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LEITURA
Ana Letícia Rocha dos Santos¹
Caroline Santos do Carmo
Dieini da Silva Romeira
Graziele Andrade dos Santos
Regina Costa Martins
Aline Moreland²
RESUMO
Na contação de história, a prática da oralidade ou a tradição oral é o lugar do afeto, onde ficam
na criança impressões para a vida toda, pois a partir da família, os laços se estreitam e as
gerações transmitem valores. No contexto escolar, a contação de histórias pode envolver o
audiovisual, mas a oralidade é suprema, a forma como se demonstrar para as crianças pode
prender a sua atenção. Na sociedade contemporânea a contação de história pode ser entendida
como uma estratégia de importância na formação do leitor, possibilitando o enriquecimento do
processo educacional sob uma perspectiva que valoriza a construção de um sujeito crítico e
reflexivo. O presente trabalho tem por objetivo identificar a influência das atividades de contação
de histórias, a leitura e formação de leitores, e especificamente observar o desempenho do
mediador durante a contação de história e sua influência no interesse da criança pela leitura de
outros livros, além de verificar a efetividade da contação de histórias como prática de incentivo à
leitura. Diante disto, busca-se responder a seguinte questão: - Qual a importância da contação de
histórias na educação infantil?
1. INTRODUÇÃO
A prática de contar histórias surgiu a partir do século XVIII, quando a criança deixa de ser
considerada um adulto e passa ocupar seu espaço perante a sociedade. Embora existam muitos
relatos, que antes mesmo de surgir a escrita, já havia a utilização da prática de forma oral, deixada
através da cultura e valores, passadas de geração para geração.
A contação de história na educação infantil tem como objetivo estimular e desenvolver a
imaginação, criar vínculos afetividade e seu desenvolvimento neural, ou seja, através do conto que
os pequenos conseguem refletir e perceber formas de lidar com suas emoções e frustrações do
mundo exterior. Assim afirma Máximo-Esteves (1998, p.125) que, “o prazer que a criança tem de
ouvir e contar histórias é um claro indicador de que a fantasia e a imaginação são muito importantes
para ela conhecer e compreender”.
Dessa forma, a literatura é essencial no decorrer do desenvolvimento infantil, pois entende-
se que oferecer uma história é estimular a liberdade lúdica e ao mesmo tempo favorecer o espírito
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (FLC3905PED) – Prática do Módulo V –
04/07/22
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crítico, com o avanço das tecnologias a globalização o ato de ler uma história exige técnicas
inovadoras, no qual atraiam o interesse das crianças.
Sendo assim, a elaboração deste trabalho objetivou idealizar formas que despertem o hábito
à leitura como forma de potencializar a linguagem escrita e oral, com o intuito de proporcionar
conhecimento desta arte. Utilizaram-se propostas de trabalho, que possam ser desenvolvidas em
sala de aula, afim de criar momentos de interação entre os participantes.
A pesquisa elaborada, teve embasamento bibliográfica, com a temática prática educacional
conto de história, o artigo desenvolveu-se a partir do problema decorrentes a prática e a fatores que
envolve as técnicas utilizadas por profissionais da área da educação e como forma de incentivo a
valorização do tema.
2.1 ------------------
Muitas vezes o mundo escrito ou o mundo dito mais evoluído, tem olhado para a oralidade
como um lugar menor, porém, de acordo com Chiziane (2019), “a oralidade é o primeiro lugar de
qualquer ser humano, pois uma criança começa a receber os valores que lhe vão socializar, ou, o
aprender a viver em sociedade, a partir da oralidade”, quando esta criança vai para a escola, aos 3
ou 4 anos de idade, esta já possui muitas histórias que lhe foram contadas por alguém ou por uma
tecnologia qualquer, sintetiza.
Contar histórias sempre foi a arte de contá-las de novo, e ela se perde quando as histórias
não são mais conservadas. Ela se perde porque ninguém mais fia ou tece enquanto ouve a
história. Quanto mais o ouvinte se esquece de si mesmo, mais profundamente se grava nele
o que é ouvido. Quando o ritmo do trabalho se apodera dele, ele escuta as histórias de tal
maneira que adquire espontaneamente o dom de narrá-las. Assim se teceu a rede em que
está guardado o dom narrativo. E assim essa rede se desfaz hoje por todos os lados, depois
de ter sido tecida, há milênios, em torno das mais antigas formas de trabalho manual.
(BENJAMIN, 1985, p. 205)
É um momento mágico que envolve a todos que estão nesse momento de fantasia, as
histórias fortalecem vínculos sociais, educativos e afetivos. Ao contar histórias os professores criam
um vínculo entre o aluno e o livro, além de as histórias divertirem, elas atingem outros objetivos,
como educar, socializar, desenvolver a inteligência e a sensibilidade, é necessário que os
professores utilizem essa ferramenta para o desenvolvimento da criança, despertando o hábito da
leitura e estimulando a imaginação, a criatividade e a oralidade.
