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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FORMAÇÃO BÁSICA PARA A

EDUCAÇÃO BÁSICA

CLÁUDIA DE OLIVEIRA DIAS QUARESMA

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DAS BRINCADEIRAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

CAJAZEIRAS-PB
2022
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Cláudia de Oliveira Dias Quaresma


claudiadiasc11@gmail.com

RESUMO

Este trabalho mostra a importância do brincar na Educação infantil, como uma


prática obrigatória perante o sistema de ensino, oportunizando o professor como
principal mediador no espaço escolar, assim como documentos que garantem e
sustentam essa tese do brincar e as brincadeiras como parte do desenvolvimento
das crianças. Nesta fase inicial da vida, colaborando para que haja interação, e eles
possam se desenvolver em seus aspectos físicos, cognitivo, social e emocional.
Assim, o objetivo geral desse artigo foi enaltecer o papel do brincar e das
brincadeiras na Educação Infantil, com um olhar direcionado a contribuição que esta
prática proporciona para o desenvolvimento da criança. Por meio desse estudo, foi
possível refletir e considerar a brincadeira como algo fundamental para a
aprendizagem e desenvolvimento integral da criança.
Palavras chave: Educação Infantil. Brincar. Brincadeiras. Direito.

Abstract:

This work shows the importance of playing in Early Childhood Education, as a


mandatory practice in the education system, providing the teacher with opportunities
as the main mediator in the school space, as well as documents that guarantee and
support this thesis of playing and games as part of the development of kids. In this
early stage of life, collaborating so that there is interaction, and they can develop in
their physical, cognitive, social and emotional aspects. Thus, the general objective of
this article was to praise the role of playing and games in Early Childhood Education,
with a focus on the contribution that this practice provides for the development of the
child. Through this study, it was possible to reflect and consider play as something
fundamental for the child's learning and integral development.

Keywords: Early Childhood Education. Play. Jokes. Right.


1. INTRODUÇÃO
A Educação Infantil é a parte inicial da educação básica, compreendida por
creche e pré-escola, a partir da Constituição Federal (1988) passando a
obrigatoriedade ao sistema de ensino, e assim, possam adequar os ambientes, onde
o brincar e as brincadeiras permitam que as crianças se desenvolvam em seus
aspectos físicos, cognitivo, social e emocional.
Reconhecer a importância do brincar e das brincadeiras para a Educação
Infantil, sabendo que a criança é um ser em desenvolvimento, e aprendem de
diversas formas. Considerando o papel do professor como essencial para o
processo de desenvolvimento e aprendizagem, bem como, os brinquedos e as
brincadeiras, como elementos propiciadores de estímulos a imaginação, e a outros
potenciais inerentes as crianças.
O brincar é essencial no processo de desenvolvimento das crianças e pode
ser construído por etapas. Sendo assim, nesse processo, será importante abordar
alguns documentos que validam o brincar como parte do desenvolvimento da
criança na educação infantil, quegarantem às práticas educativas do professor, que
atua comoprincipal mediador no ambiente de sala de aula.
O presente trabalho tem como objetivo enaltecer a importância do brincar e
das brincadeiras na educação infantil, procurando contribuir para o desenvolvimento
cognitivo, social e emocional das crianças, uma das etapas fundamentais para o
desenvolvimento humano.
Por isso, é indispensável mostrar a importância do brincar e das brincadeiras,
como um direito, e também como uma atividade facilitadora no processo de
aprendizagem, onde a criança possa desenvolver sua autonomia, e com isso,
favoreça a construção de sua identidade.
Para ampliar a temática, foi realizada uma entrevista com um olhar no brincar
de ontem e de hoje.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Educação Infantil: o brincar como um direito


O brincar é um direito que deve ser considerado. Brincar, segundo o
dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar."
Sendo assim, brincar é sentir a liberdade que o ser criança proporciona.
Compreendendo que, por meio das brincadeiras elasdesenvolvem a interação
social, a autonomia, como também suas emoções.
Conforme Navarro (2009), brincar, é uma atividade essencial para o
desenvolvimento infantil, não pode ser visto somente com fins didáticos para a
alfabetização. Tem que ser percebido como uma atividade essencial e
potencializadora do desenvolvimento, e que proporciona à criança durante seu
processo a capacidade de ler o mundo adulto, opinando e criticando-o.
A Constituição Federal de 1988 foi o primeiro documento criado que ressalta
a educação como um direito da criança em creches e pré-escolas, e de acordo com
a lei, a criança sendo vista como cidadã.

