UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

UNIDADE: INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO: DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL I - 2.2023
PROFESSORA: MARCIA AMANTINO

EMENTA:
Particularidades da colonização portuguesa e implicações historiográficas. As regiões
coloniais e suas especificidades. Senhores e escravos na sociedade mercantil escravista.
Índios e negros da terra: bandeirantes e missionários na disputa pelo controle das
populações nativas. Brasil e África: escravidão e tráfico negreiro. A União Ibérica e as
ameaças de súditos de outras Coroas: o caso da ocupação holandesa. A sociedade
mineradora. Contestações à ordem colonial: santidades, quilombos e revoltas sociais.
Família e religiosidades coloniais. As reformas pombalinas.

OBJETIVO(S):
Analisar o conceito de sociedade colonial sob duas perspectivas complementares: a
sociedade colonial como espaço social produzido pela colonização portuguesa nas terras
americanas; a sociedade colonial como interpretação de análises historiográficas.
Analisar as reformulações do modelo colonial português face à União Ibérica e às novas
atribuições econômicas decorrentes da mineração.
Caracterizar as diversas regiões coloniais formadas no curso da conquista e da
colonização portuguesa na América, entre os séculos XVI e XVIII, com destaque para as
relações de trabalho e as atividades de exploração econômica.

A bibliografia do curso está disponível no link abaixo:

https://drive.google.com/drive/folders/1hT3qfZs_f1gg5oOibdIhIOC5CdCfw6zJ?us
p=sharing

PROGRAMA DA DISCIPLINA
17/08 – Apresentação do curso
Unidade 1 – Historiografia do período colonial
22 e 24/08 - Aulas 1 e 2 - Principais autores para se entender o período colonial e as
transformações na historiografia (séculos XIX ao XXI)
FRAGOSO, João. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na Praça
Mercantil do Rio de Janeiro, 1790-1830. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992, p. 49-
98.
29/08- Aula 3 – Uma outra forma para explicar o processo de formação colonial
NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA,
Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. SP: Difel, 1975, p. 47-62.
FRAGOSO, J. GUEDES, R. KRAUSE, T. A América portuguesa e os sistemas atlânticos
na Época Moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2013, p. 11-58 (primeiro capítulo).

31/08- Aula 4 - Debate sobre os dois vídeos abaixo

https://www.youtube.com/watch?v=41FMApp6sqI - Sampaio
https://www.youtube.com/watch?v=stjoUxy95G4 - Krause

Unidade 2 – Os primeiros contatos

05/09 - Aula 5 - CUNHA, Manuela Carneiro da. Imagens de índios do Brasil: o século
XVI. In: Estudos Avançados, v.4.n.10. São Paulo, set/dez, 1990. p. 91-110.

12/09- Aula 6 - GARCIA, Elisa Fruhauf. “Trocas, Guerras e Alianças na formação da

sociedade colonial”. In: FRAGOSO, João; GOUVEA, Maria de Fátima (Org.). O Brasil
Colonial: 1443-1580. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2014. pp. 317-355.

14/09 – Aula 7 – Análise documental

Unidade 3 – A mão de obra na América portuguesa

19/09 – Aula 8 - A escravidão de indígenas
Vídeo “Diálogo sem Fronteira - Os Estudos sobre os Indígenas no Brasil”, com John
Manuel Monteiro, disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=aGCthgQhL6E
MONTEIRO, John. O escravo índio, esse desconhecido. In: GRUPIONI, Luis Donisete
(org). Índios no Brasil. Brasília: Mec, 1994, p. 105-120.

21/09- Aula 9 – A escravidão negra: conceito e historiografia

Vídeo: A Escravidão na África e o Tráfico Atlântico de Escravos (Parte 1)
https://www.youtube.com/watch?v=qgH6oe0g-Nk

ADOLFO, Roberto Manoel Andreoni. As transformações na historiografia da escravidão

entre os anos de 1970 e 1980: uma reflexão teórica sobre possibilidades de abordagem do
tema. Revista de Teoria da História, Ano 6, Número 11, Maio/2014 Universidade Federal
de Goiás.
LIBBY, Douglas C e PAIVA, Eduardo França. Escravidão no Brasil: relações sociais,
acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.
26/09 – Aula 10 – Um estudo de caso: Páscoa Vieira
CASTELNAU-L’ESTOILE, Charlotte de. Páscoa Vieira diante da inquisição: uma
escrava entre Angola, Brasil e Portugal no século XVII, Rio de Janeiro: Bazar do Tempo,
2020, pp. 1-27 e 191-196.

28/09- Aula 11 - Análise documental

Unidade 3 – A União Dinástica e a expansão do território

03/10 - Aula 12 – A União Ibérica
VAINFAS, R. Tempo dos flamengos: a experiência colonial holandesa. In: FRAGOSO,
J. E GOUVÊA, M.F. O Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol.
2, p. 227-265.

05/10 Aula 13– A expansão do território

MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São
Paulo. São Paulo: Companhia das letras, 1994, p. 57- 98.

10/10 - Aula 14 – A expansão para o centro Sul

ALMEIDA, Carla Maria Carvalho e OLIVEIRA, Monica Ribeiro. Conquista do Centro-
Sul: fundação da Colônia do Sacramento e o “achamento” das Minas. In: FRAGOSO, J.
E GOUVÊA, M.F. O Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol. 2,
p. 267-334.

Unidade 4 – O século XVIII e a mineração

17/10 - Aula 15 – A mineração
LUNA, Francisco Vidal. Economia e sociedade em Minas Gerais, período colonial.
Revista do. Instituto de estudos brasileiros, 1982.

