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CAJAZEIRAS-PB
2020
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CAJAZEIRAS-PB
2020
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RESUMO
ABSTRACT
The present research had as main objective the investigation on the relevant importance, and
contributions that Pedagogia Hospitalar offers for the education of children who are
hospitalized, and in this way to seek to know and understand the way the pedagogues deal in
relation to the hospital classes. Knowing that hospital Pedagogy is considered an informal
education, as it happens outside the school context, and provides the sick student with the
opportunity to continue their studies during the period they are hospitalized. Focusing on this
new teaching modality, a bibliographic study was made based on the ideas of some authors
said to be a reference in this theme. The referred research qualitatively designates, as we do
not obtain physical presence in the accompaniments to hospital pedagogy, and there were no
educational contributions in the hospital space. For field research, a questionnaire was
conducted with a pedagogue from HUJB, where it was noted the great importance that
Pedagogy Hospital promotes in hospitals, where it often helps in the treatment of hospitalized
children.
Keywords: Hospital Pedagogy. Education. Kid.
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1. INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Temos como foco principal de nossa sociedade, a educação. Com ela podemos nos
desenvolver e crescermos como bons cidadãos. É posto ao educador a missão e o dever de
transmitir conhecimentos a todos, inclusive àqueles que se encontram impossibilitados de ir à
busca desses conhecimentos. Com isso a Pedagogia Hospitalar, vem buscando meios de levar
conhecimentos para as crianças e jovens hospitalizados.
Mediante as necessidades de algumas crianças e jovens a classe hospitalar promove o
seguimento do processo educacional dos educandos, de forma a contribuir ao à sua volta ao
ambiente escolar. A Política Nacional de Educação Especial (1994) determinou a categoria
hospitalar como um ambiente que permite o acolhimento educacional de crianças e jovens que
se encontram internados, e que esses encontrem em tratamento hospitalar que necessitam de
Educação (BRASIL, 1994, p. 20).
De acordo com Fonseca (1999, p. 07):
A pedagogia hospitalar busca fazer com que que as crianças e jovens hospitalizados,
possam usufruir de uma educação, tranquila enquanto se encontram em quadros clínicos, no
entanto essa torna-se uma missão que deve ser efetivada de forma coletiva, envolvendo pais,
profissionais e família, onde ambas participem das atividades, isso irá contribuir na
recuperação da criança. Com a hospitalização e internação das crianças e jovens, podem
acarretar alguns outros problemas, dentre eles os psíquicos, como ansiedade, depressão,
pensamentos negativos, etc., assim, é de fundamental importância tornar a permanência no
hospital conexa a realidade em que ela vivia. Com base a pesquisa realizada por Fonseca
(1999, p.117-118).
Como bem coloca as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (BRASIL, 2001, p.50-52), são diversas as modalidades de educação especial, e dentre
elas está a classe hospitalar, que se define:
A pedagogia por si só, é um âmbito educacional que trata com processos formativos
e construção do conhecimento. O pedagogo é o profissional mais especifico capaz de
transmitir, e levar a educação fora do campo educacional. Visto que o ambiente hospitalar é
um setor referencial em tratamentos e cura da saúde dos enfermos, e que nos remete dor,
sofrimento, e muitas das vezes morte. Quando a criança fica interna por longos períodos,
acaba fazendo uma ruptura dessas crianças e adolescentes com o seu cotidiano escolar,
tornando-os menos produtivos em se tratando da sua construção de sua própria aprendizagem.
A classe hospitalar surgiu tendo em vista a necessidade das crianças e adolescentes
hospitalizados, dar continuidade a educação básica, fazendo com que o seu tempo de
hospitalização não cause danos a sua formação escolar. No ambiente hospitalar, serão
aplicados exercícios educacionais, de acordo com o quadro clínico em qual a criança ou
jovem encontra-se. Tendo em vista os problemas de saúde que solicita a hospitalização desse
público, independentemente do tempo em que elas precisem ficar internas, por meio das
políticas públicas e estudos acadêmicos, surgiu a necessidade do implante da Pedagogia
Hospitalar.
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Com referência na fala do autor, é visto que a educação não se limita apenas á espaços
escolares, desfazendo o pensamento de que a educação acontece exclusivamente na escola.
Destacando sempre a grande importância do papel do pedagogo, para mediar no processo de
ensino-aprendizagens dos indivíduos, seja ele no ambiente escolar ou não. O pedagogo possui
competências e habilidades que favorecem no processo de formação do ser humano. Como
forma de descentralizar o olhar e pensamento que tinham sobre a educação ser
exclusivamente no setor escolar, a atuação do pedagogo nos diversos espaços é asseverado
através de lei, que se encontra no artigo 5°, inciso IV da resolução CNE/CP n°1 de 15 de maio
de 2006, onde apresenta a grade curricular do curso de pedagogia, atuante em diversos
espaços, onde diz que:
frequente, mas a importância de se ter um pedagogo nesses espaços, está se expandido por
perceber que a sua atuação vai além do setor pedagógico.
