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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PLANO DE ENSINO
HIS 236 – 2020/2

Prof.: Francisco Eduardo de Andrade.

Disciplina: História de Minas Gerais Código: HIS 236


Departamento: DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Unidade: ICHS
Carga Horária Teórica Prática No de Créditos Duração/Semana Carga Horária Semestral
60 40 20 4 4 horas/aula

EMENTA:
Abordagem dos principais temas relacionados à História de Minas Gerais colonial e provincial. Estudo
das memórias e registros sobre a ocupação inicial do território das Minas Gerais. Análise da formação
escravista mineira colonial. Abordagem das formas de organização do poder nas Minas setecentistas.
Estudo das revoltas nas Minas coloniais. Abordagem dos debates em torno da economia e sociedade
escravista de Minas Gerais provincial.

OBJETIVOS: - Esclarecer os sentidos da territorialidade (histórica) de Minas Gerais, efeito das práticas
sociais, culturais, econômicas e políticas.
- Apreender os problemas de identidades sociais correspondentes às escalas dos lugares ou dos espaços.
- Identificar, criticamente, os delineamentos historiográficos que conceberam temas / abordagens que
singularizaram a sociedade e o território de Minas Gerais.
- Propor reflexões acerca do patrimônio cultural relacionado ao quadro urbano e às concepções de arte e
civilização nacional.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1- Sertões, rotas, roças e territorialidade da mineração de ouro e dos diamantes: da América indígena e afro-
portuguesa ao Brasil Imperial.
2- Poderes políticos, práticas sociais e urbanização dos séculos XVIII e XIX.
3- Economia agro-minerária, trabalhos, mercados e manufaturas.
4- Lugares de memória social e política patrimonial: cidades, monumentos, museus.
METODOLOGIAS E RECURSOS

1. Atividades de caráter teórico: a) Exposição dos problemas / temas das pesquisas historiográficas acerca de
Minas Gerais e do Brasil (séculos XVIII-XX).

b) Debate das interpretações historiográficas (referências bibliográficas), em forma de seminário, com a


participação de pesquisadores convidados (mestrandos e doutorandos do PPGHIS/UFOP e de especialistas das
temáticas abordadas).

c) Apresentação oral dos trabalhos de pesquisa dos grupos de discentes.

d) Orientação de planos de estudo e das apresentações audio-visuais com apoio do monitor.

2. Atividades práticas: a) Elaboração de planos de pesquisa conforme as temáticas do conteúdo programático


(seminário da aula síncrona e apresentação audio-visual)

b) Elaboração de planos de apresentação dos temas / problemas do conteúdo programático (seminário e


apresentação audio-visual). Orientação da elaboração dos seminários e dos vídeos dos grupos em dois planos:
pesquisa histórica ou historiográfica; projeto didático-pedagógico.

AVALIAÇÃO
- Apresentação audio-visual (seminário da aula síncrona) acerca das interpretações historiográficas
(Referências): dois ou três discentes.
- Planejamento e elaboração de plano de pesquisa e da apresentação audio-visual (vídeo): dois ou três
discentes.

REFERÊNCIAS

BÁSICA
1- Sertões, rotas, roças e territorialidade da mineração de ouro e dos diamantes: da América indígena e
afro-portuguesa ao Brasil Imperial

LIPPI, Lúcia. A conquista do espaço: sertão e fronteira no pensamento brasileiro, História, Ciências, Saúde –
Manguinhos, v.5 (suplemento), julho 1998, p. 195-215.
HEMMING, John. “Os índios e a fronteira no Brasil colonial.” In BETHELL, Leslie (org.). História da
América Latina colonial. Trad. de Mary Amazonas Leite de Barros e Magda Lopes. São Paulo: Edusp;
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 1999.
NOZOE, Nelson. Sesmarias e apossamento de terras no Brasil colônia, Revista EconomiA, v. 7, n. 3, set.-dez.
2006.

2- Poderes políticos, práticas sociais e urbanização dos séculos XVIII e XIX


VIEIRA, Liliane de Castro. Ouro Preto e o século XIX: o mito da decadência, Revista CPC, n. 22, jul.-dez.
2016, p. 145-189.
RODARTE, Mário M. S. O trabalho do fogo: perfis de domicílios enquanto unidades de produção e
reprodução na Minas Gerais oitocentista. Belo Horizonte: Cedeplar / UFMG, 2008. (Tese) [p. 26-48].
MOTT, Luiz. Rosa Egipcíaca: uma santa africana no Brasil colonial, Cadernos IHU – Idéias, v. 3, n. 38, 2005.
DELFINO, Leonara. O Rosário dos irmãos escravos e libertos: fronteiras, identidades e representações do
viver e morrer na diáspora atlântica. Freguesia do Pilar do São João Del-Rei (1782-1850). Tese (Doutorado
em História) ‒ Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2015. p. 349-366.

