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Encantamentos – o que os feitiços nos contos podem ter haver com a nossa vida na vida real.

Livro: O guerreiro invisível e outros contos do tempo.

Curso:  Como educar com histórias –


Narrativas para crianças de 0 a 7 anos
 
 
Contar histórias pode transformar o mundo e a sua vida!
Boas histórias, contadas na hora certa e do jeito certo harmonizam, educam, curam e
trazem encantamento.
Venha aprender como usar essa arte tão antiga que, além de entreter e criar bons
momentos de convivência, é cada vez mais usada nas áreas da educação, artes e saúde.
Ao conhecer diferentes tipos de narrativas e o seu uso para potencializar o
desenvolvimento humano, você terá em mãos uma ferramenta de autoconhecimento, de
trabalho e de ajuda às pessoas a sua volta.
 
Este curso é um convite para mergulharmos no universo das histórias, sabendo o que
contar a cada fase do desenvolvimento infantil, de 0 a 7 anos.
 
O que fazer na gestação?
        O que contar no 1o ano de vida?
                Quando introduzir as histórias com gestos?
                        Como escolher livros?
                                O que fazer com os contos de fadas?
                                        Vale inventar histórias?
                                                Por quanto tempo eu conto uma história?
 
Esses são apenas alguns dos temas que serão abordados nos nossos encontros!
 
Ah, e é preciso destacar uma dica importante: quando a gente conhece bem o
desenvolvimento das crianças, a gente sabe o que fazer em qualquer situação, com
autonomia – o que contar, as melhores brincadeiras, como lidar com a alimentação, birras,
limites – a gente sabe conduzir cada etapa, trazendo harmonia para o dia-a-dia das
crianças e dos educadores. 
 
 

Você sabe o que fazer para Educar com Histórias?


 
Imagino que você já reconheça a importância do contar histórias.
Mas o que fazer para que a história atue profundamente na criança e não seja apenas um
mero passatempo, um mero entretenimento?
As histórias são uma grande ferramenta para os educadores, pois elas “falam” a
linguagem das imagens, que as crianças entendem tão bem.
Este pode ser um bom momento para introduzir a força das histórias na vida das suas
crianças, com mais consciência do papel das narrativas e sabendo o que fazer, com
propriedade.  
 
Acompanhando os encontros, você poderá refinar o seu olhar e aprender dicas práticas
para o dia-a-dia, com o suporte de uma metodologia bem estruturada.  
 
 

Organização do Curso:
 
No curso “Como educar com histórias” você conhecerá as três formas de atuação das
narrativas nas crianças, que vão mudar completamente a sua visão sobre o contar e ouvir
histórias.
Nosso foco será o contar histórias para crianças de até 7 anos.
Você aprenderá o que há de melhor para semear o ouvir histórias na fase mais delicada
da vida, com muito respeito à criança.  
 
Nesse curso, vamos ativar o nosso educador-contador de histórias que existe em você:
 
 Bases do desenvolvimento infantil (de 0 a 7 anos)
 O que fazer para cultivar o ouvir histórias a cada ano desse período da vida
 Tipos de narrativas
 Quais histórias contar e como selecioná-las
 Exercícios de voz e articulação
 A importância das imagens e  da imaginação
 E… muito mais!

 
Usaremos a plataforma Zoom para as aulas e o Google Sala de Aula para comunicação,
envio de materiais, envio das tarefas e exercícios entre as aulas e suporte para dúvidas.
Os encontros serão gravados e ficarão disponíveis por um mês.  
 
Em cada um dos 05 encontros, online, ao vivo, com 2 horas de duração,  teremos:
 aspectos conceituais
 exercícios práticos
 espaço para trocas, dúvidas, perguntas
 histórias e material para leitura e aprofundamento entre os encontros
 
 

Para quem é esse curso?


 
Para qualquer pessoa que queira refinar o seu olhar e praticar o contar histórias
para crianças de até 7 anos: mães e pais, avós, tios e tias, professores, professores
Waldorf, psicólogos, terapeutas, psicopedagogos, babás, cuidadores,  recreacionistas,
bibliotecários, contadores de histórias, amantes da literatura e curiosos! Ah, e não precisa
ter nenhuma experiência com contar histórias.
 
 Esse curso foi especialmente pensado para quem:
 
– é educador de crianças e quer ajudá-las
– gosta de histórias e contos e acredita em seu poder educativo
– quer acertar na hora de escolher uma história para uma criança
– quer respeitar o tempo de desenvolvimento da criança, sem acelerar processos
– preocupa-se com a qualidade das histórias contadas
– quer ver os olhos das crianças brilhando de encantamento
– procura um grupo acolhedor para se capacitar
– almeja uma metodologia de qualidade, com profundidade e sensibilidade para o olhar
para a infância
 

 
Facilitadora:
 
Ana Flávia Basso é psicóloga pela Universidade Federal de São Carlos-SP, especialista em
Desenvolvimento Humano pela Universidade de Brasília, euritmista formada pela IMO,
professora de danças folclóricas, mãe de uma jovem de 21 anos, contadora de histórias
(Projeto Educar com Histórias), tradutora e amante da Palavra e da Infância.
Cresceu ouvindo histórias, trabalhou com elas em escolas, ONG’s, em sua clínica
psicoterápica, em eventos e teve a honra de criar e contar muitas histórias.
 

 
Informações importantes:
 
 
Investimento: R$267
Duração: 05 encontros de 2 horas
Dias: 23 e 30 de maio + 06, 13 e 20 de junho (2as feiras)
Horário: 19h30 às 21h30
Onde: plataforma Zoom e pelo Google Sala de Aula (as instruções serão enviadas aos
inscritos)
Vagas: turma reduzida, portanto as vagas são limitadas.
O que inclui: encontros online, ao vivo; material complementar entre os encontros; suporte
direto entre os encontros com a professora e certificado ao final.
Certificados: são enviados ao final do curso para quem tiver, pelo menos, 75% de
participação.
Informações adicionais: educarcomhistorias@anaflaviabasso.com.br ou Whatsapp (77) 99121-
0391
Formas de pagamento: PayPal, PagSeguro (cartão com parcelamento), transferência
bancária ou PIX (CNPJ 36.928.220/0001-27).  Qualquer dúvida, entrar em contato pelo
Whatsapp (77) 99121-0391
Inscrições: aqui no site!
**20% do lucro do curso será destinado à Aurum Iniciativa Waldorf, escola localizada na
cidade de Vitória da Conquista, Bahia. Fazendo o curso, você apoia uma iniciativa Waldorf
no interior da Bahia!
Estou te esperando! Vamos contar mais histórias?
Por que contar histórias em 2022?

