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Faculdade Aliança Educacional do Estado de SP

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

APS-ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADA I


INTRODUÇÃO A PEDAGOGIA
A Infância na Pedagogia

Fernanda Aragão Asakura 1

RESUMO

Nesta pesquisa percebemos que o brincar tem a função de educar e uma boa
investigação será possível transmitir meio concreto da desenvoltura da criança, a
utilização do brincar potencializa a exploração e a construção do conhecimento. Este
trabalho tece a construção de um estudo bibliográfico sobre a temática buscando
suporte teórico metodológico para proporcionar aos educadores de educação
infantil uma proposta de ação pautada nos valores éticos, morais afetivos através
das brincadeiras e jogos infantis. Aos profissionais da educação a necessidade de
que haja muita atenção, dedicação e carinho em suas devidas funções. O brincar já
é da natureza de todas as crianças, buscamos a fundamentação em Vygotsky
(1987), Kishimoto (2009), Piaget (1974), entre outros para que ao analisar melhor a
questão da brincadeira poderemos acrescentar algo em seu desenvolvimento
cognitivo.
Palavras-Chave: Brincar, Desenvolvimento, Lúdico.

ABSTRACT

In this research we perceive that play has the function of educating and a good
investigation will be possible to convey a concrete means of the child's
resourcefulness, the use of play makes exploration and the construction of
knowledge possible. This work builds a bibliographical study on the subject, seeking
methodological and theoretical support to provide the educators of children education
with a proposal based on ethical values, affective morals through play and children 's
games. Education professionals need to have a lot of attention, dedication and care
in their proper functions. The play is already in the nature of all children, we seek the
foundation in Vygotsky (1987), Kishimoto (2009), Piaget (1974), among others so
that by analyzing the play better we can add something in their cognitive
development.
Keywords: Play, Development, Playful.

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Graduando no curso de Licenciatura em Pedagogia
1
INTRODUÇÃO

Este trabalho de pesquisa tem como finalidade observar e analisar a


importância do brincar na educação Infantil.

O brincar é um precioso momento de construção pessoal e social, é


permeado pelo eixo de trabalho “Movimento”, onde a criança movimenta-se
construindo sua moralidade e afetividade perante as situações desafiadoras e
significativas presentes no brincar e inerentes à produção social do conhecimento.
As políticas públicas para garantir os direitos infantis precisam ser realmente
realizadas na prática, e contar com a ajuda da sociedade.
Na busca de novos conhecimentos sobre o tema nos deparamos com as
seguintes questões: O trabalho do professor dentro do processo ensino
aprendizagem na educação infantil deve ser flexível e ter espaço para brincar? O
Brincar é uma atividade essencial para o desenvolvimento infantil?
Esta pesquisa levou a entender melhor a necessidade de se trabalhar a
brincadeira, pois se trata de uma descoberta maravilhosa para se fazer a diferença
na construção do aprendizado, temos que ter uma visão pedagógica ampla, que
possamos mudar as diferentes formas de educar. O brincar já é da natureza de
todas as crianças
Os objetivos deste trabalho foram realizar investigações sobre a importância
do brincar para a aprendizagem, seu papel fundamental na socialização, assim
como no enriquecimento do vocabulário e na aquisição de conceitos.
Assim este trabalho visa transformar as brincadeiras infantis em um ato de
amor aos nossos futuros aprendizes, crianças de varias gerações que nunca tiveram
a oportunidade e nem o conhecimento do quanto às brincadeiras são tão
importantes quanto para o seu desenvolvimento emocional e sentimental.
No geral este trabalho tece a construção de um estudo bibliográfico sobre a
temática buscando suporte teórico metodológico para proporcionar aos educadores
de Educação Infantil uma proposta de ação pautada nos valores éticos, morais
afetivos através das brincadeiras e jogos infantis.
Com o apoio da Secretaria da Educação junto aos órgãos institucionais para
manter-se a organização no trabalho e projetos pedagógicos, capazes de fazerem a
diferença na vida de uma criança, é preciso mais conhecimento e renovação em sua