Quanto as ações administrativas dos espaços escolares, como, nortear e de
supervisionar, são atos que acompanham a sociedade desde os seus primórdios, com tudo,
através da concretização do capitalismo urbano-industrial que desempenharam melhorias
quanto definições e elaborações, mediante as Teorias de administração Empresarial, os
princípios que regem circunda em prol da produtividade, eficácia, eficiência e do domínio,
que por meio da burocracia buscam objetivar e a garantir a organização empresarial. No
campo escolar, essa burocracia também está vinculada, pois efetiva-se o momento onde o
setor administrativo utiliza-se por meio do setor pedagógico, que é de grande valia no âmbito
educacional, que caracteriza a reprodução do sistema social na efetivação escolar.
No âmbito educacional, as divisões também são estabelecidas e fragmentadas sob as
funções do trabalho pedagógico, assim como dos conhecedores técnicos em Educação, fica
evidente que são adentrados no processo educacional, como objetivo de reproduzir as ligações
sociais sustentadas pela sociedade capitalista, ou seja, como força maior, pensar sobre pontos
que envolvem o âmbito educacional, tecendo princípios oriundos da Administração
Empresarial. Refletir sobre essa divisão do trabalho pedagógico na ocorrência atual, é rever
com atenção a função em que os Especialistas em Educação possuem, falando-se em busca
por novas possibilidades de superar esses desafios entre a teoria e a prática. Ao enfatizar a
importância de promover uma articulação mais elaborada, para os profissionais da educação,
que paute num pensamento ligado a reflexão da construção do saber, e sua aplicabilidade na
prática social, resgatando a produção de conhecimento das diversas funções.
Ao enfatizar sobre a Administração escolar é de responsabilidade do Diretor, onde
deve exercer e cumprir as políticas educacionais. Com tudo, é preciso que o Diretor esteja
ciente sobre as atividades de gerenciamento, sob controles das relações de trabalhos entre os
funcionários. E por outro lado, a racionalização, que se transmite da repartição de atividades
particularizadas, buscando o desenvolvimento da produtividade. Com isso, é de
responsabilidade do Diretor, o domínio sobre as questões burocráticas, financeiras e
administrativas, assim como também faz parte de sua função seguir o andamento do
desempenho do Projeto Político Pedagógico do setor educacional em qual atua, isso cabe
dizer que sendo ele líder da escola, e posto isso, precisa enxergar amplamente a rotina do seu
espaço escolar e organizar da melhor forma possível.
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família, a ação não acontece, com isso a criança ou adolescente fica excluída de receber esse
acompanhamento.
Nas concepções de Porto (2008), é cabível ao pedagogo ofertar condições afetivas ao
paciente que se encontra internado, pois carecem de apoio emocional, e propor a família dos
internos um acolhimento. Com isso fará com que amenize a dor do paciente e preocupação
dos familiares. Fontes (2008) diz que o quadro hospitalar da criança pode se agravar, devido o
afastamento de suas rotinas diárias, do qual pode deixar significativas cicatrizes em seu
desenvolvimento social e psicológico.
O pedagogo hospitalar em sua atuação, através de múltiplas atividades promove a
inclusão, e permanência do desenvolvimento da criança, no processo educativo. Assim como
linimenta algumas circunstâncias de desmotivação, estresse, que é causado devido a sua longa
permanência do hospital. Com isso, é importante que sejam bem qualificados para atuarem de
forma coesa. Fonseca (1999), ressalta que é imprescindível a destreza, discernimento e
flexibilidade desse profissional para a atuação de seu posto, pois:
O educador que atuar no espaço hospitalar, precisa buscar por meios que aprofunde
seus conhecimentos, assim como desenvolver informações referentes ao setor e espaço que
está atuando, para que de forma sublime, atenda as expectativas dos familiares, crianças e
adolescentes. O pedagogo hospitalar precisa estar interligado a equipe de saúde, efetivando
um trabalho multidisciplinar, buscando ter conhecimento do quadro clínico ao qual o aluno se
encontra, para que possa desenvolver as melhores metodologias para trabalhar com a criança
ou adolescente de modo flexível, cumprindo as exigências curriculares, e sempre atento as
condições de saúde.
A atuação pedagógica nos espaços hospitalares requer medidas de intervenção que em
que a escuta, o zelo e o cuidar da criança hospitalizada estejam sempre presentes. Pois nos
espaços hospitalares, a humanização precisa dar seu ponto inicial para motivar as crianças,
fazer com que resgatem sua autoestima.
