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Justificativa:
Sabe-se que uma das formas de ter contato com sentimentos é através das histórias. Podemos sentir emoções, como a tristeza, a raiva,
a irritação, o bem estar, o medo, a alegria, a insegurança, vivendo tudo o que as narrativas provocam em quem ouve, em sua amplitude,
significado e verdade que cada uma delas pode despertar nos pequenos ouvintes, além de ser um recurso valioso e agradável para a
predisposição à aprendizagem e para sua complementação.
A história contada define, ainda, uma sequência de ideias e também reconhece sinais verbais que o narrador transmite. Ao aproveitar
esses sinais, a história contada possibilita que a criança aumente o seu tempo de atenção. Dessa forma, ela consegue concentrar-se
muito mais ouvindo uma história do que por meio de outras atividades. Ouvir histórias desenvolve, também, uma capacidade de grande
imaginação. Perguntado sobre qual seria a melhor maneira de cultivar nas crianças o interesse pela ciência, Einstein sugeriu que se
contassem muitos e muitos contos de fadas para as crianças. Se a criança desenvolver a imaginação, se ela tiver a curiosidade
desenvolvida, ela poderá responder às várias situações que surgirão durante a vida e solucionar problemas futuros.
Objetivo Geral:
Despertar o prazer em ouvir histórias, proporcionando meios divertidos e atividades atraentes para contá-las, estabelecendo a ligação
entre aquilo que é real e o imaginário, tão presente no cotidiano das crianças. Em tempo, busca-se oportunizar a expressão da sua
percepção de mundo, desenvolvendo linguagem, pensamento lógico, imaginação, socialização, construção da identidade e autonomia.
Objetivos Específicos:
• Contação de histórias infantis, através de dramatização, fantoches, tapete de histórias, dedoches, materiais recicláveis, aventais,
• Roda de Conversas.
• Expressão através da pintura, desenhos e pequenos textos, utilizando o Caderno de Registro como ferramenta.
• Atividades opcionais (coletivas ou individuais) em cima da história contada, a fim de desenvolver habilidades propostas para o
segmento.
Recursos:
Livros de histórias infanto-juvenis, fantoches, dedoches, tapete de histórias, avental de histórias, giz de cera, lápis de cor, folhas, cola,
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando diariamente o envolvimento das crianças com registros no caderno, mediante as atividades
propostas.
MATERIAL COMPLEMENTAR
PROJETO: “Era Uma Vez...”
Uma história todo dia
Mestra em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento pela UFSC; Psicopedagoga, coordenadora do Núcleo Sul Mineiro da ABPp; Docente
de vários cursos de Pós-Graduação em Psicopedagogia no sul de Minas, tais como: UNINCOR, UNIVAS, UEG-Campus Divinópolis, UCAM, UVA (Convênio com
Aprender-atividades integradas) e FEFC- Formiga.
A história é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso calcado no imaginário de uma cultura. As fábulas, os contos, as lendas são
organizados de acordo com o repertório de mitos que a sociedade produz. Quando estas narrativas são lidas ou contadas por um adulto
para uma criança, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para a construção de sua identidade social e
cultural, possam ser apresentados a ela.
Qual a diferença entre ler e contar uma história?
São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são
completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas
da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico. Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar
preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto. Além
disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe
adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro. Há opiniões divergentes neste campo: alguns
autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e
portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto. Somos partidárias,
neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o
prazer das crianças.
Um dos principais objetivos de se contar histórias é o da recreação. Mas a importância de contar histórias vai muito além. Por meio delas
podemos enriquecer as experiências infantis, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter,
desenvolvendo a confiança na força do bem, proporcionando a ela viver o imaginário. Além disso, as histórias estimulam o desenvolvimento de
funções cognitivas importantes para o pensamento, tais como a comparação (entre as figuras e o texto lido ou narrado) o pensamento
hipotético, o raciocínio lógico, pensamento divergente ou convergente, as relações espaciais e temporais( toda história tem princípio, meio e
fim ) Os enredos geralmente são organizados de forma que um conteúdo moral possa ser inferido das ações dos personagens e isso colabora
para a construção da ética e da cidadania em nossas crianças.
Como selecionar histórias para ler ou contar?
Segundo Luiza Lameirão, existem dois tipos de histórias: aquelas que servem de alimento para a alma, permitindo a transmissão de
valores e de imagens arquetípicas fundamentais para a construção da subjetividade; e aquelas que servem para despertar o raciocínio e
o interesse da criança para formas de agir e estar no mundo. São chamadas histórias matéria, importantes para a estruturação dos
aspectos objetivos de nossa personalidade. Estas últimas devem ser selecionadas de acordo com o desenvolvimento cognitivo do ouvinte
porque exigem maior compreensão racional e analítica.