Histórias e infância.

Uma infância, que ainda a gente não vê no mundo, mas a gente sonha com ela. Educadores
que busquem a autoeducação para estarem bem diante das crianças, buscar algo diferente,
algo melhor.

“Se quiser falar ao coração do homem há que se contar uma história, dessas que não faltam
animais, deuses e a fantasia, porque é assim suavemente e docemente que se despertam
consciências.” John de Lafontanee

Histórias de boca (tradição oral)

Histórias de livros

“A minha mãe dizia que uma criança a gente educa com histórias”

FALAR: Sobre dois mistérios maravilhosos

Contar histórias

Desenvolvimento humano (da criança)

Por que contar histórias em 2022? (Escrever)

Porque as histórias são o que constituem a maior herança da humanidade. As histórias nos
formam, transformam, nos auxiliam, e nos ajudam a compreender nosso lugar mais íntimo, e o
exterior.
Para contar histórias no século XXI

TER CLAREZA DO IMPACTO QUE AS HISTÓRIAS TEM

Ter clareza do impacto do que você faz (efeitos e benefícios)

Ter visão dos tempos atuais (realidade) O que os tempos de hoje exigem, o que as crianças de
hoje pedem? Quais são as necessidades dos nossos tempos?

Conhecer o desenvolvimento da criança, do ser humano. Quais são as necessidades dos nossos
tempos? Ter noção das necessidades humanas (desenvolvimento)

Ter consciência dos seus propósitos ao contar histórias (Eu) Contar por que? Para entreter,
curar, educar, cultivar um afeto?

Nos tempos de hoje com tantos filmes, tantas telas, tantos desenhos, por que a gente conta
histórias?

Contar histórias é vital! Traz vida, vivifica o ser humano, é uma habilidade que é intrínseca. A
gente narra, para dar sentido as nossas vidas, e as nossas experiências. A gente está sempre
contando algo para alguém, tentando se entender e entender o outro. A gente usa a nossa
fala. EPara a gente se formar, se constituir enquanto individuo, enquanto ser humano.
Conforme eu conto, eu vou resinificando aquilo dentro de mim. Contar histórias é vital. Faz
parte da nossa vida.

É através das narrativas da nossa vida que a gente vai construindo a nossa subjetividade, e a
percepção de quem a gente é.

FALAR CONTAR E NARRAR são habilidades humanas. Contar histórias é vital

Contar histórias é construir uma intimidade. Olha que potencia existe nisso em tempos em que
carecemos de contatos de encontros e intimidade.

Uma narrativa, vai se realizar, no interior de uma relação. Eu vou contar uma história para
alguém. Eu vou estabelecer uma relação com essa pessoa, ou com várias pessoas. Eu vou
narrar algo, e eu vou narrar algo para alguém, e a partir dai um vinculo é criado. Quando eu
narro eu me coloco num estado de empatia com o outro. Eu posso fazer com que aquele que
ouve desenvolva empatia por mim também. E experimente aquilo que eu estou
experimentando. Ai tem uma troca. Narrar é construir uma intimidade, eu crio e nutro um
espaço de intimidade. E se eu estou narrando, eu estou criando esse espaço, eu sou criadora.
Eu tenho uma atividade aqui.

E eu vou criar esse espaço de encontro, com a escolha das minhas palavras. O volume da
minha voz, do tom da minha voz, a alternância dos ritmos das minhas fala se eu vou falar mais
rápido se eu vou falar mais lento. Eu vou criando atmosferas. Ou quando eu pauso, quando eu
cuido dos gestos do olhar. Quando eu faço um suspense. Ou repito palavras e trago uma
previsibilidade para a minha narrativa. Tudo isso que eu falei, Tom aceleração pausa gesto,
tudo isso são instrumentos para a gente criar esse encontro através de uma narrativa, o
encontro que vai conectar entre quem narra e quem escuta para sempre.

CONTAR histórias é vital, contar histórias cria uma intimidade, e é uma arte, uma arte muito
antiga, presente em diferentes culturas, em diferentes épocas da história da humanidade, o
contar histórias fazia parte das rotinas das pessoas, assim como a dança, assim como a música.
E as pessoas lidavam com o contar histórias expressando aquilo que vivia dentro delas.

Fatos históricos iam sendo transmitidos, lendas e criações eram transmitidas, a cultura de um
povo ia sendo transmitida.

Todos nós somos contadores de histórias.

A gente já narra espontaneamente, a gente encontra o outro através das nossas narrativas. E a
gente vive numa cultura hoje que diz que é só o especialista que conta história. Não é verdade,
o que a gente precisa a gente já tem, a potencia está dentro de cada um de nós, é só lapidar
um pouquinho.

CONTAR histórias é uma arte antiga. Se ela é uma arte, vamos pensar em formas artísticas, o
pintor vai pintar um quadro por exemplo, o escultor vai esculpir no mármore, o dançarino vai
dançar, e etc como a gente vai contar histórias e fazer essa arte chegar ao outro, a gente vai
precisar da nossa fala, do nosso corpo, com os nossos gestos, a nossa postura, o nosso olhar.

Conhecer histórias, conhecer o ouvinte, nosso público, e mesmo que eu não conheça de
antemão, estar aberto para ele. Analise do ambiente, se eu vou contar numa praça é diferente
de sala de aula que é diferente do hospital... A gente tem que jogar o pozinho mágico do
encantamento e da magia.

Cria intimidade, favorece o encontro, é vital, revela um talento que a gente já tem quanto
contadores de histórias natos.
DOS 0 AOS 7 ANOS

Trajetória biográfica do primeiro setenio.

A biografia humana e o desenvolvimento infantil.

Ciclos das estações do ano, que se repete independente do esforço que a gente faz. A gente
não tem poder de intervir na ordem das estações. As estações estão lá, marcando o ritmo da
nossa vida.

Setênios
Olhar para os ciclos que estão na natureza. É ver que nós também temos esses ciclos.

VISÃO de desenvolvimento humano baseado em uma ramificação da grecia antiga, que fala
que a gente se desenvolve a partir de ciclos de 7 anos.

0 a 7 anos
Criar ninho pra criança

Primeiro setênio, é o período da vida que a gente tem que criar um ninho para a criança.
De 0 a 3 anos

A criança aprende

- a andar e conquista o espaço

- a falar e conquista o tempo e o âmbito social (passado presente futuro)

- a pensar com pensamentos associativos (mais elaborados) e conquista a sua individualidade

Primeira tomada de consciência desse eu

Boris Cyrulnik

Psiquiatra, psicólogo, pesquisador francês, que difundiu o conceito de “resiliência”.


