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A Importância de inserir histórias no processo de

aprendizagem na educação infantil e no processo de


alfabetização
Autor: Antonio Agesisleudo Barboza De Oliveira
Tutor externo: Vanúbia Cristina Nunes dos Santos Henrichsen 1
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Formação Pedagógica em Pedagogia (FLC21363) – Estágio Curricular Supervisionado
22/05/2023

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade o relatar a importância de inserir histórias no


processo de aprendizagem na educação infantil e no processo de, alfabetização com o
objetivo de aplicar o conhecimento acadêmico para o benefício da coletividade com a
elaboração de plano de aula, orientai-vos sobre a prática de Metodologias e
Estratégias de Ensino juntamente com a compreensão para uma educação mais vasta,
criativa, mais libertária, no qual o aluno possa desenvolver um senso crítico desde
pequeno e saber a importância desse ensino. Percebe-se claramente por essas
experiências que a contação de histórias pode ser entendida como uma técnica de
ensino/aprendizagem especialmente pensada para facilitar a aquisição de diversas
habilidades e conhecimento por parte do ouvinte. Diante das transformações do mundo
moderno, a sociedade requer um novo tipo de trabalho pelas escolas, mais flexível e
versátil, capaz de pensar e aprender continuamente, e atender às necessidades dos
alunos com qualidade diversificada e abrangente.

Palavras-chave: Leitura. Contação de histórias. Livros Infantis.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se ao Estágio Curricular Supervisionado do Centro


Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI, do segundo semestre do curso de
Formação Pedagógica em Pedagogia. O tema escolhido para delimitação deste estudo
foi, A Importância de inserir histórias no processo de aprendizagem na educação infantil
e anos inicias do ensino fundamental I

1
no processo de alfabetização”, cuja área de concentração é ‘‘Metodologias de
Ensino”.
Ao elaborar este trabalho buscamos discutir sobre A Importância de inserir
histórias no processo de aprendizagem na educação infantil e nos anos iniciais do ensino
fundamental I com o objetivo de aplicar o conhecimento acadêmico para o benefício da
comunidade com a elaboração de plano de aula, orientai-vos sobre a prática de
Metodologias e Estratégias de Ensino de 10questoes relacionada com a área de
concentração ; fortalecer entre a comunidade acadêmica valores como ética e cidadania;
fomentar a participação de acadêmicos como protagonistas no planejamento e avaliação
das atividades do estágio presencial;

O paper do estágio foi estruturado com fundamentação teórica; vivencias do


estágio, em que foi relatado a instituição escolhido para o roteiro de observação;
considerações finais, trazendo uma reflexão sobre as contribuições e experiências que o
estágio proporcionou, finalizando com os anexos dos dois planos de aulas e as duas
fichas de avaliação e ficha de frequências, a entrevista, e a socialização.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Essa arte do contar e reconta história amplia, despertando o interesse pela


literatura e estimula a imaginação através de imagens interiores. Narra uma história será
sempre um exercício de renovação da vida, um encontro com a possibilidade, com o
imaginário e o desafio de, em todo tempo e em todas as circunstâncias, construir um
final da maneira de cada leitor/ouvinte, tanto no desenvolvimento comunicativo devido
a sua provocação de oralidade que leva a criança a dialogar com seus colegas ouvintes e
a (ré)contar a história para seus amigos que não estavam presentes naquele momento,
conduzindo a auto critica reflexiva, improvisação e melhora na forma de reconto e até
criar seu texto.

A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de


maneira significativa a prática docente na educação infantil e ensino
fundamental. A escuta de histórias estimula a imaginação, educa, instrui,
desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita,
além de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil. A
ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e contação de histórias no
processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a responsabilidade e a auto
expressão, assim a criança sente-se estimulada e, sem perceber desenvolve e
constrói seu conhecimento sobre o mundo. Em meio ao prazer, à maravilha e
ao divertimento que as narrativas criam, vários tipos de aprendizagem
acontecem.
(Souza, Bernardino, 2011, p.237)