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formação, pois hoje vivemos em um mundo renovado e cheio de novidades.
Precisamos acabar com a insegurança de alguns profissionais da área que acham
que tudo é difícil de desenvolver e principalmente dar a oportunidade a novos
formandos que vêm chegando para fazer a diferença em nosso meio educacional.
Buscamos a fundamentação teórica em Vygotsky (1987), Kishimoto (2009),
Piaget (1974), entre outros para que ao analisar melhor a questão da brincadeira
poderemos acrescentar algo em seu desenvolvimento cognitivo. Nesta pesquisa
percebemos que os jogos tem a função de educar e uma boa investigação será
possível transmitir meio concreto da desenvoltura da criança, a utilização do brincar
potencializa a exploração e a construção do conhecimento.
No desenvolvimento deste trabalho refletimos sobre: relato histórico da
infância e da educação infantil, brincar é um direito garantido pela ONU e pela
constituição brasileira, a importância do brincar, conceito de ludicidade, teorias e
estudos sobre os jogos, teorias e estudos sobre as brincadeiras e finalmente
teceremos algumas considerações finais.

1.1 Brincar é um direito garantido pela ONU e pela Constituição brasileira

A Lei n.º 13.257/2016 prevê a formulação e implementação de políticas


públicas voltadas para as crianças que estão na “primeira infância”.
Além disso, a Lei nº 13.257/2016 altera o ECA, a CLT, a Lei nº 11.770/2008 e
o CPP.
A Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada na Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1959 e fortalecida pela Convenção dos Direitos da Criança de
1989, enfatiza: “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à
sociedade e às autoridades públicas garantirem a ela o exercício pleno desse
direito”.
O Brasil foi signatário dessa convenção. A Constituição Brasileira e o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) também asseguram esse direito que, neste ano,
foi fortalecido com o Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016).
A nova legislação coloca a criança desde o nascimento até os 6 anos como
prioridade no desenvolvimento de programas, na formação dos profissionais e na

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formulação de políticas públicas. A Lei assegura que a primeira infância deverá ser
protegida contra toda forma de violência e de pressão consumista (art. 5º).
É previsto pela Carta Magna Brasileira de 1988, Estatuto da Criança e da
Adolescência de 1990 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de
1996. Outros direitos infantis são pronunciados nesses documentos como os direitos
em relação à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, incluindo o lazer como
uma solução que deve ser de direito a todas às criança.

1.2 A importância do brincar

Segundo Weiss, (1989) a Alemanha (século XIX) era considerada a capital do


brinquedo, por fabricar grande parte dos mais belos brinquedos. No entanto, seu
objetivo não era entretenimento das crianças, e sim a decoração dos lares.
A importância do brincar para o desenvolvimento infantil só foi reconhecida
recentemente. Conforme Weiss, (1989), no século passado, a criança era
considerada um adulto em miniatura e todos os brinquedos lembravam os adultos
com todos seus detalhes.
Pesquisas em diversas áreas como: Psicologia, Sociologia e Pedagogia
começaram a ver a importância deste período na vida da criança. Só então o
brinquedo, o desenho infantil foi transformado em objetos de pesquisas. Com a
Revolução Industrial, o brinquedo deixa de ser peça artesanal, passando a ser
produzido em grande escala para atender a demanda virando mercadoria dentro do
nosso universo de consumo.
Atualmente o brincar é cada vez mais raro. Tudo são proibido e perigoso nas
cidades. Nas circunstâncias atuais e do futuro próximo, os psicólogos escolares e
outros especialistas dificilmente poderão esperar alterações nas instituições
escolares se permanecer a dualidade ensino-trabalho-controle-autoridade e recreio-
jogo-liberdade-espontaneidade. É preciso permitir à pessoa humana que conserve e
desenvolva sua unidade.
A brincadeira é uma das fontes de aprendizagem superior e a infância deveria
ser o ponto crucial para brincar. “A atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais e sociais superiores, por isso indispensável à prática
educativa”. (Almeida, 2000; p 26).