Difunde a importância dos primeiros 1000 dias de vida. Especialista em desenvolvimento
infantil, consultor do presidente Macron sobre primeira infância.

Tudo o que a gestante está vivenciando a criança também sente.

TODA vez que a gestante fala com o bebe é como se ela acariciasse boca e mãos do feto.

Quando a gente fala com o bebe que já nasceu, a gente estimula o glóbulo temporal esquerdo
da criança, e quanto mais a gente fala, ela vai se transformando em uma área de linguagem.

Quanto mais a gente fala com o bebe, mais ele desenvolve conexões.

Bebe nasceu, saiu da barriga, tá colo. O que ele faz? Dorme, come, chora, sente tudo, observa
esse mundo, esse mundo está entrando nele. Sente cheiros. Mama. Experimenta. Precisa que
alguém cuide dele, ele experimenta. Vive totalmente entregue. Procura um aconchego. Se
aninha no colo da mãe. Cheirinho de bebe. Silencio... uma atmosfera de sutileza, tem uma
sacralidade. Ver o milagre da vida na nossa cara. Muito amor.

Quantas coisas que um bebe evoca em nós! Estar diante de um bebe, é estar diante de um dos
mistérios da vida.

Ele mama, ele dorme, chora, dá banho, troca fralda, faz massagem. É totalmente dependente,
tem uns movimentos descontrolados. Demoram para focar o olhar. Começa a acompanhar os
sons. Os olhos do bebe tateiam o mundo, através dos olhos que ele começa a ir, para olhar a
mãe, para olhar o pai, olhar a visita que chegou.

E conforme ele tiver possibilidade de se movimentar livremente, ele vai tomando posse desse
corpo, ele vai controlando seus movimentos.

Primeiro ano de vida


COMO É UM RECEM NASCIDO?

Crianças chegam ao mundo com capacidade de movimentar-se e de se desenvolver.

Os movimentos desordenados do bebê não são conscientes e tem caráter de reflexos.

Gradualmente os movimentos caóticos ganham ordem. Ela se percebe e vai percebendo o seu
corpo.

Todo o processo do virar-se sozinho para olhar a terra é fundamental no desenvolvimento.

Depois de olhar para o céu, ela passa a olhar para a terra, e isso é importante para o
desenvolvimento do andar, do pisar, ele se desenvolve para pisa nessa terra.
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A gravidade é vencida quando se adquire a capacidade de ficar em pé livremente no espaço.

Quando ela se ergue ela fica com o aparelho fonador agora pronta para poder falar. Mãos
livres, e aparelho fonador na posição.

O corpo é a base para a fala, a base para o pensar, que é a base do contar histórias, entender e
ouvir histórias.

A criança despertou esse processo de uma geografia corporal, e a orientação no espaço


precisam ser aprendidas e exercitadas.

DEPOIS que ela conquista o eixo vertical, o espaço a direita e à esquerda e o espaço à frente e
atrás.

Plano horizontal divide em cima e em baixo, plano sagital direita e esquerda, e o planto
frontal, frente e trás.

Essas habilidades bem desenvolvida no corpo, elas trazem habilidades na alma.

A habilidade de por na balança, de ponderar, refletir, depende

Habilidades do corpo preparam habilidades da alma.

O que eu faço como educadora, para fomentar as histórias na vida da criança.

Falar com a criança desde a barriga.

Como preparar a criança, para histórias que eu vou ver lá na frente?


Falar com a criança. Narrar o mundo para a criança, contar para ela, o que está no seu
ambiente imediato>

Olha estou vendo um passarinho, será que ele fez um ninho na arvore.

Tudo que está no ambiente dela.

Passou uma abelhinha, acho que a abelhinha está indo para a colmeia.

A florzinha vermelha do nosso vaso, vamos ver a florzinha vermelha?

Mostrando o mundo para a criança, aquilo que é verdadeiro, que é real, imaginativo.

A criança é uma esponjinha que percebe tudo que está acontecendo no ambiente, as falas, os
cheiros, tudo.

Dá um frio na barriga, mas também traz, uma responsabilidade amorosa.

Narrar, o que eu vou fazer com ela antes de fazer.

Agora nós vamos tomar um banho, eu vou começar tirando a sua meia, vou tirar a meia do pé
esquerdo, vou tirar a meia do pé direito.

Voz muito alta, falar mais baixo, quando eu olho nos olhos para falar com ela, vendo a criança,
reconhecendo quem ela é.

A linguagem da criança é pré verbal, mas não quer dizer que ela não esteja entendendo e se
comunicando com você.
O que ela está fazendo para dialogar com você mesmo ainda não falando.

Lição de casa:

Atentar ou pesquisar

Acalantos

O que são acalantos?

Cantigas de ninar.

“Boi boi boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta”

Começa no primeiro ano de vida, e segue a vida inteira, pelo menos o primeiro setenio
todinho.

A fala do educador.

Cuidar da fala, narrar o mundo para a criança, e trazer acalantos preparando o momento do
sono, mas com a percepção que a criança não está focada nos significados, mas sim nos nossos
gestos interiores na nossa alma.

Narrar o mundo para a criança, o que está no ambiente imediato dela.

Narrar tudo que eu vou fazer com ela antes de fazer, agora nós vamos tomar banho e eu vou
começar tirando a sua meia, vou tirar a meia do pé direito, vou tirar a meia do pé esquerdo...
evitar uma voz muito alta, falar mais baixo, falar mais pausado. O que a gente fala no ambiente
em que a criança está, sem jornal nacional cheio de tragédia. Olhar nos olhos da criança.
Conexão.

O que eu narraria aqui se eu estivesse com um bebe?

Faz o exercício para ganhar um traquejo interior.

Aula 2 dia 30/05 segundo ano de vida

O que fazer se eu quero estimular o gosto pelo livro? O que de fato ensina a criança a gostar
de ler no futuro, é amor pela língua materna, se eu falei com ela, se eu me comuniquei com
ela. Escutar histórias ao longo da infância. Antes de ler um livro, eu tenho que ter tido a
possibilidade de ler o mundo.

Que lugar os livros tem na minha casa? Como se cuida dos livros, que lugar eles são guardados.
Se os livros são considerados bons presentes na nossa família. Se quando eu saio vou ao
medico eu levo um livro, para a criança poder imitar.

