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INTERNAÇÃO HOSPITALAR
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Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
PEDAGOGIA HOSPITALAR.................................................................... 4
LUDICIDADE ........................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 19
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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sentindo-se vivo, melhorando com a possibilidade de aprender mesmo em uma
situação vulnerável.
PEDAGOGIA HOSPITALAR
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saúde está ligada somente a ausência de patologias já foi superada. A partir
dessa visão podemos também compreender que o ser humano é complexo,
multifatorial. Assim a doença não pode ser tratada somente pelo âmbito
biológico.
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Seu maior campo de trabalho foi o hospital e os sujeitos eram crianças
hospitalizadas.
Matos e Mugiatti (2014, p. 24) vão para além desse papel, quando
descrevem:
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Vale ainda ressaltar que o trabalho educacional desenvolvido no ambiente
hospitalar deve ser sistematizado e possuir uma intencionalidade, um objetivo a
ser conquistado. Por isso esse trabalho desenvolvido muitas vezes em
brinquedotecas, extremamente ligado ao desenvolvimento cognitivo e a
afetividade, não pode ser confundido com uma simples recreação. Rodrigues,
(2012, p. 24), ressalta ainda que:
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Percebe-se assim, por parte dos organismos de poder público, o discurso
de importância do acompanhamento daqueles que estão cursando a Educação
Básica e acabam interrompendo suas atividades educacionais por conta de
internação, ou tratamento hospitalar. Portanto, cabe ao Pedagogo hospitalar
vincular-se intimamente ao processo de ensino aprendizagem do aluno-
paciente. A pedagogia hospitalar cabe desenvolver a afetividade e o trabalho
lúdico visando a aprendizagem. Cabe, enfim, ao professor atuar como
colaborador, mediador das aprendizagens do educando/paciente.
LUDICIDADE
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A ludicidade tem conquistado um espaço no panorama da educação em
especial da infantil. O brinquedo é a essência da infância e seu uso permite um
trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento e também a
estimulação da afetividade na criança. Esta estabelece com o brinquedo uma
relação natural e consegue extravasar suas angústias e paixões; suas alegrias
e tristezas, suas agressividades e passividades e no ambiente hospitalar a
ludicidade é fundamental.
A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar estão
incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta
daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa
do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento
e sua compreensão de mundo.
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funcional com as motivações e o aspecto propriamente técnico-operativo da
atividade. Dessa forma destaca o papel fundamental das relações humanas que
envolvem os jogos infantis.
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têm também oportunidade de expressar simbolicamente, desejos, conflitos e
frustrações. As situações imaginárias estimulam a inteligência e desenvolvem a
criatividade.
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adequada à situação. Com comprometimento, o professor trabalha de forma
dialogada e efetiva todo o conteúdo estabelecido desde o início do ano e esta
prática não é diferente na classe hospitalar. O professor tem seu papel de
mediador, não de detentor dos conhecimentos sistematizados, ele é o
organizador do ambiente para que este seja propício para a aprendizagem
eficaz. Ao mesmo tempo em que o professor está trabalhando um conteúdo,
algumas crianças podem estar conversando, pegando algum material ou até
mesmo dando exemplos que não estão no contexto. Neste sentido, o professor
deve estar atento para saber lidar com essas situações.
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A aprendizagem é o que torna o homem diferente dos outros animais.
Para ele é preciso enfrentar alguns desafios como a aprendizagem de regras
para viver em culturas diferentes e a capacidade de apoio no conhecimento
transmitido anteriormente. Somos a única espécie capaz de nos colocar no lugar
dos outros e compreender suas intenções.
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uso de várias metodologias didáticas. Com isso, Meirieu (1998), considera
alguns passos para a organização da aula, como a dedução, indução,
dialetização e divergência.
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Compreende-se que a hospitalização representa um momento de
fragilidade tanto para criança como para sua família. Para isso, o atendimento
educacional dispõe para a criança uma normalização em seu cotidiano, sendo
um canal de comunicação, fazendo a criança esquecer durante algumas
instantes o ambiente agressivo no qual se encontra, resgatando sua autoestima
da alegria de viver, e sensações vividas anteriormente á entrada no hospital.
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O EDUCADOR HOSPITALAR COMO PARTE DA
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E COMUNIDADE
ESCOLAR
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Para CONZATTI, 2014 o hospital, em parceria com a escola, proporciona
um espaço de aprendizagem formal e informal, não apenas para as crianças
doentes, mas abrangendo também a comunidade escolar. De uma forma
especifica a educação hospitalar, formal e informal, busca empenhar-se no
desenvolvimento de um ambiente de acolhimento e comunicação, favorecendo
a confiança de todas as partes envolvidas.
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unidade pediátrica, na qual os pacientes/alunos são organizados em grupos por
série, sendo as aulas divididas da educação infantil ao ensino fundamental.
Outra modalidade é a Individual ou Leito, no qual os pacientes impossibilitados
de locomoção recebem atendimento exclusivo. Esse tipo de atendimento
também pode ocorrer por falta de local específico para o desenvolvimento dos
trabalhos.
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REFERÊNCIAS
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