Esta prática se faz necessária no âmbito escolar, pois contribui para a formação de nossos
leitores e consequentemente novos aprendizados, tudo isso de maneira significativa para as
crianças. É necessário que as crianças encontrem na escola um ambiente que possa facilitar nesse
processo de desenvolvimento, um espaço lúdico. Pois além de despertar a curiosidade, desenvolve a
autonomia e o pensamento, é importante para o desenvolvimento da linguagem, desperta o senso
crítico e principalmente faz a criança sonhar.
É importante começar o hábito da contação de história já na educação infantil, explorando
todos os recursos que ela se comporta, linguagem, fantasia, teatro, música, pois ela desperta cedo o
interesse da criança ao mundo da leitura. O contato com livros na educação infantil exerce muita
influência no desenvolvimento da criança, estimula habilidades ligadas a oralidade e a escrita.
Dessa forma, toda criança que lê com frequência, desenvolve a ampliação de seu
vocabulário, se expressa melhor, possibilita uma melhor habilidade no processo de escrita, etc. E
assim a leitura propicia uma melhor inserção na sociedade, tendo mais possibilidades no meio em
que está inserido.
A contação de histórias é um instrumento que deve ser utilizado como metodologia para
desenvolver a personalidade dos alunos, com o fim de melhorar seu desempenho escolar.
Formar leitores é sobremaneira importante no processo de alfabetização, pois beneficia o
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No contexto da educação infantil, nem todas as crianças têm contato com a leitura em seu
ambiente familiar, em razão disso apresentam dificuldades de aprendizagem decorrentes dessa
carência.
1) Saber escolher o que vai contar, levando em consideração o público e com qual
objetivo;
2) Conhecer detalhadamente a história que contará;
3) Preparar o início e o fim no momento da contação de histórias e narrá-la no
ritmo que a narrativa exige;
4) Evitar dimensões imensas e com muitos detalhes, favorecendo o imaginário da
criança;
5) Mostrar à criança que o que ouviu está ilustrado no livro, trazendo-o a para o
contato com o objeto do livro e, por consequência o ato de ler;
6) Saber usar as possibilidades da voz variando a intensidade, a velocidade,
criando ruídos e dando pausas para propiciar o espaço imaginativo.
Fonte: https://m.vitoria.es.gov.br/noticia/atividades-de-incentivo-a-leitura-envolvem-estudantes-em-escolas-em-vitoria-
45106
2.3 Contação de história como método pedagógico
O método pedagógico de contação de histórias é bastante significativo para a prática
docente, podendo ser muito utilizado na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.
O método instiga a imaginação, desenvolve habilidades cognitivas e fortalece a oralidade das
crianças.
Ao ouvir histórias a criança está sendo apresentada também ao mundo das letras, o que
favorece o processo de alfabetização por despertar a curiosidade de ler sues próprios livros e viajar
pelas histórias existentes ali. “A leitura de histórias é uma rica fonte de aprendizagem de novos
vocabulários” (RCNEI, VOL. 3, p.145). O conhecimento adquirido pela criança na fase pré-escolar
através da contação de histórias, será de grande valia para seu processo de alfabetização e
letramento, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Gadotti (1988), associa a leitura e a escrita como
[...] o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir sem o outro. Ler e
escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida, a história. Numa sociedade de
privilegiados, a leitura e a escrita são um privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever
o seu nome ou assiná-lo na Carteira Profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros na fábrica
como ‘perigo’, ‘atenção’, ‘cuida- do’, para que ele não provoque algum acidente e ponha
em risco o capital do patrão, não é suficiente.
Cabe ao docente manter em seus planejamentos momentos para a leitura e, assim, formar
crianças que possuam apreço em ler e escrever. Segundo Abramovich (1991) o ato de escutar
contos é o início para a aprendizagem de se tornar um leitor.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
CONSTRUIR
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
desperta na criança a emoção do ouvir, do sentir, refletir e acima de tudo de enxergar o mundo com
mais alegria.
5. CONCLUSÃO
Está pesquisa foi elaborada a fim de compreender que o contato com o livro através da
contação de história é de extrema importância, principalmente as diferentes formas de se executá-la,
sendo essa uma condição indispensável ao desenvolvimento social e a realização individual de cada
educando. Além disso a leitura contribuí para o desenvolvimento do imaginário, da criatividade e
principalmente do autoconhecimento do leitor, porque trabalha as emoções do indivíduo.
A contação de história não pode ser uma atividade meramente executada, mas sim uma ação
planejada e sistematizada, com objetivo de promover o desenvolvimento integral da criança e
incentivar à literatura, cumprindo assim seu papel social na sociedade. As narrativas orais,
especialmente as que têm por suporte a leitura de textos literários, condensam em si caminhos
significativos para a leitura e compreensão de si e do mundo.
REFERÊNCIAS
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: UNIASSELVI, 2013.
SILVA, Fabrine Brasil. Leitura e contação de história na Educação Infantil: Caminhos de uma
prática pedagógica. In: A leitura e a contação de histórias. 2018. 17 f. Monografia de
Especialização – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2018. Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/20632/2/leituracontacaohistoriaseducacao.pdf
>. Acesso em 04 jul. 2022.