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Universidade Estácio de Sá

Rio de Janeiro

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:


O CONTO DE FADAS NA FORMAÇÃO DE LEITORES

MARLUCE RAMOS SOARES TERTO

SÃO GONÇALO
2017
Universidade Estácio de Sá
Rio de Janeiro

A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

O CONTO DE FADAS NA FORMAÇÃO DE LEITORES

MARLUCE RAMOS SOARES TERTO

Relatório exigido como parte dos requisitos para


conclusão da disciplina Pesquisa e Prática em
EducaçãoVI (CEL 0371/2316565) sob a orientação
da Professora JOANA DARC VENANCIO

Curso: Pedagogia

SÃO GONÇALO
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………....3
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA……………………......................................................4
1.2. QUESTÕES NORTEADORAS........................................................................................5
1.3. OBJETIVOS....................................................................................................................5
1.3.1 GERAL............................................................................................................................5
1.3.2 ESPECÍFICOS................................................................................................................5
1.4. JUSTIFICATIVA............................................................................................................6
1.5. METODOLOGIA............................................................................................................7
1.6. CRONOGRAMA..............................................................................................................8
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................9
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1. INTRODUÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) deu um novo enfoque à


educação infantil e à necessidade de educar e cuidar das crianças na fase pré-escolar. O
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil destaca que “no processo de
construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a
capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam
desvendar.” (BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998).

Desde muito tempo atrás, a contação de histórias foi utilizada como ferramenta para
explicar e transmitir experiências de geração a geração. As histórias sempre foram
impregnadas de saberes popular; desde muito cedo as crianças começam a ouvir dos pais ou
dos mais velhos as histórias, os contos, as fábulas. Muitas dessas experiências de leitura
iniciam antes da introdução da criança na escola, quando chegam ao ambiente escolar já
levam consigo o conhecimento prévio sobre os nomes, os lugares e os acontecime ntos da
história.

Na escola, que é um local privilegiado para estimular a leitura, os contos promovem


o aprendizado infantil e criam condições pedagógicas que possibilitam a apropriação de
conhecimentos a partir da interação social desenvolvida entre crianças e professores
envolvidos no processo de aprendizagem. As narrativas dos contos de fadas permite à criança
ir desvendando alguns sentimentos negativos como raiva, inveja, mentira; mas também, o
amor, a fidelidade, a bondade e, de alguma maneira, esses conhecimentos vão construindo
novos saberes e emoções compartilhadas com seus pares. Ler para os pequenos e ouvir suas
impressões sobre a leitura ajudam a criar e formar o comportamento de novos leitores, sendo
assim, as salas da educação infantil necessita se transformar em um ambiente propício à boa
prática da leitura e a contação de histórias.
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1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

É notória a importância da contação de histórias na educação infantil. É um auxílio


valioso na construção da identidade e no interesse pelo mundo das palavras. Desde o início da
vida escolar as crianças devem ser apresentadas a literatura, mesmo aquelas que ainda não são
alfabetizadas, mas, podem manusear e ver as ilustrações e ter um contato físico com o livro.

Alguns especialistas em educação afirmam que o Brasil não é um país de leitores.


Para modificar esta situação é importante incentivar a leitura desde a primeira infância e os
contos de fadas são os que mais chamam a atenção das crianças. Sendo assim, cabe a
pergunta: Como o conto de fadas auxilia na formação de leitores?

Quando os professores contam as histórias, os ouvintes estabelecem um contato com


uma linguagem oral, aprendem a ouvir e a se manifestar diante daquilo que causou
curiosidade. Outro contato importante é com a linguagem escrita, pois, a literatura infantil tem
como característica os textos com letras grandes, palavras adequadas à idade do leitor e
parágrafos mais curtos para despertar o interesse das crianças.

Um dos fatores que cooperam para motivar a leitura é permitir que elas escolham o
tipo de leitura que gostam: fábulas, contos, quadrinhos, histórias. Tornar a leitura um prazer e
não um sacrifício, uma obrigação que mais à frente afastará o aluno do hábito da leitura. Para
alcançar êxito nesse empreendimento de formação de leitores infantis o professor deve se
empenhar em criar um ambiente agradável e permitir que as crianças participem ativamente
da história a fim de construir seu próprio conhecimento.

Com a difusão dos meios tecnológicos, não é incomum ver crianças ainda muito
pequenas operando aparelhos como tablets e smartphones. Sem dúvida, é uma nova plataforma
para o conhecimento. Porém, é um desafio para a escola e para os professores conciliar o
interesse das crianças pela leitura e a atração que sentem pelos aparelhos tecnológicos. Estão os
Contos de Fadas ameaçados pelo avanço tecnológico?