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Denominou a fase dos dois aos cinco anos de estágio básico de
desenvolvimento. A criança aprende um conjunto de habilidades, percepções e
motivação. Os repertórios adquiridos neste período desempenham papéis
significantes na determinação das futuras interações.
Por isso é que
Brincar é o trabalho das crianças e isso contribui para todos os domínios do
desenvolvimento. Por meio das brincadeiras, a criança estimula os sentidos,
aprende como usar os músculos, coordena a visão com o movimento,
obtém o domínio sobre o corpo e adquire novas habilidades (Papalia e Olds,
2010 p 291).
As brincadeiras desenvolvem o senso de competência e auxiliam na
aquisição de conceitos, como: nomear, descrever, ordenar, construir, redigir, criticar,
discriminar, entre outros. Já os jogos têm como função autocontrole, a aquisição de
flexibilidade e empatia, o desenvolvimento da cooperação e do senso de
criatividade, a capacidade de controlar respostas pessoais e de adquirir o
pensamento abstrato além de possibilitar um maior equilíbrio emocional.
O jogo, como atividade agradável, não pode ser confundido como o sentido
de competição que pode significar obrigação ou treinamento. Toda vez que o
elemento competitivo suplanta os demais atributos do brinquedo que tem como
essência a natureza criativa, perde a função de lidar com as condições humanas;
mais quando bem aproveitado é umas das mais construtivas experiências. O brincar
estimula a representação e evoca aspectos da realidade. O mundo imaginário é
proposto pelo objeto lúdico. Assim
O brinquedo fotografa e metamorfoseia a realidade. Este mundo imaginário
varia conforme a idade: para o pré-escolar estão carregados de animismo,
aos seis anos, a criança integra predominantes elementos da realidade. A
infância é a idade do possível e através das brincadeiras a criança pode
expressar o mundo real, seus valores e seu modo de pensar (Kishimoto,
2009; p 19, 20).
Segundo Kishimoto (2009), as brincadeiras infantis, apresentam como
características a não literalidade, o efeito positivo e a flexibilidade. Cria-se então um
clima propício para investigações necessárias à solução de problemas.
Ao atender necessidades infantis, o brincar torna-se uma forma adequada
para a aprendizagem de conteúdos escolares. O brinquedo pode ser usado como
recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa. Quando as situações
lúdicas são intencionalmente criadas com vistas a estimular certos tipos de

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aprendizagem é que surge a dimensão educativa e o educador pode potencializar
de ensino-aprendizagem. Isto ocorre quando

Utilizar o jogo na educação transporta para o ensino condições para


maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do
lúdico e da ação motivadora. O brincar potencializa a exploração e
construção do conhecimento. Faz-se necessário reconhecer o homem como
ser simbólico, cuja capacidade de pensar esta ligada à capacidade de
sonhar, imaginar e jogar com a realidade (Kishimoto, 2009; p 21).
Por ser livre de pressão e avaliação, a brincadeira cria um clima de liberdade,
propício à aprendizagem e são estimulado para o interesse, descoberta e reflexão.
Propicia experiências de êxito, é um canal de comunicação, motiva a superação de
objetivos cognitivos e emocionais, possibilita a autodescoberta, a integração e a
integração e a relação de confiança (Kishimoto, 2009).
O aspecto lúdico e prazeroso que existe no processo de ensino-
aprendizagem não se encaixa na concepção tradicionalista de educação, que
prioriza a aquisição de conhecimentos, a disciplina e a ordem como valores a serem
cultivados. A educação exige sérias discussões e práticas sobre as vivências
cotidianas dos seus alunos.
De acordo com Almeida (2000, p.47), a brincadeira é universal e própria de
saúde. O brincar facilita o crescimento e conduz aos relacionamentos grupais. É no
brincar que a criança desenvolve sua liberdade de criação, utiliza sua personalidade
integral e descobre o seu “eu”.
Em afinidade à inteligência criativa, o brinquedo pode ser avaliado como
reprodução significativa da organização psíquica da criança, podendo representar os
conflitos, tornando manifesto a estrutura preservativa do ego, a amplitude da
atividade livre e permitindo a análise da importância dos setores independentes do
ego. Às vezes é distinguida como atividade e infância declinada, mas a criança
constrói com suas brincadeiras um mundo que possui valor representativo.
Com a atividade lúdica (um dos aspectos mais legítimos do desempenho
infantil) é possível formar uma ideia sobre os tipos de mecanismos defensivos,
flexibilidade, espontaneidade, afeição à agressividade, entre outros. Podendo ser
utilizado na observação e tratamento psicológico, é um meio de demonstração que
coloca a criatividade em pratica e estimula a participação social.

