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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE CAJAZEIRAS-ISEC

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR SÃO FRANSISCO-CESF


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

MARIA JOSÉ BARBOSA DE ANDRADE

LITERATURA INFANTIL: CONTOS E HISTÓRIAS

CAJAZEIRAS, PB

2018
MARIA JOSÉ BARBOSA DE ANDRADE

LITERATURA INFANTIL: CONTOS E HISTÓRIAS

Projeto apresentado à disciplina organização e


práticas do ensino infantil, para desenvolver na
sala de maternal I, sob a orientação da
professora Rosilene Lopes.

CAJAZEIRAS-PB

2018
SUMÁRIO
JUSTIFICATIVA..............................................................................................................4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................4
METODOLOGIA..............................................................................................................7
CRONOGRAMA DO PROJETO.....................................................................................8
REFERÊNCIAS:...............................................................................................................8
ANEXOS:..........................................................................................................................8
1 JUSTIFICATIVA

As historias infantis servem de ferramenta para que através delas, as crianças


passem conhecer o mundo a partir de um espaço imaginário, desenvolvendo assim, a
interação, e a criatividade. Faz parte de nossa cultura contar e ouvir histórias,
possibilitando uma aproximação ao universo da leitura e escrita, o que favorece a
ampliação de um bom vocabulário, e com possibilidades de estimular o imaginário das
crianças. Diante desses fatores, a escola é apresentada como o lugar ideal para
desenvolver essas desenvolturas em relação ao trabalho com histórias e contos infantis.

O trabalho com histórias e contos na educação infantil é capaz de promover a


capacidade de lidar com situações diversas, onde o prazer de contar e ouvir histórias
desperta no aluno e no professor o senso crítico, e a autonomia de trabalhar de forma
individual e em grupo. Esse projeto irá proporcionar aos alunos as diversas vivências no
desenvolvimento da leitura, tendo como objetivos promover a socialização, de saber
compartilhar os acontecimentos e experiências, criando o bom gosto pela leitura, aonde
através disso virá o apoio de ler e desenvolver a criatividade. O projeto visa apresentar
diversos autores de histórias infantis, proporcionando os alunos participarem de todas as
atividades de forma alegre e afetiva.

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
Promover o desenvolvimento da leitura através da contação de histórias.
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Apresentar as histórias infantis como ferramenta necessária ao
desenvolvimento da leitura.
 Criar oficinas de contação de histórias infantis.
 Despertar a criatividade através da leitura.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A leitura pode ser originada de diversas formas levando em conta como irá se
conceituar, e definir o termo. E não somente pela abordagem seguida pelo linguístico,
social, fenomenológico ou psicológico. A leitura pode ser considerada, como um
método de reprodução, onde envolve visão, ler em seu particular, é ver uma coisa e
enxergar outra, a leitura é composta por intermédio de outros componentes existentes da
realidade. A leitura é importante, pois a formação social exige isso para que possa
formar cidadãos críticos, capazes de pensar, e falar com autonomia.
A literatura infantil surgiu como um reconhecimento onde à criança deveria ser
considerada de modo distinta da pessoa adulta, tendo uma educação pautada nas
próprias necessidades e que a preparasse para a vida futura. (CUNHA, 1999 p22). A
literatura infantil pode também ser considerada como arte, ou seja, a criatividade que
imagina um mundo através de palavras que estabeleça o imaginário ao real, o que pode
ou não acontecer. (CAGNETI, 1996 p.7). Assim, através da literatura infantil, a criança
se torna capaz de descobrir o mundo a partir de sonhos e fantasias que ligam
interiormente a realidade.

A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de


viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras
culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu. (RCNEI. Vol. 3. 1998. Pag.
143). Para Leardini, (2006, p26), contar histórias seria uma forma de encantar crianças e
adultos com a magia que ele representa.

Segundo os autores acima citados, a contação e a leitura de historias infantis são


momentos onde as crianças descobrem formas viver, pensar e agir a partir de outros
conhecimentos sobre diversas culturas. (LEARDINI 2006 p.26)

As origens das histórias e os gêneros literários são diversos,


assim como os tempos de sua criação são variados, mas
todos possuem a mesma essência: a imaginação e o anseio
de responder a alguns dilemas da alma humana, como o
medo, a alegria, a angústia, as perdas, entre outros.
(LEARDINI 2006 p.26)

Deste modo, segundo Leardini (2006), as historias possuem gêneros e tempos


distintos, e foram criadas com o intuito de despertar no leitor a capacidade de
desenvolver a imaginação e que através desta, a mesma será capaz de transmitir
sentimentos e emoções correspondentes a algumas sensações da alma humana.

A contação de historias é uma maneira que as crianças podem vivenciar fatos


que não acontecem na vida real, atuando em diferentes contextos como estimulo a
prática docente e a formação da criança. É uma ferramenta de grande função na prática
do docente da educação infantil, sendo um instrumento que contribui no
desenvolvimento social e de grande incentivo à leitura, a criatividade e ampliação da
fala.

A contação de histórias é atividade própria de incentivo à


imaginação e o trânsito entre o fictício e o real. Ao preparar
uma história para ser contada, tomamos a experiência do
narrador e de cada personagem como nossa e ampliamos
nossa experiência vivencial por meio da narrativa do autor.
Os fatos, as cenas e os contextos são do plano do imaginário,
mas os sentimentos e as emoções transcendem a ficção e se
materializam na vida real. (RODRIGUES, 2005, p. 4).

Segundo a autora, quando o narrador faz a contação da historia existe uma


relação entre o fictício e a vida real, ou seja, a partir dos acontecimentos e personagens
imaginários presentes na história o mesmo pode transmitir sentimentos e valores para o
processo de formação e aprendizagem. As crianças que são estimuladas á ouvir historia,
desenvolvem capacidades para contar e relacionar com acontecimentos reais (Marques,
1988).