As histórias são uteis porque tratam de questões abstratas difíceis de serem


compreendidas pelas crianças quando isoladas de um contexto, devido a incapacidade
de raciocinar no abstrato, falta-lhes referencial capaz de associar uma questão de
comportamento a um fato. Assim a história traz o abstrato ao entendimento das
crianças, munindo-as de experiências vivenciadas que a ajudarão no seu relacionamento
social.
Na interação com as histórias a criança desperta emoções como se a
vivenciasse, estes sentimentos permitem que esta pela imaginação exercite a
capacidade de resolução de problemas que enfrenta no seu dia a dia, além
disso, esta interação estimula o desenho, a música, o pensar, o teatro, o
brincar, o manuseio de livros, o escrever e a vontade de ouvir novamente.
(Souza; Bernardino, 2011, p.240)

A contação de histórias desperta na criança o lado lúdico, característica muito


importante para seu desenvolvimento. É no lúdico que a criança desenvolve criatividade
e senso crítico, uma vez que nesta fase da vida, a maior essência está ligada às
brincadeiras, aos sonhos e a felicidade que significam a vivência de uma infância
possibilitada por diferentes leituras.
Contar histórias não é uma atividade aleatória, sem propósito, quando bem
planejada e selecionada será de grande valia para o desenvolvimento da criança, caso
contrário poderá despertar na criança estereótipos e preconceito, por isso, devemos ter
cuidado na escolha da obra.

Todas as histórias contribuem de uma forma ou de outra para a educação, porém


diferenciam-se quanto a intensidade e características. Ao escolher uma história, deve-se
estar ciente que estará a contribuir para o desenvolvimento das crianças a diversos
níveis, que segundo Dohme (2013) são:

 Afetividade – as crianças gostam de ouvir histórias, logo é uma


vantagem no trabalho com as mesmas, havendo maiores probabilidades de
sucesso. O facto de ser algo do agrado das crianças leva à criação de um bom
relacionamento, maior compreensão e respeito entre todos;
 Raciocínio – à medida que a história é lida/contada a criança vai
ouvindo e acompanhando-a mentalmente. O enredo e a trama das histórias
levam ao desenvolvimento do raciocínio, do pensamento e à reflexão;
 Sendo crítico – ao desenvolver o raciocínio, pensamento e
reflexão estará a levar-se a criança a assumir uma posição;
 Imaginação – as histórias estimulam as crianças, levando-as a
lugares mágicos no mundo da fantasia, vivendo novas emoções e situações;
 Criatividade – através dos diversos elementos das histórias as
crianças adquirem novos repertórios de situações e imagens. Estas novas
referências cruzadas podem entre si dar origem a um processo de criação.
A história contada deve ser adequada à faixa etária a quem se dirige, sendo de
fácil linguagem/compreensão, com imagens para posteriormente ser explorada de forma
lúdica e desenvolver o espírito crítico das crianças. Para Cardoso (2016) apud Coelho
(1999), os interesses de cada faixa etária é que determina a escolha dos tipos de
histórias.
Para orientar a escolha de textos literários Dohme (2013) faz uma relação de
assuntos preferidos por faixa etária:
 Até 3 anos: Histórias de bichinhos, brinquedos, animais
com características humanas (falar, usar roupa, ter hábitos humanos),
histórias cujos personagens são crianças;
 Entre 3 e 6 anos: Histórias com bastante fantasia, com
fatos inesperados e repetitivos, cujos personagens são crianças ou
animais;
 7 anos: Aventuras no ambiente conhecido (escola, bairro,
família, etc.), histórias de fadas, fabulas;
 8 anos: Histórias que utilizam a fantasia de forma mais
elaborada, historias vinculadas à realidade;
 9 anos: Aventuras em ambientes longínquos (selva,
oriente, fundo do mar, outros planetas), histórias de fadas com enredo
mais elaborado, historias humorísticas, aventuras, narrativas de viagens,
explorações, invenções;
 10 a 12 anos: Narrativas de viagens, explorações,
invenções, mitos e lendas.
Ao selecionar a história, além dos gostos e interesses das crianças, deve-se ter
em conta a faixa etária a que se dirige, optando por histórias com enredos adequados, as
ilustrações devem ser adequadas às idades, para crianças mais novas devem ser maiores
e haver mais imagem do que texto. O tamanho da história deve ser consoante a idade e o
tempo de concentração do grupo de crianças. A linguagem tem de ser compreensível e
adequada à faixa etária e intelectual do grupo a que se dirige.
Alguns elementos da trama segundo Dohme (2013) devem ser destacados, pois
influenciam na forma da narração, na identificação do público a que se destina e na
escolha da técnica de apresentação. São eles:
 Enredo; compreendendo 4 etapas: 1.Introdução situa o
ouvinte no tempo e no espaço, apresentando os principais personagens,
devendo ser clara, suscinta e curta o suficiente para exclarecer os
elementos da história. 2. Enredo é sequencia de acontecimentos da
historia, os conflitos que surgem e a ação dos personsagens. Deve-se
identificar o que é essencial do que é detalhe. O essencial deve ser
respeidtado rigorosamente enquanto os detalhes podem variar conforme
a criativiade do narrador. 3.Ponto culimante surge como uma
consequencia natural dos fatos arrolados de forma ordenada e sucessiva.
O narrador deverá estudar a intensidade da emoção em cada fato e as
estratégias para despertar as sensações desejadas, no entanto, o ponto
culminante deve merecer atenção especial. 4.Desfecho é a parte que se
refere ao final da trama. A conclusão deverá ser simples e
preferivelmente sem fazer alusão à moral da história ou ás lições que ela
encerra, cabe aos ouvintes encontra-las.
 Personagens principais, secundários e supérfluos;
 Ambiente (local, época, civilização)
 Cenários (quantas cenas são necessárias para o seu
desenvolvimento)
 Mensagem e conteúdo educacional
Narrar uma história recorrendo apenas à memória e aos recursos dramáticos da
voz é, sem dúvida, o que mais desafia o contador. Dohme (2013) relaciona algumas
dicas para ajudar na arte de contar histórias:
 Conversa informal: antes da narração iniciar um bate-papo
informal, isso evitará interrupções e constrangimentos. Esta conversa
também identifica se a história poderá ferir alguma sensibilidade,
podendo ser suspensa a tempo.
 Disposição: Os ouvintes deverão sentar-se em círculo e o
narrador deverá fazer parte deste círculo, sentando-se junto com os
ouvintes. No caso de ser um orador que gosta de gesticular e dramatizar,
poderá ficar ajoelhado, pois desta forma terá mais domínio de seus
movimentos, e afastado cerca de meio metro das crianças que estão ao
seu lado. Sendo desaconselhável ficar em pé quando a plateia está
sentada no chão ou vice-versa. Conforme o domínio que o narrador tem
de sua plateia, poderá permanecer em pé quando os ouvintes estiverem
sentados em cadeiras.
 Local: O local deve ser calmo e permitir que as pessoas