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A criança em período pré-escolar tem sentimentos intensos que não sabe
expressar em palavras. As atividades lúdicas possibilitam formas de interação social
e obtenção de conhecimentos. Em sociedade de outras crianças, acontece o
desaparecimento pouco a pouco do individualismo, a evolução de novas formas de
brincar e o atuar de maneiras criadora e produtora.

A brincadeira de faz-de-conta tem uma outra função importante para a


criança pequena. Ela permite reviver situações que lhe causaram enorme
excitação e alegria ou alguma ansiedade, medo ou raiva, podendo nesta
situação mágica e descontraída expressar e trabalhar essas emoções muito
fortes ou difíceis de suportar. (OLIVEIRA, 2008, P.57)

Nos estudos realizados por Vygotsky (1988), sobre o desenvolvimento da


criança, ele considera que o brincar tem sua raiz na condição imaginária criada pela
criança, em que anseios considerados dificílimo podem ser realizados. Seria um
meio de reduzir crises, confusões e frustrações da vida real. Considera ainda que,
brincando a criança percebe o objeto não da maneira que é mais sim da maneira
que ele queria que fosse, ou seja, a criança dá ao objeto um novo significado. Desta
forma, é através do brincar que a criança irá agir numa esfera cognitiva.

1.3 Conceito de ludicidade

Para trabalhar com o conceito de ludicidade vamos mostrar opiniões de diversos


autores sobre a ludicidade na educação infantil.
Começando com Vygotsky (1987) que acreditava que a brincadeira é uma
atividade específica para a criança, em que ela recria a realidade usando os jogos e
suas regras, criando-se assim uma zona de desenvolvimento determinado pela
capacidade de se resolver um problema ou pela resolução do problema em questão.
Porém Vygotsky classifica o brincar em algumas fases. Na primeira fase a
criança se distancia de seu real do que lhe foi proposto pela mãe. Já na segunda
fase por volta dos sete anos caracteriza-se a imitação, ou seja, a criança copia os
adultos a sua volta, e por fim na terceira fase onde a ludicidade não esta mais tão
presente, pois começam a surgir o real e as regras e convenções a elas associados.
Vygotsky (1987), ainda defende que o jogo deve ser mais explorado na esfera
educacional mostrando assim a importância do papel do professor, pois é ele quem
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cria os espaços, disponibiliza materiais e faz a mediação na construção do
conhecimento. Vygotsky diferentemente de Piaget acredita não ter idade para a
ludicidade, para ele, o desenvolvimento ocorre ao longo da vida, como também
acredita que o sujeito não é ativo nem passivo e sim interativo, defendendo assim o
faz-de-conta e que Piaget defende a realidade, o jogo simbólico.
Piaget (1974) diz que a ludicidade é o berço das atividades intelectuais das
crianças sendo assim indispensável na educação. Com todo seu estudo Piaget
concluiu que as crianças não raciocinam como adultos, descobrindo isso
recomendou aos adultos mudarem sua abordagem com as crianças, modificando
assim a teoria pedagógica que afirmava que a mente de uma criança era vazia. Por
fim fazendo uma comparação com as teorias de Vygotsky conclui-se que um
completava a teoria do outro.
Analisando as perspectivas de Vygotsky (1987) e Piaget (1974) pode-se
afirmar que a ludicidade tem um importante papel na educação infantil, ou seja, no
desenvolvimento da criança. Enquanto elas brincam se desenvolvem e se
socializam, descobrindo assim seu lugar na sociedade, através do brinquedo e da
brincadeira, ocasionando assim uma melhora significativa na leitura e escrita, por
isso esses dois estudiosos defendem o brincar na educação infantil.
Huizinga (1990) foi um dos autores que mais se aprofundou nesse assunto,
estudando o brincar em diversos idiomas, chegando à conclusão que o jogo é uma
atividade de ocupação voluntária, exercida dentro de certos limites.
Já Marcelino (1990) entende o lúdico como um componente da cultura
histórica, permitindo não somente consumir cultura mais sim criar cultura. O lúdico
pode ser usado como um recurso, que propicia um ensinar de forma correta, simples
e divertida. A criança também constrói seu conhecimento, em brincadeiras próprias,
as quais chamam de livres. O professor neste caso não é o dono do saber, mas ele
será o mediador, ajudando-a através do lúdico, fazer descobertas e juntos
construírem e reconstruírem seu conhecimento. Desta forma, percebemos que a
educação infantil, deve propiciar o desenvolvimento e descobertas, de forma
prazerosa, compreendendo que a criança tem seu “mundo” repleto de brincadeiras e
imaginação, e devemos procurar utilizar estas características para nos tornarmos
cada vez mais próximos de suas necessidades, proporcionando à criança um
desenvolvimento completo, em todos os aspectos.
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Para Vygotsky (1987), a aprendizagem e o desenvolvimento estão
estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio
objeto e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de
construção. O brincar permite, ainda, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar,
a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua
individualidade, sua marca pessoal e sua personalidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os direitos da criança são do conhecimento de todos, principalmente os mais