O Estado tem o dever de efetivar a Educação mediante a garantia


de: atendimento em creche e pré-escolas às crianças de zero a seis
anos de idade... (Brasil, 1988, cap.III, art. 208, inciso IV).

A partir de então, foram criados outros documentos que corroboram com as


garantias dos direitos essenciais para o desenvolvimento das crianças na educação
infantil. Em 1990, foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que
evidencia que a criança tem direito a uma vida digna: “[...] com oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral espiritual e
social, em condições liberdade e de dignidade.” (BRASIL, 1990). Ainda de acordo
com o pensamento de Brasil, (1990, Art. 16, Inc. IV), o direito à liberdade
compreende: “brincar, praticar esportes e divertir-se.” O brincar, e as brincadeiras
são direito de todas as crianças.
É com as brincadeiras que acontecem a interação com os outros e com o
mundo. Brincando a criança adquire várias experiências e habilidades, que propicia
o seu desenvolvimento. Segundo diz a LDB, lei 9394/96, Art.29:

A Educação Infantil é conceituada como a primeira etapa da


Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral
da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade. (BRASIL, 1996).
Outro documento mais recente é a Base nacional Comum Curricular (BNCC),
que ressalta:

A brincadeira como um direito primordial para o desenvolvimento da


criança na educação infantil. Nelao brincar faz parte da
aprendizagem, assim como os demais direitos: Conviver, participar,
explorar, expressar e conhecer-se. (BRASIL, 2017, p.36).

Nessa perspectiva, são direitos prioritários que asseguram seu pleno


desenvolvimento, em todos os âmbitos da vida da criança.

2.2. O papel do professor como mediador na Educação Infantil

A realidade propõe uma educação que valorize as potencialidades das


crianças, assim como as singularidades, diante disso, o professor precisa estar
atento às suas práticas.
O professor é um mediador no espaço escolar da educação infantil. Ele
sugere as propostas. Compreendendo que as crianças aprendem pelo meio das
interações. No ambiente escolar, o professor é um dos responsáveis por apresentar
as práticas pedagógicas, sugestões e experiências que possam despertar nas
crianças seus potenciais.
Conforme, Zabalza (1998), “o ambiente da aula, enquanto contexto de
aprendizagem constitui uma rede de estruturas espaciais, de linguagens, de
instrumentos e, finalmente, de possibilidades ou limitações para o desenvolvimento
das atividades formadoras (p. 236).”
Através do brincar é possível desenvolver as múltiplas habilidades que a
criança tem, e com isso, trabalhar de acordo com as singularidades por elas
apresentadas. Cabe ao professor estruturar as atividades e brincadeiras a partir da
realidade, abrangendo o brincar como o processo de desenvolvimento, para que
seja ampliada a capacidade de imaginar e perceber o mundo a sua volta.
De acordo com Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil as
brincadeiras possibilitam ao professor:

Por meio das brincadeiras os professores podem observar e


constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças
em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas
capacidades de uso das linguagens, assim como de suas
capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que
dispõem. (BRASIL, 1998, p.28)

É com as brincadeiras que acontecem as interações com os outros e com o


mundo. Brincando a criança adquire várias experiências e habilidades, que
propiciam seu desenvolvimento, e sendo assim, o professor tem o papel de
direcionador desse processo, possibilitando a construção dos saberes através das
brincadeiras.
Wajskop (2005, p.38) destaca a importância da presença do adulto nas
brincadeiras, o colocando como componentecomplementar “ora como observador e
organizador, ora como personagem que explicita ou questiona e enriquece o
desenrolar da trama, ora como elo de ligação entre as crianças e o objeto”.
Deste modo, objetivam-se várias possibilidades de interação entre o brincar e
as brincadeiras proposta pelo o adulto ou pela as próprias crianças. Por isso, é
fundamental o professor entender os desafios da educação infantil. Pois é nesta
etapa de desenvolvimento, que as crianças constroem seus conhecimentos a partir
das interações com os adultos e no ambiente que convivem.