fiquem bem acomodadas. Não se deve concorrer com outros ruídos ou
com outras "atrações", pois as crianças têm um poder de concentração
muito pequeno e qualquer fato fora do normal desviará a atenção,
ficando difícil para o narrador retomar o fio condutor da história.
 Horário: É interessante ser usada após um jogo
movimentado, pois a energia estará mais descarregada e a atenção será
maior e não contar histórias após as refeições e tarde da noite.
 Interrupções: É conveniente não interromper a narração
de forma alguma. Um gesto, um sorriso, no máximo uma palavra deverá
brecar o ouvinte mais inquieto.
Para uma boa narração, é preciso absoluta segurança e naturalidade, e isto só
consegue quem está perfeitamente entrosado com o assunto, domina a técnica e está
convenientemente preparado para contá-la, afirma Dohme (2013). Em resumo,
apresentamos o seguinte roteiro para as narrações simples baseado nas lições da autora:
1 - Fazer a escolha cuidadosa da "sua" história. Procurar aquela que se identifica
com seus valores pessoais que incita a sua imaginação e que lhe dá prazer em trabalhar.
2 - Estudar a história, lendo-a atentamente para saber de toda a trama, tendo
com clareza na mente o ambiente e o esquema geral.
3 - Identificar os quatro elementos: introdução, enredo, ponto culminante e
desfecho. Anotar as características dos personagens, seus nomes, frases essenciais,
lugares e situações que chamem atenção. Fazer anotações breves de coisas que
poderiam ser esquecidas.
4 - Certificar-se de que conhece, ou procurar conhecer, elementos suficientes
sobre as situações ou os fatos que compõem a história, como: o local onde ela se
desenvolve, a época, fatos históricos, aspectos culturais, etc. Adquirir noção exata de
como será o cenário no qual a história se desenrolará para incluí-lo no relato,
possibilitando às crianças imaginarem onde a história acontece. Tomar cuidado para não
entrar em detalhes demais e cair na monotonia.
5 - Decorar os aspectos principais de cada uma das partes da história
(introdução, enredo, ponto culminante e desfecho). Embora seja esperado que o
narrador tenha desenvoltura para discorrer a narração com suas próprias palavras,
decorar a frase exata que inicia o relato poderá ajudar e diminuir o natural nervosismo
cio começo. Ter absolutamente decorada a frase final poderá garantir que um
esquecimento não comprometa aquilo que se deseja passar na conclusão.
6 - Contar a história para si mesmo, em voz alta, de preferência diante do
espelho. Marcar o tempo gasto, que não deverá ultrapassar 10 minutos.
Segundo alguns especialistas consultados por Girardelo (2015), a imaginação
infantil não se dá bem com a correria e a pressão de um cotidiano atribulado, preferindo
horas compridas em que nada acontece e até de certo tédio, assim, melhor quando se
tem um tempo especial reservado para a contação de histórias. Sendo aconselhável
quando não se conhece bem as crianças, preferir leituras curtas, de qualidade e fáceis de
entender e à medida que se vai conhecendo o grupo alargar o tempo de leitura, bem
como o grau de complexidade metalinguística.
Exercitar a narração procurando utilizar palavras simples, do conhecimento da
criança. Jamais usar gírias ou palavras vulgares, palavras mais elaboradas são
permitidas sem excessos quando o conto assim pede, devendo ser acompanhadas de um
reforço na frase, explicando com outras palavras o que já foi dito.
7 - Treinar a entonação de voz adequada, dramática, porém com boa dicção, dar
uma voz própria a cada personagem e controlar o tom de voz de modo a passar
sentimentos de calma, segredo, atenção, emoção, medo, etc.
Boa dicção consoante Dohme (2013) se consegue ao pronunciar de forma clara
cada uma das sílabas que compõem a palavra, sentindo cada um dos seus sons. Dar
espaço entre uma palavra e outra, não emendando as palavras de uma mesma frase e no
final das frases, onde há vírgula ou ponto, o espaço deve ser um pouquinho maior
O fator de maior importância é a voz, pois é esta que vai passar a mensagem que
se pretende transmitir com a história, deste modo é necessário que a voz seja transmitida
de forma clara e segura, para uma melhor compreensão por parte das crianças.
O narrador deve ter a capacidade para interpretar personagens, de maneira a que
a história fique mais enriquecida. Deste modo, a fase da preparação é essencial para
saber onde e como se ajustar as diferentes personagens, usando tons de voz e expressões
diferentes. A fala monocórdica, sempre na mesma cadência e ritmo é um dos principais
fatores de desinteresse, principalmente em se tratando de narrativa de histórias infantis.
Os gestos também devem ser exercitados, eles ajudam muito a dar ênfase na
narração, mas deve tomar cuidado para dar a medida exata, de modo a não exagerar e
não cair no ridículo.
8 - Reler a história no dia em que for contá-la e repassar os pontos principais
alguns minutos antes.
9 - Se ela fizer parte de um conjunto de atividades, deverá entrar na programação
sempre após um jogo agitado; isto fará com que se obtenha maior atenção.
10 - Acomodar bem a audiência e dar pequenas dicas sobre o enredo a fim de
que as manifestações ocorram.