Reflexões, porque as vezes a gente acha que é dando muitos livros. Dando um livro de plástico
e na banheira.

Como a gente se relaciona com o livro. Como os adultos dessa casa se relaciona com os livros,
e com a língua. E com isso se eu não tenho como proporcionar livros para o meu filho tudo
bem, desde que eu cultive o habito de ler, e que ele possa imitar.

Quando uma criança vê um adulto lendo, ela sabe que tem uma magia ali.
Muitos problemas de fala das crianças começaram na aquisição do andar.

Segundo ano de vida

- conquista do falar

- conquista do tempo

- língua materna

- cidadã de um povo

- conquista da linguagem verbal do falar, vem pela imitação, se eu não tenho adultos que
falem comigo eu não falo. Eu preciso de um ambiente falante.

Andar falar e pensar acontecem através do processo de imitação.

Só se desenvolverão

A aquisição da fala é um processo, que leva tempo e depende do ambiente falante da criança.

Começou lá na barriga, e vai se desenvolver muitos anos adiante.

A criança de

O organismo da linguagem repousou dentro da barriga, e quando ela nasce vem o primeiro
grito, o primeiro choro, o primeiro som que ela fala.

Willian Stern indicou que a criança se aproxima da linguagem de 3 maneiras

(ao longo do 1 ano de vida)

Balbucio

Todo lactente é um cosmopolita e não um cidadão.

Nessa etapa da vida no primeiro ano, a criança exercita sons de várias línguas, como se todo
bebe fosse treinado para falar qualquer língua. No primeiro ano de vida a gente se desenvolve
para falar qualquer língua. Depois que se afunila na língua materna.

No decorrer do primeiro ano...

Grande parte dessa forma de se comunicar vem pelo gestual, e pelo tom da nossa voz. Muito
mais do que sentir da palavra, mas sim pelo tom o que a gente cria com a nossa voz.

Mudança súbita a criança percebe deum dia para outro que cada coisa tem seu nome.

Seu vocabulário aumenta e até o final do 2 ano de vida, adquire cerca de 440 a 500 palavras.

Nesse período a criança adquire o denominar

As palavras chovem para dentro da criança.

Há uma compreensão direta da palavra.

A criança torna-se uma conquistadora, o que ela sabe falar passa a ser dela.
Com o passar do tempo não é só quantidade de palavras que aumenta mas também começam
a se diferenciar.

1 ano e 3 meses substantivos

1 ano e 8 meses substantivos e adjvetivos

Depois ela entra nos verbos.

Assim vai surgindo a língua materna, que se desenvolve com cada criança.

“A língua materna é tão necessária e nutritiva para a criança quanto o leite materno”

Quando a gente tem uma língua materna, a gente está enraizado de alguma maneira, a gente
se sente conectado a algumas pessoas. Deixa de ser um cosmopolita, para ser um cidadão de
um povo. A gente faz parte de uma comunidade. E a criança passa a ser considerada por essa
comunidade como um ser de outro patamar. Quando a criança passa a conversar, ela vai se
expressar, ela entra nessa comunidade linguística.

A língua precisa ser experimentada com prazer e liberdade.

O elemento social da fala passa a fazer parte da estrutura de segurança na qual as crianças
podem se sentir em casa. Sensação familiar.

A língua traz a sensação de pertencimento, como um abraço, um colinho da mamãe.

Importante falar corretamente com a criança, evitar imitar o jeito dela falar.

As 3 funções do falarexpressar-se denominar o mundo conversar

Falar tem um lado ativo e um lado passivo. Quando eu falo tem o lado ativo da linguagem. O
lado passivo da linguagem é a audição.

Escutar a criança.

Quando a criança está aprendendo. Se você trouxer um ambiente falante ela vai chegar lá.

Conhecer a língua com prazer e liberdade sem engessar.

Método padovan. Quirofonetica.

Falar bem é falar corretamente, mas também de forma bem articulada.

Como na dança do ventre.

Exercícios de articulação.

Fazer alguns fonemas e prestar atenção no que acontece no aparelho fonador.

A boca começa mamando quando é bebe, ele suga para caramba, depois a gente mastiga, a
gente beija, a gente deglute e a gente fala. É muita coisa para uma região só.

Exercicio de língua, três vezes para cada lado, passar a língua por toda a boca.

De 10 a 30 estalos

Lingua pra fora língua pra dentro 3x


Agora três vezes para os lados 3x

Para cima como se fosse lamber o nariz e para baixo em direção ao queixo

Levar língua para descansar.

Trrrreeee treme a língua faz som de r

Rede rápida/ reina a rima/ rígida reza/ rola ruidoso/ raiva rustica/ rasga o rei/.

Cuidados no segundo ano de vida,

Cultivar os silêncios.

Na hora de comer, na hora de brincar.

Avisar a criança quando ligar o liquidificador, ou aspirador, e etc.

A criança tem que escutar pessoas falando. Porque a voz do eletrônico não ensina a criança a
ler nuances da voz. A se conectar com quem está perto dela. A voz gravada não faz isso.

Com relação ao cultivar as histórias, o que a gente pode fazer pela criança de dois anos, eu
posso fazer uma ênfase, as cantigas populares.

A fala falada e a fala cantada.

Outro estimulo de fala são os versos e as pequenas rimas.

Porque além da fala falada e a fala cantada a gente traz a fala poética.

“batatinha quando nasce se esparra pelo chão, menininha quando dorme, poe a mão no
coração”

Cantigas, pequenas rimas e versos

Histórias e brincadeiras com gestos

É importante quando a gente está contando imaginar o que estamos contando.

Pombinha, rolinha, passou por aqui...

Assim outra vez assim...

Trazer as profissões em pentecostes... passa passa gavião, todo mundo passa, a cozinheira faz
assim... repetir com profissões.

Quando eu dou a imagem pronta para a criança eu posso causar indigestão na criança pode ser
muito para ela.

A imagem pronta deixa a criança mais passiva além de causar medo.

Quanto menos estruturado melhor. Mais eu dou chance para a criança imaginar.

Terceiro ano de vida.