O desenvolvimento de projetos de incentivo à leitura e as bibliotecas escolares são


excelentes recursos para fomentar a prática de ler. Um ambiente preparado para receber leitores
infantis devem ser cuidadosamente organizados com livros de vários gêneros, estantes baixas
para que os pequenos alcance o material e possa escolher livremente conforme seu interesse. A
família em conjunto com a escola devem ser os grandes incentivadores para formar uma nova
geração de leitores, e isto começa na educação infantil.
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1.2 QUESTÕES NORTEADORAS

As questões norteadoras desse trabalho são:

Como o conto de fadas auxilia na formação de novos leitores?

Estão os Contos de Fadas ameaçados pelo avanço tecnológico?

Qual a importância dos Contos de Fadas na educação infantil?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

A pesquisa objetiva: Refletir sobre a importância da contação de histórias e dos


Contos de Fadas no processo de formação de leitores na Educação Infantil.

1.3.2 Específicos:

Identificar a influencia das novas tecnologias na contação de história, nos contos de


fadas e na formação de leitores;
Descrever a forma de contar história para crianças da Educação Infantil;
Destacar a contribuição da contação de histórias e do Conto de Fadas no hábito da
leitura nas crianças da educação infantil.
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1.4 JUSTIFICATIVA

A satisfação e o prazer que as crianças sentem ao ouvir histórias, especialmente, os


contos de fadas é a principal motivação para o desenvolvimento deste trabalho. O conto de
fadas é enriquecedor para as crianças, já que por meio desses contos é possível aprender mais
sobre os problemas íntimos dos seres humanos e sobre as possíveis soluções para suas
dificuldades; o que promove nos pequenos uma curiosa vontade de conhecer o final das
histórias e, dessa forma, essa curiosidade contribui para a formação do bo m hábito de ler no
espaço escolar e fora dele.
Lançando um olhar sobre o assunto e com a prática docente como professora da
educação infantil foi iniciado um estudo acerca da história dos Contos de Fadas para obter
melhor compreensão deste mundo imaginário. Durante tal estudo, foi possível conhecer, ainda
que superficialmente, alguns autores que futuramente serão utilizados na elaboração do TCC.
Walter Benjamin, nas suas contribuições sobre a “narração” buscando compreender
teórico e empiricamente à questão da contação de histórias, levando em consideração à relação
entre a origem dos contos e sua historicidade, em seu livro “O Narrador” Obras escolhidas I.
Magia e técnica, arte e política. (1985).
O autor Bruno Bettelheim defende que no conjunto da “literatura infantil” nada é
tão satisfatório e enriquecedor para as crianças (e também para os adultos) que os contos de
fadas populares, pois, por meio deles é possível aprender mais sobre os problemas íntimos dos
seres humanos e sobre as soluções corretas para suas dificuldades em qualquer sociedade.
Devido à proximidade com as crianças, foi perceptível a satisfação e o prazer que sentem ao
ouvir histórias, e esse prazer tem sido a principal motivação para a realização de tal trabalho,
uma vez que causou tamanha inquietação acerca do assunto, além da preocupação com a grande
influência que os aparelhos tecnológicos exercem sobre as crianças na realidade atual.
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1.5 METODOLOGIA

A presente reflexão possui como preocupação inicial abordar a contação de histórias


na educação infantil e o auxílio do conto de fadas na formação leitores. Para o desenvolvimento
deste estudo será realizada uma pesquisa qualitativa amparada metodologicamente por uma
análise bibliográfica e documental em livros, revistas, produções científicas e websites.
Será realizada também uma entrevista com uma professora da educação infantil,
escritora, que atualmente é superintendente de Leitura da cidade de São Gonçalo.
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1.6 CRONOGRAMA

Cronograma

Mês e ano Mês e ano Mês e ano Mês e ano Mês e ano

Revisão da literatura 04/ 2017 08/ 2017

Criação dos instrumentos da 10/ 2017


pesquisa

Aplicação dos instrumentos 02/ 2018 04/ 2018

Análise dos dados obtidos 04/ 2018 05/ 2018

Redação preliminar 05/ 2018

Apresentação do relatório final 06/ 2018


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REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Walter. O Narrador. Obras escolhidas I. Magia e técnica, arte e política.


São Paulo: Brasiliense, 1985.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular para Educação


Infantil. Brasília: MEC/SEF, v.3. 1998

MEIRELLES, Elisa. Literatura, muito prazer. Revista Nova Escola. São Paulo: Ed. Abril,
2010.
VIEIRA, Isabel Maria de Carvalho. O papel dos contos de fadas na construção do
imaginário infantil. Revista Criança, nº 38 – Secretária de Educação Básica – MEC. <
Disponível em: https://grupopapeando.wordpress.com/2009/01/27/o-papel-dos-contos-de-
fadas-na-construcao-do-imaginario- infantil/> Acesso em 10 de Maio de 2017.

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