Em cursos de capacitação, pode-se adquirir as competências necessárias para se contar histórias, aprendendo as técnicas básicas de
voz, gesto, materiais de apoio, dentre outras. Podemos destacar algumas orientações básicas para contar histórias:
▪ Escolha leituras que tenham ligação direta com as crianças que vão ouvir.
▪ Incentive as crianças diariamente, contando pequenas histórias sem mesmo ter o livro nas mãos.
▪ Use entonação de voz atraente, sem exageros, faça suspense, faça drama, se emocione, expresse sua opinião sobre o tema e dê
oportunidade para que a criança também apresente sua opinião.
▪ Crie a "hora da história". Na escola, um bom horário é após o recreio para acalmar a turma.
▪ Determine um dia ou horário para cada aluno ler ou contar uma história. Não force ninguém.
▪ Preserve a atenção das crianças no local em que a história está sendo contada.
A história, como já foi dito, possibilita a articulação entre objetividade e subjetividade, espaço " entre " no qual se situa o trabalho
psicopedagógico. É, portanto, um recurso que pode ser usado tanto no diagnóstico como na intervenção psicopedagógica em instituições
e na clínica. O conteúdo mítico, as ações praticadas pelos personagens, os valores morais implícitos na narrativa, permitem projeções
que facilitam a elaboração de questões emocionais, muitas vezes expressas como sintomas que se apresentam na aprendizagem. A
compreensão dos enredos, a análise dos conteúdos, a estrutura linguística subjacente ao texto, permitem ao profissional investigar
questões cognitivas presentes nas dificuldades do processo de aprendizagem. Como recurso psicopedagógico a história abre espaço para
a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade.
1. Prazer: a criança pode encontrar uma verdadeira paixão nos livros e um hobby que lhe dará muito prazer.
2. Criatividade: os livros são ferramentas que permitem as crianças viajarem a outros lugares, a se transportar para outras
dimensões onde possa imaginar através das palavras, quando se tornam os protagonistas das histórias. É justamente aqui onde
entra a criatividade, imaginação e a fantasia.
3. Habilidades linguísticas: a criança aprende novo vocabulário, a usar corretamente a linguagem e, inclusive a escrever sem
problemas de ortografia.
4. Exercita o cérebro: o desejo pela leitura é uma tarefa que representa certa complexidade para o cérebro, portanto a criança
estará estimulando habilidades como a memória ou o conhecimento.
5. Conhecimento do mundo: os livros em si mesmos são um aprendizado, já que a criança pode conhecer sobre o mundo quase
sem se dar conta à medida que vira as páginas.
6. Conhecimento dos demais: os livros ajudam as crianças a se colocar no lugar dos outros, a conhecer os sentimentos e os
pontos de vista de outras pessoas. Isso faz com que a criança trabalhe a empatia e seja mais flexível.
7. Fortalece a capacidade de concentração e atenção: a criança que se concentra nas páginas de um livro aumenta a sua
capacidade de concentração.
8. Pratica a leitura mecânica e a leitura compreensiva: isso tem uma repercussão muito direta no seu rendimento escolar. Uma
criança que lê bem estuda melhor e, portanto tem melhores resultados acadêmicos.
9. Aumenta a sua curiosidade: ela faz mais perguntas, sente mais inquietação e quer continuar se alimentando, buscando mais
informação e encontrando mais respostas.
10. Um amigo fiel para toda a vida: a criança que adquire o hábito a leitura terá um companheiro onde encontrar respostas ou
consolo nos bons e nos maus momentos. Precisamente, nesses momentos em que a criança tem dificuldades, o leitor pode
encontrar alívio ou consolo que talvez não encontre no seu ambiente.
MATERIAL COMPLEMENTAR
PROJETO: “Era Uma Vez...”
Uma história todo dia
Os contos de fadas aumentam a autoestima das crianças e mostram que as dificuldades podem ser vencidas, as florestas atravessadas, os caminhos de
espinhos desbravados e os perigos mudados. E a criança sente que também ela pode ser capaz de vencer os seus medos secretos, as suas evidentes ignorâncias!
A magia e o encantamento das crianças podem e devem ser alimentados por meio dessa linguagem lúdica! Depois das minhas leituras sobre a importância dos
contos de fadas na vida das crianças, elenquei as 10 principais razões para você estimular seu filho a ler a todos esses contos. Vejam que interessante!