Para o momento da contação de histórias, o ambiente onde o evento será


realizado, deve ser analisado com cautela. Se ocorrer em local aberto, deve
haver sombra e não ter ruídos; em fechados, ser amplo, arejado, mas o
importante é o conforto, a tranquilidade e o silêncio para a concentração de
todos. Assim como no início é interessante fazer uma dinâmica ou um
aquecimento, ao final da narrativa, propor atividades que deem continuidade,
enriquecem o evento com atividades como desenhos, rodas de conversas,
cantigas, dramatizações, entre outras.
(Cardoso, 2016 pag. 10).

11 - Pedir silêncio e dar uma introdução sobre o que se dirá.


12 - Entregar-se à história, sendo fiel ao que foi ensaiado.
13 - Em muitos casos, é bom incentivar uma discussão entre as crianças ou
aplicar uma atividade que permita com que elas façam alguma reflexão sobre o que foi
narrado.
Quando se conta uma história não se deve interromper a leitura para mostrar as
imagens, pois isto leva a uma quebra do ritmo da história e dos acontecimentos, evitar
também mostrar de imediato as imagens, pois reduz drasticamente as hipóteses de cada
criança imaginar.
Atendendo à postura corporal, Dohme (2013) afirma que a opção de contar a
história sentado ou de pé advém das características da história e da forma de trabalhar
do contador. Um corpo flexível favorece a utilização de gestos com leveza e
naturalidade, sendo que as expressões faciais devem ser treinadas em frente ao espelho,
para que se consiga traduzir corretamente as emoções a quem escuta. O corpo deve estar
ereto, em uma posição na qual todas as crianças possam vê-lo, e é errado fazer qualquer
ato que não tenha sentido com a narração
A mesma autora afirma que se deve utilizar um “ritual de entrada’’ (verbal ou
não verbal) que permite à criança entrar no mundo da fantasia, exemplo: “Para a história
escutar, os ouvidos vou destapar e a boca fechar”. No fim da história, o ritual de saída
assinala o fim da história, momento de sair do mundo imaginário e voltar à vida real,
exemplo: “Vitória, vitória, acabou-se a história”.
Há diversos materiais e meios de enriquecer o momento de contar histórias e, no
caso de crianças mais pequenas, ajuda-las a compreender e estimular o seu pensamento.
Existem inúmeros recursos materiais que podem ser utilizados, podendo recorrer-se a
materiais já existentes ou que sejam confeccionados de acordo com a história a ser
contada. Como o próprio texto do livro, fantoches de vara, teatro de fantoches, teatro de
sombras, álbum de imagens, canções, álbum seriado, flanelógrafo, quadro magnético,
máscaras, dobraduras, instrumentos musicais, materiais reciclados entre outros. Não é
necessário saber tocar nenhum instrumento, somente o toque pode remeter a algum som
da natureza ou de um animal. Entretanto, é preciso saber fazê-lo com cuidado, sem
exageros, sendo inseridos de forma gradativa durante a narração.
A maneira mais usual de contar uma história, segundo Dohme (2013), é através
da simples narrativa com recurso, ou não, ao livro. Este é um componente
imprescindível no momento da contação, devendo ficar à altura dos olhos das crianças.
Se a história for baseada em um livro com boas e fartas ilustrações, este poderá ser
apresentado, apontando-se as figuras correspondentes ao momento da narrativa.
Narrar não é um ato simples e banal, é uma arte que requer preparo e tem como
protagonista principal a palavra. Da mesma forma que o educador planeja suas aulas de
língua portuguesa, matemática, geografia, seleciona as atividades que irá aplicar, faz as
leituras da apostila ou livro didático para preparar a ministração da aula, o mesmo
cuidado deve ser tomado na preparação para contar histórias, pois demonstrar
intimidade com a leitura escolhida é fundamental. Dessa forma, a leitura será feita com
convicção, com expressões e entonações adequadas aos momentos, esse cuidado é
transmitido ao ouvinte, que pode ouvir e entrar no mundo da imaginação, vivenciando a
história com encantamento, emoção e atenção. Interrupções como o gaguejar por
desconhecer determinadas palavras, apresentar confusão ou surpresa no decorrer da
leitura, isso pode tirar a atenção do ouvinte, trazendo-o de volta à sala de aula, quando
deveriam estar mergulhados na narração.
Conforme nos orienta a Base Nacional Comum Curricular (2018) do Ensino
Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta
para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Na
Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam
falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de
histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a
criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Para isso, é fundamental que esse momento seja planejado e possam ser estudadas todas
as possibilidades que envolvem a realização da contação de histórias.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Para a realização deste trabalho desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica a