Vai chegando perto do terceiro ano e a criança começa a mudar mais ainda.
Uma fase que muitos chamam fase da birra, a criança diz não para tudo. É um não que a gente
tem que tomar muito cuidado quando escuta, para não achar que a criança está dizendo não
para a gente. Ela está dizendo não para o que está fora, e sim para ela, para esse principio de
consciência que está despertando dentro dela. Até o terceiro ano a criança se sentia uma com
tudo que estava ao redor dela, e assim como ela saiu da barriga da mãe, agora ela não é mais
uma com o mundo, ela é separada, é a primeira consciência do eu. Tem uma individualidade
antes, mas agora algo acorda dentro dela, e esse eu que desperta, faz com que a criança que
se chamava pelo nome, fala EU QUERO. Quando ela fala eu, e entende que esse eu é ela, ela
começa a abrir um espaço interior de memoria. Abre um espaço interior que é nosso. Porque a
gente era um com o mundo. E agora vem um despertar da consciência. E é ai que tem o
primeiro despertar. Depois desperta em outras idades também. Mas aqui é muito importante.
Quando ela diz NÃO ela não esta afrontando, ela está dizendo sim para ela mesma.

Tem crianças que são mais impulsivas, e tem outras que são mais tranquilas, que passam por
essa fase de maneira amena. E TODA vez que ela disser um não, ela está dizendo sim para ela.
Não leve para o pessoal, não ache que é uma afronta a sua autoridade, e leve no humor. Levar
com leveza.

Todo vez que eu confronto e bato de frente com a criança, ela vai ganhar, porque ela tira a
gente do sério, não cria o confronto, para antes, você é o adulto, usa imagens, usa histórias,
canta.

Ninguém ensina uma criança a falar eu, isso é algo que acontece de dentro para fora. A criança
começou a elaborar mais o pensar.

Narrar o mundo, os acalantos, rimas, cantigas, histórias gestos.

Ao longo do terceiro ano a gente já pode trazer os contos acumulativos, os contos repetitivos.

No primeiro setenio a criança está aprendendo por imitação, tudo que está no ambiente dela,
ela vai imitar.

Eu tenho que fazer como eu quero que ela faça. A criança está aprendendo muitas habilidades.
Que serão estas habilidades do andar do falar e do pensar que vão acompanha-la por toda a
vida. Que nos humaniza. E a gente sabe que a gente só domina uma habilidade, quando a
gente repete.

Repetir, repetir, e repetir. Se eu não dou chance dela repetir, ela não vai dominar, e não vai se
aprofundar.

O que aconteceu nos tempos de hoje na educação no mundo? A gente quer quantidade,
porque a gente acha que quanto mais rápido e mais quantidade melhor. E assim, eu estou
ensinando o que para a criança, superficialidade. Se todo dia eu conto uma história diferente,
eu estou dizendo para ela não se aprofunde.

A gente precisa ensinar as crianças de hoje a degustarem as coisas da vida, a contemplarem o


por do sol todo dia. E não achar que é o mesmo, porque não é. A mesma história, outro dia, é
outra história, a gente tem que sentir isso enquanto educadores, a gente tem que confiar
tanto na força e na importância da repetição porque já emana de nós a certeza de que a
repetição é sanadora, porque ela é muito potente.

Quem faz tudo antes da hora, quando chega na idade de fazer já não vai ter graça.
“se quiser falar ao coração do homem há que se contar uma história, dessas que não faltam
animais, ou deuses, e muita fantasia, porque é assim suave e docemente, que se despertam
consciências.” Joan de la fontane

Importância dos acalantos, de narrar o mundo, rimas e versos fala mais poética para a criança.

Como conduzir a criança que está despertando a consciência de si, e ajuda-la a passar por essa
fase de maneira mais harmoniosa.

Nasce uma individualidade, e desse momento em diante a consciência vai ficando cada vez
mais desperta. Essa linguagem vai se aprofundando, essa consciência despertou, a memoria
chega. E a gente vê que andar, falar e pensar, ao final do terceiro ano de vida, eles foram
conquistados. Três grandes habilidades que nos tornam seres humanos, essa consciência foi se
desenvolvendo.

1 setenio é a imagem do ninho. A gente precisa trazer essa atmosfera de proteção de


acolhimento para que a criança continue se desenvolvendo. E essas três conquistas são a base
para todo o desenvolvimento posterior.

Andar falar e pensar são três habilidades que tem tudo haver com contar histórias. Essas três
conquistas do ser humano são a base do que a gente entende por contar histórias.

Movimentos com a língua e exercício da letra R...

Lábio colocar uma caneta morder e falar depois tirar o lábio se articula melhor depois desse
exercício.

Nessa mata ninguém mata a mata a pata que vive ali

com duas patas de pata pata acolá pata aqui

que gosta de matas visita as matas vizinhas

com as suas duas patas seguidas de dez patinhas,

e cada patinha tem, como a pata lá da mata,

duas patinhas também que são patinhas de pata.

3 ano de vida, tipo de narrativa continua, acalanto, narrar o mundo, cantiga popular, versinhos
e rimas, histórias com gestos.

E agora entra os contos acumulativos, cumulativo, repetitivos, conto rítmico, lenga lenga,
contos de nunca mais acabar, em cada bibliografia em cada livro pode-se encontrar os contos
acumulativos com alguma terminologia, mas eles se referem a mesma narrativa.

O que a gente vê enquanto estrutura desses contos? Tem uma repetição. A sequencia
narrativa traz alguma forma de repetição, nesse sequencia a gente pode ver um
encadeamento que vai tendo acréscimos. Tem quem diga que eles tem uma característica de
ser uma longa parlenda.

A casa de Pedro contada por elvira drumon.

Joazinho semente de maçã


O grande rabanete (beterraba, nabo)

A formiga

A velha a fiar

Hoje é domingo pé de cachimbo

A arvore da montanha

O que treina com a criança? O que ela acabou de despertar no terceiro ano de vida? O pensar,
estou trabalhando de forma lúdica, esse encadeamento que se repete vai trazendo a memoria
de forma lúdica. Quando a gente vai trazendo essas histórias, e a gente vai contribuindo com a
criança.

Uma criança de 3 anos e meio, eu vou trazendo quatro, cinco, e com o tempo e a idade da
criança a gente vai aumentando.

Devagar com a criança, não exigindo que ela decore dez coisas com três anos e meio. Vou aos
poucos, e ela vai trazendo sustança, nessa memoria desse pensar. Não vai contar história
cumulativa com 20 elementos, conta uma curtinha.

Dois contos acumulativos famosos no Brasil: o menino e a vó gulosa, e o macaco perdeu a


banana.

Muitos dos contos acumulativos que a gente tem no Brasil eles foram herança portuguesa.

Uma parlenda é uma forma rítmica usada para ensinar crianças.

Como esse tipo de narrativa casa com o que está acontecendo no desenvolvimento da criança.
Quando a gente sabe o que está acontecendo com o desenvolvimento da criança e casa com o
que está oferecendo nem antecipa nem atrasa.