Os contos ajudam a criança a lidar com as dificuldades do seu dia a dia e a elaborar melhor os sentimentos negativos tão comuns na primeira infância, como
medo, frustração, abandono, rejeição, rivalidade entre irmãos, inveja, relação com os pais, inferioridade, vingança, etc. Por isso, elas pedem para ler diversas
Os contos mostram que existem os bons e os maus, deixando transparecer valores sempre atuais. A bruxa, o lobo, o pirata, e outros personagens maus,
representam sentimentos ruins, são arquétipos desses sentimentos, portanto, querer que estes personagens “morram” não é uma atitude violenta, mas
sim a necessidade de acabar com estes sentimentos ruins. É preciso lembrar que, nas histórias, a morte não é violência, é o símbolo da transformação
que vai ajudar a criança a elaborar os sentimentos ou sensações que a incomodam. Não devemos nos preocupar quando a criança festeja a morte desses
personagens, eles representam seus medos e esta é a forma que ela tem de vencê-los ou elaborar estes sentimentos que a angustiam.
Reconhecer a dor e aceitá-la é um meio de superá-la e assim ser feliz. As crianças aceitam com mais naturalidade as desilusões que encontrarão no dia a
dia, pois sabem que, à semelhança do que acontece nos contos de fadas, os esforços desprendidos hão de ter uma grandiosa recompensa.
4- Por meio das histórias podemos trabalhar sentimentos e sensações muito presentes nas crianças!
Ingenuidade: Branca de Neve e Pinóquio (acreditam no personagem do mal). Exclusão: Patinho Feio (o patinho é excluído pois é diferente). Cuidado:
Chapeuzinho Vermelho (medo de estranhos). Insegurança: Alice no País das Maravilhas, Mogli, Peter Pan (sentir-se inseguro diante de situações novas).
Tudo na vida tem um começo, meio e fim. As crianças precisam saber que as pessoas não são como os personagens dos desenhos ou jogos eletrônicos,
que nunca morrem. Diante de tanta tecnologia, nunca os contos foram tão importantes e necessários na vida da criança como hoje.
6- Aprendem o “limite”!
Por meio das histórias, a criança consegue discernir o certo do errado, o que pode e o que não pode fazer, enfim, reconhece o sim e o não.
Os contos de fada sobreviveram ao tempo justamente porque contêm ensinamentos que falam à alma da criança, falam de valores imutáveis, caso
contrário, já teriam desaparecido, apagados pelo tempo e caídos no esquecimento. Passar valores à criança é algo complexo. As histórias são, por
isso, um meio facilitador de resolver algumas das questões que esta tarefa nos coloca. Se, por um lado, divertem as crianças, estimulam a sua
curiosidade e promovem competências cognitivas e de oralidade, por outro lado são também a forma de concretizarmos alguns dos valores que
consideramos aceitáveis e oportunos transmitir à criança. Por isso, os pais devem usar e abusar dos contos. Só assim poderão sonhar com um final
Os contos de fadas exercem uma influência muito benéfica na formação da personalidade porque, pela assimilação dos conteúdos da estória, as
crianças aprendem que é possível vencer obstáculos e saírem vitoriosas (o herói sempre vence no final). Isso ocorre pois, durante o desenrolar da
trama, a criança se identifica com as personagens e “vive” o drama que ali é apresentado de uma forma geralmente simples, porém impactante.
Essas estórias de contos de fadas normalmente começam com “Era uma vez…” e terminam com “Viveram felizes para sempre”. Essa ideia cria a
esperança de que as coisas na vida podem dar certo e elas podem ter sucesso em suas dificuldades.
9- Cada criança interpreta a estória da sua forma, entenda qual o significado do conto para seu filho!
Os contos de fadas possuem significados e significantes diferentes em determinadas faixas etárias, como por exemplo, ter um significado para
uma criança de cinco anos e outro para uma de treze, na mesma estória, já que as situações, os sentimentos, os desejos e anseios são outros.
Os contos de fadas são para serem escutados, apreciados e internalizados, cumprindo desta forma com seu papel que é a construção da
personalidade infantil, criando bases sólidas que favoreçam o desenvolvimento intelectual, moral e psíquico. Dessa forma, ao se tornarem adultos,
saberão resolver dificuldades, terão uma estrutura mais forte para aguentar seus problemas e saberão que mesmo depois de tantas amarguras
terão uma recompensa que será a resolução do que os afligia. Pode não ser a resolução esperada, mas uma coisa é certa: sempre haverá a
possibilidade para uma nova descoberta e um recomeço, pois a beleza da vida é justamente lutar por seus ideais e conquistá-los. E isso, só os contos
Fontes:
http://vidamaterna.com
http://www.abrerecreadores.com
http://www.qdivertido.com.br
Conteúdo exclusivo do site Just Real Moms