partir de fontes secundárias, ou seja, informações que foram trabalhadas por outros
estudiosos e, por isso, já são de domínio científico, desenvolvida a partir de materiais
publicadas em livros, artigos, dissertações e teses. Entre as autoras trabalhadas destaca-
se Dohme (2013) que descreve sobre planejamento prévio para a contação de histórias,
o que facilita e maximiza as possibilidades ligadas a essa atividade.
A turma para aplicação do projeto e planos de aula será a Creche II do ensino
infantil da Creche Municipal Criança Feliz e o terceiro ano do Ensino Fundamental-
anos iniciais da escola municipal Gutemberg Modesto da Costa pois houve a exigência
de estagia em escolas diferentes e elaboração de plano de aula tanto para o ensino
infantil quanto para o ensino fundamental.
Para o ensino infantil houve a escolha da Turma de Creche II em função de ser
esta fase início do período de desenvolvimento em que a criança apresenta certa
independência e a contação de histórias ser amplamente empregada nas escolas de
ensino infantil, pois cumpre seu papel pedagógico de forma mais prazerosa e atraente
para os alunos, despertando seu intelecto para o mundo que está descobrindo.
O 3º ano do ensino fundamental-anos iniciais foi devido a temática escolhida,
pois a contação de história é uma forma de aproximar as crianças dos livros,
principalmente quando ela ainda não sabe ler ou está no processo de aprendizagem,
tornando-se necessária a mediação do contador.
A educação infantil é voltada para crianças de zero a cinco anos de idade,
dividida em: Creche I, II com alunos de 2 anos de idade completo até 3 anos, Pré I com
4 anos e Pré II com 5 anos. É nessa fase que acontece o primeiro contato com a escola,
sendo uma fase fundamental para o desenvolvimento global dos alunos. Na educação
infantil trabalha-se os aspectos cognitivo, físico, motor, psicológico, cultural e social
dos pequenos, através de atividades lúdicas que favorecem a sua imaginação e
criatividade. O ensino infantil é uma das fases mais importantes na vida de uma pessoa,
pois é nela que alguns traços de personalidade são construídos, e o ambiente
escolar desempenha um papel socializador em que a criança começa a ampliar sua rede
de relações
O Ensino Fundamental tem duração total de 9 anos, e carga-horária mínima de
800 horas anuais (distribuídas em pelo menos 200 dias letivos efetivos), é a etapa
seguinte à educação infantil, e envolve o desenvolvimento de crianças e pré-
adolescentes. Prepara o estudante para dominar a leitura, escrita e cálculo, além de
capacitá-lo para compreender o ambiente social em que estão inseridos e as suas
nuances. É a etapa mais longa da educação básica, desde 2008 é dividida em duas fases:
Anos Iniciais, também conhecido como Ensino Fundamental I, e Anos Finais, que pode
ser chamado de Ensino Fundamental II. O ensino fundamental contempla do 1º ao 5º
ano, que compreende dos seis aos dez anos de idade das crianças. É o início do processo
de alfabetização. O Ensino Fundamental – Anos Finais vai do 6º ao 9º ano, relativo dos
onze aos quatorze anos, passa a apresentar ao aluno desafios mais complexos de
aprendizagem, além de aumentar o repertório de conhecimentos e conteúdo. Nesse
momento também são trabalhadas questões de independência e responsabilidade.

A Creche Municipal Criança Feliz, localizado à Rua Manoel Gonçalves s/nº, no


Bosque, no município de Sena Madureira Acre, iniciou seus trabalhos em 20 de agosto
de 2015. A instituição tem como objetivo atender crianças na faixa etária de 02 a 05
anos, sendo estas pertencentes à comunidade local e bairros circunvizinhos. A escola
Municipal de Ensino infantil mantém simultaneamente em pleno funcionamento 10
salas de aula, sendo elas ao atendimento a crianças de 2 (dois) a 3 (três) anos em creche,
nas turmas de creche I, II período matutino e vespertino e de 4 (quatro) anos e 5 (cinco)
anos em pré-escola (Pré I e Pré II), no período matutino e vespertino. Os trabalhos
pedagógicos da Instituição são desenvolvidos com o objetivo de promover o bem-estar
da criança, seu desenvolvimento físico, motor, emocional, intelectual, moral, bem como
a ampliação de suas experiências, levando em consideração o que prevê os Referenciais
Curriculares da Educação Infantil, bem como as reais necessidades do grupo e da
criança em questão
A Escola Municipal de Ensino fundamental Gutemberg modesto da costa,
situado à Rua Cunha Vasconcelos, nº1418, SM/AC, a EMEF. Gutemberg atende a uma
clientela oriunda de bairros circunvizinhos como São Felipe, Cristo Libertador e outros.
A Entidade Mantenedora é a Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de
Educação e Cultura. Funciona em regime de externato, nos turnos: matutino e
vespertino, oferecendo Educação de Ensino Fundamental I de 1º ao 5º. Com
aproximadamente 309 alunos.