De 0 a 3.

De 3 a 5.

De 5 a 7.

3,5 a 5...

Realmente depois que a criança chega no final do terceiro ano, a criança muda, e a gente
precisa olhar para o que está acontecendo com a criança.

Que tipo de história essa criança precisa? A criança acabou de desenvolver as três habilidades
básicas, andar, falar e pensar, ela e o mundo era uma coisa só, e agora é como se isso se
rompesse, ela e o mundo já não são mais uma coisa só, ela consegue se colocar em relação
com as coisas do mundo, ela conquistou a postura para isso, ela conquistou a fala, e de
repente veio essa auto consciência, ela e o mundo começam a se separar mais ainda, e ela
passa a olhar o mundo de outra maneira.

A criança fica mais aberta as coisas que estão acontecendo, mais acordadinha, a criança quer
participar da roda, ajuda com outra prontidão, vê o amiguinho brincando ela vai lá, essas
forças que estavam mais nos membros porque a criança estava dominando o corpo, agora
essas forças vão se concentrar numa outra região do corpo, que rege respiração e circulação, é
como se as forças vitais dela estivessem amadurecendo essa parte mediana do corpo. Agora
nessa nova fase é a região central, e com isso tem um despertar, de uma qualidade imaginativa
única, que nunca mais o ser humano vai ter igual, e com isso a gente vê a transformação
também, do brincar da criança, antes algo passa na frente dela, e agora se o amiguinho passa
ela compõe esse brincar.

O brincar para a criança, é como o trabalhar para o adulto, assim como o adulto se envolve, se
transforma. Relação do adulto com o trabalho, para lapidar a individualidade dele. Ela vai se
lapidando, amadurecendo. O brincar está para a criança, assim como o trabalho está para o
adulto, a gente leva a sério.

Crianças que não tem repertorio de brincar, elas não sabem mais brincar.

Observar o brincar das crianças essa semana.

É pelo brincar que a criança vai adquirindo experiências, vivencias do mundo, e aprendendo a
se situar nos ambientes.

A criança, está brincando, fazendo, e conhecendo o mundo.

É no brincar que além de conhecer o mundo, ela vai se conhecendo.

É através do brincar que ela vai trabalhando esse social que despertou com a fala.

Vão se ampliando agora. De 3 a 5 a gente vai ver um brincar espontâneo.

O desejável: as forças formativas vão se concentrar mais nessa região central do corpo, e a
gente tem o aprimoramento da memoria da fantasia da imaginação.

De 3,5 a 5 quando ela vê galhos perto de uma arvore, o que acontece com a criança, que está
com o desenvolvimento harmonioso, esse galho não é um galho, ele é alguma coisa, a
imaginação dela, transforma os objetos. Isso é o desejável.

As coisas do mundo se transformam na criança, a criança desse período se torna capaz de


transformar tudo que está no ambiente dela. Ela pega as coisas do mundo agora, e usa para
diferentes propósitos. E isso é a fantasia, a capacidade que ela tem que vai se transformando
em algo novo.

A criança vê o objeto e a sua imaginação completa, preenche os detalhes daquilo que ela
precisa, de 3 a 5 a gente tem um brincar que é estimulado pelas coisas do ambiente. Tem que
ter um cuidado maximizado pelo ambiente que a gente oferece para a criança, o que eu deixo
a disposição das crianças, que brinquedos eu deixo ali? Tem espaço para brincar? A criança
tem a chance de interagir com o brinquedo a partir da imaginação? O que é interessante?
Brinquedos capazes de imaginação, a imaginação precisa de espaço desse tipo de atividade
para não estagnar. A imaginação é a capacidade da consciência humana. É essa capacidade
imaginativa que é tão importante na vida adulta depois.

O que estamos fazendo com a capacidade imaginativa das crianças?

(dar brinquedos prontos, caros, que não fazem nada, repertorio dado, ambientes prontos,
para a criança só chegar e não criar) a gente precisa pensar nesse trabalho interior da criança,
ela já tem isso como potencia, se eu ofereço brinquedos pouco estruturados, mais naturais, a
criança vai transformando esse brincar o tempo todo.

Movimento interior – imaginação


Concentração a gente tem que entender como continuidade, a criança permanecer brincando,
mesmo que a narrativa do brincar se transforme.

A criança tem que permanecer brincando, a criança que desiste do brincar ela é que preocupa.

Pensar nas estruturas dos ambientes, poucas imagens prontas nas paredes. Tirar qualquer
personagem pronto, porque o personagem limita a criança, deixar a criança livre. O que tem
no ambiente, tem brinquedos que possibilitam a imaginação? Tudo que a gente possa ajudar a
criança, a partir do ambiente a usar a imaginação. Tem que ter um cuidado físico, o cuidado do
educador, dar liberdade da criança imaginar, os ambientes naturais, que levam a criança em
contato com a natureza, são o melhor que a gente pode fazer. A folhinha, várias que junto
viram um ninho, fazer o retorno para o natural. O ambiente anímico do educador que
possibilita isso, a você me ajuda a fazer uma sopinha, pega umas folhinhas verdinhas para
colocar na nossa sopa, pega um temperinho, tá faltando sal... ensina a criança a ter repertorio,
a fiz a minha sopa, e a sua vai ser do que? Ajuda a criança a criar repertorio, a partir das
folhinhas da terra, dos ambientes que tem perto, a depois de uma sopa será que não seria
bom fazer um bolinho com chá... e vai tentando.

Resgatar a nossa criança e vai tentando. Essencial para o ser humano, atividades de
sobrevivência, comidinhas, restaurantes, cozinhas, foguazinho, arrumar, limpar, concertar,
básico, cuidar de uma bonequinha, é básico, afeto, plantar, regar, jardinagem, o que eu vou
colocar no canteiro, sr. Jardineiro você regou suas plantas hoje,

Esse passarinho voou para lá, constrói um ninho.

Tudo que é natural, tudo que está na natureza, faz com que a criança imite a vida adulta.

Caixotes de papelão melhores brinquedos que existem na face da terra.

Quanto mais corpo melhor a fala melhor o pensar.

A natureza não está lá fora, a natureza sou eu.

Escutar você falando cantando sua voz, sua postura, seu andar.

Olhar a continuidade do brincar, e não o foco numa coisa só.

4 perguntas:

1 Eu ouvi histórias quando eu era pequeno?

Acho que ouvi

2 Que tipos de histórias você ouviu?

Contos de fadas e o livro das virtudes

E minha mãe inventava histórias, e eu ouvi muitas histórias da minha familia. A minha história
preferida era do tio Oracio e da tia Odila, que não tiveram filhos, e que continuaram a falar
com os meus avôs... mesmo ele tendo se casado no terceiro casamento. E eu gostava da
história da minha mãe ter morado na casa da irmã mais velha dela.

