Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro. O projeto foi liderado pela professora Lecy Rittmeyer e o seu objetivo era que através do
atendimento educacional de crianças e adolescentes hospitalizados, fossem minimizados os prejuízos no seu
retorno à escola regular.
O pedagogo hospitalar é o profissional que realiza um trabalho em conjunto com a equipe de saúde garantindo
a continuidade dos estudos de crianças e adolescentes hospitalizados e garantindo também, que se mantenha o
vínculo do aluno – paciente e sua escola de origem, através de um atendimento mais humanístico com
metodologias flexíveis e diferenciadas respeitando o quadro clínico do paciente.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB, Brasil(1996), em seu artigo 4ºA, é direito de
todo aluno da Educação Básica internado para tratamento de saúde por tempo prolongado o atendimento
educacional. O pedagogo é o profissional que vai atuar na garantia e efetivação desse direito do escolar
hospitalizado.
De acordo com a Resolução n.41 do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente de outubro de 1995, em seu artigo 9, é direito da criança e do adolescente durante a sua
permanência hospitalar, desfrutar de alguma forma de recreação.
Porém, o ambiente hospitalar é visto como um espaço curativo, frio, doloroso, cheio de dúvidas, incertezas
e medos. Mas através da pedagogia hospitalar segundo Matos e Mugiatti(2008), ele passa a ser um espaço
educativo possível de desenvolver o brincar.
Neste sentido, é de suma importância a implantação da brinquedoteca hospitalar para que sejam desenvolvidas
atividades lúdicas e recreativas, auxiliando com a recuperação, socialização e adaptação das crianças
enfermas e contribuindo para seu bem - estar e o seu processo educativo.
De acordo com Oliveira(2008), a criação do espaço lúdico contribui para mudar a característica hospitalar de
ser um lugar para diagnóstico e tratamento de doenças, onde a criança se percebe como doente em tratamento.
A brinquedoteca insere um lugar alegre e descontraído, onde através do “faz de contas” a criança é, sente ou
tem aquilo que deseja no momento.
Porém, é válido destacar que no Brasil, a instalação de brinquedotecas em hospitais é recente. Foi a Lei Federal
n. 11.104, Brasil(2005), que decretou em seu artigo 1º que os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico,
tenham obrigatoriamente brinquedoteca em suas repartições.
No entanto, não são tarefas fáceis para o pedagogo hospitalar, visto que os desafios são muitos: falta de
Concurso Público, desvalorização por parte da equipe de saúde, falta de brinquedoteca, recursos
pedagógicos, dentre outros.
Contudo, tais dificuldades não devem ser consideradas empecilhos para o pedagogo não efetuar suas práticas e
se posicionar como vítima. O profissional deve buscar soluções, como: projetos na sala de espera, jogos,
brincadeiras, pinturas, contação de histórias, dentre outros.
Conclui-se que é de suma importância a presença do pedagogo em ambientes hospitalares para contribuir com
a rápida recuperação do paciente e garantir o direito à educação, embora os desafios sejam muitos e precisam
ser superados a cada dia.
RESENHA
REFERÊNCIA
SILVA, Neiton da; ANDRADE, Elane Silva de. A Pedagogia Hospitalar como campo de atuação emergente do
pedagogo. In. Pedagogia Hospitalar: fundamentos e práticas de humanização e cuidado. Cruz das Almas/BA:
UFRB, 2013, p.57-64.
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação
Fundação de Apoio à Escola Técnica
TURMA: 203
PEDAGOGIA HOSPITALAR
O brincar compreende, para criança e adolescente, um ato libertador por meio do qual
eles dão asas à imaginação e exercitam a capacidade de criar coisas que divertem. Fator
importante para o crescimento saudável e feliz.
No contexto hospitalar, as práticas educativas mediadas pelo lúdico e pela brincadeira,
auxiliam a criança e ao adolescente na recuperação de sua saúde, tendo em vista que a
ocupação do tempo com os atos de brincar e aprender, são capazes de espantar a tristeza,
dando lugar a invenção através da imaginação criadora.
A pedagogia hospitalar, segundo Matos e Mugiatti é um processo alternativo de
educação continuada que ultrapassar o contexto formal da escola, pois levanta parâmetros
para o atendimento de necessidades especiais transitórias do educando, em ambiente
hospitalar e /ou domiciliar.
A pedagogia hospitalar contribui no desenvolvimento mais saudável da criança
enferma, tendo o cuidado no desenvolvimento das atividades para que não interfiram no
processo terapêutico da equipe médica.
Segundo o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CNDCA),
reforçado pela Lei N° 11.104 de 2005, a pedagogia de divide em duas modalidades:
Classe Hospitalar.
Se refere à escola no ambiente Hospitalar.
Brinquedoteca e Recreação Hospitalar.
Se refere ao direito que a criança tem de brincar.
Matos e Mugiatti (2008) apresentam outros projetos como:
O projeto Sala de Espera, que por meio da ludicidade, consegue o desenvolvimento da
criança hospitalizada, deixando de ser um espaço triste e frio, e ganha um cenário apropriado,
com cadeirinhas, mesinhas e mural interativo. Nela, são desenvolvidas atividades com
fantoches, jogos, música, livros e outras tantas relacionadas ao espaço.
O projeto enquanto o sono não vem que consiste na contação de histórias após o jantar
até que a criança durma.
A BRINQUEDOTECA NO BRASIL
Segundo Cunha e Veigas (2008), para ter uma Brinquedoteca no Brasil, existem
alguns critérios para a criação e funcionamento:
Além dos cantos, a higienização dos brinquedos é muito importante para prevenir
infecções. Devemos ter cuidado na escolha dos brinquedos, pois os mesmos devem ter
facilidade para serem desinfetados ou esterilizados, por isso devemos evitar os brinquedos de
pelúcia.
De acordo com Cunha e Viegas (2008), devemos ter os seguintes cuidados com a
higienização dos brinquedos:
Os brinquedos sujos, devem ser limpos em um local adequado, por pessoa com luva e avental,
os mais utilizados devem ser desinfetados diariamente, os menores, principalmente os de
plástico duro, devem ser lavados com água e sabão e os maiores, mesmo não utilizados,
devem ser limpos, no mínimo, uma vez por semana, com detergente e desinfetados com
álcool a 70%.
Com esses cuidados, a implantação da Brinquedoteca, só tem a contribuir para o
processo de cura da criança ou adolescente internado.