A escola é uma instituição de construção e ampliação de conhecimentos, adotar


o uso de historias infantil contribui com o desenvolvimento da criança em vários
aspectos, como o cognitivo, social, entre outros. Deste modo, as historias tem função
importante ao estimulo da criatividade, motricidade e fortalecimento da comunicação e
socialização entre as crianças. (MATEUS et,al, 2014). A Literatura infantil, é bem
discutida nos dias atuais, por diversos motivos, e um deles baseia-se em beneficiar na
ampliação da linguagem, permitindo que a criança seja capaz de ter seu próprio
raciocínio e ser criativa, assim como, também defende a ampliação dos conhecimentos
da criança através da oralidade e escrita infantil. Podemos dizer também que os anos
iniciais são indispensáveis para o desenvolvimento humano, e fazer usos para
aprendizagem com a literatura infantil, irá proporcionar aos alunos uma nova visão de
mundo. Partindo desse contexto, é claro dizer que a literatura é um caminho ao quais os
indivíduos podem se comunicar, expuser suas experiências de modo particular, tanto
por meio de narrativas ou encenações, como através de contação de histórias. Ao
trabalhar com as crianças com contos, estaremos abrindo portas para que elas se
adequem aos conhecimentos.

Ao contar histórias para as crianças, é necessário entender que elas estarão


ligadas com autores, diversos textos e com várias concepções e possibilidades de pensar
de modo diferente. Fazendo uso das palavras de Machado, eles nos fala que:
A inserção da literatura infantil não apenas se faz nos quadros da
escrita, como é desta relação que ela retira suas normas e valor. Isso
significa sua permeabilidade à história literária e a necessidade do
compromisso com o escritor com uma iniciativa para o novo e o
transformador. Todavia as obras para crianças absorvem recursos de
outros meios de comunicação, sobretudo de ordem óptica, como a
exploração visual, próprio às artes pictóricas e aos veículos de cultura
de massa” (2003: p.192/193).

De acordo com o pensamento da autora, reflete a preocupação de muitos


profissionais usarem apenas o livro como fonte para trabalhar contos e histórias com as
crianças, pois o que acontece é uma cultura de massa que está diretamente ligada e
comprometida somente ao foco do livro, sem muitas buscas e indagações sobre o que
aborda, sem levar o aluno a pensar, impedindo que o aluno reflita se aproprie do texto,
onde a criança sinta-se a vontade para ser ela mesma. Há uma necessidade extrema que
os profissionais que agem no campo trabalhem levando em conta o valor que é o ato de
contar histórias.

Deste modo, deixamos clara a importância que é trabalhar com historias e contos
na educação infantil, como forma de expandir e enricar o campo infantil, refletindo a
realidade a qual vivencia, não levando em conta somente em levar textos, mais sim,
fazendo com que a criança seja capaz de refletir sobre o que se ver, e ouve, assim
poderão constituir-se inovadoras e criadoras.

1- METODOLOGIA

O projeto será desenvolvido no CEMEI: Francisca Vitória de Andrade com uma


turma do maternal II que atende em média 18 crianças a partir de atividades lúdicas, de
textos, colagem, pinturas, narrativas, onde as crianças terão a oportunidade de aprender
histórias e contos de uma forma mais divertida e harmoniosa. Ao trabalhar com novas
metodologias, iremos sair do ensino tradicional, onde o aluno terá o direito de falar,
argumentar e recriar as histórias. Durante a intervenção serão usados recursos como:
livros; diferentes tipos de papel; cola branca e colorida; lápis de cor, giz de cera;
tesoura; massa de modelar; fantoches e cenários de diversos tipos; tinta guache; cd’s.
A princípio será montado um espaço na sala de aula com diversos livros para
manuseio dos alunos (cantinhos da leitura) e com os materiais a serem usados durante a
intervenção. Desta forma serão desenvolvidas as seguintes atividades:
Linguagem oral/ leitura compartilhada: serão realizadas diariamente leituras de
histórias infantis de vários gêneros literários como modo de proporcionar a socialização
e estimular a imaginação e o gosto pela leitura da criança. Desenvolvidas a partir de
conversa informal sobre histórias que gostam; cuidado com os livros; falar sobre autor e
ilustrador de cada livro; ler a história; debate sobre a história.
Livro de pano, onde será algo inovador, nesse livro estarão diversos personagens
de EVA, e eles reproduzirão uma história a partir dos personagens. Trabalharemos
também com fantoches, palitoches, confecção de brinquedos, tudo voltado para história
ou conto do dia.
Reprodução coletiva da história: dramatização de pequenas histórias conhecidas,
onde as crianças sejam as personagens; Identificação de valores encontrados nas
personagens das histórias.
Arte: Desenho livre, Modelagem dos personagens, pintura, colagem.
Cineminha: Levar filmes e histórias em mídia para serem assistidos.

2- CRONOGRAMA DO PROJETO

AGOSTO Elaboração do
projeto
SETEMBRO Aplicação do 20 dias
projeto

3- REFERÊNCIAS:
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18 ed.São
Paulo: Ática,1999

CAGNETI, Sueli de Souza. Livro que te quero livre. Rio de Janeiro: Nórdica, 1996

LEARDINI, Eleusa Maria Ferreira. O contar histórias finalidades e contribuições para a


criança. In: O contar histórias na educação infantil: em estudo acerca dos valores
atribuídos por professores sobre a importância dessa prática para o desenvolvimento da
função simbólica. Campinas: UNICAMP, 2006.

RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia,


2005.
4- ANEXOS:

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