Freire (1996, p.54) diz:
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa foi realizada com uma pedagoga, pernambucana, que atua no Hospital
Universitário Júlio Melo Bandeira- HUJB-EBSERH localizado na cidade de Cajazeiras-PB. A
história da fundação do hospital teve início na década de 1970, quando o índice de
mortalidade infantil era elevado em todo estado Paraibano. Em 09 de outubro de 1977,
aconteceu a grande decisão, após, deram início a construção. Onde contaram com ajuda de
colaboradores da sociedade, e de órgãos municipais, estaduais e federais. A casa de saúde das
crianças sertanejas, foi inaugurada no dia 12 de novembro de 1978.
Por um longo período, o Hospital Infantil de Cajazeiras (HIC), como era denominado,
foi ligado à Associação de Proteção a Assistência a Maternidade e Infância de Cajazeiras
(APAMIC) que, por um tempo, também funcionava a maternidade. Em outubro de 2001,
houve uma intervenção da Prefeitura Municipal de Cajazeiras, onde transformou o HIC em
autarquia municipal, assim sendo, o hospital foi denominado Instituto Materno Infantil Dr.
Júlio Maria Bandeira de Mello (IJB), permanecendo até ser auferido pela Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG) em julho de 2012.
A iniciativa de criação do HUJB nasceu sob necessidade de extensão das ações de
ensino na rede de saúde do alto sertão paraibano, sobretudo para os cursos alojados no
campus da UFCG em Cajazeiras. Os acordos entre a Prefeitura Municipal de Cajazeiras e a
UFCG para viabilizar a aprovação do hospital teve início em janeiro de 2011 e a concessão
aconteceu em 25 de novembro de 2011, por meio da Lei Municipal N°2.005/2011, sendo o
HUJB criado e recebido oficialmente pelo Conselho Curador da UFCG em 27 de julho de
2012.
No ano de 2013 o hospital foi reconhecido pelo Ministério da Educação como
Hospital Universitário Federal. Em 09 de dezembro de 2015 ocorreu a assinatura do contrato
da UFCG com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), desde então segue
com a implantação do modelo de gestão adotado pela Rede Ebserh.
Para a pedagoga do HUJB, o Pedagogo deve ter amor por crianças e pelo
conhecimento, deve ser uma profissional que esteja sempre disposto a se reciclar e aprender
coisas novas todos os dias, que tenha sempre em mente que o conhecimento é capaz de mudar
qualquer realidade, que não se deixe abater pelas adversidades oriundas do ofício, que seja
uma pessoa criativa, determinada e que não tenha aversão ao ambiente hospitalar. A formação
necessária para o Pedagogo hospitalar é inicialmente, graduado em Pedagogia, e ter Pós-
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Para Gomes e Rubio (2012), o processo educacional operante na classe hospitalar, vai
além de amontoamentos de conteúdo, e objetiva principalmente o incremento de habilidades e
competências que oporem na formação do “ser”. É importante que o pedagogo promova ao
aluno paciente, a busca por conhecimentos, mesmos estando hospitalizados.
Para Wolf (2007) os comportamentos alinhados pelo pedagogo no âmbito hospitalar
ponderam de exercícios e projetos de crio pedagógico, que podem ocorrer nos leitos de
internação, nas alas de recreação, de maneira especial a crianças que precisam de estímulos
diferenciados, a classe hospitalar oferece a continuidade dos estudos da criança enferma.
Sobre os procedimentos de atendimentos que são oferecidos as crianças e adolescentes
hospitalizados no Hospital Universitário Júlio Melo Bandeira- HUJB. E a pedagoga hospitalar
da referida instituição disse que:
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desenvolver um trabalho onde todos contribuam para que suas atividades sejam efetivadas de
modo construtivo e expressivo para todos, tanta a equipe médica, quanto a equipe pedagógica.
Os demais procedimentos ocorrem por meio do acompanhamento aos pacientes e
familiares que culminará nas atividades que serão desenvolvidas ao longo do internamento do
usuário, tais atividades serão desempenhadas levando em consideração cada faixa etária,
escolarização da criança e do adolescente, bem como também suas limitações, sempre com o
objetivo de promover a interação social entre os pacientes internos, por meio da ludicidade
proporcionado momentos agradáveis, mas também de aprendizagem. Quanto a elaboração das
atividades, disse que:
É onde deve encontrar cuidados e afeto, ela desempenha uma função primordial de cooperar
para a formação da identidade social. Com base nisso, Singly (2007, p. 43) assegura que “[...]
a família se define por sua função de apoio emocional garantido aos seus membros. Essa
concepção é coerente com a visão durkheimiana, segundo a qual a família moderna está
centrada nas relações”.
Mediante as palavras do autor, podemos retratar as palavras expressadas pela
pedagoga quando fala da importância do:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.