2.3. Brincadeiras da infância: um olhar de ontem e de hoje

A ludicidade é algo que faz parte do contexto da educação infantil. No


ambiente escolar, deve ser uma coisa natural as brincadeiras, com o intuito de
proporcionar uma aprendizagem, voltada as capacidades de desenvolvimento
integral das crianças. Sendo assim, destaca-se que:

É através do brincar que a criança se humaniza, aprendendo a


criar vínculos afetivos, bem como a construção de sua autonomia
e sociabilidade, enfrenta o desafio de aprender a andar com as
próprias pernas e a pensar com sua própria cabeça
(FERNANDES, 2013, p.05).

Considerando as capacidades das crianças e percebendo que são seres


aprendentes, espontâneos na sua maneira de agir, vivem em vários contextos, onde
o brincar reitera suas relações e influencia diretamente no seu aprender.
Conforme o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,
1998, p. 27, v.01):
No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços
valem e significam outra coisa daquilo que aparentam ser. Ao brincar
as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram
origem, sabendo que estão brincando.
Fazendo um comparativo, existem várias formas e significações para as
brincadeiras, assim falou a entrevistada (adulta, 2022):

“Eu brincava de casinha debaixo das árvores. Não tínhamos


brinquedos. Elas eram sabugos de milhos enrolados em pano, cacos
de louças e flores e frutos das árvores: como pereiro, mufumbo eram
as galinhas, dentre outros objetos que encontrava no terreiro de
casa”.

Sendo assim, afirma Vygotsky (1998, p. 137) que “a essência do brinquedo é


a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da
percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. A
forma que cada criança percebe as coisas, é única. Por isso, a criatividade dela, é
múltipla.
De outra maneira, ressaltou a criança, (2022):

“Quando estou com meus primos e amigos, nós brincamos de pega-


pega, congela, esconde – esconde, bobinho, mata a mata, bolinha de
gude ou “bila”, estátua, pega-pega, rouba bandeira e jogo no celular,
mas, na escola eu não brinco”

A partir do diálogo com ambas, foi possível observar que algumas das
brincadeiras, que a adulta brincava, a criança brinca atualmente.
A adulta (2022), refletiu e disse:

Eu brincava também, de passar o anel: o anel era uma pedra, onde o


passador passava de mão em mão, e depois escolhia um e
perguntava: quem está com o anel? Se à pessoa errasse levava um
“bolo” que era uma tapa na mão; e se adivinhasse ia passar o anel.
Pular cordas, cademia (amarelinha), Cabra cega: a brincadeira era
você amarrar um pano nos olhos da pessoa, dava uma girada e essa
pessoa ia tentar tocar em alguém, quando tocava no colega, ele ia
ser o próximo cabra cega. Pega-pega, ou “pode era a mesma coisa,
trava língua.

Enfatizou a adulta (2022): “de todas as brincadeiras, a que eu mais gostava


era de brincar de casinha”.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil
(BRASIL, 1998, p. 27, v.01):

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que


assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira,
as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal,
transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e
características do papel assumido, utilizando-se de objetos
substitutos.

Conforme explica Navarro (2009), o brincar é uma atividade difícil de ser


caracterizada, o que se deve ao seu caráter subjetivo, mas pode-se afirmar que é
social e livre, pois não é possível obrigar ninguém a entrar na brincadeira, possui
regras e uma situação imaginária. É atividade dominante na infância, e é por meio
dela que as crianças começam a aprender.
De acordo com Vygotsky (1998), o papel do brinquedo, nomeia à brincadeira
de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um
cabo de vassoura como se fosse um cavalo.
Nesta ação, vale observar os afetos que as crianças colocam ao brinquedo e
a forma como se comunica com as outras, favorece a interação, como também a
imaginação. Com as brincadeiras elas podem desenvolver outras capacidades tais
como: criatividade, inteligência, sociabilidade, estabelecendo uma relação com o
lúdico, e com isso, ampliem as percepções do que se imagina, do que é real.