3 Quem contava para você? A mamãe principalmente, mas acho que também ouvi histórias na
escola, mas essas lembranças são de mim mais velha.

4 qual era a sua história preferida


A minha história preferida era do tio Oracio e da tia Odila, que não tiveram filhos, e que
continuaram a falar com os meus avôs... mesmo ele tendo se casado no terceiro casamento. E
eu gostava da história da minha mãe ter morado na casa da irmã mais velha dela.

Eu gostava de ouvir as histórias da minha familia.

Eu amava ouvir uma conversa de adulto, as vezes eu fingia que estava dormindo no carro para
ouvir as conversas.

Aquilo que a gente escutou forma quem a gente é, o gosto que a gente tem, quem que
contava, como era essa pessoa? Vocês escutam a voz? O jeito que ela falava?

Quem desenvolveu esse afeto pelas narrativas na sua vida? Será que hoje você pode ser a
figura de afeto na história de alguém?

Tudo isso é memoria afetiva, e o momento do contar história possibilita todas as memorias
afetivas.

Qual era a minha história preferida, hoje você se recorda dessa, talvez daqui a cinco anos seja
outra.

Universo da criança de 4 5 anos. Imaginação... ao longo da história da humanidade a gente,


seres humanos, a gente entrou em contato com imagens, que imagens são essas? Se a gente
pegar os desenhos das cavernas, bem antigos, a gente vai ver um tipo de imagem registrada,
se a gente olhar vitrais das catedrais, a gente sabe que os vitrais contam histórias, cada cena
está registrada ali, a gente pode ter toda a bíblia ali, porque era a história que queriam contar
dentro daquele ambiente, quando a gente olha todo o acervo da humanidade em termos de
obras de épocas, a gente olha como imagens que se consolidaram ali de alguma maneira, as
fotografias quando elas surgiram elas congelavam um pouquinho da vida das pessoas, depois o
cinema, com sons e falas, existem algumas danças como a dança indiana, que estão contando
histórias com o movimento, elas dialogam com o nosso mundo interior com o nosso mundo
das imagens interiores. Grafismos indígenas, africanos, australianos aborígenes, nós temos a
qualidade de fazer o registro pictórico, mas além dessa imagem própria a gente carrega dentro
de nós, do nosso psiquismo, o mundo das imagens interiores. E é esse tema dos arquétipos,
que vamos trabalhar nos próximos encontros. Todos nós partilhamos de imagens arquetípicas.
E em cada cultura os arquétipos se revelam através de imagens.

Imagens prontas e como isso dialogo dentro de nós. A gente sonha em imagens, a gente tem
uma capacidade interior de formar imagens, a gente encontra imagens no mundo, e temos
imagens dentro da nossa alma do nosso mundo interior.

Imaginar três coisas. Um saci.

Livro: Simone saueressig as asas do dragão

Quando a gente tem total liberdade de imaginar algo, a gente entra num estado, a gente
movimenta nosso mundo interior de um jeito, quando a gente se conecta a imagem
cristalizada para a gente, a gente movimenta nosso mundo interior de outra maneira.

Quando a gente é livre para imaginar, ou uma imagem cristalizada, o que nos faz movimentar
mais?
Eu tom mais ativo, mais presente, em mais contato comigo, a imagem quando a gente é livre.
Eu me sinto mais vivo e mais potente quando eu movimento mais o meu mundo interior com
criatividade com liberdade.

O top de linha do contar histórias, é o contar de boca, sem oferecer imagem alguma.

Que criança vai se esforçar para imaginar uma princesa e um dragão se ela tem imagens
prontas.

Como eu me preparo para contar a história?

Imagens prontas e imagens que a gente vai criando dentro da gente. Link para a gente entrar
nos contos de fadas, narrativas apropriadas para essa criança do primeiro setenio.

Que estruturas essas narrativas tem, e como elas atuam no desenvolvimento da criança.

Em que contexto a gente usa imaginação enquanto adultos?

Tudo que é essencial para o ser humano, é mais verdadeiro, e a gente imitava com mais
facilidade. Mas hoje as crianças vem pouco isso. Quanto mais a gente traz atividades básicas
no entorno da criança, mais elas se destacam.

Repertorio imitativo.

Observem as crianças em todos os lugares.

“Se quiser falar ao coração do homem, há que se contar uma história”

“Se quiser falar ao coração do homem há que se contar uma história...”

Preparar o ambiente das crianças, para que possam desenvolver a imaginação.

A importância da imaginação, para a imaginação no brincar da criança, e na hora de contar


histórias, vamos escolher histórias e formas de contar histórias que permitam que a criança
imagine.

Exercícios para mandíbula, massagear por dentro e por fora, gargarejar.

Uma imagem que é pronta no mundo, ela vem de fora de mim, e se cristaliza no meu interior.
E existe outra imagem, a que é criada dentro de nós.

Quando a gente pode imaginar livremente, que criança vai se esforçar para fazer uma imagem
quando ela ouve uma história se ela está tão acostumada a ter imagens prontas?

Como a gente resgata esse movimento interior no dia a dia?

Quem faz o filtro para a criança é o educador. A gente tem imagem pronta, uma aceleração e
quantidade de imagens, a criança tem que digerir essas imagens, porque tudo que a gente vê
entra no nosso mundo interior.

A gente escolhe o que vai comer, escolhe o que vai dar para a criança comer, a gente se
preocupa com nutrição do corpo, o que a gente faz com o âmbito da alma da criança
Quanto tempo ele passa em meio a natureza?
Onde estão as imagens primordiais? Na natureza, os grandes arquétipos, as grandes forças.

Quanto tempo essa criança passa com telas?

Essa criança ouve histórias? De que tipo?

Fazer com que essas crianças produzam imagens originais.

Tem maneiras de a gente lidar com as imagens, o que eu trago para o mundo interior da
criança.

Todas as imagens que a gente consegue trazer para a criança na imaginação, lá para a frente
tem efeitos.

Que sonhos você tem para a sua vida? Começa agora nessa fase. A gente vai criando essa base,
para que na juventude, na vida adulta, esse ser humano, consiga colocar metas e cumprir com
elas. Isso requer contato com o mundo interior senão não tenho de onde tirar.

Enquanto no brincar a criança se ativa externamente com o seu corpo imaginando, com as
histórias ela vai abrindo seu mundo interior.

