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Rio de Janeiro
SOLDADOS DA BORRACHA:
SETENTA ANOS DE ANONIMATO HISTÓRICO
NITERÓI
Novembro de 2016
Universidade Estácio de Sá
Rio de Janeiro
SOLDADOS DA BORRACHA:
SETENTA ANOS DE ANONIMATO HISTÓRICO
NITERÓI
Novembro de 2016
ANDRADE, Sidnei Dias de.
Soldados da Borracha: Setenta anos de anonimato histórico /
Sidnei Dias de Andrade / Universidade Estácio de Sá: Niterói, 2016.
Primeiramente а meu Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse e por
ter me dado força e saúde para superar todos os obstáculos.
Aos meus queridos pais, que sempre me deram carinho e amor, além dos
ensinamentos, apoio e principalmente educação.
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 8
2. METODOLOGIA....................................................................................... 9
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................ 21
1. INTRODUÇÃO
A falta de reconhecimento por parte das autoridades brasileiras do
importante serviço prestado à Pátria por esses heróis anônimos que contribuíram de
forma decisiva no chamado “esforço de Guerra”, inclusive, com a própria vida, é por
si só objeto de repúdio. Após anos de esquecimento, somente na Constituição
Federal de 1988 foi assegurada a alguns soldados uma pensão vitalícia, que por
força da lei, não alcançou a todos que a ela tinham direito, o que faz com que a luta
desses soldados ultrapasse décadas de descaso. Objetiva ainda este trabalho
analisar e, se possível, compreender a ausência dos denominados “soldados da
borracha” nos livros didáticos da História do Brasil em um momento de grande
importância histórica no cenário mundial e no qual eles tiveram efetiva participação.
Logicamente, essa afirmação deve ser feita com base no currículo nacional,
excluindo dessa forma os currículos regionais, especialmente da Região Norte, que
pode contemplar em suas páginas a história desses homens.
A proposição deste tema tem uma grande relevância, tanto social quanto
histórica, pois a importância do trabalho desenvolvido por esses indivíduos é
assunto pouco conhecido na sociedade e na historiografia brasileira. Diante deste
lapso histórico, algumas ações políticas e jurídicas têm procurado corrigir o erro do
passado do não reconhecimento da grandeza desses corajosos brasileiros; sendo
assim, como medida reparadora foi sancionada a Lei 12.447 de 2011, que inscreve
o nome do grupo Seringueiros Soldados da Borracha no Livro dos Heróis da Pátria.
2. METODOLOGIA
3. TEMPOS DE GUERRA
A princípio o recrutamento não foi fácil, pois havia um grande temor dos
trabalhadores em ir para uma região desconhecida, de difícil acesso e cheia de
perigos com animais ferozes e doenças. A medida encontrada pelo governo para
driblar essas dificuldades foi a incorporação desses homens ao serviço militar,
conforme mostra o Decreto-Lei1 expedido em 1943:
Com essa medida, já não seriam somente operários, mas sim soldados
alistados que serviriam ao país por dois anos, receberiam um salário e algum
recurso para deixar com família, além de fardamento e material necessário para a
viagem. Muitos eram voluntários, se alistavam por patriotismo e na defesa do Brasil,
enquanto outros eram levados pelo medo de irem para a guerra na Europa. Assim,
amparados pelo governo federal e cheios da esperança propagada através dos
cartazes, milhares de homens foram escolhidos para extrair o látex das seringueiras
no coração da floresta. A jornada era de aproximadamente três mil quilômetros e era
feita primeiramente em caminhões, depois de trem, navio e barco até o destino de
cada recrutado. (Anexo B)
1
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-5225-1-fevereiro-1943-415290-
publicacaooriginal-1-pe.html
12
2
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-38398-15-outubro-1827-566692-
publicacaooriginal-90222-pl.html
14
5. O ESQUECIMENTO POLÍTICO
3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Del9882.html
16
Pátria.” 4. Eram soldados, tanto aqueles que iam para a Europa como aqueles que
serviam nos seringais da Amazônia.
4
Cartilha do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia, p.2.
5
Diário da Câmara dos Deputados, ANO LXIX - nº 069, 15/05/2014, p.3.
17
6. DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Outro ponto que ficou silenciado foi o abuso sofrido pelos trabalhadores
nos seringais. O trabalho incessante, o endividamento que aprisionava, as milhares
de mortes ocorridas nas matas, o abandono após o fim da guerra, tudo isso
aparentemente, passou despercebido em todas as esferas do Estado. Mesmo sendo
instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional,
transcorridos mais de setenta anos, não se consegue dizer nem mesmo quantas
vidas foram doadas no esforço de guerra. Embora tenham sido criados vários
órgãos oficiais para tratar de todos os assuntos desses trabalhadores,
simplesmente, as informações e registros não eram exatas, o que demonstra a
grande desorganização destes centros.
Por fim, o saldo desta batalha travada por estes soldados apresenta um
resultado, não se pode dizer, de todo negativo. Todos que foram encaminhados para
o vale Amazônico de alguma maneira deu sua contribuição para o país.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUIZ, Edson; MARIZ, Renata. Dívida de Guerra. Correio Brasiliense, Brasília, DF.
Cartilha do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia
p.2.Disponível>http://www2.correiobraziliense.com.br/soldadosdaborracha/EdsonPD
F.pdf acesso em 20/10/2016.
]
Fonte: http://acreaovivo.com.br
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Fonte: http://rondoniaovivo.net.br