Você está na página 1de 4

NSTITUTO DE ILOSOFIA & IÊNCIAS UMANAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA


1° Semestre de 2011

DISCIPLINA
CÓDIGO / TURMA NOME

HH584 A História do Brasil III

PRÉ-REQUISITOS

*HH183/ AA200

CARGA HORÁRIA: (Nº DE HORAS POR SEMANA)


TEORIA: 04 PRÁTICA: 00 LABORATÓRIO: 00 ORIENTAÇÃO: 00 ESTUDO: 00

ATIVIDADE À DISTÂNCIA: 00 HORAS AULA EM SALA: 04 CRÉDITOS: 04

HORÁRIO:
Quarta-feira, das 8h00 às 12h00

PROFESSOR (A) RESPONSÁVEL CONTATO:


Deivison Gonçalves Amaral (PED B) deivison.amaral@uol.com.br

EMENTA
Estudo da constituição e características da sociedade brasileira nas primeiras décadas
republicanas, por meio da revisão crítica da historiografia sobre o período e da análise de
documentos.

PROGRAMA
O objetivo é conhecer e discutir as principais interpretações da historiografia sobre o
período da Primeira República. Na unidade 1, a discussão gira em torno do cenário político,
tanto da grande política do Estado, as sucessões presidenciais e disputas entre os poderes
regionais, quanto às disputas políticas do cotidiano popular. A unidade 2 dá
prosseguimento ao debate, mas com ênfase na economia do café e a industrialização, a
imigração, uma discussão conceitual sobre o coronelismo e, ainda, o estudo da
religiosidade popular e as revoltas a ela relacionadas. Por último, a terceira unidade tem
como foco o Brasil urbano e as tensões políticas que, nesse universo, permearam as
relações entre a urbanização, a indústria e os trabalhadores. Dedica-se, ainda, atenção às
mudanças no campo das artes.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO
1. Brasil república: a política e os atores.
a. Imaginário republicano-liberal e a construção da nova ordem.
b. Cenários da República: progresso vs. continuísmo colonial.
c. República oligárquica e liberalismo excludente: o “teatro das oligarquias” e as tensões
políticas.
d. As crises dos anos 1920, Revolução de 1930 e a chegada de Vargas ao poder.
e. Movimento tenentista.

2. Brasil rural: cafeicultura, coronelismo, religião e revoltas.


a. Coronelismo
b. Religiosidade popular e revoltas: canudos, juazeiro e contestado.
c. Imigração.
d. Economia cafeeira vs. industrialização.