Área de concentração é ‘‘Metodologias de Ensino”, resultante deste trabalho será


elaborado um projeto orientativo sobre a prática A Importância de inserir histórias no
processo de aprendizagem na educação infantil e nos anos iniciais do fundamental I. Os
termos do projeto, livro eletrônico e livro digital são usados como sinônimos, trata-se de
um livro em formato digital, que pode ser lido em equipamentos eletrônicos tais como
computadores, PDAs ou até mesmo em celulares que suportam esse recurso, que além
de texto, pode incluir também imagens, vídeo e áudio.

Observação*****************************************************************************
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Regência********************************************************************************
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Entrevista*******************************************************************************
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Observação em outros espaço escolar
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4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Conclua o seu Paper apresentando como a vivência de estágio


contribuiu para sua formação de professor. Discorra sobre os objetivos
propostos a fim de refletir se foram alcançados. Relate as dificuldades e
possibilidades encontradas durante a realização do estágio informando
resultados.

O Estágio realizado foi muito produtivo para a minha construção como cidadão
e o meu aperfeiçoamento como futuro profissional da educação, pois ele me deu a
oportunidade de vivenciar o dia a dia de um profissional da educação em uma sala de
aula, pude exercitar a prática presencial com os alunos em sala de aula através da
observação e regência.
Os desafios encontrados para a construção deste trabalho foi a dificuldade no
manuseio com as tecnologias existentes, sabendo que o mundo que vivemos, as
utilizações de recursos tecnológicos se tornam necessários para a construção dos saberes
outro desafio foi a pouca diversidade de materiais sobre a temática, gostaria de trabalhar
mais profundamente o meu tema, mas infelizmente temos materiais escassos sobre esta
temática. Outro desafio foi a falta de costume na elaboração de atividades plano de aula
para os alunos, mas creio que futuramente como profissional a construção de uma aula
será muito mais fácil com a prática.
Creio que com toda a dificuldade consegui atingir os objetivos propostos,
sendo uma experiência gratificante e com certeza ficará para sempre na minha vida, me
dando condições de como profissional da educação auxiliar aqueles que precisam
chegar à iluminação do conhecimento.

REFERÊNCIAS

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MEC/CONSED/UNDIME, 2015. Disponível em:
< http://b:
asenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf >.
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PNA, Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização. – Brasília: MEC,
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2019. < http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_pna_final.pdf>. Acesso em:
01/11/2022.

eDOCENTE. IDEIAS PARA INCORPORAR O ENSINO HÍBRIDO. Disponível


em: <https://edocente.com.br/ideias-para-incorporar-o-ensino-hibrido/>. Acesso em:
01/11/2022.
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<https://www.edocente.com.brE_book_SABER-artigo-Leonora-Pilon-Quintas.pdf?
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_processos_avaliativos_no_contexto_atual_e_pos-pandemia>. Acesso em: 01/11/2022.

EPICURO, Carta Sobre a Felicidade (a Meneceu)/ Epicuro: Tradução e


Apresentação de Alvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. – São Paulo: Editora, UNESP,
2002.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes, Integração e Interdisciplinaridade no Ensino


Brasileiro: Efetividade ou ideologia. 6ª ed. São Paulo: Editora Loyola, 2011.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa,


São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GABRIEL, Rosângela, Letramento, Alfabetização e Literacia: Um Olhar a Partir


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Acesso em: 01/11/2022.

LUDOSPRO. Aprenda como fazer uma trilha de aprendizagem de maneira efetiva


<https://www.ludospro.com.br/blog/como-fazer-uma-trilha-de-aprendizagem>. Acesso
em: 01/11/2022.

SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 3. 1993, Brasília. Anais. Brasília:


MEC, 1994. 300.

SOARES, M. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.