divulgados como o direito à educação, a saúde, alimentação, liberdade e ao lazer. O
meio onde muitas crianças vivem não favorecem o acesso as oportunidades para
uma vida melhor.
O fato de a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) ter
reconhecido que a criança pequena deve ter acesso à educação infantil em creches
e pré-escolas foi um grande progresso na tentativa de mudar o visão do
assistencialismo à infância, uma vez que o acolhimento educacional passou a ser
efetuado com a criança, desde o nascimento aos três anos, em creches, e dos
quatro até os seis anos, em pré-escolas.
As políticas públicas para garantir os direitos infantis precisam ser realmente
realizadas na prática, e contar com a ajuda da sociedade.
O trabalho formal do professor dentro do ensino aprendizagem na educação
infantil, deve ser flexível e ter espaço para brincar, visto que é uma atividade
essencial para o desenvolvimento.
A principal questão reside em como utilizar o brincar, para que explorando o
interesse natural das crianças, as atividades curriculares possam ser geradas e
trabalhadas.
Diversos autores afirmam que a utilização do brincar potencializa a
exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna,
típica do lúdico. De extrema importância, o brincar enriquece a experiência sensorial,
estimulando a criatividade e desenvolve habilidades.
Contudo, mesmo sendo atribuído um lugar de destaque ao brincar, a maioria
dos professores não o insere nas práticas pedagógicas adotadas, tornando seus
discursos equivocados, assinala o uso do brincar no ambiente escolar é
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negligenciado, visto como uma atividade de descanso ou desgaste, perdendo seu
valor educacional.
O brincar deveria deixar de ser visto como tempo improdutivo e passar a ser
utilizado como uma das principais estratégias de aprendizagem, pois brincando a
criança conhece mais de si mesma e do ambiente que a cerca, aprende a dominar o
mundo e desenvolver seus sentidos, destrezas, imaginação, intelecto, linguagem,
entre outros.
Esta pesquisa não teve a pretensão de esgotar o assunto, porém, pode ser o
início de um projeto que contribua para utilização correta e eficiente da atividade
lúdica, podendo promover o desenvolvimento físico, intelectual e social das crianças,
uma vez que brincar é um direito fundamental quer da criança de quatro ou de dez
anos, além de ser a sua linguagem básica, o meio pelo qual se expressa, levanta
hipótese e sonha.
A tarefa de educar é ao mesmo tempo simples e complexa, em proporções
difíceis de precisar. Complexa pela exigência de ensinar sem direcionar, pela
disciplina sem punição, mas longe da permissividade. Pelo trabalho com o coletivo,
respeitando cada individualidade e principalmente por apontar caminhos que por
vezes não se ousaria indicar. Simples por estar ao alcance de qualquer pessoa com
grande capacidade de amar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em: 12 mar. 2023.

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Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm.
Acesso em 12 mar. 2023.

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Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm. Acesso
em 12 mar. 2023.

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