3. Brasil urbano: política, trabalho e cultura.


a. Revoltas urbanas na capital da República.
b. Urbanização e industrialização na Primeira República.
c. Movimento operário e contestação política.
d. Modernismo e a “re”descoberta do Brasil.
BIBLIOGRAFIA
BATALHA, Cláudio Henrique Moraes. O movimento operário na Primeira República. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2000. 78p
BATALHA, Cláudio Henrique Moraes. Formação da classe operária e projetos de identidade coletiva. In:
FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano, livro 1: o tempo do
liberalismo excludente: da proclamação da república à revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2003. 446p.
BENCHIMOL, Jaime. Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro. In: FERREIRA,
Jorge, DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano, livro 1: o tempo do liberalismo
excludente: da proclamação da república à revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2003. 446p
CARONE, Edgard. O tenentismo: acontecimentos, personagens, programas. Rio de Janeiro: DIFEL, 1975.
518p.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário e a república que não foi. SP: Cia das
Letras, 1987.
CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1987. 196p.
CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. IN:
CARVALHO, José Murilo de. Pontos e Bordados – escritos de história e política. Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 1998.
CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das
Letras, 1996.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle
Époque. 2. ed. Campinas: Unicamp, 2005.
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. SP: LECH, 1979.
DE DECCA, Edgar. O silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1981.
DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo. A Vida fora das Fábricas. Cotidiano operário em São Paulo 1920-1934.
Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder. 3. ed. Rio de Janeiro: Globo, 2001. 913p.
FAUSTO, Boris. A revolução de 1930: historiografia e história. 16. ed. rev. e ampl. 2ª reimpressão São
Paulo: Companhia das Letras, 2002. 159p.
FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social (1890-1920). 4. ed. São Paulo: DIFEL, 1986. 283p.
FERREIRA, Jorge, REIS, Daniel A. A formação das tradições (1889-1945). Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2007. (As esquerdas no Brasil, v. 1)
FERREIRA, Jorge, DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil republicano, livro 1: o tempo do
liberalismo excludente: da proclamação da república à revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2003. 446p
FERREIRA, Marieta de Moraes; PINTO, Surama Conde Sá. “A crise dos anos 1920 e a revolução de 1930”,
in: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. O tempo
do liberalismo excludente: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
FORJAZ, Maria Cecília Spina. Tenentismo e política: tenentismo e camadas médias urbanas na crise da
primeira república. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977 117p.
FORJAZ, Maria Cecilia Spina. Tenentismo e forças armadas na revolução de 30. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1989.
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005. 320p.
GOMES, Ângela de Castro. Burguesia e trabalho: política e legislação social no Brasil, 1917-1937. Rio de
Janeiro: Campus, 1979. 318p.
GOMES, Ângela de Castro. Essa gente do Rio...modernismo e nacionalismo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
116p.
GOMES, Ângela de Castro. Essa gente do Rio. O Modernismo e os intelectuais cariocas. Estudos Históricos,
Rio de Janeiro, v. 11, p. 62-77, 1993
GOMES, Ângela Maria de Castro. Gilberto Freyre e Oliveira Lima: Casa Grande e Senzala e o contexto
historiográfico do início do século XX. História: [São Paulo], São Paulo, v.20, p.29-44, jan 2001.
HALL, Michael. “A imigração na cidade de São Paulo”, in: Porta, Paula (org.). História da cidade de São
Paulo. A cidade na primeira metade do século XX, 1890-1954. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, v. 3.
HARDMAN, Francisco Foot; LEONARDI, Victor. História da indústria e do trabalho no Brasil: das
origens aos anos 20. 2. ed. rev. São Paulo: Ática, 1991. 336p.
HARDMAN, Franciso Foot. Nem Pátria, Nem Patrão!. Vida operária e cultura anarquista no Brasil. São
Paulo, Brasiliense, 1983.
LEAL, Vitor N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega, 1975.
MORAIS, Eduardo J. Modernismo revisitado. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 1, n. 2, 1988, p.220-
238.
MACHADO, Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado. A atuação e a formação das chefias caboclas
(1912-1916). Campinas: Editora da UNICAMP, 2004.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil ( 1917-
1964). São Paulo: Perspectiva, 2002.
RAGO, Luzia Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar, Brasil 1890-1930. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1987. 209p.
RAGO, M. Os prazeres da noite: prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo (1890-1930).
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
SANTA ROSA, Virgínio. O sentido do tenentismo. 3. ed. São Paulo : Alfa-Omega, 1976. 127p.
SEVCENKO, Nicolau (Org.). História da vida privada no Brasil. Vol 3: República: da Belle Époque à era
do rádio. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo: Brasiliense,
1984.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-
1930). SP: Cia das Letras, 1995.
TOLEDO, Edilene. Anarquismo e sindicalismo revolucionário. Trabalhadores e militantes em São Paulo na
Primeira República. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.
VISCARDI, Cláudia Maria Ribeiro. O teatro das oligarquias: uma revisão da "política do café com leite".
Belo Horizonte: C/Arte, 2001.

FORMAS DE AVALIAÇÃO
Produção de texto, seminários e participação em demais atividades propostas para a sala de
aula.
HORÁRIO DE ATENDIMENTO A ALUNOS
Agendado por correio eletrônico.

Você também pode gostar