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A origem do pedagogo hospitalar no Brasil se deu por volta do ano de 1950 no Hospital Municipal Jesus no

Rio de Janeiro. O projeto foi liderado pela professora Lecy Rittmeyer e o seu objetivo era que através do
atendimento educacional de crianças e adolescentes hospitalizados, fossem minimizados os prejuízos no seu
retorno à escola regular.
O pedagogo hospitalar é o profissional que realiza um trabalho em conjunto com a equipe de saúde garantindo
a continuidade dos estudos de crianças e adolescentes hospitalizados e garantindo também, que se mantenha o
vínculo do aluno – paciente e sua escola de origem, através de um atendimento mais humanístico com
metodologias flexíveis e diferenciadas respeitando o quadro clínico do paciente.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB, Brasil(1996), em seu artigo 4ºA, é direito de
todo aluno da Educação Básica internado para tratamento de saúde por tempo prolongado o atendimento
educacional. O pedagogo é o profissional que vai atuar na garantia e efetivação desse direito do escolar
hospitalizado.
De acordo com a Resolução n.41 do Ministério da Justiça e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente de outubro de 1995, em seu artigo 9, é direito da criança e do adolescente durante a sua
permanência hospitalar, desfrutar de alguma forma de recreação.
Porém, o ambiente hospitalar é visto como um espaço curativo, frio, doloroso, cheio de dúvidas, incertezas
e medos. Mas através da pedagogia hospitalar segundo Matos e Mugiatti(2008), ele passa a ser um espaço
educativo possível de desenvolver o brincar.
Neste sentido, é de suma importância a implantação da brinquedoteca hospitalar para que sejam desenvolvidas
atividades lúdicas e recreativas, auxiliando com a recuperação, socialização e adaptação das crianças
enfermas e contribuindo para seu bem - estar e o seu processo educativo.
De acordo com Oliveira(2008), a criação do espaço lúdico contribui para mudar a característica hospitalar de
ser um lugar para diagnóstico e tratamento de doenças, onde a criança se percebe como doente em tratamento.
A brinquedoteca insere um lugar alegre e descontraído, onde através do “faz de contas” a criança é, sente ou
tem aquilo que deseja no momento.
Porém, é válido destacar que no Brasil, a instalação de brinquedotecas em hospitais é recente. Foi a Lei Federal
n. 11.104, Brasil(2005), que decretou em seu artigo 1º que os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico,
tenham obrigatoriamente brinquedoteca em suas repartições.
No entanto, não são tarefas fáceis para o pedagogo hospitalar, visto que os desafios são muitos: falta de
Concurso Público, desvalorização por parte da equipe de saúde, falta de brinquedoteca, recursos
pedagógicos, dentre outros.
Contudo, tais dificuldades não devem ser consideradas empecilhos para o pedagogo não efetuar suas práticas e
se posicionar como vítima. O profissional deve buscar soluções, como: projetos na sala de espera, jogos,
brincadeiras, pinturas, contação de histórias, dentre outros.
Conclui-se que é de suma importância a presença do pedagogo em ambientes hospitalares para contribuir com
a rápida recuperação do paciente e garantir o direito à educação, embora os desafios sejam muitos e precisam
ser superados a cada dia.

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