3. METODOLOGIA

A pesquisa foi qualitativa de caráter descritivo, realizada com uma adulta de


sessenta sete anos e uma criança de dez anos. A análise foi feita a partir de uma
entrevista, que foi pautada em saber quais as brincadeiras de infância a que adulta
brincava, e quais a criança brinca? Fazendo um contorno, diferenciando o brincar de
ontem e de hoje.
Para Minayo, (2000), uma atitude do observador científico consiste em
colocar-se sob o ponto de vista do grupo pesquisado, com respeito, empatia e
inserção o mais íntimo possível. Significa abertura para o grupo, sensibilidade para
sua lógica e sua cultura, lembrando-se de que a interação social faz parte da
condição e da situação da pesquisa. (p.138).
Para elaboração deste trabalho, foi sugerido uma entrevista com duas
pessoas: um adulto com mais de cinquenta anos e uma criança com mais de cinco
anos. Como também a pesquisa é bibliográfica e baseia-se em subsídios teóricos de
autores com enfoque no tema, a importância do brincar na Educação Infantil, tais
como: Constituição Federal, (Brasil, 1988), Navarro (2009), (Vygotsky,1998),
(Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990), Referencial curricular nacional para a
educação infantil, (Brasil,1998), dentre outros que colaboraram para enaltecer essa
temática.

4. ANÁLISE E RESULTADOS

A entrevista foi semiestruturada, realizada com uma adulta de sessenta e sete


anos de idade e uma criança de dez anos de idade, ambas moram na zona rural.
Elas foram bastante receptivas, sendo que a adulta conseguiu detalhar com mais
ênfase as perguntas. A proposta foi questionar: quais as brincadeiras da sua
infância?
O foco da análise foi além de fazer as perguntas, observar a postura das
entrevistadas, que vivem em uma realidade rural.
A adulta só conseguiu chegar até a quarta série, ia para a escola a pés todos
os dias, e a escola funcionava na casa da professora, e ainda tinha que fazer a
própria merenda para levar a escola, e segundo ela não tinha nenhuma expectativa
de vida. Já a criança, está no quarto ano do ensino fundamental I, e vai para a
escola de ônibus, onde tem merenda e um ambiente adequado para que ocorra o
seu pleno desenvolvimento. Segundo a criança: Quando eu crescer, quero ser
médica.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que a escola deve ter espaços e profissionais preparados para


atender as crianças em suas especificidades, garantindo os seus direitos em todas
as áreas do conhecimento, favorecendo as experiências e capacidades inerentes
nesta fase da vida.
Ainda, foi possível reconhecer o papel do professor, como mediador das
brincadeiras no processo de desenvolvimento e aprendizagem, como também, na
construção das relações, e assim, evidenciando as potencialidades presente na
criança.
Ao brincar a criança participa de diversas experiências, passa a ter um novo
olhar do mundo e das pessoas que o cerca. Então, brincar não é somente um
passatempo, também possibilita novas formas de interação com a realidade, então,
acontece a aprendizagem, a socialização e a construção de novos saberes.
Portanto, ressaltar a importância do brincar e das brincadeiras na educação
Infantil, como um direito, que faz parte da vida da criança no contexto de escolar, ou
fora dele.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05.10.1988. Brasília,


1988. Disponível em: planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.

BRASIL. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996, dispõe sobre as Diretrizes e


Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996.

BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da


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MEC/SEF, 1998.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Escolar Século XXI: o


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FERNANDES, V. de J.L. A ludicidade nas práticas pedagógicas da Educação


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MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São


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VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


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WAJSKOP, G. Brincar na Pré-escola. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.


ZABALZA, Miguel Antonio. Qualidade em educação infantil. Tradução Beatriz
Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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