociais serão realizadas orientações para
que tais habilidades sejam ainda melhores desenvolvidas e aplicadas em seus cotidianos.
Reforço também que sua não aceitação de participação e desistência na pesquisa não gerará
prejuízos e/ou perdas secundárias, como de ônus financeiro, de divulgação de sua não conclusão de
resposta, ou qualquer outro tipo de punição. Do mesmo modo, sua colaboração é voluntária e não
envolve o recebimento de nenhum tipo de recompensa e nenhum custo financeiro. Esclarecemos
também que em qualquer momento nos dispomos a tirar quaisquer dúvidas sobre o estudo em
andamento por meio dos contatos presentes no final desse termo.
Serão garantidos o sigilo e o anonimato sobre sua identidade e a de seu (sua) filho (a), assim
como dos resultados obtidos, que somente serão utilizados para que sejam atingidos os objetivos desse
trabalho. Tais resultados serão repassados a você via e-mail.
94
Caso o(a) senhor(a) concorde em participar da pesquisa, o presente termo, em duas vias, deve
ser preenchido e assinado tanto pelo pesquisador como por você, TODAS AS PÁGINAS DEVERÃO
SER RUBRICADAS POR VOCÊ E PELO PESQUISADOR, FICANDO CADA UM COM UMA VIA para
consulta posterior caso necessário, (o outro está avulso a esse material, veio separado desse material
grampeado, dentro do envelope também e ficará com você). É importante destacar que serão incluídos
na pesquisa, somente os pais que aceitarem participar.
CASO HAJA ALGUMA DÚVIDA OU RECLAMAÇÃO DE NATUREZA ÉTICA, ENTRAR EM
CONTATO COM O COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO MATO GROSSO-CAMPUS CUIABÁ, O QUAL TÊM COMO FUNÇÃO DEFENDER OS
INTERESSES DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA EM SUA INTEGRIDADE E DIGNIDADE E PARA
CONTRIBUIR NO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DENTRO DE PADRÕES ÉTICOS.
COORDENADORA: PROFA. DRA. ROSANGELA KÁTIA SANCHES MAZZORANA RIBEIRO,
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, 1º. ANDAR, SALA 31, TELEFONE: (65) 3615-8935, E-
MAIL:CEPHUMANAS@UFMT.BR.
Atenciosamente,
Rosimeire de Moraes Amorim
Pesquisadora Responsável
Mestranda do curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso
Telefone para contato: (65) 99123040
Email: rosiamorim@gmail.com
Após ter sido informado sobre os objetivos da pesquisa “Child Behavior Checklist for Ages
6-18 (CBCL/6-18): revisão empírica de suas evidências de validade e precisão”, aceito participar
voluntariamente na pesquisa citada.
Nome do responsável:___________________________________________________
__________________________________________
Assinatura pai/mãe
__________________________________________
Rosimeire de Moraes Amorim
Assinatura do pesquisador
____________________________________________
Rauni Jandé Roama Alves
Assinatura do pesquisador orientador
95
ANEXO F
QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO
Escolaridade da mãe
Grau de escolaridade Marque um X
Analfabeto ou ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental
Ensino médio
Ensino superior
Escolaridade do pai
Grau de escolaridade Marque um X
Analfabeto ou ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental
Ensino médio
Ensino superior
96
ANEXO G
Se você não entendeu alguma das perguntas, solicito que escreva dentro do quadro abaixo da
forma que você quiser. Se você tiver compreendido todas as perguntas, não precisa preencher
essa folha.
Por exemplo:
Não entendi a pergunta 80. Fica com o olhar parado, “olhando o vazio” porque a escrita
estava confusa.
Continue...
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ANEXO H
98
ANEXO I
99
100
101
ANEXO J
102
103
104
ANEXO K
105
106
107
108
ANEXO L
109
ANEXO M
110
111
112
113
114
115