ANEXO I
REGISTRO DE FREQUÊNCIA
Anexar nesse espaço o seu Registro de Frequência preenchido, assinado
e carimbado pela Instituição Concedente.
ROTEIRO DE ENTREVISTA 1
APÊNDICE II – ROTEIRO DE ENTREVISTA

Nome do(a) Estagiário(a): Antonio Agesisleudo Barboza De Oliveira


Título do Projeto de Estágio: A arte de conta historias
Curso: Formação Pedagógica em Pedagogia
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado
Nome do Orientador: VANUBIA CRISTINA NUNES DOS SANTOS
HENRICHSEN
EDUCAÇÃO INFANTIL
Estágio Curricular Supervisionado

Roteiro de Entrevista:

QUESTÕES:

1. PERGUNTA 1:
QUAL O SEU NOME.
FRANCISCA ANTONIO BARBOZA DE OLIVEIRA
2. QUAL A SUA IDADE.
___________________________________________________________________
QUAL A SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA.
_PEDAGOGIA

3. VOCÊ TRABALHA DA SUA AREA DE FORMAÇÃO.


___SIM__________________________________________________________
4. QUAL É A SUA FUNÇÃO QUE VOCÊ ESTÁ EXERCENDO AGORA NA
INSTUTUIÇÃO DE ENSINO.
___PROFESORA DA EDUCAÇAO
INFANTIL__________________________________________________________
5. COMO É A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA?
___________________________________________________________________
6. QUAIS SÃO OS RECURSOS MIDIÁTICOS E TÉCNICOS UTILIZADOS?
________________________________________________________________
________________________________________________________________

7. OS DOCENTES E GESTORES PARTICIPAM DE FORMAÇÃO


CONTINUADA, PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL?
______________________________________________________________
8. VOCÊ TEM CONHECIMENTO DA LEI E DIRETRIZ DA EDUCAÇÃO QUE
ESTABELECE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM? QUAIS?
__________________________________________________________________
9. COMO VOCÊ VÊ OS MÉTODO DE ENSINO, ABORDADO NA ESCOLA?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
10. QUAL A IMPORTÂNCIA DE INSERIR HISTÓRIAS NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
APÊNDICE II – ROTEIRO DE ENTREVISTA 2

Nome do(a) Estagiário(a):Antonio Agesisleudo Barboza De Oliveira


Título do Projeto de Estágio: A arte de conta historias
Curso: Formação Pedagógica em Pedagogia
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado
Nome do Orientador: VANUBIA CRISTINA NUNES DOS SANTOS
HENRICHSEN
ENSINO FUNDAMENTAL
Estágio Curricular Supervisionado

Roteiro de Entrevista:

QUESTÕES:

1. PERGUNTA 1:
QUAL O SEU NOME.
CHARLES
2. QUAL A SUA IDADE.
_______________________________________________________________
QUAL A SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA.
_______________________________________________________________

3. VOCÊ TRABALHA DA SUA AREA DE FORMAÇÃO.


_____________________________________________________________
4. QUAL É ASUA FUNÇÃO QUE VOCÊ ESTÁ EXERCENDO AGORA NA
INSTUTUIÇÃO DE ENSINO.
_____________________________________________________________
5. COMO É A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA?
_______________________________________________________________

6. QUAIS SÃO OS RECURSOS MIDIÁTICOS E TÉCNICOS UTILIZADOS?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

7. OS DOCENTES E GESTORES PARTICIPAM DE FORMAÇÃO


ATUALIZADA/PROFISSIONAL?
______________________________________________________________
8. VOCÊ TEM CONHECIMENTO DA LEI E DIRETRIZ DA EDUCAÇÃO
QUE ESTABELECE O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM?
QUAIS?
_sim um deles e o papel do docente que e levar o aluno ao desenvolvimento
das habilidades e competências requeridas pelo projeto pedagógico ou plano
de desenvolvimento da
escola.__________________________________________________________
____
9. COMO VOCÊ VÊ OS MÉTODO DE ENSINO, ABORDADO NA
ESCOLA?
__eu vejo como uma metodologia que estimula as crianças facilitando o
aprendizado, empregando princípios como o empoeiramento do aluno nesse
processo________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____
10. QUAL A IMPORTÂNCIA DE INSERIR HISTÓRIAS NO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO.
_a contação de história na educação infantil é uma fermenta muito importante
pois nela usam-se estratégias e. metodologias que levam a criança a ler e
escrever de forma prazeroza.
_______________________________________________________________
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