19/10- Aula 16 - Os emboabas

ROMERO, Adriana. Paulistas e emboabas no coração das Minas: ideias, práticas e
imaginário político no século XVIII. Belo Horizonte: UFMG, 2008, pp. 81-110.

24/10- Aula 17
GUIMARÃES, C.M. e REIS, Flavia Maria dos. Agricultura e mineração no século XVIII.
In: RESENDE, M.E. e VILLALTA, L. C. História de Minas Gerais: as minas
setecentistas, vol. 1, Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 321-335.
19/10 – Aula 18 - A economia no século XVIII
SAMPAIO, Antonio Carlos Jucá de. A curva do tempo: as transformações na economia
e na sociedade do Estado do Brasil no século XVIII. In: FRAGOSO, J. E GOUVÊA, M.F.
O Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol. 3, p. 307-338.

24/10- Aula 19 – A invasão francesa à cidade

BICALHO, Maria Fernanda. A cidade e o império: O Rio de Janeiro no século XVIII.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 257-298.
Assistir o vídeo Além do butim disponível no link,
https://revistapesquisa.fapesp.br/alem-do-butim/ e relacioná-lo com o texto da Bicalho. .

26/10 – Aula 20- Entrega da primeira avaliação

Unidade 5 – Religiosidades coloniais

31/10- Aula 21 – Inquisição
SOUZA, Evergton Sales. Catolicismo ilustrado e feitiçaria no mundo português. In:
FURTADO, Júnia F e RESENDE, Maria Leonia C. Travessias inquisitoriais das Minas
Gerais aos cárceres do Santo Ofício. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013, p. 313- 331
Comentários sobre o vídeo “Inquisição: o controle da sexualidade no Brasil Colônia”,
disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=fCRSaRkHdDc

07/11 - Aula 22 – O criptojudaísmo

ASSIS, Ângelo A. Faria de. Intermitências e intempéries da fé: sobre o criptojudaísmo
no mundo ibero-americano. GANDELMAN, L; GONÇALVES, Margareth A; FARIA,
Patrícia Souza (org). Religião e Linguagem nos mundos ibéricos: identidades, vínculos
sociais e instituições. Rio de Janeiro: Edur, 2015, pp. 87-98.

09/11- Aula 23 - Devoções negras

RODRIGUES, Cláudia. Morte, catolicismo e africanidade na cidade do Rio de Janeiro
setecentista. Ciencias Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião, Porto Alegre, ano
12, n. 12, p. 31-52, outubro de 2010.

Unidade 6 - Rebeliões coloniais

14/11- Aula 24 – Rebeliões coloniais
Leitura do texto: FIGUEIREDO, Luciano. Narrativas das rebeliões: linguagem política e
ideias radicais na América Portuguesa Moderna. Revista USP, SP. N. 57, p. 6-27,
mar/maio 2003.

16/11– Aula 25 – Rebeliões indígenas

CORRÊA, Luis Rafael Araújo. Insurgentes Brasílicos: uma comunidade indígena rebelde
no Espírito Santo colonial. Jundiaí, São Paulo: Paco, 2021, p. 27-59.

21/11 – Aula 26 – Rebeliões escravas

MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: Resistência, tráfico
negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos 74, Março, 2006

23/11 – Aula 27 – A segunda metade do século XVIII

MONTEIRO, Nuno. As reformas na monarquia pluricontinental portuguesa: de Pombal
a dom Rodrigo de Sousa Coutinho. In: FRAGOSO, J. E GOUVÊA, M.F. O Brasil
colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol. 3, p. 111- 156.

28/11- Aula 28 – As reformas pombalinas na América portuguesa

ASSUNÇÃO Paulo de. O “terremoto” provocado por Sebastião José de Carvalho na
América Portuguesa. Lusitânia Sacra, 2ª série, 18 (2006) 331-351

30/11- Aula 29 - A crise do sistema colonial ou do Antigo Regime

VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português, 1788-1822.
Rio de Janeiro: FGV, 2016, p. 25-43.

05/12 – Aula 30 - A transferência da corte para a América portuguesa

MARTINS, Maria Fernanda Vieira. Conduzindo a barca do Estado em mares revoltos:
1808 e a transmigração da família real portuguesa. In: FRAGOSO, J. E GOUVÊA, M.F.
O Brasil colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, vol. 3, p. 683-727.

07/12 – Aula 31 -
12/12 - Aula 32 -

14/12- Entrega da 2ª avaliação

19/12 – Prova Final
AVALIAÇÕES
- Em dupla ou individual
- Os textos deverão respeitar as normas acadêmicas (ABNT).
As duas avaliações deverão ser elaboradas a partir de um documento histórico escolhido
pelo aluno em sites de pesquisa. O documento escolhido deverá ser do período colonial.
- Os textos deverão ter uma discussão historiográfica sobre o tema, uma análise de fontes
e uma narrativa histórica embasada em bibliografia pertinente.
- Passos para o início da construção do texto:
1. Acessar sites de pesquisa (Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional ou outro qualquer)
Na Biblioteca Nacional, poderá pesquisar em 3 fundos: BN digital, Luso-Brasileira,
Projeto Resgate Barão do Rio Branco.
No Arquivo Nacional, entre na base de dados do SIAN (é necessário fazer uma senha).
Do lado esquerdo, escolha o período, marque repositório digital e escreva o termo que
procura.
Outros exemplos de sites interessantes para o contato com fontes:
https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/quem-somos/
Slave Voyage- (Sobre o tráfico negreiro) https://www.slavevoyages.org/ Há a versão do
site em português.
Dicas: use palavras chaves para fazer a pesquisa. Exemplos: escravo, escravidão,
comércio, festas, sesmaria, nomes de pessoas, etc. Às vezes, pode ser que o site também
tenha registrado em seu banco de dados as palavras grafadas com o português antigo.