Brincar e ouvir histórias são as duas forças da infância. Que ativam esse mundo imaginativo, e
semeiam.

Movimento, imitação, repetição, fantasia e ritmo. O que a criança precisa.

Quanto mais ritmicidade a gente traz, mais a criança sente a harmonia.

Atmosfera do brincar entendendo que esse espaço se transforma.

O brincar não vai só até o sete anos, podemos brincar a vida inteira.

Que qualidades uma história tem que ter para as crianças de 5 a 7 anos?

Muita descrição para as crianças não a partir dos nove é muito bom.

Que tipo de narrativa? Poucos personagens, poucas descrições.

Uma linha fácil de acompanhar com começo meio e fim.

Atmosfera imaginativa, de encantamento, sonhadora.

HISTÓRIAS que possibilitem uma riqueza imaginativa.

Ambientes que não são tão especificados e nomeados.

Paisagens que a criança pode imaginar do jeito que ela quiser. Uma questão existencial, que
falem sobre a realização do ser humano é legal, uma abertura que traga atemporalidade,
melhor ainda, e um final para um eterno recomeço melhor ainda.

Contos populares = contos de fadas

Contos tradicionais do BRASIL CAMARA CASCUDO

Características dos contos populares.

Que tipo de narrativa nutre a alma da criança?


Contos populares.

4 caracteristicas

Antiguidade

Anonimato

Divulgação

Persistência

“é preciso que o conto seja velho na memoria do povo, anônimo na sua autoria, divulgado no
seu conhecimento, e persistente nos repertórios horais.” Não morre, se uma história morreu e
se perdeu ela não tinha mais um papel a cumprir

Omissão de nome próprio de localização etc.

De 4 a 7 anos o tipo de narrativa que a gente pode oferecer para as crianças, são
principalmente os contos populares, que são na sua maioria contos de fada

Como eu me preparo para contar uma história?

Se eu quero contar uma história, independente do lugar onde eu vou contar, não importa. A
eterna coisa que eu tenho que fazer é, ler histórias, ao ler histórias para mim, eu vou cultivar o
meu mundo interior, vou ganhar mais intimidade com o meu mundo imaginativo, o mundo das
imagens.

Ativar o seu mundo interior de imagens, é o melhor preparo.

Não decorar! Leia o texto para você, e forme as suas imagens interiores da narrativa. Quando
você estiver contando, os alunos vão saber se você imaginou, ou se não imaginou as histórias,
vivifica a sua alma, para poder na hora de contar exalar isso, vem do seu mundo interior, não
vem da sua cabeça.

Sem alma não toca a alma do outro.

O primeiro preparo é quando eu começo a abrir espaço para a história dentro da minha alma.
Vou me preparar lendo, imaginando, mantando uma relação com a natureza, que é o que traz
vida para mim.

Habilidades de escolhas das histórias. Tipos de narrativa, em consonância com o


desenvolvimento da crianças, sem acelerar, sem negligenciar outras.

Ver o que ela está vivendo e trazer a história certa.

Todos os exercícios que trabalham com a nossa voz, com a nossa fala, ajudam o preparo do
professor.

Por que você conta história?

Por que você acha que é importante contar histórias?

Porque eu acho que isso vai transmitir a língua materna, porque vai criar uma relação de
intimidade, porque vai criar uma memoria afetiva. Quando eu começo a ter mais clareza isso
transmite passa para a criança, começa com a autoeducação em vários sentidos.
Se você está conectado com a criança, fez um desenvolvimento seu, isso vai repercutir nas
crianças.

O trabalho começa dentro.

Estrutura simples e curta (contos) – tipo de narrativa que traga alguma questão existencial ou
ética.

Personagens com poucas descrições e definições.

Linha fácil de acompanhar.

Contos populares – antigos, divulgados, persistentes ao longo do tempo, e anônimos.

Qual a origem dos contos de fadas?

Há registros muito antigos em diversas culturas.

Mesmo antes deles serem registrados pela escrita, eles tiveram uma vida pela humanidade.

Várias possibilidades de origem

Alguns pastores, pescadores, quando saiam para caminhar voltavam e contavam as histórias
que tinham vindo até eles.

Na grecia há sinais de que as mulheres contavam histórias para as crianças.

Apolelio – 11 livros de metamorfose – nessa obra existe um tipo de conto, chamado o asno de
ouro, traz uma estrutura semelhante ao que conhecemos como bela e a fera. Por que será que
esse tipo de narrativa persiste por tanto tempo por tantas culturas?

Existe um padrão nessa narrativa, uma temática, encontrada em vários lugares.

É como se esse tipo de conto de fadas, que conhecemos hoje como a bela e a fera, tivesse
permanecido quase inalterado ao longo de dois mil anos, a estrutura temática persiste.

Quando a gente olha para o Egito, descobriram em alguns papiros, chamado Anuco e baco,
temática de dois irmãos, que persiste ao longo do tempo. Alguns temas básicos, eles não
mudaram muito, por que esses temas se repetem? O que eles querem dizer ao ser humano?

Como mitos e contos, trazem questões humanas muito profundas, e as vezes as pessoas
sonham com isso, porque está no nosso inconsciente coletivo como imagem dos arquétipos.

Quando a gente conta na hora certa, isso é repertorio para o desenvolvimento interior da
criança, vai dando a base para o ser humano.

O currículo waldorf carrega ao longo de todo o caminho, histórias que vão dando alicerce para
as crianças.

Ter contato na hora certa! É a coisa mais importante de contar histórias.

Marie – Catherine d´Aylnoy

Escritora – salonniere (salão literário), romancista

Charles Perrault – vida abastada


Hans Christian Andersen – criou contos não coletou evita dentro do currículo waldorf, porque
não são contos que vão falar tão profundamente para a alma do ser humano de qualquer
povo.

Nos contos de autor a gente consegue ver muito da personalidade desse autor, e não mais
algo do povo. Que é mais amplo. O Andersen conseguiu retratar os desejos do povo. Eles são
contos de autor.

Carlo Collodi – Pinoquio – não é conto de fadas, é um conto de autor.

Lewis Carrel – Alice no país das maravilhas

Peter Pan também é conto de autor

L. Frank Baum – Magico de oz – contos da literatura infantil.

Para a gente diferenciar o que é são contos da literatura infantil, e o que são contos de fada do
povo.

O que interessam são os conto coletados de grimm não contos de autor. Tradução da Tatiana
Belinck

Se quiser falar ao coração do homem há que se contar uma história...

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