3- Economia agro-minerária, trabalhos, mercados e manufaturas


ANDRADE, Francisco E. de. Dos mantimentos às bateias mais ricas que há nas Minas: distinção do gosto na
urbe setecentista, Minas Gerais, Patrimônio e Memória, v. 15, n. 1, p. 93-113, jan.-jun. 2019.
LUNA, Francisco Vidal & COSTA, Iraci del Nero da. Profissões, atividades produtivas e posse de escravos
em Vila Rica ao alvorecer do século XVIII. Minas Colonial: Economia e Sociedade. São Paulo:
FIPE/PIONEIRA, p. 57-77, 1982.
FURTADO, Júnia F. Mulheres escravas e forras na mineração no Brasil, século XVIII, Revista
Latinoamericana de Trabajo y Trabajadores, 1, p. 1-49, nov. 2020-abr. 2021.
GODOY, Marcelo M. O Primado do Mercado Interno – A Proeminência do Espaço Canavieiro de Minas
Gerais no Último Século de Hegemonia das Atividades Agroaçucareiras Tradicionais no Brasil, Estudos
Econômicos, v. 38, n. 4, p. 815-848, out.-dez. 2008.
CHILDS, Matt D. Rituais de poder: escravos e senhores em uma mina de ouro do Brasil no século XIX, Afro-
Ásia, v. 29 / 30, p. 133-173, 2003.

4- Lugares de memória social e política patrimonial: cidades, monumentos, museus


BRAGA, Vanusa Moreira. Relíquia e Exemplo, Saudade e Esperança: o SPHAN e a Consagração de Ouro
Preto. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas / Centro de Pesquisa e Documentação de História
Contemporânea do Brasil (CPDOC), 2010. (Dissertação) [cap. 2].
VIEIRA, Pollianna Gerçossimo. Salomão de Vasconcellos e a consagração da “Atenas mineira” em
monumento nacional. Mariana: Instituto de Ciências Humanas e Sociais / Universidade Federal de Ouro Preto,
2016. (Dissertação) [cap. 3].
JULIÃO, Letícia. Enredos museais e intrigas da nacionalidade: museus e identidade nacional no Brasil. Belo
Horizonte: FAFICH/UFMG, 2008. (Tese) [cap. 3].
VELLOSO, Mônica Pimenta. História e modernismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. [cap. 1].

COMPLEMENTAR:
ALENCAR, Carlos Augusto Peixoto de. Roteiro dos bispados do Brasil e dos seus respectivos bispos desde os
primeiros tempos coloniais até o presente. Ceará: Tipografia Cearense, 1864. [http://books.google]
ALMEIDA, Lúcia Machado de. Passeio a Sabará. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.
BANDEIRA, Manuel. Guia de Ouro Preto. Rio de Janeiro: SPHAN, 1938.
BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário histórico-geográfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia,
1995.
BLUTEAU, Rafael de. Vocabulário Português e Latino. Coimbra/Lisboa: Real Colégio das Artes da
Companhia de Jesus/Oficina de Pascoal da Silva, 1712/1721. 8 v. [on line]
CÓDICE Costa Matoso. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1999. (p. 216-219).
COMPROMISSOS de irmandades mineiras do século XVIII. Edição fac-similar, org. de Amílcar Vianna M.
Filho. Belo Horizonte: Crisálida, 2007.
CONSTITUIÇÕES primeiras do Arcebispado da Bahia feitas e ordenadas por D. Sebastião Monteiro da Vide. 2.
ed. São Paulo: 1853.
COSTA, Antônio Gilberto (org.). Cartografia da conquista do território das Minas. Lisboa: Kapa ed., 2004.
[mapas e, anexa, relação de autoridades].
FRANCO, Afonso Arinos de Melo e. Roteiro lírico de Ouro Preto. Brasília: s/ed., c. 1980.
MARTINS, Judith. Dicionário de artistas e artífices dos séculos XVIII e XIX em Minas Gerais. Rio de Janeiro:
IPHAN, 1974.
MORAES E SILVA, Antônio de. Dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Lisboa: Tipografia de M. P. Lacerda,
1823. 2 v. [on line]
TORRES, João Camilo de Oliveira. História de Minas Gerais. Belo Horizonte: Lerni; Brasília: INL, 1980. 3
v.
TRINDADE, Dom Frei José da Santíssima. Visitas pastorais de D. Frei José da Santíssima Trindade (1821-
1825). Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998. (Estudo crítico de Ronald Polito, p. 48-72).
TRINDADE, Raimundo. Instituições de igrejas no Bispado de Mariana. Rio de Janeiro: SPHAN, 1945.

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